sexta-feira, 24 de agosto de 2007
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 7
7. Quem, onde e quando foram criados os primeiros campos de concentração?
O IHR diz:
Aparentemente, os campos de concentração foram usados pela primeira vez no mundo ocidental na Guerra da Independência Americana. Os britânicos encarceraram milhares de americanos, muitos dos quais morreram por enfermidades e maus tratos.
Andrew Jackson e seu irmão -que morreu- estiveram nos campos. Mais tarde, os britânicos voltaram a utilizar campos na África do Sul para encarcerar as mulheres e crianças afrikaners durante a conquista do país (Guerra dos Boeres).
Dezenas de milhares morreram nestes buracos infernais, que foram muito piores que qualquer campo de concentração alemão da Segunda Guerra Mundial.
Nizkor responde:
Irrelevante para o tema do Holocausto, exceto pela última frase, que é absurda. Inclusive alguns negadores do Holocausto estão admitindo que centenas de milhares de prisioneiros morreram nos campos nazistas- ver resposta do IHR na pergunta 36.
Outra contradição interna.
O IHR quer trivializar os crimes nazistas comparando-os com outras atrocidades. Não tomaremos parte neste relativismo moral, sem que simplesmente apresente-nos os fatos históricos referentes aos nazistas e deixaremos que o leitor tire suas próprias conclusões.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 6
6. Se Auschwitz não era um "campo da morte", Qual era sua finalidade?
O IHR diz (edição original):
Era um complexo fabril de grande escala. Se fabricava borracha sintética (Buna), e seus prisioneiros foram utilizados como mão de obra. Os Estados Unidos também fabricaram Buna durante a Segunda Guerra Mundial.
O IHR dz (edição revisada):
Era um centro de internamento e parte de um complexo fabril de grande escala. Ali se produzia combustível sintético, e seus prisioneiros foram utilizados como mão de obra.
Nizkor responde:
Verdadeiro até certo ponto.
Auschwitz era um grande complexo, nele havia campos para prisioneiros de guerra (onde também havia pilotos e tripulações da Força Aérea Britânica que testemunharam sobre as atrocidades que se cometiam nos arredores do campo de extermínio).
Auschwitz II, ou Birkenau, era o maior campo, e as câmaras de gás estavam ali. Auschwitz III, ou Monowitz, era a planta de fabricação industrial.
E é certo que usaram muitos prisioneiros como mão de obra em Auschwitz. Mas os "não apropriados ou inaptos" – referindo-se aos mais velhos, as crianças, e a maioria das mulheres- eram enviados imediatamente para as câmaras de gás.
Em sua resposta revisada, o IHR afirma que se produzia ali "combustível sintético", não Buna. Isto é mais preciso. Terminada a guerra, no se havia fabricado nem uma grama de borracha no campo de Buna.
Seja como for, é um erro tático por sua parte admitir isto, porque na Pergunta 40 afirmam que era impossíble queimar os cadáveres porque não havia combustível suficiente. Mas admitem que havia uma planta de fabricação de combustível a poucas milhas dali.
Produziram combustível, e de fato foi objetivo de bombardeios aliados por esta razão.
Mais uma contradição do panfleto.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 5
5. Auschwitz estava na Polônia, não na Alemanha. Existe alguma prova da existência de câmaras de gás destinadas a assassinar seres humanos em Auschwitz?
O IHR diz:
Não. Foi oferecida uma recompensa de 50.000 dólares a quem oferecesse uma prova disto, mas não apresentaram provas credíveis. Auschwitz, capturado pelos soviéticos, foi amplamente modificada depois da guerra e reformaram um depósito de cadáveres para que parecesse uma grande "câmara de gás". Hoje foi convertido em uma grande atração turística par o governo comunista da Polônia.
Na edição revisada:
Não. Auschwitz, capturado pelos soviéticos, foi modificado no pós-guerra, e reformaram uma instalação para que parecesse uma grande "câmara de gás". Depois que o grande expert americano em projetos e construção de câmaras de gás Fred Leuchter, examinou esta e outras supostas instalações de gaseamento de Auschwitz, afirmou que era "absurdo" dizer que foram usadas, ou poderiam ser usadas, para execuções.
Nizkor responde:
A respeito da recompensa de 50.000 dólares, pagaram, e até o último centavo (na realidade, 90.000 dólares), a Mel Mermelstein, um sobrevivente de Auschwitz que levou a julgamento o IHR. Esta foi a sentença do tribunal:
O Juiz Thomas T. Johnson, ditou a seguinte sentença em 9 de outubro de
1981:
Segundo a Seção 452(h) do Código de Evidências, este tribunal dita sentença e afirma que judeus foram gaseados até a morte nol Campo de Concentração de Auschwitz, na Polônia, durante o verão de 1944,
e
que é um fato que entra na definição da Seção 452(h) do Código de Evidências. Não é um assunto que possa ser discutido razoavelmente, e pode demonstrar-se imediatamente e com precisão recorrendo a fontes de uma fidelidade razoavelmente indiscutível. Simplesmente, é um fato.
O IHR se queixa de que não lhes foi dada uma oportunidade de discutir este fato, mas o sistema judicial americano não está destinado a ser um lugar eml que as pessoas tratem de demonstrar teorias descabeladas.
Não apresentaram "evidências credíveis" porque não havia lugar para isto - um tribunal não é o lugar para atacar o trabalho dos historiadores durante os últimos cinqüenta anos.
Mais ainda, uma "evidência credível" significa somente o que os negadores do Holocausto querem que signifique.
Michael Shermer, em uma carta aberta, tem oferecido ao IHR um desafio similar, somente se eles definirem com precisão em primeiro lugar o que é que aceitarão como prova. Não foi recebida resposta. (De fato, até esta data, esta carta nem sequer foi impressa).
Depois do julgamento, tanto Mermelstein como o IHR se digladiaram por difamação, mas decidiram não ir a julgamento. Os negadores do Holocausto dizem que isto é uma "vitória esmagadora" que "anula o resultado do primeiro juízo".
Trivialidade: os dois julgamentos não teriam nada a ver um com o outro, e o segundo não teve nada a ver com as câmaras de gás de Auschwitz.
Igual à maioria dos procedimentos legais, os detalhes são demasiado complicados. Se pode encontrar algo mais detalhado, incluindo vários documentos oficiais, nos arquivos FTP do Nizkor.
E quanto ao fraudulento "Relatório" de Fred Leuchter, temos disponível aqui uma FAQ.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 4
4. Se Dachau estava na Alemanha e inclusive Simon Wiesenthal disse que não era um campo de extermínio,por que milhares de veteranos americanos dizem que era?
O IHR diz:
Porque depois que os aliados capturaram Dachau, chegaram milhares de soldados americanos ali e eles ensinaram que os vários edifícios eram câmaras de gás, e porque a mídia informou, ampla mas falsamente, que Dachau era um campo de "gaseamento".
Nizkor responde:
No sentido de deixar no pior estado de sofrimento milhares de pessoas e esporadicamente matar alguns, sim, Dachau foi um campo da morte.
Talvez o termo "campo de extermínio" não deveria aplicar-se a Dachau, devido a que geralmente se utiliza para referir-se AOS GRANDES CAMPOS DA POLÔNIA OCUPADA onde se realizaram gaseamentos em massa (ver Pergunta 3).
O que não se põe em dúvida é que as câmaras de gás existiram.
Os aliados capturaram um relatório enviado pelo Dr. Sigmund Rascher, de Dachau, a Himmler (ver Kogon et al., Nazi Mass Murder, 1993, p. 202):
Como você sabe, estamos construindo as mesmas instalações [câmaras de gás] no
campo de concentração de Dachau, igual a Linz [Hartheim]. Devido a que os
"transportes não válidos" acabam de todas as maneiras em certas câmaras, me pergunto se não poderíamos experimentar alguns dos tipos de gases de combate, pois dispomos de pessoas concretas implicadas na ação. Até agora somente experimentamos com animais ou através de mortes por acidente durante a fabricação destes gases.
Devido a este parágrafo, ele classificou esta carta como "secreta".
Um jornalista americano gravou um filme em que se vê a câmara de gás muito pouco tempo depois da captura do campo, mostrando o que estava rotulado como "Brausebad" ("duchas") embora não houvesse ali nenhuma ducha.
A dúvida de que se pode provar que se usou a câmara de gás não tem sido aclarada definitivamente. Alguns historiadores dizem que não existe nenhuma dúvida: nunca se usou.
Outros dizem que ainda é um assunto aberto, baseando-se em dois testemunhos: o de um Oficial britânico chamado Payne-Best que disse que ouviu o Dr.Rascher falar de gaseamentos, e outro do Dr. Franz Blaha, que declarou sob juramento que se realizaram gaseamentos experimentais.
Para mais informações, ver Kogon et al., op. cit., pp. 202-204, e o testemunho de Blaha em Trial of the Major War Criminals, 1947, vol. V, pp. 167-199.
O Dr. Charles Larson, um expert em medicina forense, também examinou as vítimas de gaseamentos no campo, declarando que "só uns poucos prisioneiros que examinei pessoalmente em Dachau foram assassinados desta maneira".
Os negadores do Holocausto, por exemplo, só apresentam o ponto de vista segundo o qual nunca se usou a câmara de gás. Citam com freqüência uma carta escrita em 1960 pelo diretor do Institut für Zeitgeschichte (Instituto de História Contemporânea), de Munich (ver Die Zeit, 19 de agosto de 1960, p. 16):
Nenhum gaseamento em Dachau
Não gasearam nem judeus nem outros prisioneiros
em Dachau, em Bergen-Belsen e nem em Buchenwald.
A carta, por exemplo, confirma que os gaseamentos em massa aconteceram nos campos maiores. Mas os negadores do Holocausto não gostam de mencionar esta parte. Tampouco eles gostam de mencionar que, desde 1960, o Instituto tem realizado mais investigações e tem chegado a uma nova conclusão:
Agora dizem:
...se construiu uma câmara de gás [em Dachau] ... realizaram uns poucos
gaseamentos experimentais, segundo tem confirmado investigações mais
recentes.
Finalmente, a "mídia", em sua maioria, afirma os fatos reais: que Dachau foi usado para gaseamentos em uma escala muito pequena. A questão de se o termo "campo de gaseamento" é apropriado dependeria provavelmente do contexto.
Se o IHR pode apresentar uma citação em um jornal ou revista em que foi impresso algo incorreto, que apresentem.
