sábado, 5 de fevereiro de 2011

Documentação fotográfica de crimes nazis (2ª edição)

A desactivação das ligações contidas no artigo anterior sobre este tema (1ª parte, 2ª parte) obriga a uma segunda edição do mesmo.

As fotografias apresentadas a seguir mostram vítimas do genocídio dos judeus, bem como de outros crimes nazis abordados em vários artigos deste blog. Tentei reunir fotografias menos conhecidas, relativas aos crimes nazis na Europa de Leste, sobretudo na Polónia e nos territórios ocupados da União Soviética.

As legendas das fotografias em inglês ou alemão são as que constam da respectiva fonte indicada, seguidas pela minha tradução para português.

As fotografias podem ser alargadas clicando nelas, o que não é recomendado para pessoas sensíveis já que algumas são bastante chocantes.

1. Fotografias disponíveis na Internet


1.1 Fotografias dos arquivos do Ghetto Fighters House



1.1.1 A body in a mass grave at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna).
Um corpo numa vala em massa no local de extermínio de Ponary perto de Vilnius (Vilna), Lituânia


1.1.2 A Jew burying bodies in a mass grave in the Jewish cemetery in Warsaw.
Um judeu enterrando corpos numa vala em massa no cemitério judaico em Varsóvia


1.1.3 A Jewish gravedigger laying bodies in a mass grave in the Jewish cemetery in Warsaw.
Um coveiro judeu colocando corpos numa vala em massa no cemitério judaico em Varsóvia


1.1.4 A mass grave containing the bodies of Janowska camp inmates
Uma vala em massa contendo os corpos de prisioneiros do campo de Janowska


1.1.5 A mass grave discovered in Iwje, Poland
Uma vala em massa descoberta em Iwje, Polónia


1.1.6 A mass grave in Drobitski Yar near Kharkov.
Uma vala em massa na Drobitski Yar perto de Kharkov


1.1.7 A mass grave in Drobitski Yar near Kharkov.
Uma vala em massa na Drobitski Yar perto de Kharkov


1.1.8 A mass grave in the Jewish cemetery in Warsaw.
Uma vala em massa no cemitério judaico em Varsóvia


1.1.9 A mass grave of Lenin Jewry (in the Polesye region, on the Russo - Polish border)
Uma vala em massa de judeus de Lenin na região do Polesye, na fronteira russo-polaca


1.1.10 A Soviet investigating committee beside a mass grave of the Jews of Kozin, which they excavated.
Uma comissão investigadora soviética junta a uma vala em massa dos judeus de Kozin, que escavaram


1.1.11 Bodies in a mass grave
Corpos numa vala em massa


1.1.12 Bodies of Jews exhumed from a mass grave in an unidentified ghetto in Poland
Corpos de judeus desenterrados de uma vala em massa num gueto não identificado na Polónia


1.1.13 Bodies taken from a mass grave in Taganrov, Rússia
Corpos retirados de uma vala em massa em Taganrov, Rússia


1.1.14 Bones and skulls that were exposed in a mass grave
Ossos e caveiras expostos numa vala em massa


1.1.15 Corpses exhumed from a mass grave and laid out in rows
Corpos desenterrados de uma vala em massa e alinhados


1.1.16 Corpses exhumed from mass graves and laid out in rows
Corpos desenterrados de valas em massa e alinhados


1.1.17 Corpses exhumed from mass graves at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna)
Corpos desenterrados de valas em massa no sítio de extermínio de Ponary perto de Vilnius, Lituânia


1.1.18 German soldiers shooting Jews who are still alive in a mass grave in Vinnitsa, USSR
Soldados alemães abatendo judeus ainda vivos numa vala em massa em Vinnitsa, Ucrânia


1.1.19 German soldiers standing amid the bodies lying in the mass grave in Vinnitsa, Ukraine
Soldados alemães entre os corpos numa vala em massa em Vinnitsa, Ucrânia

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1.1.20 The bodies of Jews from the Zolochev (Zloczow) ghetto, in a mass grave
Os corpos de judeus do gueto de Zolochev (Zloczow), numa vala em massa


1.1.21 The bodies of Jews from the Zolochev (Zloczow) ghetto, exhumed from a mass grave after the liberation
Os corpos de judeus do gueto de Zolochev (Zloczow), desenterrados de uma vala em massa após a libertação


1.1.22 The bodies of Jews from the Zolochev (Zloczow) ghetto, exhumed from a mass grave after the liberation.
Os corpos de judeus do gueto de Zolochev (Zloczow), desenterrados de uma vala em massa após a libertação


1.1.23 The bodies of Jews in an unidentified ghetto, exhumed from a mass grave
Os corpos de judeus num gueto não identificado, desenterrados de uma vala em massa


1.1.24 The bodies of women killed by the German army, in a mass grave in Kerch
Os corpos de mulheres mortas pelo exército alemão, numa vala em massa em Kerch (península da Crimeia, Ucrânia)


1.1.25 The bones of Jews exhumed from a mass grave at Utena (Utian), Lithuania
Ossos de judeus desenterrados de uma vala em massa em Utena (Utian), Lituánia


1.1.26 The excavation of mass graves at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna) in July 1944
A escavação de valas em massa no sítio de extermínio de Ponary perto de Vilnius (Vilna), Lituánia


1.1.27 The execution of civilians at the edge of a mass grave in the USSR
A execução de civis à beira de uma vala em massa na URSS


1.1.28 The exhumation of a mass grave in the city of Bialystok
A exumação de uma vala em massa na cidade de Bialystok


1.1.29 A family in the USSR killed by the Germans
Uma família na URSS morta pelos alemães


1.1.30 A family in the USSR killed by the Germans
Uma família na URSS morta pelos alemães


1.1.31 A gallows on which six men were hanged
Uma forca em que seis homens foram enforcados


1.1.32 A gallows with the bodies of ten Polish civilians
Uma forca com os corpos de dez civis polacos


1.1.33 A German soldier beside a gallows upon which seven men have been hanged
Um soldado alemão junta a uma forca em que foram enforcados sete homens


1.1.34 A German soldier beside the bodies of Yugoslav civilians hanged on an improvised gallows between two trees in a forest
Um soldado alemão junto aos corpos de civis jugoslavos enforcados numa forca improvisada entre duas árvores numa floresta


1.1.35 A German soldier in the Krakow ghetto, standing beside the bodies of Jews laid out in a row
Um soldado alemão no gueto de Cracóvia, junto aos corpos alinhados de judeus


1.1.36 A Lithuanian armed with an iron bar, who took part in the pogrom in Kaunas (Kovno), posing beside the bodies of Jews.
Um lituano armado com uma barra de ferro, que tomou parte no pogrom em Kaunas (Kovno), posando junto aos corpos de judeus


1.1.37 A man in uniform, posing for a photo amid the corpses at a mass murder site
Um homem de uniforme, posando para uma foto entre cadáveres num local de chacina em massa


1.1.38 A mass extermination site on the grounds of a cemetery
Um local de extermínio em massa nos terrenos de um cemitério


1.1.39 A pile of bodies, apparently of POWs, in Helmeu, Romania
Um monte de corpos, aparentemente de prisioneiros de guerra, em Helmeu, Romênia


1.1.40 A pile of bodies on a pallet in the Warsaw ghetto
Um monte de corpos numa palete no gueto de Varsóvia


1.1.41 A row of bodies, apparently photographed in a POW camp
Uma fila de cadáveres, aparentemente fotografada num campo de prisioneiros de guerra


1.1.42 A row of gallows on which Soviet hostages were hanged by the German army
Uma fila de forcas em que reféns soviéticos foram enforcados pelo exército alemão


1.1.43 A Russian woman beside the body of her husband who was killed by the SS in Gerasimov, a village in the Rostov area
Uma mulher russa junto ao corpo do seu marido, morto pelas SS em Gerasimov, uma aldeia na área de Rostov


1.1.44 A wagon loaded with the bodies of murdered Jews, with an armed German soldier standing beside it
Uma carroça carregada com os corpos de judeus assassinados, com um soldado alemão armado ao lado


1.1.45 Armed Lithuanian militiamen beside the bodies of Kaunas (Kovno) Jews murdered in the pogrom that took place with the entry of the Germans
Milicianos lituanos armados junto aos corpos de judeus de Kaunas (Kovno) assassinados no pogrom que teve lugar com a entrada das tropas alemãs


1.1.46 Bodies at a mass extermination site
Corpos num local de extermínio em massa


1.1.47 Bodies at a mass murder site in Poland
Corpos num local de chacina em massa na Polónia


1.1.48 Bodies at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna)
Corpos no local de extermínio em massa de Ponary perto de Vilnius (Vilna)


1.1.49 Bodies at the Ponary mass extermination site near Vilnius (Vilna)
Corpos no local de extermínio em massa de Ponary perto de Vilnius (Vilna)


1.1.50 Bodies of Jews in the Budapest ghetto
Corpos de judeus no gueto de Budapeste


1.1.51 Bodies of Soviet POW's killed by the Germans
Corpos de prisioneiros de guerra soviéticos mortos pelos alemães


1.1.52 Carting away bodies in the Warsaw ghetto
Removendo corpos numa carroça no gueto de Varsóvia


1.1.53 Collecting the bodies of victims in the Birkenau camp
Recolhendo os corpos das vítimas no campo de Birkenau


1.1.54 Fifteen Polish civilians hanged on a gallows in Radom
Quinze civis polacos enforcados numa forca em Radom


1.1.55 Five men who were hanged on electricity poles on a street in a town in the East
Cinco homens enforcados em postes de electricidade numa rua numa cidade no Leste


1.1.56 Five Yugoslav men, hanged on suspicion of supporting the partisans
Cinco homens jugoslavos, enforcados por suspeita de apoiar os guerrilheiros


1.1.57 German soldiers beside a gallows with four Yugoslav men hanged in Krusevac, Yugoslavia
Soldados alemães junto a uma forca com quatro homens jugoslavos enforcados em Krusevac, Jugoslávia


1.1.58 German soldiers beside the bodies of Jews in the Borislav ghetto
Soldados alemães junto aos corpos de judeus no gueto de Borislav


1.1.59 German soldiers beside the bodies of Yugoslav civilians killed in Pancevo
Soldados alemães junto aos corpos de civis jugoslavos mortos em Pancevo


