sexta-feira, 24 de abril de 2009

Liberdade de expressão e debate aberto, à moda "revisionista"

No seu blog "Revisionismo em Linha", um (auto)proclamado defensor "revisionista" da liberdade de expressão, que escreve sob o pseudónimo de "Johnny Drake", escreveu um comentário relacionado com uma informação que consta dum artigo publicado no jornal polaco Gazeta Wyborcza [tradução para português] e é discutida, entre outras informações contidas nesse artigo, no meu artigo Febre do Ouro em Treblinka deste blog.

Seguiu-se uma troca de mensagens entre mim e o "Johnny" sob o comentário dele, que passo a transcrever com base nas notificações de cada mensagem que recebi no meu endereço de e-mail. Para melhor compreensão por parte dos leitores, destaco em itálicos os comentários do "Johnny", enquanto os meus são reproduzidos em letra normal.

1. Minha mensagem enviada em Tuesday, April 21, 2009 3:45:33 PM


«Retirei esta passagem daqui para mostrar o excelente trabalho de 'manipulação' (leia-se 'imposição por qualquer forma e método da versão intocável do Shoa - ou Shoah') que certas pessoas fazem para que se viva numa autêntica ditadura de pensamento único.»

Vamos ver quem é que está impondo o que quando eu postar esta resposta. Se ela desaparecer (caso em que será postada no blog “Holocausto”), resultará óbvio quem é que pretende impor uma “ditadura de pensamento único”.

«“A informação de que o campo de trabalho Treblinka I foi inspeccionado pela Cruz Vermelha também parece ser de duvidosa exactidão, ao menos à primeira vista.”

Seria então mais simples tentar verificar nos registos na CV se existe ou não essa inspecção. Ou nos registos do próprio campo. E colocar aqui esses dados.»


Se tiver acesso aos respectivos registos da CV ou aos dados do campo de trabalho, agradeço que me facilite essa informação. Eu cá não tenho acesso.

«Não isso não nos é explicado no post.»

Por que carga de água é que haveria de ser “explicado”?

«Aliás, para quem procura sempre fontes para as afirmações revisionistas, é estranho que quando se trata de afirmações “exterminacionistas” essas fontes já não sejam necessárias.»

A fonte, para já, é um artigo escrito por dois jornalistas polacos que, segundo se pode presumir, fizeram alguma pesquisa sobre o assunto. Não me sendo possível verificar as fontes que esta fonte usou, limito-me a analisar a credibilidade da informação fornecida pelos autores desse artigo. Algum problema com isso?

«“Isto porque, não obstante a camuflagem do campo da morte de Treblinka II atrás de uma vedação de arame entretecida com ramos (e também árvores, segundo o artigo de Gazeta Wyborcza), como poderiam delegados da Cruz Vermelha, ao inspeccionar um campo de trabalho que se situava a apenas dois quilómetros a sul do campo de extermínio de Treblinka II, ter deixado de notar o fedor dos cadáveres (que, segundo salienta o Prof. Browning no seu relatório de especialista entregue no litígio Irving-Lipstadt, conduziu a uma queixa documentada por parte do comandante local da Wehrmacht de uma povoação (Ostrow) a 20 quilómetros de distância de Treblinka), se Treblinka I foi inspeccionado no verão ou Outono de 1942, no auge das operações de matança em Treblinka II?”

Vamos por partes. Primeiro duvida-se da estada da CV no campo. Segundo, essa dúvida é baseada no facto de que os seus representantes TINHAM OBRIGATORIAMENTE QUE SENTIR O MAU CHEIRO porque existem um relatório que comprova o mesmo. Mas o mau cheiro viria mesmo dos cadáveres mal enterrados? Foi confirmado isso?»


Com certeza. Existem vários depoimentos de testemunhas, incluindo antigos membros das SS, que falam do insuportável fedor de cadáveres, que se sentia a milhas do campo dependendo do vento. Existe igualmente um documento que relata a reclamação do comandante local da Wehrmacht em Ostrow, a 20 quilómetros de Treblinka, sobre o facto de os judeus em Treblinka não estarem suficientemente sepultados e um cheiro insuportável de cadáveres pairar sobre a região por esse motivo.

«E mesmo que o mau cheiro viesse dos cadáveres, é isso que prova que existia um plano de matança programada de Judeus, inclusivamente com câmaras de gás?»

Câmaras de gás o cheiro não prova, com certeza. Para isso existe outra evidência, nomeadamente os depoimentos de muitas testemunhas incluindo antigos membros da equipa SS do campo. Ora, um cheiro a cadáveres que é tido como insuportável a quilómetros de distância significa um grande número de cadáveres em decomposição, tantos que não é possível enterra-los devidamente para não incomodar o meio ambiente. Como é que isso liga com a noção “revisionista” de que Treblinka II era um mero campo de passagem para judeus que eram deportados aos territórios ocupados da União Soviética? Explique lá, se faz favor. Com a evidência de que Treblinka II era um campo de extermínio, a presença de montes de cadáveres mal sepultados no campo encaixa perfeitamente.

«Portanto, a conclusão é simples: o facto dos representantes da CV não terem sentido esse cheiro tem menos valor que um relatório com queixas de mau cheiro.»

Não existe nenhum conflito entre queixas de mau cheiro e um presumível relatório da CV que não mencione esse cheiro, a não ser que os representantes da CV estivessem em Treblinka I enquanto decorria o extermínio em Treblinka II. O artigo do jornal polaco é omisso quanto à data da visita da CV, e uma vez que Treblinka I já existia antes de Treblinka II entrar em funcionamento e continuou a existir depois de Treblinka II ter sido desmantelado, é bem possível que a visita da CV tenha ocorrido quando ainda não existia Treblinka II ou depois de Treblinka II ter deixado de existir. É tão simples quanto isso.

«E se não havia mesmo cheiro nenhum? Isso também não iria provar que não havia mortes nesse campo, naturalmente.»

Ou então que o vento soprava noutra direcção. Se tiver a data da visita da CV a Treblinka I, e se essa data se situar entre 22 de Julho de 1942 e meados de Novembro de 1943 (isto é, o tempo entre a entrada em funcionamento e o fim do desmantelamento do campo de extermínio Treblinka II), poderemos discutir estas hipóteses.

«Mas é de uma total leviandade tirar conclusões como as vossas.»

De quais conclusões exactamente está falando, e o que é que supostamente as torna “levianas”?

«Se a Polícia é chamada por causa de um suposto incidente, relatado numa queixa, e depois quando chega ao local não encontra nada de incriminatório, o que conta é a queixa?»

Não vejo qualquer relação entre a observação supra e o assunto em discussão, a não ser que a CV tenha sido chamada a investigar porque o comandante local da Wehrmacht em Ostrow se queixou do cheiro insuportável de cadáveres de judeus mal enterrados em Treblinka. Se é essa a sua suposição, em que se baseia? Não existe a mais mínima indicação de que a visita da CV ao campo de trabalho Treblinka I tenha tido qualquer coisa a ver com a queixa do comandante local da Wehrmacht em Ostrow (apresentada junto das autoridades militares e registada no diário de guerra do comandante militar do Governo-Geral alemão na Polónia) sobre o fedor dos cadáveres judeus mal sepultados no que obviamente era o campo de extermínio Treblinka II.

«“E como poderia uma delegação da Cruz Vermelha que visitasse Treblinka I na primavera ou no verão de 1943, quando a incineração dos cadáveres em Treblinka II estava decorrendo em pleno, ter deixado de notar o fumo que subia daquele campo e o cheiro a carne queimada?”

Mais uma vez a mesma estratégia: ELES TINHAM QUE TER VISTO! ELES TINHAM QUE TER SENTIDO O CHEIRO! E se não viram nem cheiraram uma coisa que tinha que existir… é porque, afinal, nunca lá estiveram…
Não são precisos relatórios, testes forenses, nada! Aquilo estava a acontecer e pronto! Quem nega é nazi e tem que ser punido só por duvidar!...»


Parece-me que você não leu com muita atenção o meu artigo e não compreendeu o meu argumento. O argumento é que uma delegação da CV que visitasse o campo de trabalho Treblinka I enquanto o campo de extermínio Treblinka II estava em operação a poucos quilómetros do mesmo, não poderia ter deixado de notar a existência do campo de extermínio devido ao cheiro dos cadáveres em decomposição ou da queima de cadáveres. Portanto, existem duas hipóteses realistas relativamente à informação no jornal polaco de que a CV visitou Treblinka I:

a) A informação é incorrecta (segundo tenho ouvido, acontece muitas vezes um jornal publicar informação incorrecta);

b) A informação é correcta e a visita da CV teve lugar antes de fins de Julho de 1942 ou depois de meados de Novembro de 1943, ou seja, numa altura em que havia Treblinka I mas não Treblinka II.

Depois existe ainda a hipótese de que Treblinka II não cheirava assim tão mal porque não havia tantos cadáveres aí. Mas essa hipótese não é realista, uma vez que contradiz toda a evidência testemunhal, documental e física que se conhece sobre Treblinka II, a qual aponta claramente para se ter tratado de um campo de extermínio. Não sei como é que é no mundo “revisionista”, mas no mundo real apenas se consideram as hipóteses que não contradizem a evidência.

«“Por outro lado, o campo de trabalho de Treblinka I foi estabelecido em fins de 1941, enquanto Treblinka II apenas começou a operar em fins de Julho de 1942, e Treblinka I continuou operacional até Julho de 1944, cerca de sete meses depois de ter sido concluído o desmantelamento de Treblinka II. Isto significa que delegações da Cruz Vermelha que visitassem Treblinka I antes do fim de Julho de 1942 ou depois do fim de Novembro de 1943 não poderiam ter notado sinais de um campo de extermínio que ainda não existia ou tinha deixado de existir na altura da sua inspecção.”

Depois já dizem que se calhar tiveram lá... Desconcerto total! Viram ou cheiraram foi mal...»


Não, o argumento é que quando estiveram lá ainda não havia ou já não havia nada para cheirar.

«E depois aquela infeliz coincidência: logo na altura que a CV visitou Treblinka I ainda não existia o extermínio ou tinha mesmo acabado de acontecer…»

Não se trata exactamente de uma coincidência, ou então não de uma coincidência improvável, se considerarmos que durante os primeiros sete meses depois da criação do campo de trabalho Treblinka I o campo de extermínio Treblinka II ainda não estava operacional, e que o campo de trabalho Treblinka I continuou a existir durante oito meses depois de concluído o desmantelamento de Treblinka II. Temos, portanto, um período de quinze meses durante os quais a CV pode ter visitado Treblinka I sem notar nada de Treblinka II, uma vez que o último ainda não existia ou já tinha deixado de existir. Considerando que a Cruz Vermelha apenas começou a inspeccionar campos de concentração e de trabalho nazis mais perto do fim da guerra, o mais provável é que a sua visita ao campo de Treblinka I se tenha dado algures em 1944 antes da libertação em Julho desse ano, i.e. depois de Treblinka II ter sido desmantelado.

«Mas alguém pode acreditar neste circo???»

Tem algum argumento, ou espera que os seus leitores se contentem com a sua oca e insignificante invocação de incredulidade?

«Não estão em causa deportações, privações de direitos, maus tratos, etc. Isso e coisas piores poderão ter acontecido e são, naturalmente, censuráveis. Mas o resto não passa de propaganda de guerra pura e simples!»

Tomo nota dos seus artigos de fé, e é claro que você é livre de acreditar naquilo que o faz feliz. Mas não espere convencer ninguém fora do seu círculo de crentes se não tiver melhores argumentos – e sobretudo evidência que os suporte.

Boa tarde.


2. Mensagem do "Johnny" enviada em Wednesday, April 22, 2009 8:20:13 PM


«Retirei esta passagem daqui para mostrar o excelente trabalho de 'manipulação' (leia-se 'imposição por qualquer forma e método da versão intocável do Shoa - ou Shoah') que certas pessoas fazem para que se viva numa autêntica ditadura de pensamento único.»

Vamos ver quem é que está impondo o que quando eu postar esta resposta. Se ela desaparecer (caso em que será postada no blog “Holocausto”), resultará óbvio quem é que pretende impor uma “ditadura de pensamento único”.

Há uns dias censuraram um comentário meu com relatos de testemunhos de atrocidades dos “Aliados” no vosso blogue. Estava enquadrado no ‘post’ e não continha qualquer conteúdo ofensivo. O mesmo não se pode dizer dos comentários do seu colega Gott que já percebeu que não pode ser essa a estratégia…

«“A informação de que o campo de trabalho Treblinka I foi inspeccionado pela Cruz Vermelha também parece ser de duvidosa exactidão, ao menos à primeira vista.”

Seria então mais simples tentar verificar nos registos na CV se existe ou não essa inspecção. Ou nos registos do próprio campo. E colocar aqui esses dados.»

Se tiver acesso aos respectivos registos da CV ou aos dados do campo de trabalho, agradeço que me facilite essa informação. Eu cá não tenho acesso.

Então o comentário/post parte logo de um dado incorrecto, sem registos que confirmem a inspecção. Se não têm acesso, escrevam (leia-se ‘inventem’) sobre outra coisa.

«Não isso não nos é explicado no post.»

