sexta-feira, 20 de março de 2009

Demografia e assassinato em Volínia-Podólia - 2

Indo além da Parte 1, abaixo apresento oito fontes de evidências que convergem sobre a conclusão de que os alemães exterminaram os judeus restantes de Volínia-Podólia durante o período de agosto-outubro de 1942.

1) Havia 326.000 judeus na região de Volínia-Podólia em maio de 1942:
NAW RG 238, T- 1 75, lista 235 do relatório dos territórios ocupados do leste No. 5, 29 de maio de 1942 dá a estimativa de 326.000 judeus em Volínia-Podólia (Dean, p.195)
2) Puetz para o Aussenstellen der Sipo/SD, 31/8/42 [Browning, p.136]:
As ações estão sendo aceleradas, de modo que elas serão completadas em sua área dentro de cinco semanas. No encontro do Gebeitskommissaren em Luzk entre 29-31 de agosto de 1942, foi explicado em termos gerais que em princípio uma solução de 100% está sendo realizada.
3) Meldung 51:
c) judeus executados [Ago-Set-Out-Nov-Total] 31.246 165.282 95.735 70.948 363.211
Kruglov detalha completamente os 363.211 como se segue:
a) O total de novembro é de principalmente Bezirk Bialystok

b) Dos 292.263 mortos antes de Novembro, aproximadamente 70.000 estavam no atualmente em Belarus, parte da RKU, o resto estava atualmente na Ucrânia

A concentração de assassínios em setembro iniciou com a instrução de Puetz para conduzir as ações "em sua área dentro de cinco semanas."

4) Browning
O relatório mensal do comando militar de armamentos, Volínia-Podólia, Outubro de 1942, em: Bundesarchiv-Militärarchiv Freiburg, RW 30/15. (Im Oktober 1942 fanden nun in Wolhynien die grossen Judenevakuierungen statt, durch die aus allen Betrieben die Juden restlos entfernt wurden, sodass die Betriebe auf kürzere oder längere Zeit vollkommen zum Erliegen kamen, bezw. die Fertigung bis auf Bruchteile zusammenschrumpfte.)
Tradução:
Então, em outubro de 1942, havia evacuações de judeus em larga escala na Volínia como um resultado de que cada judeu foi removido de todas as fábricas, e as fábricas vieram a ficar paradas por um tempo mais curto ou mais longo, ou a produção diminuia a uma mera fração.
Isto indica que os estágios finais das ações de assassínio iniciadas por Puetz foram completados em Outubro.

5) Relatórios policiais alemães copiados de arquivos poloneses (Shmuel Spector, p.173; Dean, p.93)

6) Interrogatório do Sturmscharfuehrer Wilhelm Rasp 18 Dec 1961 (ZSL 204 AR-Z 393/59 Vol. II, pp. 173-94) confirmando detalhes das ações policiais (Dean, p.93).

7. As investigações de valas comuns no blog sobre valas comuns na Polésia do Nick

8. Browning mostra que assassínios foram ordenados por cima da administração civil, que protestou que eles ainda precisariam do trabalho judeu:
Informado do iminente "reassentamento do total dos judeus" (generelle Umsiedlung der Juden), o SS e o Polizeistandortführer em Brest-Litovsk, Friedrich Wilhelm Rohde, implorou: "Na medida em que a questão judaica é solucionada em Brest, eu antevejo dano econômico severo resultante da ausência do trabalho." Ele era apoiado pelo comissário local (Gebietskommissar) Franz Burat: "através do reassentamento total dos judeus do Kreisgebiet é desejável do ponto de vista político, do ponto de vista da mobilização de trabalho, que eu deva implorar incondicionalmente para deixar a maioria dos artesãos necessitados e a força de trabalho."53

Estes apelos eram em vão. Em 15-16 de outubro de 1942, os 20.000 judeus de Brest, incluindo os 9.000 trabalhadores, foram mortos.54 A guerra diária e os relatórios do Regimento de Polícia 15 mostram que os judeus trabalhando nos campos e em fazendas do estado na região também foram executados.
Assim, o aspecto da autonomia local do Holocausto tinha claros limites em Volínia-Podólia, como em outro lugar.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/02/demographics-and-killing-in-volhynia_25.html
Tradução(português): Roberto Lucena

terça-feira, 17 de março de 2009

Documentação fotográfica de crimes nazis (1ª parte)

As fotografias apresentadas a seguir, algumas das quais não são aconselháveis para pessoas mais sensíveis, mostram vítimas do genocídio dos judeus, bem como de outros crimes nazis abordados em vários artigos deste blog. Tentei reunir fotografias menos conhecidas, relativas aos crimes nazis na Europa de Leste, sobretudo na Polónia e nos territórios ocupados da União Soviética.

As legendas das fotografias em português são traduções das legendas em língua alemã ou inglesa que constam da respectiva fonte, com indicações suplementares quando julgado necessário.

1. Fotografias disponíveis na Internet

1.1 Fotografias dos arquivos do Ghetto Fighters House, incluídas na minha colecção Mass Graves and Dead Bodies


A body in a mass grave at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna).
Um corpo numa vala em massa no local de extermínio de Ponary perto de Vilnius (Vilna), Lituânia

A Jew burying bodies in a mass grave in the Jewish cemetery in Warsaw.
Um judeu enterrando corpos numa vala em massa no cemitério judaico em Varsóvia

A Jewish gravedigger laying bodies in a mass grave in the Jewish cemetery in Warsaw.
Um coveiro judeu colocando corpos numa vala em massa no cemitério judaico em Varsóvia

A mass grave containing the bodies of Janowska camp inmates
Uma vala em massa contendo os corpos de prisioneiros do campo de Janowska

A mass grave discovered in Iwje, Poland
Uma vala em massa descoberta em Iwje, Polónia

A mass grave in Drobitski Yar near Kharkov.
Uma vala em massa na Drobitski Yar perto de Kharkov

A mass grave in Drobitski Yar near Kharkov.
Uma vala em massa na Drobitski Yar perto de Kharkov

A mass grave in the Jewish cemetery in Warsaw.
Uma vala em massa no cemitério judaico em Varsóvia

A mass grave of Lenin Jewry (in the Polesye region, on the Russo - Polish border)
Uma vala em massa de judeus de Lenin na região do Polesye, na fronteira russo-polaca

A Soviet investigating committee beside a mass grave of the Jews of Kozin, which they excavated.
Uma comissão investigadora soviética junta a uma vala em massa dos judeus de Kozin, que escavaram

Bodies in a mass grave
Corpos numa vala em massa

Bodies of Jews exhumed from a mass grave in an unidentified ghetto in Poland
Corpos de judeus desenterrados de uma vala em massa num gueto não identificado na Polónia

Bodies taken from a mass grave in Taganrov, Russia
Corpos retirados de uma vala em massa em Taganrov, Rússia

Bones and skulls that were exposed in a mass grave
Ossos e caveiras expostos numa vala em massa

Corpses exhumed from a mass grave and laid out in rows
Corpos desenterrados de uma vala em massa e alinhados

Corpses exhumed from mass graves and laid out in rows
Corpos desenterrados de valas em massa e alinhados

Corpses exhumed from mass graves at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna)
Corpos desenterrados de valas em massa no sítio de extermínio de Ponary perto de Vilnius, Lituânia

German soldiers shooting Jews who are still alive in a mass grave in Vinnitsa, USSR
Soldados alemães abatendo judeus ainda vivos numa vala em massa em Vinnitsa, Ucrânia

German soldiers standing amid the bodies lying in the mass grave in Vinnitsa, Ukraine
Soldados alemães entre os corpos numa vala em massa em Vinnitsa, Ucrânia

The bodies of Jews from the Zolochev (Zloczow) ghetto, in a mass grave
Os corpos de judeus do gueto de Zolochev (Zloczow), numa vala em massa

The bodies of Jews from the Zolochev (Zloczow) ghetto, exhumed from a mass grave after the liberation
Os corpos de judeus do gueto de Zolochev (Zloczow), desenterrados de uma vala em massa após a libertação

The bodies of Jews from the Zolochev (Zloczow) ghetto, exhumed from a mass grave after the liberation.
Os corpos de judeus do gueto de Zolochev (Zloczow), desenterrados de uma vala em massa após a libertação

The bodies of Jews in an unidentified ghetto, exhumed from a mass grave
Os corpos de judeus num gueto não identificado, desenterrados de uma vala em massa

The bodies of women killed by the German army, in a mass grave in Kerch
Os corpos de mulheres mortas pelo exército alemão, numa vala em massa em Kerch (península da Crimeia, Ucrânia)

The bones of Jews exhumed from a mass grave at Utena (Utian), Lithuania
Ossos de judeus desenterrados de uma vala em massa em Utena (Utian), Lituánia

The excavation of mass graves at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna) in July 1944
A escavação de valas em massa no sítio de extermínio de Ponary perto de Vilnius (Vilna), Lituánia

The execution of civilians at the edge of a mass grave in the USSR
A execução de civis à beira de uma vala em massa na URSS

The exhumation of a mass grave in the city of Bialystok
A exumação de uma vala em massa na cidade de Bialystok

A family in the USSR killed by the Germans
Uma família na URSS morta pelos alemães

A family in the USSR killed by the Germans
Uma família na URSS morta pelos alemães

A gallows on which six men were hanged
Uma forca em que seis homens foram enforcados

A gallows with the bodies of ten Polish civilians
Uma forca com os corpos de dez civis polacos

A German soldier beside a gallows upon which seven men have been hanged
Um soldado alemão junta a uma forca em que foram enforcados sete homens

A German soldier beside the bodies of Yugoslav civilians hanged on an improvised gallows between two trees in a forest
Um soldado alemão junto aos corpos de civis jugoslavos enforcados numa forca improvisada entre duas árvores numa floresta