1.1.60 German soldiers in a POW camp, standing beside bodies laid out in a row
Soldados alemães num campo de prisioneiros de guerra, junto a corpos alinhados


1.1.61 German soldiers looking at the bodies of Jews hanged on a tree in the area of Lvov
Soldados alemães olhando os corpos de judeus enforcados numa árvore na área de Lvov

1.1.62 German soldiers standing beside the bodies of Jews at the Jajinci extermination site near Beograd (Belgrade)
Soldados alemães junto aos corpos de judeus no local de extermínio de Jajinci perto de Belgrado


1.1.63 German soldiers standing beside the body of a Jew whom they beat to death
Soldados alemães junto ao corpo de um judeu que espancaram até à morte


1.1.64 Human remains uncovered in the Kaunas (Kovno) ghetto after the war
Restos humanos descobertos no gueto de Kaunas (Kovno) depois da guerra


1.1.65 Jews loading bodies onto a wagon, apparently in the Treblinka camp
Judeus carregando corpos numa carroça, aparentemente no campo de Treblinka


1.1.66 Jews standing on the verge of a pit at the extermination site in Liepaja, Latvia
Judeus na berma de uma vala no local de extermínio em Liepaja, Letónia


1.1.67 Jews who were shot during an aktion (mass roundups for deportation) in the Wegrow ghetto in May 1943
Judeus abatidos a tiro durante uma acção (recolha em massa para deportação) no gueto de Wegrow em Maio de 1943


1.1.68 The remains of Jewish victims in the Sajmiste (Zemun) extermination camp in Beograd (Belgrade)
Os restos de vítimas judias no campo de extermínio de Sajmiste (Zemun) perto de Belgrado


1.1.69 The area of the crematorium in the Majdanek camp
A área do crematório no campo de Majdanek


1.1.70 The remains of corpses incinerated in the Majdanek camp's crematorium
Restos de cadáveres incinerados no crematório do campo de Majdanek


1.1.71 The remains of corpses incinerated in the Majdanek camp's crematorium
Restos de cadáveres incinerados no crematório do campo de Majdanek


1.1.72 The bodies and partial remains of victims of the Majdanek camp
Corpos e restos parciais de vítimas do campo de Majdanek


1.1.73 A heap of bones and ashes of victims of the Majdanek camp
Monte de ossos e cinzas de vítimas do campo de Majdanek


1.1.74 A pile of bones and skulls of people killed in the Majdanek camp
Monte de ossos e caveiras de pessoas mortas no campo de Majdanek


1.1.75 A pile of bones and skulls of people killed in the Majdanek camp
Monte de ossos e caveiras de pessoas mortas no campo de Majdanek


1.1.76 The skulls of victims of the Majdanek camp
Caveiras de vítimas do campo de Majdanek


1.1.77 A pile of bones of victims in the Majdanek camp
Monte de ossos de vítimas do campo de Majdanek


1.1.78 The skulls and bones of Belzec camp victims, brought to a bunker on the grounds of the camp
Caveiras e ossos de vítimas do campo de Belzec, trazidas para um bunker nos terrenos do camp


1.1.79 Human skeletal remains in the Treblinka camp
Restos de esqueletos humanos no campo de Treblinka


1.1.80 Soviet Red Army officers standing beside a pile of human ashes in the Majdanek camp
Oficiais do Exército Vermelho soviético junto a um monte de cinzas humanas no campo de Majdanek


1.1.81 A pile of ashes of victims of the Majdanek camp that were used to fertilize the surrounding fields
Um monte de cinzas e vítimas do campo de Majdanek que eram utilizadas para fertilizar os campos circundantes


1.1.82 Heaps of ashes on the grounds of the Treblinka camp
Montes de cinzas no solo do campo de Treblinka


1.1.83 A heap of ashes in the Treblinka camp
Um monte de cinzas no campo de Treblinka

1.2 Fotografias dos arquivos do United States Holocaust Memorial Museum


1.2.1 USHMM 32165 An undertaker views a layer of corpses laid out at the bottom of a mass grave in the Okopowa Street cemetery
Um coveiro olha para uma camada de cadáveres colocados no fundo de uma vala em massa no cemitério da Rua Okopowa (Varsóvia)


1.2.2 USHMM 32168 A boy working in the Warsaw ghetto cemetery drags a corpse to the edge of the mass grave where it will be buried
Um rapaz que trabalha no cemitério do gueto de Varsóvia arrasta um cadáver para a berma de uma vala em massa onde será enterrado


1.2.3 USHMM 32271 An undertaker in the Warsaw ghetto cemetery on Okopowa Street displays an open coffin that contains the body of woman
Um coveiro no cemitério do gueto de Varsóvia na Rua Okopowa mostra um caixão aberto que contém o corpo de uma mulher


1.2.4 USHMM 69982 A cart filled with corpses of Jews who died in the Warsaw ghetto, awaiting mass burial at the Jewish cemetery
Carroça cheia de corpos de judeus que morreram no gueto de Varsóvia, aguardando sepultura em massa no cemitério judaico


1.2.5 USHMM 69998 Laborers at the Jewish cemetery on Okopowa Street bury bodies in a mass grave
Trabalhadores no cemitério judaico na Rua Okopowa enterram corpos numa vala em massa


1.2.6 USHMM 50178 A mass grave in which the corpses of Soviet POWs are being buried
Uma vala em massa onde são enterrados os cadáveres de prisioneiros de guerra soviéticos


1.2.7 USHMM 66702 The bodies of five civilians executed by German forces hang from the balcony of a building in an unidentified city
Os corpos de cinco civis executados por forças alemãs pendem da varanda de um prédio numa cidade não identificada


1.2.8 USHMM 66703 The bodies of six civilians hang from the balcony of a school on Sverdlov Street where they were executed by German troops of the 50th Army Corps
Os corpos de seis civis pendem da varanda de uma escola na Rua Sverdlov (Kharkov) onde foram executados por tropas alemãs do 50º Corpo do Exército


1.2.9 USHMM 73459 S. Afansyeva from Kerch mourns the death of her 18-year-old son, who was shot by Germans when they were forced to evacuate the city in February 1942
S. Afansyeva de Kerch (península da Crimeia, Ucrânia) chora a morte do seu filho de 18 anos, que foi abatido a tiro pelos alemães quando se viram obrigados a evacuar a cidade em Fevereiro de 1942


1.2.10 USHMM 89063 Men with an unidentified unit execute a group of Soviet civilians kneeling by the side of a mass grave
Homens de uma unidade não identificada executam um grupo de civis soviéticos ajoelhados junto a uma vala em massa


1.2.11 USHMM 26951 Lithuanians and a Soviet officer stand among the remains of twenty Jewish atrocity victims, who were exhumed from a mass grave in the woods near Utena
Lituanos e um oficial soviético junto aos restos de vinte vítimas judias de atrocidades, que foram desenterrados de uma vala em massa na floresta perto de Utena


1.2.12 USHMM 30857 Jewish survivors stand in an opened mass grave among the exhumed bodies of the victims of a mass shooting in Biala Podlaska
Sobreviventes judeus numa vala em massa aberta entre os corpos exhumados das vítimas de um fuzilamento em massa em Biala Podlaska


1.2.13 USHMM 47624 Soviet soldiers observe recently burned corpses stacked on sawed lumber on the grounds of the Klooga concentration camp
Soldados soviéticos observam cadáveres recém queimados empilhados em madeira cortada nos terrenos do campo de concentração de Klooga (Estónia)


1.2.14 USHMM 47625 Close-up of corpses killed in the Klooga concentration camp
Vista de perto de cadáveres mortos no campo de concentração de Klooga


1.2.15 USHMM 47626 Corpses lie on the grounds of the Klooga concentration camp
Corpos nos terrenos do campo de concentração de Klooga


1.2.16 USHMM 47627 Burned corpses lie on the grounds of the Klooga concentration camp
Corpos queimados nos terrenos do campo de concentração de Klooga


1.2.17 USHMM 47629 Postwar view of burned corpses in the Klooga concentration camp
Imagem pós - guerra de corpos queimados no campo de concentração de Klooga


1.2.18 USHMM 50608 Corpses in Klooga stacked for burning
Corpos em Klooga empilhados para serem queimados


1.2.19 USHMM 59485 The partially burned corpses of former inmates are lined up on the ground at the Klooga concentration camp
Corpos parcialmente queimados de antigos prisioneiros, alinhados no terreno do campo de concentração de Klooga


1.2.20 USHMM 59486 The partially burned corpses of former inmates are lined up on the ground at the Klooga concentration camp
Corpos parcialmente queimados de antigos prisioneiros, alinhados no terreno do campo de concentração de Klooga


1.2.21 USHMM 59487 The partially burned corpses of former inmates are lined up on the ground at the Klooga concentration camp
Corpos parcialmente queimados de antigos prisioneiros, alinhados no terreno do campo de concentração de Klooga


1.2.22 USHMM 71947 The charred remains of prisoners burned by the Germans before the liberation of the Maly Trostinets concentration camp
Os restos carbonizados de prisioneiros queimados pelos alemães antes da libertação do campo de concentração de Maly Trostinets (Bielorússia)


1.2.23 USHMM 71950 The charred remains of prisoners burned by the Germans before the liberation of the Maly Trostinets concentration camp
Os restos carbonizados de prisioneiros queimados pelos alemães antes da libertação do campo de concentração de Maly Trostinets (Bielorússia)


1.1.24 USHMM 71956 A member of a Soviet investigating team views the remains of Jewish victims burned in a barn by the Germans near the Maly Trostinets concentration camp
Um membro da equipa de investigação soviética vê os restos de vítimas judias queimadas pelos alemães numa barraca perto do campo de concentração de Maly Trostinets


1.1.25 USHMM 71958 View of the charred remains of Jewish victims burned by the Germans in the Maly Trostinets concentration camp
Vista dos restos carbonizados de vítimas queimadas pelos alemães no campo de concentração de Maly Trostinets


1.1.26 USHMM 71959 View of the charred remains of Jewish victims burned in a barn by the Germans near the Maly Trostinets concentration camp
Vista dos restos carbonizados de vítimas queimadas pelos alemães no campo de concentração de Maly Trostinets


1.1.27 USHMM 85805 Soviet soldiers exhume a mass grave in Lvov
Soldados soviéticos exumam uma vala em massa em Lvov


1.1.28 USHMM 86588 Soviets exhume a mass grave in Zloczow shortly after the liberation
Soldados soviéticos exumam uma vala em massa em Zloczow pouco depois da libertação

1.3 Fotografias de últimos rastos do campo de extermínio de Treblinka

1.3.1 TURNED UP EARTH #1. The photo was taken by Soviet Forces (Novosti Press), during their investigations in 1945.
Terra escavada # 1. Esta foto foi tirada pelas forças soviéticas (Novosti Press) durante a sua investigação em 1945.