Não será a primeira vez, nem a última, que algo foi impresso incorretamente.
Se os negadores do Holocausto crêem que os erros nos jornais ajudam a demonstrar que o Holocausto não ocorreu, estão muito equivocados.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 3
3. Simon Wiesenthal afirmou por escrito que "não havia campos de extermínio em solo alemão"?
O IHR disse (edição original):
Sim. Na edição de abril de 1975 de Books and Bookmen. Ele afirma que o "gaseamento" de judeus teve lugar na Polônia.
E na edição revisada:
Sim. O famoso "caçador de nazistas" escreveu isto na edição de 24 de janeiro de 1993 da revista Stars and Stripes. Também afirmou que os "gaseamentos" de judeus aconteceram somente na Polônia.
Nizkor responde:
A carta ao editor de 1975 de Wiesenthal dizia:
Dado que não havia campos de extermínio em solo alemão, os neonazistas estão
utilizando isto como prova de que estes crimes não aconteceram [...]
Que irônico é isso, ele não só disse a verdade, sendo que ademais suas palavras foram manipuladas precisamente da maneira em que o descrevia.
Ambas respostas são corretas em si: Wiesenthal certamente disse em 1975 e em 1993 que não havia campos de extermínio onde agora é Alemanha. Embora a manipulação de suas palavras parece ser inocente, leva o leitor a pensar que de certa forma está admitindo que o Holocausto foi algo muito mais limitado do que se tem afirmado até agora e que a verdade por fim está saindo à luz.
Frases como a de Wiesenthal são de fato a base em que se apoiam os negadores para proclamar que sua pressão está fazendo que a verdade surja apesar da resistência dos historiadores.
A verdade é que os historiadores, e outras pessoas como Wiesenthal, tem tentado repetidamente durante anos desmentir certos mitos sobre o Holocausto: por exemplo, o da produção em massa de sabão à partir de gordura humana.
Outro conceito errôneo que tem tratado de aclarar é o que afirma que a maior parte do processo de extermínio dos judeus tiveram lugar na própria Alemanha - ou, falando com propriedade, no "Altreich", dentro das fronteiras alemãs de pré-guerra. Embora houveram câmaras de gás e se praticaram gaseamentos no Altreich, a escala foi muito menor se comparada com os gaseamientos que tiveram lugar nos campos da Polônia ocupada pelos nazistas, como Belzec, Sobibor, Treblinka, Kulmhof/Chelmno, Maidanek/Majdanek, e Auschwitz-Birkenau.
Uns 3 milhões de pessoas foram gaseadas, quase todos judeus. Os gaseamentos no Altreich possivelmente só ceifou a vida de algumas milhares de pessoas, quase com certeza uns 10 mil. Aparte destes gaseamentos "a pequena escala" que houve em lugares como Dachau, Sachsenhausen, Stutthof, Neuengamme, e Ravensbrück, a outra campanha de gaseamentos que teve lugar no Altreich foi o programa de "eutanásia" com o qual assassinaram cerca de 5 mil pessoas, a maioria não-judeus.
Os nazistas tinham ao menos 2 razões para construir os campos de extermínio fora da Alemanha:
Em primeiro lugar, assim era mais fácil mantê-los longe do povo alemão devido às caóticas condições por causa da guerra que havia nos territórios que rodeavam o Altreich, era maiss fácil mantê-los ocultos ali.
Em segundo lugar, a grande maioria dos judeus assassinados eram procedentes de território conquistado no leste e no sul - por que se preocupar em levar até à Alemanha? Eles não os estavam “deportando” para o leste? (Ver as estatísticas no final da Pergunta 1.)
O que os negadores do Holocausto não reconhecem é que o que Wiesenthal disse é exatamente o que os historiadores mais respeitáveis estão dizendo desde os últimos 50 anos, começando talvez com o Instituto de História Contemporânea de Münich, em 1950.
A esta parcialidade podemos chamar simples e seguramente de mentir recorrendo a omissões e insinuações sem fundamento algum.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 2
Traduzido por Leo Gott
O IHR diz:
Um grande número de provas forenses, demográficas, analíticas e comparativas que demonstram a impossibilidade deste número. Este número de “seis milhões” que é constantemente repetido constantemente repetido é um exagero irresponsável.
Nizkor responde:
Em primeiro lugar: na resposta a esta pergunta os “revisionistas” afirmam possuir "um grande número de provas" para demonstrar que algo não ocorreu. E com freqüência os negadores do Holocausto dizem que não têm que provar nada porque, como eles mesmo dizem, "é impossível demonstrar uma proposição negativa".
Greg Raven disse em pelo menos duas vezes: uma implicitamente, e outra explicitamente:
(...)
As "provas forenses" são talvez uma referência ao fraudulento "Relatório Leuchter" que se encontra no site Nizkor em análise detalhada. (Colocaremos aqui o link para a tradução da análise do Nizkor).
E quais são estas "provas demográficas"? Não disseram na Pergunta1 que "não existe nenhuma estatística demográfica credível"? Outra contradição do IHR com ele mesmo.
"Provas analíticas e comparativas" poderiam significar qualquer coisa. Convidamos qualquer "revisionista" para que nos explique o que significa isto e que apresente alguma destas provas, e prometemos transcrever nesta página.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 1
Traduzido por Leo Gott.
1. Que provas existem que os Nazistas praticaram o genocídio ou assassinaram deliberadamente seis milhões de judeus?
O IHR (http://www.ihr.org) responde (combinando a versão original, a da Editora Samisdat (de Ernst Zündel) e à revisada):
Nenhuma. A única evidência são os testemunhos do pós-guerra de "sobreviventes" individuais. Estes testemunhos são contraditórios, e nenhum "sobrevivente" afirma ter sido testemunho de nenhum gaseamento. Não existem documentos da época que demonstrem nenhuma prova tangível: nem montes de cinzas, nem crematórios capazes de eliminar milhões de corpos, nem pilhas de roupa, nem sabão feito de restos humanos, nem abajures feitos com pele humana, nem registros, nem estatísticas demográficas credíveis.
Nizkor responde:
Uma mentira atrás da outra, e sem a mínima prova.
Isto é um ponto tão bom como qualquer outro para começar a expor algumas provas detalhadas que são ignoradas como base para negar o Holocausto. Veremos que esta resposta será maior que as outras sessenta e cinco, mas talvez o leitor compreenderá que é necessário.
- Suponhamos como única evidência, "os testemunhos de pós-guerra de sobreviventes individuais".
Em primeiro lugar, consideremos a teoria conspiratória implícita. Observe-se como os testemunhos de todos e de cada um dos prisioneiros dos campos nazistas são automaticamente depreciados como pouco convincentes. Este desprezo a estes testemunhos, junto com a desvalorização dos testemunhos de vários nazistas (¡¡), é a maior suposição não expressada da negação do Holocausto.
Esta suposição, que poucas vezes é expressada claramente, afirma que o genocídio judeu nunca teve lugar, sendo que foi uma conspiração dos judeus que começou desde 1941, e que falsificou milhares de documentos para prová-lo; depois da guerra, falaram com os sobreviventes dos campos e lhes indicaram o que estes deveriam dizer.
Aparentemente, os “conspiradores” também conseguiram torturar centenas de nazistas que estavam em postos-chave durante a guerra, para confessarem crimes que nunca cometeram, ou para implicarem os seus companheiros. Mesmo assim, conseguiram colocar centenas de documentos nos arquivos nazistas que nunca foram descobertos até depois da guerra, e muitas vezes somente com muita sorte. O diário de Goebbels, por exemplo, foi salvo de ser vendido como 7.000 páginas de papel usado, mas nos manuscritos se encontram algumas entradas como estas (segundo a tradução do inglês de Lochner, The Goebbels Diaries, 1948, pp. 86, 147-148):
14 de fevereiro de 1942: O Führer voltou a expressar sua determinação de eliminar sem piedade os judeus da Europa. Deve desaparecer todo sentimentalismo embutido(?). Foram os judeus que provocaram a catástrofe que está se aproximando. Sua destruição irá unida à destruição dos nossos inimigos. Devemos acelerar este processo sem piedade.
27 de março de 1942: O procedimento é muito bárbaro, e não irei detalhá-lo aqui. Não sobraram muito dos judeus. Em cifras gerais, podemos dizer que cerca de sessenta por cento deles serão liquidados, enquanto que quarenta por cento se salvarão para serem utilizados como mão de obra.
Michael Shermer tem assinalado que as estatísticas dos nazistas sobre o número de judeus europeus giravam entre onze milhões, e sessenta por cento de onze milhões são 6,6 milhões, algo muito próximo das cifras reais. (Na realidade, os quarenta por cento são uma estimativa muito por alto da taxa de sobrevivência dos judeus que foram capturados, mas muitos judeus escaparam).
Em qualquer caso, a maioria das informações do diário é trivial, e somente interessa aos historiadores.
Você crê na suposta conspiração judia que inseriu sete mil páginas de um diário simplesmente para inserir umas poucas linhas a seu favor? Como eles fizeram para conhecer a vida de Goebbels tanto a fim de evitar contradições, como por exemplo situá-lo e outras pessoas em uma cidade e dias equivocados?
Tal e como foi admitido inclusive pelo “revisionista” David Cole, os “revisionistas” ainda têm que dar uma explicação satisfatória sobre este documento.
E quanto aos testemunhos de pós-guerra dos nazistas, todos foram torturados para que confessarem seus horríveis crimes que supostamente não cometeram?
Isto seria credível se somente houvessem capturado uns poucos nazistas depois da guerra, ou talvez se alguns tivessem enfrentado um tribunal que lhes julgava, e tivessem confessado ao mundo a intenção de manipular seus testemunhos. Mas centenas deles testemunharam sobre o Holocausto, em julgamentos que vão de 1945 ate os anos 60. (Por exemplo, ver Böck, Hofmann, Hössler, Klein, Münch, e Stark).
Muitos destes nazistas testemunharam e não foram acusados de nenhum crime. Em que se baseia sua suposta manipulação? Muitos destes julgamentos aconteceram em tribunais alemães. Os alemães torturaram seus próprios compatriotas? Bem, os negadores do Holocausto às vezes afirmam que os judeus estão infiltrados no governo alemão e o controlam. Não obstante, preferimos não falar muito desta “teoria”, visto que isso beira o lunático.