A German soldier in the Krakow ghetto, standing beside the bodies of Jews laid out in a row
Um soldado alemão no gueto de Cracóvia, junto aos corpos alinhados de judeus

A Lithuanian armed with an iron bar, who took part in the pogrom in Kaunas (Kovno), posing beside the bodies of Jews.
Um lituano armado com uma barra de ferro, que tomou parte no pogrom em Kaunas (Kovno), posando junto aos corpos de judeus

A man in uniform, posing for a photo amid the corpses at a mass murder site
Um homem de uniforme, posando para uma foto entre cadáveres num local de chacina em massa

A mass extermination site on the grounds of a cemetery
Um local de extermínio em massa nos terrenos de um cemitério

A pile of bodies, apparently of POWs, in Helmeu, Romania
Um monte de corpos, aparentemente de prisioneiros de guerra, em Helmeu, Romênia

A pile of bodies on a pallet in the Warsaw ghetto
Um monte de corpos numa palete no gueto de Varsóvia

A row of bodies, apparently photographed in a POW camp
Uma fila de cadáveres, aparentemente fotografada num campo de prisioneiros de guerra

A row of gallows on which Soviet hostages were hanged by the German army
Uma fila de forcas em que reféns soviéticos foram enforcados pelo exército alemão

A Russian woman beside the body of her husband who was killed by the SS in Gerasimov, a village in the Rostov area
Uma mulher russa junto ao corpo do seu marido, morto pelas SS em Gerasimov, uma aldeia na área de Rostov

A wagon loaded with the bodies of murdered Jews, with an armed German soldier standing beside it
Uma carroça carregada com os corpos de judeus assassinados, com um soldado alemão armado ao lado

Armed Lithuanian militiamen beside the bodies of Kaunas (Kovno) Jews murdered in the pogrom that took place with the entry of the Germans
Milicianos lituanos armados junto aos corpos de judeus de Kaunas (Kovno) assassinados no pogrom que teve lugar com a entrada das tropas alemãs

Bodies at a mass extermination site
Corpos num local de extermínio em massa

Bodies at a mass murder site in Poland
Corpos num local de chacina em massa na Polónia

Bodies at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna)
Corpos no local de extermínio em massa de Ponary perto de Vilnius (Vilna)

Bodies at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna)
Corpos no local de extermínio em massa de Ponary perto de Vilnius (Vilna)

Bodies of Jews in the Budapest ghetto
Corpos de judeus no gueto de Budapeste

Bodies of Soviet POW's killed by the Germans
Corpos de prisioneiros de guerra soviéticos mortos pelos alemães

Carting away bodies in the Warsaw ghetto
Removendo corpos numa carroça no gueto de Varsóvia

Collecting the bodies of victims in the Birkenau camp
Recolhendo os corpos das vítimas no campo de Birkenau

Fifteen Polish civilians hanged on a gallows in Radom
Quinze civis polacos enforcados numa forca em Radom

Five men who were hanged on electricity poles on a street in a town in the East
Cinco homens enforcados em postes de electricidade numa rua numa cidade no Leste

Five Yugoslav men, hanged on suspicion of supporting the partisans
Cinco homens jugoslavos, enforcados por suspeita de apoiar os guerrilheiros

German soldiers beside a gallows with four Yugoslav men hanged in Krusevac, Yugoslavia
Soldados alemães junto a uma forca com quatro homens jugoslavos enforcados em Krusevac, Jugoslávia

German soldiers beside the bodies of Jews in the Borislav ghetto
Soldados alemães junto aos corpos de judeus no gueto de Borislav

German soldiers beside the bodies of Yugoslav civilians killed in Pancevo
Soldados alemães junto aos corpos de civis jugoslavos mortos em Pancevo

German soldiers in a POW camp, standing beside bodies laid out in a row
Soldados alemães num campo de prisioneiros de guerra, junto a corpos alinhados

German soldiers looking at the bodies of Jews hanged on a tree in the area of Lvov
Soldados alemães olhando os corpos de judeus enforcados numa árvore na área de Lvov

German soldiers standing beside the bodies of Jews at the Jajinci extermination site near Beograd (Belgrade)
Soldados alemães junto aos corpos de judeus no local de extermínio de Jajinci perto de Belgrado

German soldiers standing beside the body of a Jew whom they beat to death
Soldados alemães junto ao corpo de um judeu que espancaram até à morte

Human remains uncovered in the Kaunas (Kovno) ghetto after the war
Restos humanos descobertos no gueto de Kaunas (Kovno) depois da guerra

Jews loading bodies onto a wagon, apparently in the Treblinka camp
Judeus carregando corpos numa carroça, aparentemente no campo de Treblinka

Jews standing on the verge of a pit at the extermination site in Liepaja, Latvia
Judeus na berma de uma vala no local de extermínio em Liepaja, Letónia

Jews who were shot during an aktion (mass roundups for deportation) in the Wegrow ghetto in May 1943
Judeus abatidos a tiro durante uma acção (recolha em massa para deportação) no gueto de Wegrow em Maio de 1943

The remains of Jewish victims in the Sajmiste (Zemun) extermination camp in Beograd (Belgrade)
Os restos de vítimas judias no campo de extermínio de Sajmiste (Zemun) perto de Belgrado

The area of the crematorium in the Majdanek camp
A área do crematório no campo de Majdanek

The remains of corpses incinerated in the Majdanek camp's crematorium
Restos de cadáveres incinerados no crematório do campo de Majdanek

The remains of corpses incinerated in the Majdanek camp's crematorium
Restos de cadáveres incinerados no crematório do campo de Majdanek

The bodies and partial remains of victims of the Majdanek camp
Corpos e restos parciais de vítimas do campo de Majdanek

A heap of bones and ashes of victims of the Majdanek camp
Monte de ossos e cinzas de vítimas do campo de Majdanek

A pile of bones and skulls of people killed in the Majdanek camp
Monte de ossos e caveiras de pessoas mortas no campo de Majdanek

A pile of bones and skulls of people killed in the Majdanek camp
Monte de ossos e caveiras de pessoas mortas no campo de Majdanek

The skulls of victims of the Majdanek camp
Caveiras de vítimas do campo de Majdanek

A pile of bones of victims in the Majdanek camp
Monte de ossos de vítimas do campo de Majdanek

The skulls and bones of Belzec camp victims, brought to a bunker on the grounds of the camp
Caveiras e ossos de vítimas do campo de Belzec, trazidas para um bunker nos terrenos do camp

Human skeletal remains in the Treblinka camp
Restos de esqueletos humanos no campo de Treblinka

Piles of skulls and bones in the yard of the Anatomical Institute in Wrzeszcz
Montes de caveiras e ossos no pátio do Instituto Anatómico em Wrzeszcz

The skulls and bones of camp inmates, in the Anatomical Institute in Wrzeszcz
Caveiras e ossos de prisioneiros de campo, no Instituto Anatómico em Wrzeszcz

Soviet Red Army officers standing beside a pile of human ashes in the Majdanek camp
Oficiais do Exército Vermelho soviético junto a um monte de cinzas humanas no campo de Majdanek

A pile of ashes of victims of the Majdanek camp that were used to fertilize the surrounding fields
Um monte de cinzas e vítimas do campo de Majdanek que eram utilizadas para fertilizar os campos circundantes

Heaps of ashes on the grounds of the Treblinka camp
Montes de cinzas no solo do campo de Treblinka

A heap of ashes in the Treblinka camp
Um monte de cinzas no campo de Treblinka

1.2 Fotografias dos arquivos do United States Holocaust Memorial Museum, incluídas na minha colecção Mass Graves and Dead Bodies

USHMM 32165 An undertaker views a layer of corpses laid out at the bottom of a mass grave in the Okopowa Street cemetery
Um coveiro olha para uma camada de cadáveres colocados no fundo de uma vala em massa no cemitério da Rua Okopowa (Varsóvia)

USHMM 32168 A boy working in the Warsaw ghetto cemetery drags a corpse to the edge of the mass grave where it will be buried
Um rapaz que trabalha no cemitério do gueto de Varsóvia arrasta um cadáver para a berma de uma vala em massa onde será enterrado

USHMM 32271 An undertaker in the Warsaw ghetto cemetery on Okopowa Street displays an open coffin that contains the body of woman
Um coveiro no cemitério do gueto de Varsóvia na Rua Okopowa mostra um caixão aberto que contém o corpo de uma mulher

USHMM 69982 A cart filled with corpses of Jews who died in the Warsaw ghetto, awaiting mass burial at the Jewish cemetery
Carroça cheia de corpos de judeus que morreram no gueto de Varsóvia, aguardando sepultura em massa no cemitério judaico

USHMM 69998 Laborers at the Jewish cemetery on Okopowa Street bury bodies in a mass grave
Trabalhadores no cemitério judaico na Rua Okopowa enterram corpos numa vala em massa

USHMM 50178 A mass grave in which the corpses of Soviet POWs are being buried
Uma vala em massa onde são enterrados os cadáveres de prisioneiros de guerra soviéticos

USHMM 66702 The bodies of five civilians executed by German forces hang from the balcony of a building in an unidentified city
Os corpos de cinco civis executados por forças alemãs pendem da varanda de um prédio numa cidade não identificada

USHMM 66703 The bodies of six civilians hang from the balcony of a school on Sverdlov Street where they were executed by German troops of the 50th Army Corps
Os corpos de seis civis pendem da varanda de uma escola na Rua Sverdlov (Kharkov) onde foram executados por tropas alemãs do 50º Corpo do Exército

USHMM 73459 S. Afansyeva from Kerch mourns the death of her 18-year-old son, who was shot by Germans when they were forced to evacuate the city in February 1942
S. Afansyeva de Kerch (península da Crimeia, Ucrânia) chora a morte do seu filho de 18 anos, que foi abatido a tiro pelos alemães quando se viram obrigados a evacuar a cidade em Fevereiro de 1942

