sexta-feira, 30 de maio de 2025

O silêncio omisso e criminoso da "Lacrolândia brasilis" (o "Identitaristão midiático" ou "Indústria do identitarismo") sobre a remoção de direitos de grupos trans/LGBT no Reino Unido (Inglaterra)

Foto do site da PBS
TV Pública dos EUA
Esse assunto veio à tona em abril, eu ia publicar por aqui na ocasião mas não foi possível, mas repassei o assunto pra mais gente. A quem não viu, matéria abaixo:

"Reino Unido exclui mulheres trans de reconhecimento legal
Decisão do tribunal do país limita o conceito de “mulher” ao sexo biológico para proteger direitos conquistados
"
https://www.poder360.com.br/poder-internacional/reino-unido-exclui-mulheres-trans-de-reconhecimento-legal

O Reino Unido, que uma parte no Brasil só conhece ou entende pelo nome de "Inglaterra" (coitada da Escócia, Gales e Irlanda do Norte, o nome do país é Reino Unido ou "Grã Bretanha"), removeu os direitos do público (minúsculo) transsexual no Reino Unido, limitando o "conceito de mulher", atendendo uma agenda ultraconservadora vinda dos Estados Unidos, sendo um ataque a uma minoria, pois se trata de um grupo minúsculo, vulnerável, onde o "conceito ampliado" de "homem e mulher" não afeta a vida de ninguém hétero e afins, exceto na cabeça de gente fanatizada por religião e outras bizarrices políticas.

Mas cabe alguns apontamentos de como se chegou a esse ponto.

O histrionismo, histeria por anos de grupos pagos, aparelhados, financiados que declaram "defender" (aspas) as ditas minorias nessa parte do Globo (no Ocidente ianque e no Ocidente ampliado ou original, que inclui a América Latina) abriram espaço pro avanço desse tipo de agenda, com a postura agressiva, perfomática de alguns grupos, da visibilidade forçada feita pela mídia alinhada e aparelhada pelos Estados Unidos (o tal "wokeism", como é conhecido "identitarismo" nos EUA, é política de Estado pra provocar divisão nas organizações populares, trabalhistas e cia, e pra cataputar a extrema-direita).

A turma histriônica sempre foi porta-voz da extrema-direita, foi o que ascendeu da política indiscriminada de grupos aparelhados que supostamente defendiam "minorias".

Por que "supostamente"? Onde estão esses grupos relinchando, esperneando, xingando, agredindo meio mundo de "ser preconceituoso" quando removeram o direito desse grupo na "Inglaterra" (Reino Unido)?

Ficariam calados assim se fosse um país visado como a Venezuela, Cuba ou Irã que fizesse isso?

Pra se ter uma ideia de retrocesso britânico, no Irã ocorre isso (tem inúmeras matérias malhando o Irã, eu peguei a que aponta a questão que cito, pra mostrar o quanto esse histrionismo e propaganda de mídia deturpam qualquer discussão no Brasil e resto do mundo):
"Irã estuda projeto de lei para proteger transexuais" ("https://exame.com/mundo/ira-estuda-projeto-de-lei-para-proteger-transexuais")

Aos "defensores histriônicos de minorias", que faz histrionismo defendendo Israel, ou se calam sobre o genocídio de Gaza, por que não dão um pio sobre essas coisas?

É por que foi no Reino Unido (país central)?...

Ou por que não defendem causa real alguma exceto buscarem fama e dinheiro em cima de grupos vulneráveis?

"Contem pro tio" aqui. O país todo quer saber a razão da omissão, silêncio desses "grupos histriônicos" ("Indústria cultural do identitarismo") sobre retrocessos em países centrais contra grupos vulneráveis e o silêncio omisso e criminoso sobre o genocídio de Gaza.

domingo, 18 de maio de 2025

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 20)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 20 (00 de Março de 2025) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 20. Post republicado em 20.04.2025 e 04.05.2025 Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário). Post publicado e aberto em 07.04.2025

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":



sábado, 17 de maio de 2025

E não é que Bin Laden/Al Qaeda venceram... os EUA...

Presidente dos EUA, Trump, em 2025,
apertando a mão do "cortador de cabeças"
presidente postiço da Síria na Arábia Saudita

Passou batido da "cobertura" sobre Oriente Médio, não vi ninguém comentando até agora... nem fora do Brasil. 

Imagem emblemática, o filhote da Al Qaeda, aquela de Bin Laden, 11 de setembro de 2001, Torres Gêmeas, Nova Iorque... Al Jolani apertando a mão do Presidente dos Estados Unidos na Arábia Saudita (Bin Laden era "renegado" saudita, vivia afastado, filho de um grande rico saudita).

Tudo isso na Arábia Saudita... a imagem fala por si só.

Bin Laden foi morto em 02 de maio de 2011, no Paquistão. Só que a estratégia do saudita era puxar os Estados Unidos pruma guerra "interminável" no Oriente Médio e Ásia pra desgastar os Estados Unidos militarmente (exaurir os recursos) e corroer o Império por dentro, afundar em dívidas e cia.

Bernard Lewis e Kissinger
Apesar de que já havia doutrina dos Estados Unidos que pregava levar a "democracia liberal" pro Oriente Médio, eu evitei citar esse assunto por aqui porque não alteraria a "cobertura" do conflito do Oriente Médio e eu sempre avisei que "aprontava" pra turma do "copy and paste" (andaram copiando a questão do Samuel Huntington, que citei no último post de Gaza que lembrei vendo um vídeo do Rudá Ricci, dando os créditos em 2025, só que ele disse outra coisa, eu puxei outra linha ou outro ponto, evitava citar o nome só pra ver a reação da turma do "copy and paste", "foi mal", essa "pilha" é maior que a gente, rs).

A quem nunca ouviu falar, Doutrina Lewis (do Bernard Lewis, historiador britânico de origem judaica):

"The Lewis doctrine
The Iraq war was fought on a false premise about the roots of backwardness in the Arab world, provided by the influential American-based scholar Bernard Lewis. The alternative view—that Islam can be a help rather than a hindrance to the development of Arab democracy—will now be tested in Iraq
By Michael Hirsh"
Fonte/Link (Prospect):
https://www.prospectmagazine.co.uk/essays/56719/the-lewis-doctrine

Alguém pode perguntar porque a gente ironiza ou "pilha" tanto o pessoal do "copy and paste", a razão é simples: isso é falta de respeito, apropriação de comentário/ideia alheia sem dar crédito ou citar fonte (coisa que a gente faz, citar fonte, dar crédito), uma postura "espertalhona", desonesta que omiti terceiros porque não temos a visualização de certos canais. De fato não temos, mas tem "certo alcance"... se andarem vendo ou lendo gente citando isso, já sabe de "onde" saiu. Pelo menos a recordação da coisa, já que ninguém "inventou" nada sobre o assunto. É falta de respeito tentar "ignorar", omitir as pessoas, eu costumo "levar por menos", ignorar pela situação extrema/grave do assunto, mas ironizar eu ainda posso... lamento ao pessoal que lê, mas se participassem mais daria pra evitar essas coisas. Ninguém tá proibido de citar ou reproduzir, apenas se deve ter como hábito citar a origem das coisas, de onde leu, pra não parecer com gente "biruta" que anda surtando em alguns podcasts (rs).

Quando a gente coloca as coisas em post, por comentário no blog, a coisa fica como registro (até pela data), o que facilita a verificar as cópias no futuro, confrontar, checar etc. A parte escrita leva ainda certa vantagem sobre vídeos (pra servir de fonte e cia), dependendo do tipo de formato de vídeo.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Jogo dos 200 erros (encontre um...). "Debate" Breno Altman x Olavete: "O nazismo foi de esquerda?"