Por que carga de água é que haveria de ser “explicado”?

PORQUE SÃO VOCÊS QUE SE APELIDAM A VOCÊS PRÓPRIOS E DONOS DA RAZÃO, POSSUIDORES DE TODAS AS FONTES, TESTEMUNHOS E HISTORIADORES E PESQUISADORES SÉRIOS! PORQUE O SEU COLEGA GOTT SEMPRE QUE NÃO TEM RESPOSTA PAR5A AS MINHAS QUESTÕES ANDA AOS PULINHOS A PEDIR “FONTES! FONTES! FONTES! MAS NÃO RESPONDE! Afinal, nem conseguem saber, neste caso, se a CV fez ou não a inspecção e, se a fez, quando é que ela foi feita.

«Aliás, para quem procura sempre fontes para as afirmações revisionistas, é estranho que quando se trata de afirmações “exterminacionistas” essas fontes já não sejam necessárias.»

“A fonte, para já, é um artigo escrito por dois jornalistas polacos que, segundo se pode presumir, fizeram alguma pesquisa sobre o assunto.(…)”

Fizeram? Como é que você sabe isso? Por “presunção”? Não me faça rir. Vocês que ridicularizam todas as habilitações literárias de qualquer revisionista, querem dar credibilidade… à “presunção”???

“(…) Não me sendo possível verificar as fontes que esta fonte usou, limito-me a analisar a credibilidade da informação fornecida pelos autores desse artigo. Algum problema com isso?”

Lindo! Essa é a vossa estratégia… apenas para vocês próprios! Fale com o Gott e pergunte-lhe o que ele tem escrito sobre os artigos revisionistas que eu coloco no “meu” blogue… Se há algum problema? Bem, se eu fizer o copy/paste dos comentários do Gott, vai da “teoria da conspiração” ao “anti-semitismo”. No seu caso, da teoria “exterminacionista” ao “Sionismo”, provavelmente.

«“Isto porque, não obstante a camuflagem do campo da morte de Treblinka II atrás de uma vedação de arame entretecida com ramos (e também árvores, segundo o artigo de Gazeta Wyborcza), como poderiam delegados da Cruz Vermelha, ao inspeccionar um campo de trabalho que se situava a apenas dois quilómetros a sul do campo de extermínio de Treblinka II, ter deixado de notar o fedor dos cadáveres (que, segundo salienta o Prof. Browning no seu relatório de especialista entregue no litígio Irving-Lipstadt, conduziu a uma queixa documentada por parte do comandante local da Wehrmacht de uma povoação (Ostrow) a 20 quilómetros de distância de Treblinka), se Treblinka I foi inspeccionado no verão ou Outono de 1942, no auge das operações de matança em Treblinka II?”

Vamos por partes. Primeiro duvida-se da estada da CV no campo. Segundo, essa dúvida é baseada no facto de que os seus representantes TINHAM OBRIGATORIAMENTE QUE SENTIR O MAU CHEIRO porque existem um relatório que comprova o mesmo. Mas o mau cheiro viria mesmo dos cadáveres mal enterrados? Foi confirmado isso?»

“Com certeza. Existem vários depoimentos de testemunhas, incluindo antigos membros das SS, que falam do insuportável fedor de cadáveres, que se sentia a milhas do campo dependendo do vento.”

Há sempre depoimentos e testemunhos para tudo. Por vezes, aos milhares. Mas eu nunca os vejo. Ou então aparece um ou dois que são sempre “o exemplo dos outros mil” que curiosamente, nunca aparecem. Mas, repito: onde estão os dados que nos permitam dizer, pelo cheiro, o número de mortos, a forma como ocorreram as mortes, enfim, esse “genocídio”?

“Existe igualmente um documento que relata a reclamação do comandante local da Wehrmacht em Ostrow, a 20 quilómetros de Treblinka, sobre o facto de os judeus em Treblinka não estarem suficientemente sepultados e um cheiro insuportável de cadáveres pairar sobre a região por esse motivo.”

O relatório existe… e a resposta? E a comprovação de que o cheiro era de lá? E que se comprovava o que ele suspeitava?


«E mesmo que o mau cheiro viesse dos cadáveres, é isso que prova que existia um plano de matança programada de Judeus, inclusivamente com câmaras de gás?»

“Câmaras de gás o cheiro não prova, com certeza. Para isso existe outra evidência, nomeadamente os depoimentos de muitas testemunhas incluindo antigos membros da equipa SS do campo.”

Primeiro, gostava de ler esses depoimentos e como foram recolhidos. Segundo, corpos mal enterrados não comprovam o suposto genocídio. Se estão mal enterrados, não foram cremados, portanto poderiam ter-se feito exumações/autópsias para saber a verdadeira causa da morte. Isso foi feito?

“Ora, um cheiro a cadáveres que é tido como insuportável a quilómetros de distância significa um grande número de cadáveres em decomposição, tantos que não é possível enterra-los devidamente para não incomodar o meio ambiente.”

Pode apresentar-me algum estudo que comprove a relação nº de mortos com os quilómetros para se sentir o cheiro insuportável?

“Como é que isso liga com a noção “revisionista” de que Treblinka II era um mero campo de passagem para judeus que eram deportados aos territórios ocupados da União Soviética? Explique lá, se faz favor.”

Tem que existir o cheiro, claro… Sem o cheiro insuportável, não há cadáveres em grande número… Essa é a vossa teoria, a vossa estratégia. Mas depois vem a CV… e, opsss, tudo se complica. E o “explique lá, se faz favor” passa para si…

“Com a evidência de que Treblinka II era um campo de extermínio, a presença de montes de cadáveres mal sepultados no campo encaixa perfeitamente.”

Ora, naturalmente. Mas a História do Homem não funciona por “encaixes” ou “presunções”, como há pouco se viu. Funciona com factos credíveis, livres de serem testados e questionados as vezes que forem necessárias. Infelizmente, o facto histórico denominado “Holocausto” é a excepção para tudo isso.

«Portanto, a conclusão é simples: o facto dos representantes da CV não terem sentido esse cheiro tem menos valor que um relatório com queixas de mau cheiro.»

“Não existe nenhum conflito entre queixas de mau cheiro e um presumível relatório da CV que não mencione esse cheiro (…)”

Existe. Vocês é que pretendem contorná-lo e fazer dele algo que não é importante.

“(…) a não ser que os representantes da CV estivessem em Treblinka I enquanto decorria o extermínio em Treblinka II. O artigo do jornal polaco é omisso quanto à data da visita da CV(…)”

Estranho como uma data que é fundamental para a análise do problema não aparece. Mas que coincidência tão boa o artigo omitir a data para depois encaixar a teoria “exterminacionista”…

“(…) e uma vez que Treblinka I já existia antes de Treblinka II entrar em funcionamento e continuou a existir depois de Treblinka II ter sido desmantelado, é bem possível que a visita da CV tenha ocorrido quando ainda não existia Treblinka II ou depois de Treblinka II ter deixado de existir. É tão simples quanto isso.

É bem possível… É bem possível???!!!! Mas a suposta morte de seres humanos, através de um plano previamente estudado e aprovado compadece-se com análises do “é bem possível”???? Mas então e os milhares de testemunhos e provas documentais? Aonde é que elas ficam? Na gaveta? Depois de tanta prova que só os revisionistas é que não conseguem ver, aparece aqui o senhor a fazer “presunções” e a dizer que “é bem possível”?

«E se não havia mesmo cheiro nenhum? Isso também não iria provar que não havia mortes nesse campo, naturalmente.»

Ou então que o vento soprava noutra direcção. Se tiver a data da visita da CV a Treblinka I, e se essa data se situar entre 22 de Julho de 1942 e meados de Novembro de 1943 (isto é, o tempo entre a entrada em funcionamento e o fim do desmantelamento do campo de extermínio Treblinka II), poderemos discutir estas hipóteses.

Ora bem. Gostei. Agora pareceu-me, por momentos, alguém interessado na verdade histórica. Querer saber as datas. Mas isso é o que você e outros deveriam ter feito antes de escrever este ‘post’ e antes de rotular o campo.

«Mas é de uma total leviandade tirar conclusões como as vossas.»

“De quais conclusões exactamente está falando, e o que é que supostamente as torna “levianas”?”

De que o campo era de extermínio porque o suposto cheiro vinha do número exagerado de mortos. Sem saber se a CV lá foi. E se foi, TINHA que sentir o cheiro, etc.

«Se a Polícia é chamada por causa de um suposto incidente, relatado numa queixa, e depois quando chega ao local não encontra nada de incriminatório, o que conta é a queixa?»

“Não vejo qualquer relação entre a observação supra e o assunto em discussão”

Existe um relatório que pretende mostrar que o cheiro é insuportável e só pode vir de (muitos) cadáveres mal enterrados. A CV vai lá, mas não vê nem cheira nada. O relatório é que conta…

“Não existe a mais mínima indicação de que a visita da CV ao campo de trabalho Treblinka I tenha tido qualquer coisa a ver com a queixa do comandante local da Wehrmacht em Ostrow (apresentada junto das autoridades militares e registada no diário de guerra do comandante militar do Governo-Geral alemão na Polónia) sobre o fedor dos cadáveres judeus mal sepultados no que obviamente era o campo de extermínio Treblinka II.”

Não sabem a data da ida da CV ao campo - até parece que nem é importante - mas sabem dizer rapidamente que não há indicação do porquê da ida da mesma… Eu fico sempre surpreendido com estas “presunções” e “indicações” e com estas certezas absolutas do que eram os campos I e II…


“(…) Portanto, existem duas hipóteses realistas relativamente à informação no jornal polaco de que a CV visitou Treblinka I:

a) A informação é incorrecta (segundo tenho ouvido, acontece muitas vezes um jornal publicar informação incorrecta);(…)”

É pena esta conclusão só aparecer agora…

“(…) b) A informação é correcta e a visita da CV teve lugar antes de fins de Julho de 1942 ou depois de meados de Novembro de 1943, ou seja, numa altura em que havia Treblinka I mas não Treblinka II."

Mas não há dados e a ‘post’ parte de um argumento em que as fontes são poucas e até parece que há mesmo pouco interesse em conhecê-las.

“Depois existe ainda a hipótese de que Treblinka II não cheirava assim tão mal porque não havia tantos cadáveres aí. Mas essa hipótese não é realista, uma vez que contradiz toda a evidência testemunhal, documental e física que se conhece sobre Treblinka II, a qual aponta claramente para se ter tratado de um campo de extermínio.”

Hipótese não realista? Todas são possíveis e debatê-las é o nosso trabalho.
Quanto às “provas evidentes”, ainda estou à espera delas.


“Não sei como é que é no mundo “revisionista”, mas no mundo real apenas se consideram as hipóteses que não contradizem a evidência.”

Não sei como é no mundo “exterminacionista”, mas no mundo da liberdade de expressão e informação não se excluem as hipóteses que alguns grupos de interesse e de pressão consideram sempre, histericamente, serem “anti-semitas” ou “nazis”.

«Mas alguém pode acreditar neste circo???»

“Tem algum argumento, ou espera que os seus leitores se contentem com a sua oca e insignificante invocação de incredulidade?”

Se eu tenho algum argumento? Porquê, você aresentou algum? Veio aqui mostrar “presunções” e “é bem possível”; veio com a mesma conversa de que existem “inúmeros testemunhos”, “provas documentais” mas depois não apresenta nada e nem consegue saber se a CV visitou realmente o campo e, se sim, quando o fez. A minha “oca e insignificante invocação de incredibilidade” levou alguns dias a debater e tem levado os seus amigos de blogue a um nervosismo interessante, tal não é a forma como nunca mais largaram o Revisionismo em Linha. Parece que, até agora, o “insignificante” Português tem chegado para vocês todos.

«Não estão em causa deportações, privações de direitos, maus tratos, etc. Isso e coisas piores poderão ter acontecido e são, naturalmente, censuráveis. Mas o resto não passa de propaganda de guerra pura e simples!»

“Tomo nota dos seus artigos de fé, e é claro que você é livre de acreditar naquilo que o faz feliz. Mas não espere convencer ninguém fora do seu círculo de crentes se não tiver melhores argumentos – e sobretudo evidência que os suporte.”

Mas eu é que não tenho argumentos? Para quem não tem argumentos, você demorou a escrever uma resposta que não trouxe nada de nada! Depois de tudo o que eu escrevi, quem precisa de melhores argumentos (leia-se ‘fontes/datas’) não sou eu.

PS. Eu não escrevo no Revisionismo em Linha para "convencer" quem quer que seja. Apenas me irrita "um única História, uma única visão" e quererem desvalorizar tudo o resto.

Boa tarde.



3. Minha mensagem enviada em Thursday, April 23, 2009 4:44:39 PM



»«Retirei esta passagem daqui para mostrar o excelente trabalho de 'manipulação' (leia-se 'imposição por qualquer forma e método da versão intocável do Shoa - ou Shoah') que certas pessoas fazem para que se viva numa autêntica ditadura de pensamento único.»

Vamos ver quem é que está impondo o que quando eu postar esta resposta. Se ela desaparecer (caso em que será postada no blog “Holocausto”), resultará óbvio quem é que pretende impor uma “ditadura de pensamento único”.