A questão principal é que nenhuma destas supostas vítimas de tortura -em cinqüenta anos, nenhuma- apoiou estas teorias segundo os quais foram coagidos.
Pelo contrário, ao longo destes anos os testemunhos foram confirmados. Que coerções poderiam ter levado o juiz Konrad Morgen a confirmar seus crimes que foram testemunhados no Tribunal de Nuremberg em 1946? De onde não foi acusado de nenhum crime? E para depois voltar a testemunhar perante o Julgamento de Auschwitz celebrado em Frankfurt de 1963 a 1965? Qual foi a coerção ao médico das SS Johann Kremer para testemunhar em sua própria defesa em 1947, e, depois de haver sido condenado na Polônia e na Alemanha, voltar a aparecer novamente e sair da prisão para testemunhar no Julgamento de Frankfurt? Qual a coerção a Böck, a Hössler, a Hölblinger, a Storch e a Wiebeck, todos eles das SS, todos eles testemunharam em Frankfurt, sem que nenhum deles foi acusado de nenhum crime naquele Julgamento?
Os que negam o Holocausto destacam pequenas discrepâncias nos testemunhos para que possam ser desacreditados. O que eles pretendem com isso é que o leitor aceite estas pequenas discrepâncias como a evidência de uma vasta e toda poderosa conspiração judia. Isto é um absurdo.
É certo que as discrepâncias e os pequenos erros em detalhes falam contra, e não a favor, da teoria conspiratória. Por quê os conspiradores haveriam passado informação diferente a diferentes nazistas? De fato, todos os testemunhos, tanto dos nazistas como dos prisioneiros, foram demasiado parecidos, não existe dúvida de que os que negam o Holocausto o considerariam uma evidência de conspiração.
Que coações poderiam perdurar durante quatro décadas para forçar o antigo SS-Untersturmführer Dr. Hans Münch a conceder uma entrevista, contra a vontade de sua família, à televisão sueca? Na entrevista de 1981, ele falou de Auschwitz:
Que coações poderiam perdurar durante quatro décadas para forçar o antigo SS-Unterscharführer (Cabo das SS) Franz Suchomel a conceder uma entrevista para o filme Shoah? Pedindo falsas promessas de anonimato, falou dos crimes cometidos no campo de extermínio de Treblinka (do livro Shoah, Claude Lanzmann, 1985, p. 54):Entrevistador: Não é contrário aos valores éticos de um médico o conceito de genocídio?
Münch: Sim, sem dúvida. É indiscutível. Mas isso vivia comigo, e tratei por todos os meios evitar e aceitar, mas tive que viver com ele. Que outra coisa eu poderia fazer? E eu não o enfrentei diretamente, até que nos foi ordenado, a mim, e a meu superior, e a outra pessoa, tomar parte do extermínio, dado que os doutores do campo estavam saturados do trabalho.
Entrevistador: Devo perguntar-lhe algo. Os que duvidam sobre a autenticidade do Holocausto argumentam que "tratamento especial" poderia significar qualquer coisa, menos para tratar de extermínio.
Münch: O "tratamento especial", na terminologia dos campos de concentração, referia-se ao extermínio físico. Se tratava de algo mais que um pequeno grupo de pessoas, onde o melhor que se podia fazer era gaseá-los, sim, eram gaseados.
Entrevistador: O "tratamento especial" se referia ao gaseamento?
Münch: Sim, sem nenhuma dúvida.
Entrevistador: O seu testemunho é muito importante. Vocêpode nos dizer o que foi Treblinka?
Suchomel: Mas não utilize meu nome.
Entrevistador: Não usarei, te prometo. Muito bem, quando você chegou a Treblinka...
Suchomel: ...O sargento Stadie nos apresentou todo o campo. Durante o percurso, passamos pelas câmaras de gás quando elas se abriam, e vimos as pessoas cair como sacos de batatas. Logicamente, isto nos aterrorizou e impactou. Nós demos uma volta, nos sentamos sobre nossas malas e choramos como anciãos.
Cada dia se escolhia uma centena de judeus para que levassem os cadáveres para as covas comuns. Ao entardecer, os ucranianos levavam estes judeus para as câmaras de gás ou lhes davam um tiro. Todos os dias!
Perguntem aos que negam o Holocausto por que desacreditam o testemunho de Franz Suchomel? Greg Raven lhes dirá que "não é uma prova... dêem-me uma prova, por favor". Outros lhe dirão que Suchomel e Münch estavam loucos, ou que alucinaram, ou que são fantasias.
Mas onde estão as fantasias nas mentes dos que preferem evitar a enorme quantidade de provas, e crêem em troca na hipotética conspiração, apoiada em nada mais que suas imaginações.
Esta total falta de provas é o que faz que a "suposição da conspiração" quase nunca apareça por escrito. Não existe nem um único documento “revisionista”, artigo, discurso, panfleto, livro, fita, fita de vídeo ou boletim que proporcione detalhes sobre esta suposta conspiração judia ou sionista que revela todo o trabalho sujo. Nem um único.
Como sempre, a literatura “revisionista” faz veladas referências ao Congresso Mundial Judeu como o perpetuador de um "engano" (Arthur Butz, 1976) - mas sem mostrar detalhes. E toda a negação do Holocausto se apoia nesta suposta conspiração.
Enquanto os testemunhos dos sobreviventes, que segundo os "revisionistas" são a única evidência, e neles existem milhares de referências a gaseamentos e outras atrocidades, relatadas por prisioneiros judeus que sobreviveram aos campos e por outras classes de prisioneiros, como prisioneiros de guerra. Muitos dos prisioneiros de guerra que testemunharam sobre os gaseamentos não são judeus, por exemplo. Vejamos, por exemplo, o testemunho do oficial polonês Zenon Rozansky sobre o primeiro gaseamento em Auschwitz, onde foram assassinados 850 prisioneiros de guerra russos (Reitlinger, The Final Solution, p. 154):
Os que estavam contra a porta tinham uma estranha rigidez e então caíram aos
nossos pés, batendo o rosto contra o chão de cimento. Cadáveres! Cadáveres que
se mantinham erguidos preenchendo todo o bunker, estavam tão apertados que não podiam cair.
Quais têm autoridade para dizer a Rozansky o que ele viu e o que ele não viu?
A frase "nenhum 'sobrevivente' afirma ter testemunhado um gaseamento" é claramente falsa; nas últimas versões, eles trocaram "nenhum sobrevivente" por "uns poucos sobreviventes", algo um pouco mais próximo da verdade.
Mas não é necessário limitar somente aos testemunhos dos sobreviventes, dos nazistas, ou de qualquer outra pessoa. Muitos documentos elaborados durante a guerra, não descrições do pós-guerra, que falam especificamente de gaseamentos e outras atrocidades, capturados pelo exército americano. A maioria está nos Arquivos Nacionais de Washington, D.C.; outros estão na Alemanha.
Por exemplo, aqui temos um documento secreto enviado ao SS Obersturmbannführer (Tenente-Coronel das SS) Rauff pelo SS Untersturmführer Becker sobre os furgões(vans) de gaseamento, os precursores das câmaras de gás (de Nazi Conspiracy and Aggression, 1946, Vol. I, pp. 999-1001):
Se choveu, por exemplo, durante meia hora, não se pode usar o furgão porque
patina. Só pode usá-lo quando não chove. A pergunta agora é se pode usar o
furgão permanecendo parado no lugar da execução. Pero primeiro o furgão tem que chegar ao lugar, e só podemos fazer sem chuva...
Normalmente, o gás não é aplicado corretamente. Para acabar o mais rápido possível, o condutor pisa fundo no acelerador. Fazendo isto, as pessoas morrem por asfixia, sem desmaiar, e não é o que havia sido planejado. As medidas que tenho tomado demonstram que um correto ajuste do acelerador faz com que a morte seja mais rápida e que os prisioneiros morram pacificamente desmaiados.
Rauff recebeu outro informe sobre os furgões de gaseamento em 5 de junho de 1942, sendo este informe classificado como "secreto" e "cópia única". É uma horrível amostra dos eufemismos nazistas, que se refere aos assassinatos como "o processamento" e às vítimas como "o assunto" e "a carga". (Ver Kogon, Nazi Mass Murder, 1993, pp. 228-235.):
Desde dezembro de 1941, por exemplo, se processou 97.000 usando três furgões,
sem que os veículos sofressem avarias...
A capacidade dos furgões é de nove a dez por metro quadrado. A capacidade maior dos furgões especiais Saurer não é uma vantagem. Embora não sofram excesso de carga, perdem muita manobrabilidade fora dos caminhos e estradas em qualquer terreno. Seria desejável uma redução na capacidade da carga. Podemos fazer reduzindo em um metro o tamanho do furgão. A dificuldade mencionada não pode ser resolvida reduzindo a carga, como se tem feito até agora. Esta redução requer um tempo maior de operação, uma vez que temos que preencher o espaço vazio com CO [o gás emitido pelo cano de descargautilizado para asfixiar as vítimas].
É necessário proteger melhor as luzes. A grade deveria cobrir os faróis o suficiente para impossibilitar que se rompam os bulbos. Parece que raramente se acendem os faróis, porque os usuários dizem que podem ser retirados. Mas a experiência demonstra que, quando se fecha a porta traseira o interior escurece, e a carga se aperta contra a porta. O motivo é que quando o interior escurece, a carga se desloca para o menor resquício de luz. Isto dificulta o fechamento da porta. Também temos reparado que o ruído provocado pelo fechamento da porta se une ao medo provocado pela escuridão.
Existem certos deslizes cometidos na correspondência sobre as câmaras de gás, e algumas destas cartas, por sorte, não foram destruídas e foram recuperadas depois da guerra. Um relatório escrito pelo SS Karl Bischoff em 27 de novembro de 1942 descreve a câmara de gás do Krema II sem o habitual término "Leichenkeller", mas sim como "Sonderkeller", "porão especial".
E dois meses depois, em 29 de janeiro de 1943, Bischoff escreveu um relatório para Kammler, referindo-se a esta mesma câmara de gás como "Vergasungskeller". (Ver Gutman, Anatomy of the Auschwitz Death Camp, 1994, pp. 223, 227.) "Vergasungskeller" significa literalmente "porão de gaseamento", uma câmara de gás subterrânea.