1.3.2 TURNED UP EARTH #2. Bones, pieces of clothes and thousands of personal belongings of the victims were digged out by the local population when they searched for valuables. The photo was taken in 1945.
Terra escavada # 2. Ossos, pedaços de roupa e milhares de pertenças pessoais das vítimas foram escavados pela população local à procura de objectos de valor. Esta foto foi tirada em 1945.

1.3.3 TURNED UP EARTH #3. The photo was taken in 1945.
Terra escavada # 3. Esta foto foi tirada em 1945.

1.3.4 TURNED UP EARTH #4. The photo was taken in 1945.
Terra escavada # 4. Esta foto foi tirada em 1945.

1.3.5 HUMAN REMNANTS AND BELONGINGS #1. The photo was taken in 1945.
Restos humanos e pertences # 1. Esta foto foi tirada em 1945.

1.3.6 HUMAN REMNANTS AND BELONGINGS #2. The photo was taken in 1945.
Restos humanos e pertences # 2. Esta foto foi tirada em 1945.

1.3.7 HUMAN REMNANTS AND BELONGINGS #3. The photo was taken in 1945.
Restos humanos e pertences # 3. Esta foto foi tirada em 1945.

1.4 Fotografias incluídas no The Babi Yar Álbum

1.4.1 Remains of shoes and clothes of the Babi Yar victims. Photo: Special Commission 1943
Restos de sapatos e roupas das vítimas de Babi Yar. Foto: Comissão Especial (Soviética para Investigação dos Crimes Alemães), 1943

1.4.2 The Syretskij concentration camp. The corpses were dug out of a trash pit. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. Os corpos foram desenterrados de uma vala de lixo. Foto: Comissão Especial 1943.

1.4.3 The Syretskij concentration camp. The corpses dug out of trash pit. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. Os corpos foram desenterrados de uma vala de lixo. Foto: Comissão Especial 1943.

1.4.4 The Syretskij concentration camp. The body was dug out of a pit. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. O corpo foi desenterrado de uma vala. Foto: Comissão Especial 1943.

1.4.5 The Syretskij concentration camp. The bodies were dug out of pits. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. Os corpos foram desenterrados de valas. Foto: Comissão Especial 1943.

1.4.6 The Syretskij concentration camp. The body was dug out of a pit. Photo: Special Commission 1943
O campo de concentração de Syretskij. O corpo foi desenterrado de uma vala. Foto: Comissão Especial 1943.

2. Fotografias digitalizadas das fontes impressas a seguir indicadas

2.1 Karel C. Berkhoff, Harvest of Despair. Life and Death in Ukraine under Nazi Rule, 2004 The Belknap Press of Harvard University Press, Cambridge, Massachusets and London, England


2.1.1 Open mass grave with thousands of Jews. Podolian town of Proskuriv (today Khmelnytsky), 1941 or 1942 (Muzeum Wojska Polskiego, courtesy of United States Holocaust Memorial Museum, Photo Archives, 17781)
Vala em massa aberta com milhares de judeus. Vila de Proskuriv (hoje Khmelnytsky), na Podólia, 1941 ou 1942 (Muzeum Wojska Polskiego, cortesia do United States Holocaust Memorial Museum, Arquivos Fotográficos, 17781)

2.2 Museum Berlin-Karlshorst, Erinnerungen an einen Krieg (publicação do Museu Berlim-Karlshorst, Berlim, Alemanha)


2.2.1 Sprengung eines Dorfes in partisanenverdächtigem Gebiet, Weißrußland, 1944
Dinamitação de uma aldeia em região suspeita de actividade guerrilheira, Bielorússia, 1944


2.2.2 Massenexekution an 2800 lettischen Juden am Skede-Strand in Liepaja, 15. bis 17.12.1941. Zwischen dem 15. und 17.12.1941 wurden 2800 Juden aus Liepaja am Skede-Strand von deutschen SS-Angehörigen und litauischen Hilfspolizisten erschossen.
Execução em massa de 2800 judeus da Letónia na praia de Skede em Liepaja, 15 a 17.12.1941. Entre 15 e 17.12.1941, 2800 judeus de Liepaja foram abatidos a tiro na praia de Skede por membros alemães das SS e polícias auxiliares lituanos.


2.2.3 Erhängte Partisanen, 1941 bis 1944. Zur Abschreckung wurden Partisanen wie auch Unterstützer von Partisanen öffentlich aufgehängt und mit einem Schild um den Hals „Wir haben auf Deutsche geschossen“, „Ich habe Partisanen unterstützt“ hängengelassen.
Guerrilheiros enforcados, 1941 bis 1944. Para efeito de dissuasão guerrilheiros bem como apoiantes de guerrilheiros eram enforcados em público e deixavam ser pendurados com cartazes à volta do pescoço que tinham frases do tipo “Atiramos sobre alemães” ou “Dei apoio a guerrilheiros”.


2.2.4 - 9.1.2 – 9.1.4 Sowjetische Kriegsgefangene im Stalag XD 310 Wietzendorf, 1941/42. Die Kriegsgefangenenlager in der Lüneburger Heide (Wietzendorf, Bergen-Belsen und Oerbke) waren auf ehemaligen Truppenübungsplätzen untergebracht. Die Lebensbedingungen waren katastrophal. Bis zum Februar 1942 starben 90 % der Gefangenen.
9.1.5 Kriegsgefangenenlager Oerbke, Niedersachsen. Der eingezäunte Platz im Vordergrund war zur Sammlung von Kriegsgefangenen vorgesehen, die in ein Konzentrationslager überwiesen wurden.
9.1.2 – 9.1.4 Prisioneiros de guerra soviéticos no Stalag XD 310 Wietzendorf, 1941/42. Os campos de prisioneiros na Lüneburger Heide (Wietzendorf, Bergen-Belsen e Oerbke) foram instalados em antigos campos de treino militares. As condições de vida eram catastróficas. Até Fevereiro de 1942 morreram 90 % dos prisioneiros.
9.1.5 Campo de prisioneiros de guerra de Oerbke, Baixa Saxónia. A área rodeada de arame farpado em primeiro plano servia para recolher prisioneiros de guerra que eram transferidos para um campo de concentração.

2.3 »Gott mit uns« Der deutsche Vernichtungskrieg im Osten 1939 – 1945. Colecção de documentos editada por Ernst Klee e Willi Dressen, 1989 S. Fischer Verlag GmbH, Frankfurt am Main, Alemanha


2.3.1 Polen. Erschießung eines Priesters
Polónia. Um padre é abatido.


2.3.2 Polen. Männer graben ihr eigenes Grab.
Polen. Erschießung durch volksdeutschen Selbstschutz.
Polónia. Homens cavando a sua própria campa.
Polónia. Execução pela autodefesa étnica alemã.


2.3.3 Bekanntmachung
Cartaz em língua ucraniana, russa e alemã, com os seguintes dizeres: “Anúncio. Em Kiev uma instalação de rádio foi maldosamente danificada. Uma vez que não foi possível apurar os autores, foram ABATIDOS A TIRO 400 HOMENS DE KIEV.
Comunico isto à população como advertência e novamente a exorto a comunicar qualquer observação suspeita imediatamente aos postos da Wehrmacht alemã e da polícia alemã, para que tais criminosos possam ser merecidamente neutralizados.
EBERHARD
Major – General e Comandante da Cidade
Kiev, 29. XI. 1941”


2.3.4 In deutscher Kriegsgefangenschaft sterben Millionen sowjetischer Soldaten.
Leichenhaufen als Hintergrund für ein Foto-Motiv.
No cativeiro alemão morrem milhões de soldados soviéticos.
Monte de cadáveres como pano de fundo para uma fotografia.


2.3.5 Bilder aus dem Zwangsarbeiterlager in der Janowska-Strasse von Lemberg. Die Häftlinge sind hilflos dem Sadismus ihrer Bewacher ausgeliefert. Kein Anlaß ist zu nichtig, einen Gefangenen zu töten. Ein Orchester muß zum Vergnügen der Lagerfunktionäre aufspielen, auch bei Erschießungen.
Imagens do campo de trabalhadores forçados na Rua Janowska de Lemberg. Os prisioneiros estão indefesamente expostos ao sadismo dos seus guardas. Não há motivo demasiado insignificante para matar um prisioneiro. Uma orquestra tem que tocar para divertimento dos funcionários do campo, mesmo durante fuzilamentos.


2.3.6 Ein Kind an der Leiche seiner Mutter, umgekommen in einem KZ für Zivilisten nahe der Ortschaft Ozaritschi
Uma criança junto ao cadáver da sua mãe, que pereceu num campo de concentração para civis perto da localidade de Ozarichi.


2.3.7 Deutsche Soldaten fotografieren massenhaft solche „Motive“. Diese Fotos wurden in sowjetischer Kriegsgefangenschaft unbemerkt fortgeworfen.
Soldados alemães fotografaram muitos destes “motivos”. Estas fotos foram discretamente deitadas fora em cativeiro soviético.


2.3.8 Erhängungen.
Enforcamentos.


2.3.9 Sommer 1941: Erschießung „verdächtiger Elemente“ durch eine Wehrmachtseinheit im Mittelabschnitt der Ostfront.
Verão de 1941: "Elementos suspeitos" são abatidos a tiro por uma unidade da Wehrmacht no sector central da Frente Leste.


2.3.10 Partisanenbekämpfung aus deutscher Sicht.
Luta contra guerrilheiros do ponto de vista alemão.


2.3.11 Fotos wie von einer Hasenjagd.
Fotos como se fosse uma caçada de coelhos.


2.3.12 Drogobytsch in der Ukraine. Arbeiter der Erdölindustrie in Borislaw werden aufgehängt.
Drogobich na Ucrânia. Trabalhadores da indústria petrolífera em Borislav são enforcados.