A quem não acompanhou a série "Nazismo de esquerda?", segue as hashtags com todos os posts sobre, pra quem quiser ler, descrevo a "série" mais abaixo, pros que não viram do começo, links:

https://holocausto-doc.blogspot.com/search?q=nazismo+de+esquerda
https://holocausto-doc.blogspot.com/search/label/nazismo%20de%20esquerda

Post de 21.04.2025 (republicado em 03.05.2025)

Vou fazer essa introdução aqui antes do vídeo porque tem (tudo) a ver com o "assunto". Pra ressaltar como é ridículo (e mentiroso) uma pessoa vir a público repetir esssa coisa ridícula de "nazismo de esquerda". Isso é coisa de países com massas barbarizadas, com problemas crônicos de leitura, ausência de senso crítico, de capacidade de refletir/pensar etc, fora problemas de ordem política e de estrutura dessas sociedades (de como estão estruturadas). Os Estados Unidos são um exemplo disso, e o Brasil uma espécie de "espelho", junto de outros países da América Latina, espelho do que não presta, obviamente.

Alguém sugeriu, há muitos anos atrás (eu nem lembro direito mais do ano dessa "série", foi uma das últimas do blog), fazer posts sobre "se o nazismo é de esquerda" (não lembro mais o post, quem quiser localizar eu agradeço, pela linha dos anos dos post dá pra encontrar, pra quem tiver paciência), pra confrontar o discurso das olavetes/direita bolsonarista sobre "nazismo ser de esquerda", que se espalhou no país no período de estouro da manada da extrema-direita liberal (ou neofascista, como alguns até chamam, fascismo à moda norte-americana, liberalizado), mas que já circulava desde o Orkut através da figura do Olavo de Carvalho e seus "discípulos", e outros sites de extrema-direita liberal que operam no país, cópias do lixo ideológico (propaganda anti-esquerda da guerra fria) vindo dos Estados Unidos, matriz ideológica de tudo isso.

Eu achava a coisa esdrúxula (ainda acho coisa de gente imbecil, cretina e de fanáticos de direita) porque só gente fanatizada/ignorantes ou desonesta ao extremo faz afirmações de "nazismo é de esquerda", apesar de que há um propósito político com isso: de jogar a "mística" do nazismo (toda carga negativa que o nazismo carrega no pós-2aGM) também no colo de uma esquerda que não discute segunda guerra mundial (e temas correlatos de guerra, conflitos e cia), não só não discutem como até correm quando mencionam a questão. E também limpar a associação óbvia de uma extrema-direita renovada com o nazismo, da própria direita radical por trás desses bandos liberais extremamente autoritários e fascistoides (pra quem não conhece o termo "fascistoide", tem explicação "perdida" pelo blog, não vou procurar, se não me engano o termo é francês, pra regimes semelhantes ao fascismo, ou coisas autoritárias, que lembram algo do fascismo mas que não se encaixam com o fascismo clássico, que existiu de fato, chegou ao poder etc).

Mas resolvi fazer uma série e tem até um monte de posts disso com trechos de livros consagrados, de historiadores de peso (sobre nazismo e cia) relatando que nazismo foi realmente um movimento/regime de extrema-direita etc. Algo meio óbvio, não? Quem quiser reescrever a História do mundo, da Alemanha no século XX, vai ter que ter um cabedal de conhecimento e ir atrás de fontes que coloquem meio mundo abaixo, "boa sorte" (vai precisar, rs).

Como o Breno disse comentando o "debate", que não foi debate, esse tipo de "embate", com todo respeito ao palco, tá mais pra um "circo de pulgas" digital (entretenimento), com alguma dose de conhecimento (graças à presença do Breno, que soube discutir, se saiu bem na coisa), nada contra (os podcasts se popularizaram no país, é um fenômeno de massas de comunicação, goste-se ou não), mas debate é outra coisa, dá-se em bases reais e não com um negacionista. Isso é uma espécie de jogo de "derrubar mentira".

Até a Embaixada da Alemanha no Brasil emitiu nota "explicando o nazismo" em virtude da quantidade de horda de quadrúpedes (coitado dos animais com a comparação...) que relinchavam repetindo essa asneira nos anos de extremismo mais agudo do país, 2018, e que perdura até hoje pelo "bolsonarismo" (que dá pra chamar tranquilamente de "olavismo").

A quem não viu as notas, seguem aqui, da vergonha que o país passa com essa horda de gentinha ignorante orgulhosa da própria estupidez e que nunca leram nada, ou nunca leram nada que preste na vida, mas ficam o pé afirmando coisas sem fundamento, mesmo quando rebatidas. E sim, se você pensa que eu "vou pegar leve" (aliviar, alisar) com essa gente, nunca aliviaram a carga comigo quando eu me equivocava (geralmente é esse tipo de quadrúpede que sempre vem com pesadas pro meu lado e com quem pensa parecido comigo), ou seja, eu não sou um "poço de tolerância" com esse tipo de gente, além deu ser "meio" revanchista/rancoroso/vingativo, "aqui se faz, aqui se paga..." sei que não é uma virtude (principalmente a se confessar), admito, mas ninguém é perfeito mesmo...:

"Embaixada da Alemanha explica o nazismo e é contestada por brasileiros" (https://oglobo.globo.com/brasil/embaixada-da-alemanha-explica-nazismo-e-contestada-por-brasileiros-2-23074988)
"Discussão sobre 'nazismo de esquerda' não tem base honesta" (https://www.dw.com/pt-br/discuss%C3%A3o-sobre-nazismo-de-esquerda-n%C3%A3o-tem-base-honesta-diz-embaixador-alem%C3%A3o/a-45567045)
"Nazismo é de direita, define Museu do Holocausto visitado por Bolsonaro em Israel" (https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47784368)
"Brasileiros criam debate que não existe na Alemanha" (https://www.dw.com/pt-br/brasileiros-criam-debate-que-n%C3%A3o-existe-na-alemanha/a-45531446)
"Brasileiros contestam vídeo da Embaixada Alemã sobre o nazismo" (https://www.congressoemfoco.com.br/noticia/39392/brasileiros-contestam-video-da-embaixada-alema-sobre-o-nazismo)

Sem mais delongas, a quem não assistiu o "debate", o vídeo ficará em aberto no post (pra quem quiser assistir diretamente do post), vale a pena assistir (pela presença do Breno e a forma como ele conduziu a coisa, soube debater, coisa que a "esquerda fofucha" de nariz empinado acha que "sabe" mas quebram a cara quando fazem esses embates).

Como comentei com o Stephano noutro post (sobre conflito no Oriente Médio), o espaço pro "React" do vídeo é a parte de comentários, quem for identificando os erros/distorções olavéticas no vídeo, pode ir listando na parte de comentários (fiquem à vontade pra detonar as baboseiras do "nazismo de esquerda"). Até já citei uma coisa de um autor que o cara cita (autor obscuro, monarquista reaça do pior tipo, à direita de Hitler) que essa turma acha na longa "literatura" anti-esquerda da Guerra Fria, o Breno não mencionou esse ponto (e nem dá, discussão ao vivo ninguém vai comentar tudo o que é possível sobre um tema, com os recursos que a gente tem aqui na web, com os sites de busca e cia) mas há uma literatura de combate anti-esquerda considerável da Guerra Fria (anti-comunismo/socialismo) que a esquerda brasileira parece viver no "mundo da lua" e ignora, e que o "cartomante astrólogo" Olavo de Carvalho (ídolo desse pessoal) reintroduziu no país pra "combater o PT" no poder (como se o PT fosse "comunista", rs, mas o povo "comprou" as ideias... povo supersticioso, que não lê, com péssima educação básica, resultado só poderia ser a catástrofe que estamos vendo há anos, eu não sei como o Brasil ainda existe como país com essa "gente", é realmente um milagre...).

