segunda-feira, 27 de agosto de 2007
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 28
28. Com que finalidade se fabricava, e fabrica, este gás?
O IHR diz:
Para eliminação dos piolhos portadores de Tifo. Se usava para fumigar roupa e edifícios. Hoje em dia ainda se fabrica para estes usos.
Nizkor responde:
Isto é correto. Mas também foi usado para assassinar pessoas em escala massiva.
O Cianeto de Hidrogênio (HCN), o gás liberado pelo Zyklon-B, tinha um "efeito colateral" que para as SS se mostrou muito útil: também mata as pessoas.
De fato, com uma determinada concentração, mata seres humanos e outros mamíferos muito mais rápido que piolhos e outros insetos.
A concentração empregada para o despiolhamento, de 8 a 10 gramas/cm3, mata pessoas mais rápido, ainda que leve umas 32 horas eliminar todos os insetos. Inclusive com concentrações menores a morte é mais rápida.
E hoje em dia o HCN é empregado para executar pessoas nas câmaras de gás dos Estados Unidos.
Temos neste link um documento bastante técnico sobre a natureza e a ação do Cianeto de Hidrogênio (HCN).
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 27
27. Que tipo de gás foi utilizado pelos nazistas nos campos de concentração?
O IHR diz (edição original):
Zyklon-B, um gás hidrociânico.
Nizkor responde:
Surpreendentemente, esta resposta de quatro palavras contém dois erros. Em primeiro lugar, o Zyklon-B é o portador do gás, não o próprio gás. Zyklon-B é o nome comercial de uma substância que continha o HCN.(...)
Em segundo lugar, o gás em questão é Cianeto de Hidrogênio (HCN) (às vezes também chamado de ácido prússico). Dizer "um gás hidrociânico" não tem sentido, já que só existe um, o cianeto de hidrogênio.
Na edição revisada:
Cianeto de hidrogênio contido no "Zyklon-B", um pesticida comercial que era amplamente utilizado na Europa.
Nizkor responde:
A resposta revisada é correta.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 26
26. Existe alguma prova de que Hitler ordenou um extermínio em massa de judeus?
O IHR diz:
Não.
Nizkor responde:
Por acaso, existe.
Himmler, Eichmann, Höss e outros disseram que as ordens do genocídio vinham diretamente de Hitler.
- Temos em conta que Hitler recebeu em dezembro de 1942 um relatório de Himmler no qual afirmava que haviam assassinado 363.211 judeus entre agosto e novembro de 1942. Este é só um dos muitos relatórios elaborados pelo Einsatzgruppen, encarregado do trabalho de extermínio dos judeus e opositores dos nazistas por trás do Front Leste. Aqui você pode ver uma fotografia e o texto do relatório.
- Ou tenham-se em conta um registro de chamada de Hitler a Himmler, em que Hitler ordenou que "não era pra liquidar" um transporte de judeus devido a que queriam interrogar um passageiro suspeito. Se Hitler não conhecia o processo de extermínio, como poderia ordenar que detivessem este transporte? (Ironicamente, David Irving usou parte deste registro de chamada fora de contexto para indicar que Hitler estava tratando de deter o programa de extermínio. Por suposto, isto foi antes de que o Sr. Irving mudou de opinião e decidira que nunca existiu um programa de extermínio, por que nem muito menos Hitler o conhecia).
- Das memorias de Höss (Höss, Commandant of Auschwitz, 1959, p. 205):
No verão de 1941, não posso recordar a data exata, o Reichsfuhrer-SS [Himmler] chegou repentinamente, diretamente através do escritório de seu ajudante. Ao contrário de seu costume habitual, Himmler me recibeu sem que seu ajudante estivesse presente, e disse:
"O Führer ordenou que a questão judia seja resolvida de uma vez por todas
e que sejamos nós, as SS, que levemos a cabo esta ordem.”
- No discurso final de Eichmann perante o tribunal, depois que foi sentenciado à morte continha a seguinte frase:
Estes assassinatos em massa são única e exclusivamente resultado da
política do Führer
A citação é do revisionista Paul Rassinier, The Real Eichmann Trial, (O Verdadeiro Julgamento de Eichmann) 1979, p. 152.
- Felix Kersten era um dos médicos pessoais de Himmler. Tal e como escreveu em suas memórias (Kersten, The Kersten Memoirs, 1956, p. 162-3):
Hoje falei durante um longo tempo sobre os judeus com Himmler. Disse que o mundo não toleraria o extermínio dos judeus; era o momento para deter. Himmler disse que isto não era possível; ele não era O Führer e Adolf Hitler havia ordenado expressamente. Lhe perguntei se era consciente de que a Historia algum dia lhe acusaria como um dos maiores assassinos de todos os tempos pela maneira como haveria exterminado os judeus. Devia pensar em sua reputação, e em não manchá-la dessa maneira. Himmler respondeu que não havia feito nada errado e que só havia levado a cabo as ordens de Adolf Hitler.