Os negadores do Holocausto recorrem a Arthur Butz, que da uma enganosa explicação do término: "Vergasunsg", diz, não pode referir-se a assassinar pessoas com gás, mas sim somente ao processo de converter um sólido ou líquido em gás. Assim, diz que "Vergasungkeller" devia ser um cômodo especial em que o combustível para os fornos de Auschwitz era transformado em gás - uma "câmara de gasificação".
Existem três problemas nesta explicação. Em primeiro lugar, "Vergasung" certamente pode referir-se a assassinar pessoas com gás; Butz não fala alemão, assim não deveria fazer especulações com o idioma. Em segundo lugar, não existe um cômodo que pudesse realizar a função que Butz descreve - anos depois de escrever seu livro, ele admitiu, e inutilmente tratou de sugerir que pode ser que houvera outro edifício em alguma parte que acomodou a câmara de gasificação. Em terceiro lugar, o tipo de forno usado em Auschwitz não requeria nenhum processo de gasificação. Os fornos utilizam combustível sólido(coque). (Ver Gutman, op. cit., pp. 184-193.)
Então, a que se refere o termo "porão de gaseamento"? Os negadores do Holocausto ainda têm que oferecer uma explicação credível.
Um inventário de material, capturado antes da guerra, revelou a existência de quatorze chuveiros e uma porta suspensa na câmara de gás do Krema III. Os negadores dizem que esta sala era um necrotério; mas não explicam para que usar em um necrotério quatorze chuveiros e uma porta suspensa. (Ver fotografía do documento, ou Pressac, Auschwitz: Technique and Operation, 1989, pp. 231, 438.)
Um relatório do escritório de obras de Auschwitz, datado de 31 de março de 1943, diz: (Hilberg, Documents of Destruction, 1971, pp. 207-208):
Aproveitamos para mencionar outro pedido de 6 de março de 1943 de uma porta suspensa 100/192 para o Leichenkeller 1 de Krema III, Bw 30a, que deve instalar-se seguindo o procedimento e medidas da porta do porão do Krema II, com uma escotilha com vidro duplo de 8 milímetros selada com borracha. Este pedido deve ser considerado urgente...
Para que necessitaria urgentemente em um necrotério uma porta com escotilhas com um vidro grosso duplo de 8 milímetros?
A questão referente a que isto pode demonstrar é o uso de gás cianeto nas câmaras de gás de Auschwitz, é algo que intriga os negadores. Como tem anunciado o Relatório Leuchter, por exemplo, dedica grandes esforços a perguntar-se se existem restos de cianeto ali hoje em dia. Mas não necessitamos buscar traços químicos para confirmar o uso de cianeto (Gutman, op. cit., p. 229):
Várias cartas e telegramas trocados entre 11 e 12 de fevereiro [de 1943] entre o Zentralbauleitung e Topf mencionam o pedido de um ventilador de madeira para o Leichenkeller 1.
Esta referência confirma o uso do “necrotério” como câmara de gas: Bischoff e Prüfer consideravam que a extração de air mesclado com ácido prússico concentrado [cianeto dissolvido em água] (20 gr/cm3) requeria um ventilador que não pudesse corroer.
Na realidade, Bischoff e Prüfer se equivocaram, e acabou usando aceitavelmente bem um ventilador metálico. Mas o feiro de que pensaram que era necessário demonstra que o cianeto era habitualmente utilizado nas salas que os negadores chamam de necrotérios. (O cianeto não serve como desinfetante em um necrotério, já que não elimina bactérias).
Outros documentos capturados, inclusive ainda que não se referiam diretamente a alguma parte do processo de extermínio, se referem a ele pelas conseqüências deste. Um relatório capturado do SS-Brigadeführer (General de Brigada de las SS) Kammler revela que a capacidade de incineração prevista dos fornos de Auschwitz era de um total de 4.756 cadáveres por dia (ver fotografía do documento Kogon, op. cit., p. 157).
Os negadores estão acostumados a dizer que todo isto não era realizado na prática. Não é correto. Estes crematórios foram projetados cuidadosamente em 1942 para ter uma capacidade de eliminação de 140.000 por mês – em um campo em que só havia 125.000 pessoas. Podemos concluir que o extermínio massivo foi previsível, inclusive planejado, já em meados de 1942. Um campo projetado para incinerar toda sua população de prisioneiros a cada quatro semanas não é um simples centro de detenção.
Finalmente, depois dos abundantes testemunhos, confissões, e evidências físicas do processo de extermínio, certamente não tem necessidade de buscar provas sobre as intenções e planos dos nazistas.
Mas aqui temos alguns exemplos. Do diário de Hans Frank (de Nazi Conspiracy and Aggression, 1946, Vol. I, pp. 992, 994):
Mas, o que se deveria fazer com os judeus? Acreditam que serão reassentados
no 'Ostland' [territórios do leste], em povoados [de reassentamento]? Isto é o
que nos dizem em Berlim: por que tantas doenças? Não podemos fazer nada com eles nem no 'Ostland' nem no 'Reichkommissariat'. Assim serão liquidados.
Cavalheiros, devo pedir-lhes que abandonem todos os seus sentimentos de piedade. Devemos aniquilar os judeus, onde quer que se encontrem e em qualquer momento em que possamos, para assim manter a estrutura do Reich como um todo...
Não podemos disparar ou envenenar estes 3,500.000 de judeus, mas sem dúvida seremos capazes de tomar medidas que levarão, de uma maneira ou outra, à sua aniquilação...
Sentenciar 1,200.000 judeus a morrer de fome é algo que só se notaria um pouco.
Irei me referir agora à evacuação dos judeus, ao extermínio do povo judeu. Esta é uma das coisas que se dizem facilmente: "se está exterminando os judeus", dizem todos os membros do partido, "muito certo, é parte dos nossos planos, a eliminação dos judeus, seu extermínio, nós estamos fazendo".
O trabalho de extermínio foi inclusive mencionado em pelo menos um veredito oficial de um tribunal nazista. Em maio de 1943, um tribunal de Münich declarou em sua sentença contra o SS-Untersturmführer Max Taubner que:
Não se deveria castigar o acusado em razão das ações cometidas contra os
judeus como tais. Os judeus tem de ser exterminados e nenhum dos judeus mortos é uma grande perda. Embora o acusado deveria haver-se dado conta de que o
extermínio dos judeus é a missão dos Kommandos que se criaram especialmente para ele, se deveria desculpar que se considerara a si mesmo com a autoridade
necessária para tomar parte no extermínio.
E Hitler falou claramente dele em público em pelo menos três ocasiões. Em 30 de janeiro de 1939, sete meses antes da Alemanha invadir a Polônia, deu um discurso no Reichstag (transcrito da revista Skeptic, Vol. 2, No. 4, p. 50):
Hoje quero voltar a converter-me em profeta: se a judiaria internacional da
Europa e de fora dela tiverem êxito mais uma vez em sua intenção de levar as
nações a outra guerra mundial, a consequência não será a bolchevização da Tierra
e assim, a vitória dos judeus, e sim a aniquilação da raça judia na Europa.
Por certo, esta última frase, em alemão é "die Vernichtung der jüdischen Rasse in Europa". Aos que falam alemão se darão conta de que não é em absoluto ambígua.
Em setembro de 1942:
...se os judeus conspiram para provocar outra guerra mundial para exterminar os
arianos da Europa, não deverão ser os arianos os exterminados, e sim os
judíos...
Em 8 de novembro de 1942:
Relembrou da sessão do Reichstag em que declarou: si os judeus imaginam que
poderão provocar uma guerra mundial para exterminar as raças européias, o
resultado não será o extermínio das raças européias, e sim o extermínio dos
judeus da Europa. As pessoas sempre riram de mim quando profetizava. Daqueles
que riram então, um incontável número já não ri hoje, e os que ainda riem,
talvez rirão somente durante um pequeno tempo.
Existem muitos outros exemplos de documentos e testemunhos que poderiam ser apresentados.
Temos que ter em conta a resposta do IHR a “que provas existem?" A resposta é "nenhuma". Como demonstrado claramente, é fácil dizer que a resposta é uma fraude. E isto é a chave do que queremos expressar: a negação do Holocausto é uma fraude.
Seguiremos agora analisando o resto das afirmações, mais específicas, sobre as que se supõe que não hà provas.
A expressão "nenhuma montanha de cinzas" é contraditória com respeito a outros documentos do IHR. Em um artigo do boletim publicado pelo IHR, que também publica as 66 Perguntas e Respostas, o editor do boletim afirmou que uma comissão polonesa encontrou em 1946 uma cova com cinzas humanas no campo de extermínio de Treblinka com uma profundidade de seis metros. Podemos ler este artigo no website de Greg Raven.
(Ao que parece, alguns sobreviventes afirmam que os cadáveres não eram incinerados por completo. Devido ao que se mesclavam restos não incinerados com as cinzas, o editor sugeriu que os testemunhos eram falsos. Surpreendentemente, não se fez nenhum comentário sobre como estava ali uma cova de seis metros com cinzas humanas. Talvez considerou que não valia a pena ter isto em conta).
Também foram encontradas montanhas de cinzas em Maidanek. Em Auschwitz-Birkenau, jogaram as cinzas dos cadáveres nos rios e pântanos que rodeavam o campo, e jogaram gradativamente nos campos das fazendas vizinhas.
"Nenhum crematório" capaz de eliminar milhões de corpos? Totalmente falso, os crematorios eram mais que capazes de realizar o trabalho, de acordo com os relatórios internos dos próprios nazistas e com os testemunhos dos sobreviventes. Os negadores do Holocausto confundem deliberadamente, as pessoas falando dos crematórios atuais dos cemitérios em vez de falar dos enormes fornos industriais dos campos de extermínio. Este tema será discutido em detalhes nas perguntas e respostas 42 e 45.
"Nenhuma montanha de roupa"? Aparentemente, o IHR considera que as pilhas de roupa são uma "prova tangível"! Isto é estranho, porque no tentam negar a existência de outras pilhas encontradas nos campos nazistas: de óculos, de sapatos (em Auschwitz, Belzec, e Maidanek), de dentes de ouro, de cadáveres queimados, de próteses (see Swiebocka, Auschwitz: A History in Photographs, 1993, p. 210), de cabelos humanos (ibid, p. 211), de malas abertas e reviradas (ibid, p. 213), de escovas de cabelo (ibid, p. 215), de pentes (ibid), de cassarolas e frigieiras (ibid), e sim, inclusive pilhas de roupa (ibid, p. 214) que segundo o IHR não existem.
