sábado, 23 de agosto de 2008

Bibliografia do Holocausto - Nazismo - Fascismo

Última atualização: 08.01.2014

Para servir de consulta a quem queira procurar livros acadêmicos de História sobre os temas Fascismo, Nazismo, Segunda Guerra e Holocausto em livrarias ou sebos, segue abaixo a indicação de obras de referência sobre os temas mencionados em virtude de que muita gente, de forma não prudente, adentra em redes sociais(Orkut, Facebook etc)e sites neonazis(espalhados aos montes na internet) atrás de títulos de livros a respeito dos referidos temas e por várias vezes se depararam com comunidades e grupos neonazistas e seus simpatizantes que negam o Holocausto indicando bibliografia antissemita e de apologia ao nazismo camuflada de "revisão" histórica.

Há uma "hierarquia" de idioma na listagem dos livros, os livros editados em português ficam na ponta de cada tema já que a abrangência maior do blog é do público de língua portuguesa. Os livros que foram lançados em língua espanhola ou galega podem ser citados juntos aos de língua portuguesa ou junto dos de língua inglesa(caso não haja similar em português), os de língua inglesa(pela grande bibliografia de livros sobre o tema) são os que seguem logo após os de língua portuguesa, indispensáveis ao estudo desses assuntos. Livros em outras línguas, dependendo da importância do livro, podem ser citados no fim de cada tópico(tema).

Os temas Segunda Guerra Mundial, Primeira Guerra Mundial, Guerra Civil Espanhola, República de Weimar, Stalinismo e outros foram colocados num post específico só pra eles por conta do tamanho que ocuparia neste post só destinado a Holocausto e sobre as ideologias fascista e nazista.
Link para acessá-lo abaixo:
Bibliografia da Segunda Guerra Mundial e outros
Ver também:
Bibliografia sobre Racismo - Neonazismo - Neofascismo - Negação do Holocausto

Mais obras poderão ser adicionadas futuramente e ele ficará como link fixo no quadro à esquerda do blog, na parte dos links.

Indicação: para quem quiser conferir um site completo com resenhas de livros sobre todos os temas da Segunda Guerra, em francês, acessem o site:
Livres de guerre (livresdeguerre.net)

O tema Holocausto tem dois seguimentos à parte que tratam de relatos e outro específico sobre o genocídio contra os ciganos. Os únicos livros que não são acadêmicos são aqueles referentes às memórias(na parte RELATOS, seção Holocausto).

Segue no link abaixo uma listagem com indicações dos principais livros disponíveis em português sobre o Holocausto (segundo meus critérios ou impressões):
Ranking de livros em português sobre o Holocausto (Bibliografia)

Segue mais outro link referente à bibliografia, sobre trabalho escravo/trabalho forçado no nazismo:
Trabalho escravo/forçado no nazismo - bibliografia

HOLOCAUSTO


Livros em português:

Livro: Hitler e o Holocausto
Autor: Robert S. Wistrich

Livro: Holocausto (Uma História)
Autores: Robert Van Pelt/Debora Dwork

Livro: A Assustadora História do Holocausto
Autor: Michael R. Marrus

Livro: Os Crematórios de Auschwitz
Subtítulo: A Maquinária do Assassínio em Massa
Autor: Jean-Claude Pressac

Livro: IBM e o Holocausto
Autor: Edwin Black

Livro: A Guerra Contra os Fracos
Autor: Edwin Black

Livro: O Relatório Buchenwald
Autor: David A. Hackett

Livro: Modernidade e Holocausto
Autores: Zygmunt Bauman/Marcus Penchel

Livro: Os Nazistas e a Solução Final
Subtítulo: (Conspiração de Wannsee)
Autor: Mark Roseman

Livro: A Noite de Cristal
Subtítulo: A Primeira Explosão de Ódio Nazista contra os Judeus
Autor: Martin Gilbert

Livro: Auschwitz - O Testemunho de um Médico
Autor: Dr. Miklos Nyiszli

Livro: Sobrevivência
Subtítulo: (E outros estudos) P. A., Artes Médicas, 1989.
Autor: Bruno Bettelheim

Livro: Os Soldados Judeus de Hitler
Autor: Bryan Mark Rigg

Livro: Ministro da Morte: O Caso Eichmann
Autores: Quentin Reynolds, Ephraim Katz e Zwy Aldouby

Livro: É Isto um Homem?
Autor: Primo Levi

Livro: Eichmann em Jerusalém
Subtítulo: Um relato sobre a banalidade do mal
Autora: Hannah Arendt

Livro: Ciência assassina
Autor: Benno Müller-Hill

Livro: Genocídio
Autor: Ward Rutherford

Livro: Entrevistas de Nuremberg
Autor: Leon Goldensohn

Livro: Brasil, um refúgio nos trópicos
Subtítulo: A trajetória dos refugiados do Nazi-fascismo
Autor: Maria Luiza Tucci Carneiro

Livro: Maus - A Historia De Um Sobrevivente (Quadrinhos)
Autor: Art Spiegelman

Livro: Mestres da Morte: a invenção do Holocausto pela SS nazista
Autor: Richard Rhodes