2.3.13 Drogobytsch. Öffentlich erhängte Arbeiter. Die deutsche Besatzungspolitik scheitert an ihrem Rassen- und Vernichtungswahn. Am Ende fehlen die Menschen, die ernten und produzieren. Selbst zunächst deutschfreundliche Ukrainer werden zu erbitterten Feinden.
Drogobich. Trabalhadores enforcados em público. A política de ocupação alemã fracassa por causa da sua mania racial e de extermínio. No final faltam as pessoas para lavrar os campos e produzir. Mesmo ucranianos inicialmente amigos dos alemães se tornam inimigos acérrimos.


2.3.14 In einer sowjetischen Stadt (Lubny?): Juden auf dem Weg zum Sammelplatz und zu ihrer Erschießung. Sie müssen an herumliegenden Leichen vorübergehen.
Numa cidade soviética (Lubny?): judeus a caminho do local de recolha e do seu fuzilamento. Têm que passar por cadáveres deitados no caminho.


2.3.15 Sowjetische Juden, unterwegs zur Sammelstelle. Die Leichen an Erschöpfung gestorbener oder Erschossener liegen in aller Öffentlichkeit auf Bürgersteig und Strasse.
Judeus soviéticos, a caminho do local de recolha. Os cadáveres dos que morreram de exaustão ou foram abatidos a tiro estão deitados em público no passeio e na rua.


2.3.16 Panzergraben bei Mogilew, 19.10.1941. Männer, Frauen und Kinder werden von Angehörigen des Polizei-Bataillons 322 mit Lkw herangeschafft. Am rechten Bildrand: Schützen, die in den Panzergraben schießen. (Das Foto wurde vermutlich im Bereich der 1. Kompanie aufgenommen.)
Vala contra tanques perto de Mogilev, 19.10.1941. Homens, mulheres e crianças são trazidos com camiões por membros do Batalhão de Polícia 322. No canto direito da foto: atiradores que atiram para dentro da vala. (A foto foi provavelmente tirada na área da 1ª Companhia.)


2.3.17 Nach einer Massenerschießung. Ein Angehöriger des Mordkommandos durchwühlt die Habe der Ermordeten.
Zwei Angehörige des Mordkommandos suchen nach Beute.
Após um fuzilamento em massa. Um membro do comando assassino vasculha as pertenças das pessoas assassinadas.
Dois membros do comando assassino à procura de botim.


2.3.18 „Die deutschen Unholde schonten niemanden.“ Der Krieg gegen Geisteskranke und Krüppel
"Os monstros alemães não pouparam ninguém." A guerra contra doentes mentais e inválidos.


2.3.19 Babi-Yar 1944. Sowjetische Experten an einem geöffneten Massengrab. Zwischn 1941 und 1943 wurden hier zehntausende sowjetischer Bürger erschossen oder erschlagen.
Babi-Yar 1944. Peritos soviéticos junto a uma vala em massa aberta. Entre 1941 e 1943 dezenas de milhares de cidadãos soviéticos foram aqui abatidos a tiro ou espancados até à morte.


2.3.20 Dorogobuzh/Gebiet Smolensk am 5.9.1943: Frauen versuchen, ihre Angehörigen zu identifizieren.
Dorogobuzh/região de Smolensk em 5.9.1943: mulheres tentam identificar seus familiares.


2.3.21 In der Nähe des ukrainischen Dorfes Petrikowo/bei Tarnopol. Eine sowjetische Untersuchungskommission vor den exhumierten Leichen erschossener Zivilisten.
Nos arredores da aldeia ucraniana de Petrikovo/perto de Tarnopol. Membros de uma comissão de investigação soviética perante os cadáveres desenterrados de civis abatidos.


2.3.22 Sowjetische Militärärzte untersuchen exhumierte Leichen.
Médicos militares soviéticos examinam cadáveres desenterrados.


2.3.23 Gerichtsmediziner einer sowjetischen Untersuchungskommission in dem Dorf Polykowitschi nahe Mogilew. Unter den Ermordeten befinden sich auch Säuglinge und Kinder. Zum Vergleich ist im Vordergrund die Leiche eines Erwachsenen hingelegt.
Médicos forenses de uma comissão de investigação soviética na aldeia de Polikovichi perto de Mogilev. Entre as pessoas assassinadas também há bebés e crianças. Para comparação colocou-se o corpo de um adulto no primeiro plano.


2.3.24 Frauen beim Identifizieren der Leichen von Angehörigen.
Mulheres identificando os cadáveres de familiares.

2.4 Dieter Pohl, Die Herrschaft der Wehrmacht. Deutsche Militärbesatzung und einheimische Bevölkerung in der Sowjetunion 1941 – 1944, 2008 R. Oldenbourg Verlag, Munique, Alemanha


2.4.1 Massengrab im Durchgangslager Gomel, 1941. (Quelle: Bundesarchiv Ludwigsburg B 162 Bild /862)
Vala em massa no campo de passagem (para prisioneiros de guerra soviéticos) de Gomel, 1941. Fonte: Arquivos Federais (da Alemanha) em Ludwigsburg, B 162 Foto /862.


2.4.2 Durchgangslager Vjaz’ma, November 1941 (Quelle: Stiftung niedersächsische Gedenkstätten Nr. 40627)
Campo de passagem de Vyaz’ma, Novembro de 1941. Fonte: Fundação Locais Comemorativos da Baixa Saxónia.

2.5 Ein Schuld, die nicht erlischt. Dokumente über deutsche Kriegsverbrechen in der Sowjetunion. Colecção de documentos, 1987 Pahl Rugenstein Verlag GmbH, Colónia, Alemanha


2.5.1 Südfront bei Rostow am Don. Auf ihrem Rückzug erschossen die Faschisten die im Gefängnis festgehaltenen Zivilisten. Februar 1943.
Frente sul na área de Rostov no Don. Na sua retirada os fascistas abateram os civis detidos na prisão. Fevereiro de 1943.


2.5.2 Gestapo-Opfer in Orjol. Die Schlucht, in der die Zivilisten erschossen wurden.
Vítimas da Gestapo em Oryol. O barranco onde os civis foram abatidos a tiro.


2.5.3 Greueltaten der Besatzer in Weißrußland
Atrocidades dos ocupadores na Bielorússia


2.5.4 Greueltaten im Gebiet Donezk, Oktober 1943.
Atrocidades na região de Donezk, Outubro de 1943.


2.5.5 Russische Kinder im „Umsiedlungslager“ bei der Befreiung von Petrosawdsk.
Crianças russas no "campo de realojamento" aquando da libertação de Petrosavdsk.


2.5.6 Taganrog. Zu Tode gefolterte Sowjetbürger.
Taganrog. Cidadãos soviéticos torturados até à morte.


2.5.7 Zentralfront bei Konotop. In den ersten Tagen nach der Befreiung dieser Gegen gruben die Bewohner des Dorfes Wargow die Leichen ihrer bestialisch ermordeten Familienangehörigen aus, um sie auf dem Dorffriedhof beizusetzen.
Frente central na área de Konotop. Nos primeiros dias após a libertação desta região os habitantes da aldeia de Wargow desenterraram os corpos dos seus familiares bestialmente assassinados, para enterra-los no cemitério da aldeia.

2.6 Harrison E. Salisbury, The Unknown War, 1978 Bantam Books Toronto – New York – London


2.6.1 Bodies of Jews slaughtered by the Nazis at Babi Yar, Kiev.
Corpos de judeus massacrados pelos nazis em Babi Yar, Kiev. (A fotografia provavelmente mostra prisioneiros mortos do campo de concentração de Syrets perto de Babi Yar, anotação de Sergey Romanov.)

2.7 Artigo Gorączka złota w Treblince ("Febre do ouro em Treblinka"), que apareceu em 7 de Janeiro de 2008 no jornal polaco Gazeta Wyborcza. O artigo foi traduzido para as línguas alemã, inglesa e portuguesa.

Esta não é uma foto da colheita. Saqueadores de campas de Wólka Okrąglik e aldeias vizinhas posam para uma foto junto com homens da milícia que os apanharam em flagrante. Nos bolsos dos camponeses havia anéis de ouros e dentes de judeus. Aos seus pés encontram-se caveiras e ossos das pernas dos que foram gaseados.

Alguns anos após a dissolução do campo um enviado da Comissão Histórica Judaica anotou o seguinte: "Há ossos humanos e objectos espalhados por todo lado, no ar está o cheiro de corpos em decomposição, a população local, que beneficiou do comércio de ouro, está roubando uns aos outros."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Valas comuns e Majdanek

No ensaio sobre Majdanek de Mattogno e Graf, eles reconhecem que os corpos foram descobertos em Krepiecki, a 12km de Majdanek:
a Comissão polonesa-soviética, em sua busca nos terrenos do campo e da floresta Krepiecki, descobriu 467 corpos e 266 crânios que foram submetidos à análise forense. A Comissão também descobriu 4,5m³ de cinzas e ossos
Krepiecki é claramente o mesmo local que W.H. Lawrence descreveu ao visitar aqui:
Eu estive em Krempitski, dez milhas ao leste, onde vi três das dez valas comuns abertas e olhei para 368 corpos parcialmente decompostos de homens, mulheres e crianças que tinham sido executados individualmente em uma variedade de métodos cruéis e horríveis. Só nesta floresta as autoridades estimam que existam mais de 300.000 corpos.
Mattogno e Graf podem, e vão, lamuriar e mentir sobre os números, mas isso não altera o fato de que os judeus estavam sendo assassinados em massa nessas áreas e que alguns dos corpos achados foram observados por jornalistas norte-americanos, como também por investigadores poloneses e soviéticos. Além disso, note que esses números foram relatados com cautela por Lawrence:
É impossível para este correspondente afirmar com certeza quantas pessoas os alemães mataram aqui. Muitos corpos inquestionavelmente foram queimados, e não faz tanto tempo que todas as valas nesta vizinhança foram abertas antes do período que visitei a cena.