Há uns dias censuraram um comentário meu com relatos de testemunhos de atrocidades dos “Aliados” no vosso blogue. Estava enquadrado no ‘post’ e não continha qualquer conteúdo ofensivo. O mesmo não se pode dizer dos comentários do seu colega Gott que já percebeu que não pode ser essa a estratégia…«


Se eu fizer comentários que não têm nada a ver com o tema do artigo em questão, não tenho razão de queixa se estes são apagados. Caso os seus “testemunhos de atrocidades” tenham estado relacionados com o artigo que comentou, me diga e eu falo com o meu “colega”. Caso contrário, resolva com ele e deixe-se de lamúrias.

»«“A informação de que o campo de trabalho Treblinka I foi inspeccionado pela Cruz Vermelha também parece ser de duvidosa exactidão, ao menos à primeira vista.”

Seria então mais simples tentar verificar nos registos na CV se existe ou não essa inspecção. Ou nos registos do próprio campo. E colocar aqui esses dados.»

Se tiver acesso aos respectivos registos da CV ou aos dados do campo de trabalho, agradeço que me facilite essa informação. Eu cá não tenho acesso.

Então o comentário/post parte logo de um dado incorrecto, sem registos que confirmem a inspecção. Se não têm acesso, escrevam (leia-se ‘inventem’) sobre outra coisa.«


Ena pá, muito preza o meu amigo a liberdade de expressão ... 

Nem todos temos o privilégio de ter acesso às fontes primárias. Se você tiver (coisa que duvido), meus parabéns.

E lá por eu não ter acesso a registos da CV sobre uma visita ao campo de trabalho Treblinka I, não significa que tais registos não existam. Os jornalistas do respeitável jornal polaco Gazeta Wyborcza obviamente tiveram acesso ou a estes registos, ou a fonte historiográfica que refere os mesmos. Raciocine.

É interessante notar, já agora, a forma como você foca um detalhe meramente secundário e perfeitamente prescindível do artigo de Gazeta Wyborcza, mencionado de passagem nesse mesmo artigo. Sobre o tema do artigo (o saque das pertenças das vítimas do campo de extermínio Treblinka II durante a operação e depois do desmantelamento desse campo) parece não ter nada a dizer.

»«Não isso não nos é explicado no post.»

Por que carga de água é que haveria de ser “explicado”?

PORQUE SÃO VOCÊS QUE SE APELIDAM A VOCÊS PRÓPRIOS E DONOS DA RAZÃO, POSSUIDORES DE TODAS AS FONTES, TESTEMUNHOS E HISTORIADORES E PESQUISADORES SÉRIOS! PORQUE O SEU COLEGA GOTT SEMPRE QUE NÃO TEM RESPOSTA PAR5A AS MINHAS QUESTÕES ANDA AOS PULINHOS A PEDIR “FONTES! FONTES! FONTES! MAS NÃO RESPONDE!«


A minha questão era sobre a relevância da explicação solicitada no contexto do tema em discussão, por isso veja se arranja resposta melhor, e menos histérica se possível.

Já agora, pare também com essa do “vocês”. Quando fala com o Leo fala com ele e quando fala comigo fala comigo, tá? Não há cá “vocês”.

»Afinal, nem conseguem saber, neste caso, se a CV fez ou não a inspecção e, se a fez, quando é que ela foi feita.«

Explique lá o “nem”, se faz favor. Além de se tratar de uma informação de importância meramente secundária no contexto do artigo de Gazeta Wyborcza, ninguém tem porque ter acesso a todas as fontes, sobretudo a fontes primárias pouco conhecidas. Portanto, o “nem” não passa de retórica barata.

»«Aliás, para quem procura sempre fontes para as afirmações revisionistas, é estranho que quando se trata de afirmações “exterminacionistas” essas fontes já não sejam necessárias.»

“A fonte, para já, é um artigo escrito por dois jornalistas polacos que, segundo se pode presumir, fizeram alguma pesquisa sobre o assunto.(…)”

Fizeram? Como é que você sabe isso?«


Porque é o que se espera que um jornalista investigador faça.

»Por “presunção”?«


Por presunção lógica e razoável. Alguma coisa contra isso?

»Não me faça rir.«

Tomo nota da retórica, agora venha o argumento.

»Vocês que ridicularizam todas as habilitações literárias de qualquer revisionista, querem dar credibilidade… à “presunção”???«

Em primeiro lugar, pare lá como o “vocês”. Está falando comigo e com mais ninguém, e quanto a mim o problema dos “revisionistas” é a falta não de habilitações literárias, mas sim de objectividade, capacidade de raciocínio lógico e honestidade.

Em segundo lugar, o que é que a questão das habilitações literárias tem a ver com a minha lógica e razoável presunção? Nada em absoluto. Portanto, arranje argumento melhor.

»“(…) Não me sendo possível verificar as fontes que esta fonte usou, limito-me a analisar a credibilidade da informação fornecida pelos autores desse artigo. Algum problema com isso?”

Lindo! Essa é a vossa estratégia… apenas para vocês próprios! Fale com o Gott e pergunte-lhe o que ele tem escrito sobre os artigos revisionistas que eu coloco no “meu” blogue… Se há algum problema? Bem, se eu fizer o copy/paste dos comentários do Gott, vai da “teoria da conspiração” ao “anti-semitismo”. No seu caso, da teoria “exterminacionista” ao “Sionismo”, provavelmente.«


Tomo nota de bastante barafunda retórica com uma carga considerável de histerismo, mas não vejo resposta à minha questão. Portanto, cá vai ela outra vez: o que é que há de objectar á análise da credibilidade de uma informação jornalística cuja veracidade não posso, por falta de menção/citação das fontes utilizadas e de acesso próprio a tais fontes, estabelecer de forma definitiva?

»«“Isto porque, não obstante a camuflagem do campo da morte de Treblinka II atrás de uma vedação de arame entretecida com ramos (e também árvores, segundo o artigo de Gazeta Wyborcza), como poderiam delegados da Cruz Vermelha, ao inspeccionar um campo de trabalho que se situava a apenas dois quilómetros a sul do campo de extermínio de Treblinka II, ter deixado de notar o fedor dos cadáveres (que, segundo salienta o Prof. Browning no seu relatório de especialista entregue no litígio Irving-Lipstadt, conduziu a uma queixa documentada por parte do comandante local da Wehrmacht de uma povoação (Ostrow) a 20 quilómetros de distância de Treblinka), se Treblinka I foi inspeccionado no verão ou Outono de 1942, no auge das operações de matança em Treblinka II?”

Vamos por partes. Primeiro duvida-se da estada da CV no campo. Segundo, essa dúvida é baseada no facto de que os seus representantes TINHAM OBRIGATORIAMENTE QUE SENTIR O MAU CHEIRO porque existem um relatório que comprova o mesmo. Mas o mau cheiro viria mesmo dos cadáveres mal enterrados? Foi confirmado isso?»

“Com certeza. Existem vários depoimentos de testemunhas, incluindo antigos membros das SS, que falam do insuportável fedor de cadáveres, que se sentia a milhas do campo dependendo do vento.”

Há sempre depoimentos e testemunhos para tudo. Por vezes, aos milhares. Mas eu nunca os vejo.«


Problema seu, que poderá resolver lendo outra coisa que não propaganda “revisionista”. Se ler o livro “No Coração das Trevas” de Gitta Sereny, que contém as entrevistas da autora com o antigo comandante do campo de Treblinka, Franz Stangl, encontrará lá a descrição por Stangl do fedor de cadáveres que se sentia e muitos quilómetros do campo. No mesmo livro, encontrará uma citação do diário de um soldado alemão que narra as suas impressões do campo de extermínio de Treblinka (incluindo o cheiro, que fez alguns dos seus camaradas vomitar) quando passou pelo campo num comboio a caminho da Frente Leste. No livro “Shoah” da Claude Lanzmann, encontrará a entrevista deste com Franz Suchomel, outro dos supervisores SS em Treblinka, em que Suchomel fala do mesmo fedor infernal. Existem mais exemplos, mas estes três – completamente independentes entre si – são suficientes para confirmar o fedor de cadáveres em decomposição que emanava do campo de extermínio de Treblinka.

»Ou então aparece um ou dois que são sempre “o exemplo dos outros mil” que curiosamente, nunca aparecem.«

No dia em que eu invocar “outros mil”, podemos falar sobre o assunto. Até então, deixe-se lamúrias.

»Mas, repito: onde estão os dados que nos permitam dizer, pelo cheiro, o número de mortos, a forma como ocorreram as mortes, enfim, esse “genocídio”?«

A forma como ocorreram as mortos não se pode deduzir do cheiro, com é obvio, e ninguém afirmou o contrário. Também é difícil quantificar os mortos com base no cheiro, mas existem parâmetros de comparação. Queixas sobre cheiro de cadáveres que polui o ambiente a grandes distâncias acostumam surgir onde um grande número de cadáveres não é devidamente enterrado. Houve casos assim durante a epidemia de febre aftosa na Grã Bretanha, quando mais de um milhão de cadáveres de gado foram enterrados em alguns poucos sítios. As queixas referiam-se a valas onde estavam enterradas dezenas ou até centenas de milhares de cabeças de gado. Portanto, é lícito deduzir que estamos perante um fenómeno similar, e de magnitude semelhante no que respeita à quantidade de material orgânico em decomposição, quando se fala do fedor de cadáveres que poluía o ambiente a partir do campo de Treblinka.

Ora, porque é que haveria tanta substância cadavérica em decomposição num mero campo de passagem? Com a demais evidência documental e testemunhal que aponta para um campo de extermínio onde centos de milhares de deportados foram mortos, a evidência do cheiro encaixa perfeitamente.

»“Existe igualmente um documento que relata a reclamação do comandante local da Wehrmacht em Ostrow, a 20 quilómetros de Treblinka, sobre o facto de os judeus em Treblinka não estarem suficientemente sepultados e um cheiro insuportável de cadáveres pairar sobre a região por esse motivo.”

O relatório existe… e a resposta?«


A resposta ao relatório? Não se sabe se houve, embora haja indicações de os problemas de natureza ambiental relacionados com a decomposição dos cadáveres foram uma das razões que levaram a que os cadáveres fossem posteriormente cremador em Treblinka e nos outros campos da Aktion Reinhard(t).

»E a comprovação de que o cheiro era de lá?«

Consta do próprio relatório, aplicando apenas um pouco de lógica. Por que é que o comandante local da Wehrmacht em Ostrow haveria de se queixar do fedor de judeus mal enterrados em Treblinka que empestava o ambiente, se não tivesse a certeza absoluta de que o cheiro era de lá? E de que outro sítio, se não o campo de extermínio de Treblinka, poderia esse cheiro ter vindo? A Frente Leste ainda estava muito longe nessa altura, e não há notícia de epidemia de febre aftosa como na Grã Bretanha em 2001. Faça perguntas mais inteligentes.

»E que se comprovava o que ele suspeitava?«

Ele não suspeitava que o cheiro a cadáveres mal enterrados vinha de Treblinka, mas tinha a certeza. Não havia outra fonte possível nas redondezas, nem campos de batalha, nem lixeiras, nem valas cheias de vacas mortas. E ao que parece, o facto de Treblinka estar cheio de judeus mortos era de conhecimento geral na região, tanto que até o comandante local da Wehrmacht em Ostrow estava informado.

»«E mesmo que o mau cheiro viesse dos cadáveres, é isso que prova que existia um plano de matança programada de Judeus, inclusivamente com câmaras de gás?»

“Câmaras de gás o cheiro não prova, com certeza. Para isso existe outra evidência, nomeadamente os depoimentos de muitas testemunhas incluindo antigos membros da equipa SS do campo.”

Primeiro, gostava de ler esses depoimentos e como foram recolhidos.«


Então sugiro que leia alguma coisa que não propaganda “revisionista” e fique atento aos artigos do blog Holocausto, onde tais testemunhas foram ou hão de ser citadas. Se conseguir ler inglês, sugiro que leia o relatório do Prof. Browning, que está disponível na Internet começando em http://www.ess.uwe.ac.uk/GENOCIDE/browning1.htm . Sob os links http://www.ess.uwe.ac.uk/GENOCIDE/browning4.htm e http://www.ess.uwe.ac.uk/GENOCIDE/browning5.htm, o historiador identifica as várias categorias de testemunhas e cita algumas delas. Trata-se principalmente de depoimentos recolhidos por autoridades de investigação criminal, sobretudo polacas e da República Federal Alemã.