O vídeo completo do "debate", que não sei por qual razão o Breno não divulgou já que ele furou a "bolha de esquerda" da rede ao participar do canal podcast do Vilela (Inteligência Ltda), um dos primeiros podcasts do tipo a se firmar pra valer no país (dos que eu lembro). O título no vídeo tá assim "DEBATE: O NAZISMO AINDA EXISTE? BRENO ALTMAN X FLAVIO MORGENSTERN - Inteligência Ltda. Podcast #1496", mas o mote do vídeo foi se "Nazismo seria de esquerda?" (só pra registrar):

sexta-feira, 2 de maio de 2025

As cartas e cadernos de Vasily Grossman

O livro "Um escritor em guerra" ("A writer at war") consiste em trechos das cartas da família de Vassily Grossman (preservadas por sua filha e enteado) e de cadernos (preservados no RGALI: Arquivo Estatal Russo de Literatura e Artes). Sua natureza privada elimina qualquer dúvida de que sejam fontes primárias de verdadeiras observações de Grossman. E elas apresentam problemas intransponíveis para os negacionistas. Aqui está um exemplo.
A carta da qual este trecho foi retirado foi escrita para sua esposa durante a viagem de Kiev para a recém-libertada Berdichev, onde sua mãe foi uma das vítimas dos alemães:
"Querida Lyusenka, cheguei ao meu destino hoje. Ontem estive em Kiev. É difícil expressar o que senti e o que sofri nas poucas horas em que visitei os endereços de parentes e conhecidos. Só há sepulturas e morte. Vou para Berdichev hoje. Meus camaradas já estiveram lá. Eles disseram que a cidade está completamente devastada, e que apenas algumas pessoas, talvez uma dúzia entre milhares, dezenas de milhares de judeus que viviam lá, sobreviveram. Não tenho esperança de encontrar mamãe viva."
Se os negacionistas ainda desejam afirmar que o relato de Grossman sobre o genocídio em Kiev e Berdichev, escrito na época de sua libertação, é propaganda totalmente falsa, eles terão que explicar este segundo trecho, no qual Grossman descreve estupros em massa perpetrados por seu próprio lado em Schwerin:
"Coisas horríveis estão acontecendo com mulheres alemãs. Um alemão instruído, cuja esposa recebeu "novos visitantes" — soldados do Exército Vermelho —, explica, com gestos expressivos e palavras russas truncadas, já foi estuprada por dez homens hoje. A senhora está presente...

Gritos de mulheres são ouvidos através de janelas abertas...

Uma história sobre uma mãe que amamentava e estava sendo estuprada em um celeiro... o bebê faminto chorava o tempo todo.
"
Por que Grossman mentiria, em seus escritos privados, sobre Berdichev, sobre o assassinato de sua própria mãe, mas contaria a verdade sobre esses estupros, que são prejudiciais à imagem dos soviéticos?

Fonte: Holocaust Controversies
Autor: Jonathan Harrison
Título original: "Vasily Grossman's Letters and Notebooks"
https://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/05/vasily-grossmans-letters-and-notebooks.html
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 12 de abril de 2025

Trump desacoplou a economia dos EUA da China. Aconteceu o que "alguns" diziam que era "impossível". E a China se preparou pro momento

Em outros "tempos", a gente leria ou ouviria algo assim da dita "mídia especializada", só que o nível de sandice, desespero dessa turma anda tão grande que não conseguem mais comentar o óbvio. "Apertem os cintos... o piloto sumiu" (alusão ao título e a um filme de comédia dos EUA dos anos 80, título autoexplicativo, o título da versão brasileira é melhor que o título original em inglês https://pt.wikipedia.org/wiki/Airplane!).

Quando Trump taxa a China em mais de 100% e a China revida (corretamente, preparou-se pra isso) em mais de 100%, na prática as duas economias estão desconectadas, na "marra", à força.

Ressalto isso porque na dita "mídia ilustrada" das bolhas falavam que isso seria algo impossível de fazer dada a conexão das duas economias (EUA e China), e de fato é um ato de desespero e sandice, porque na "lógica de Trump", se cortar a conexão com a China os "empregos", indústria e cia "voltam" aos EUA... "como" ele nunca diz... porque tem toda uma rede de fabricação, de transporte de produtos que não irá retornar nunca mais aos EUA, foi-se pra sempre, fora que a China tem ligação com o mundo inteiro, não adiante os EUA taxar pra "punir" a China que o comércio bilateral da China sumirá com o resto do mundo, exceto se o "Laranjão" (Trump) quiser fazer ameaça a meio mundo. Tem força, hoje, pra isso?...

Trump fala como se os EUA atuais estivessem no patamar dos anos 80/90, e isso se "foi", não existe mais. Quer que os países paguem a "reindustrialização" dos EUA e isso não vai acontecer.

 Fora a quebradeira que vai provocar internamente, vários produtos dos EUA, que circulam nos EUA, precisam de peças, pedaços feitos na China, a uma tarifa estratosférica de mais de 100% quem vai comercializar isso? E a inflação que virá comendo o salário dos trabalhadores nos EUA?

Os que acham Trump "fora de série" no Brasil têm realmente sérias deficiências cognitivas ou visuais em como "enxergar o mundo"...


Tou registrando isso aqui (vou publicar em inglês na versão do blog em vários idiomas, In English: https://holocaust-doc.blogspot.com/2025/04/trump-decoupled-the-us-economy-from-china-economy-what-some-said-was-impossible-it-happened-china-prepared-for-this-moment.html) porque tenho problemas, há anos, de gente da "Cirolândia" com copy and paste (faziam isso no Facebook, eu deveria ter ressuscitado o blog antes, mas tudo bem, quer dizer, não iria retomar uma coisa por conta dessa gente detestável), e com o número de acessos do blog eles não vêm mais fazer essa babaquice com tanto "entusiasmo" como faziam antes, porque fica tudo registrado aqui (do que se comenta, publica), por data, pra comparar com o que esse pessoal (e outros) repetem depois, sem dar os créditos. Embora alguns se valem do número "x" de membros de canal de Youtube pra tentar invisibilizar isso aqui, que como já demonstrei, muita gente está lendo e vendo esse comportamento. Nem todo mundo que assiste ou segue esses canais é idiota como os donos de canais pensam que o público deles é.

Infelizmente a gente está tendo a liberdade tolhida de discutir política por um despreparo colossal desse "campo esquerda das bolhas" pra lidar com isso, porque não adianta fazer cara feia, menosprezar, ignorar, eu sei quem copia, sei o que fazem e sei quais são os grupos, e não gosto dessa postura, que ninguém faz aqui (as pessoas aqui citam as fontes de onde tiram certas informações, que é o correto, questão de princípio político e até acadêmico). Por isso que tenho que rir quando vejo gente de siglas de esquerda levantando a "bandeira da liberdade de expressão" como se isso se resumisse a questões do Supremo Tribunal do Brasil.

E copiar a esmo coisa de terceiros na rede é o quê? Em outros países chamam isso de plágio (crime), fora a perseguição judicial que rola por meio de poder econômico na tal "liberdade" que alguns da esquerda acreditam que exista no país, de que o Brasil deva ser uma "sucursal" dos Estados Unidos, que não é exemplo de nada que preste na coisa.

Mas dá pra entender porque o "meio universitário" na área de huamanas sucumbiu a uma figura ridícula como o astrólogo Olavo de Carvalho, que só tinha a 5a série do ginásio ou 4a série primária, fazer o estrago que fez. Por conta dessas posturas citadas mais acima e pela postura de "avestruz" também de nunca tomarem partido de nada (e asism vai...), a omissão tem seu "preço"... e cobra por isso.

Depois chiam que governo "x" reacionário neoliberal é eleito no Brasil e corta verbas dessas áreas, mas o que essa parte do "meio universitário" tem feito pra conter essas coisas?... nada ou quase nada. Depois não reclamem.

