(todos os grifos do tradutor)
O principal método para a eliminação dos corpos das vítimas dos massacres em massa foram as cremações ao ar livre. O método foi utilizado pelas autoridades do campo de concentração de Bergen-Belsen quando ocorreram elevadas taxas de mortalidade.[190] A prática foi utilizada no campo de concentração de Majdanek, onde ocorreram gaseamentos e assassinatos em massa.[191] Os alemães também utilizaram cremações ao ar livre para eliminar os corpos de seus cidadãos que foram mortos como resultado dos bombardeios aliados. Há fotos de vítimas alemãs do bombardeio Aliado de Hamburgo que foram cremadas em valas ou piras.[192]
O método de cremações ao ar livre foi usado na Operação Reinhard, nos campos de Belzec, Sobibor e Treblinka, onde as vítimas eram gaseadas e cremadas. Até recentemente, as únicas evidência que sobreviveram à partir destes campos foram os depoimentos de perpetradores e vítimas.[193] Quase todas as provas incriminatórias foram destruídas. Odilo Globocnik, que tinha a responsabilidade geral pela Operação Reinhard, esceveu “CONFIDENCIAL” em um memorando de 5 de janeiro de 1944, depois que esses campos tinham sido destruídos, ele cita que:
[n]o que diz respeito às contas finais da “Operação Reinhard” devo acrescentar que todos os papéis devem ser destruídos assim que possível, como tem sido feito com todos os outros documentos relativos a esta operação.[194]
Assim como em Auschwitz, as provas mais incriminatórias foram destruídas. No entanto, recentes escavações no local do campo de extermínio de Belzec por uma equipe arqueológica, revelaram valas comuns com milhares de corpos que os alemães não incineraram, bem como cinzas de corpos incinerados. [195]
Outro documento que recentemente veio à luz é um relatório diário do comandante militar do Governo Geral, uma unidade administrativa alemã que ocupou a Polônia, de outubro de 1942 sobre Treblinka. O relatório afirma:
Comando Supremo...informa que os judeus em Treblinka não foram sepultados adequadamente, e que como resultado, um insuportável mau cheiro de corpos no ar.[196]
O comandante do campo de Treblinka Franz Stangl testemunhou em seu julgamento que escavaram os cadáveres no início de 1943 para serem cremados, juntamente com os prisioneiros recém gaseados.[197]
Mattogno nunca admitiu diretamente que os números acima fossem um problema. Entretanto, ele está sem dúvida consciente de que em algum ponto um pesquisador irá comparam as mortes dos prisioneiros registrados nos períodos colocados em discussão com as entregas de coque e concluir que sua tese não funcionou.
Por isso, ele fez algo que nenhum outro negador jamais havia feito: ele admitiu que aconteceram cremações de corpos ao ar livre. Sua outra única opção era admitir que estes corpos haviam sido eliminados nos fornos. Todavia, se ele fizesse isso iria invalidar seus argumentos sobre a limitação de coque. Sua fonte para as cremações externas no campo foi [o livro] da Historiadora Danuta Czech. Mattogno escreveu: “De acordo com Auschwitz’s Chronicle de Danuta Czech a incineração dos corpos exumados começou em 21 de setembro, o que parece muito credível, e terminou em novembro”.[203] O problema é Mattogno ocultou deliberadamente a fonte da informação de Czech. Ele invocou essa informação das memórias do comandante do campo de Auschwitz, Rudolf Hoess.[204] Como já notado em outros locais, as
memórias de Hoess são extremamente fiáveis e existem boas documentações independentes para a maioria das declarações feitas por ele.[205] Desde que suas memórias confirmam que o massacre estava acontecendo em Auschwitz e os meios que estava sendo realizado, os negadores se impacientam dizendo que são falsas.
Obviamente, portanto, Mattogno não poderia citar diretamente. No entanto, o que é particularmente interessante é que ele as achou fiáveis como muitos outros historiadores ao tentar resolver um problema.