»Segundo, corpos mal enterrados não comprovam o suposto genocídio.«

Por si só talvez não, mas constituem um elemento de evidência que, conjugado com outros, não deixa lugar a dúvida. Só por si, o cheiro emanado por corpos mal enterrados em decomposição indica que havia demasiados corpos para os enterrar devidamente e não incomodar o ambiente. Ora, se conseguir explicar porque haveria tantos corpos num mero campo de passagem …

»Se estão mal enterrados, não foram cremados, portanto poderiam ter-se feito exumações/autópsias para saber a verdadeira causa da morte. Isso foi feito?«

Realmente convém que leia alguma coisa sobre a matéria, sem ser propaganda “revisionista”. Ficará então a saber que a partir do início de 1943 os corpos enterrados nas valas em massa do campo de extermínio de Treblinka II foram desenterrados e cremados. Quando o local foi investigado por autoridades polacas depois da guerra, já não havia, portanto, cadáveres para exumar e autopsiar. Mas havia grandes quantidades de restos de cadáveres cremados, segundo descrevem os relatórios de investigação traduzidos no meu artigo em http://holocausto-doc.blogspot.com/2008/12/as-investigaes-polacas-do-local-da.html . Se for à ‘post’ http://holocausto-doc.blogspot.com/2009/03/documentacao-fotografica-de-crimes.html , encontrará lá fotografias do terreno de Treblinka II tiradas durante a investigação, que ilustram o aspecto da área resultante da “febre do ouro”.

»“Ora, um cheiro a cadáveres que é tido como insuportável a quilómetros de distância significa um grande número de cadáveres em decomposição, tantos que não é possível enterra-los devidamente para não incomodar o meio ambiente.”

Pode apresentar-me algum estudo que comprove a relação nº de mortos com os quilómetros para se sentir o cheiro insuportável?«


Como já disse, questões de cheiro perceptível a grandes distâncias surgem quando há uma grande quantidade de matéria orgânica em decomposição não devidamente enterrada ou de outra forma processada, como é o caso de grandes lixeiras mal projectadas ou organizadas (eu vivi a cerca de 10 quilómetros de uma, e quando o vento soprava de lá era uma festa) ou valas que contêm dezenas ou centenas de milhares de cadáveres de gado. Pode-se informar sobre os casos reportados em conexão com a epidemia de febre aftosa na Grã Bretanha em 2001, no site http://fss.k-state.edu/FeaturedContent/CarcassDisposal/PDF%20Files/CH%201%20-%20Burial.pdf .

»“Como é que isso liga com a noção “revisionista” de que Treblinka II era um mero campo de passagem para judeus que eram deportados aos territórios ocupados da União Soviética? Explique lá, se faz favor.”

Tem que existir o cheiro, claro…«


Num mero campo de passagem? Porque?

»Sem o cheiro insuportável, não há cadáveres em grande número… Essa é a vossa teoria, a vossa estratégia. Mas depois vem a CV… e, opsss, tudo se complica. E o “explique lá, se faz favor” passa para si… «

O cheiro está documentado, e a CV só pode ter estado em Treblinka I depois do desmantelamento de Treblinka II para não o notar. Portanto, deixe-se de manobras evasivas e responda à minha questão.

»“Com a evidência de que Treblinka II era um campo de extermínio, a presença de montes de cadáveres mal sepultados no campo encaixa perfeitamente.”

Ora, naturalmente. Mas a História do Homem não funciona por “encaixes” ou “presunções”, como há pouco se viu. Funciona com factos credíveis, livres de serem testados e questionados as vezes que forem necessárias.«


Não me diga. E como é que se estabelecem esses factos credíveis, senão através do encaixe de vários elementos de evidência independentes uns dos outros que apontam para uma determinada conclusão? Explique lá com base no exemplo de um acontecimento histórico que não nega. Os campos de trabalho de Estaline, por exemplo. Ou as purgas de 1937/38. Ou a expulsão dos alemães da Polónia e a Checoslováquia depois da segunda guerra, com as atrocidades cometidas no processo. Como é que foram estabelecidos os factos que você não tem problema em aceitar, relativamente a esses acontecimentos?

»Infelizmente, o facto histórico denominado “Holocausto” é a excepção para tudo isso.«

Excepção como? Explique lá como difere a forma em que foram estabelecidos os factos do Holocausto da forma como foram estabelecidos os factos de, digamos, os campos de trabalho de Estaline.

»«Portanto, a conclusão é simples: o facto dos representantes da CV não terem sentido esse cheiro tem menos valor que um relatório com queixas de mau cheiro.»

“Não existe nenhum conflito entre queixas de mau cheiro e um presumível relatório da CV que não mencione esse cheiro (…)”

Existe. Vocês é que pretendem contorná-lo e fazer dele algo que não é importante.«


Existe porque? Deixe-se de retórica oca e explique.

»“(…) a não ser que os representantes da CV estivessem em Treblinka I enquanto decorria o extermínio em Treblinka II. O artigo do jornal polaco é omisso quanto à data da visita da CV(…)”

Estranho como uma data que é fundamental para a análise do problema não aparece.«


Qual “problema”? A visita da CV ao campo de Treblinka I é um facto mencionado por acaso, numa única frase, num artigo dedicado ao saque das pertenças das vítimas do campo de extermínio de Treblinka II durante e depois da guerra. Os autores do artigo não vêm aqui qualquer “problema”, e o campo de trabalho não é sequer o tema do artigo.

»Mas que coincidência tão boa o artigo omitir a data para depois encaixar a teoria “exterminacionista”…«

O artigo “omite” um dado irrelevante para o seu tema, relativamente a um facto que menciona de passagem. É só isso. E não se trata de um artigo com qualquer contexto “exterminacionista”, mas de um artigo num jornal polaco sobre um tema que é tabu na Polónia (o saque das pertenças das vítimas do campo de extermínio, e a forma como este saque beneficiou a população polaca não judaica), do qual este “exterminacionista” nunca teria tido conhecimento se não fosse por um amigo seu que vive em Cracóvia e é leitor da Gazeta Wyborcza. Portanto é melhor guardar as suas teorias de conspiração para si, se não quer (ainda mais) cair no ridículo.

»“(…) e uma vez que Treblinka I já existia antes de Treblinka II entrar em funcionamento e continuou a existir depois de Treblinka II ter sido desmantelado, é bem possível que a visita da CV tenha ocorrido quando ainda não existia Treblinka II ou depois de Treblinka II ter deixado de existir. É tão simples quanto isso.

É bem possível… É bem possível???!!!! Mas a suposta morte de seres humanos, através de um plano previamente estudado e aprovado compadece-se com análises do “é bem possível”???? Mas então e os milhares de testemunhos e provas documentais? Aonde é que elas ficam? Na gaveta? Depois de tanta prova que só os revisionistas é que não conseguem ver, aparece aqui o senhor a fazer “presunções” e a dizer que “é bem possível”?«


Estamos falando aqui de que, de provas daquilo que aconteceu em Treblinka? Não. Estamos falando da presumível razão pela qual visitantes da Cruz Vermelha ao campo de Treblinka I, segundo parece, não terão notado uma dessas provas, o cheiro a cadáveres que emanava do campo. Portanto, a sua retórica não tem nada a ver como meu argumento. Se você conseguisse excluir a razoável hipótese de que a visita de Cruz Vermelha a Treblinka I ocorreu antes de Treblinka II ter começado a operar ou depois de Treblinka II ter encerrado, teria um argumento contra a fiabilidade da evidência documental, testemunhal e física – incluindo sem limitação a que pode consultar nas fontes atrás referidas. Enquanto não conseguir excluir essa hipótese, a única coisa que lhe resta são barafundas retóricas sem significado.

»«E se não havia mesmo cheiro nenhum? Isso também não iria provar que não havia mortes nesse campo, naturalmente.»

Ou então que o vento soprava noutra direcção. Se tiver a data da visita da CV a Treblinka I, e se essa data se situar entre 22 de Julho de 1942 e meados de Novembro de 1943 (isto é, o tempo entre a entrada em funcionamento e o fim do desmantelamento do campo de extermínio Treblinka II), poderemos discutir estas hipóteses.

Ora bem. Gostei. Agora pareceu-me, por momentos, alguém interessado na verdade histórica.«


Parece que por momentos se apercebeu de que, ao contrário de si, o seu opositor está interessado nos factos.

»Querer saber as datas. Mas isso é o que você e outros deveriam ter feito antes de escrever este ‘post’ e antes de rotular o campo.«

Mais uma vez, e interessante como você preza a liberdade de expressão.

Não, meu caro, não havia nenhuma necessidade de estabelecer a data da visita da CV ao campo de trabalho Treblinka I. Você é que deveria ter obtido dados que colocassem em causa a minha conclusão sobre a provável altura da visita da Cruz Vermelha, antes de começar a barafustar contra a evidência (incluindo sem limitação a que é referida no artigo de Gazeta Wyborcza e nas fontes que atrás lhe indiquei) segundo a qual Treblinka II era um campo de extermínio. Não fez o seu trabalho de casa, por isso agora está reduzido a chutar retórica.

»«Mas é de uma total leviandade tirar conclusões como as vossas.»

“De quais conclusões exactamente está falando, e o que é que supostamente as torna “levianas”?”

De que o campo era de extermínio porque o suposto cheiro vinha do número exagerado de mortos.«


Onde foi buscar a ideia de que a conclusão de Treblinka ter sido um campo de extermínio se baseia apenas no cheiro?

»Sem saber se a CV lá foi.«

Incorrecto. Tendo informação de que a CV foi lá, e concluindo razoavelmente que deve ter ido lá em altura em que ainda ou já não havia cheiro.


»E se foi, TINHA que sentir o cheiro, etc.«


Incorrecto. Só se foi lá enquanto o campo de extermínio estava em operação, o que é altamente improvável.

»«Se a Polícia é chamada por causa de um suposto incidente, relatado numa queixa, e depois quando chega ao local não encontra nada de incriminatório, o que conta é a queixa?»

“Não vejo qualquer relação entre a observação supra e o assunto em discussão”

Existe um relatório que pretende mostrar que o cheiro é insuportável e só pode vir de (muitos) cadáveres mal enterrados. A CV vai lá, mas não vê nem cheira nada. O relatório é que conta…«


Pode apresentar esse argumento quando tiver excluído a hipótese de que a CV foi lá algures nos quinze meses em que ainda não ou já não existia o campo de extermínio Treblinka II. Sem ter excluído essa hipótese, é um argumento bem fraco.

»“Não existe a mais mínima indicação de que a visita da CV ao campo de trabalho Treblinka I tenha tido qualquer coisa a ver com a queixa do comandante local da Wehrmacht em Ostrow (apresentada junto das autoridades militares e registada no diário de guerra do comandante militar do Governo-Geral alemão na Polónia) sobre o fedor dos cadáveres judeus mal sepultados no que obviamente era o campo de extermínio Treblinka II.”

Não sabem a data da ida da CV ao campo - até parece que nem é importante - mas sabem dizer rapidamente que não há indicação do porquê da ida da mesma…«


Incorrecto. Eu digo (não é “dizemos”) que não existe indicação de que a visita de CV tenha tido alguma coisa a ver com a queixa do comandante local da Wehrmacht em Ostrow. E não apenas isso, é impossível que assim tinha sido, porque a CV não pode ter agido em função de uma reclamação registada num diário de guerra militar que, disso podemos ter a certeza, nunca foi do seu conhecimento. Quanto ao porque da ida da mesma ao campo de Treblinka I, é fácil de discernir: tratava-se de um campo de trabalho cujos prisioneiros viviam em condições altamente precárias, e a partir de uma certa altura a CV conseguiu estender os seus esforços humanitários aos campos de trabalho/concentração nazis e visitar alguns destes.

»Eu fico sempre surpreendido com estas “presunções” e “indicações” e com estas certezas absolutas do que eram os campos I e II…«

Se tomasse o trabalho de ler alguma coisa que não seja propaganda “revisionista” e tentar pensar sem bloqueio ideológico, talvez deixe de ficar surpreendido como o que apenas são conclusões lógicas derivadas da evidência.

»“(…) Portanto, existem duas hipóteses realistas relativamente à informação no jornal polaco de que a CV visitou Treblinka I:

a) A informação é incorrecta (segundo tenho ouvido, acontece muitas vezes um jornal publicar informação incorrecta);(…)”

É pena esta conclusão só aparecer agora…«


De facto essa hipótese já foi expressa na minha ‘post’ sobre a Febre do Ouro em Treblinka. Você não é um leitor muito atento, pois não?

»“(…) b) A informação é correcta e a visita da CV teve lugar antes de fins de Julho de 1942 ou depois de meados de Novembro de 1943, ou seja, numa altura em que havia Treblinka I mas não Treblinka II."

Mas não há dados e a ‘post’ parte de um argumento em que as fontes são poucas e até parece que há mesmo pouco interesse em conhecê-las.«


A ‘post’ parte de um argumento lógico que encaixa na evidência relativa ao campo de extermínio de Treblinka II. E que cabe a si refutar demonstrando que a visita da CV ocorreu em altura em que se deveria ter sentido o cheiro, se quiser discutir com argumentos e não apenas com retórica.

»“Depois existe ainda a hipótese de que Treblinka II não cheirava assim tão mal porque não havia tantos cadáveres aí. Mas essa hipótese não é realista, uma vez que contradiz toda a evidência testemunhal, documental e física que se conhece sobre Treblinka II, a qual aponta claramente para se ter tratado de um campo de extermínio.”

Hipótese não realista? Todas são possíveis e debatê-las é o nosso trabalho.«


Não sei como é no mundo “revisionista”, mas no mundo real as hipóteses que contradizem a evidência acostumam ser eliminadas.