...eu disse a Himmler que ainda teria uma oportunidade de passar à História de outra maneira mostrando humanidade com os judeus e outras vítimas dos campos de concentração - se realmente não estava
de acordo com as ordens de Hitler de levar a cabo o extermínio. Simplesmente, podia esquecer algumas das ordens do Führer e não levá-las a cabo."Talvez você esteja certo, Herr Kersten," respondeu Himmler, mas adiciono que o Führer jamais me perdoaria por isto e ordenaria que me enforcassem imediatamente”.
- Hitler se reuniu com o Mufti, Haj Amin Husseini, em 28 de novembro de 1941. O doutor Paul Otto Schmidt tomou notas sobre o encontro (ver Fleming, Hitler and the Final Solution, 1984, pp. 101-104). Neste encontro Hitler prometeu ao Mufti que, depois de que certo objetivo se alcançasse, "o único objetivo restante da Alemanha na região seria a aniquilação dos judeus que viviam sob a proteção britânica em terras árabes".
- Mais ainda, tenha-se em conta os discursos de Hitler citados na resposta à pergunta 1. Afirmou sua intenção de exterminar os judeus ao menos três vezes em público.
"Não existem provas", claro.
Na versão original de “66 P&R”, esta pergunta era a mesma que a pergunta 53, com outras palavras:
"Existe alguma prova de que Hitler ordenara um extermínio em massa de judeus? (pergunta 26, original);
"Que provas existem de que Hitler soubesse que estavam levando a cabo um extermínio de judeus?" (pergunta 53, original e revisada).
Isto da uma idéia de quanto cuidado se teve na elaboração deste panfleto.
Leitura recomendada: Gerald Fleming, Hitler and the Final Solution (Hitler e a Solução Final).
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 25
25. Como beneficia a Grã-Bretanha?
O IHR diz:
Da mesma maneira que beneficia a União Soviética.
Nizkor responde:
Relativismo moral irrelevante.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 24
24. Como beneficia os comunistas?
O IHR diz:
Oculta a extensão de todas as atrocidades que têm feito e de todas as guerras que provocaram, antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial.
Nizkor responde:
Os historiadores, e inclusive o público em geral, são conscientes das atrocidades cometidas pelos comunistas. Estas atrocidades, sem dúvida, por mais terríveis que sejam, não tem a ver com o tema que estamos tratando aqui, o Holocausto.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 23
23. Como beneficia as igrejas cristãs?
O IHR diz:
Se relaciona com a idéia do Antigo Testamento segundo o qual os judeus são o "Povo Escolhido" perseguido. Ademais que a "Terra Santa" é controlada pelos israelenses e continua sendo acessível à Igreja.
Nizkor responde:
Talvez algum religioso queira comentar isso...
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 22
22. Como beneficia ao Estado de Israel?
O IHR diz:
Justifica os bilhões de dólares que o Estado de Israel tem recebido no conceito de "indenizações" da RFA. (Alemanha Oriental se recusou a pagar). É utilizado pelo lobby sionista/israelita para controlar a política externa americana para Israel e para forçar os contribuintes americanos a pagar todo o dinheiro que Israel queira. E a quantidade anual cresce ano após ano.
A versão da Editora Samisdat (Ernst Zündel):
Justifica os mais de 65 bilhões de dólares que o Estado de Israel tem recebido no conceito de "indenizações" da Alemanha. É utilizado pelo lobby sionista/israelita para controlar a política externa americana para Israel e para forçar os contribuintes americanos a pagar todo o dinheiro que Israel queira. E a quantidade anual cresce ano após ano.
Nizkor responde:
Não pagaram indenizações às pessoas assassinadas pelos nazistas. Foram pagas aos sobreviventes por danos morais e pelas posses perdidas. Obviamente, se as indenizações eram a motivação principal, o interesse dos sobreviventes deveria ter sido minimizar, e não maximizar a lista de mortos.
Sem querer entrar em argumentações sobre política atual, simplesmente assinalemos que existem razões óbvias do interesse nacional dos Estados Unidos apoiar Israel.
Se o IHR nega isto, e pensa que só uma tragédia como o Holocausto pode explicar a quantidade de ajuda que Israel recebe, talvez poderiam explicar porque o Egito recebe mais ajuda financeira do que Israel. (ver pergunta 21).
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 21
21. Como os judeus se beneficiam hoje com a história do “Holocausto”?
O IHR diz:
Evita que os critiquem como um grupo. Proporciona um "vínculo comum" com o qual seus líderes podem controlá-los. É fundamental em campanhas de captação de dinheiro e para justificar ajudas a Israel, que ultrapassam os dez bilhões de dólares ao ano enviado pelos Estados Unidos.