No entanto, Mattogno ignorou o principal contexto da invocação de Czech para as memórias, e do contexto em que Hoess apresentou esta informação acerca das cremações ao ar livre:
Durante a primavera de 1942, estávamos ainda lidando com pequenas ações policiais. Mas, durante o verão os transportes tornaram-se mais numerosos e fomos forçados a construir outro local de extermínio [além do Crematório I]...Cinco alojamentos foram construídos, dois perto do Bunker I e três perto do Bunker II. Bunker II era o maior deles. Cabia cerca de 1.200 pessoas. Até o verão de 1942 os corpos ainda estavam sendo enterrados em valas comuns. Não até o fim do verão [setembro] de 1942, quando começamos a queimá-los. Na primeira, colocamos 2.000 corpos em uma grande pilha de madeira. Então, abrimos as valas e os novos corpos cremaram em cima das antigas sepulturas...As cremações eram contínuas – todo dia e toda noite. Até o fim de novembro todas as valas comuns foram limpas. O número de corpos enterrados em valas comuns foi 107.000. Este número inclui não apenas o primeiro transporte de judeus que foram gaseados quando começamos a cremar, mas também o corpos dos prisioneiros que morreram no Campo Principal [Auschwitz I] durante o inverno de 1941 e 1942, porque o crematório ainda não existia. Os presos que morreram em Birkenau foram incluídos neste número.[206]
Os dois bunkers estavam localizados em uma área arborizada, várias centenas de metros além, atrás de Birkenau, não muito longe de onde os Kremas IV e V viriam a ser construídos. Eles eram conhecidos como Bunker Vermelho, ou Bunker I, e Bunker Branco, ou Bunker II.
Os cinco alojamentos mencionados por Hoess são referidos pelo Bauleitung em um longo relatório sobre o campo de 15 de julho de 1942 como “5 alojamentos para prisioneiros (tratamento especial) [Sonderbehandlung]”.[207] Conforme observado anteriormente, tratamento especial era a palavra usada para assassinato. O pesquisador francês Jean-Claude Pressac encontrou nos arquivos do Museu de Auschwitz um documento de inventário com 120 itens de material necessário para a conclusão dos quatro crematórios em Birkenau, no período de 10 a 18 de dezembro de 1942 foram legendados:
“No que diz respeito ao Campo de Prisioneiros de Guerra de Auschwitz (realização de Tratamento Especial)” [Durchführung der Sonderbehandlung].[208] Documentos similares que citam “tratamento especial”, em conexão com o Bauleitung já surgiram nos Arquivos de Auschwitz em Moscou.[209] A ligação de “tratamento especial” para assassinar prisioneiros e cremar é referido em um memorando carimbado “Secreto” da sede da Gestapo em Düsseldorf. O assunto do memorando é “Tratamento Especial para Trabalhadores Estrangeiros.” A parte mais relevante diz:
...eu solicito que as pessoas submetidas a tratamento especial sejam enviadas para o crematório para serem cremadas, se possível...para fins de intimidação, o anúncio por meio de cartazes da execução da sentença de morte no campo de trabalho terá continuidade.[210]
O time line para a referência de Hoess aos prisioneiros mortos no campo principal como sendo enterrados não é clara na medida em que estes óbitos ocorreram no inverno de 1941 e 1942. Ele pode ter se referido a duas semanas de fevereiro, porque os números de coque são do início a meados do mês. Se a afirmação de Mattogno de que houve entregas de coque para novembro de 1941 e janeiro de 1942 estiver correta, então a primeira metade de fevereiro seria este período de tempo. Por outro lado, se não houvesse entregas de coque em seguida, os fornos do Krema I poderiam ter sido feitos para dois ou três meses. Conforme referido anteriormente, não existem números de coque para qualquer período anterior a meados de fevereiro de 1942 – a menos que nós estejamos dispostos a aceitar os números de Mattogno de novembro de 1941 a janeiro de 1942 como sendo valores exatos.