Talvez os leitores deste texto se deram conta de que era perigoso para eles admitir que estas pilhas eram provas tangíveis, porque então se veriam obrigados a admitir que outras coisas são "provas tangíveis". Talvez é por isso que os mesmos retiraram esta frase da edi’c~ao revisada das 66 Perguntas e Respostas do Holocausto.
Se não encontraram com freqüência objetos em quantidades massivas, é porque os nazistas distribuiam entre a população alemã. Foi encontrado um relatório sobre este assunto, revelando que inclusive distribuíram roupas íntimas femininas.
"Nenhum sabão com restos humanos"? Isto é certo, mas é uma meia verdade. Embora haja algumas provas da fabricação de sabão à partir de cadáveres em uma quantidade experimentale muito limitada, os boatos "produção em massa" nunca existiram, e não se sabe da existência de sabão feito de cadáveres humanos. Não obstante, existe o testemunho juramentado, nunca refutado, de prisioneiros de guerra britânicos e de um oficial do exército alemão, segundo o qual aconteceram experimentos, e os aliados capturaram a receita do sabão. Afirmar a secas que os nazistas não fizeram sabão de seres humanos não é correto.
"Nenhum abajur de pele humana"? Falso - foram utilizados como provas abajures de lâmpadas e outros "adornos" feitos com pele humana nos dois julgamentos de Ilse Koch, e foram mostrados a uma comissãode investigação do Senados dos Estados Unidos em fins dos anos '40. Sabemos que estes objetos foram feitos de pele humana porque levavam tatuagens, e porque foi realizada análise microscópica forense. (Nizkor está preparando uma página dedicada exclusivamente ao assunto.)
¿"Nenhum registro"? Isto é uma estupidez (temos que explicar que esta afirmação desapareceu das versões revisadas das 66 Perguntas e Respostas). Certamente, sempre se falou do extermínio por gás utilizando palavras em código, e não se registrava em nenhum livro as vítimas que chegavam aos campos de extermínio para serem gaseadas imediatamente. Mas existem vários deslizes no uso destas palavras em código que revelam seus verdadeiros significados, como já foi descrito. Existem inventários e pedidos do Krema que falam de objetos extranhos em um uso normal, mas não em um extermínio em massa por gaseamento. Existem registros de trens de deportação que, reunidos, falam claramente... Como demonstrado em alguns exemplos anteriormente.
"Nenhuma estatística demográfica credível"? Esta é a segunda contradição do IHR com seus próprios documentos. Ver as preguntas 2 e 15. O comitê anglo-americano que estudou o tema estimou o número de vítimas judias em 5,7 milhões, baseando-se em estatísticas de população.
Alemanha 195.000
Áustria 53.000
Tchecoslováquia 255.000
Dinamarca 1.500
França 140.000
Bélgica 57.000
Luxemburgo 3.000
Noruega 1.000
Holanda 120.000
Itália 20.000
Iugoslávia 64.000
Grécia 64.000
Bulgária 5.000
Romênia 530.000
Hungria 200.000
Polônia 3,271.000
URSS 1,050.000
Refugiados em diversos países. (308.000)
Total de judeus assassinados 5,721.500
(Esta estimativa foi realizada à partir de estatísticas de população, e não somando o número de vítimas em cada campo. Também estão disponíveis estes cálculos - por exemplo, um arquivo com a sentença de um tribunal alemão sobre o número de vítimas em Treblinka. As SS elaboraram registros mais precisos, e foram resgatados muitos documentos, apoiados por testemunhos e testemunhos oculares).
Algumas estimativas dão cifras mais baixas, outras dão cifras mais altas, mas é uma questão de cifras, não do feito. Em um artigo do jornal dos estudantes da CMU, é citado o chefe do Departamento de História da CMU, Peter Stearns, afirmando que documentos recentemente descobertos - especialmente na antiga União Soviética - indicam que o número de vítimas supera os seis milhões. Outros historiadores consideram que não supera os cinco milhões. A Encyclopedia of the Holocaust usa a cifra de 5,596.000 como mínimo e 5,860,000 como máximo (Gutman, 1990, p. 1799).
EM RESUMO:
Os “revisionistas” com freqüência afirmam corretamente que o peso das provas corresponde ao dos historiadores. As provas, por exemplo, têm sido PÚBLICAS desde finais de 1945, e podem ser lidas em bibliotecas do mundo inteiro. Estas provas foram analizadas muitíssimas vezes. Simplesmente estamos mostrando uma pequena parte de alguns dos pontos principais do imenso conjunto de provas, existem muito mais disponíveis.
O simples fato de pleitear que o Holocausto nunca ocorreu é um absurdo. Afirmar seriamente que não existe a mínima prova está mais além do absurdo, e é UM CLARO EXEMPLO DAS INTENÇÕES DISTORCIDAS DO “REVISIONISMO”.
As Testemunhas de Jeová e o Holocausto

Fundada nos Estados Unidos na década de 1870, a organização das Testemunhas de Jeová enviou missionários à Alemanha à procura de convertidos na década de 1890. No início dos anos 30, somente 20.000 alemães (de uma população total de 65 milhões) eram testemunhas de Jeová, normalmente conhecidos à época como "Estudantes da Bíblia
Internacionais".
Mesmo antes de 1933, apesar de seu pequeno número, a pregação de porta em porta e a identificação das testemunhas de Jeová como hereges pelas igrejas dominantes protestante e católica renderam-lhes poucos amigos. Estados alemães e autoridades locais com freqüência procuraram limitar as atividades de proselitismo do grupo com acusações de comércio ilegal. Havia também proibições totais à literatura religiosa das testemunhas de Jeová, que incluíam os folhetos Torre de Vigia e A Era Dourada. Os tribunais, em contraste, muitas vezes decidiam em favor da minoria religiosa. Enquanto isso, no início dos anos 30, tropas de assalto camisas-marrons nazistas, agindo fora da lei, terminavam encontros de estudos bíblicos e espancavam as próprias testemunhas.
Depois que os Nazistas chegaram ao poder, a perseguição às testemunhas de Jeová intensificou-se. O movimento, pequeno como era, oferecia uma "ideologia rival" e um "centro rival de lealdade" ao movimento nazista, nas palavras da estudiosa Christine King. Embora honestos e obedientes à lei tanto quanto suas crenças reli-giosas permitiam, as testemunhas de Jeová viam a si mesmos como cidadãos do Reino de Jeová; eles recusaram-se a jurar fidelidade a qualquer governo temporal. Eles não eram pacifistas, mas como soldados do exército de Jeová, eles não lutariam por nenhuma nação.
As testemunhas de Jeová, tanto na Alemanha quanto nos Estados Unidos, recusaram-se a lutar na Primeira Guerra Mundial. Esta posição contribuiu para a hostilidade contra eles numa Alemanha ainda ferida pela derrota naquela guerra e fervorosamente nacionalista, tentando reclamar seu status mundial anterior. Na Alemanha nazista, as testemunhas de Jeová recusaram-se a erguer seus braços na saudação "Heil, Hitler!"; eles não votaram nas eleições; eles não entrariam no exército ou na Frente de Trabalho Alemã (uma afiliada nazista, na qual todos os empregados assalariados deveriam entrar depois de 1934).
As testemunhas de Jeová foram denunciadas por seus laços internacionais e com os Estados Unidos, pelo tom aparentemente revolucionário de seu milenialismo (crença no governo celestial pacífico de 1000 anos de Cristo sobre a Terra, precedido pela batalha do Armageddon), e suas supostas conexões com o judaísmo, além de uma dependência em partes da Bíblia que compreendiam escrituras judaicas (o "Velho Testa-mento" cristão). Muitas dessas acusações foram feitas contra mais de 40 outros grupos religiosos, mas nenhum desses foi perseguido na mesma intensidade. A dife-rença crucial era a intensidade que as testemunhas demonstravam em recusar a dar lealdade ou obediência final ao estado.
Em abril de 1933, quatro meses depois de Hitler se tornar chanceler, as testemunhas de Jeová foram banidas na Bavária e, no verão, na maior parte da Alemanha. Por duas vezes em 1933, os policiais ocuparam os escritórios das testemunhas e sua gráfica em Magdeburg, e confiscaram literatura religiosa. Testemunhas desafiaram as proibições nazistas, continuando a se encontrar e distribuir sua literatura, muitas vezes às escondidas. Foram feitas cópias de folhetos, trazidos clandestinamente, principal-mente da Suíça.
Inicialmente, as testesmunhas de Jeová tentaram defender-se dos ataques nazistas emitindo uma carta ao governo em outubro de 1934, explicando suas crenças religiosas e neutralidade política. Esta declaração não conseguiu convencer o regime nazista quanto ao caráter inofensivo do grupo. Por desafiar a proibição às suas atividades, muitas testemunhas foram presas e enviadas para prisões e campos de concentração. Eles perderam seus empregos como funcionários públicos ou empregados em indústrias particulares, e seus benefícios contra desemprego, bem-estar social e pensão.
De 1935 em diante, as testemunhas de Jeová enfrentaram uma campanha de quase total perseguição. Em 1º de abril de 1935, o grupo foi banido nacionalmente por lei. Naquele mesmo ano, a Alemanha reintroduziu o serviço militar compulsório. Por se recusarem a se alistar ou realizar trabalho relativo à guerra, e por continuarem a se encontrar, as testemunhas de Jeová eram presas e encarceradas em prisões e campos de concentração. Em 1936, cerca de 400 testemunhas de Jeová foram presas no campo de concentração de Sachsenhausen.
Em 1936, uma unidade especial da Gestapo (Polícia Secreta do Estado)começou a compilar um registro de todas as pessoas que se acreditava serem testemunhas de Jeová, e agentes infiltraram-se nos encontros de estudos bíblicos. Em 1939, apro-ximadamente 6.000 testemunhas (incluindo os da Áustria e Tchecoslováqua incor-poradas) foram detidas em prisões ou campos. Algumas testemunhas foram torturadas pela polícia na tentativa de fazê-las assinar uma declaração renunciando à sua fé, mas poucas se renderam.
Em resposta aos esforços nazistas para destruí-los, a organização mundial das testemunhas de Jeová tornou-se um centro de resistência espiritual contra os nazistas. Uma convenção internacional de testemunhas, ocorrida em Lucerna, Suíça, em setembro de 1936, emitiu uma resolução condenando todo o regime nazista. Nesse texto e em outra literatura trazida para a Alemanha, escritores acusavam amplamente o Terceiro Reich. Artigos denunciavam com veemência a perseguição dos judeus alemães, a "selvageria" nazista com relação aos comunistas, a remilitarização da Alemanha, a nazificação das escolas e universidades, a propaganda nazista, e o assalto do regime às igrejas dominantes.