A versão da Editora Samisdat (Ernst Zündel):
A história "com H maiúsculo" está desenhada para envergonhar os gentios: "Pobres judeus! Como sofrem!"
Nizkor responde:
Este argumento beira a loucura. Os Estados Unidos foi uma das principais forças na denúncia do Holocausto. Os Estados Unidos inventaram o Holocausto para poder mais adiante dar dinheiro a Israel?
E o que há da União Soviética?
Os negadores do Holocausto afirmam que a maioria das provas do Holocausto supostamente falsas foram falsificadas lá. Um de seus livros favoritos é The Holocaust: Made in Russia, de Carlos W. Porter. E resulta que a União Soviética era um dos inimigos tradicionais de Israel, e apoiou e armou seus inimigos.
E quem pode argumentar que a memoria do Holocausto é a razão por que os Estados Unidos dão dinheiro a Israel?
Existia, e existem importantes razões estratégicas para eles apoiarem Israel, e inclusive eles dão um apoio maior ao Egito.
Finalmente, de onde sai a cifra de 10 bilhões de dólares ao ano? É um grande exagero, como podemos ver nesta tabela:
Em milhões US$
Ano Ajuda a Israel Ajuda ao Egito
1988 1.831 3.480
1989 1.902 2.085
1990 4.377 4.977
1991 2.028 2.478
1992 4.746 2.539
1993 2.886 2.734
Total 17.770 18.293
Fonte: Almanaque e Anuário de Seleções Readers' Digest (Egito foi o maior receptor de ajuda durante o período indicado, sendo Israel o segundo).
Total de fundos concedidos a Israel, de 1945 a 1984, em bilhões de US$
Ajuda $13.751
Empréstimos $11.756
Empréstimos por pagar $9.360
A cifra de US$ 10 bilhões, sem nenhuma base, foi eliminada da edição revisada de "66 P&R". O insultante comentário sobre como os judeus são controlados por seus líderes também foi eliminado.
O ainda mais insultante comentário sarcástico sobre "como sofrem" os judeus, é o parecer da obra de Ernst Zündel.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 20
20. Existe alguma prova de que era costume entre os americanos, os britânicos, franceses e os soviéticos torturar prisioneiros alemães para fazer-lhes confessar antes do Julgamento de Nuremberg e em outros lugares?
O IHR diz:
Sim. A tortura foi usada extensamente para produzir “ provas” fraudulentas para o infame Julgamento de Nuremberg e para outros tribunais de “ crimes de guerra” do pós-guerra.
Nizkor responde:
Sem dúvida, aconteceram alguns excessos. Alguns soldados aliados se viram tão afetados pelo que encontraram nos campos que reagiram violentamente, mas isto não é um fator importante no quadro geral. Está muito longe de ser uma política de torturas para obter confissões.
Conforme respondido na pergunta 1: Que torturas e coações poderiam ser efetivas durante décadas para convencer os nazistas a continuar declarando sobre os horrores do Holocausto nos '60, nos '70, e nos '80? Que torturas ou coações estavam sendo aplicadas aos nazistas enquanto esperavam os julgamentos nos tribunais alemães?
Faça este experimento:
Envie um e-mail a Greg Raven, diretor do IHR, no endereço ihrgreg@kaiwan.com e pergunte:
- se ele pensa que ações individuais de soldados aliados batendo nos nazistas poderiam ser consideradas provas de uma política de torturas;
- que provas ele tem para demonstrar que "era costume entre os americanos, os britânicos, os franceses e os soviéticos torturar prisioneiros alemães para fazer-lhes confessar";
- se ele pensa que as ações individuais de nazistas que assassinaram judeus poderiam ser consideradas provas de uma política de extermínio;
- se ele considera que o discurso de Himmler de 4 de outubro de 1943 fala de uma política nazista de extermínio de judeus:
"Se está exterminando os judeus", dizem todos os miembros do Partido, "muito
certo, é parte de nossos planos, a eliminação dos judeus, extermínio, nós
estamos fazendo".
Envie uma cópia (Cc:) de seu e-mail a webmaster@nizkor.org, e peça ao Sr. Greg Raven que faça o mesmo.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 19
19. Se Auschwitz não era um campo de extermínio, por que o comandante do campo, Rudolf Höss, confessou que era?
O IHR diz (edição original):
Porque foi torturado por interrogadores judeus com uniforme britânico, tal e como posteriormente admitiu um deles.
Na edição revisada:
Foi torturado pela Polícia Militar britânica, tal e como admitiu posteriormente um de seus interrogadores.