Livro: O Holocausto do Vaticano
Autor: Avro Manhattan

Livros em espanhol:


Livro: Franco y el Holocausto
Autor: Bernd Rother,Leticia Artiles Gracia

Livro: La destruction de los judíos europeos
Autor: Raul Hilberg

Livro: Por que el Holocausto?
Autor: Saul Friedländer

Livro: El Tercer Reich y los judíos (1933-1939) - Los años de la persecución
Autor: Saul Friedländer

Livro: El Tercer Reich y los judios (1939-1945) - Los años del exterminio
Autor: Saul Friedländer

Livro: Nazismo y revisionismo histórico
Autor: Pier Paolo Poggio

Livro: LTI. La lengua del Tercer Reich
Autor: Victor Klemperer

Livro: Si esto es un hombro
Autor: Primo Levi

Livro: La Tregua
Autor: Primo Levi

Livro: Los hun didos y los salvados
Autor:
Primo Levi

Livro: Vivir para contar
Autor: Primo Levi

Livro: Deber de memoria
Autor: Primo Levi

Livro: Me llamaba Pikolo. El testimonio de un compañero de Primo Levi
Autores: Jean Samuel, Jean-Marc Dreyfus

Livro: Primo Levi
Autor: Ian Thomson

Livro: En el corazón del infierno - Documento escrito por un sonderkommand o de Auschwitz 1944
Autor: Zalmen Gradowski

Livro: Los Judíos y Alemania
Autor: Enzo Traverso

Livro: Mengele: El médico de los experimentos de Hitler
Autores: Gerald L. Posner, John Ware

Livro: Los verdugos y las víctimas - Las páginas negras de la historia de la segunda guerra mundial
Autor: Laurence Rees

Livro: Escribir después de Auschwitz; Discurso de la perdida
Autor: Günter Grass

Livro: De Munich a Auschwitz
Autor: Ferran Gallego Margalef

Livro: El holocausto de los republicanos españoles - Vida y muerte en los campos de exterminio alemanes (1940-1945)
Autor: Eduardo Pons Prades

Livro: El Holocausto del Vaticano
Autor: Avro Manhattan

Livro: La Gestapo
Autor: Jacques Delarue

Livro: El Franquismo, cómplice del Holocausto
Autor: Eduardo Martín de Pozuelo

Livros em galego:

Livro: História da Shoah
Autor: Georges Bensoussan
Tradução do francês pro galego: Xoán Garrido Vilariño
Ebook disponível online, em PDF.
Link da Biblioteca virtual de literatura univeral em Galego:
http://www.bivir.com/DOCS/SCI/Shoah.pdf

Obs: praqueles quem nunca tiveram contato antes com o galego(idioma), é um idioma bem parecido com o português, e por vezes lembra o espanhol. Para os falantes e leitores do português, o galego é um idioma totalmente compreensível.


Livros em francês:

Livro: Les Fous de la République
Autor: Pierre Birnbaum

Livro: La Lutte des Juifs en France à l'époque de l'occupation, 1940-1944
Autor: Adam Rutkowski

Livro: Sephardi Jews in occupied France
Autor: Gitta Amipaz-Silber

Livro: Les Einsatzgruppen
Autor: Ralf Ogorreck

Livro: Dictionnaire de la Shoah
Autores: Jean-Marc Dreyfus, Edouard Husson, Joël Kotek, Bensoussan, Georges

Livro: La peur - L'antisémitisme en Pologne après Auschwitz
Autor: Jan T. Gross

Livro: Le livre des pogroms - Antichambre d'un génocide, Ukraine, Russie, Biélorussie 1917-1922
Autora: Miliakova, Lidia

Livro: La Suisse et les Juifs 1933-1945: antisémitisme Suisse, défense du judaïsme
Autor: Jacques Picard


Livros em inglês:


Livro: The Destruction of the European Jews
Edição revisada e definitiva, 1985
Autor: Raul Hilberg

Livro: Masters of Death: The SS-Einsatzgruppen and the Invention of the Holocaust
Autor: Richard Rhodes

Livro: Anatomy of the Auschwitz Death Camp
Autor: Yisrael Gutman, Michael Berenbaum

Livro: Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers
Autor: Jean-Claude Pressac
Livro Online: http://www.mazal.org/Pressac/Pressac0.htm

Livro: Years of Persecution - v.1
Subtítulo: (Nazi Germany and the Jews 1933-1939)
Autor: Saul Friedländer

Livro: Years of Extermination - v.2
Subtítulo: (Nazi Germany and the Jews 1939-1945)
Autor: Saul Friedländer

Livro: Legislating the Holocaust: The Loesener Memoirs and Other Documents
Autor: Karl A. Schleunes

Livro: The Unfit: A History of a Bad Idea (Eugenics)
Autor: Elof Axel Carlson

Livro: Hitler's Black Victims: The Historical Experience of Afro-Germans, European Blacks, Africans and African Americans in the Nazi Era
Subtítulo: Cross Currents in African American History
Autor: Clarence Lusane