Desculpem pelos desabafos, mas realmente tou entalado com certos tipos há muito tempo, e tenho um temperamento/gênio terrível quando resolvo revidar, mas creio que muita gente já está avisada desses comportamentos (que cito há tempo), tenho visto citação de terceiros sobre a impostura em algumas dessas "mídias progressistas", quando a crítica é também pras mesmas, fora outros problemas (qualidade, pluralidade, interação, interlocução com público e cia).

Isso seria comentado na parte de comentários dos posts sobre Oriente Médio, resolvi destacar aqui pros que lerem, verem como funciona a coisa. Passamos a semana inteira ouvindo noticiário no Brasil (e até de fora), pode ser que saiu algo nesses termos mas não li. E não deixem de ler o post sobre a matéria da BBC, sobre fim de Impérios:
https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/04/fim-de-uma-era-foi-assim-que-quase-da-noite-para-o-dia-os-estados-unidos-preencheram-o-vacuo-deixado-pelos-britanicos-que-partiam.html

P.S. teremos eleições pra presidente e cia no Brasil em 2026, pelo que conheço do histórico de elieções, teremos um "acerto" com esse pessoal em 2026, porque a parte que apoia o governo atual (Lula) vai querer o voto de certa "moçada da Cirolândia", vai ser engraçado quando notarem que não irão com o Lula... rs.

domingo, 6 de abril de 2025

O fim de uma era: "Foi assim que, quase da noite para o dia, os Estados Unidos preencheram o vácuo deixado pelos britânicos que partiam"

Irei só pinçar alguns trechos do texto que saiu pela BBC (acho que tradução do texto em inglês, original) pela "BBC Brasil"), que aponta, até de forma inconsciente, o tamanho do colapso que estamos vendo ao vivo.

Eu sempre aviso ao povo que confere os comentários da discussão do blog sobre conflito no Oriente Médio (sai de tudo no meio) pra procurarem ler algo de relevo em vez de "trololó" de rede (bobeira, conversa fútil, o que significa "trololó", link https://dicionario.priberam.org/trolol%C3%B3 já que muita gente fora do Brasil acessa o blog, é a maioria do público do blog, por sinal), "trololó" apressado de Youtube e cia (Youtube é uma máquina de entretenimento, por mais que possa ser usado pra outros fins, entretenimento, distração, dispersão, o que ajuda a fixar assuntos e cia é a discussão direta, mais precisa, de caráter mais histórico e não apenas "geopolítico", discussão de armamento e cia, e nada contra quem goste, tem sua relevância, só que a parte política/histórica ditam até o "tambor", a "valsa/dança" do "tambor militar", das guerras).

Destaco o trecho do artigo/texto em que o texto da BBC detalha a passagem de "bastão" do Império britânico (falido, caindo aos pedaços) pros Estados Unidos tomar seu lugar no mundo, e já deixo o link do texto da BBC pra quem quiser ler inteiro sem ler a discussão aqui primeiro:

"Exausto, falido e fortemente endividado com os Estados Unidos, o Reino Unido disse aos EUA que não poderia mais continuar apoiando as forças do governo grego que estavam lutando contra uma insurgência comunista armada.

Os britânicos já haviam anunciado planos para sair da Palestina e da Índia e reduzir sua presença no Egito. Os Estados Unidos perceberam imediatamente que agora havia um perigo real de que a Grécia caísse nas mãos dos comunistas e, por extensão, sob o controle soviético.

Caso a Grécia seguisse esse caminho, os Estados Unidos temiam que a Turquia pudesse ser a próxima, dando a Moscou o controle do Mediterrâneo Oriental, e, potencialmente, o Canal de Suez, uma rota comercial global vital.

Foi assim que, quase da noite para o dia, os Estados Unidos preencheram o vácuo deixado pelos britânicos que partiam.
"

Texto da BBC original, traduzido pra BBC Brasil sob o título de "Como Trump bagunçou a ordem mundial — e deixou os líderes europeus em apuros", link (https://www.bbc.com/portuguese/articles/cnvz4jmvp23o.

O texto todo descreve a passagem de poder do Império britânico caindo (consequência das duas guerras mundiais, problemas internos e outros conflitos) pra ascensão dos Estados Unidos em seu lugar, e abre espaço pra descreverem a própria queda do Império norte-americano atual, que vai pelo mesmo caminho, endividado (site do senado norte-americano, a dívida norte-americana em março de 2025: 36 trilhões de dólares, e subindo, tem a dívida detalhada no link https://www.jec.senate.gov/public/vendor/_accounts/JEC-R/debt/Monthly%20Debt%20Update.html), cansado, falindo, com um "lunático" idoso no comando.

Eu já coloquei esses links pelas discussões de "Gaza" (Oriente Médio) do post retrasado/passado e do atual (chutando sobre esse, mas acho que coloquei), respondi algum "maluco" na rede (é só o que tem) alegando que os EUA "lideram tudo", isso é o percentual dos países em manufaturas, traduzindo, o que cada país produz, fabrica globalmente, a China lidera o ranking (nessa tabela, tem mais de uma em vários sites, mas todos na mesma medida) com 31.6%, os EUA vêm até com uma margem folgada em segundo com 15.9%, o terceiro é o Japão que só aparece com 6.5%, tem o resto da lista no site, em um dos sites pois há medidas diferentes em mais de um, só que nessas proporções, tem um, citando de cabeça, que aponta a China com uns 35%, link, site safeguardglobal (https://www.safeguardglobal.com/resources/blog/top-10-manufacturing-countries-in-the-world/).

E o ranking de medida do "PIB pelo poder de paridade de compra", que é uma medida de PIB mais aceita como mais realista do que a "medida tradicional" que não leva em conta a questão do câmbio das moedas (a moeda chinesa é depreciada, em valor, em relação ao dólar), pelo ranking do PIB de "paridade de poder de compra", a China já é a maior economia do mundo (e sobe), os Estados Unidos aparece em 2o lugar em duas "medidas" e a União Europeia em 2o lugar numa das três (e em terceiro nas outras duas, o PIB da União Europeia é parelho ao PIB norte-americano, ou seja, se a União Europeia se fragmentar, a economia europeia colapsa, literalmente), o link pra acessarem os números abaixo:

Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra): (https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_(Paridade_do_Poder_de_Compra)).

"Ah, mas os números são suspeitos"... vou destacar a fonte dos números, a primeira o FMI (ligado aos EUA), a segunda o "Banco Mundial" (ligado aos EUA) e a terceira vem do "The World Factbook", o "livro branco" da CIA (preciso dizer qual o país da CIA?... acho que não... mas esses dados do World Factbook são em geral levados em conta, apesar de vir da CIA é tido como uma publicação séria.

Estou destacando isso pelo baixo nível de educação, intelectual ("surto de olavismo", doença mental grave) que o Brasil passa, onde aparecem celerados colocando em cheque dados, números sem apontar nada pra confirmar certas asneiras que proferem quando "criticam".

1. E também pra ironizar (de novo) a turma que solta indireta nos chamando de "extremistas", "extremismo", mas eu levantei alguns pontos (perguntas) pra esse pessoal no fim do post de discussão do Oriente Médio (link https://holocausto-doc.blogspot.com/2024/12/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios-parte-19.html), que eu torço pra que "consigam" responder (mas acredito que vão ignorar e/ou tergiversar atacando, urrando, provavelmente), sobre se certas posições de alguns deles seriam consideradas "extremismo" também (de verdade), embora alguns saíram apagando coisa na rede pra que não possam criticar certas "posições pretéritas" ("1984" na veia, rs):

"Netanyahu e Orbán: uma aliança apesar do anti-semitismo" (https://www.publico.pt/2025/04/04/mundo/noticia/netanyahu-orban-alianca-causa-perplexidade-2128596), do jornal Público (Portugal).