USHMM 89063 Men with an unidentified unit execute a group of Soviet civilians kneeling by the side of a mass grave
Homens de uma unidade não identificada executam um grupo de civis soviéticos ajoelhados junto a uma vala em massa

USHMM 26951 Lithuanians and a Soviet officer stand among the remains of twenty Jewish atrocity victims, who were exhumed from a mass grave in the woods near Utena
Lituanos e um oficial soviético junto aos restos de vinte vítimas judias de atrocidades, que foram desenterrados de uma vala em massa na floresta perto de Utena

USHMM 30857 Jewish survivors stand in an opened mass grave among the exhumed bodies of the victims of a mass shooting in Biala Podlaska
Sobreviventes judeus numa vala em massa aberta entre os corpos exhumados das vítimas de um fuzilamento em massa em Biala Podlaska

USHMM 47624 Soviet soldiers observe recently burned corpses stacked on sawed lumber on the grounds of the Klooga concentration camp
Soldados soviéticos observam cadáveres recém queimados empilhados em madeira cortada nos terrenos do campo de concentração de Klooga (Estónia)

USHMM 47625 Close-up of corpses killed in the Klooga concentration camp
Vista de perto de cadáveres mortos no campo de concentração de Klooga

USHMM 47626 Corpses lie on the grounds of the Klooga concentration camp
Corpos nos terrenos do campo de concentração de Klooga

USHMM 47627 Burned corpses lie on the grounds of the Klooga concentration camp
Corpos queimados nos terrenos do campo de concentração de Klooga

USHMM 47629 Postwar view of burned corpses in the Klooga concentration camp
Imagem pós - guerra de corpos queimados no campo de concentração de Klooga

USHMM 50608 Corpses in Klooga stacked for burning
Corpos em Klooga empilhados para serem queimados

USHMM 59485 The partially burned corpses of former inmates are lined up on the ground at the Klooga concentration camp
Corpos parcialmente queimados de antigos prisioneiros, alinhados no terreno do campo de concentração de Klooga

USHMM 59486 The partially burned corpses of former inmates are lined up on the ground at the Klooga concentration camp
Corpos parcialmente queimados de antigos prisioneiros, alinhados no terreno do campo de concentração de Klooga

USHMM 59487 The partially burned corpses of former inmates are lined up on the ground at the Klooga concentration camp
Corpos parcialmente queimados de antigos prisioneiros, alinhados no terreno do campo de concentração de Klooga

USHMM 71947 The charred remains of prisoners burned by the Germans before the liberation of the Maly Trostinets concentration camp
Os restos carbonizados de prisioneiros queimados pelos alemães antes da libertação do campo de concentração de Maly Trostinets (Bielorússia)

USHMM 71950 The charred remains of prisoners burned by the Germans before the liberation of the Maly Trostinets concentration camp
Os restos carbonizados de prisioneiros queimados pelos alemães antes da libertação do campo de concentração de Maly Trostinets (Bielorússia)

USHMM 71956 A member of a Soviet investigating team views the remains of Jewish victims burned in a barn by the Germans near the Maly Trostinets concentration camp
Um membro da equipa de investigação soviética vê os restos de vítimas judias queimadas pelos alemães numa barraca perto do campo de concentração de Maly Trostinets

USHMM 71958 View of the charred remains of Jewish victims burned by the Germans in the Maly Trostinets concentration camp
Vista dos restos carbonizados de vítimas queimadas pelos alemães no campo de concentração de Maly Trostinets

USHMM 71959 View of the charred remains of Jewish victims burned in a barn by the Germans near the Maly Trostinets concentration camp
Vista dos restos carbonizados de vítimas queimadas pelos alemães no campo de concentração de Maly Trostinets

USHMM 85805 Soviet soldiers exhume a mass grave in Lvov
Soldados soviéticos exumam uma vala em massa em Lvov

USHMM 86588 Soviets exhume a mass grave in Zloczow shortly after the liberation
Soldados soviéticos exumam uma vala em massa em Zloczow pouco depois da libertação

1.3 Fotografias de últimos rastos do campo de extermínio de Treblinka

TURNED UP EARTH #1. The photo was taken by Soviet Forces (Novosti Press), during their investigations in 1945.
Terra escavada # 1. Esta foto foi tirada pelas forças soviéticas (Novosti Press) durante a sua investigação em 1945.

TURNED UP EARTH #2. Bones, pieces of clothes and thousands of personal belongings of the victims were digged out by the local population when they searched for valuables. The photo was taken in 1945.
Terra escavada # 2. Ossos, pedaços de roupa e milhares de pertenças pessoais das vítimas foram escavados pela população local à procura de objectos de valor. Esta foto foi tirada em 1945.

TURNED UP EARTH #3. The photo was taken in 1945.
Terra escavada # 3. Esta foto foi tirada em 1945.

TURNED UP EARTH #4. The photo was taken in 1945.
Terra escavada # 4. Esta foto foi tirada em 1945.

HUMAN REMNANTS AND BELONGINGS #1. The photo was taken in 1945.
Restos humanos e pertences # 1. Esta foto foi tirada em 1945.

HUMAN REMNANTS AND BELONGINGS #2. The photo was taken in 1945.
Restos humanos e pertences # 2. Esta foto foi tirada em 1945.

HUMAN REMNANTS AND BELONGINGS #3. The photo was taken in 1945.
Restos humanos e pertences # 3. Esta foto foi tirada em 1945.

1.4 Fotografias incluídas no The Babi Yar Álbum

Remains of shoes and clothes of the Babi Yar victims. Photo: Special Commission 1943
Restos de sapatos e roupas das vítimas de Babi Yar. Foto: Comissão Especial (Soviética para Investigação dos Crimes Alemães), 1943

The Syretskij concentration camp. The corpses were dug out of a trash pit. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. Os corpos foram desenterrados de uma vala de lixo. Foto: Comissão Especial 1943.

The Syretskij concentration camp. The corpses dug out of trash pit. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. Os corpos foram desenterrados de uma vala de lixo. Foto: Comissão Especial 1943.

The Syretskij concentration camp. The body was dug out of a pit. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. O corpo foi desenterrado de uma vala. Foto: Comissão Especial 1943.

The Syretskij concentration camp. The bodies were dug out of pits. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. Os corpos foram desenterrados de valas. Foto: Comissão Especial 1943.

The Syretskij concentration camp. The body was dug out of a pit. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. O corpo foi desenterrado de uma vala. Foto: Comissão Especial 1943.


Na segunda parte, serão apresentadas fotografias digitalizadas de fontes impressas.


2ª Parte

domingo, 15 de março de 2009

Mais apontamentos do racismo nazi - racismo contra negros

Num tópico recente foi colocado um texto sobre o racismo nazista contra negros. Segue abaixo mais uma prova do racismo nazista contra outros povos(no caso, negros).

No livro Hitler's Table Talk 1941-1944*, que contém os registros das reuniões de Hitler no período da guerra, cuidadosamente organizados pelo secretário de Hitler, Martin Bormann, há este trecho:
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"19/02/1942, noite.

Convidados: Ministro Albert Speer e Marechal-de-Campo Erhard Milch.

Assunto: Métodos de colonização.

Hitler: "Tão logo nós (alemães) chegamos em uma colônia, instalamos creches para crianças e hospitais para nativos. Tudo isto me enche de fúria. Mulheres brancas se degradam servindo a negros." "
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O livro Hitler's Table Talk 1941-1944 foi elaborado pelo renomado historiador britânico Hugh Trevor-Roper.

Ver mais sobre racismo nazi: Negros alemães vítimas do Holocausto

Castan, atentado em Sarajevo, Gravilo Princip e as velhas distorções "revisionistas"

O Leo elaborou um texto(primeira parte) com as falácias e distorções feitas no livro "Holocausto: judeu ou alemão?" do "revisionista" brasileiro S.E. Castan.

Há uma parte curiosa no primeiro texto sobre essas falácias(ou distorções), é a que comenta sobre o Gravilo Princip. Princip era um extremista nacionalista sérvio que foi o responsável pela morte do Arquiduque Ferdinando, do extinto Império Austro-Húngaro, e sua esposa num atentado em Sarajevo.

Este atentado, que resultou na morte do Arquiduque, serviu de pretexto ou estopim pro início da Primeira Guerra Mundial.

O que chama atenção é o fato de S.E. Castan afirmar que Princip era judeu, para imputar culpa a judeus, por um atentado cometido por um extremista sérvio. Esse tipo de distorção histórica é uma das várias táticas empregadas por "revisionistas" para distorcer fatos históricos e consequentemente incitar ódio contra judeus.

Trecho do texto do Leo sobre as falácias do Castan:
A nota [49] na edição em espanhol é a nota de número 15, vou transcrever aqui a alucinação de Castan sobre Gavrilo Princip (grifos meus):

"Gavrillo Princip o Gavrilo Prinkip, era judío, hijo de un cartero Bósnio, (y no servio, como se cree) Srajevo o Sarajevo, es una ciudad de la hoy Yugoeslavia. En la época era capital da la antigua República Federada de Bosnia-Herzegovina. (Francis Leary — El Tiro que Incendió a Europa; Selecciones del Reader's Digest y Enciclopedia Vergara, de Barcelona, España)."

Até mesmo em sites nazistas são negadas as afirmações de que Princip fosse judeu, como o link para o Stormfront. Essa é mais uma tentativa de atribuir culpa aos judeus, Castan tenta levar isso ao leitor durante grande parte de seu “livro”.
Isto é o que costuma ser chamado de "revisão da História" pelos "revisionistas". Distorções e manipulações para atenuação do regime nazi e um reavivamento do antissemitismo.