»Quanto às “provas evidentes”, ainda estou à espera delas.«

Não me parece que as provas alguma vez lhe tenham interessado minimamente, de facto. Mas se não for assim, comece por ler as fontes que atrás lhe indiquei.

»“Não sei como é que é no mundo “revisionista”, mas no mundo real apenas se consideram as hipóteses que não contradizem a evidência.”

Não sei como é no mundo “exterminacionista”, mas no mundo da liberdade de expressão e informação não se excluem as hipóteses que alguns grupos de interesse e de pressão consideram sempre, histericamente, serem “anti-semitas” ou “nazis”.«


A razão pela exclusão das suas hipóteses não é essa, amigo. A razão é que as suas hipóteses contradizem a evidência e o senso comum. Baboseira não deixa de ser baboseira lá por se “politicamente incorrecta”.

»«Mas alguém pode acreditar neste circo???»

“Tem algum argumento, ou espera que os seus leitores se contentem com a sua oca e insignificante invocação de incredulidade?”

Se eu tenho algum argumento? Porquê, você aresentou algum?«


Bastantes, de facto.

»Veio aqui mostrar “presunções” e “é bem possível”; veio com a mesma conversa de que existem “inúmeros testemunhos”, “provas documentais”«

Tudo argumentos, amigo. Quando muito me poderia acusar de não ter apresentado evidência em suporte deles. Mas nem isso.

»mas depois não apresenta nada«

Só preciso de apresentar suporte evidência mediante solicitação, o que entretanto fiz.

»nem consegue saber se a CV visitou realmente o campo e, se sim, quando o fez.«

Qual é razão de ser do “nem” nessa frase? É suposto a visita da CV ao campo de trabalho de Treblinka I – da qual ambos apenas tomamos conhecimento através do artigo de Gazeta Wyborcza – ser um facto sobejamente conhecido?

»A minha “oca e insignificante invocação de incredibilidade” levou alguns dias a debater e tem levado os seus amigos de blogue a um nervosismo interessante, tal não é a forma como nunca mais largaram o Revisionismo em Linha.«

Parece-me estar perante uma dessas ocas “danças de vitória” que caracterizam os “revisionistas”. Tem a certeza de que não está sobreavaliando os seus logros, se acaso logrou alguma coisa?

«Parece que, até agora, o “insignificante” Português tem chegado para vocês todos.«

Gritar menos e argumentar melhor fazia-lhe bem. Conselho amigável.

»«Não estão em causa deportações, privações de direitos, maus tratos, etc. Isso e coisas piores poderão ter acontecido e são, naturalmente, censuráveis. Mas o resto não passa de propaganda de guerra pura e simples!»

“Tomo nota dos seus artigos de fé, e é claro que você é livre de acreditar naquilo que o faz feliz. Mas não espere convencer ninguém fora do seu círculo de crentes se não tiver melhores argumentos – e sobretudo evidência que os suporte.”

Mas eu é que não tenho argumentos? Para quem não tem argumentos, você demorou a escrever uma resposta que não trouxe nada de nada!«


Deixe aos leitores julgar o que a minha primeira resposta trouxe, tá?

E seja um pouco mais agradecido pela minha gentileza em responder as suas baboseiras.

»Depois de tudo o que eu escrevi, quem precisa de melhores argumentos (leia-se ‘fontes/datas’) não sou eu.«

“Não sou eu, és tu” – resposta um tanto infantil, não lhe parece?

»PS. Eu não escrevo no Revisionismo em Linha para "convencer" quem quer que seja.«


Bom para si, senão ficaria ainda mais frustrado.

»Apenas me irrita "um única História, uma única visão" e quererem desvalorizar tudo o resto.«

Não é “tudo o resto”. Apenas aquilo que vai contra a evidência e a lógica, tal como o “revisionismo”. Se tivesse uma explicação alternativa plausível e suportada por evidência sobre o que aconteceu aos judeus deportados a Treblinka, a sua “visão” mereceria respeito. Sem isso, não passa de retórica propagandística.

»Boa tarde.«

Igualmente. E obrigado pela publicidade gratuita. 


Depois da minha segunda mensagem, o "Johnny" parece ter ficado com os pezinhos frios, uma vez que apagou todos as mensagens que tinham sido postadas sob o seu artigo. Neste momento (24 de Abril de 2009, 12:25 horas GMT) não existe nenhuma mensagem sob aquele artigo (facto que fica registado mediante screenshot, é claro).

Acho que esta atitude por parte de um (auto)proclamado defensor "revisionista" da liberdade de expressão fala por si e não merece mais comentário.


P.S.

Foi postada a seguinte mensagem sob o artigo do "Johnny":

A discussão deste artigo (covardemente apagada da respectiva secção de comentários pelo autor do mesmo) encontra-se aqui.


Esta mensagem "ficará visível após a aprovação do proprietário do blogue".

A ver vamos ...


PPS:

A reacção do covarde foi mandar vir peixeirada (com uma óbvia carga de projecção de si próprio, como não poderia deixar de ser) num novo artigo no seu blogue censurado (onde os comentários aos artigos só aparecem após a aprovação do proprietário, e o que não lhe convém nunca aparece, é claro).

Coitado do "Johnny". Será que consegue olhar-se no espelho sem ficar mal disposto?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Obama pede que negadores do Holocausto sejam combatidos

WASHINGTON, EUA (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira, durante uma cerimônia que lembrou os seis milhões de judeus massacrados durante a Segunda Guerra Mundial, que se enfrente "aqueles que contam mentiras sobre a história" e pretendem negar o Holocausto.

"Existem aqueles que insistem que o Holocausto nunca ocorreu, aqueles que praticam toda forma de intolerância -racismo, antissemitismo, homofobia, xenofobia, sexismo e outras", disse Obama durante uma cerimônia no plenário do Capitólio que incluiu judeus sobreviventes dos campos de extermínio nazistas e não-judeus que os ajudaram durante a guerra.

"Temos uma oportunidade e uma obrigação de enfrentar este flagelo", disse Obama.

"Temos a oportunidade de nos comprometermos a resistir à injustiça, à intolerância e à indiferença em qualquer forma que assumir, enfrentando aqueles que dizem mentiras sobre a história ou fazendo todo o possível para evitar e pôr fim a atrocidades como as que ocorreram em Ruanda, ou as que ocorrem em Darfur", disse Obama, que fez o seu pronunciamento depois do sobrevivente do Holocausto e Prêmio Nobel da Paz, Elie Wiesel.

Wiesel, que sobreviveu aos horrores do campo de extermínio de Auschwitz, onde sua mãe e sua irmã morreram, acusou o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, de ter se tornado o "principal negador do Holocausto no mundo".

Fonte: AFP
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/eua_judeus_hist__ria

Respostas ao Blog "Revisionismo em linha" sobre o artigo da Cruz Vermelha

Por Leo Gott



Sob o título de “A armação exterminacionista”, o colaborador (palavras dele mesmo, pois no meu artigo o intitulei como “dono”, minhas desculpas Sr.), aliás, a “entidade” “João Dordio”/“Johnny Drake”/“jd.odin.fire”(rsrs...na minha opinião pessoal, o mais criativo...rsrsrs, conforme afirmado pelo mesmo, ele possui vários nyms, eu só conheço estes três), do blog “revisionismo em linha” responde ao meu artigo de 8 de abril de 2009 (“Números” da Cruz Vermelha no Holocausto, mais uma armação “revisionista”), iremos fazer a réplica a suas alegações, conforme segue.


Para facilitar o entendimento dos leitores deste blog, o que eu escrevi no meu artigo estará na cor vermelha, a resposta do Sr. JD (dentre os vários nicknames do mesmo, achei que as iniciais JD o retratariam melhor, visto que em seus 3 nyms que conheço, elas estão em evidência) estará na cor verde e a tréplica e/ou outros comentários meus estarão nesta mesma cor preta.

Comecemos...

Creio que o Sr.JD em sua resposta “ponto-a-ponto” se esqueceu do primeiro parágrafo do artigo, que transcrevo abaixo, talvez ele queira fazer as honras do IHR e fazer a tréplica, visto que o neonazista Zündel está preso e segundo os “revisionistas”, injustamente, mas deixemos isso de lado. Mas Sr.JD, somente se quiser, entenda como apenas um “reparo” de minha parte:

Nas “famosas” 66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto (documento elaborado pelo então diretor do IHR, Greg Raven e pelo neonazista Ernst Zündel, onde eles criaram a pergunta e também a resposta, o Projeto Nizkor fez a réplica das perguntas COM FONTES, e que até hoje os “revisionistas” não fizeram a tréplica), podemos ver uma pergunta relacionada com as visitas da Cruz Vermelha ao campo de extermínio de Auschwitz que foi numerada como pergunta número 51: (os grifos são meus)


Resposta ao 'post' publicado aqui e que visava particularmente a minha pessoa - apesar de, inicialmente não pretender responder, reconsiderei porque há coisas que cansam.


Sr.JD a intenção do artigo era mostrar como os “revisionistas” utilizaram fraudulentamente um suposto relatório emitido pela Cruz Vermelha e de acordo com suas palavras:

“Ninguém duvida da credibilidade da Cruz Vermelha. Em todos os cenários de guerra, em todos os cenários de calamidade, os dados fornecidos por esta instituição não merecem grandes dúvidas.”

Mas como um bom “revisionista” o Sr. lança suas dúvidas, embasadas somente na fé :

“Porém, como em tudo, existe uma excepção. Ainda ninguém nos explicou porque é que os dados da Cruz Vermelha já não merecem credibilidade quando apontam um número de mortos nos campos de concentração Nazis muito mais baixos do que os da história oficial…”

Apesar da PRÓPRIA Cruz Vermelha se manifestar ao contrário, conforme as fontes postadas, eu não teria outra coisa a dizer a não ser que os seus argumentos estavam sendo baseados em sua própria fé, conforme confirmado nas diferentes fontes postadas, inclusive da própria Cruz Vermelha.


51. Que relatório deu a Cruz Vermelha Internacional sobre a questão do "Holocausto?

O IHR diz: Um relatório sobre a visita a Auschwitz de delegados da Cruz Vermelha Internacional realizada em Setembro de 1944 assinalou que era permitido aos prisioneiros receber pacotes e que não se pôde verificar os rumores sobre câmaras de gás.

O NIZKOR diz: Não se pôde verificar os rumores sobre as câmaras de gás porque se proibiu expressamente os delegados de visitarem os Krema de Auschwitz, onde estavam as câmaras de gás e os crematórios. Só os levaram somente as zonas do enorme complexo que alojavam os prisioneiros que não iam ser exterminados. Havia alguns prisioneiros de guerra aliados em Auschwitz, vivendo em condições razoáveis, mas que sabiam dos gaseamentos e o mencionaram aos delegados da Cruz Vermelha.

[Quais foram os prisioneiros que sabiam disso e que o mencionaram? Podem mostrar as fontes? Quais os delegados e em que relatório aparece essa "revelação"? A estratégia é sempre a mesma: há sempre quem tenha provas, há sempre quem tenha visto, há sempre de tudo porque tudo está "provado e documentado"! Depois começamos a ler, a questionar... e vão ficando as coisas por revelar porque tudo o que parecia verídico é, afinal, uma falácia basicamente vingativa vinda de quem sofreu e perdeu quase tudo, da vida à dignidade.]

Sr.JD sugiro que o Sr. publique em seu blog na seção “O livro da quinta” o excelente livro do pesquisador acadêmico francês Jean-Claude Favez, “Red Cross and Holocaust” http://www.amazon.com/Red-Cross-Holocaust-Jean-Claude-Favez/dp/052141587X excelente leitura, altamente recomendada para quem estuda o assunto, e te garanto que irá encontrar todas as informações que deseja.



Também no site Oficial do Comitê da Cruz Vermelha Internacional que foi apresentado no meu artigo e provavelmente não lido pelo Sr. JD vai contra a fé “revisionista”, abaixo alguns trechos bem esclarecedores (grifos meus):


In Bucharest, two ICRC delegates, Charles Kolb and Vladimir de Steiger, tried, among other things, to make various proposals that would have enabled Jews to emigrate to Turkey and, from there, to Palestine or Latin American countries. With the support of Jewish organizations, the delegates submitted these proposals and made different types of representations to the authorities, all of which came to nothing, as it was impossible to obtain the necessary permission. Nevertheless, the ICRC delegates did manage to save some Jews from being deported.

On 23 June 1944, an ICRC delegate, Dr. Maurice Rossel, went to Theresienstadt. His visit was carefully orchestrated. He walked through the ghetto under the escort of SS officers, but he did not have the opportunity to talk with the Jewish people there, nor to get inside the fortress. Two representatives of the Danish government also took part in the visit.

On 27 September 1944, Dr Rossel went to Auschwitz. There he spoke to the commander of the camp, but he was not authorized to go inside it.


(minha tradução:)



Em Bucareste, dois delegados da ICRC, Charles Kolb e Vladimir de Steiger, tentaram, entre outras coisas fazer diversas propostas que teriam permitido que os judeus emigrassem para a Turquia e, de lá para a Palestina e países da América Latina. Com o apoio de organizações judaicas, os delegados apresentaram estas propostas e fizeram diferentes tipos de representações às autoridades competentes, que deram em nada, não sendo possível obter a necessária permissão. No entanto os delegados da ICRC conseguiram salvar alguns judeus de serem deportados.