Os filhos das testemunhas de Jeová também sofreram. Em salas de aula, professores ridicularizavam crianças que se recusavam a fazer a saudação "Heil, Hilter!" ou cantar canções patrióticas. Colegas de classe evitavam e batiam em jovens teste-munhas. Diretores os expulsavam das escolas. Famílias foram destruídas quando as autoridades tomavam filhos de seus pais e os enviavam para reformatórios, orfanatos, ou casas particulares, para que crescessem como nazistas.
Depois de 1939, a maioria das testemunhas de Jeová ativas foram encarceradas em prisões ou campos de concentração. Alguns haviam fugido da Alemanha. Nos campos, todos os prisioneiros usavam marcações de vários formatos e cores, para que os guardas e oficiais dos campos pudessem identificá-los por categoria. As testemunhas de Jeová eram marcados por distintivos triangulares roxos. Mesmo nos campos, eles continuavam a se encontrar, orar, e fazer conversões. No campo de concentração de Buchenwald, eles criaram uma gráfica clandestina e distribuíram panfletos religiosos.
As condições nos campos nazistas eram geralmente duras para todos os prisioneiros, muitos dos quais morriam de fome, doença, exaustão, exposição ao frio, e tratamento brutal. Mas, como o psicanalista Bruno Bettelheim e outros notaram, as testemunhas de Jeová foram sustentadas singularmente nos campos pelo apoio que davam uns aos outros e pela sua crença de que seu sofrimento era parte de seu trabalho para Deus. Testemunhas individuais surpreendiam seus guardas com sua recusa em obedecer às rotinas do tipo militar, como chamadas ou enrolar bandagens para soldados do front. Ao mesmo tempo, as testemunhas, de maneira incomum, eram consideradas confiáveis, porque elas se recusavam a escapar dos campos ou resistir aos seus guardas. Por esta razão, as testemunhas eram muitas vezes usadas como serventes domésticos por oficiais e guardas nazistas.
De acordo com Rudolf Höss, comandante de Auschwitz, o chefe da SS, Heinrich Himmler, freqüentemente usava a "fé fanática" das testemunhas de Jeová como um exemplo para suas próprias tropas SS. Em sua visão, os homens da SS tinham que ter a mesma "fé inabalável" no ideal nacional-socialista e em Adolf Hitler que as testemunhas tinham em Jeová. Somente quando todos os homens da SS acreditassem tão fanaticamente em sua própria filosofia é que o estado de Adolf Hitler estaria permanentemente assegurado.
Nos anos do nazismo, cerca de de 10.000 testemunhas de Jeová, a maioria delas de nacionalidade alemã, forma aprisionados em campos de concentração. Depois de 1939, pequenos números de testemunhas da Áustria, Bélgica, Tchecoslováquia, Países Baixos, Noruega e Polônia (alguns dos quais refugiados da Alemanha) foram presos e deportados
para Dachau, Bergen-Belsen, Buchenwald, Sachsenhausen, Ravensbrück, Auschwitz, Mauthausen, e outros campos de concentração.
Cerca de 2.500 a 5.000 testemunhas morreram em campos ou prisões. Mais de 200 homens foram julgados pelo Tribunal de Guerra Alemão e executados por renegarem o serviço militar.
Fonte: USHMM
http://www.ushmm.org/education/resource/jehovahs/jehovahsw.php?menu=/export/home/www/doc_root/education/foreducators/include/menu.txt&bgcolor=CD9544
Tradução: Marcelo Oliveira (na lista holocausto-doc)
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6288
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Leuchter, Rudolf e os "Azuis de Ferro"
Postado em: http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/blue.html
Traduzido por Leo Gott
INTRODUÇÃO: Leuchter e Rudolf têm publicado relatórios pseudocientíficos tratando de demostrar que os resíduos químicos presentes nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau são incompatíveis com os assassinatos em massa.
Markiewicz, Gubala, e Labedz têm demonstrado inequivocadamente que existem compostos de cianeto presentes nos Kremas I-V e no Bunker 11, com níveis muito acima dos medidos em outras instalações. Muitas das câmaras de despiolhamento têm em suas paredes umas manchas azuis que não são tão evidentes nas câmaras de gás utilizadas para os assassinatos em massa.
Leuchter e Rudolf encontraram nestas instalações níveis de compostos de cianeto mais altos que nas câmaras de gás. Estas manchas azuis das câmaras de despiolhamento são parecidas com os “azuis de ferro”, um grupo de compostos entre os quais se encontra o Azul da Prússia.
Markiewicz, Gubala, e Labedz especificaram a presença de cada composto, no entanto Leuchter e Rudolf não fizeram. As conclusões de Leuchter e Rudolf não contém muita informação além da simples visão. Compreender o processo de formação do Azul da Prússia é essencial para compreender a importância das pesquisas de Markiewicz, Gubala e Labedz. Se examinarem brevemente os métodos industriais de produção do Azul da Prússia.
Se analisarem o processo de formação do Azul da Prússia proposto por Rudolf. É muito difícil que se formou Azul de Prússia nas câmaras de gás devido às condições das mesmas. Algumas variações nas condições podem alterar esta probabilidade, e esta é talvez a explicação da presença do Azul da Prússia nas câmaras de despiolhamento e na câmara de gás de Majdanek.
Além do que a averiguação da formação do Azul da Prússia é extremamente sensível à concentração de cianeto e ao pH. Várias intenções de produzir o Azul da Prússia falharam ao expor materiais de construção ao HCN. Esta demonstração dever ter formado Azul da Prússia nas câmaras de gás, como dizem os negadores do Holocausto.
Recentemente, diversos relatórios "forenses" publicados pelos negadores do Holocausto tratam de demonstrar que os assassinatos em massa de Auschwitz-Birkenau não ocorreram. O agente letal das câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau foi o Zyklon-B. O Zyklon-B é um sólido impregnado de cianeto de hidrogênio. Pode-se ler análises de química relacionada com os assassinatos em massa com Zyklon-B, assim como um estudo de alguns destes “relatórios” pseudocientíficos e de verdadeiras análises forenses realizadas pelo Instituto de Investigação Forense de Cracóvia (IFRC) no artigo A Química de Auschwitz – Germar Rudolf(1), entre outros têm afirmado que não poderia ter lugar para gaseamentos nas câmaras de gás destinadas a matar as pessoas de Auschwitz-Birkenau.
Sua afirmação se baseia em que aparecem manchas azuis nas instalações onde se usou o Zyklon-B para eliminar piolhos, mas não aparecem nas que foram usadas para fins homicidas. Afirma haver medido mais quantidade de cianeto nos muros manchados do que nos que não têm manchas, e portanto conclui que os níveis de cianeto presentes nas câmaras de gás não correspondem com os que deveriam haver se fossem utilizados para executar assassinatos em massa. Leuchter(2) tem feito também medidas similiares e conclusões similares.
Presença de Compostos de Cianeto nas Instalações de Gaseamento e a Aparente Ausência de Azul da Prússia.
Markiewicz, Gubala e Labedz, do Instituto de Investigação Forense de Cracóvia demonstraram a presença de HCN nas câmaras de gás utilizadas para o extermínio, a dizer, nos Kremas I, II, III, IV e V, e nos sótãos do Bunker 11, em níveis superiores ao de outras instalações do complexo de Auschwitz-Birkenau(3).
Tomaram várias amostras do Bunker 11 e dos Kremas. Encontraram níveis de cianeto significativamente maiores que os níveis residuais em todos estes lugares em que se praticou o extermínio. Usaram um método cuidadosamente calibrado em que a curva de calibração foi comparada com processos padrões de retirada de amostra. A análise foi realizada por uma equipe distinta da encarregada de retirar as amostras para assegurar a objetividade. A diferença é que os negadores do Holocausto, usaram um método que separou os distintos componentes do azul de ferro, como o Azul da Prússia, que se acredita que é o responsável da aparição das manchas mencionadas.
O propósito deste ensaio é examinar com mais afinco estas manchas azuis, o que são, como podem formar-se, e se a sua ausência nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau podem ser interpretadas razoavelmente como uma prova de que não aconteceram gaseamentos em massa ali.
Devido ao que Rudolf e Leuchter não separaram os compostos da família dos “azuis de ferro”, o fato que eles encontraram mais medidas de compostos de cianeto nas câmaras de despiolhamento do que nas câmaras de gás não é funcionalmente diferente da observação segundo a qual existem manchas azuis nas câmaras de despiolhamento e não nas câmaras de gás.
Em outras palavras, com suas medições não foi averiguado nada que não se pode averiguar sem medições. Em contrapartida, em uma cuidadosa experimentação, Markiewicz, Gubala, e Labedz nos proporcionaram uma informação real.
Não se discute aqui o fato de que existem umas óbvias manchas azuis nas câmaras de despiolhamento e não nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau. Deveria-se mencionar, não obstante, que no campo de extermínio de Majdanek aparecem essas manchas nas câmaras de gás(4,5). Em adição, as manchas não aparecem em todas as câmaras de despiolhamento conhecidas. Caberia aqui perguntar por quê se afirma que estas manchas são uma consequência necessária do uso de cianeto de hidrogênio (HCN).
Porque não podem elaborar uma teoria sobre o mecanismo para que possam formar “azul da Prússia” como o terceiro estado da oxidação do ferro (presente nos ladrilhos), Bailer(6) pleiteia a possibilidade de que a presença de “azuis de ferro” pode ser devido melhor à pintura do que à exposição ao HCN em estado gasoso (com freqüência se usam “azuis de ferro” como pigmentos para pinturas). A suposição de Bailer, é certamente mais razoável do que as afirmações de Rudolf segundo as quais não houveram gaseamentos em Auschwitz-Birkenau, temos que vê-la com certo ceticismo. Se se usaram pintura nestas instalações, pode ser que seja possível demonstrar que se comprou e se usou esta pintura. Esta hipótese necessita de mais provas.
Resumimos assim alguns pontos:
Algumas das câmaras de despiolhamento têm manchas azuis, e algumas das câmaras de gás não.