Mas eu estive em um armazém de madeira no campo, com cerca de 150 pés de comprimento, no qual eu atravessava literalmente dezenas de milhares de sapatos espalhados pelo chão como grãos num elevador cheio pela metade. Lá eu vi sapatos de crianças tão jovens como de uma de um ano de idade. Havia sapatos de homens e mulheres jovens e velhos. Aqueles que eu vi estavam todos em mau estado - desde que os alemães usaram este campo não apenas para exterminar suas vítimas, mas também como um meio de obterem roupas para o povo alemão - mas alguns, obviamente, tinham sido bastante caros. Pelo menos um par viera dos EUA, pois tinha um selo, "Goodyear Welt".

Já passei por um armazém no centro da cidade de Lublin, no qual vi centenas de malas e literalmente dezenas de milhares peças de roupas e pertences pessoais de pessoas que morreram aqui, e tive a oportunidade de indagar um oficial alemão, Herman Vogel, 42, de Millheim, que admitiu que, como chefe dos barracões de roupas, ele tinha supervisionado a transferência de cargas de dezoito vagões de cargas carregados de roupas para a Alemanha durante um período de dois meses e que ele sabia que isso vinha dos corpos de pessoas que haviam sido mortas em Majdanek.
Este homem era apenas mais um que estava consumindo propaganda soviética?

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/02/mass-graves-and-majdanek.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Shoá: milhares de documentos e fotos online - Google e Yad Vashem

TEL AVIV, Israel - A mais importante coleção de documentos sobre o genocídio dos judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra mundial está disponível na Internet.

O Museu Memorial da Shoá, Yad Vashem, lançou esta inicitiva na quarta-feira com o lançamento de 130 mil fotos online consultáveis pelo site de buscas norte-americano Google, parceiro do projeto. A coleção deverá se extender mais tarde à outras partes dos vastos arquivos do museu.

A fórmula permite fácil acesso aos documentos, inclusive através de palavras-chave. Um fórum associado permite que aos usuários contribuirem com o projeto, adicionando suas próprias histórias, comentários e documentos sobre seus familiares que aparecem no arquivo online.

O Google tem utilizado uma tecnologia experimental de reconhecimento ótico de caracteres para permitir a pesquisa ativa em várias línguas no texto de documentos e fotos.

O presidente do Yad Vashem, Avner Shalev, disse que o benefício em chamar os jovens que procuram informações sobre seus antepassados supera o risco de publicação de comentários antissemitas.

Já nesta semana, o Yad Vashem lançou uma versão em seu canal de vídeo online no YouTube, para que os iranianos, cujo país é o maior inimigo de Israel, possam aprender sobre o Holocausto, no qual morreram cerca de seis milhões de judeus.

O memorial está agora trabalhando para digitalizar sua coleção de testemunhos de sobreviventes do genocídio.

Pra quem quiser acessar o banco de fotos do Yad Vashem na internet, link: http://collections.yadvashem.org/photosarchive/

Fonte: AP/Métro (Canadá, 26 de janeiro de 2011)
http://www.journalmetro.com/monde/article/754397--shoah-des-milliers-de-documents-et-photos-en-ligne
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Google amplia acesso a arquivos do Holocausto (Gazeta do Povo)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Testemunha militar francesa em Kaunas (Kovno)

Quinze dias depois dos soviéticos liberarem Kaunas em agosto de 1944, a cidade foi visitada pelo Coronel Pierre Pouyade do regimento Normandia-Niémen da Força Aérea francesa livre. Cinco meses depois, Pouyard foi entrevistado no Egito e deu um relato descrevendo os "pilhas de cadáveres de homens, mulheres e crianças nas ruas e nos porões destruídos." Matérias deste relato podem ser vistas aqui e aqui.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/02/french-military-witness-in-kaunas-kovno.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cão que imitava Hitler enfureceu nazis

Documentos revelam tentativa de vingança
Cão que imitava Hitler enfureceu nazis

Tor Borg junto ao seu cão,
cujo nome 'oficial' era 'Jackie'
Poucos meses antes de Hitler ordenar a invasão da União Soviética, o governo alemão tinha outro problema: um cão rafeiro 'batizado' com o nome do ditador e que tinha o hábito de levantar a pata direita como se estivesse a fazer a saudação nazi.

Segundo documentos oficiais recentemente encontrados em Berlim, o regime nazi tentou arruinar o dono do cão, um empresário do setor farmacêutico na Finlândia, país escandinavo que mantinha a neutralidade em 1942 apesar de ter fortes ligações à Alemanha.

Dono do grupo Tamro, que ainda hoje existe, Tor Borg era casado com uma alemã insuspeita de simpatias pelos nacionais-socialistas, que deu o nome ao cão após verificar que este levantava a pata da mesma forma que a maioria dos seus compatriotas erguiam o braço enquanto diziam 'Heil Hitler'.

Nos arquivos do regime nazi foi encontrada uma carta do vice-cônsul em Helsínquia em que este denunciava que "uma testemunha, que não quis ser identificada", testemunhou a polémica habilidade do cão de Tor Borg.

O empresário foi chamado à embaixada da Alemanha em Helsinque e negou que o cão se chamasse 'Hitler', embora tenha reconhecido que a sua mulher o tratava assim.

No entanto, Tor Borg salientou que a imitação da saudação nazi só tinha ocorrido algumas vezes em 1933, pouco depois de Hitler tomar o poder na Alemanha.

Acrescentou ainda que nunca havia feito "nada que pudesse ser considerado um insulto contra o Reich", mas não conseguiu convencer o embaixador.

Um documento do Ministério da Economia germânico revela que o grupo químico IG Farben, que era um dos principais fornecedores da farmacêutica finlandesa, se ofereceu para deixar de fazer negócios com Tor Borg.

Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tentou pôr o empresário em tribunal pelos insultos a Hitler mas nunca conseguiu convencer nenhuma testemunha ocular das façanhas do seu rafeiro.

O historiador responsável pela pesquisa não encontrou provas irrefutáveis de que o caso tenha chegado aos ouvidos do próprio Adolf Hitler. De qualquer forma, o cão (cujo verdadeiro nome era 'Jackie') morreu de causas naturais e Tor Borg faleceu em 1959, 12 anos antes da sua mulher.

Fonte: Correio da Manhã(Portugal)
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/cao-que-imitava-hitler-enfureceu-nazis

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Testemunho de Otto Ohlendorf para Leon Goldensohn


Otto Ohlendorf era membro do Partido Nacional Socialista desde 1925, chefe dos serviços de segurança do Escritório Central de Segurança do Reich durante a Segunda Guerra Mundial, comandante do Einsatzgruppe D no front oriental e tenente-general da SS a partir de novembro de 1944. Condenado à morte em abril de 1948 numa audiência em Nuremberg, foi enforcado em 8 de junho de 1951.


1º DE MARÇO DE 1946


OOtto Ohlendorf nasceu em Hanover em fevereiro de 1907. Na verdade, como ele disse, nasceu em Hoheneggelsen, perto de Hanover. Morou ali até 1927. Aparenta mais do que seus 39 anos, tem um aspecto abatido e repulsivo e é baixo, curvado para a frente e frio. Tende a falar de forma precisa, mas seu jeito é o de um homem que está na expectativa de ser insultado a qualquer momento e por isso está na defensiva.

Freqüentou a escola primária por três anos e o ginásio em Hildesheim – nove anos de ginásio, repetiu dois anos. Um ano não conseguiu se formar, no outro não se formou intencionalmente devido às atividades políticas. Isso foi em 1925.

Quando você se tornou membro do Partido Nazista? “Em 1925.” Porque você não se formou? “Porque discursei em muitos comícios para o público, em aldeias.” Ele tinha dezoito anos e falou publicamente de questões relativas ao SD e, especialmente, contra um partido dissidente em Hanôver denominado Guelfos. Havia duas facções de Guelfos, uma monarquista e outra republicana. Ohlendorf fazia oposição as duas, por ser “contra a destruição e a divisão da Prússia”. Você conheceu Hitler em 1925? “Não.” Você discutia o anti-semitismo aos dezoito anos? “Eram questões políticas gerais. O anti-semitismo estava entre elas.”

Nos seus dezoito anos, quais seus pontos de vista sobre a questão judaica? “Pontos de vista gerais – na maior parte, eu estava interessado em acabar com as lutas de classe e as questões sociais. Estive primeiro na Juventude Bismarck – todos aqueles partidos estavam representados em uma classe de pessoas O NSDAP representava todas as pessoas, independente das classes.” E os judeus? “Eles eram membros de outros partidos.” Então como você considerava que o NSDAP representava todas as pessoas? “Quero dizer que representava todas as classes.”

Quando você começou a ter sentimentos anti-semitas? “Isso vem da época em que participei do Partido Popular-Nacional Alemão. Era anti-semita. O líder era Alfred Hugenberg, mais tarde ministro da Economia e Agricultura, em 1933.”

O anti-semitismo de Hugenberg era do mesmo tipo do de Hitler? “Não sei dizer.” Hugenberg defendia a aniquilação dos judeus? “Duvido. Aquilo não estava no programa de Hitler até 1942.” Até 1942? “Naquela época, Hitler dava as ordens.” Você cumpria as ordens? “Eu não sabia da ordem geral na ocasião. Vim a descobrir aqui. Estou convencido de que Hitler não teria tido apoio do povo ou mesmo de membros do partido para aquela idéia.”

“Mais tarde, após 1925, voltando ao assunto, o anti-semitismo foi abandonado, e apenas diferenças entre nacionalidade eram enfatizadas.” Quando o anti-semitismo foi restaurado? “Em 1942-43.” Não foi você que depôs sobre a morte de 90 mil judeus? “Sim.” E não houve anti-semitismo na Alemanha nazista antes de 1942-43? “Em 1938, as perseguições não eram anti-semitas. Havia um grande número de judeus que ocupavam posições mais favoráveis do que deviam, em relação à percentagem que lhes cabia da população. Eram os alemães quem deveriam ocupar aquelas posições. Isso explica a ação de 1938 de Goebbels contra os judeus.” Portanto, os judeus foram destituídos? “Não. Isso foi na ação de novembro de 1938 de Goebbels contra os judeus, sem o consentimento de Hitler. Foi em represália ao assassinato de um oficial nazista em Paris pelo judeu Herschel Grynszpan.” Você acredita nisso? “Não. Goebbels estava apenas procurando uma desculpa.” Você conheceu Goebbels pessoalmente? “Sim.” Que tipo de pessoa ele era? “Encontrei-o várias vezes. Era esperto, fanático; devido ao pé torto, pode ter sofrido de complexo de inferioridade, sabedor de que, devido à aparência física, jamais conseguiria chegar à liderança. Era inescrupuloso em sua propaganda. Sempre me opus a Goebbels. Sempre tentei fazer com que as pessoas fossem educadas de forma ampla, enquanto Goebbels tentava supri-las de conhecimentos para o momento. Goebbels considerava os seres humanos objetos a serem usados para fins políticos – para o momento.”