Na versão da Editora Samisdat (Ernst Zündel):
Empregaram métodos tradicionais para dizer o que seus captores queriam ouvir.
Nizkor responde:
Um momento! A história fica mais vaga a cada revisão?.
O que admitiu exatamente o suposto torturador?
A primeira afirmação do IHR dizia que os interrogadores eram agentes judaicos com uniformes britânicos falsos. Se um destes interrogadores supostamente admitiu, por que o IHR muda a história e converte estes agentes judaicos em verdadeiros policiais militares britânicos?
A verdadeira resposta é que esta afirmação não aparece em nenhuma outra obra da literatura negadora do Holocausto. Só aparece aqui nas "66 Perguntas & Respostas". Não existem provas que os apoiem.
Em outras palavras, alguém inventou. Mais tarde, alguém decidiu que era melhor fazer desaparecer esta história cuidadosamente. Quantas das outras 65 perguntas foram elaboradas da mesma maneira? Não podemos saber, porque não proporcionam provas que os respaldem.
E quanto a confissão de Höss:
Devemos considerar todas as informações em seu contexto. Existem numerosos testemunhos que confirmam os fatos essenciais da confissão de Höss. Existem documentos que falam claramente de gaseamentos e fuzilamentos em massa. A lista segue e segue; para ver uns poucos exemplos, ver a resposta à pergunta 1.
As teses negadoras defendem em sua grande maioria a suposta coação a Höss para que contasse uma história falsa. Mas só têm duas “provas”:
Um escabroso e sensacionalista libro de um tal Rupert Butler entitulado Legions of Death ("Legiones de Muerte"). Butler disse que viu que golpearam Höss quando lhe encontraram. Por exemplo não diz em nenhum momento que os interrogadores foram agentes judeus com uniformes britânicos.
E o mais importante de tudo, a versão de Butler sobre o que ocorreu contradiz a hipótese negadora segundo a qual Höss disse o que queriam que ele dissesse. O livro de Butler não menciona em lugar nenhum, simplesmente diz que golpearam Höss.
Um "testemunho de ouvido" foi supostamente incluído em um documento secreto que o "revisionista" Robert Faurisson “não está pronto para trazer-nos a luz”.
(E no caso de “sair a luz”, seria a primeira vez que os negadores aceitam um "testemunho de ouvido" como válido...)
(Ver nota 2 do ensaio de Mark Weber intitulado "Let's Hear Both Sides" ("Escutemos ambas as partes"), no site de Greg Raven, e "Different Views on the Holocaust" ("Diferentes visões do Holocausto"), no site de Ernst Zündel.)
Com este par de “verdades” escusas, os negadores depreciem e ignoram a confissão de Höss, seu testemunho, suas memórias, e tudo o que disse e escreveu sobre os gaseamentos e o programa de extermínio. Aqui temos alguns excertos de seu testemunho e suas memórias.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Entrevista com Raul Hilberg
Existe um novo anti-semitismo? Entrevista com Raul Hilberg à Revista Logos
LOGOS: Há um argumento seu bastante famoso de que havia três soluções para o problema judeu: conversão, expulsão e finalmente extermínio. Pode explicar o que queria dizer com isto?
pesquisa. Olhando ao longo da história fica claro que conversão era um elemento do mundo cristão. As expulsões começam na baixa Idade Média quando parecia que os judeus não estavam dispostos a se tornarem cristãos. Este padrão existiu por vários séculos. Pode-se localizá-lo no início em Oxford, e depois até a Espanha de 1492 e Portugal alguns anos mais tarde. Então estamos realmente falando do final da Idade Média e do início dos tempos modernos para as expulsões.
Agora, para a questão de uma solução final, aquela solução permanente, esta é uma idéia nazista. Você pode ir até o início do partido nazista e descobrir que eles ainda estavam pensando em termos de emigração dos judeus – havia um plano chamado Plano Madagascar, que também tinha sido considerado na Polônia e mesmo na França (Madagascar era uma possessão francesa), e talvez todos os judeus pudessem ser enviados para lá. Então esta idéia ainda estava circulando no departamento de relações exteriores alemão e toda a burocracia até Hitler até pelo menos 1940, especialmente em 1940 quando a França se rendeu. No entanto, quando a guerra ainda não havia terminado (como os alemães esperavam que terminaria) com o ocidente (eles já estavam fazendo preparativos para atacar a União Soviética), considerações mais sérias de aniquilar os judeus emergiram. A primeira indicação que temos destas considerações é um encontro que Hitler teve com um grupo de membros do partido no início de fevereiro de 1941. Ele ainda não tinha completamente formulado a decisão, mas estava em processo de fazê-lo.