2. Deu na CNN também, essa emissora de TV "bancada pelo regime iraniano" (conteúdo irônico), a CNN norte-americana, porque a "CNN brasileira" faz cara de paisagem pro "assunto"... (por que será?... a "versão" brasileira é mais reaça que a Fox News dos EUA):

"Israel embraces France’s far-right, turning a blind eye to its Nazi past" ("Israel abraça a extrema-direita francesa, virando os olhos pra seu passado nazista" https://edition.cnn.com/2025/03/26/europe/israel-embraces-france-far-right-intl/index.html).

Que tal a "aliança" acima?
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O "cavalo de pau" (https://pt.wikipedia.org/wiki/Cavalo_de_pau_(manobra)) que o mundo passa é tão profundo que deu um "tilt" na cabeça de muita gente (https://www.dicionarioinformal.com.br/tilt/, "Tilt" usado nessas colocações no Brasil significa "pane", "parafuso", "apagão mental", ou alguma pane na cabeça, em comparação à pane que um Computador sofre quando tem problema, entra em colapso). Não condeno as pessoas pela "pane mental", mas... é bom recobrarem a consciência logo, não têm o resto da vida pra melindrar com isso.

Mas retomando o texto da BBC (tudo que foi citado acima tem a ver com o tema), destaco também essa parte:
"Os Estados Unidos, tradicionalmente isolacionistas e protegidos com segurança por dois vastos oceanos, emergiram da Segunda Guerra Mundial como líderes do mundo livre.

Enquanto os Estados Unidos projetavam seu poder em todo o globo, passaram as décadas do pós-guerra refazendo grande parte do mundo à sua própria imagem.

A geração baby boomer cresceu em um mundo que parecia, soava e se comportava mais como os Estados Unidos do que nunca. E o país se tornou a hegemonia cultural, econômica e militar do mundo ocidental.

No entanto, as ideias fundamentais nas quais os Estados Unidos basearam suas ambições geoestratégicas agora parecem prestes a mudar.

Donald Trump é o primeiro presidente dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial a desafiar o papel que seu país estabeleceu para si mesmo há muitas décadas.

E ele está fazendo isso de tal forma que, para muitos, a velha ordem mundial parece ter acabado — enquanto a nova ordem mundial ainda não tomou forma
.

A questão é: quais nações assumirão a liderança? E, com a segurança da Europa sob maior pressão do que em qualquer outro momento recente, seus líderes, que atualmente estão brigando, serão capazes de encontrar uma resposta adequada?"
Mais aqui:
"A própria posição de Trump parece ir além de criticar aqueles que, segundo ele, estão se aproveitando da generosidade dos Estados Unidos.

No início de sua segunda presidência, ele pareceu abraçar o presidente russo, Vladimir Putin, dizendo à Rússia que a Ucrânia não obteria a adesão à Otan e que não deveria esperar recuperar o território que perdeu para a Rússia.

Muitos criticaram o posicionamento por abrir mão de duas grandes moedas de troca antes mesmo de as negociações começarem. Aparentemente, o presidente americano não pediu nada à Rússia em troca.

Por outro lado, alguns apoiadores de Trump veem em Putin um líder forte que personifica muitos dos valores conservadores que eles mesmos compartilham. Para alguns, Putin é um aliado em uma "guerra contra o woke".
"
Breve comentário: "aliado de uma guerra contra o woke", ou seja, "aliado a um monte de nada", e um espantalho e histeria moralista conservadora norte-americana ao que eles chamam de "liberalismo" nos costumes ("excesso de liberdade, libertinagem, de "coisa gay" etc, coisa de gente religiosa, obtusa, apesar de que o discurso histérico de ditas "minorias" usados pela mídia norte-americana e puxadinhos pelo mundo criou esse "espantalho" conservador, com o problema dos desvios de discursos de gente infiltrada em grupos de esquerda, de verdade, onde a esquerda tinha força política ou ainda tem).

E o colapso da OTAN, o trecho é bem maior mas destaco essa parte aqui:
"'Esquecemos as lições da nossa história'
Um dos grandes desafios que a Europa, em particular, enfrenta a partir daqui é a questão de como se armar adequadamente.
Oitenta anos de confiança no poder dos Estados Unidos deixaram muitas democracias europeias expostas. O Reino Unido, por exemplo, cortou os gastos militares em quase 70% desde o auge da Guerra Fria. (No final da Guerra Fria, no início da década de 1990, a Europa se permitiu um 'dividendo de paz' e iniciou um processo de décadas de redução dos gastos com defesa.)

"Tivemos um grande orçamento [durante a Guerra Fria] e recebemos um dividendo de paz", diz Wallace. "Agora, você poderia argumentar que isso era justificado."

"O problema é que passamos de um dividendo de paz para uma invasão corporativa. [Defesa] acabou se tornando o departamento preferido para cortar dinheiro. E foi aí que simplesmente esquecemos as lições da nossa história.""

Quem quiser checar o texto inteiro, o link está no começo. O texto original não vai ter, obviamente, os comentários feitos aqui. Mas achei realmente destacável esse texto da BBC.

Tem "gente xucra" que acha que por eu ter críticas à Europa (política externa) e EUA que ninguém usa fonte europeia ou norte-americana aqui, não preciso nem acrescentar nada pra criticar essa postura pois já disse que isso é coisa de "gente xucra" (https://www.sinonimos.com.br/xucro/), que é o mesmo que "pessoa ignorante", bronca, tapada, estúpida e por aí vai.

Esse espaço existe há mais de década e a gente ter que "explicar" coisas simples beira o ridículo, tal o nível absurdo de estupidez que o Brasil mergulhou (e parte do mundo). Mas fazer o quê?... a caravana vai passar assim mesmo, seguir o "caminho" (https://dicionario.acad-ciencias.pt/curiosidades/os-caes-ladram-e-a-caravana-passa/), apesar de alguns "cachorros latindo". 

Os grandes acontecimentos continuarão a estourar independente de posição moralista/refratária de A ou B em canal "exótico" de Youtube. Ressalto isso porque já veio pelo menos cinco pessoas repetindo bobagens que assistem nesse tipo de canal que critico aqui, e mesmo alertando, "persistem", no que adotei a postura de que, "tudo bem", assistam o que quiserem mas também não venham repetir tolices por essas bandas. Em algum momento vão entrar em parafuso com o "choque de versões" que essa turma mesma cria.

E não poderão ficar de "copy and paste" como ficavam no passado (no Facebook) como quando a gente publica o que pensa aqui.

Cuidado que há "público" de vocês (de alguns desses canais) que circulam por aqui também sem comentar pros "donos dos canais"... essa turma vai prestar atenção nessas "cópias" sem citação de onde se discutiu originalmente tal assunto. Já comentei esse assunto aqui: ("Aos que "querem" ou gostariam de invisibilizar o blog, o blog/site em números: passamos os 2 milhões de views (visualizações)" https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/03/aos-que-querem-ou-gostariam-de-invisibilizar-o-blog-o-blog-site-em-numeros-passamos-os-2-dois-milhoes-de-views-visualizacoes.html).

Na verdade já vai em mais de 2 milhões e quase 6 mil views, fora os mais de 30 mil acessos no blog parelho em outros idiomas. Não é o mesmo que um canal de Youtube, mas é gente suficiente lendo (em um mesmo nicho). Podem continuar a "ignorar" formalmente, mas não copiando como faziam antes.

E ao público em geral, atenham-se ao texto indicado, é o que importa de fato no post, essa parte de "ironias", "farpas" e afins só ocorre porque a gente, hoje, fica "cercado" pelo circo que virou o Youtube, sem expressão (um dos motivos pra abrir um canal, incipiente), coisa que não acontecia até a ascensão dessa outra rede do Google. Ou ficava "sem expressão", deram uma "suavizada" depois que entenderam que 2 milhões de views não é o mesmo que "mil visualizações no geral".