Ver mais em: S.E. Castan e suas mentiras - Parte 1 - Pré-Guerra

sexta-feira, 13 de março de 2009

Valas comuns em Polesie

Os negadores gostam de alegar que nunca foram encontradas valas comuns contendo os corpos de judeus assassinados. É esta a razão pela qual Germar Rudolf mentiu sobre a vala comum nos arredores de Marijampole [tradução para português] na Lituânia, e pela qual, apesar de pelo menos nove peças de evidência documental [tradução para português], também mentem sobre Babi Yar.

Portanto, não foi surpresa que, quando reportamos as notícias de que uma vala comum tinha sido aberta em Smalyarka, na Bielorússia, alguns negadores de quarta classe na Internet tenham insistido, como lemmings, que a história não podia ser verdadeira.

No entanto, os documentos mostram que não há apenas mais uma vala comum para os "revisionistas" negar, mas sim muitas dúzias só nesta região da Belorússia, conhecida como o Polesie .

O primeiro passo para se instruir consiste em esquecer o politicamente correcto e chamar Smalyarka pelo seu nome russo, Smoliarka. O governo de Lukashenko para todos os efeitos declarou o russo a língua oficial da Bielorússsia, e não surpreende que se obtenham mais resultados do Google utilizando a ortografia russa em vez da bielorussa, como faremos daqui para diante.

Smoliarka encontra-se a cinco quilômetros da povoação de Bereza Kartuska, não longe da aldeia de Bronnaia Gora, localizada no distrito (raion) Berezovskii da província (oblast) de Brest na Bielorússia. É tão pequena que nem sequer se encontra assinalada no mapa disponível no site do conselho distrital local. No entanto, o mesmo site regista a chacina de 1.500 pessoas em Smoliarka na sua cronologia da história do distrito. O acontecimento, portanto, é tudo menos desconhecido.

A descoberta da vala comum em Smoliarka, conforme foi reportada na notícia original sobre a escavação, foi o trabalho de estudantes escolares da aldeia de Bronnaia Gora, que tinham visitado o arquivo do oblast de Brest e encontrado registos da Comissão Extraordinária Soviética sobre crimes de guerra alemães, que descrevem a localização de várias valas comuns em que até 1.500 judeus do gueto de Bereza Kartuska e outras aldeias próximas tinham sido enterrados depois de terem sido abatidos a tiro por polícias alemães aproximadamente em Setembro de 1942.

O incidente era tão bem conhecido pelos investigadores soviéticos que foi incluído no chamado Livro Negro, compilado por Vasily Grossman e Ilya Ehrenburg em 1946, e daí foi parar ao livro yizkor sobre Bereza Kartuska:
Cidadãos soviéticos da cidade de Bereza e das aldeias nesta área foram transportados para as valas, num local adequado. Os sofrimentos e as matanças dos pacíficos habitantes de Smoliarka foram similares aos do genocídio em Brona Gura [nome polaco de Bronnaia Gora]. Cinco sepulturas comuns foram lá encontradas, e todas continham cidadãos soviéticos. Cada sepultura tinha as mesmas medidas: 10 metros de comprimento, 4 metros de largura e 2.5 metros de profundidade. O genocídio de cidadãos soviéticos na área da aldeia de Smoliarka foi executado em Setembro de 1942. Lá foram abatidas – segundo testemunhas oculares – cerca de 1.000 pessoas.


Portanto, as recentes escavações não encontraram nada de novo. Em vez disso, foram tentativas de localizar novamente uma vala que tinha sido aberta em 1944, quando a Comissão Extraordinária tinha inspeccionado pela primeira vez o distrito de Berezovskii, mas que tinha sido posteriormente esquecida.

A razão pela qual Smoliarka tinha sido esquecida é que posteriormente foi encontrada uma vala comum ainda maior por perto, nos arredores da própria Bronnaia Gora. Citando novamente o Livro Negro:
Segundo o programa preparado pelo conquistadores fascistas, entre Maio e Junho de 1942 foram cavadas valas a uma distância de 400 metros ao nordeste da estação ferroviária de Brona Gura, numa superfície de 16.000 metros (quadrados).
Para fazer este trabalho, os alemães utilizaram camponeses da área, entre 600 e 800 pessoas cada dia. Para acelerar o trabalho utilizaram vários materiais explosivos.
Depois de cavadas as valas, em meados de Junho de 1942, os alemães começaram a transferir cidadãos soviéticos em vagões ferroviários de vários locais e de campos em Bereza, Brest, Dohitzin, Yanov, Horodetz e outros campos na Bielorússia, para a estação de Brona Gura. Cidadãos soviéticos também foram transferidos a pé para a área de Brona Gura
Os vagões estavam repletos e houve muitos que morreram. Depois levaram-nos ao cruzamento ferroviário, onde havia depósitos militares, cerca de 250 metros da estação central de Brona Gura. Pararam os vagões perto das valas preparadas, e descarregaram as pessoas no terreno rodeado de arame farpado.
Depois de descarregarem as pessoas dos vagões ferroviários, ordenaram-lhes que se despissem. Depois levaram-nas por uma espécie de corredor estreito entre arame farpado para as valas. Os primeiros desceram para dentro das valas por uma escada e foram forçados a deitar-se com a cara para baixo, um junto ao outro. Depois de encher a primeira "camada" abateram-nos com armas automáticas. Os alemães vestiam uniformes ASD e SS. Da mesma forma encheram a segunda e terceira camadas, até encher a vala. Os gritos de homens, mulheres e crianças partiam o coração. Depois de abater todos os cidadãos, carregaram as roupas e objectos nos vagões com destino desconhecido.
A chegada e descarga das pessoas nas carruagens foi efectuada sob a severa supervisão dos chefes de estação em Brona Gura, Pikeh e Schmidt, de origem alemã. A fim de apagar todos os sinais das crueldades cometidas em Brona Gura, os alemães abateram todos os cidadãos (mais de 1.000 pessoas) que habitavam a área onde no passado tinham estado depósitos militares.
Na superfície onde foi feita a terrível matança havia oito poços. A primeira sepultura tinha 63 metros de comprimento e 6,6 metros de largura. A segunda, 36 metros de comprimento e 6,5 de largura. A terceira tinha um comprimento de 36 metros e uma largura de 6 metros. A quarta tinha 37 metros de comprimento e 6 metros de largura. A quinta tinha 52 metros de comprimento e 6 metros de largura. A sexta tinha 24 metros de comprimento e 6 de largura. A sétima tinha 16 metros de comprimento e 4,5 de largura. A profundidade de todas as sepulturas era entre 3,5 e 4 metros.
De Junho até Novembro de 1942 os alemães assassinaram mais de 30.000 cidadãos na área de Brona Gura.


O historiador alemão Christian Gerlach, junto com muitos outros comentadores, indicou no seu livro Kalkulierte Morde cifras ainda maiores, de até 50.000 mortos em Bronnaia Gora, e de facto é este o número inscrito na pedra comemorativa naquele sítio. Este local de matança, cujo nome em polaco se traduziria como "colina da pesar", é quase único nos territórios ocupados de leste: em vez de os assassinos virem aos guetos, os guetos foram levados aos assassinos. Judeus de Antopol, Bereza Kartuska, Kobryn, Gorodets e Mikroshevichi foram levados de comboio para este local de Junho a Novembro de 1942 e lá assassinados, em vez de serem mortos perto dos seus lares.

As provas da dimensão das chacinas em massa de judeus na região de Brest são abundantes. A principal unidade responsável for estas matanças, o Batalhão de Polícia 310 (também conhecido como III./Regimento de Polícia 15), deixou atrás o seu diário de guerra, que tem sido amplamente comentado por muitos historiadores. De facto, Edward Westermann, professor na US Air Force University, escreveu um artigo inteiro sobre este assunto.

Não temos apenas os registos da unidade, mas também abundante informação da própria Brest. Esta divide-se em duas categorias: relatórios enviados ao Ostministerium (Ministério do Leste) pelos comissários regionais e municipais (Gebietskomissare e Stadtkommissar) destacados para a região de Brest, e registos deixados atrás na retirada. Os papéis do Ostministerium encontram-se nos US National Archives II em College Park, microfilmados sob a sigla NARA RG 242 T454. Segundo o relatório situacional do Stadtkommissar de Brest de 21 de Novembro de 1941, um total de 17.574 judeus foram registados como habitantes da cidade de Brest (NARA T454/102/7). Isto são menos dos que tinham lá vivido em 22 de Junho de 1941, uma vez que o relatório de ocorrências Ereignismeldung UdSSR Nr. 32, compilado pelo RSHA [Reichssicherheitshauptamt – Agência Central de Segurança do Reich] a partir de relatórios de actividade dos Einsatzgruppen em 24 de Julho de 1941, registou que 3.950 judeus e 400 russos tinham sido "liquidados" (NARA T175/233/2721638). A partir de outros registos, especialmente relatórios da 221ª Divisão de Segurança, sabemos que os executores deste massacre eram do Batalhão de Polícia 307.

O destino dos 17.574 judeus sobreviventes de entre mais de 21.000 habitantes [judeus] de Brest antes do início da guerra está especialmente bem documentado nos subsequentes relatórios mensais do Stadtkommissar Brest. Além disso, o arquivo do Oblast de Brest contém uma colecção quase única de mais de 12.000 passaportes emitidos para todos os judeus com idades superiores aos 14 que habitavam no gueto de Brest. Esta colecção tem sido digitalizada e encontra-se disponível aqui .