Livro: Other Germans: Black Germans and the Politics of Race, Gender, and Memory in the Third Reich (Social History, Popular Culture, and Politics in Germany)
Autor: Tina Marie Campt

Livro: Destined to Witness: Growing Up Black in Nazi Germany
Autor: Hans J. Massaquoi

Livro: The 'Final Solution' in Riga
subtítulo: Exploitation and Annihilation, 1941-1944
Autores: Andrej Angrick, and Peter Klein
Tradução de: Ray Brandon

Livro: The Holocaust in Latvia, 1941-1944
Autor: Andrew Ezergailis

Livro: The Last Days of the Jerusalem of Lithuania
Subtítulo: Chronicles from the Vilna Guetto and the Camps, 1939-1944
Autor: Herman Kruk
Editor e introdução: Benjamin Harshav

Livro: Beyond Justice: The Auschwitz Trial
Autor(a): Rebecca Wittmann

Livro: Inside the Nuremberg Trial: A Prosecutor's Comprehensive Account, Vol. 1&2
Autor: Drexel A. Sprecher

Livro: The Holocaust
Subtítulo: (A German Historian Examines the Genocide)
Autor: Wolfgang Benz

Livro: Auschwitz
Autores: Robert Jan Van Pelt/Deborah Dwork

Livro: From Cooperation to Complicity: Degussa in the Third Reich
Autor: Peter Hayes

Livro: The Agony of Greek Jews, 1940-1945
Autor: Steven Bowman

Livro: The Historiography of the Holocaust
Autor: Dan Stone

Livro: The Nazi Ancestral Proof: Genealogy, Racial Science, and the Final Solution
Autor: Eric Ehrenreich

Livro: The Jewish Enemy: Nazi Propaganda during World War II and the Holocaust
Autor: Jeffrey Herf

Livro: Studying the Jew: Scholarly Antisemitism in Nazi Germany
Autor: Alan E. Steinweis

Livro: Mirrors of Destruction: War, Genocide, and Modern Identity
Autor: Omer Bartov

Livro: The Holocaust: Origins, Implementation and Aftermath (Re-Writing Histories.)
Autor: Omer Bartov

Livro: The Uprooted: A Hitler Legacy: Voices of Those Who Escaped Before the 'Final Solution'
Autor: Dorit Bader Whiteman

Livro: The Origins of Nazi Genocide: From Euthanasia to the Final Solution
Autor: Henry Friedlander

Livro: Hans Frank, Lebensraum and the Final Solution
Autor: Martyn Housden

Livro: Hitler, the Germans, and the Final Solution
Autor: Ian Kershaw

Livro: The Holocaust in Romania: The Destruction of Jews and Gypsies Under the Antonescu Regime, 1940-1944
Livro: Radu Ioanid

Livro: Holocaust in Romania: Facts and Documents on the Annihilation of Romania's Jews
Autor: Matatias Carp

Livro: Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania, 1940 -1944
Autor: Dennis Deletant

Livro: Romania, A Country Study
Autor: Federal Research Division

Livro: The Holocaust
Autor: Jack R. Fischel

Livro: Exile and Destruction: The Fate of Austrian Jews, 1938-1945
Autora: Gertrude Schneider

Livro: The Order of the Death's Head: The Story of Hitler's SS
Autor: Heinz Zollin Höhne

Livro: The Einsatzgruppen Reports: Selections from the Dispatches of the Nazi Death Squads' Campaign Against the Jews July 1941-January 1943
Autores: Yitzhak Arad, Shmuel Krakowski, Shmuel Spector

Livro: Master Mind: The Rise and Fall of Fritz Haber, the Nobel Laureate Who Launched the Age of Chemical Warfare
Autor: Daniel Charles

Livro: Death Dealer: The Memoirs of the SS Kommandant at Auschwitz
Autor: Rudolf Höss
Editor: Steven Paskuly; Tradutor: Andrew Pollinger; Introdução: Primo Levi

Livro: Mengele: The Complete Story
Autor: Gerald L. Posner

Livro: Studying the Jew: Scholarly Antisemitism in Nazi Germany
Autor: Alan E. Steinweis

Livro: The Nazi Doctors: Medical Killing and the Psychology of Genocide
Autor: Robert Jay Lifton

Livro: Medicine after the Holocaust: From the Master Race to the Human Genome and Beyond
Editor: Sheldon Rubenfeld
Resenha (ler)

Livro: Murderous science: elimination by Scientific Selection of Jews, Gypsies, and Others in Germany, 1933-1945
Autor: Benno Müller-Hill
Resenha do livro (ler)

Livro: The Good Old Days: The Holocaust as Seen by Its Perpetrators and Bystanders
Editores: Ernst Klee, Willi Dressen, Volker Riess
Prefácio: Hugh Trevor-Roper

Livro: The Myth of Rescue: Why the Democracies Could Not Have Saved More Jews from the Nazis
Autor: W.D. Rubinstein

Livro: Hollywood and Anti-Semitism: A Cultural History up to World War II (Cambridge Studies in the History of Mass Communication)
Autor: Steven Alan Carr