Em algum momento, por conta dessas imposturas, aquela rede de vídeos do Google (Youtube) vai acabar declinando também, embora o Google tenha uma identificação precisa de plágio se copiarem coisa de outros vídeos mas não faz isso com sites. De qualquer forma, os avisos foram dados, "cai" em "lábia" de A ou B quem quer, responsabilizem-se por isso quem gostar, não venham reclamar depois, aqui não é "divã".

terça-feira, 18 de março de 2025

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 19)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 19 (20 de Dezembro de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 19. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

Post de 23.12.2024 (18:47) (depois voltará à data correta, está sendo atualizado pra última publicação ficar em 2o lugar).

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo:

quarta-feira, 12 de março de 2025

Aos que "querem" ou gostariam de invisibilizar o blog, o blog/site em números: passamos os 2 milhões de views (visualizações)

Vou trazer praqui os prints da parte de estatística do blog/site, embora esse número de 2 milhões de views (já acima, já passou em mais de mil views) compreenda as visualizações do começo do blog até hoje, poucos sites do tipo chegam a esse tipo de marca, ainda mais levando em conta que o blog passou por anos desativado (de 2015 mais ou menos até bem pouco tempo atrás, até outubro de 2023 ou perto disso quando estoura o conflito em Gaza de novo, dessa vez com discussões sobre o Oriente Médio), e que o Google passou a restringir o "conteúdo" e páginas/posts (publicações) do blog (pra pesquisar por tema prejudica, por isso acessem o blog por outros sites de busca como o Yandex, Duckduckgo e outros, que mostram mais conteúdo do blog), é um feito e tanto.

Pena eu não ter colocado o Adsense do Google desde o começo, o Adsense paga uma nicharia, merreca por publicação em blog (muito pior que o Adsense pro Youtube, mas muito pior mesmo, nem se compara), mas daria pra ter arrecadado alguma coisa.

E só pra esclarecer a questão, pra quem lê o espaço, ninguém se ilude (pelo menos aqui) que ficará "rico", milionário com isso, sendo que ninguém abriu o espaço com esse intento, mas mudei de opinião sobre a monetização de canais de Youtube, páginas etc e explico a razão. E hoje acho que um dos grandes erros do Holocaust Controversies e desse espaço aqui foi não ter a "monetização", pra arrecadar algum fundo pra imprimir o livro que os rapazes fizeram no Holocaust Controversies em papel físico, pra comprar aparato tecnológico pra melhorar a própria publicação, pra motivar as pessoas etc. A gente partia da premissa que está (e ainda estamos) fazendo um serviço pra sociedade, pros países (há gente que ainda age assim), então ninguém aventou essa questão. 

Talvez por preconceito também com os canais e cia que "operam" na lógica mercantilista de ficarem atrás de "dinheiro pelo dinheiro" e "fama" com canal de Youtube e cia. Nunca foi a proposição desses espaços, embora que, com a ascensão de canais esdrúxulos tentando nos invisibilizar, silenciar nossas vozes, opiniões, acho que cabe também uma mudança de posição sobre essas coisas.

O Google fatura bilhões em cima desse trabalho exploratório em cima da precarização, piora de vida de milhões no Brasil e cia que o próprio Google (Big Techs) ajudou a piorar com ações deletérias de manipulação de conteúdo etc (as Big Techs ficaram conhecidas por isso).

Não pagar uma nicharia ao pessoal que faz o trabalho de fato do Youtube (plataforma do Google) etc se chama roubo, se esse pessoal que publica conteúdo de entretenimento (a maioria é de entretenimento) se juntasse em sindicato ou em agrupamento e entrasse na justiça do país reinvindicando direitos em vez de ficarem soltando futricas, futilidades nas redes, adquiriam coisa melhor (o que o Google deveria pagar justamente pelo que explora de graça ou quase de graça, pro Google pagar alguns reais é "troco de pinga", nicharia) do que esse clima de futrica e de "despeito" alheio.

Mas não, essas patotas do Youtube ficam enchendo o saco ao redor em vez de reinvindicar coisas de fato relevantes, inclusive pro país, quando não nos querem invisibilizar, que como eu sempre aponto, é uma tentativa esdrúxula, ridícula (que beira o ridículo). Vocês querem "invisibilizar" um site que já teve mais de 2 milhões de views sem ajuda de um mísero canal sequer do país, mídia e cia? "Boa sorte", vão precisar (hahahahaha).

E aguardem, canal tá vindo por aí... (uma amostra, vídeo de teste: https://www.youtube.com/watch?v=WN5TBaoROCo)

 

E falando pessoalmente, chegou a tal ponto essa coisa de "tentativa de invisibilização" que eu tou me lichando se citam ou não isso aqui, eu apenas implico, pego no pé porque por uma questão de honestidade intelectual científica, é obrigação citar a fonte de onde se lê "coisa X ou Y", sempre que é possível eu faço isso (maioria absoluta das vezes, é praxe do site, a gente segue essa linha científica e não abre mão disso, por isso que muito "canal progressista" é colocado em cheque por não seguir essa linha, não preciso falar dos de direita, da Cirolândia, eu nunca esperei nada de bom dessa segunda turma, pra dizer a verdade, não espero e nem acho que verei alguma mudança nesse tipo de "turma").

Só pra registrar, vou deixar os prints de números do blog sobre os 2 milhões de views e mais registros como o de que por vários anos, quando a internet/web não estava contaminada ainda com "surto doente do olavismo", bolsonarismo e cia, esse blog ficou por vários anos como primeiro registro de busca do Google pelo tema Holocausto e cia. Isso é mais relevante (em reconhecimento, do próprio Google) do que "tapinha nas costas" falso de A ou B. Estou citando isso porque como muita gente não acompanha esse blog do começo (fim de 2007), não sabem desses fatos, se dialogasse, discutissem na parte de comentários teriam acesso a isso. Colocar o print abaixo do vídeo do Youtube pra deixar em destaque a "capa" do vídeo e não o "branco" do print:


E o blog/site é muito acessado por brasileiros fora do país e estrangeiros, bem mais que vários sites/canais aqui do país que ficam num transe de "somos o melhor"... a gente nunca ficou batendo no peito com nada disso, mas temos fatos pra comprovar certas coisas em vez de só "falatório", "gogó". Por isso que eu disse: nos respeitem, mesmo que não gostem.

Esse comportamento de "patotinhas" não leva a lugar algum, mas quem quiser prosseguir nisso, "boa sorte" também, se tem uma coisa que eu nunca farei com ninguém é ficar "tutelando" grupo A ou B, quer quebrar a cara? Siga firme e quebre, rs. Não tenho vocação pra "salvador" de A ou B e nem quero, e acho que a maioria aqui pensa do mesmo jeito.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Adam Tooze: "O salário da destruição. Formação e ruína da economia nazi", "Review" (Resumo/análise do livro, para entender o colapso da economia nazista)

Adam TOOZE. The Wages of Destruction. The Making and Breaking of the Nazi Economy
Adam TOOZE. "O Salário da Destruição. Formação e ruína da economia nazi
Paris, Les Belles Lettres, 2012, 812 p.

Domingo, 3 de março de 2013, por Laurent Gayme

Licenciado pelo King's College e pela London School of Economics, Adam Tooze é professor de história alemã na Universidade de Yale. Publicou anteriormente "Statistics and the German State, 1900-1945: The Making of Modern Economic Knowledge", Cambridge, Cambridge University Press, 2001.

Este livro é uma tradução do seu livro The Wages of Destruction: The Making and Breaking of the Nazi Economy, Londres, Allen Lane, 2006, que ganhou o Prêmio Wolfson de História em 2006 e o Prémio Longman-History Today Book of the Year em 2007.

A história econômica no centro das atenções

Esta tradução de um livro importante por Les Belles Lettres é de saudar. Nos últimos anos, os leitores franceses puderam ler muitas obras inovadoras sobre a Alemanha nazi, entre as quais as de Ian Kershaw, Robert Gellatelly, Mark Mazower, Christian Ingrao e Johann Chapoutot (que passa em revisão as últimas pesquisas sobre o nazismo em Le nazisme, une idéologie en actes, coleção Documentation photographique n°8085, Paris, La Documentation française, 2012). 