Você fez algo concretamente contra Goebbels? “Meus informes no SD sempre se referiram a esses fatos.” Algo mais sobre Goebbels? “Sempre tive a sensação de que Goebbels não respeitava as pessoas em geral. Ele era precipitado em seus contatos no próprio escritório. Não tinha consideração por ninguém. Preocupava-se apenas em governar. Copiou seu estilo de governar da hierarquia católica. Ao que me consta, Goebbels freqüentou uma escola católica e foi educado num convento.” Ele parece ter se voltado contra os católicos. “Sim. Mas isso não o impediu de concordar com os métodos autoritários de governar. Goebbels confiava apenas em sai mesmo.”

EDUCAÇÃO: Ohlendorf concluiu enfim o ginásio e estudou jurisprudência e economia na universidade de Leipzig e Göttingen. Passou um ano na Itália e estudou fascismo – em 1931. Foi um serviço de intercâmbio acadêmico. “Voltei como um antifascista fanático. Depois fui para os tribunais, em outubro de 1933, tornei-me assistente no Instituto de Economia Mundial, na Universidade de Kiel.”

Você ainda estava no NSDAP? “Sim.” Como você podia estar num partido fascista e ser um antifascista fanático? “É lamentável que você ache que ambos sejam a mesma coisa. Há uma grande diferença. O fascismo é um princípio puramente estatal. Mussolini disse em 1932: ‘A primeira coisa é o Estado – e do Estado derivam o direito e o destino de outras pessoas. Os seres humanos vêm em segundo lugar’. No nacional-socialismo, era o contrário. As pessoas e os seres humanos vêm em primeiro lugar, o Estado é secundário.”

Você acredita nisso? “Eu acreditava. O ruim foi que Hitler odiava tanto o Estado que o governo nunca funcionou.” Você acha que Hitler realmente gostava do povo? “Ah, sim. O defeito que vejo em Hitler é que ele abandonou a base original, seu amor pelo povo, e procurou o reconhecimento das outras nações travando guerras.” Você acha que Hitler realmente gostava do povo, se ordenou que milhões de judeus fossem exterminados? “Esse foi o desastre de Hitler.” Mas você acha que Hitler gostava do povo? “Em 1933-39, Hitler fez coisas tremendas pelo povo alemão.” Você acha que Hitler gostava do povo em geral, ou de apenas de um conceito conhecido como Volk? “Não sei responder genericamente.” Seja o mais específico que puder. “Bem, ele gostava o povo alemão.” E dos outros povos? “Não sei.” Você acha que Hitler gostava do povo, quando ordenava que homens, mulheres e crianças fossem mortos, independentemente de raça, cor ou crença, a sangue frio, não em batalha contra uma cidade, ou em ataques aéreos, mas enfileirados diante de fossos, já que você conhece o processo melhor do que eu? “Não se responder às perguntas genéricas ou especificamente. Desconheço as razões psicológicas que levaram Hitler a fazer isso.”

Qual sua opinião pessoal? “Não se pode generalizar, olhando a coisa de um ponto de vista alemão. Exatamente quantas pessoas foram fuziladas devido à raça ou crença eu não sei. Não muitos alemães foram fuzilados. Hitler acreditava que aquilo tinha que ser feito pelo bem do povo alemão.” Como Hitler poderia amar o povo e fuzilar as pessoas? “Hitler fez aquilo pelo seu povo. Hitler não acreditava que as coisas terminassem como terminaram.” O que você acha? “Hitler não esperava a guerra mundial.” O mundo inteiro parecia esperar a guerra. “Não acredito que tais perguntas possam ter respostas simples.” Qual é a sua própria idéia? “Eu não disse que ele era um homem maravilhoso – começamos com uma discussão sobre a definição de fascismo e nazismo.” Da forma como as coisas se desenrolaram, houve qualquer diferença? “O chefe de Estado da Alemanha adotou crenças imperialistas. O extermínio dos judeus tem sua origem nas campanhas de Streicher, Goebbels e Ley, que constantemente enfatizaram o fato de que os judeus eram inimigos do povo alemão.” Como você acredita que uma criança de seis anos tivesse que ser morta – ela era um inimigo? “Na criança nós vemos o adulto. Vejo o problema diferente.” Como? “Eu via a questão judaica em 1933-4 dessa maneira: dêem aos judeus uma região onde eles estivessem uma base, e eles poderiam ter minorias em outros países. Nada em particular aconteceu – e aí veio a ação de Goebbels em 1938. Até 1938, não havia nenhum plano de excluir os judeus da vida econômica. Os experts em economia nunca concordaram com isso.”

Qual foi seu depoimento no tribunal? “Descrevi como um Einsatzgruppe recebeu uma ordem de liquidar os judeus na Rússia. Não foi uma ordem anti-semita, pelo contrário, disseram que os judeus na Rússia eram os principais disseminadores do bolchevismo ali. Foi contra minha vontade que assumi o comando de um Einsatzgruppe na Rússia. Eram quinhentos homens. A maioria da Polícia Comum e da SS armada. A região incluía Odessa e de Nikolaiev até Rostov e Criméia.” Você sabia qual seria sua função? “Sim. Eu conhecia as ordens. Einsatzkommandos chefiados por coronéis-generais executavam as ordens.” E você era um tenente-general no comando do Einsatzgruppe? “Não. Eu era apenas um general-de-brigada naquela época. Foi em 1941-2” O que fazia seu Einsatzgruppe? “Os judeus eram fuzilados à maneira militar em um cordão de isolamento. Havia esquadrões de fuzilamento de quinze homens. Uma bala para cada judeu. Em outras palavras, um esquadrão de fuzilamento de quinze homens executava quinze judeus de cada vez.” Você supervisionou ou testemunhou? “Estive ali duas vezes, por períodos curtos.” As vítimas eram homens, mulheres e crianças? “Sim.” As crianças eram fuziladas? “Sim” Uman ficava e seu território? “Não. Uman fica na Ucrânia.” Quantos judeus foram mortos por seu grupo? “O número oficial é 90 mil. Acho que, na verdade, apenas 60 a 70 mil foram fuzilados.” Foram mantidos quaisquer registros? “Não nomes individuais.” De onde vinham esses judeus que eram fuzilados? “De aldeias russas.”

Você acha que estava fazendo a coisa certa? “Eu não tinha que fazê-lo pessoalmente.” Não era você que comandava aquilo? “Sim, mas as ordens eram dadas aos líderes dos Einsatzkommandos. Tudo o que eu tinha que fazer era assegurar que aquilo fosse feito o mais humanamente possível.” Você faria aquilo de novo? “Eu não fiz nada.” Você voltaria a comandar aquilo ou a obedecer tal ordem? “Não acho que a pergunta seja válida. Acho que você pode me poupar dessa pergunta. Já sofri bastante durante anos. Muitas pessoas tinham que cumprir ordens que desaprovavam. Eu rejeitei a ordem duas vezes, mas tive que cumprir da terceira vez. A ordem veio de Heydrich.” Seu apetite ou sono foram perturbados? “Claro. Eu tinha que acalmar pessoas com colapsos nervosos.” Muitas? “Algumas.” Havia sádicos entre os carrascos de sua equipe? “Não. Essas pessoas recebiam ordens de fazer aquilo – elas não eram selecionadas. Elas recebiam ordens de fazê-lo, e então faziam.”

A esta altura, Ohlendorf parece irritado. Ele lançou a culpa dos assassinatos em massa sobre Heydrich. Não sente nenhum remorso agora, a não ser nominalmente. Parece um espírito fatigado, e sua consciência, se é que possa ser chamada assim, está totalmente limpa e vazia. Há uma carência de afeto, mas nada clinicamente notável. Sua atitude é: “Por que me culpar? Eu não fiz nada.” “Aqueles judeus se levantavam, eram enfileirados e fuzilados à maneira militar. Eu assegurava que nenhuma atrocidade ou brutalidade ocorresse.” Havia limite de idade? “Não havia limite de idade.” Ele refletiu um instante e, depois, disse abruptamente: “Graças a Deus, pouquíssimas crianças foram fuziladas.” Quantas? “Eu não sei. Mal chegaram a mil.” Noventa mil pessoas foram oficialmente exterminadas, mas apenas mil crianças? “O tratamento que os Aliados dispensaram aos alemães foi pelo menos tão ruim quanto o fuzilamento daqueles judeus. O bombardeio de cidades, com homens, mulheres e crianças queimando com fósforo – essas coisas forma cometidas pelos aliados.” Já ouviu falar de Coventry? “Os bombardeiros foram realizados por ambos os lados. Não quero dar nenhuma desculpa, apenas expor os fatos.”

As leis raciais nazistas – o que você acha delas? “Elas são corretas. Correspondem ao que pensam os sionistas – para diferenciar os alemães do povo judeu. Absolutamente corretas.” E as leis de Nuremberg – o que você acha delas? “Não me lembro das leis de Nuremberg.” Na época da promulgação das Leis de Nuremberg, você fez alguma objeção? “Não.”

Qual sua opinião sobre o princípio do Führer? “Eu me oponho a qualquer princípio do Führer que leve a uma ditadura. Mas o princípio do Führer também poderia permitir que alguém de bom caráter se tornasse líder, e isso seria bom.” Em geral, você aprova o princípio do Führer ou não? “Primeiro, preciso entender o que significa o princípio do Führer. Conforme interpretado no Reich, sou contra.”