LOGOS: Houve uma conferência revisionista no Irã alguns meses atrás. Qual a preocupação que devem ter os estudiosos e o público em geral sobre a capacidade deste tipo de revisionismo de gerar anti-semitismo?
Normalmente não me envolvo em debates com revisionistas do Holocausto. E continuei não fazendo isto em Berlim, mas a essência da minha fala era que, sim, houve um Holocausto, o que é, por sinal, mais fácil de dizer que de demonstrar. Demonstrei isto e houve um bom público naquela conferência. Ainda assim, os jornais alemães não deram publicidade à contra-conferência em Berlim porque eles não podiam resistir a publicar as caras dos rabinos que tinham ido ao Irã.
Não se pode nem mesmo falar de restrições contra judeus no mundo islâmico porque judeus deixaram o mundo islâmico. Eles não estão mais lá exceto em Marrocos e talvez algumas dezenas de milhares aqui e ali, mas isto é o remanescente de duzentos mil que ainda estavam lá quando o estado de Israel foi criado. Então o anti-semitismo do passado pertence ao passado, e particularmente a palavra “anti-semitismo”. Havia um partido anti-semita na Alemanha e havia um partido anti-semita na Áustria. O lider do regime húngaro, Almirante Horthy, quando alguns caras de extrema-direita estavam tentando se apossar de negócios judaicos, acabou com a festa (os calou). Ele disse, mais ou menos com estas palavras, “vocês não vão tomar estas empresas/companhias/negócios porque os judeus ao menos sabem como dirigí-los e vocês, vocês quem são? E não me respondam porque eu já era anti-semita antes de vocês terem nascido”.
Adolf Hitler mesmo, e ninguém lê de fato o 'Mein Kampf', afirma que seu pai não seria um anti-semita porque isto o degradaria socialmente. A irmã de Nietzsche casou com um líder anti-semita e Nietzsche se referia ao cunhado, em todas as cartas para sua irmã, como “o seu marido anti-semita”. Agora, você pode ver que o anti-semitismo era de alguma forma relacionado a uma característica de atraso. Pertencia ao século 19 com todos os seus “ismos”, com o imperialismo, o colonialismo, com o racismo. Parece bizarro que eu diga que os Nazistas não se chamavam de anti-semitas. Você não consegue nem encontrar a palavra.
RH: Sim, havia uma sensação de que Nazismo era algo novo. O anti-semita tinha parado num certo ponto; o anti-semita podia falar em eliminar judeus, mas não sabia como fazê-lo. O anti-semita não tinha o poder, o anti-semita era um propagandista. Os Nazistas eram sérios sobre o assunto e isto era uma proposição muito diferente. Quando vocês virem a atual legislação na Alemanha, Áustria e em outros lugares que declara que é um crime negar que houve um holocausto, é porque estes governos têm que se distanciar do Nazismo. Hoje em dia obviamente Nazismo e anti-semitismo confluíram em um tipo comum de ideologia, mas é um fenômeno diferente. Havia um jornal extremamente anti-semita na Alemanha, Der Stürmer, que era publicado por Julius Streicher. Não lembro se foi Höss, o comandante de Auschwitz, ou outra pessoa, a quem perguntaram se lia o Der Stürmer. Ele respondeu basicamente o seguinte, “Olha, eu sou um tenente-coronel das SS, nem morto me pegariam lendo Der Stürmer”. Era como ler o mais baixo dos mais baixos tablóides de fofocas dos EUA. Havia uma questão de status, de posição social.
LOGOS: O que você acha do uso retórico e simbólico da palavra “Holocausto”?
RH: Eu resisti ao uso da palavra “Holocausto”, primeiro por causa das suas implicações religiosas. No fim, é como tudo que se torna de uso comum; não dá para escapar. Mas “Holocausto” se torna problemático de várias formas, e uma delas é a que é menos discutida, porque é politicamente incorreto dizer isto, é que tudo se torna um Holocausto. Vou dar um exemplo: eu estava andando em Berlim um dia e vi uma placa “Holocausto” e vi alguns manifestantes nas ruas com cartazes que diziam “Holocausto, Holocausto, Holocausto”. Eu não conseguia entender sobre o que era a manifestação até que eu vi uma gaiola/jaula e entendi que estavam falando de crueldade contra animais. A palavra “genocídio” é também usada em muitas situações, e é claro que a Convenção de Genocídio tem uma definição que vai muito além do que eles chamam de “Holocausto”. Então se você sequestra crianças para forçá-los a fazer algo isto é genocídio, se você usar ópio, isto é genocídio, etc. Porque é uma convenção internacional, os gregos incluíram algo, os chineses incluíram outra coisa, e por aí vai.Holocausto é uma palavra que é frequentemente utilizada erroneamente porque significa, especialmente quando em letra maiúscula, a catástrofe judaica e quando você a usa em todo o tipo de contexto ela perde sua eficácia. Agora há livros sendo escritos dizendo que os armênios não foram realmente sujeitos a um genocídio ou que os ciganos não foram realmente sujeitos ao genocídio – ainda que na minha opinião ambos foram – mas acaba nestas disputas e é uma situação inevitável. Assim que a Comissão Presidencial sobre o Holocausto foi criada –e foi este mesmo presidente Carter que hoje está sendo chamado de anti-semita quem criou a comissão – todos apareceram: os armênios, claro, compareceram, os poloneses apareceram, os ucranianos apareceram, os tchecos apareceram. Há todos estes problemas de definição e disputas que emergem quando se usa palavras como “Holocausto” ou “genocídio”.