A "evacuação" de 19.000 judeus de Brest foi registada no relatório do Gendarmerie-Gebietsführer de Brest para o mês de Outubro de 1942, despachado em 11 de Novembro de 1942 (NARA T454/104/999, extractos publicados em Paul Kohl, 'Ich wundere mich, dass ich noch lebe.' Sowjetische Augenzeugen berichten, Gütersloh, 1990, página 198). O diário e guerra do Batalhão de Polícia 310 indica uma cifra menor, de 16.000. Por outro lado, um relatório retrospectivo (Der Ortsbeauftragte Brest-Litowsk, Betr.: Bericht über die Tätigkeit der Zivilverwaltung, de 11 de Novembro de 1943, NARA T454/104/1680) indicou uma cifra de 18.000. Sem o benefício de qualquer acesso aos relatórios alemães, o Livro Negro de Grossman e Ehrenburg estimou entre 17.000 e 20.000 o número de judeus enviados de Brest para o local de matança em Bronnaia Gora.

Martin Dean, o autor de Collaboration in the Holocaust, acrescentou ainda mais evidência, desta vez proveniente de relatórios da Resistência Polaca:
Brest. A liquidação dos judeus tem continuado desde 15 de Outubro. Durante os primeiros 3 dias cerca de 12.000 pessoas foram abatidas. O local da execução é Bronna Gora. Actualmente o resto daqueles que se esconderam está sendo liquidado. A liquidação foi organizada por um esquadrão móvel do SD e da polícia local. Actualmente o "acabamento" é feito apenas pela polícia local, em que os polacos representam uma grande percentagem. Frequentemente são mais ciosos do que os alemães. Algumas posses judaicas vão mobilar lares e escritórios alemães, outras são vendidas em leilão. Apesar do facto de terem sido encontradas grandes quantidades de armas durante a liquidação, os judeus comportaram-se de forma passiva.


Em Março de 1944, o local de Bronnaia Gora foi visitado pelo Sonderkommando 1005 [tradução para português], a unidade SS sob o comando de Paul Blobel, responsável por exumar e cremar a evidência da chacina em massa alemã. Na Rússia Central e na Bielorússia, o SK 1005 desenvolveu a sua actividade perto de muitas das povoações maiores: sobreviveram relatórios das suas operações em Smolensk, Mogilev, Borisov, Bobruisk e Minsk. Mas não esteve presente, segundo parece, nas capitais menores dos raion e nos shtetl rurais. Assim, enquanto os investigadores soviéticos em Bronnaia Gora encontraram apenas cinzas e valas vazias com as dimensões acima descritas, em outros lugares da região de Brest e em todo o Polesie foram repetidamente encaminhados por testemunhas oculares e informadores locais para os sítios de uma vintena de outras valas comuns intactas.

Smoliarka foi, pois, uma destas exumações. Christian Gerlach menciona uma outra, na povoação de Drogichin, onde a Comissão Extraordinária registou na Acta No. 5 de 2 de Novembro de 1944 que uma vala comum com um volume total de 1.092 metros cúbicos foi aberta. Foi evidentemente escavada na sua totalidade, uma vez que o relatório indica que 3.186 cadáveres foram encontrados na vala: 895 homens, 1.083 mulheres e 1.838 crianças.

Tal precisão nem sempre era o caso nas actas de exumação soviéticas. Não surpreende que a maior parte dos investigadores tenham preferido abrir uma vala, medir as suas dimensões, verificar a identidade das vítimas (i.e., se vestiam uniforme e portanto eram prisioneiros de guerra soviéticos, ou roupas civis) e estimar o seu número com base num cálculo de volume.

Por causa destes métodos, e porque os alemães não sempre deixaram atrás relatórios, nunca será conhecida uma cifra absolutamente precisa do número de vítimas, judeus bem como não judeus, das políticas nazis de ocupação e genocídio. No entanto, a convergência dos relatórios alemães, das testemunhas oculares e das actas de exumação é mais que suficiente para provar a escala e dimensão do genocídio dos judeus na antiga União Soviética. Antes da guerra, a região de Brest pertencia ao woewodstwo (distrito) de Polesie da Polónia. Em 1931, o censo oficial polaco registou 113.988 judeus no woewodstwo (distrito) de Polesie. Em Setembro de 1939, a totalidade do Polesie foi anexada pela União Soviética e dividida em duas províncias, os oblasti de Brest e Pinsk.

As estimativas variam quanto ao número total de vítimas em ambos oblasti, mas uma fonte indica o número de judeus assassinados no Polesie como sendo de 113.451, um número inteiramente plausível se lembrarmos que a população judaica cresceu em talvez 10 % antes do início da guerra, e foi ainda mais aumentada pela chegada de refugiados dos distritos ocidentais depois da partição da Polónia entre a Alemanha nazi e a União Soviética. Os historiadores bielorussos Emanuil Ioffe e Viacheslav Selemenev descobriram um relatório do NKVD nos Arquivos Nacionais de República de Bielorússia, relativo ao número de refugiados judeus na República Socialista Soviética Bielorussa em Fevereiro de 1940. Segundo este documento, um total de 65.796 judeus tinham fugido através da "fronteira e interesses" soviético – alemã até essa data, dos quais 9.879 residiam na antiga província de Polesie, 7.916 no oblast de Brest e 1.963 no oblast de Pinsk (‘Jewish Refugees from Poland in Belorussia, 1939-1940’, Jews in Eastern Europe, Primavera de 1997, páginas 45-50). A partir da exaustiva reconstrução do destino dos judeus de Pinsk publicada por E.S. Rozenblat e I.E Elenskaia (Pinskie evrei: 1939-1944 gg. Brest, 1997), sabemos que cerca de metade destes refugiados foram deportados no verão de 1940 pelo NKVD; os restantes ficaram.

Para quem não fala russo, a historiadora israelita Tivka Fatal-Knaani forneceu uma visão geral suficientemente boa do destino dos judeus de Pinsk em Yad Vashem Studies Volume 29 (PDF). Foi idêntico ao dos judeus de Brest, até no envolvimento dos mesmos executores, o Batalhão de Polícia 310. A única diferença foi que Heinrich Himmler interveio pessoalmente para ordenar a destruição do gueto de Pinsk:
O OKW [Comando Supremo da Wehrmacht] informou-me de que a região de Brest-Gomel sofre cada vez mais de ataques de bandos, que suscitam a questão da necessidade de tropas adicionais. Com base nas notícias que me têm sido reportadas deve-se considerar o gueto de Pinsk como centro do movimento dos bandos na região dos pântanos de Pripyat.
Ordeno assim, apesar das considerações económicas, a destruição e obliteração do gueto de Pinsk. Poderão ser poupados 1.000 trabalhadores masculinos, caso a operação o permita, para serem disponibilizados à Wehrmacht no fabrico de cabanas prefabricadas em madeira. Estes 1.000 homens deverão ser mantidos num campo bem guardado, e caso a segurança não possa ser mantida, estes 1.000 deverão ser destruídos.
(Publicado em Helmut Heiber (ed),‘Reichsführer!…’ Briefe an und von Himmler. Estugarda 1968, página 165)

Não só Himmler deixou um rasto documental, mas também o Hauptmann der Schutzpolizei (capitão da polícia) Helmut Saur do Batalhão de Polícia 310. O seu relatório após acção encontra-se nos ficheiros do batalhão que foram capturados pelos soviéticos depois da guerra. Foi submetido ao Tribunal Militar Internacional em Nuremberga como documento USSR-119a, e pode hoje ser encontrado no original no GARF Fond 7445, Moscovo, enquanto versões publicadas encontram se em O Livro Negro e noutras sítios. É inequívoca a linguagem utilizada no Erfahrungsbericht (relatório de experiência) de Saur sobre o que aconteceu em 29, 30 e 31 de Outubro e 1 de Novembro de 1942 [texto em alemão no artigo original, minha tradução – RM]:
"Os judeus, agora atentos, reuniram-se na maior parte dos casos voluntariamente em todas as ruas, e com a ajuda de dois guardas da polícia foi possível encaminhar alguns milhares de judeus ao local de concentração já nas primeiras horas. Uma vez que agora a outra parte dos judeus tinha visto para onde é que se ia, juntaram-se à procissão, de modo a que a inspecção pretendida no local de concentração já não pode ser efectuada por causa da chegada repentina de tantos (só se tinha contado com 1.000 a 2.000 pessoa no primeiro dia do rastreio.) O primeiro rasteio esteve concluído às 17:00 horas e decorreu sem incidentes. No 1º dia cerca de 10.000 pessoas foram executadas. À companhia passou a noite no lar para soldados em estado de alerta.
O gueto foi rastreado pela segunda vez em 30.X., pela terceira em 31.X e pela quarta em 1.XI. Um total de cerca de 15.000 judeus foram conduzidos ao local de concentração. Judeus doentes e crianças individuais deixadas nas casas foram imediatamente executados dentro do gueto no pátio. No gueto foram executados cerca de 1.200 judeus. Não houve incidentes salvo num caso."


Do texto do relatório não resulta claro se Saur tinha reportado a execução de 16.200 ou de 26.200 judeus. A maioria dos especialistas (Gerlach, Fatal-Knaani, Dean, Rozenblat/Elenskaia) tende para a última possibilidade, considerando fontes contextuais. Existem numerosas testemunhas oculares cujos depoimentos indicam o número superior. O Tenente-Coronel da Wehrmacht Feuchtinger, estacionado em Pinsk durante 1943, e capturado pelos britânicos depois de ter servido em França, fez o seguinte relatório a outro prisioneiro de guerra em 1945, sem saber que estava sendo gravado pelos britânicos:
"Quando estive em Pinsk foi-me dito que no ano anterior tinham lá vivido 25.000 judeus, e que no espaço de três dias esses 25.000 judeus tinham sido sacados, alinhados à beira de uma floresta ou num relvado – tinham antes sido obrigados a cavas as suas próprias campas – e logo cada um deles desde o mais velho barbudo até à criança recém-nascida foram abatidos por um esquadrão da polícia. Foi esta a primeira vez que eu próprio tinha de facto ouvido e visto o que aconteceu lá. Antes não tinha acreditado ou considerado possível que coisa semelhante acontecesse. A enfermeira na hospedagem para oficiais onde eu vivia disse-me: "Por amor de Deus, no diga nada sobre eu lhe ter contado isto."
(Relatório sobre informação obtida de prisioneiro de guerra ofical sénior em 1-6.6.45, GRGG 311, 8.6.45, PRO WO 208/4178


Os investigadores soviéticos depois da libertação encontraram 34 valas comuns em Pinsk e arredores, com um total de 59.084 cadáveres, dos quais 20.000 eram prisioneiros de guerra soviéticos e 38.342 civís (Akt, 24 aprelia 1945 g, g. Pinsk, NARB 845-1-13, p.1).