Dado que Rudolf e Leuchter decidiram incluir este material com manchas azuis em suas amostras, suas medidas não proporcionam mais informação que a inspeção visual, à partir de um pequeno exercício de confusão apresentando números sobre algo evidente.
Em outras palavras, ao não distinguir o Azul da Prússia do resto dos compostos, eles introduziram uma inclinação para que se usem as câmaras de despiolhamento como elemento de controle na investigação.
Assim, eles não estão contribuindo para compreender por que existem discrepâncias no nível de “Azul da Prússia” de umas instalações e de outras.
O material que forma as manchas azuis é de uma família de compostos chamada “azuis de ferro”, sendo o “azul da Prússia” um deles. Ainda que Bailer(4) tem sugerido que a cor azul pode ser procedente da pintura, esta explicação não parece credível.
Varias pessoas que têm observado as manchas em Majdanek dizem que estas estão muito incrustadas nos materiais de construção.
Para que se forme o Azul da Prússia, é necessário que haja uma fonte de Fe(II), Fe(0), ou um agente que reduza o Fe(III) a Fe(II) (Fe-n se refere a ferro-n, a dizer, átomos de ferro com n elétrons de valência). Se tem um agente redutor, devem haver certas condições para que se produza a redução. Este ponto é explicado com mais profundidade abaixo.
O Instituto de Investigação Forense de Cracóvia distinguiu os componentes do Azul da Prússia para não introduzir uma inclinação. Encontraram assim indiscutivelmente que todos os edifícios que se dizia que haviam estado em contato com o HCN em Auschwitz-Birkenau teriam traços de compostos de cianeto significativamente por cima dos níveis de outros edifícios de Auschwitz-Birkenau.
Uma vez que se forma o Azul da Prússia, este é muito menos suscetível aos efeitos do clima, à diferença de outros compostos de cianeto. O próprio Rudolf se mostra de acordo com este feito(4).
Se o cianeto de hidrogênio do Zyklon-B penetrou nos ladrilhos somente através do processo de absorção, então, devido à volatilidade do HCN (ponto de ebulição: 25,7 ºC), não seria possível hoje em dia detectar seus resíduos nas ruínas dos muros.
Este argumento esquece que o cianeto de hidrogênio é um ácido débil que pode formar sais, como o cianeto de potássio, não tem em conta a absorção química, ou a formação de outros compostos de cianeto; ainda assim, este ponto não carece de certo mérito. É talvez mais significativo que os sais de cianeto são altamente solúveis em água, ao contrário do Azul da Prússia.
Markiewicz et al. dizem que não esperavam poder detectar compostos de cianeto depois de vários anos transcorridos desde a exposição ao HCN. Devido a que puderam consentir diretamente às amostras, não obstante, puderam planificar a tomada de amostras com o fim de buscar os compostos de cianeto em lugares relativamente a salvo dos elementos. Os que mediram os traços de cianeto não vinculado ao ferro nas câmaras de gás em níveis superiores aos de outros edifícios confirma que é falso afirmar que não havia traços medíveis não vinculados ao Azul da Prússia.
Para que Leuchter ou Rudolf demonstrem a importância de suas “pesquisas”, é necessário que provem que necessariamente se teve que formar Azul da Prússia nas câmaras de gás – levando-se em conta as condições nas que se usaram-. Dizer que as câmaras de despiolhamento têm Azul da Prússia e que as câmaras de gás não, não prova nada, e sim não se demonstra que se teria que haver formado Azul da Prússia nas câmaras de gás.
Me centralizarei agora no Azul da Prússia, seu processo de formação e as condições presentes nas câmaras de gás.
Os “Azuis de Ferro” e sua Fabricação Industrial
Existe um certo número de compostos conhecidos coloquialmente como "azuis de ferro". Por exemplo, o insolúvel Azul da Prússia é Fe4[Fe(CN)6]3. Pode formar-se pela adição de Fe(II) a [Fe(III)(CN)6]-3.(7) Convém lembrar que a distinção entre solúvel e insolúvel se refere melhor à facilidade com o que um composto forma suspensões coloidais que à uma diferença real é a solubilidade deste(7).
Este ponto é importante de falar da possível degradação do Azul da Prússia. Ainda que não direi que a degradação do Azul da Prússia é a causa de sua ausência das câmaras de gás, deveria ter-se em conta como possibilidade esta hipótese.
Geralmente se usam três métodos para preparar “azuis de ferro” solúveis, e tem sido descritos por Holtzman(8). Se pode preparar azuis insolúveis através de várias reações de azuis solúveis com vários cátions metálicos (Ver Tabela II de Holtzman). Os três métodos de preparação de azuis solúveis são:
- Misturar um sal férrico (de Fe(III)) com um ferrocianeto de Fe(II),
- Misturar um sal ferroso (de Fe(II)) com um ferrocianeto de Fe(III),
- Misturar um sal ferroso com um ferrocianeto e realizar uma oxidação.
Processo proposto por Rudolf
Rudolf,(1,4) tanto pessoalmente como através de seus inúmeros pseudônimos(9) "E. Gauss,"(10) tem criticado a Bailer um tanto pomposamente por não dar-se conta da possibilidade de que o próprio HCN seja o agente redutor responsável da conversão do Ferro (III) em Ferro (II).
Se tem informado de sínteses de azuis de ferro ainda mais estranhas(11). Rudolf cita para apoiar sua afirmação um documento de Alich, Howarth, y Johnson(12). Aparentemente, não leu cuidadosamente este documento. Os autores investigam a redução do íon [Fe(CN)6]3- através de soluções aquosas e etanólicas do íon CN-. Sugerem que o grupo CN- é o agente redutor, mas o fato de que não puderam observar a presença do íon CNO- deveria sugerir que sua afirmação não é concludente.
DeWet y Rolle têm afirmado que se pode reduzir Fe(III)Fe(III)(CN)6 a um composto formado por Azul da Prússia e água(13). A observação de Alich et al. de que a adição de água inibe a reação talvez supõe que o HCN é o agente redutor com mis claridade, apesar de que não observaram a presença do íon CNO-.
Esta questão em torno so agente redutor, não obstante, pode ser simplesmente acadêmica. A questão relevante é se o processo de formação do Azul da Prússia teria que ter acontecido necessariamente nas câmaras de gás.
Alich et al. tem demonstrado que o Azul da Prússia não se forma na água, a não ser que haja um excesso de íons CN- comparado com o Fe(III) o que tem em condições muito básicas(14).
A diluição das soluções de Fe(III) e Fe(CN)63- com etanol produz o complexo vermelho, que persistem durante uma hora; tem-se que comparar isto com o desaparecimento do complexo vermelho em meio aquoso com uma diluição de 3.3 * 10-4 mol. O complexo vermelho em etanol se escureceu em uma hora e a redução a Azul da Prússia se completou em dois dias (Fig. 3).
Agora vem a parte mais importante:
Temos que salientar que o complexo em solução aquosa, sob as mesmas condições, se decompõe imediatamente, voltando o espectro ao do íon Fe(CN)63-
Mais ainda, a adição de uma quantidade de água tão pequena como uns 13% mais (por volume) causou que o complexo vermelho se descompusera, aparecendo o espectro do íon Fe(CN)63-.
Condições nas Câmaras de Gás utilizadas para os assassinatos em massa em Auschwitz-Birkenau.
Em outras palavras, o Azul da Prússia só se forma na presença de concentrações muito altas do íon CN-. As concentrações nas câmaras de gás eram tais que a água no ambiente em equilíbrio pode alcançar concentrações da ordem de 0,1mol como mostrado no Apêndice I.
O que se poderia alcançar desta concentração em equilíbrio durante o período de tempo de um gaseamento é duvidoso. Esta concentração é o valor em equilíbrio. Indubitavelmente, a absorção do HCN pela água seria cineticamente limitada, é dizer, a concentração se veria limitada pela rapidez com o que tivera lugar no processo de absorção. A concentração no equilíbrio assume que a água foi exposta ao HCN o suficiente como para que a taxa de HCN mudando de estado líquido o gasoso seja igual à taxa a que o HCN em estado gasoso é absorvido pela água.
Mais importante ainda, temos que levar em conta que as câmaras de gas eram limpas com uma mangueira depois dos gaseamentos para eliminar os excrementos o o sangue(15).
Considerando que a água no ambiente haveria estado presente em uma quantidade bastante pequena, proporcionar uma diluição 100 vezes maior haveria sido trivial. Este efeito pode ser a explicação da presença/ausência do Azul da Prússia nas câmaras de despiolhamento/câmaras de gás, mas seria necessário realizar uma investigação mais profunda para apoiar definitivamente esta conclusão.
A formação do Azul da Prússia é extremamente sensível à concentração e ao pH. Efeitos muito pequenos podem inclinar a balança para o lado da formação do Azul da Prússia ou para o lado da não formação.
Alich et al. encontraram uma forte dependência do pH na reação. A presença de seres humanos nas câmaras de gás haveria ajudado também a inclinar a balança. O CO2 é um ácido anídrico, e deveria haver uma grande quantidade na câmara de gás. Um ácido anídrico é uma substância que ao dissolver-se aumenta a acidez da solução. Inclusive as concentrações atmosféricas de CO2 (360ppm hoje em dia, umas 330ppm então) são suficientes para causar que a água da chuva pura tenha um pH de 5.6. Os seres humanos exalam uns 4% de CO2 aproximadamente, assim o pH pode ser bastante baixo. Por exemplo, com uns 2% de CO2 o pH estaria abaixo de 4.8.
O Apêndice II analisa a relação entre o dióxido de carbono e o pH.
Um pH baixo inibe a reação. Assim, um pH mais baixo fará que o HCN saia da solução, fazendo que os íons CN- fiquem mais diluídos. Estas considerações poderiam ser mitigadas para o uso de cal maçante (hidróxido de cálcio, Ca(OH)2), que é ligeiramente solúvel em água e poderia aumentar o pH. Uma solução pura de Ca(OH)2 pode alcançar um pH de 12, mas na cal maçante sólida dificilmente se tem estas condições.
Temos que assinalar aqui outro ponto. As condições destacadas aqui se referem à formação do Azul da Prússia na presença de íons cianeto e íons Fe(CN)63-. Nas câmaras de gás pode haver Fe(III) nos ladrilhos e íons cianeto no próprio HCN, mas Alich et. al. dizem que: "Os espectros das dissoluções que contêm Fe(III) e íons CN- indicaram somente a hidrólise ácida do Fe(III)."(16) Não se formou o Azul da Prússia.