Em 23 de junho de 1944, o delegado da ICRC, Dr.Maurice Rossel, foi para Theresienstadt. Sua visita foi cuidadosamente orquestrada. Ele caminhou através do gueto sob a escolta de oficiais da SS, mas ele não teve oportunidade de falar com pessoas judias, e nem de entrar no complexo. Dois representantes do Governo Dinamarquês também participaram da visita.

Em 27 setembro de 1944, o Dr.Rossel foi para Auschwitz. Ele falou com o comandante do campo, mas sua entrada não foi permitida.


Porque será que o comandante do campo de Auschwitz não autorizou a entrada de um delegado da Cruz Vermelha Sr.JD? A própria Cruz Vermelha (publicado em Lipstadt, Denying the Holocaust) em seu relatório sobre Auschwitz de 1948 informa porque: (grifos meus)


The IRC delegates were expressly forbidden from visiting the Auschwitz Krema, where the gas chambers and creamation facilities were. They weretaken only to those parts of the huge complex which housed prisoners Who were not to be exterminated. Some Allied POWs were held in Auschwitz, in reasonable conditions, but they knew about the gassings and mentioned them to the IRC delegate. For more information, read "The Report of the International Committee of the Red Cross ICRC) on its Activities duringthe Second World War" (Geneva, 1948). (…) The ICRC report is very clear regarding Nazi atrocities; for instance, in page 641 of vol. 1, the report states that the Jews were "outcasts condemned by rigid racial legislation to suffer tyranny, persecution, and systematic extermination". It goes on to say "they were pennedinto concentration camps and ghettos, recruited for forced labor, subjected to grave brutalities and sent to death camps". Another verbatim quote is the following (in the same page): "During the period in September 1940, when the 'Iron Guard' supported by the Gestapo and the German SS had seized power, the Jews had been subjected to persecution and deported to death camps". and from vol. 2, page 514 "In Germany and her satellite
countries, the lot of the civilians belonging to this group was by far the worst. Subjected as they were to a discriminatory regime, which aimed more or less openly at their extermination, they were unable to procure the necessities of life".

(minha tradução:)

Os delegados da IRC foram expressamente proibidos de visitar o Krema de Auschwitz, onde as câmaras de gás e as instalações de cremação se encontravam. Eles foram somente nas partes do enorme complexo que abrigava prisioneiros que não iriam ser exterminados. Alguns POWs aliados estavam detidos em Auschwitz em condições razoáveis, mas eles sabiam sobre os gaseamentos e mencionaram para os delegados da IRC. Para maiores informações leia “Relatório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) sobre suas atividades durante a Segunda Guerra Mundial” (Genebra, 1948) (...) O relatório do ICRC ;é muito claro quanto às atrocidades nazistas, por exemplo na página 641 do vol.1, o relatório afirma que os judeus eram “marginalizados e condenados por uma rígida legislação racial e sofriam com a tirania, perseguições e extermínio sistemático”. Em seguida diz que “eles foram cercados [NT: como animais] em campos de concentração e guetos, recrutados para trabalho forçado e submetido a graves brutalidades e enviados para campos da morte.” Outra citação textual é a seguinte (na mesma página): “Durante setembro de 1940, quando a ‘Guarda de Ferro’ [NT: na Romênia] foi apoiada pela Gestapo e as SS tomaram o poder, os judeus tinham sido submetidos a perseguição e deportação para os campos da morte.” E no vol.2, página 254: “Na Alemanha e nos países vizinhos, a sorte da população civil pertencente a este grupo foi de longe a pior. Estavam sujeitos a um regime discriminatório, cujo objetivo mais ou menos aberto era o seu extermínio, eles estavam incapazes de procurar as necessidades de vida.”


Existem vários outros excertos oficiais da Cruz Vermelha, gostaria de mais exemplos? Ou estes são suficientes?


Por exemplo, o antigo SS-Untersturmfuhrer Dr. Hans Munch (...) confirmou isso (...).

Disse: Fui testemunha repetidas vezes de diversas visitas guiadas de civis e delegados da Cruz Vermelha, e pude comprovar que a direção do campo preparou tudo magistralmente para dirigir estas visitas de tal maneira que os visitantes não vissem o mais mínimo tratamento inumano. Só se mostrava o campo principal, e neste campo principal estavam os chamados blocos de exposição, sobretudo o bloco 13, que estavam especialmente preparados para estas visitas guiadas e que estavam equipados como um barracão normal de soldados, com camas com lençóis, e serviços que funcionavam.

[Ele confirma que as visitas guiadas eram controladas E NÃO QUE SE ESTIVESSEM A ESCONDER AS CÂMARAS DE GÁS. Onde está o depoimento em que ele refere que estavam a esconder as câmaras de gás”?]

Sr.JD repetindo uma parte do depoimento do Dr.Hans Münch, agora com grifos meus:

Fui testemunha repetidas vezes de diversas visitas guiadas de civis e delegados da Cruz Vermelha, e pude comprovar que a direção do campo preparou tudo magistralmente para dirigir estas visitas de tal maneira que os visitantes não visse o mais mínimo tratamento inumano. Só se mostrava o campo principal, e neste campo estavam os chamados blocos de exposição...


Conforme depoimento do Dr. SS Hans Münch SÓ SE MOSTRAVA O CAMPO PRINCIPAL, também conhecido como Auschwitz I, não se mostrava Auschwitz II, também conhecido como CAMPO DE EXTERMÍNIO DE BIRKENAU, talvez o Sr. possa nos informar porque a direção do campo fazia estas “visitas orquestradas” e também porque as visitas não eram autorizadas para Birkenau?



Ironicamente, esta política de não mostrar as instalações de extermínio também foram confirmadas pelo próprio IHR, ainda que sem o querer. No "Relatório Lüftl", o suposto especialista (expert) Walter Luftl menciona um relatório enviado aos comandantes dos campos de concentração.



[Esta forma depreciativa de pretender desvalorizar os revisionistas tem sempre dois pontos de distracção do essencial: primeiro, os 'exterminacionistas' procuram negar-lhes as capacidades académicas apontando sempre um ou dois exemplos de supostos dados falsos académicos que depois servem para os demais. Segundo, desvalorizam o que é dito porque fazem a colagem do revisionista a tendências políticas 'radicais e extremistas' onde o 'racismo' e o 'anti-semitismo' retira a credibilidade a tudo o que é defendido pelo revisionista. Deste modo, nunca se chega a debater o essencial do que o revisionista defende. Os 'exterminacionistas' nem precisam de o fazer. Basta seguirem aqueles dois passos.]

O Sr. poderia nos apresentar as credenciais de Walter Lüftl como especialista em câmaras de gás?



De acordo com Lüftl, é dito:


Não se deve mostrar nem o bordel nem os crematórios durante as visitas ao campo. Não se deve mencionar a existência destas instalações às pessoas que visitem o campo... Aparentemente, então, podia-se mostrar e mencionar todo o demais aos visitantes. Logicamente, se tivesse existido uma câmara de gás, poderia ter-se mostrado e se poderia ter falado dela; se não, teria sido incluída na proibição. Dado que não podemos assumir que nenhum membro das SS jamais mostrou uma câmaras de gás [destinada a matar pessoas] – aos inspetores da Cruz Vermelha Internacional, é possível concluir que não havia nenhuma.


[ESTA AFIRMAÇÃO É APENAS DO REDACTOR EXTERMINACIONISTA DO TEXTO PORQUE NEM ELE NEM NINGUÉM APRESENTARAM PROVAS DA FUNCIONALIDADE HOMICIDA DA "CÂMARA"]



Sr.JD este texto é do “revisionista” Walter Lüftl, o senhor se deu ao trabalho de verificar no link indicado? Mais uma vez indico para o Sr. o livro de Jean-Claude Pressac, “Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers” disponível on-line na biblioteca virtual Mazal, leitura obrigatória para quem quer entender sobre o funcionamento das mesmas. (Vê se clica no link dessa vez, pode confiar não tem vírus não)


Lüftl, que supostamente é um especialista (expert), não é nem sequer consciente de que o termo "crematórios" refere-se aos complexos de cremação, que não só incluíam os fornos, como também as câmaras de gás.

[Portanto, “crematório” significa a existência de câmaras de gás… Aqui está uma lógica interessante para ser debatida em todos os crematórios espalhados, actualmente, por quase todo o mundo. Vou deslocar-me a um crematório ainda hoje e tentar ver onde é que eles “escondem” o gás…]

Creio que o crente está com problemas de interpretação de texto. Os KREMAS de Auschwitz eram um conjunto de câmaras de gás e fornos crematórios, é só ler os blue prints de Auschwitz, também disponíveis on-line no livro de Jean-Claude Pressac citado anteriormente.


Sem querer, ele tem apresentado provas contra suas próprias hipóteses - por que era necessário se ocultar os complexos de cremação da Cruz Vermelha se ali não ocorria nada que a Cruz Vermelha não devesse ver?

[Esconder a cremação de cadáveres é uma prova da existência das câmaras de gás??? Vejamos este exemplo: o que escondiam os soldados Israelitas quando, há uns anos, impediram jornalistas, equipas médicas e observadores internacionais de acompanharem a 'invasão' - leia-se 'ataque bárbaro' - ao campo de refugiados de Jenin? Estariam os Israelitas a "gasear" os Palestinianos?]

Por que os alemães estavam escondendo as cremações? Mais uma vez a pergunta que não quer calar, porque não foi autorizada a entrada dos delegados da Cruz Vermelha nos KREMAS? O conflito Israel-Palestina não foi tema do artigo em voga e NÃO é tema de discussão desse blog, sendo esta comparação totalmente irrelevante para este artigo.



A própria Cruz Vermelha, no seu site, informa que foi impossibilitada de fazer uma vistoria no campo de acordo com os padrões, e que quando estes eram autorizados eram visitas orquestradas, conforme narrado pelo “revisionista” Walter Lüftl.

[E isso prova o quê concretamente? Os Gulags foram visitados pela Cruz Vermelha? O condicionamento das visitas prova que eles tinham métodos homicidas cruéis e sinistros? Mesmo que os tivessem, não é assim que se prova o que quer que seja. O tal levantamento de notícias falsas, a tal manipulação, a tal desonestidade intelectual de que os revisionistas são acusados são, no fundo, estratégias usadas pelos 'exterminacionistas' para pretender calar e desvalorizar todos os que questionam a história oficial. Mas como isso não bastou, ainda temos as multas e a penas de prisão...]

As provas das câmaras de gás são muitas, podemos citar algumas aqui para que o Sr.JD possa analisá-las e quiçá refutá-las, caso esta seja a sua vontade, conforme postado pelo Dr.Nick Terry no fórum RODOH (não tive tempo para formatar, depois com certeza irei formatar, com explicações):
1
Smolen list NOKW-2386
2
Kinna report AGKMadajczyk (ed)
3
Veesenmeyer telegrams re: Hungary NO

4

Glazer listYVA Gerlach/Aly
5
Ferenczy list Braham scroll down
6
Müller to Himmler, 16.12.42 R-91
7
Kaltenbrunner to Himmler, 2.43 re Theresienstadt tpts NARA
8
Norway transports to Auschwitz-Tuviah Friedman
9
Berlin transports 'Sonderbehandlung'-DiM
10
'gesondert untergebracht' transports-

11
Decodes on KZs PROSchulte
12
Justice Ministry visit - open air pits '44BA
13
Auschwitz - Chelmno visit (also decode)AGK, PRO
14
'Kremierung mit gleichzeitiger Sonderbehandlung' RGVA Pelt
15
Vergasungskeller, 29.1.43 NO-4473
16
'4756' cremation capacity (Baileitung memo) Pressac

17
9.42 Topf memo on cremation capacity-THHP
18
Hodys 'Vergasung' document IfZ Provan
19
Pohl to Himmler, AR, 6.2.43 NO-1257
20
Schupokdo Sosnowitz documents AGK Steinbacher
21
SD-Aussenstelle Sosnowitz AGK Steinbacher
22
Gasprüfer x2-Pressac
23
coke delivery slips AGK Pressac/unpublished
24
Topf instructions for multi-muffle furnace RGVA Pressac
25
Zyklon-B delivery statistics NI-
26
Kremer diary AGK Poliakov (!)
27
Franke-Gricksch report, 5.43 private Fleming, Pressac
28
2nd Franke-Gricksch report, 5.43 PRO deathcamps.org
29
Pohl to Himmler, 16.9.42 NI-15392 Hilberg
30
'Badeanstalten für Sonderaktionen', 21.8.42 RGVA Pressac
31
Aumeier Tagesbefehl re: Sonderaktion, 8.43 AGK


Sobre um suposto documento que a Cruz Vermelha emitiu com a quantidade de mortos por campo de concentração que é espalhado em sites neonazistas e antissemitas, além de comunidades nos sites de relacionamento, a Cruz Vermelha emitiu um comunicado em 11 de outubro de 1965 e que foi publicado no livro Legenden, Lügen, Vorurteile editado pelo historiador alemão Wolfgang Benz e outros, nas páginas 107 a 112, segue abaixo trecho do livro e da carta traduzida pelo colaborador deste blog, Roberto Muehlenkamp (grifos meus): “Não é possível, contudo, indicar um número absoluto com exatidão matemática. (…)”

[Estranho. Os “seis milhões mantêm-se apesar da redução do número de mortos em Auschwitz. A “exactidão” apenas pode funcionar para manter uma cifra incorrecta. Baixar seria, naturalmente, considerado “anti-semitismo”…]


Sr.JD, qual o sentido da frase “exatidão matemática” para o Sr.? Se for o NÚMERO EXATO favor postar o número exato de mortos do Exército Vermelho durante toda a Segunda Guerra Mundial.