Não discuti o massacre em Agosto de 1941 de até 9.000 judeus em Pinsk pelo Regimento de Cavalaria 2 das SS, uma vez que foi tão admiravelmente tratado tanto por Christian Gerlach como, recentemente, por Martin Cüppers na sua dissertação de doutoramento , Wegbereiter der Shoa. Die Waffen-SS, der Kommandostab Reichsführer-SS und die Judenvernichtung 1939-1945. Os leitores de língua inglesa podem também consultar o livro comemorativo de Pinsk, aqui.

Em vez disso, a presente vistoria de valas comuns terminará na parte mais a leste do Polesie, no distrito de Luninets. Tal como em Brest e em Pinsk, as primeiras massacres foram efectuadas em 1941, neste caso também pelo Regimento de Cavalaria 2 das SS, na capital do distrito de Luninets. Cüppers cita uma ordem indicando que o estado-maior do "destacamento montado" (Reitende Abteilung), bem como um esquadrão inteiro de soldados de cavalaria, o 4./SS-Kavallerie-Regiment 2, chegaram a Luninets em 11 de Agosto de 1941. (mensagem de rádio Reit.Abt, 11.8.41, Bundesarchiv-Militärarchiv, RS 4/936). Pouco depois o regimento reportou o seguinte:
11-13.8.41:O rastreio do pântanos Pripjet foi concluído com êxito pelo Destacamento Montado … 2.325 saqueadores foram abatidos a tiro no período do relatório. No total foram abatidos 7.730 saqueadores, comunistas, comissários, secretários do partido e guerrilheiros.
SS-Kav.Rgt. 2, Relatório de Actividade para o período de 11-13.8.41, NARA T354/785/327


Conforme Gerlach e muitos outros historiadores têm demonstrado, em Agosto de 1941 o termo "saqueadores" era um código das SS para homens judeus em idade militar (entre os 17 e 45 anos). As investigações soviéticas localizaram as seguintes valas comuns em 1945:
Nos arredores da povoação de Luninets a comissão examinou valas comuns de vítimas do terror fascista: na direcção de Mochula foram encontradas 7 valas, localizadas 400 metros a norte do dique da linha ferroviária de reserva Luninets-Pinsk. A dimensão de cada uma das três valas maiores era de 6 x 2 x 2,5 metros, as dimensões das valas menores eram 4 x 2 x 1,5 metros. Nestas 7 valas estavam enterradas 1.312 pessoas de sexo masculino.
(Akt rassledovaniia zlodeianii nemetsko-fashistskikh zakhvatchikov na vremmenno okkupirovannoi territorii Luninetskogo raiona Pinskoi oblasti, 10 aprelia 1945 goda, go. Luninets, NARB 645-1-13, p.12)


Os restantes idosos, mulheres e crianças do gueto de Luninets e das povoações vizinhas de Lakhva e Koshangrodek foram exterminados no início de Setembro de 1942, por destacamentos do Comandante da Polícia de Segurança Volínia-Podólia, delegação de Pinsk, conforme foi estabelecido em 1973 num julgamento em Frankfurt am Main, República Federal Alemã (ver aqui para mais detalhes). O resumo clínico dos investigadores soviéticos deverá ser suficiente para indicar as dimensões destas chacinas em massa:
Luninets
2.932 cadáveres encontrados numa única vala comum medindo 50 x 4 x 3 metros (600 metros cúbicos)
Dos quais
- 106 homens
- 1.429 mulheres
- 1.397 crianças
A data da "acção" foi 4 de Setembro de 1942

Lakhva
1.946 cadáveres foram encontrados numa vala comum medindo 25 x 4 x 2,5 metros (250 metros cúbicos)
Dos quais
- 524 homens
- 698 mulheres
- 724 crianças
Data da "acção" 3 de Setembro de 1942

Koshangrodek
937 cadáveres foram encontrados numa vala comum medindo 12 x 4 x 3 metros (144 metros cúbicos)
Dos quais
- 311 homens
- 325 mulheres
- 301 crianças
Data da "acção" 3 de Setembro de 1942
Akt, 10.4.45, NARB 845-1-13, pp.12-13


Por rara coincidência, as fronteiras do raion de Luninets coincidem com as da powiat de Luniniec na Polónia antes da guerra. Em 1931, o censo registou 8.072 judeus com base na religião neste condado. As investigações soviéticas apuraram que 7.127 judeus tinham sido assassinados no raion de Luninets. Aproximadamente 80-90% de todos os judeus no condado tinham sido exterminados, e os seus corpos recuperados.

Este, então, é o segredo sombrio que os negadores não querem conhecer: houve muitas, muitas outras valas espalhadas pela paisagem da Europa de Leste além daquelas de Babi Yar, Belzec ou Treblinka. Na Polónia, havia 1.657 comunidades judaicas, onde no mínimo um quarto dos habitantes foi assassinado dentro das suas povoações ou perto destas. Na União Soviética, foram identificados mais 800 guetos, todos os quais foram varridos do mapa em 1943. Falar de um número "limitado" de execuções de represália "justificadas", como os negadores as vezes concedem, é um disparate pegado. Também não se pode identificar as acções de fuzilamento em massa apenas com os Einsatzgruppen. Em nenhum dos casos aqui apresentados um destacamento do Einsatzgruppe B executou o extermínio. Em vez disso, os carrascos eram da Ordnungspolizei (polícia de ordem), da Waffen-SS e dos destacamentos estáticos da Sicherheitspolizei (polícia de segurança). Quando foi a última vez que ouvimos um revisionista discutir as actividades destas unidades? Quase nunca.

Especialistas em demografia russos estabeleceram que 26 milhões de cidadãos soviéticos morreram entre 1941 e 1945. Um cálculo cauteloso indica que 10 % deste número, 2,6 milhões, foram mortos no Holocausto. Destes, 144.000 foram mortos na Rússia, no mínimo 250.000 no RSS Bielorussa antes da guerra, 656.000 na RSS Ucraniana, 100.000 na actual Moldova, 218.000 nos Estados Bálticos de Lituânia, Letónia e Estónia, e 1,2 milhões nos territórios da Polónia oriental anexados à União Soviética como Bielorússia ocidental e Ucrânia ocidental em 1939.

Os negadores tentam fazer crer que não há evidência para esta litania de horror. No entanto, a evidência existe em abundância: em documentos alemães, em relatos de testemunhas oculares de entre os carrascos, as vítimas e os espectadores, e nos relatórios de exumações repetidos do Cáucaso até à fronteira polaca com monótona consistência. O facto de que estudantes escolares bielorussos podem pegar em relatórios de investigação soviéticos com mais de 60 anos de idade, e hoje em dia localizar novamente as valas comuns, apenas prova aquilo com o qual os negadores não conseguem lidar: que houve chacina em massa, e que a houve repetidamente.

Autor: Dr. Nick Terry
Texto original: Mass Graves in the Polesie
Tradução e adaptação: Roberto Muehlenkamp

Eliminação de Corpos em Auschwitz - O fim da negação - Parte 7 - Capacidade de Cremação

A utilização de fornos crematórios parece ter começado em algum momento de 1870. É conhecido à partir de cremações realizadas em 1874 que uma criança de 47 libras poderia ser cremada em 25 minutos, uma mulher de 144 libras em 50 minutos e um homem de 227 libras em 55 minutos[104]. Em 1875 foi relatado que um corpo poderia ser cremado em 50 minutos[105].

Mattogno cita um participante de uma conferência britânica de cremação em 1975 que afirmou que a “barreira térmica”para uma cremação foi de 60 minutos[106]. Ele ignorou o comentário de outro participante da conferência que sugeriu que a maior parte da cremação ocorreu nos primeiros 30 minutos:
Após cerca de meia hora, se o forno tiver chegado até uma temperatura de 1.100°C, ou se é 900°C, existe uma rápida queda de distância, e eu penso que as investigações devam estar envolvidas com os últimos vinte minutos ou então o ciclo de cremação. Neste instante você tem no crematório uma quantidade muito pequena de material do corpo...aproximadamente do tamanho de uma bola de rugby, a cerca de vinte minutos do fim da cremação, e isto é o mais difícil para remover[107].

As instruções do forno duplo da Topf previam que um corpo poderia ser adicionado ao forno durante os últimos vinte minutos e que tinham plena capacidade de cremar os corpos que tinham sido previamente introduzidos:
Assim que os restos dos corpos caíram do chamotte da grelha para a coleta das cinzas abaixo do canal, eles devem ser puxados para frente no sentido da porta de remoção das cinzas, usando o raspador. Aqui eles podem ser deixados por mais vinte minutos para serem totalmente consumidos...Neste meio tempo, outros corpos podem ser introduzidos após outros pelas câmaras[108 ]. (ênfases do autor)
Como veremos posteriormente, existe agora uma forte evidência que que os corpos foram adicionados antes do cadáver ser totalmente incinerado, resultando em um ciclo de 25 minutos para a cremação de cada corpo. (ver discussão na nota de rodapé 136).