De todas estas publicações, poucas foram dedicadas a questões econômicas, com exceção de Götz Aly (Comment Hitler a acheté les Allemands, Paris, Flammarion, 2005). Adam Tooze chama a atenção para o fato de a história econômica do nazismo ter progredido pouco nos últimos vinte anos, ao contrário da história do funcionamento do regime, da sociedade e das políticas raciais, por exemplo. É por isso que tem a ambição de “iniciar um processo de recuperação intelectual que há muito deveria ter sido feito” (p. 19), dando-nos, sob a égide de Marx, uma impressionante história econômica da Alemanha nazi: “O primeiro objetivo deste livro é, portanto, voltar a colocar a economia no centro da nossa compreensão do regime hitleriano...” (p. 20). (p. 20). 

Propõe-se fazê-lo rompendo com um pressuposto do século XX, o de uma superioridade econômica particular da Alemanha (ainda hoje presente no espírito das pessoas...), um mito destruído pelos últimos trabalhos dos historiadores econômicos para os quais o grande fato econômico do século XX é o eclipse da Europa pelas novas potências econômicas, nomeadamente os Estados Unidos. Na década de 1930, a Alemanha da Krupp, da Siemens e da IG Farben tinha um rendimento nacional per capita na média europeia (ou seja, comparável, em termos atuais, ao do Irã ou da África do Sul), um nível de consumo mais modesto do que o dos seus vizinhos ocidentais e “uma sociedade parcialmente modernizada em que mais de quinze milhões de habitantes viviam do artesanato tradicional ou da agricultura camponesa”. (p. 21).

O inimigo americano

A tese central de Adam Tooze baseia-se menos no Mein Kampf (1924) anti-bolchevique do que num manuscrito de Hitler conhecido como “Segundo Livro”, concluído no verão de 1928 e que contém discursos da campanha para o parlamento da Baviera, em maio de 1928, na qual Gustav Stresemann, ministro dos Negócios Estrangeiros da República de Weimar, era candidato. Convencido de que os Estados Unidos iriam tornar-se a força dominante da economia mundial e um contrapeso à Grã-Bretanha e à França, Stresemann tinha escolhido, após a derrota de 1918, a aliança financeira americana e a integração econômica na Europa capitalista (as escolhas feitas por Adenauer depois de 1945), a fim de conquistar um mercado suficientemente grande para se equiparar aos Estados Unidos. 

Para Hitler, a força motriz era a luta por meios de subsistência limitados, ou seja, a colonização de um “espaço vital” no Leste, para competir com o poder dos Estados Unidos, cuja hegemonia ameaçaria a sobrevivência econômica da Europa e a sobrevivência racial da Alemanha, com os judeus a reinarem tanto em Washington como em Londres e Moscou. Hitler rejeitava a “americanização”, a adoção dos modos de vida e de produção americanos, porque por detrás do liberalismo, do capitalismo e da democracia estava o “judaísmo mundial”.

Construção de um complexo militar-industrial

Em suma, Hitler estava a responder a uma situação do século XX com uma solução do século XIX. O imperialismo, combinado com a sua ideologia antissemita, tinha de transformar a Alemanha numa potência continental capaz de rivalizar com o Império Britânico e, sobretudo, com o imenso território dos Estados Unidos. Para isso, Hitler organizou, a partir de 1933, o mais extraordinário esforço de redistribuição jamais realizado por um Estado capitalista, com a percentagem do produto nacional destinada ao exército a passar de menos de 1% para quase 20% em 1938, ao mesmo tempo que a produção industrial aumentava fortemente, assim como o consumo e o investimento civil (6 milhões de desempregados foram postos a trabalhar). 

Tudo foi sacrificado ao rearmamento e à criação deste complexo militar-industrial, nomeadamente os interesses das indústrias de bens de consumo e do campesinato, daí o racionamento das matérias-primas essenciais a partir de 1935 e, mais tarde, a pilhagem da Europa. Este foi aceite pelo grande capital alemão, enfraquecido pela crise de 1929, porque era seletivo, explorando frequentemente a iniciativa privada, e assegurava lucros substanciais, mantendo a ordem social e esmagando a esquerda e os sindicatos. Por fim, a conquista do Lebensraum no Leste (com o "Generalplan Ost" de racionalização e reorganização agrária e o Plano Fome de 1941, que previa a pilhagem dos recursos alimentares de cerca de dez milhões de polacos, russos e ucranianos) e a política genocida, nascida da ideologia racial e antissemita, encontraram a sua justificação econômica ao serviço do poder. A economia nazi e a Segunda Guerra Mundial

No entanto, Adam Tooze mostra claramente que a diplomacia, o planeamento militar e a mobilização econômica não se combinaram para formar um plano de guerra coerente e a longo prazo. Em setembro de 1939, a Alemanha entrou em guerra sem uma forte superioridade material ou técnica em relação à França, à Grã-Bretanha ou, em 1941, à URSS. Com uma economia condicionada por problemas de balança de pagamentos (era impossível contrair empréstimos ou fazer comércio com a Grã-Bretanha e os Estados Unidos) e sob controlo administrativo permanente, Hitler estava constantemente a jogar contra o relógio. 

Em 1939, a Alemanha já não podia acelerar o seu esforço de armamento, enquanto a Grã-Bretanha, a França e a URSS aceleravam o seu rearmamento. Por outro lado, se em 1936 Hitler ainda insistia na conspiração judaico-bolchevique, a partir de 1938 o antissemitismo nazi tomou um rumo anti-ocidental e, sobretudo, anti-americano, o que facilitou a compreensão do Pacto Germano-Soviético, que também protegia a Alemanha contra uma segunda frente e contra os piores efeitos do bloqueio anglo-francês. Para além das considerações ideológicas, tendo em conta a dimensão do esforço de guerra anglo-americano a partir do verão de 1940, os recursos econômicos da URSS (cereais, petróleo) eram vitais para a sobrevivência da Alemanha. Ao mesmo tempo, porém, era necessário preparar a invasão da URSS e a corrida transatlântica ao armamento, o que exigia uma vitória rápida sobre o Exército Vermelho, ao mesmo tempo que se levavam a cabo os programas genocidas de limpeza étnica das SS no âmbito do Generalplan Ost.

No início de 1942, as forças econômicas e militares mobilizadas contra o Terceiro Reich eram esmagadoras. Mas o núcleo do poder político nazi (o Gauleiter Sauckel, Herbert Backe, o orquestrador do Plano da Fome, Göring, Himmler e Albert Speer) empreendeu então um imenso esforço para mobilizar todos os recursos humanos (incluindo a mão de obra judaica nos campos), alimentares e econômicos (pilhando toda a Europa) ao serviço da guerra e do “milagre armamentista” de Speer. A aceleração final da produção alemã de armas, em 1944, foi efetuada à custa da destruição de uma grande parte da Europa e das suas populações, bem como da própria Alemanha. Em 1946, o PIB alemão per capita era de pouco mais de 2.200 dólares (um nível que não se registrava desde a década de 1880) e, nas cidades arrasadas, as rações alimentares eram frequentemente inferiores a 1.000 calorias por dia. Uma grande obra

Como já deve ter percebido, é impossível transmitir aqui toda a riqueza deste fascinante fresco, que é perfeitamente legível para não especialistas em história econômica. Adam Tooze desafia muitas ideias recebidas sobre os sucessos industriais do Terceiro Reich e as motivações e decisões nazis durante a guerra, sem nunca subestimar a importância dos pressupostos ideológicos nazis. 

Oferece-nos uma brilhante releitura da primeira metade do século XX, à luz das escolhas econômicas feitas em resposta às convulsões no equilíbrio econômico global, e oferece-nos um cativante apelo à história econômica. É evidente que se trata de uma leitura essencial para os professores de História do ensino secundário, em particular para os que lecionam os capítulos sobre crescimento econômico e globalização, totalitarismo e guerra total.