Livro: Divided Lives: The Untold Stories of Jewish-Christian Women in Nazi Germany
Autor: Cynthia A. Crane

Livro: Bishop von Galen: German Catholicism and National Socialism
Autor: Dr. Beth A. Griech-Polelle

Livro: Ordinary Men: Reserve Police Battalion 101 and the Final Solution in Poland
Autor: Christopher R. Browning

Livro: The Origins of the Final Solution: The Evolution of Nazi Jewish Policy, September 1939-March 1942
Autor: Christopher R. Browning

Livro: We Wept Without Tears: Testimonies of the Jewish Sonderkommando from Auschwitz
Autor: Gideon Greif

Livro: Neighbors: The Destruction of the Jewish Community in Jedwabne, Poland
Autor: Jan T. Gross

Livro: Holocaust: The Nazi Persecution and Murder of the Jews
Autor: Peter Longerich

Livro: Testimony from the Nazi Camps: French Women's Voices (Routledge Studies in Twentieth-Century Literature)
Autora: Margaret Hutton

Livro: Jews in France during World War II
Autor: Renée Poznanski
Livro: Vichy France and the Jews
Autores: Michael Robert Marrus, Robert O. Paxton
Livro: The Holocaust, the French, and the Jews
Autora: Susan Zuccotti
Livro: The Holocaust & the Jews of Marseille
Autora: Donna F. Ryan

Livro: Kristallnacht: Nazi Persecution of the Jews in Europe
Autor: Wil Mara

Livro: The Jehovah's Witnesses and the Nazis: Persecution, Deportation, and Murder, 1933-1945
Autores: Michel Reynaud, Sylvie Graffard

Livro: Networks of Nazi Persecution: Bureaucracy, Business and the Organization of the Holocaust
Editores: G. D. Feldman, W. Seibel

Livro: The Science of the Swastika
Autor: Bernard Mees

Livro: American Religious Responses to Kristallnacht
Autor(a): Maria Mazzenga

Livro: Ordinary People as Mass Murderers: Perpetrators in Comparative Perspective (Holocaust and Its Contexts)
Autor(es): Olaf Jensen, Claus-Christian W. Szejnmann

Livro: Hindenburg: Power, Myth, and the Rise of the Nazis
Autor: Anna von der Goltz

Livro: Brothers and Strangers: The East European Jew in German and German Jewish Consciousness, 1800-1923
Autor: Steven E. Aschheim

Livro: Disciplining the Holocaust
Autor(a): Karyn Ball

Livro: Nazism and the Working Class in Austria: Industrial Unrest and Political Dissent in the 'National Community'
Autor: Timothy Kirk

Livro: The Destruction of Memory: Architecture at War
Autor: Robert Bevan

Livro: The Arabs and the Holocaust: The Arab- Israeli War of Narratives
Autor: Gilbert Achcar

Livro: Among the Righteous: Lost Stories from the Holocaust's Long Reach into Arab Lands
Autor: Robert Stloff

Livro: Wannsee House and the Holocaust
Autor: Steven Lehrer

Livro: Raphael Lemkin and the Struggle for the Genocide Convention
Autor: John Cooper

Livro: Belgium and the Holocaust: Jews, Belgians, Germans
Autor: Dan Mikhman
Livro: The Jews in Italy under Fascist and Nazi Rule, 1922-1945
Autor: Joshua D. Zimmerman

Livro: The Final Solution: A Genocide (Oxford Histories)
Autor: Donald Bloxham

Livro: Genocide: Conceptual and Historical Dimensions (Pennsylvania Studies in Human Rights)
Autor: George J. Andreopoulos

Livro: U.S. intelligence and the Nazis
Autor: Richard Breitman

Livro: Croatia: A Nation Forged in War, Second Edition
Autor: Marcus Tanner

Livro: Crimes in the Jasenovac Camp
subtítulo: A report from 1946
Autora: State Commission of Croatia for the Investigation of the Crimes of the Occupiers and their Collaborators

Livro: Beware of genocide!: short history of Ustashi crimes and their activities in Australia
Autores: Lewis Kent, Marjan Jurjevic

Livro: Croatia: a history
Autores: Ivo Goldstein,Nikolina Jovanović

Livro: Ustasha: the facts
Autor: Marjan Jurjevic

Livro: Ustasha under the Southern Cross
Autor: Marjan Jurjevic

Livro: The past in present times: the Yugoslav saga
Autor: Lajčo Klajn

Livro: War and revolution in Yugoslavia, 1941-1945: occupation and collaboration
Autor: Jozo Tomasevich

Livro: Bosnia and Herzegovina in the Second World War
Autor: Enver Redzic

Livro: Hitler's new disorder: the Second World War in Yugoslavia
Autor: Stevan K. Pavlowitch

Livro: The Ustasha in Australia
Autor: Dave Davies

Livro: Modern hatreds: the symbolic politics of ethnic war
Autor: Stuart J. Kaufman

Livro: The Vatican's Holocaust
Autor: Avro Manhattan

Livro: The Catholic Church and the Holocaust, 1930-1965
Autor: Michael Phayer

Livro: Vatican diplomacy and the Jews during the Holocaust, 1939-1943
Autor: John F. Morley