LOGOS:Além da forma como estas palavras são empregadas simbólica e retoricamente, qual a relação que você vê entre o Holocausto e outros genocídios históricos e contemporâneos? Como podemos usar as lições [do Holocausto] para confrontar o tipo de violência e perseguição de grupos que ocorre hoje, considerando-os ou não genocídios sociologicamente?
RH: Eu não sabia o que fazer com o Camboja ou outros eventos como aquele, mas Ruanda me convenceu. Por isto que na terceira edição do meu livro eu incluí Ruanda. O que eu escrevi lá é a resposta à sua questão . Em Buchenwald e possivelmente em outros campos quando a guerra terminou, os prisioneiros colocaram grandes sinais que diziam “nunca mais”. Eu acho que foram os comunistas que organizaram aquilo, mas não tenho certeza. Os sinais diziam “nunca mais” em várias línguas porque era uma Babel de línguas naqueles campos. Milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças mortos apenas porque eram classificados como judeus. Agora, aquilo não deveria acontecer de novo e isto era responsabilidade do mundo. O resultado foi, de fato, a Convenção de Genocídio. A palavra genocídio foi criada por Raphael Lemkin, um advogado judeu da Polônia cuja prévia especialidade era terrorismo. Quando o Holocausto acontecia, ele publicou um livro em 1944, 'O comando do Eixo na Europa ocupada'. Neste livro ele inventou a palavra genocídio porque ele dizia que a lei devia ter este conceito como um crime. É claro que os EUA não queriam assinar a Convenção de Genocídio porque o Departamento de Estado e outros políticos tinham suas dúvidas. A dúvida maior era que se tivéssemos uma Convenção de Genocídio, então os negros neste país poderiam questionar legalmente as leis de segregação. A Convenção de Genocídio é um tratado, e se é um tratado sob o Artigo 6 da Constituição nós não podemos assinar esta convenção porque seria superior às nossas sagradas leis estaduais que discriminavam contra negros. Este era o argumento deles. No final este argumento desabou.
Você tem que tomar decisões. Quando você está sentado no Departamento de Defesa ou no Departamento de Estado na Casa Branca você nunca pode predizer exatamente quais as configurações que algum evento vai mostrar. Você tem que pensar todas as possibilidades e esta gente não tem tempo nenhum para pensar. Eles tem que fazer todas as considerações antes de assumir os cargos. Este é um problema crucial. Mesmo assim, esta é a primeira vez na história que a assumimos um tipo de responsabilidade global. Eu não estou dizendo que estamos sozinhos, temos parceiros fazendo isto e a noção de responsabilidade global é realmente muito nova, é de depois da Segunda Guerra Mundial.
LOGOS: O que você acha dos atuais debates sobre como interpretar o Holocausto e seu legado, pelo trabalho de pessoas como Norman Finkelstein ou Daniel Goldhagen?
RH: Bom, Finkelstein hoje é difamado por toda a parte. Há obviamente lobbies que tentam removê-lo de sua posição. Finkelstein é um cientista político. Acredito que tenha um doutorado por Princeton e, o que quer que se pense de Princeton, é um treinamento bem rigoroso para ser um cientista político profissional. Ele escreveu para mim algumas vezes. Ele foi o primeiro a enfrentar Goldhagen seriamente. Ele atacou Goldhagen em um longuíssimo ensaio que eu nunca teria escrito porque eu nunca teria tido a paciência. Goldhagen é parte de um grupo acadêmico que é um desastre no meu tipo de pesquisa…
LOGOS: Por que isto?
RH: Porque [Goldhagen] estava completamente errado sobre tudo. Completamente errado. Excepcionalmente errado. Em outras palavras, toda esta fúria do seu anti-semitismo que era, na raiz, anti-semitismo especialmente aniquilador, era totalmente absurdo. Ele fala sobre anti-semitismo entre os alemães, estonianos, ucranianos, letões, e lituanos, mas de onde este anti-semitismo aniquilador único veio? É simplesmente absurdo, totalmente absurdo. Quer dizer, completamente fora de parâmetros, vocês sabe, e factualmente sem qualquer base. Finkelstein leveu isto a sério. Eu levei um pouco menos a sério, mas só vim a atacar este Goldhagen bem mais tarde.