Na Alemanha dos anos 1880 era possível cremar um corpo e o caixão que o abrigava em 60 e 75 minutos[109]. O processo de cremação se tornou muito popular na Alemanha nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial. Em 1926, os jornais de Berlim relataram que 1/5 de todos aqueles que morreram naquela cidade foram cremados[110]. Em 1931 a Alemanha liderava as cremações na Europa. Das 94.978 cremações na Europa neste ano, 59.119 foram na Alemanha. A Alemanha tinha 107 dos 226 crematórios da Europa. Associados de sociedades de cremação alamãs ultrapassaram os de outros países. A Alemanha também teve mais revistas/diários de cremação do que qualquer outro país. Das sete revistas/diárias de cremação na conferência britânica de cremação em 1932, quatro eram alemãs[111]. Nos anos 1930 havia dois principais construtores de fornos na Alemanha. Um destes era a Topf and Sons, anteriormente identificados como os construtores dos fornos de Auschwitz. (grifos dos tradutor)

Um dos problemas quando se discutem questões dos crematórios de Auschwitz é que a taxa de utilização destes fornos para eliminação de corpos é sem precedentes na história da humanidade. Para colocar isto em algum tipo de perspectiva, no estado da Califórnia, com 20 milhões de pessoas, em 1982 teve 58.000 cremações[112]. No entanto, em Auschwitz, que nunca tinha registrado mais de 92.000 prisioneiros registrados, muitas vezes este número foi o número de cremados durante um período de quatro anos.

Os meios tradicionais de eliminação de corpos em tempos de guerra, eram as cremações ao ar livre. Em Leningrado, hoje São Petersburgo, durante a Segunda Guerra Mundial, pelo menos, um milhão de pessoas morreram. Elas foram cremadas a céu aberto[113]. Como veremos mais adiante neste estudo, cremações ao ar livre foram extensamente utilizadas em Auschwitz.

O problema específico com Auschwitz é que devido à natureza única que estava acontecendo ali e na ausência de dados de quaisquer registros que documentam uma cremação ou como estes fornos trabalhavam, nós estamos necessariamente forçando certa especulação. Nós realmente não sabemos quantos corpos poderiam ser queimados nos crematórios diariamente, a quantidade de combustível que era necessário para cremar um corpo, o tempo de vida de um forno, ou o efeito de qualquer destas considerações quando mais de um corpo estava sendo cremado em um forno. Além disso, a natureza do que aconteceu torna cientificamente impossível a repetição. Por exemplo, é improvável que haverá uma oportunidade para que 52 fornos, todos no mesmo local, eliminar corpos sob as mesmas condições que existiam em Auschwitz. Além disso, cremações modernas estão sujeitas a uma série de regras e regulamentos que não se aplicavam aos campos de concentração alemães. Nas cremações modernas, as cinzas das pessoas não podem se misturar com as cinzas de outras pessoas. Nenhum dos campos de concentração alemães tinha esta obrigação.

Mattogno computou em sua alegação qual foi o número máximo de corpos que poderiam eventualmente ser cremados nos quatro crematórios de Birkenau desde que tornaram-se operacionais até 30 de outubro de 1944, data em que o historiador do campo, Danuta Czech identificou o último gaseamento. Ele encontrou documentos que mostram que em dois dias foram feitos reparos nos fornos. À partir destes documentos de reparos, ele alegou que ele foi capaz de determinar quantos dias cada um dos crematórios poderia funcionar. Ele alegou que o Krema II entrou em operação em meados de Março de 1943 e saiu de serviço rapidamente, cerca de 115 dias, até julho. Em seguida funcionou até 30 de outubro de 1944. Ele também alegou que o Krema III entrou em funcionamento em 25 de junho de 1943 e ficou fora de serviço por 60 dias em 1944[114]. Ele está correto quanto às datas que estes crematórios entraram em serviço. No entanto, as fontes que ele citou não suportam suas alegações sobre os crematórios estarem fora de serviço durante o período reclamado. Sua fonte para o Krema II estabelecendo os 115 dias foi uma carta do Bauleitung para a Topf, data de 17 de julho de 1943, que discute problemas com blueprints para a chaminé, porque não tinham tido em conta temperaturas causadas pelo aumento do calor. Entretanto, a carta não diz nada sobre o Krema estar fora de serviço[115]. A investigação mais atual sobre esta questão afirma que o Krema II saiu de serviço por um mês, com início em 22 de maio de 1943, porque o revestimento interno da chaminé e o tubo ligado ao incinerador começaram a desmoronar[116].

Do mesmo modo, a fonte de Mattogno para o Krema III estabelecendo 60 dias em 1944, apenas menciona que as portas dos fornos estavam sendo reparadas no dia 1º de junho. Menciona igualmente que haviam continuidade de reparos em todos os crematórios de 8 de junho a 20 de julho, porém, não é indicado se estes reparos estavam nos fornos[117]. No entanto, estes documentos não apresentam provas de que qualquer um dos crematórios foram desligados ou que os fornos dos crematórios II, III e V não estavam trabalhando durante este período de tempo (Lembrar que os fornos do Krema IV foram desligados permanentemente em maio de 1943.) É conhecido, à partir de informações dos fornos da Topf de Gusen, que estes poderiam funcionar até mesmo nos dias que aconteceram reparos[118].

Baseado na sua errônea baixa estimativa de tempo nos fornos dos crematórios II e III, Mattogno calculou que, se cada forno pode queimar 24 corpos por dia e, em seguida, um máximo de 368.000 corpos poderiam ter sido cremados à partir do primeiro período que esses fornos iniciaram suas operações até 31 de outubro de 1944[119]. Mattogno não aborda a questão do Krema I, no campo principal, que foi encerrado em 19 de julho de 1943[120]. Como iremos ver, no entanto, na parte deste estudo que tratam de cremação ao ar livre, Mattogno também identificou um método de eliminação que não depende do funcionamento dos fornos. Isto significa que mesmo que o seus números da capacidade dos Kremas estejam corretas, são irrelevantes.

A questão do excesso de uso do forno que emergiu recentemente com os interrogatórios do pós-guerra de três engenheiros pelos soviéticos. Kurt Prüfer, construtor dos fornos, foi perguntado porque os revestimentos dos tijolos dos fornos danificavam tão rapidamente. Ele respondeu que o dano resultante após seis meses foi “porque a pressão sobre os fornos foi enorme”. Ele recontou como ele tinha dito ao Engenheiro-Chefe da Topf no Crematório, Fritz Sanders, sobre a pressão nos fornos porque tinham muitos cadáveres à espera para serem incinerados como resultado dos gaseamentos[121]. Sanders afirmou que ele havia sido informado por Prüfer e outro engenheiro da Topf que “a capacidade dos fornos era tão grande que três corpos [gaseados] foram incinerados [em um forno] simultaneamente”[122]. Um Sonderkommando, que trabalhava nos crematórios durante este tempo, escreveu que rachaduras na alvenaria dos fornos foram preenchidas com uma pasta especial à prova de fogo, a fim de manter os fornos funcionando[123].

No julgamento de “discurso de ódio” do canadense Ernst Zündel[124] em 1988, um suposto especialista em cremações chamado Ivan Legace testemunhou que o número máximo de corpos que poderiam ser eliminados em cada um dos 46 fornos de Birkenau era três por forno, totalizando 138[125]. Este valor é encontrado no Relatório Leuchter[126]. Este é mais um exemplo da incompetência de Leuchter nestes assuntos. Até mesmo Mattogno afirmou que “este número é, na realidade, muito abaixo da capacidade real”[127]. Contrariamente a Leage e Leuchter, sabe-se que os fornos da Topf poderiam trabalhar diariamente de forma contínua. Esta informação vem diretamente de notas mantidas pelos prisioneiros que trabalharam diariamente na operação do forno com mufla dupla em Gusen, de 31 de outubro a 12 de novembro de 1941. Essas notas mostram uma média diária de 26 incinerações por mufla em um período de 13 dias[128]. No entanto, os fornos de Gusen não trabalhavam sempre em full time. Portanto, os registros mostram que na maioria dos dias eles foram operados em tempo parcial[129]. As instruções da Topf para essas muflas à partir de junho de 1941 citam:
No incinerador com mufla duplo-T aquecido a coque, 10 a 35 corpos podem ser incinerados em cerca de 10 horas.A quantidade acima mencionada pode ser incinerada diariamente sem qualquer problema, sem sobrecarga ao forno. E não é prejudicial ao forno operar o incinerador dia e noite, se necessário, desde que a fireclay [parede resistente] duram mesmo quando a temperatura é mantida[130].
Estas observações também se aplicam às três muflas duplas dos fornos do Krema I de Auschwitz, que tinham a mesma construção. Instruções similares foram emitidas pela Topf para os fornos de Auschwitz em Setembro de 1941. (grifos do tradutor) Estas instruções afirmam que “uma vez a câmara de cremação[mufla] tem sido levada a um bom calor[aproximadamente 800° ], os cadáveres podem ser introduzidos um após o outro nas câmaras de cremação”. As instruções também indicam que no final da operação, as válvulas de ar, as portas, amortecedores devem ser mantidas fechadas “para que o forno não esfrie”.[131] Essas instruções contradizem diretamente a afirmação de Legace que os fornos precisavam ser resfriados.[132]

É interessante notar que as instruções para ambos os fornos, de Gusen e Auschwitz sugerem o uso continuado, usando a temperatura para prolongar a vida útil dos fornos. (grifos do tradutor) No mesmo dia em que as instruções de Gusen foram emitidas, dois engenheiros da Topf afirmaram que o forno com mufla dupla poderia incinerar 60-72 corpos [30 a 36 por mufla] em um período de 20 horas sendo requeridas 3 horas de manutenção[133].