A referência de Hoess para os prisioneiros de Birkenau que foram mortos e enterrados para em seguida serem cremados ao ar livre também não é clara. Ele está se referindo a todos os prisioneiros que morreram em Birkenau em 1942 ou somente aqueles que morreram no período que ele define como o inverno de 1941 a 1942?
Mattogno alegou que todos os prisioneiros mortos em Birkenau à partir de 1942 foram enterrados em valas comuns, assim ele poderia salvar os seus argumentos sobre o coque.[211] Ele não mencionou, naturalmente, que sua fonte foi Hoess – e nem sequer é certo que isto significa o que Hoess disse.
A questão de quantos prisioneiros foram cremados no Krema I durante o período que precedeu a construção dos quatro crematórios de Birkenau – antes de março de 1943 – é problemática. Qualquer prisioneiro registrado que foi gaseado em um dos dois bunkers, foi obviamente cremado ao ar livre. Muitos prisioneiros registrados foram mortos por injeção de fenol no hospital do campo principal, onde o Krema I estava localizado. Houve também prisioneiros não-registrados que foram mortos na câmara de gás do Krema I. Segundo o Sonderkommando Alter Feinsilber, cerca de 250 prisioneiros não registrados foram levados ao campo principal e uma semana depois foram abatidos.[212] Nós não sabemos quantos outros prisioneiros não registrados foram mortos na câmara de gás do campo principal e, portanto, a quantidade de coque que era usada para cremar cada prisioneiro. Birkenau estava a cerca de 1 ½ milha do campo principal, e é possível que qualquer prisioneiro registrado que morreu ali foi cremado previamente ao ar livre até a construção dos quatro crematórios. Não existem informações concretas sobre o assunto.
Hoess relata que as cremações externas eram resultantes principalmente dos gaseamentos nos dois bunkers, isso foi confirmado nas memórias do Soldado SS de Auschwitz Pery Broad, que foram escritas no mesmo período que as de Hoess.[213] Estas atividades de cremações de corpos e o contexto em que elas ocorreram também foram confirmadas pelo Sonderkommando Alter Feinsilber[214], Szlama Dragon[215], Henryk Tauber[216], e Filip Müller[217]; e dois prisioneiros que escaparam em abril de 1944 e apresentaram um relatório que foi publicado pela Câmara de Refugiados de Guerra[218]. Os gaseamentos nos dois bunkers também foram confirmados pelo prisioneiro e médico francês Andre Lettich[219], e nos testemunhos pós-guerra do médico da SS em Auschwitz Johann Kremer e homens das SS Karl Höblinger e Richard Böck.[220] Mattogno tentou cooptar todas estas evidências para parecer que as cremações exteriores só foram de prisioneiros registrados que tinham morrido de tifo.