Agora, Finkelstein tem um segundo ponto, que, na minha opinião, estava cem por cento correto, e este é que a resposta ao caso dos bancos suíços e a indústria alemã, que tinha coincidido durante a guerra, foi coercitivo não só quanto aos judeus que se mobilizaram, mas também quanto a todas comissões de seguro, ao Senado, a Câmara, e aos comitês críticos. O único que eles não conseguiram dominar foram os tribunais, que ainda tem alguma independência. Então eles perderam nos tribunais, mas ameaçaram pessoas como Alan Hevesi em Nova York. Eles podiam fazer ameaças porque os bancos suícos queriam se expandir ali. Para Finkelstein, isto era pura extorção e não tenho certeza de quem concorda com ele exceto por eu mesmo e eu disse isto abertamente. De fato, disse isto para a imprensa em talvez sete países.
A imprensa não esperava esta minha resposta. O Congresso Judaico Mundial era liderado por um homem que parecia ser, concluindo isso em cima de suas próprias declarações autobiográficas, totalmente, nem mesmo mediano, mas infantil mesmo. O que este magnata, que assumiu o Congresso Judaico Mundial, estava dizendo era completamente absurdo. Os advogados das causas, mais o Congresso Judaico Mundial, deram uma mostra inacreditável de um comportamento totalmente inapropriado.
Agora quando ele [Finkelstein] fala sobre os árabes, alguns judeus sentem que ele é também anti-sionista, que ele é anti-Israel; que ele parece sempre enfatizar o sofrimento dos árabes. Eu não o apoio nesta área em particular porque eu tenho minha própria visão a respeito, mas também não dá para dizer que ele esteja completamente errado. Você gostaria de ser um cidadão árabe em Israel? Pense nas portas que estão fechadas [para estes]. Você pode até comer melhor e ter uma renda melhor do que se você morasse numa favela do Cairo. A grande ironia é que as condições econômicas dos árabes-israelenses são consideravelmente melhores que o proletariado de alguns países árabes, mas uma pessoa precisa de algo mais. Uma pessoa precisa de um sentimento de dignidade. Pense nas barreiras de checagem de segurança. É uma vida sobre a qual certamente alguma coisa tem que ser feita de um jeito ou de outro. Esta batalha em particular não pode durar para sempre. Não dá. Os israelenses vão cansar disto. Os israelenses vão simplesmente cansar de desconfiar das pessoas. Não é possível continuar deste jeito para sempre. Finkelstein está essencialmente na posição correta sobre estas coisas porque ele é extremamente perspicaz. Na maioria das vezes, especialmente nestes outros casos como Goldhagen e os bancos suícos, ele está certo.
LOGOS: Uma última questão, na medida que avançamos no século XXI que direção devem tomar os estudos do Holocausto?
RH: Bom, se você tivesse feito esta pergunta no início, isto já tomaria pelo menos meia hora. Corretamente, a pesquisa hoje está orientada no sentido de descobrir detalhes e principalmente o que aconteceu em nível local. Esta pesquisa já começou. Não está muito desenvolvida neste país (EUA), mas tem havido muitos avanços na Europa. Os principais pesquisadores do Holocausto hoje são alemães e austríacos. Há também alguns franceses e italianos. Não há muitos pesquisadores do Holocausto de renome neste país.
A segunda coisa que deveríamos e precisamos verificar são aqueles aspectos do que aconteceu que ainda são tabu. O que é tabu é a vida de uma comunidade judia terminal em algum gueto e a noção que algumas pessoas morriam primeiro, então outras pessoas morriam depois, e ainda outras morriam por último, e então, melhor ainda, algumas sobreviviam. O que explica estes desenvolvimentos bastante perceptíveis? Exemplo: os primeiros a morrer eram os mais probres entre os pobres. Nós temos que enfrentar este fato. Nós temos que entender que não se pode no mundo acadêmico simplesmente chamar a todos os judeus que morreram – como eu ouvi um Rabino dizendo uma vez, Kedoshim, que significa povo santo. Esta não é a minha linguagem. Nós não podemos fazer isto. Nos temos que vê-lo como eles eram e nós não temos feitos isto. Nós temos tido um roteiro estabelecido. Este é um aspecto em que eu discordo de Elie Wiesel não obstante conhecê-lo há muito tempo. Ele diz “ouçam os sobreviventes e ouçam mesmo seus filhos”. Eu digo, sim, temos que ouvir os sobreviventes. Temos escutado os sobreviventes já por bastante tempo, mas não é suficiente. Eles não vão nos dizer o que aconteceu às pessoas que não sobreviveram. Você não é uma amostragem aleatória. Isto requer muita pesquisa assídua em muitos registros que foram soterrados e que nunca foram examinados.