Kurt Prüfer, o engenheiro da Topf que construiu os 46 fornos de Birkenau, afirmou numa carta enviada em 15 de novembro de 1942 que os fornos que ele instalou no campo de concentração de Buchenwald tiveram uma produção maior que previamente haviam pensado[134]. Infelizmente, ele não afirma que o número seja superior a um terceiro. No entanto, no mesmo dia, ele informou ao Bauleitung que os cinco fornos com muflas triplas, 15 fornos, poderiam incinerar 800 corpos em 24 horas[135]. Isso significa que uma mufla poderia queimar cerca de 53 corpos em um período de 24 horas. Reduzindo o tempo em quatro horas significa que 44 corpos por mufla poderiam ser cremados em um período de 20 horas. Tal como referido duas vezes antes, nesse estudo, a melhor informação que temos sobre o resultado destes fornos é o período entre 31 de outubro e 12 de novembro de 1941 em Gusen, após terem sido vistoriados. Enquanto os 677 corpos cremados durantes estes 13 dias em média, 26 por mufla, em uma análise dos dados latentes da Topf revelam que um forno pode queimar muito além desse montante. Em 7 de novembro de 1941 estas duas muflas incineraram 94 corpos em um período de 19 horas e 45 minutos, ou 47 por mufla. Isso significa que cada forno poderia incinerar um corpo em 25,2 minutos. Esta foi provavelmente atingida pela adição de novos organismos no forno antes que o outro corpo tivesse sido totalmente incinerado, um método que parece ter sido previsto nas instruções da Topf debatidas anteriormente. (veja discussão na nota 108.) Este método não deve ser confundido com cremação de múltiplos corpos, que devem ser discutidos na próxima parte deste estudo. Este número de 25 minutos não é muito longe das estimativas de Prüfer citados no parágrafo anterior. Mattogno ignorou esta informação totalmente. Ele preferiu focar nas informações de 8 de novembro que mostram 72 corpos cremados. Ele citou erroneamente que gastaram 24 ½ horas para cremar estes corpos. Ele interpretou mal estas folhas. O tempo real de cremação destes corpos foi entre 16 e 17 horas[136].

A informação mais controversa vem do Bauleitung em 28 de junho de 1943. Foi reportado que, em um período de 24 horas os seis fornos do Krema I poderiam incinerar 340 corpos; os cinco fornos com muflas triplas em cada Krema II e III poderiam incinerar 1440 cadáveres, ou 2880 combinadas; Kremas IV e V, poderiam incinerar cada, 768 cadáveres ou 1536 combinados. O total os cinco [Kremas] foi de 4.756 e o total para os quatro de Birkenau foi 4.416. Para efeito de comparação com Gusen, haviam muitas mulheres leves e crianças para incinerar nos fornos de Auschwitz. Em contrapartida, não havia mulheres e crianças em Gusen em 1941, apenas homens[137].

Negadores[do Holocausto] rejeitam os números do Bauleitung completamente. Críticos dos negadores ainda não aceitam totalmente estes números. No entanto, os dados de Gusen sugerem que os números do Bauleitung podem ter sido mais credíveis do que previamente suspeitado. O número do Bauleitung de 340 para 24 horas para os seis fornos do Krema I, são cerca de 25 minutos por corpo cremado, o mesmo resultado alcançado em Gusen em 7 de novembro de 1941.

E quanto aos quatro crematórios de Birkenau? Na época que o Bauleitung forneceu estes números, todos os crematórios estavam funcionando no mesmo período de tempo. Assim, é razoável supor que o Bauleitung pelo menos tinha alguma informação básica sobre esses valores. Tanto negadores[do Holocausto] quanto os seus críticos concordam que um forno não poderia incinerar um corpo em 15 minutos, que é o que seria exigido para os 46 fornos para cremarem 4.416 corpos em 24 horas. As informações disponíveis à partir de Gusen sugerem que o valor máximo atingido foi de 25 minutos, e adicionando um corpo antes de o outro corpo que foi previamente introduzido estivesse totalmente consumido. É igualmente certo que os fornos não podiam operar em uma base indefinida de 24 horas por dia.

Mas poderia um forno cremar um corpo em 15 minutos? Não com o método tradicional de cremação de um corpo hoje. No entanto, a questão torna-se mais problemática se as cremações de múltiplos corpos são consideradas. Isso significa que um forno poderia queimar mais de um corpo no momento. A prática não era usual nos campos de concentração alemães. Por exemplo, uma das primeiras histórias de Dachau dizia que gastaram de 10 a 15 minutos para queimar um corpo[138]. A fonte não nos diz como isso foi feito. No entanto, o padrão histórico de Dachau, escrito alguns anos mais tarde, afirma que um forno poderia queimar 7-9 corpos em duas horas, quando fossem introduzidos todos simultaneamente.[139] Visto a esta luz, 15 minutos se torna viável. A questão da cremação de múltiplos corpos será analisada mais exaustivamente na próxima parte deste estudo em que lideramos com consumo de combustível.

Fonte: The Holocaust History Project - http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott

Continuação - Partes: (1);(2);(3);(4);(5);(6);(7);(8);(9);(10);(11)

Alemanha indicia John Demjanjuk

Alemanha indicia homem acusado de ser criminoso nazista

As autoridades judiciárias da Alemanha indiciaram nesta quarta-feira um homem de 88 anos de idade acusado de atuar como guarda em um campo de concentração nazista.

John Demjanjuk foi indiciado por envolvimento em pelo menos 29 mil mortes em 1943.

Os promotores afirmam que estão buscando a extradição de Demjanjuk, que vive nos Estados Unidos desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Demjanjuk é acusado de ter comandado os motores a diesel que forneciam fumaça para as câmaras de gás no campo de Sobibor, na Polônia.

Sobibor foi, ao lado de Treblinka, um dos quatro campos de concentração usados pelos nazistas na Operação Reinhard para exterminar judeus em escala industrial.

John Demjanjuk nega qualquer envolvimento nos crimes e afirma que era um prisioneiro de guerra dos nazistas, e não um guarda.

No fim dos anos 1970, sobreviventes do Holocausto identificaram Demjanjuk como 'Ivan, o Terrível', um ex-prisioneiro de guerra soviético que teria se transformado em um guarda extraordinariamente sádico durante o conflito.

Ivan foi realmente o nome dado a Demjanjuk por seus pais na Ucrânia, mas ele mudou para John quando se naturalizou americano na década de 50.

Durante anos, Demjanjuk trabalhou em uma fábrica de automóveis da Ford em Ohio, mas uma investigação oficial baseada em evidências fornecidas por sobreviventes do Holocausto fez com que ele fosse extraditado para Israel.

Um tribunal em Jerusalém condenou Demjanjuk à morte em 1988, por seu suposto envolvimento na operação de câmaras de gás em Treblinka - um campo de concentração perto de Varsóvia onde cerca de 750 mil pessoas foram mortas, a maioria judeus.

Mas a decisão foi revogada em 1993 pela Suprema Corte israelense, que concluiu que existiam dúvidas suficientes sobre se Demjanjuk era mesmo um guarda de Treblinka. O acusado voltou, então, aos Estados Unidos.

Em 2002, um juiz americano de imigração havia decidido que existiam evidências suficientes de que Demjanjuk foi um guarda em campos nazistas e retirou sua cidadania.

No ano passado, o aposentado perdeu seu direito legal de permanecer nos Estados Unidos, mas não deixou o país porque existiam dúvidas sobre para qual país deveria ser enviado.

Fonte: BBC Brasil/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/03/11/alemanha-indicia-homem-acusado-de-ser-criminoso-nazista-754783923.asp

Mais informações: Volunteer Auxiliaries
http://www.deathcamps.org/reinhard/hiwis.html
https://www.ajn.com.au/news/news.asp?pgID=5496

quarta-feira, 11 de março de 2009

Site "revisionista" faz alusão explícita ao nazismo

A maioria dos "revisionistas"(negadores do Holocausto) adora alegar, ou mais precisamente tentar desassociar, a simpatia ou apologia ao nazismo no ato de muito empenho deles em negar o Holocausto. Mas eis que alguns "revisionistas"(negadores) não tão "discretos" assim, escancaram logo o jogo e mostram sua plena simpatia e afinidade com o nacional-socialismo(nazismo), fazendo alusões a símbolos nazistas no logotipo do site.

Site "revisionista" faz alusão a insígnia da SS com a letra H
http://www.historiography-project.com/



Insígnia original da SS e o logotipo do site com as astes horizontais da letra H em cinza:




Insígnia SS
História

No linguajar neonazista o HH é também costumeiramente associado à saudação nazista "Heil Hitler!". Pegando carona nos códigos da linguagem neonazi, muitas vezes o próprio HH é substituído pelo número 88 (pelo fato do H ser a oitava letra do alfabeto).

Mas como mencionado no início do post, segundo os "revis", "revisionismo"(negação do Holocausto) não tem nada absolutamente nada a ver com propaganda nacional-socialista(nazi). E claro, todos nós sabemos que somos "chapeuzinho vermelho", obviamente (risos).

O site "revisionista"(negador do Holocausto) em questão, o Historiography-project é também uma provocação e "resposta" dos "revis" ao site The Holocaust History Project que é dedicado ao Holocausto(este site não é "revisionista"):
http://www.holocaust-history.org/

O site do The Holocaust History Project inclusive sofreu um ataque nos computadores por parte de "revis", histórico do ataque:
http://www.holocaust-history.org/denial/denial-of-service.shtml

Mas os "revisionistas" costumam alegar que são vítimas, que nunca fazem absolutamente nada contra sites de documentação do Holocausto. Será? ...

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