No entanto, Mattogno criou um dilema para o seu argumento. Ele já tinha identificado o método de eliminação de corpos, confirmado por muitas testemunhas, que não era dependente dos fornos. Isso significa que mesmo que todos as falsas limitações que Mattogno colocou aos fornos estivessem corretas, isso não faz diferença. As cremações externas não eram dependentes de coque e não houve necessidade de se preocupar com avarias ou manutenção. Portanto, os corpos poderiam ser cremados em uma quantidade ilimitada. Sendo este o caso, não havia nenhuma razão para que o número de corpos cremados dos prisioneiros assassinados, que excedeu a um milhão, não poderiam ter sido eliminados. A fim de libertar de sua própria argumentação, ele alegou então que as cremações ao ar livre cessaram quando o novo crematório tornou-se operacional. Ele teve que fazer isso ou então admitir que os seus argumentos sobre as limitações que colocou aos fornos eram irrelevantes. A fonte de Mattogno foi a do crítico dos negadores Jean-Claude Pressac, cujos escritos ele tentou hà alguns anos desacreditar.[221] No entanto, Mattogno teve que cuidadosamente omitir o contexto em que foram feitas as observações de Pressac. Pressac reproduziu o depoimento do Sonderkommando Szlama Dragon, que discutia o gaseamento e a cremação de prisioneiros. Dragon afirmou:
Após a construção em Birkenau do [C]rematório II, a [sala de despir] cabana situada próxima ao bunker 2 [a segunda dos dois bunkers de gaseamento que também são conhecidos como “Bunker Branco”] também foram desmanteladas. As valas foram preenchidas com terra e a superfície alisada. O bunker em si foi mantido até o final. O que restou não foi utilizado por um longo tempo e então foi utilizado novamente para o gaseamento dos judeus húngaros [no início de maio de 1944]. Eles então construíram novas cabanas e cavaram novas valas.[222]
Assim, com toda a sua bruxaria pseudo-técnica, em sua última análise, Mattogno foi forçado a recorrer às memórias de Hoess, através de Danuta Czech e do testemunho de Dragon, através de Pressac. No entanto, ele não poderia revelar as verdadeiras fontes para a sua argumentação ou o contexto no qual Hoess e Dragon fizeram as suas observações. Um dos principais problemas que Mattogno teve com o depoimento de Dragon é que ele menciona especificamente o Bunker 2 – também conhecido como Bunker Branco ou Bunker V em algumas literaturas – foi reativado para a operação húngara em maio de 1944. Mattogno argumentou que as cremações ao ar livre não aconteceram depois que o novo crematório foi ativado.
A declaração de Dragon que as cremações ao ar livre perto do Bunker Branco cessaram com a construção do Crematório II até quando a operação húngara foi iniciada, necessita de mais alguns comentários. Concordando com Hoess, conforme referido acima, Mattogno achou muita credibilidade nestas questões, o Bunker Branco foi mantido em standby quando os Crematórios II e III avariaram.[223] Eu seu depoimento em Nuremberg Hoess declarou que os dois bunkers “também foram utilizados mais tarde quando os crematórios eram insuficientes para lidar com o trabalho.”[224] Seu depoimento somente difere de suas memórias que, na anterior ele menciona que ambos bunkers ficavam ativos quando necessário, e em suas memórias ele somente menciona o Bunker Branco.
O Bunker Branco estava em uma área arborizada fora do campo de Birkenau. Como será mostrado mais adiante, ele pode ser visto em uma fotografia tirada do campo em 1944.
Até mesmo Mattogno admite que existiu quatro valas enormes na área usada para eliminação de corpos – embora ele não admita a existência do Bunker Branco.[225] O uso contínuo desta área após a construção dos crematórios é sugerido pelo testemunho do prisioneiro soviético Nicolai Vassiliev no julgamento de Auschwitz na Alemanha em meados dos anos 1960. Ele afirmou que, no verão de 1943 cerca de 300 prisioneiros soviéticos foram “exterminados”, em uma área arborizada fora do campo. Esta descrição enquadra-se no espaço onde o Bunker Branco estava localizado.[226]
Outra peça de informação útil é um relatório do Bauleitung de 13 de junho de 1943. Ele afirma que as portas do Krema II são “urgentemente necessárias para a execução de medidas especiais...do mesmo modo, a conclusão das janelas do edifício de recepção e as portas de 5 [alojamentos] para a acomodação de prisioneiros [Häftlingsunterkünfte] é urgentemente necessária, pelas mesmas razões.”[227] Não hà mais informações sobre os cinco alojamentos no memorando. Recordar, porém, que Hoess mencionou 5 alojamentos em suas memórias para os dois bunkers na área onde os prisioneiros foram gaseados, e este é o mesmo número referido para “tratamento especial” no memorando do Bauleitung de 15 de julho de 1942.