A terceira coisa que precisa ser feita é isto: temos que identificar mais claramente quem eram os vizinhos dos judeus. Que tipo de impacto sofreram, se sofreram? Como suas reações eram motivadas, seja para colaborar com o algoz ou para ajudar a vítima ou, na maioria dos casos, para permanecer neutro. Neutralidade não significa ignorar algo. Significa uma decisão de não fazer nada. Nós temos que examinar isto também. Então nós temos que examinar o Holocausto de todas as maneiras, e isto no fim implica fazer muita pesquisa local porque é no nível local que estão os documentos que nos dizem alguma coisa. Por exemplo, se eu leio nos registros locais que os bielorussos não estão entregando trigo o suficiente para os alemães porque eles roubam isto secretamente para fazer vodka e em enormes quantidades durante a ocupação alemã, você precisa começar a se perguntar qual o percentual daquela população que estava bêbada o tempo inteiro? Agora estas são questões muito, muito importantes e esta é a direção em que a pesquisa precisa avançar. E não é para diletantes, não é para pessoas sem treinamento, não é para filósofos, é para pessoas que sabem línguas, que sabem história, que sabem ciência política, que sabem economia, etc. Basicamente eles têm que ser bem preparados. O Holocausto hoje não é, como pode ter sido no início, um tema para leigos.
Link original da entrevista: https://logosjournal.com/issue_6.1-2/hilberg.htm
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 18
18. Quantos judeus emigraram ANTES da guerra, estando assim fora do alcance dos alemães?
O IHR diz:
Cerca de 1 milhão (sem incluir os que foram para a URSS).
Nizkor responde:
Sim, mas existiam mais de seis milhões ao alcance dos alemães. Existiam cerca de 11 milhões de judeus na Europra em 1937, segundo as próprias estimativas dos nazistas, conforme Protocolo de Wannsee.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 17
17. Quantos judeus fugiram para o interior da União Soviética?
El IHR dice:
Cerca de 2 milhões. E estavam fora do alcance dos alemães.
Nizkor responde:
O que importa é quantos eram. Ver pergunta 18.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 16
16. Se os judeus da Europa não foram exterminados pelos nazistas, o que lhes ocorreu?
O IHR diz:
Depois da guerra os judeus da Europa continuaram ali, excetuando uns 300.000 que foram mortos por causas distintas durante a guerra, e os que emigraram para Israel, Estados Unidos, Argentina, Canadá...
A maioria dos judeus que saíram da Europa saíram depois da guerra, e não durante esta. Uma contagem foi feita.
Nizkor responde:
Isto é ridículo.
Implicaria que uns cinco milhões de judeus que faltam, emigraram a estes países depois da Segunda Guerra Mundial.
Isto não se apoia na realidade nem por aproximação.
A maioria dos judeus que foram para estes países foram ANTES da guerra.
Na Palestina, por exemplo, havia 370.000 judeus em 1936, e 590.000 em 1947.
Na América, havia uns 5,54 milhões em 1939, e uns 6 milhões hoje.
Faltam uns seis milhões de judeus europeus, e não foi feita nenhuma recontagem - exceto nos campos alemães.
Curiosamente, o famoso "revisionista" David Irving tem admitido algo surpreendente, recentemente em uma entrevista na rádio. Totalmente por surpresa, afirmou que agora crê que pelo menos quatro milhões de judeus morreram nos campos de concentração durante a guerra.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 15
15. Quantos judeus existiam antes da guerra em áreas que passaram a ficar sob controle alemão?
O IHR diz (edição original):
Menos de quatro milhões.
Na edição revisada:
Menos de seis milhões.
Nizkor responde:
Não responderam na pergunta 1 que não havia "estatísticas demográficas credíveis"?
Cerca de três milhões na Polônia, um milhão na Hungria, mais de um milhão na parte da Rússia ocupada pelos nazistas, e muitos, muitos mais por toda Europa. De acordo com os próprios números dos nazistas estabelecidos no Protocolo de Wannsee, havia cerca de onze milhões de judeus na Europa ocupada de 1942.
Ver a resposta à pergunta 1.
Observa-se também que se os verdadeiros historiadores tivessem que trocar uma estimativa do Holocausto de seis milhões para quatro milhões ou vice-versa, os "revisionistas" iriam citar como prova de que os historiadores estão mudando suas conclusões e não têm números reais para respaldar o que dizem.
Mas quando os “revisionistas” trocam seus próprios números em dois milhões, parece não armam muito escândalo.