Livro: A Church Divided: German Protestants Confront the Nazi Past
Autor: Matthew D. Hockenos

Livro: Good neighbors, bad times: echoes of my father's German village
Autora: Mimi Schwartz

Livro: GI Jews: How World War II Changed a Generation
Autora: Deborah Dash Moore

Livro: Auschwitz
Autora: Pascal Croci

Livro: Post-Holocaust: Interpretation, Misinterpretation, And The Claims Of History (Jewish Literature and Culture)
Autor: Berel Lang

Livro: German History from the Margins
Autores: Neil Gregor, Nils H. Roemer, Mark Roseman

Livro: Anti-genocide: building an American movement to prevent genocide
Autor: Herbert Hirsch

Livro: Century of genocide: critical essays and eyewitness accounts
Autores: Samuel Totten, William S. Parsons
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Bibliografia sobre experimentos médicos nazistas em cobaias humanas (em inglês):
(Nazi Medicine: Select Readings from the Collections of the Health Sciences Library: Nazi Medicine Bibliography)

Clique aqui:
http://guides.library.nymc.edu/c.php?g=117981&p=767637
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CIGANOS E O HOLOCAUSTO:

Livro: Pharrajimos: The Fate of the Roma During the Holocaoust
Autro: Janos Barsony, Agnes Daroczi

Livro: The Nazi Persecution of the Gypsies
Autor: Guenter Lewy

Livro: Hitler's Other Victims: There wasn't, some say, just one Final Solution
Autor: Steve Lipman, Staff Writer.

Livro: The Destiny of Europe's Gypsies, (New York: Basic Books,
Autor(es): Donald Kenrick, Grattan Puxon

Livro: Germany and Its Gypsies: A Post-Auschwitz Ordeal
Autor: Gilad Margalit

Livro: Gypsy history in Germany and neighboring lands: A chronology leading to the Holocaust and beyond
Autor: Ian Hancock

Livro: The Pariah Syndrome: An Account of Gypsy Slavery and Persecution
Autor: Ian Hancock

Livro: Hitler's forgotten victims to be remembered at Buchenwald
Autor: Richard Murphy

Livro: A History of the Gypsies of Eastern Europe and Russia
Autor: David M. Crowe

Livro: Un camp de concentration français – Les Tsiganes alsaciens-lorains à Crest, 1915-1919
Autor: Emmanuel Filhol
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RELATOS (Holocausto):


Livros em português:


Livro: Os irmãos Bielski
Autor: Peter Duffy

Livro: A Última Fuga(A história inédita de prisioneiros de guerra)
Autores: John Nichol, Tony Rennell

Livro: O Diário de Anne Frank
Autora: Anne Frank


Livros em espanhol:


Livro: Holocausto Lo Que El Tiempo No Borro
Autora: Eugenia Unger

Livro: Después de Auschwitz. Renacer de las cenizas
Autora: Eugenia Unger

Livro: El diario de Ana Frank - Un canto a la vida
Autor: Anne Frank

Livro: Ana Frank
Autora: Josephine Poole

Livro: Cuentos de Dachau
Autor: Joseph Rovan

Livro: Diario
Autor: Petter Moen

Livro: Cuatro años en París 1940-1944
Autor: Victoria Kent

Livro: Cuando las luces se apagan
Autor: Erika Mann


Livros em inglês:


Livro: The Diary of Anne Frank: The Revised Critical Edition
Autor: Netherlands Institute For War Documentation

Livro: 163256: A Memoir of Resistance (Life Writing)
Autor: Michael Englishman
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GENOCÍDIO ARMÊNIO - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


Livros em inglês:


Livro: The Great Game of Genocide: Imperialism, Nationalism, and the Destruction of the Ottoman Armenians
Autor: Donald Bloxham
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O NAZISMO E O FASCISMO NO BRASIL E NAS AMÉRICAS

Livro: Caça às suásticas - O partido nazista em São Paulo sob a mira da polícia política
Autora: Ana Maria Dietrich

Livro: Nazismo tropical? O partido Nazista no Brasil
Autora: Ana Maria Dietrich

Livro: Suástica sobre o Brasil
subtítulo: A História da Espionagem Alemã no Brasil
Autor: Stanley E. Hilton
Resenha do livro.

Livro: Crônica de uma guerra secreta
subtítulo: Nazismo na América: A conexão argentina
Autor: Sérgio Corrêa da Costa
Texto sobre o livro.