Qual sua opinião sobre o princípio de Volk e a idéia de uma raça superior? “Os povos são diferenciados individualmente – a raça superior nega o princípio nacional.” Não entendi. “O princípio nacional se baseia em nacionalidades individuais e habilidades que essas nacionalidades possuem.” Por exemplo? “Quero dizer que cada nacionalidade possui certas habilidades que lhe são próprias.”

Então porque você fuzilou 90 mil judeus? “Primeiro, eu não os fuzilei. Esquadrões de fuzilamento o fizeram. Segundo, eu não aprovei aquilo.”

Então por que você realizou aquilo? “Que mais eu podia fazer?” Se você desaprovava aquilo, podia ter protestado e se recusado a fazer, me parece. “Para onde eu podia deserdar? Eu jurei fidelidade a Hitler.” Fidelidade para cometer assassinatos em massa? “Sob juramento.” De quê? O que o juramento dizia? “Eu não conseguiria impedir aquilo nem que me matasse. Ainda assim, aquilo aconteceria de acordo com a programação. Essas ordens eram dadas aos Einsatzkommandos em Berlim antes que viessem o meu grupo.” O líder do comando possui mais poder que o líder do grupo – é isso o que você quer dizer? “Não. Eu também recebia ordens de Berlim.”

E após esse pequeno episódio do Einsatzkommando em 1941-2, você foi promovido de general-de-brigada a tenente-general? “Sim.” De modo que sua carreira não foi em nada prejudicada pela perturbação emocional pelo fuzilamento dos judeus? “Eu contei que fiquei transtornado. Mas aquilo não interferiu em minha eficiência e prossegui em outros campos.”

Quanto tempo você ficou na Rússia? “Um ano.” Quanto tempo você levou para matar 90 mil? “Um ano.” Qual foi o máximo em um dia? “Quatro ou 5 mil em um dia.” Os judeus sabiam que iriam ser mortos? “Só uns dez minutos antes do fuzilamento.” Havia algum tumulto? “Não.” Como eram executadas crianças pequenas que não conseguiam se levantar para ser fuziladas? “Não sei. Não vi nenhuma.” Nenhum relato? “Apenas números.”

“Contei para você como passei noites em claro, como aquilo perturbou meu eu profundo.” Mas você não continuou trabalhando para os nazistas e alcançou o posto de tenente-general? Ohlendorf não responde, simplesmente fica sentado, lábios cerrados, ar hostil. Nenhuma das perguntas foi expressa de forma hostil.

Sua esposa sabe desse negócio do Einsatzgruppe? “Não.” Chegou a vê-la depois de 1941-2? “Eu a vi, mas nunca falava com ela sobre essas coisas. Não achei que fosse uma boa conversa para se ter com uma mulher.”

Mas fuzilar mulheres está certo, só não está certo conversar com elas sobre fuzilamentos? “Em primeiro lugar, eu não fuzilei mulheres. Eu apenas supervisionei.”

Em geral, você se descreveria como emotivo ou frio? “Emotivo.” Chegou a pensar em seus próprios filhos no lugar daquelas pessoas? “Essa era a minha primeira reação.” Mas não o deteve. “Não pude evitar aquilo.” Você não podia ficar doente ou fugir? “Não ia adiantar. Ficando ali, eu achava que podia impedir atos desumanos.” O que você quer dizer? “Se você conversar com as pessoas em Uman e outros desses lugares, há de concordar que é melhor ter boas pessoas presentes para evitar más execuções.”

Quem é responsável por esses crimes? “O Führer e Himmler.”

PAI: Morreu de velhice, em 1943, aos 84 anos. Era fazendeiro.

MÃE: Tem 72 anos, goza de boa saúde.

“Meu pai era um homem muito emotivo, franco e honesto. Politicamente, pertencia ao Partido Popular Alemão – um liberal.” Era anti-semita? “Não.” Você acha que seu pai teria cumprido aquelas ordens? “Não sei.” Ele tinha um caráter forte? “Sim.” Você acha que tem um caráter forte? “Sim.” Então você deve realmente odiar os judeus. “Não. Crescemos sob uma disciplina rigorosa e estávamos acostumados a cumprir ordens. Minhas emoções humanas eram as mesmas das outras pessoas.”

Você se dava bem com seu pai? “Durante muitos anos, não nos demos bem. Mas nos últimos anos, sim. Minhas atividades políticas na juventude conflitavam com as idéias de meu pai.”

Que tipo de personalidade tem a sua mãe? “É uma boa dona-de-casa e uma pessoa franca.” Com quem você mais se parece, do ponto de vista da personalidade? “Meu pai.” De que maneira? “Inclinações científicas. Eu queria ser professor de filosofia, sociologia e economia nacional.” Qual o grau de escolaridade de seus pais? “Baixo, mas meu pai lia muito.”

IRMÃOS: Ohlendorf é o irmão mais novo de quatro filhos. Irmão, cinqüenta anos, químico, não lutou na guerra, casado, três filhos, opõe-se ao Partido Nazista. É “liberal e teosofista”. Segue uma religião “segundo Steiner”. Não é anti-semita, tem uma religião antroposófica.

Quando criança, chego a ter amigos judeus? “Não. Não tive a oportunidade. Não havia judeus na minha cidade.” Qual a primeira vez que você viu um judeu? “Não me lembro. Alguns comerciantes judeus passavam pela minha cidade.” Seu pai era contra os judeus? “Não.” E sua mãe? “Não.”

Irmão, 49 anos, fazendeiro, freqüentou a escola pública e agrícola. Foi um soldado raso na Primeira Guerra Mundial. Não se interessava por política, mas entrou no Partido Nazista em 1933. É solteiro. Sua mãe cuida da casa dele. Ele “teve azar com algumas mulheres e nunca chegou a se casar.”

Irmã, 47 anos, solteira, tem uma loja de tecidos, nunca se casou. “Ela pode ter sido membro do partido após 1933, mas nunca foi politicamente ativa.”

Com qual dos dois irmãos você tem mais afinidade emocional? “Meus maiores contatos têm sido com meu irmão mais velho. Tive conversas intelectuais com ele sobre antroposofia. Temos um bom clima familiar.” Existe algum motivo para sua irmã estar solteira? “Pode-se dizer que é por sermos uma geração da guerra.”

Ohlendorf não gosta muito de falar de sua família, dos irmãos, mas conseguimos nos alongar mais alguns minutos nesse tema. Acredito que a ligação emocional entre ele e qualquer membro de sua família seja mínima e que há uma boa dose de hostilidade entre ele e o pai. O relacionamento entre Ohlendorf e a mãe não parece caloroso, embora a hostilidade pareça menos evidente em relação a ela. Ele disse que a mãe preferia o irmão mais velho.

CASAMENTO: Casado há doze anos. A esposa tem 39 anos. Conheceram-se sete anos antes do casamento. Afirma que o casamento é feliz e que nunca se separaram.

FILHOS: Cinco. Menina de nove anos; menino de sete; menino de cinco; menino de dois anos e meio; e uma menina nascida em maio de 1945.

RELIGIÂO: Protestante. Deixou a Igreja em 1942. Sua esposa também deixou a Igreja naquele ano. Todos retornaram depois de maio de 1945. Porque você deixou a Igreja? “Porque não concordava com seu dogma.” Por exemplo? “Eu achava que estava em conflito com o estado.”

Você conhece Bach-Zelewski? “Vi-o duas vezes, em Berlim e depois que cheguei a esta prisão.” O que você acha dele? “Ele está irreconhecível aqui. Era muito egocêntrico, tentava progredir sem considerar os outros.” Isso foi tudo o que consegui extrair de Ohlendorf sobre Bach-Zelewski.

E quanto aos planos para o futuro da Alemanha? “Eu despolitizaria a Alemanha. Intensificaria a agricultura. Criaria 2 milhões de empregos braçais. Dois ou 3 milhões de empregos agrícolas. Formaria grupos voluntários de pessoas com interesses comuns. A própria juventude se opõe a todo o estilo militarista de educação. Eu me opus a politização e via Ley e Goebbels como oponentes do nacional-socialismo.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Auschwitz foi libertado há 66 anos

Os Roma foram pela primeira vez convidados pelo Parlamento alemão para assinalar o Dia do Holocausto.

Cristina Peres (http://www.expresso.pt/), com Deutsche Welle e dpa
13:45 Quinta feira, 27 de Janeiro de 2011

A libertação de Auschwitz-Birkenau
foi há 66 anos. Andrzej Grygiel/EPA
Passam hoje 66 anos sobre a chegada das tropas soviéticas a Auschwitz-Birkenau, o maior campo de extermínio nazi, onde foram mortas um milhão e meio de pessoas, na sua maioria judeus europeus.

O dia da libertação de Auschwitz foi declarado dia internacional do Holocausto, em 2005, por uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, já sendo anteriormente assinalado na Alemanha desde 1996.

Para as comemorações de 2011, o Bundestag escolheu para convidado de honra o Roma Zoni Weisz, que aproveitou a ocasião para avisar os deputados alemães de que os Roma da Europa de leste enfrentam novas ameaças e discriminação, vivendo em "guetos, em condições inumanas".

Weisz, atualmente com 73 anos, nasceu em Zutphen, na Holanda, e é o único sobrevivente de uma família que foi assassinada em 1944. A família foi deportada para Leste quando Weisz contava sete anos e ele sobreviveu graças a um polícia que o ajudou a fugir, tendo sobrevivido o resto da guerra escondido.

A maioria das vítimas do Holocausto era judia, mas calcula-se que entre 220 e 500 mil Roma também tenham morrido, genocídio que só foi reconhecido em 1982 pela então República Federal Alemã.

É a primeira vez que o destino dos Roma e dos Sinti europeus foi colocado no centro destas comemorações. Foi também a primeira vez que o Presidente alemão Christian Wulff participou nas comemorações do Dia do Holocausto. O Presidente Wulff tinha ainda na agenda um encontro com sobreviventes de Auschwitz, em conjunto com o Presidente polaco Bronislaw Komorowski.

Fonte: Expresso(Portugal)
http://aeiou.expresso.pt/auschwitz-foi-libertado-ha-66-anos=f628461

No Parlamento alemão, cigano lembra o "Holocausto esquecido"

O cigano holandês Zoni Weisz, sobrevivente do
Holocausto, discursa no Parlamento alemão. Foto: AFP
O cigano holandês Zoni Weisz foi nesta quinta-feira o principal orador no Bundestag, Parlamento alemão, na comemoração da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz há 66 anos no dia em que a Alemanha presta homenagem às vítimas do Holocausto.