Fonte: La Cliothèque
http://clio-cr.clionautes.org/le-salaire-de-la-destruction-formation-et-ruine-de-l-economie-nazie.html

Reproduzido primeiramente em Holocaust-doc (blog auxiliar deste aqui para publicação de textos, correlatos ao tema do blog, 2aGM e cia, em outros idiomas: inglês, francês, espanhol etc):
https://holocaust-doc.blogspot.com/2016/02/adam-tooze-le-salaire-de-la-destruction-formation-et-ruine-de-l-economie-nazie.html

Texto traduzido do francês com ajuda de IA ("Inteligência artificial").
Revisão:
Roberto Lucena

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 18)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 18 (30 de Outubro de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 18. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 



sábado, 28 de setembro de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 17)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 17 (28 de Setembro de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 17. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

A disputa pelo Oriente Médio. Estamos diante de uma nova onda de descolonização

Praqueles que não dimensionaram o significado dessa nova etapa do conflito no Oriente Médio, é uma etapa em que os Estados Unidos estão tentando manter seu domínio ou hegemonia no Oriente Médio, por isso que correu para defender Israel logo em outubro de 2023 com outros membros da OTAN, destacadamente o Reino Unido (que muitos no Brasil só entendem o termo se a gente citar o país pelo nome de "Inglaterra").

Podemos e provavelmente estamos presenciando outra onda de descolonização no mundo, que sempre estouram no declínio do poder de Império de alguns países, em conflito entre esses países e na mudança de eixo econômico pra outra região ou país, caso atual a transição do eixo EUA/Europa Ocidental pra Ásia/China.

Após a segunda guerra mundial com a destruição da Europa várias colônias da Europa na Ásia e África, remanescentes, começaram processos de independência e sangrentos, por repressão das "Metrópoles", vide a guerra da Argélia com seus 1 milhão de mortos (https://en.wikipedia.org/wiki/Algerian_War), a França "vencedora" da segunda guerra sobre o nazismo de Hitler (como costuma ser retratada erroneamente pois viveu sob regime colaboracionista na segunda guerra) partiu para uma guerra sangrenta pra manter a Argélia a ferro e fogo sob seu "tacão" (domínio).

O mesmo ocorreu em vários países africanos e da Ásia, a revolução chinesa em 1949 (https://en.wikipedia.org/wiki/Chinese_Communist_Revolution).

A guerra de libertação da Indochina (que muitos só conhecem por Vietnã, Laos e Camboja https://pt.wikipedia.org/wiki/Indochina_Francesa), primeiro da mão dos franceses, que assim que tombaram abriram espaço pros norte-americanos entrarem em conter o avanço da guerrilha do Vietnã do Norte, que sairia vitorioso em 1975 unificando o Vietnã em uma República expulsando os Estados Unidos daquele país. Os norte-americanos ficavam pelo Vietnã do Sul, sob seu domínio, em guerra contra as guerrilhas comunistas do Vietnã do Norte.

A guerra do Vietnã trata-se de uma Guerra de Independência (https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Vietn%C3%A3) sobretudo.

Guerras de independência geralmente possuem teor revolucionário, de libertação nacional, provocam profundas mudanças nos países que se livram das ex-Metrópoles.

O mesmo processo do passado (houve outras ondas de descolonização: das Américas ao longo do século XIX, após a segunda guerra etc) pode estar se repetindo na África (vários países se levantaram contra a opressão colonial francesa expulsando a França de seus países) e no Oriente Médio, vide o conflito da Palestina (área dominada por Israel ancorado nos Estados Unidos e Europa Ocidental), Líbano e todos os atores envolvidos alvos do consórcio norte-americano/europeu e israelense, em que as partes mais fortes (Estados Unidos destacadamente e Reino Unido e outros europeus em segundo plano) operam pra conter o avanço de China/Rússia e BRICS sobre as reservas de petróleo e gás dessa região do globo.

Estava vendo um vídeo de canal de esquerda (não memorizei o nome, coloco nos comentários se lembrar) sobre a situação do Líbano/Irã e cia e me veio à mente a questão porque alguém mencionou algo similar por lá, o Breno Altman vem tocando no assunto em relação aos EUA e a contenção com a China (fez um vídeo hoje sobre isso (https://www.youtube.com/watch?v=bsKn1kUPARw "ESTADOS UNIDOS APOSTAM NA TERCEIRA GUERRA? - ANÁLISE DE BRENO ALTMAN").

Um adendo: esse texto aqui foi escrito há vários dias (desde o dia 10 último ou antes), não foi publicado antes por falta de revisão e alguns detalhes, porque impressiona a convergência (comento sobre isso no fim com outro texto de fora).

Pros que acham que o conflito vai "acabar amanhã" e afins, e até pode (parcialmente, depende da escalada com o Irã, que é ator central no Oriente Médio), já estamos dentro de um conflito de escala muito maior.

Os Estados Unidos não terão muito tempo daqui a uns anos pra tentar uma contenção militar da China, já que não consegue conter mais o gigante chinês pela via tecnológica, econômica, e também mira a Rússia, que restaurou seu estatus de potência mundial e tem forte aliança com a China (são cabeças dos BRICS).

Memorize o ano "2030", até 2030 a China ultrapassará a economia dos EUA ("China’s Economy Could Overtake US Economy by 2030", artigo de 2022, mantido os padrões atuais https://www.voanews.com/a/chinas-economy-could-overtake-us-economy-by-2030/6380892.html), e já ultrapassou pelo cálculo de Paridade do poder de Compra https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_(Paridade_do_Poder_de_Compra)).

Ou seja, as "portas" até pro uso da "via militar" (pelos EUA) pra conter a China estão se fechando até 2030, por isso a violência e agressão nos conflitos da Ucrânia e Oriente Médio. No cálculo do PIB por poder de compra a "União Europeia" aparece à frente dos Estados Unidos (um dos motivos pelos quais também é alvo, apesar de se apresentar como "parceira" dos EUA nos conflitos, os EUA miram e atacam o mundo inteiro).

Então certas simplificações que circulam em alguns canais de direita sobre esses conflitos na "Youtubesfera brasileira" (tinha que ser) soam como "coisa mirabolante", "coisa exótica", "negação" e coisas do tipo (vi essa postura aos montes dos ditos "revis" sobre o assunto da segunda guerra, que devem estar atordodos há alguns anos não entendendo "que mundo é esse que vivemos de uma década pra cá"), por conta de uma posição refratária de alguns negando a questão do caráter expansionista do projeto colonial de Israel (o papel de Israel no conflito é consolidar o projeto sionista pra Palestina pra depois querer se expandir na direção da "Grande Israel", que abocanha vários outros países da região, só que sem força pra isso atualmente exceto se os Estados Unidos endossarem e entrarem na contenda pra proporcionar isso, o que não significa que terá sucesso na "empreitada", já estão cercados por todos os lados desde 2023).

Vale a pena ler também, os textos e vídeos convergem pro mesmo ponto: https://www.newyorker.com/news/daily-comment/how-ten-middle-east-conflicts-are-converging-into-one-big-war ("How Ten Middle East Conflicts Are Converging Into One Big War. The U.S. is enmeshed in wars among disparate players in Israel, Iraq, Lebanon, Syria, and Yemen")
("Como os conflitos do Oriente Médio estão se convergindo em uma grande guerra, os EUA estão imersos em guerras com jogadores díspares em Israel, Iraque, Líbano, Síria e Iêmen").

Texto publicado em 15 de Outubro de 2024 (depois será recolocado na ordem correta, para não atrapalhar a visualização dos posts sobre Oriente Médio).

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 16)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 16 (28 de Agosto de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 16. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 



sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 15)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 15 (02 de Agosto de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 15. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 



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