Livros em espanhol:


Livro: Perón Y los alemanes: La verdad sobre el espionaje nazi y los fugitivos el Reich
Autor: Uki Goñi

Livro: A Verdadeira Odessa
Livro(espanhol): La Autentica Odessa: La Fuga Nazi a la Argentina de Perón
Autor: Uki Goñi


Livros em inglês:


Livro: Hitler's Man in Havana: Heinz Luning and Nazi Espionage in Latin America
Autor: Thomas D. Schoonover

Livro: Welcoming the undesirables: Brazil and the Jewish question
Autor: Jeff Lesser
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LIVROS SOBRE NAZISMO


Livros em português:


Livro: Ascensão e Queda do III Reich(2 volumes)
Autor: William Shirer

Livro: Hitler(2 Volumes)
Autor: Joachim Fest

Livro: Adolf Hitler(2 volumes)
Autor: John Toland

Livro: A Alemanha de Hitler
Subtítulo: Origens, Interpretações, Legados
Autor: Roderic Stackelberg

Livro: Para Entender Hitler(A Busca das Origens do Mal)
Autor: Ron Rosenbaum

Livro: O Hitler da História
Autor: John Lukacs

Livro: O Santo Reich
Subtítulo: Concepções nazistas do Cristianismo 1919-1945)
Autor: Richard Steigmann-Gall

Livro: Os Alemães
Autor: Norbert Elias

Livro: Hitler
Subtítulo: Um perfil do poderAutor: Ian Kershaw

Livro: LTI: a Linguagem do Terceiro Reich
Autor: Victor Klemperer

Livro: Os Diários de Victor Klemperer: Testemunho Clandestino de um judeu na Alemanha Nazista, 1933-1945
Autor: Victor Klemperer

Livro: O Bunker de Hitler
(Fora de catálogo)
Autor: James P. O'Donnell

Livro: No Bunker de Hitler
Autor: Joachim Fest

Livro: Por Dentro do Terceiro Reich
Autor: Albert Speer

Livro: Albert Speer - Sua Luta com a Verdade
Autor: Gitta Sereny

Livro: As Origens do Totalitarismo
Autora: Hannah Arendt

Livro: O Segredo de Hitler
Autor: Lothar Machtan

Livro: As Entrevistas de Nuremberg
Autor: Leon Goldensohn
Organizador: Robert Gellately

Livro: A Biblioteca Esquecida de Hitler
Subtítulo: Os Livros que Moldaram a Vida do Führer
Autor: Timothy W. Ryback

Livro: Gestapo
Autor: Jacques Delarue

Livro: Diário do Conde Ciano
(Fora de catálogo)
Autor: Galeazzo Ciano

Livro: Os últimos dias de Hitler
(Fora de catálogo)Autor: Hugh Trevor-Roper


Livros em espanhol:


Livro: Yo no
Autor: Joachim Fest

Livro: Conversaciones con Albert Speer - Preguntas sin respuesta
Autor: Joachim Fest

Livro: Alemania: Jekyll y Hide
Autor: Sebastian Haffner

Livro: La Resistencia Alemana contra Hitler, 1933-1945
Autora: Barbara Kohen

Livro: Todos los hombres del Fuhrer
Autor: Ferran Gallego Margalef

Livro: Los últimos días de Hitler
Autor: Hugh Trevor-Roper

Livro: La Dictadura Alemana
Autor: Karl Dietrich Bracher

Livro: El imperio de Hitler
Autor: Mark Mazower

Livro: La estética nazi
Autor: Éric Michaud

Livro: Historia social del tercer reich
Autor: Richard Grunberger

Livro: El pecado de los dioses - La alta sociedad y el nazismo
Autor: Frabrice D'Almeida

Livro: El padre de un asesino
Autor: Alfred Andersch

Livro: El huevo de la serpiente - Crónicas desde Alemania
Autor: Eugenio Xammar

Livro: Las SS - El cuerpo de élite del nazismo, 1919-1945
Autor: Robert Lewis Koehl

Livro: El mito nazi
Autor: Philippe Lacoue Labarthe, Jean-Luc Nancy

Livro: Un detalle nazi en el pensamiento de Carl Schmitt
Autor: Yves Charles Zarka

Livros em inglês:


Livro: The Ciano Diaries, 1939 - 1943: The Complete, Unabridged Diaries of Count Galeazzo Ciano, Italian Minister for Foreign Affairs, 1936-1943
Autor: Galeazzo Ciano
Editor: Hugh Gibson;
Introdução: Sumner Welles

Livro: The German Dictatorship
Autor: Karl Dietrich Bracher

Livro: Hitler - A Study in Tyranny
Autor: Allan Bullock

Livro: Hitler 1889-1936 Hubris
Autor: Ian Kershaw

Livro: Hitler 1936-1945 Nemesis
Autor: Ian Kershaw

Livro: Hitler Table's Talks 1941-1944
Autor: Hugh Trevor-Roper

Livro: The last days of Hitler
Autor: Hugh Trevor-Roper

Livro: Final Entries 1945: The Diaries of Jospeh Goebbels
Autor: Hugh Trevor-Roper

Livro: The Bunker
Autor: James P. O'Donnell

Livro: The Third Reich in Power 1933-1939 - Struggle, Genocide, Collapse
Autor: Richard J. Evans

Livro: The Third Reich at War
Autor: Richard J. Evans

Livro: The Coming of the Third Reich
Autor: Richard J. Evans

Livro: Explaining Hitler: The Search for the Origin of His Evil
Autor: Ron Rosenbaum