“Este fato tem vindo a ser utilizado durante décadas por extremistas de direita e neo-nazis para diminuir ou negar completamente a dimensão do Holocausto.(…)”

[Se há grupos políticos que se aproveitam para difundir a sua ideologia, também há pessoas honestas e apenas interessadas na verdade histórica, ao contrário do que é sempre apontado pelos crentes exterminacionistas. Porque se assim não fosse, também se poderia pensar que o Holocausto não passa de uma simples “indústria”, como tão bem definiu Norman Finkelstein.]

E estas “pessoas honestas e apenas interessadas na verdade histórica” continuam a publicar esses “números” mesmo sabendo que é uma falsificação, conforme afirmado pela própria Cruz Vermelha. Vide o panfleto anônimo “A Verdade Proibida” e o “livro” “Holocausto: Judeu ou Alemão” disponíveis para download no blog “revisionismo em linha” e também em outros muitos sites nazistas e/ou antissemitas na internet.


“As suas "provas" consistem em truques estatísticos, alegadas declarações do Cruz Vermelha Internacional ou da ONU e repetidas tentativas de demonstrar a impossibilidade técnica do extermínio em massa em Auschwitz e outros campos de extermínio ou a falsidade das provas reais.”

[Tal como QUALQUER OUTRO FACTO HISTÓRICO, a apresentação de novos dados e de novas provas nunca deveria ser definido como “anti-semitismo” ou “manipulação”. Mas tal não acontece. E “provas reais”? Em História??? Também há, naturalmente. Mas não conheço mais nenhum caso em que as pessoas sejam multadas e presas por apresentar versões diferentes.]

Se estas versões fossem embasadas nos princípios básicos de História com certeza não teriam essa recepção, e se esses supostos “historiadores” também estivessem interessados em História, mas como já vimos não é este o interesse destes “revisionistas” (vide link).


“A "fonte" mais antiga, mas que continua a ser citada, é uma alegada constatação oficial da Cruz Vermelha nos primeiros anos depois da guerra, segundo a qual houve um máximo de 300.000 vítimas de perseguição racista, religiosa ou política. Esta indicação, propagada primeiro em jornais suíços e depois entre extremistas de direita alemães, é uma invenção de partes interessadas, conforme se depreende da Declaração do Comitê Internacional da Cruz Vermelha perante o Instituto de História Contemporânea em Munique de 17 de Agosto de 1955. A publicação desta informação não impediu que se continuasse a propagar este número disparatado.”

["Como se depreende da Declaração??? Invenção das partes interessadas???? TOTALMENTE FALSO! A declaração do CICV afirma que se “demarca” dessa polémica essencialmente porque os dados que recolheu poderão não estar correctos porque existem dúvidas nas visitas (como vimos atrás) e no número de pessoas que terão realmente entrado nos campos de concentração. E é evidente que essa declaração não pode convencer ninguém, especialmente quando sabemos que a acusação de “racismo” ou “anti-semitismo” é bem pior que a de homicídio ou de violação e a CV não pretender entrar nisso.]

Não meu caro, a Cruz Vermelha foi bem enfática quanto ao DOCUMENTO FORJADO PELOS “HONESTOS REVISIONISTAS”, segue abaixo novamente a declaração da Cruz Vermelha, (grifos meus):

Dez anos mais tarde, em 11 de Outubro de 1965, a Cruz Vermelha novamente se distanciou decididamente: "Gostaríamos que ficasse claro que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Genebra não tem absolutamente nada a ver com estas afirmações. Estatísticas sobre perdas na guerra e as vítimas de perseguições políticas, racistas ou religiosas não fazem parte da sua área de competência, nem nunca fizeram. Mesmo tratando-se de prisioneiros de guerra (que se encontram protegidos desde 1929 por um acordo internacional e para os quais, como é do vosso conhecimento, possuímos uma Central de Procura) não nos atrevemos a indicar números, uma vez que estamos bem conscientes de que não podemos estar na posse de todas as informações respeitantes a este grupo de vítimas de guerra. Tanto mais estamos obrigados a abster-nos de qualquer estimativa quando se trata de civis que naquela altura não estavam protegidos por qualquer convenção e, portanto, estavam quase completamente fora do alcance da ação da Cruz Vermelha.”


[Mais uma vez, o que o CICV faz é “fugir” da polémica. Mais nada. Não dá razão a ninguém. Não vejo onde é que nessa declaração está alguma “derrota” nas afirmações revisionistas. Os dados da CV, para um número inferior de mortos, apesar de não querer agora falar disso, foram inicialmente baseados nos registos existentes em Auschwitz (os "Sterbebuch"). Os volumes com os registos dos mortos cairam nas mãos dos Soviéticos, em Janeiro de 1945, quando as forças do Exército Vermelho capturaram Auschwitz. Foram mantidos inacessíveis até 1989, quando foi anunciado por representantes de Moscovo que possuiam 46 desses volumes, que registavam a morte de 69,000 prisioneiros naquele campo. Esses 46 volumes cobriam os anos de 1941, 1942 e 1943. Existiam dois ou três volumes para o anos de 1941 e nenhuns para os anos de 1944 e 1945. Não está apurado porque faltam tantos volumes. DE ACORDO COM A CRUZ VERMELHA INTERNACIONAL, A EXPLICAÇÃO MAIS PLAUSÍVEL É QUE A RESPONSABILIDADE SEJA DOS SOVIÉTICOS E QUE ATÉ PODE SER QUE, UM DIA, ELES APAREÇAM. NÃO EXISTEM INDICAÇÕES OU PROVAS DE QUE AS AUTORIDADES DO CAMPO DE AUSCHWITZ TENHAM FEITO QUALQUER ESFORÇO PARA DESTRUIR ESSES VOLUMES.]


A derrota “revisionista” se dá com as declarações da Cruz Vermelha de que ELA NÃO ELABOROU DOCUMENTO ALGUM SOBRE ESTATÍSTICAS DE MORTOS EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO. Sobre os livros de óbitos de Auschwitz os mesmos estão incompletos e grande parte foi destruída, mais informações, aqui.



E você se engana e muito com a sua informação, “NÃO EXISTEM INDICAÇÕES OU PROVAS DE QUE AS AUTORIDADES DO CAMPO DE AUSCHWITZ TENHAM FEITO QUALQUER ESFORÇO PARA DESTRUIR ESSES VOLUMES.” Vejamos abaixo a ordem secreta emitida pelo Gauleiter e Comissário de Defesa do Reich em Março de 1945 (D-728 in Office of the Special Counsel, Nazi Conspiracy and Aggression(Washington, D.C. 1947), Vol. 7, p. 175.): (grifos meus)

All files, particularly the secret ones, are to be destroyed completely. The secret files about ... the installations and deterring work in the concentration camps must be destroyed at all costs. Also, the extermination of some families, etc. These files must under no circumstances fall into the hands of the enemy, since after all they were secret orders by the Fuhrer.

(minha tradução:)


Todos os arquivos, particularmente os secretos, deverão ser completamente destruídos. Os arquivos secretos sobre...as instalações e o trabalho nos campos de concentração devem ser destruídas a todo custo. Também o extermínio de algumas famílias, etc. Esses arquivos sob nenhuma circunstância devem cair nas mãos do inimigo, pois afinal todos eles são de ordens secretas do Führer.


Um blog “revisionista” de nome “revisionismo em linha” de propriedade do Sr. João Dordio afirma que (grifos meus):

[A colocação de aspas em tudo o que os crentes na história oficial pretendem ridicularizar leva a que, por vezes, eu tenha que utilizar as mesmas armas que eles. Ou seja, crentes exterminacionistas só podem ser mesmo “espíritas” porque só em sonhos, em delírios, em isoterismos ridículos, misturados por vingança cega sionista, poderão ver “câmaras de gás” em salas e chuveiros. Mais: esta pretensa "revelação" do meu nome e da "propriedade" do blogue só demonstra o nervosismo de que já escorrega na areia que durante tantos anos andaram a lançar para os olhos das pessoas. Tal como já tive oportunidade de responder noutro sítio, possuo um 'nick' em Português, Inglês e Francês, mas a estratégia de certas pessoas é de tal forma doentia que, para eles, isso é sinal que eu tenho algo a esconder... Quem não é 'bandido' não precisa de se esconder em nicks... Comentários para quê...]

Sobre as aspas utilizadas em “revisionismo” e “revisionista” , estas servem para poder diferenciar os negadores do Holocausto dos verdadeiros revisionistas, conforme excelente ensaio de Gordon McFee que pode ser lido e comentado pelo Sr.JD acessando este link.


Sobre as câmaras de gás, mais uma vez iremos indicar o livro do ex-revisionista Jean-Claude Pressac, “Auschwitz: Technique and Operation of the gás chambers”. Sobre os seus nicknames, já estou utilizando Sr.JD, ficou mais fácil escrever, OK jd.odin.fire?



Podemos concluir que as dúvidas apontadas não só pelo Sr.João Dordio (Johny Drake) mas por vários outros “revisionistas” foram sanadas neste artigo, a não ser aqueles que ainda mantêm viva a “fé revisionista”, aquela que “remove montanhas”, ops, “remove fontes”.

[Podemos concluir que os esclarecimentos apresentados não só pelo Sr. Gott, mas também por outras instituições “espíritas” caíram em saco roto neste artigo, a não ser que ainda mantêm viva a fé exterminacionista, aquela que vê num “encontro de mentes” a prova definitiva que faltava para a ordem de Hitler para o “extermínio programado”.]

Sr.JD, os esclarecimentos estão aí e foram reforçados com mais fontes, caso o Sr. queira comentar este artigo, por favor não se esqueça de mencionar as suas fontes, a sua opinião só nos interessa à partir do momento em que o Sr. possa refutar o que foi publicado com fontes, assim como estamos utilizando.



Sobre a insinuação à Raul Hilberg e o “meet minds” gostaria que o Sr. postasse a frase inteira que Hilberg menciona no seu livro, livro este que foi a base historiográfica de Norman Finkelstein (que o Sr. tanto cultua) para o livro “A Industria do Holocausto”.



Segue abaixo as evidências documentais do extermínio programado arquitetado pelo cabo boêmio e seus asseclas, também postado no fórum RODOH pelo Dr.Nick Terry:



Conferência presidida por Göring após a noite dos cristais (Acusação em Nuremberg)

Discurso de Himmler em Posen (ND 1919-PS)

Segundo discurso de Himmler em Posen 6/10/43 (ND 1919-PS)

Hitler Lagebesprechung 8.6.43 (ND 1384-PS)

Six at AA conference: 'physische Beseitigung' (ND 3319-PS)

Carta de Göring para Heydrich, 31.7.41 (ND 710-PS)

Carta de Schlegelberger para Lammers, 12.3.42 (ND 4055-PS)

convite de Heydrich para Hoffmann, 12.41 (ND 709-PS)

Wannsee protocol, 20.1.42 ( ND NG-2586)

Segunda Conferência da Solução Final, 6.3.42 -protocol (ND NG-2588)

Memorando de Luther 21.8.42 (ND NG-2586-J)

Carta de Wurm to Rademacher, 23.10.41 (livro de Browning)

Sugestão de Eichmann para execuções por tiro(livro de Browning)

Diário de Josef Goebbels (caso queira posso citar as passagens)

Conferência de Ministros, discurso de Goebbels (livro de Longerich)

Discurso de Hitler 5.44

Discurso de Himmler 5.44

Carta de Himmler para Berger, 28.7.42, (ND NO-626)

Korherr report ( ND NO-5193-4)


Boa pesquisa, não se esqueça de manter-nos informados, sobre estas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Eliminação de Corpos em Auschwitz - O fim da Negação - Parte 9 - Ausência de registros

(todos os grifos abaixo são do tradutor)

Um dos pontos apresentados anteriormente neste estudo é que não existem registros suficientes documentando como os fornos de Auschwitz trabalhavam. Este fato deve ser considerado estranho, porque existem milhares de documentos em centenas de arquivos que contêm as correspondências do Bauleitung sobre os planos dos crematórios antes e durante a fase de construção. Temos que levar em consideração que todos os esforços para a construção do crematório e dos fornos que as autoridades tiveram, elas teriam que saber como eles funcionavam. Mesmo em Gusen, com apenas dois fornos, aguns registros sobreviveram, mesmo que apenas por um período limitado de tempo. No entanto, ainda não surgiu de qualquer fonte contemporânea um registro documento de uma simples cremação em Auschwitz. Portanto, apenas uma das duas conclusões podem ser alcançadas. Ninguém foi cremado em Auschwitz ou os registros foram deliberadamente destruídos.