Parece que os cinco alojamentos que aparecem no memorando de junho de 1943 são os mesmos utilizados como sala de despir nas áreas onde os dois bunkers estavam localizados. Assim, seu uso contínuo após a construção dos crematórios e antes da realização da operação húngara é fortemente sugerido. Além disso, o uso contínuo após a construção dos quatro crematórios é a única explicação do porque do Bunker Branco não ter sido destruído até as autoridades do campo terem cessados todos os gaseamentos. O bunker I, Bunker Vermelho, foi desmantelado em algum momento – embora não se saiba exatamente quando. A única razão concebível para não destruir o Bunker Branco foi porque o seu uso foi previsto e, de fato, para alguns períodos ocorreu após a conclusão dos crematórios, até o momento da operação húngara. A estrutura poderia não ter sido mantida após a construção do crematório para o propósito expresso da operação húngara, porque a Alemanha não controlava a Hungria até março de 1944, um ano após a finalização do primeiro crematório. A esta altura, o primeiro dos crematórios entrou em serviço, as autoridades de Auschwitz não poderiam não ter conhecimento de que as deportações húngaras iriam acontecer. Como iremos ver na próxima parte deste estudo, não hà evidências fotográficas que documentem a existência do Bunker Branco.
Conforme referido anteriormente, Mattogno alegou que o Crematório II foi estabelecido em 115 dias de 25 de março a 18 de julho de 1943 e o Crematório III foi abaixo de 60 dias em 1944, o que significa que houve potencialmente 175 dias seguintes de março de 1943, quando as cremações ao ar livre poderiam ter tido lugar na área dos bunkers. No entanto, foi igualmente observado que não hà suporte para a afirmação de Mattogno sobre o baixo tempo desses fornos.[228] No entanto, foi notado que o Krema II foi estabelecido em um mês, de maio a junho de 1943.[229] É também razoável supor que houve períodos em que os fornos não funcionavam a plena capacidade por causa dos reparos e outros fatores. Esta interpretação seria compatível com os comentários de Hoess sobre o assunto. Por outro lado, os dois prisioneiros que escaparam em abril de 1944, antes do Bunker Branco ser reativado para a operação húngara em meados de maio de 1944, afirmaram que os gaseamentos e cremações foram interrompidos com a inauguração do novo crematório.[230] Então, esta versão está de acordo com a de Dragon.
Como iremos ver na próxima parte deste estudo, o Bunker Branco foi usado para os transportes húngaros que começaram a chegar em meados de maio de 1944. Quantas vezes ele foi utilizado entre março de 1943 e maio de 1944 não é conhecido. O testemunho sugere que ele ficou fechado por um período de tempo, e reativado em maio de 1944. O período de tempo exato que ele ficou fechado, entre março de 1943 e maio de 1944 não pode ser afirmado com certeza. Foi usado quando necessário, tal como sugerido por Hoess, ou foi fechado por 14 meses, conforme indicado pelos fugitivos e Dragon? É possível conciliar os dois relatos admitindo que o Bunker Branco foi fechado oficialmente em março de 1943, mas que a área ao redor do bunker ainda era utilizada para cremações ao ar livre quando surgiram os problemas com o crematório.
As tentativas de Mattogno de que os bunkers foram fechados definitivamente em março de 1943 são baseadas no testemunho que: (1) ele utilizou fora de contexto, (2) contradiz os argumentos que ele estava fazendo sobre a não existência de assassinatos em massa e gaseamentos em Auschwitz, e (3) ele se recusou a citar as fontes originais para atingir as suas pretensões.
O ponto chave é que as instalações externas sempre estiveram lá caso precisassem, tal como sugerido por Hoess, Vassiliev e o memorando de junho de 1943, e as autoridades do campo não precisavam ser prejudicadas por quaisquer limitações que poderiam ter sido impostas pelo novo crematório, assumindo que houveram tais limitações.
Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott
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