Seu discurso foi dedicado antes de tudo a lembrar o que ele classificou como "o Holocausto esquecido", em alusão ao cerca de 500 mil de Sinti e Roma, as grandes famílias de ciganos centro-europeus, vítimas da máquina nazista.

O Holocausto dos ciganos só começou a ser alvo de pesquisa histórica há pouco, lembrou Weisz, quem sobreviveu à perseguição nazista devido a uma série de casualidades.

Em 16 de maio de 1944, em uma série de batida policial, seus pais e irmãos, que viviam na pequena cidade holandesa de Zutphen, foram detidos pelas forças de ocupação nazistas.

Zoni Weisz, com sete anos, não foi detido porque estava de visita na casa de uma tia fora da cidade, mas posteriormente os nazistas o encontraram, e com outras nove pessoas.

No caminho a Auschwitz, em uma estação onde deviam mudar de trem, um policial holandês ajudou-o a ele e a seus companheiros a fugir.

Weisz sobreviveu no último ano da ocupação escondido e no final da guerra soube que seus pais e seus irmãos haviam morrido no campo de concentração.

Apesar de Weisz garantir que sua família foi normal e feliz até 1944, ressaltou que a perseguição dos ciganos havia começado muito antes da chegada ao poder dos nazistas e que em muitos países europeus ainda não terminou.

"Apesar dos 500 mil provenientes de Sinti e Roma assassinados pelo nazismo, a sociedade não aprendeu nada disso. Caso contrário, agora teria um comportamento mais responsável em direção a nós", disse Weisz.

"Somos europeus e devemos ter os mesmos direitos que os outros", acrescentou o sobrevivente do Holocausto.

Ressaltou que resulta especialmente preocupante que em países como na Bulgária e Romênia os Sinti e Roma tenham que seguir levando uma existência indigna.

Na Hungria, segundo Weisz, a minoria cigana é perseguida abertamente por ultradireitistas com uniformes negros e em outros países da Europa Oriental existem restaurantes com letreiros que dizem "Proibida entrada de ciganos".

O presidente do Bundestag, Norbert Lammert, ressaltou que os ciganos seguem sendo "a minoria maior e mais discriminada na Europa".

Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4913989-EI8142,00-No+Parlamento+alemao+cigano+lembra+o+Holocausto+esquecido.html

Vítimas do Holocausto ameaçadas por esquecimento em valas comuns do Leste Europeu

Vala localizada na Ucrânia
Milhares de judeus assassinados pelos nazistas estão enterrados em valas comuns na Ucrânia, Rússia, Polônia e Belarus. Organização Yahad in Unum luta para resgatá-los do esquecimento.

"O Holocausto não começou em Auschwitz. Começou já antes do funcionamento das câmaras de gás, com a invasão do Leste da Europa pela Wehrmacht", diz o rabino norte-americano Andrew Baker.

Soldados, comandos de morte e colaboradores atuaram como ajudantes ávidos. Eles fuzilaram os judeus, nos lugares mesmos onde moravam, e jogaram os corpos em valas comuns. Há milhares de sepulturas na Ucrânia, Polônia, Belarus e Rússia, em florestas afastadas, nos arredores de povoados e cidades. Negligenciados, ignorados, descuidados, os corpos são o testemunho silencioso de uma história quase totalmente reprimida.

Contra o esquecimento

Por muito tempo ninguém se interessou pela localização dessas valas comuns. Até que o francês Pater Patrick Desbois e seus colegas da organização Yahad in Unum começaram a buscar pistas e interrogar moradores e testemunhas sobreviventes. O trabalho possibilitou a identificação de milhares de sepulturas.

Num projeto-modelo de grande porte, uma iniciativa internacional quer agora proteger cinco desses locais, identificá-los com placas memoriais, protegendo-os do esquecimento no futuro.

Participam do projeto a Volksbund Deutscher Kriegsgräberfürsorge, uma comissão alemã que cuida dos túmulos de vítimas de guerra, o American Jewish Comittee (AJC), ao qual Andrew Baker é filiado, a conferência dos rabinos europeus, assim como organizações não-governamentais do Leste Europeu. O Ministério alemão de Relações Exteriores destinou 300 mil euros para o projeto.

Memória e formação
Kyslyn, Ucrânia

"Somos gratos por esse apoio que vem da Alemanha", disse Eduard Dolinsky, do Comitê Judaico da Ucrânia, país onde 500 mil judeus foram vítimas do nazismo. Os jovens não aprendem nada na escola sobre essa parte do passado. "Aqui, a tendência é esquecer."

Na época da União Soviética, o assassinato dos judeus foi ocultada, diz Anatoly Podolsky, do Centro para Estudos do Holocausto, em Kiev. Desde que o país ficou independente, os historiadores puderam, finalmente, pesquisar sobre o tema, "mas o governo tem pouco interesse no assunto".

Pesquisa, documentação e uma homenagem digna são tarefas gigantescas, diz Deidre Berger, diretora do AJC de Berlim. Porém tão importantes quanto elas é contar o que aconteceu às gerações mais novas. "Elas devem saber quantas vidas foram destruídas, quantas comunidades judaicas desapareceram", comenta.

Em dezembro de 2010, um grupo de trabalho esteve na Ucrânia para verificar a situação. O diretor do programa, Jan Fahlbusch, contou sobre descobertas terríveis feitas num terreno arenoso. "Depois da guerra voltou-se a retirar areia do local onde ocorreram muitos tiroteios. Nesse processo, os túmulos foram abertos; num certo ponto, os ossos estão quase na superfície. Aí população escavou o local à procura de objetos de valor." Esse fenômeno foi observado repetidamente na região.

Luta contra o relógio
Restos de um cemitérios de judeus, em Rava Ruska

A iniciativa conta com estreita colaboração das autoridades locais e de arquitetos. Eduard Dolinsky, do Comitê Judaico, fala sobre o design do memorial: "Essa é a condição principal: antes de qualquer outra instância, cabe aos judeus que vivem no local a última palavra sobre a aparência do memorial".

Quando os cinco projetos estivem implementados, eles não só serão exemplos para outros memoriais, como passarão à responsabilidade do governo local. Segundo Jan Fahlbusch, até agora valas comuns não eram reconhecidas legalmente como cemitérios. Consequentemente não eram protegidas contra novas construções e modificações. Tal proteção deve ser assegurada pelas instituições locais.

Nesse ínterim, continua a busca de vestígios e de testemunhas. E, naturalmente, o tempo não para. As testemunhas sobreviventes contam, atualmente, 80 ou mesmo 90 anos de idade, e as pesquisas são uma corrida contra o tempo, diz William Mengebier, da organização francesa Yahad in Unum.

Mesmo assim: "Em 2011, nossa equipe deve fazer 15 viagens de pesquisa e bater à portas, nas ruelas de povoados remotos da Ucrânia, Belarus, Rússia e Polônia, perguntando aos mais idosos: Você viveu aqui durante a guerra?".

Autora: Cornelia Rabitz (np)
Revisão: Augusto Valente

Fonte: Deutsche Welle (versão pt-br)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14798887,00.html

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

‘Dia D’, de Antony Beevor. A verdade sobre a Normandia

Antony Beevor volta a fazê-lo. Conseguiu, em pouco menos de vinte dias chegou ao mais alto posto nas listas de venda com seu último ensaio, "Dia D", sobre o desembarque na Normandia das forças aliadas durante a II Guerra Mundial. O livro saiu à venda na Espanha no último dia 10 e é editado pela Editorial Crítica.

Beevor declarou que a batalha da Normandia tem sido mitificada por culpa do cinema e da televisão, e que muita gente tem um conceito errôneo do que na realidade significou o desembarque das tropas aliadas, sem conseguir distinguir realidade e ficção.

"Não foram heróis todos os que participaram do desembarque da Normandia"
Com este livro, Antony Beevor pretende desmontar esta imagem irreal de uma das batalhas mais famosas da história. Ele nos fala das vítimas civis, os franceses que sofriam baixas por parte dos dois lados rivais, o penoso avanço pelo território francês, as miseráveis dimensões entre os chefes militares, e o pior de qualquer guerra: os feridos, os desnudos e os mortos.

Através de cartas privadas, diários de soldados e antigas entrevistas, o historiador pode reconstruir este sangrento episódio de nossa história, da história de todos. Beevor continua com sua particular mescla de rigor histórico junto a uma especial habilidade para se conectar com os protagonistas da história, conseguindo um complexo equilíbrio entre os aspectos pessoais e os detalhes bélicos da contenda.

Antony Beevor, educado em Winchester e Sandhurst, foi oficial regular do exército britânico. Abandonou o exército depois de cinco anos de serviço e se mudou pra Paris, onde escreveu sua primeira novela. Seus ensaios, traduzidos para mais de trinta idiomas e publicados em castelhano pela Ed. Crítica, foram recompensados com vários prêmios, especialmente Stalingrado (2000), merecedor do Samuel Johnson Prize, o Wolfson History Prize e o Hawthornden Prize, e Berlim. A queda, 1945 (2002), que ficou conhecido em uma dúzia de edições em espanhol.

"O perigo é que o conhecimento histórico da maioria das pessoas procede de filmes e séries de televisão, mais que dos livros. Vivemos numa sociedade pós-literária onde a imagem é mais importante e poderosa que a palavra."
Se vocês gostam de historia, como eu, estão com sorte, e isso que a história contemporânea não é minha favorita. Beevor consegue engatar com seus livros como se fossem a melhor das novelas. Além disso, estou de acordo com a frase que se diz de ‘uma sociedade pós-literária’, na qual muitas vezes se dá por certo verdades pelo simples fato de vê-las na televisão. Por certo, vale a pena dar uma olhada na página do livro na editora já que inclui bastante informação adicional.

Um livro, enfim, para disfrutar da história.

Via | Europa Press

Fonte: Papel en blanco(Espanha)
http://www.papelenblanco.com/ensayo/el-dia-d-de-antony-beevor-la-verdad-sobre-normandia
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Beevor's D-Day (The Telegraph, Reino Unido)

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