Em suas memórias, o comandante do campo de Auschwitz, Rudolf Hoess escreveu que ele recebeu ordens do Reichsführer Heinrich Himmler para destruir todas as informações sobre o número de vítimas assassinadas depois de cada ação. Ele afirma que pessoalmente destruiu as provas e que os chefes de departamento fizeram o mesmo. Ele observa que, embora algumas informações possam ter escapado da destruição, eles “não poderiam dar informações suficientes para fazer um cálculo.” [183] O guarda da SS de Auschwitz Pery Broad escreveu que destruiu os registros que documentavam assassinato em massa. [184] Henryk Tauber contou que testemunhou caminhões de documentos que tratavam de mortes sendo destruídos ao longo do tempo na incineradora no Crematório. [185] Tauber também afirmou que a as anotações dos chefes no crematório era mantida em detalhes nos registros sobre o número de vítimas assassinadas. Esses números eram controlados por um homem da SS que removia das anotações essa informação depois que cada transporte era cremado. [186] Tadeusz Paczula, que registrava nos livros de óbito, escreveu que os registros dos cremados no Krema foram mantidos em um volume intitulado “O livro da cremação” [Verbrennungsbuch]. [187] Paczula também observa que os arquivos que incriminavam este assunto foram queimados no crematório. [188]

Sabe-se que a destruição de documentos incriminatórios destes assuntos era uma das políticas dos alemães. Em março de 1945 o Gauleiter e Comissário da Defesa do Reich, Sprenger, emitiu uma ordem secreta que afirmava:
Todos os arquivos, particularmente os secretos, deverão ser completamente destruídos. Os arquivos secretos sobre...as instalações e o trabalho nos campos de concentração devem ser destruídas a todo custo. Também o extermínio de algumas famílias, etc. Esses arquivos sob nenhuma circunstância devem cair nas mãos do inimigo, pois afinal todos eles são de ordens secretas do Führer. [189]
De fato a ausência de qualquer registro sobre eliminação de corpos em Auschwitz é talvez a melhor prova da sua destruição. Considerando o fato de que há pelo menos algumas informações para Gusen, é razoável concluir que estes dados existiram para Auschwitz. O que causa problema para os pesquisadores, porque não temos informação sobre a forma como o forno de mufla tripla e os oito fornos de Birkenau realmente funcionaram. O memorando do Bauleitung citado anteriormente sobre a quantidade de coque necessária para esses fornos, foi baseado em dados fornecidos pela Topf, é a única informação contemporânea disponível. A única outra informação abrangente e disponível é o testemunho de Tauber.

A destruição desses documentos pelas autoridades do campo revelou-se muito benéfica para negadores como Mattogno, pois permite-lhes participar de todo tipo de especulação, sem dados concretos. No entanto, como será visto, Mattogno acabou desacreditando muitos dos seus principais argumentos, oferecendo um método alternativo de eliminação de corpos em Auschwitz que não depende dos fornos.

Fonte: The Holocaust History Project - http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott

Continuação - Partes: (1);(2);(3);(4);(5);(6);(7);(8);(9);(10);(11)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Discurso de líder do Irã 'preocupa' Brasil, diz Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores emitiu nesta terça-feira um comunicado lamentando as declarações contra Israel feitas pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durante uma conferência antirracismo da ONU na segunda-feira.

Diversos diplomatas de países europeus abandonaram a reunião quando Ahmadinejad mencionou Israel e disse que imigrantes judeus da Europa e dos Estados Unidos foram enviados ao Oriente Médio para estabelecer "um governo racista".

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com particular preocupação, do discurso do presidente iraniano que, entre outros aspectos, diminui a importância de acontecimentos trágicos e historicamente comprovados, como o Holocausto", disse o Itamaraty.

"O governo brasileiro considera que manifestações dessa natureza prejudicam o clima de diálogo e entendimento necessário ao tratamento internacional da questão da discriminação."

A nota também destaca que "o Brasil atribui grande importância à Conferência de Revisão de Durban sobre Discriminação Racial, que ocorre em Genebra entre 20 e 24 de abril. Para alcançar os objetivos da Conferência, o engajamento de todos no diálogo internacional é crucial", afirma a nota do Itamaraty.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o governo brasileiro vai aproveitar a visita de Ahmadinejad ao Brasil, em maio,"para reiterar ao governo iraniano suas opiniões sobre esses temas".

A delegação brasileira na conferência da ONU é chefiada pelo ministro-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção daIgualdade Racial, Edson Santos.

Obama

Também nesta terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lamentou as declarações de Ahmadinejad, dizendo que elas "não ajudam, são prejudiciais".

"Eu acho que na verdade isso fere a posição do Irã no mundo", disse Obama.

O mandatário americano, entretanto, disse que as declarações não mudam a estratégia adotada pelos Estados Unidos nas negociações pelo Irã, baseada em uma "diplomacia direta" e "sem que muitas opções sejam retiradas da mesa".

"Nós vamos continuar buscando a possibilidade de melhores relações e de uma resolução para algumas das questões críticas em que tem havido diferenças (entre os dois países), principalmente no tocante à questão nuclear."

Fonte: BBC Brasil
http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/04/21/discurso+de+lider+do+ira+preocupa+brasil+diz+itamaraty+5658914.html

Breve comentário: como tem gente que vive fora do país, pode não estar a par da visita que o Armagedonejad, ops, Ahmadinejad fará ao Brasil. Em maio, como diz a matéria, ele estará fazendo uma visita oficial ao Brasil. Espera-se que ele não faça uso da vista ao país pra fins políticos a fim de promover sua agenda política conflituosa e obsessiva(negação do Holocausto e acirramento de conflitos no Oriente Médio) no Brasil.

Nazismo versus humanismo

Nazismo versus humanismo, por Henry Chmelnitsky*

A memória do genocídio nazista contra os judeus, os ciganos, os opositores políticos e outros grupos sociais e religiosos tornou-se agora um campo de disputa. Com o passar do tempo, a recordação daqueles eventos já não tem a força que a dor viva dos testemunhos dos sobreviventes propiciava. O que era simples memória tornou-se história. Em decorrência, aumenta o esquecimento. Recordar obriga, hoje, a um desgaste mais cognitivo do que emocional. Hoje já não são os vivos que falam. São os livros que dão voz aos mortos. Em decorrência, as novas gerações leem aquelas ocorrências como tarefa escolar. E, como sempre ocorre nestas situações traumáticas, com o passar do tempo aumenta o espaço para reinterpretações e releituras. Assim, o que era simples e cristalino torna-se opaco. As vítimas do assassinato tornam-se agora também vítimas da pena e da retórica. Não raro, os criminosos são desculpados. O ato criminoso amenizado. A dor que as novas gerações sentem em terem de fazer algo com esta dura recordação é perturbadora. Os filhos, netos e bisnetos das vítimas e dos assassinos têm isso em comum. O patrimônio que herdaram da história lhes dói na alma.

Cabe por isso dizer: neste dia da recordação e honra à memória das vítimas do Holocausto, não se deseja nem a revanche nem a ruminação. Recordar não é revidar. Não se deseja nesta data condenar as novas gerações a assumirem a responsabilidade por atos cometidos no passado. O que se deseja nesta data é ensinar a não vulgarizar a barbárie. O que se quer nesta data é evitar que se minimize a maldade.

O nazismo nasceu no berço do humanismo alemão. Esta é a dura verdade. O mal parece estar sempre à espreita, mesmo ali onde proliferam a boa vontade e o sonho por um novo mundo. Esta luta entre estas duas tendências parece não ter fim. Cabe por isso dizer, o genocídio dos judeus e dos demais grupos, que tanto horrorizou a humanidade, não é um problema das vítimas. Elas recordam não porque estejam preocupadas com nova perseguição, porque almejam acerto de conta, porque aspiram cultivar o espírito de culpa do mundo ocidental. Elas recordam porque querem dizer que todos são suscetíveis a repetirem a história. Construir um novo mundo depende em boa medida da capacidade de aprender algo desta fragilidade da alma humana.

*Presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul

Fonte: Zero Hora
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2483183.xml&template=3898.dwt&edition=12157§ion=1012

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Presidente do Irã causa abandono de diplomatas em conferência da ONU

REUNIÃO DA ONU. Presidente do Irã causa abandono de conferência

Ao todo, 40 diplomatas da União Européia deixaram a sala de reunião durante o discurso do líder iraniano; Israel, EUA e outros países boicotaram a conferência
REUTERS

Mahmoud Ahmadinejad acusou Israel de racismo, provocando a indignação dos diplomatas presentes

Genebra, Suíça. Dezenas de países abandonaram ontem uma conferência racial da Organização da Organização das Nações Unidas (ONU), em um gesto raro, depois de ouvirem o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, apontar Israel como um ´regime racista cruel e repressor´.

´Depois do final da Segunda Guerra Mundial, os aliados recorreram à agressão militar para tirar as terras de uma nação inteira com o pretexto do sofrimento judeu´, afirmou Ahmadinejad, o único chefe de Estado que assistiu a conferência.

´Enviaram imigrantes da Europa, dos Estados Unidos para estabelecer um governo racista na Palestina ocupada´, continuou o presidente iraniano.

Ao todo, 40 diplomatas da União Européia (UE) abandonaram a sala após o discurso de Ahmadinejad. Os representantes também ameaçaram abandonar a conferência de houvesse novos apelos a retórica anti-semita ou outras críticas igualmente discriminatórias contra Israel.

O líder iraniano criticou ainda a ordem política mundial, ao afirmar que o Conselho de Segurança da ONU sempre ´recebeu com o silêncio os crimes desse regime (israelense), como os recentes bombardeios contra civis em Gaza´.

Afeganistão

Ahmadinejad disse ainda que a intervenção internacional no Afeganistão não trouxe a paz nem a prosperidade ao país, e que a invasão americana do Iraque deixou ´um milhão de mortos e feridos e perdas milionárias para a economia desse país´.

O presidente iraniano continuou as constantes referências ao ´sionismo mundial, que personifica o racismo´, disse, e chamadas para uma reforma da ordem política internacional. As vaias de alguns grupos a Ahmadinejad começaram no momento em que ele subiu à tribuna, quando foi interrompido com gritos de ´assassino´ por dissidentes iranianos que foram a Genebra. Algumas pessoas, no entanto, aplaudiram o presidente do Irã.

Ahmadinejad continuou dizendo que ´perdoava´ os que lhe tinham insultado, aos quais qualificou de ´ignorantes´. Membros de grupos judeus e ONGs favoráveis a Israel também protestavam na entrada da sala do Palácio das Nações, onde aconteceu a conferência.

A conferência da ONU foi boicotada por Israel, Estados Unidos, Austrália, Canadá, Itália, Holanda, Polônia, Nova Zelândia, e Alemanha. Esses países alegaram que a reunião poderia ser dominada por ´críticas injustas´ a Israel.

A presença de Ahmadinejad em Genebra causou indignação de Israel, que chamou para consultas seu embaixador em Berna, em protesto contra o encontro que o presidente suíço, Hans-Rudolf Merz, manteve na noite do último domingo com o presidente iraniano.

Reações

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, deplorou o discurso de Ahmadinejad. ´Foi uma experiência muito perturbadora para mim como secretário-geral´, disse ele numa entrevista coletiva ao final do dia. ´Nunca vi nem experimentei esse tipo de procedimento perturbador da assembléia, da conferência, por parte de nenhum Estado membro. Foi uma situação totalmente inaceitável´, afirmou.

O discurso de Ahmadinejad foi ´vil e odioso´, afirmou o enviado adjunto dos Estados Unidos, Alejandro Wolff. ´Eu não posso pensar em nenhuma palavra a não ser vergonhoso´, afirmou Wolff.

´Isso provoca uma séria injustiça contra a nação iraniana e o povo iraniano, e nós conclamamos a liderança iraniana a mostrar uma retórica muito mais equilibrada, moderada, honesta e construtiva quando lidar com as questões da região´, continuou o americano. Apesar disso, a Casa Branca declarou que ainda quer dialogar com o Irã.

Vaticano

O Vaticano também criticou as posições do líder iraniano e classificou suas declarações de ´inaceitáveis e extremistas´.

´Discursos como o do presidente iraniano não vão na direção certa, já que embora não tenha negado o Holocausto ou o direito à existência de Israel, usou expressões extremistas e inaceitáveis´, disse o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi a uma rádio.

A presença do Vaticano na conferência da ONU irritou os líderes judeus. ´Com sua participação, o Vaticano deu seu endosso ao que está sendo preparado ali (contra Israel)´, afirmou o rabino chefe de Roma, Riccardi Di Segni, ao jornal italiano La Stampa.

Shimon Samuels, diretor do escritório europeu do Centro Simon Wiesenthal, disse que o Vaticano ´está dando o selo de sua aprovação à campanha de ódio´ contra Israel. ´Não é possível ficar em cima do muro. O Vaticano é uma voz poderosa, e (um boicote) dele teria tido efeito demonstrativo poderoso´, ressaltou Samuels.

21.04.2009

Fonte: Diário do Nordeste/Reuters
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=632347

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