É forte a evidência experimental que demonstra que a formação do Azul da Prússia não é necessária na presença de HCN e materiais de construção.
Markiewicz et al.(17) não chegaram a produzir este pigmento em experimentos com HCN e materiais de construção. Além do mais, Rudolf realizou um experimento em que expôs um ladrilho ao HCN e não encontrou níveis detectáveis de compostos de cianeto(18). Estes fracassos na intenção de produzir Azul da Prússia são suficientes para demonstrar que a sua formação em níveis detectáveis não é um resultado necessário da exposição ao HCN.
Conclusão:
Embora será precipitado afirmar que o modo como foi explicado por que existe Azul da Prússia nas câmaras de despiolhamento e não nas câmaras de gás, certamente como demonstrado que o processo de formação proposto por Rudolf dificilmente pode ser usado nas câmaras de gás.
Mais ainda, como demonstrado que a formação do Azul da Prússia está sujeita a influências muito sutis das condições presentes. Algumas leves trocas nas condições podem ser suficientes para inclinar a balança para um lado ou para outro.
O ônus da prova recai agora para os negadores do Holocausto. Afirmam que foi “provado” que não houveram gaseamentos nas câmaras de gás. Para fazer esta afirmação, precisam demonstrar que p processo de formação do Azul da Prússia que foi proposto teria que ocorrer nas câmaras de gás baixo às condições exatas que se usaram. Sua tarefa é trabalhosa. Qualquer informação dita sobre a base da ausência do Azul da Prússia é no mínimo uma especulação vazia.
Adicionar a isto que é prova da presença de cianeto nas câmaras de gás, que os testemunhos afirmam que ali ocorreram gaseamentos, que as pessoas que foram acusadas admitiram seus crimes, e que deportaram para Auschwitz-Birkenau entre 1 milhão e 1,5 milhões de pessoas e estas nunca voltaram, e com todo isto podemos dizer que o trabalho de Germar Rudolf é uma intencionada distorção da realidade.
(1)Germar Rudolf, The Rudolf Report, Ruediger Kammerer - Armin Solms (Hg), Das Rudolf-Gutachten, Gutachten ueber die Bildung nach Nachweisbarkeit von Canidverbindungen in den "Gaskammern" von Auschwitz, Cromwell Press, Londres, 1993. Foi proibido a publicação deste relatório na Alemanha, e portanto é difícil conseguí-lo. Meus agradecimentos a Margret Chatwin por obter uma cópia, y a Gord McFee por traduzir do original alemão a seção 2.5 e a nota 16. Ulrich Roessler também colaborou com a tradução de outras partes que são mencionadas mais abaixo.
Foi publicada uma tradução do inglês chamada The Rudolf Report, London: Cromwell, 1993.
Versão em alemão de 1997 em http://www.vho.org/D/rga/rga.html
Também tem um documento bastante incompleto que dizem ser uma tradução do Relatório Rudolf, mas omite as nota de rodapé. Está em http://www.codoh.com/rudolf/rudreport/rudreport.html, um link em alemão est’a no Zundelsite, mas parece incorreto. Quando perguntamos ao fórum CODOH se este documento é uma cópia fiel do trabalho de Rudolf e que pensamos em fazer uma tradução completa, não obtivemos resposta.
(2)Leuchter Fred A., THE LEUCHTER REPORT The End of a Myth: A Report on the Alleged Execution Gas Chambers at Auschwitz, Birkenau and Majdanek, Poland by an Execution Equipment Expert, Samisdat, 1988. Disponível em: http://ihr.org/books/leuchter/leuchter.toc.html
(3)Markiewicz, Gubala, y Labedz, Z Zagadnien Sqdowych, z. XXX, 1994 17-27 disponível em http://www.nizkor.org/hweb/orgs/polish/institute-for-forensic-research/index-sp.html
Rudolf, Germar. The Gas Chambers of Auschwitz and Majdanek, disponível no website del CODOH de Bradley Smith
(4)Shermer, Michael, correspondência privada.
(5)BailerAmoklauf gegen die Wirklichkeit. Praca zbiorowa (B. Gallanda, J. Bailer, F. Freund, T. Geisler, W. Lasek, N. Neugebauer, G. Spenn, W. Wegner). Bundesministerium fuer Unterricht und Kultur Wien 1991.
(6)Robin, M. B., and P. Day, Adv. Inorg. Chem. Radiochem., 10, 247 (1967)
(7)Holtzman, H., Ind. Eng. Chem. 37, 855 (1945)
(8)Rembiszewski, Sarah, The Final Lie: Holocaust Denial in Germany. A Second-Generation Denier as Test Case, Tel Aviv: Editorial da Universidade de Tel Aviv (1996)
(9)Gauss, E. (a.k.a. Germar, Rudolf), Vorlesungen über Zeitgeschichte Strittige Fragen im Kreuzverhoer, Tuebingen, 1993.Agradeço a Margret Chatwin por conseguir este documento, e a Gord McFee pela tradução.
(10)Powell, H. M., Proc Chem. Soc., p. 73 (1959)
(11)M.A. Alich, D.T. Howarth, M.F. Johnson, J. Inorg. Nucl.Chem. 1967, 29,p.1637-1642
de Wet and Rolle en Z. Anorg. Allgem. Chem 336, 96 (1965)
(12)Alich et al., op. cit. p. 1640
(13)Mark Van Alstine teve o detalhe de encontrar as seguintes referências:
Com respeito à limpeza das câmaras de gás com mangueiras:
Segundo o
Sonderkommando Henry Tauber (do Krema II):
Havia uma tomada de água no
passeio, e se conectava uma mangueira de borracha para lavar o chão da câmara de
gás.
Fonte: Pressac, Technique, p.484.
Segundo o Sonderkommando Filip Müller (do Krema V):
Normalmente o chão de
cimento da câmara de gás, assim como o do vestuário estavam húmidos.
Fonte:
Müller, Eyewitness Auschwitz, pp.82-83.
Segundo Nyszili (do Krema II):
O Sonderkommando, equipado com grandes
botas de borracha, se alinhou ante a pilha de cadáveres e os limpou com potentes
jatos de água. Isto era necessário porque o ato final dos que morrem afogados ou
por gás é uma defecação involuntária.
Fonte: Nyszili, Auschwitz, p.52.
De The Holocaust Odyssey of Daniel Bennahmias, Sonderkommando, p.46 (dos Kremas
II y III):
Uma vez que se esvaziava a câmara de gás, tínhamos que limpá-la
com uma mangueira para eliminar todos os restos de sangue e excrementos -mas
sobre tudo sangue- e depois branqueá-la com pintura rápida. Este passo é
crucial, e se faz cada vez que se esvazia a câmara, já que os mortos aranham as
paredes na agonia. Os muros se enchem de sangue e pedaços de carne, e nenhum dos que vinham no próximo transporte suspeitavam que estavam entrando em algo
distinto de uma ducha. Isto leva entre duas e três horas.
(14)Alich et al., op. cit. p. 1639
(15)Markiewicz et al., op. cit.
(16)Rudolf ,The Rudolf Report, op. cit., Agradeço a Ulrich Roessler à tradução dos parágrafos mencionados.
Notas do Apêndice I.
(1)DuPont, Hydrogen Cyanide: Properties, Uses, Storage and Handling, 195071A, (1991).
Notas do Apêndice II.
(1)John H. Seinfeld, Atmospheric Chemistry and Physics of Air Pollution, John Wiley & Sons, New York, 1986, pp. 198-204.
(2)Por exemplo, ver William H. Press, Saul A. Teukolsky, William T. Vetterling, e Brian P. Flannery Numerical Recipes in C: The Art of Scientific Computing, Segunda Edição, Cambridge University Press,
Depoimento de Paul Blobel em Nuremberg
http://www.einsatzgruppenarchives.com/pblobel.html
Um depoimento de Paul Blobel sobre a queima de corpos e destruição dos traços dos corpos de judeu mortos pelas Einsatzgruppen:
"Eu, Paul Blobel, juro, declaro e afirmo em evidência:
1. Eu nasci em Potsdam em 13 de Agosto de 1894. De junho de 1941 a janeiro de 1942, eu fui comandante do Sonderkommando 4A.
2. Depois de eu ter sido dispensado deste comando, eu deveria reportar a Berlim ao SS Obergruppenführer Heydrich e Gruppenführer Müller, e em junho de 1942 foi-me

3. Durante minhas visitas em agosto, eu mesmo observei a queima de corpos numa sepultura em massa próxima a Kiev. Esta sepultura tinha cerca de 55 m de compri-mento, 3 m de largura e 2-1/2 m de profundidade. Depois que a cobertura havia sido removida, os corpos foram cobertos com material inflamável e incendiados. Levou cerca de dois dias até que a sepultura queimasse até o fundo. Eu mesmo observei que o fogo havia iluminado lá no fundo. Depois disso a sepultura foi preenchida e os traços praticamente destruídos.
4. Devido ao levantamento das linhas de frente, não foi possível destruir as sepul-turas em massa mais distantes ao sul e ao leste, que haviam resultado de execuções pelas Einsatzgruppen. Eu viajei para Berlim em conexão com esse relatório, e foi enviado para a Estônia pelo Gruppenführer Müller. Eu comuniquei as mesmas ordens ao Oberführer Achammer-Pierader em Riga, e também ao Obergruppenführer Jeckeln. Eu retornei para Berlim a fim de obter combustível. A queima dos corpos começou somente em maio ou junho de 1944. Eu lembro que as incinerações ocorreram na área de Riga e Reval. Eu estive presente em tais incinerações próximas a Reval, mas as sepulturas eram menores ali e continham somente cerca de vinte a trinta corpos. As sepulturas na área de Reval estavam a 20 ou 30 km a leste da cidade, num distrito pantanoso e eu acho que quatro ou cinco sepulturas foram abertas e os corpos queimados.
5. De acordo com as minhas ordens, eu deveria ter ampliado minhas obrigações pela área inteira ocupada pelas Einsatzgruppen, mas devido à retirada da Rússia, eu não pude executar minhas ordens completamente...
Nuremberg, 18 de junho de 1947
//assinado// Paul Blobel
Fonte: Berenbaum, Michael, editor. Witness to the Holocaust. New York: HarperCollins. 1997. pp. 143-144
http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/blobel1.html
Tradução: Marcelo Oliveira
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6262