Livro: The Essential Hitler: Speeches and Commentary
Autor: Max Domarus

Livro: The Development of the SA in Nuremberg, 1922-1934
Autor: Eric G. Reiche

Livro: Religion, Politics and Ideology in the Third Reich: Selected Essays (Cass Series - Totalitarian Movements and Political Religions)
Autor: Uriel Tal

Livro: Barbed Wire Diplomacy: Britain, Germany, and the Politics of Prisoners of War, 1939-1945
Autor: Neville Wylie

Livro: Defying Hitler: A Memoir
Autor: Sebastian Haffner

Livro: Diary 1937-1943
Autor: Galeazzo Ciano

Livro: The Gestapo: A History of Horror
Autor: Jacques Delarue

Livro: Propaganda and the German Cinema, 1933-1945 (Cinema and Society)
Autor: David Welch

Livro: The Triumph of Propaganda: Film and National Socialism, 1933-1945
Autor: H. Hoffmann

Livro: Self-Financing Genocide: The Gold Train - The Becher Case - The Wealth of Jews, Hungary
Autores: Gabor Kadar, Zoltan Vagi

Livro: Deutschland Erwache. The History and Development of the Nazi Party and the "Germany Awake" Standards
Autor: Ulric of England

Livro: The Politics of the Nazi Past in Germany and Austria
Autor: David Art

Livro: Beyond Berlin: Twelve German Cities Confront the Nazi Past (Social History, Popular Culture, and Politics in Germany)
Autores: Gavriel D. Rosenfeld, Paul B. Jaskot

Livro: The Wages of Destruction: The Making and Breaking of the Nazi Economy
Autor: Adam Tooze

Livro: Nazi Seizure of Power: The Experience of a Single German Town 1922-1945 (Social Studies: History of the World)
Autor: William Allen

Livro: Social Origins of Dictatorship and Democracy: Lord and Peasant in the Making of the Modern World
Autor: Barrington Moore

Livro: Totalitarianism and Political Religions, Volume 1: Concepts for the Comparison of Dictatorships (Totalitarian Movements and Political Religions)
Autor: Hans Maier

Livro: Foreign volunteers of Hitler's Germany
Autor: Warren W. Odegard, Richard E. Deeter

Livro: Model Nazi: Arthur Greiser and the Occupation of Western Poland ( Studies in Modern European History)
Autora: Catherine Epstein

Livro: GESTAPO: A History of Hitler's Secret Police
Autor: Rupert Butler

Livro: Heinrich Himmler: The SS, Gestapo, His Life and Career
Autores: Roger Manvell, Heinrich Fraenkel

Livro: HEYDRICH: The Face of Evil
Autor: Mario R. Dederichs

Livro: The SS: Hitler's Instrument of Terror
Autor: Gordon Williamson

Livro: The Order of the Death's Head: The Story of Hitler's SS (Classic Military History)
Autor: Heinz Zollin Höhne

Livro: The Waffen SS: Hitler's Elite Guard at War, 1939-45
Autor: George H. Stein

Livro: Waffen-SS Encyclopedia
Autor: Marc Rikmenspoel

Livro: The Waffen-SS At War: Hitler's Praetorians 1925-1945
Autor: Tim Ripley

Livro: Soldiers of Destruction
subtítulo: The SS Death's Head Divison, 1933-1945
Autor: Charles W. Sydnor Jr.

Livro: Hitler's War in the East, 1941-1945: A Critical Assessment
Autor: Rolf-Dieter Müller, Gerd R. Ueberschär, Bruce D. Little

Livro: "Endkampf: Soldiers, Civilians, and the Death of the Third Reich
Autor: Stephen G. Fritz
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Bibliografia sobre o Julgamento de Nuremberg (em inglês):

http://en.wikipedia.org/wiki/Nuremberg_Trials_bibliography

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LIVROS SOBRE FASCISMO


Livros em português:


Livro: Anatomia do Fascismo
Autor: Robert O. Paxton

Livro: Os Fascistas
Autor: Michael Mann

Livro: As Origens do Fascismo
Autor: Robert Paris

Livro: Psicologia de Massas do Fascismo
Autor: Wilhelm Reich

Livro: Itália de Mussolini e a Origem do Fascismo
Autor: Emilio Gentile

Livro: Hitler e o Resgate de Mussolini
Autor: Greg Annussek

Livro: Explicar o Fascismo
Autor: Renzo De Felice

Livro: Salazar
subtítulo: Agora, na hora da sua morte
Autores: João Paulo Cotrim, Miguel Rocha

Livro: O Nosso Século é Fascista
Autor: Manuel Loff


Livros em espanhol:


Livro: La crisis del antifascismo: Barcelona, Mayo de 1937
Antifascism Crisis: Barcelona, May of 1937
Autor: Ferran Gallego Margalef

Livro: El Fascismo
Autor: Stanley G. Payne

Livro: Una patria imaginaria
Autor: Ferran Gallego Margalef

Livro: Ensayos sobre la propaganda fascista - Psicoanálisis del antisemitismo
Autor:
Theodor W. Adorno

Livro: Fascismo y comunismo
Autor: François Furet

Livro: Ramiro Ledesma Ramos y el fascismo español
Autor: Ferran Gallego Margalef

Livros em inglês:


Livro: Fascism
Autor: Roger Griffin

Livro: The Lure of Fascism in Western Europe: German Nazis, Dutch and French Fascists, 1933-1939
Autor: Dietrich Orlow

Livro: Journal 1935-1944: The Fascist Years
Autor: Mihail Sebastian

Livro: Mussolini's Italy: Life under the Dictatorship 1915-1945
Autor(es): R.J.B. Bosworth, Allen Lane

Livro: Mussolini's Shadow: The Double Life of Count Galeazzo Ciano
Autor: Ray Moseley

Livro: The Last Soldiers of the King: Wartime Italy, 1943-1945
Autor: Eugenio Corti

Livro: Racial Theories in Fascist Italy (Routledge Studies in Modern European History)
Autor: Aaron Gillette

Livro: Fascism: Theory and Practice (Politics & political theory)
Autor: Dave Renton

Livro: A History of Fascism, 1914-1945
Autor: Stanley G. Payne

Livro: Fascists and Conservatives: The radical Right and the establishment in Twentieth-century Europe
Autor: Martin Blinkhorn

Livro: The European Right: a historical profile‎
Autores: Hans Rogger, Eugen Weber

Livro: The Struggle for Modernity: Nationalism, Futurism, and Fascism (Italian and Italian American Studies)
Autor: Emilio Gentile

Livro: The Unmaking of Fascist Aesthetics
Autor: Kriss Ravetto

Livro: The First World War and the Rise of Fascism
Autor: Eugen Weber

Livro: The rise of fascism
Autor: F. L. Carsten

Livro: The Routledge Companion to Fascism and the Far Right (Routledge Companions)
Autor: Peter Davies

Livro: Fascism in Europe
Autor: Stuart Joseph Woolf

Livro: The Seduction of Unreason: The Intellectual Romance with Fascism from Nietzsche to Postmodernism
Autor: Richard Wolin

Livro: The Culture of Fascism: Visions of the Far Right in Britain
Autor: Julie V. Gottlieb, Thomas P. Linehan

Livro: British Fascism and the Labour Movement
Autor: Nigel Copsey, Dave Renton

Livro: Russian Fascism: Traditions, Tendencies, Movements
Autor: Stephen D. Shenfield

Livro: Cultural Politics in Greater Romania: Regionalism, Nation-Building and Ethnic Struggle, 1918-1930
Autora: Irina Livezeanu

Livro: Rumania: 1866-1947
Autor: Keith Hitchins

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Negação do Holocausto, uma Definição

Negação do Holocausto, uma Definição
por Andrew E. Mathis(do 'The Holocaust History Project')

Esta entrada sobre a Negação do Holocausto aparece em 'Conspiracy Theories in American History: An Encyclopedia'(Teorias da Conspiração na História Americana: Uma Enciclopédia). Escrita por um membro do The Holocaust History Project, trata da história desta crença de conspiração na Europa e EUA. Nós agradecemos o reconhecimento da ABC-CLIO pela permissão em reproduzi-la aqui.

O Holocausto nazista é um dos eventos da história que recebeu o maior escrutínio. Enquanto historiadores discordam em diferentes aspectos deste fenômeno, é basicamente aceito que o Holocausto pode ser corretamente definido como se segue: (1) o Holocausto foi o assassinato intencional dos judeus europeus pelo governo Nazista da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial como uma matéria de política; (2) este assassinato em massa empregou câmaras de gás, entre outros métodos, como um método de assassinato; e (3) o total de mortes dos Judeus europeus no fim da Segunda Guerra era de aproximadamente 6 milhões. Não surpreendentemente, com um grupo de eventos históricos tão penosamente estudados como o Holocausto, teorias de conspiração sobre este período abundam. Entretando, a mais proeminente teoria de conspiração dos EUA em relação ao Holocausto é sua negação.

Antes de discutir como a negação do Holocausto constitui uma teoria de conspiração, e como a teoria é claramente americana, é importante entender o que que quer dizer o termo "negação do Holocausto." Negadores do Holocausto, ou "revisionistas," como eles chamam a si mesmos, questionam todos os três maiores pontos de definição do Holocausto nazista. Primeiro, eles argúem que, enquanto assassinatos em massa de judeus ocorriam (ainda que eles disputam ambos a intencionalidade daqueles assassinatos como também o suposto mérito destes assassinatos), não houve nenhuma política oficial Nazi para matar judeus. Segundo, e talvez a mais proeminente, eles alegam que não houve nenhuma câmara de gás homicida, particularmente em Auschwitz-Birkenau, onde os principais historiadores acreditam que cerca de 1 milhão de judeus foram assassinados, primeiramente em câmaras de gás. E terceiro, Negadores do Holocausto alegam que o total de mortos dis judeus europeus durante a Segunda Guerra foi bem abaixo de 6 milhões. Os números dos negadores flutuam na casa dos 300.000 e 1.5 milhão, como regra geral.

Enquanto a negação do Holocausto começou como uma teoria da conspiração alemã e francesa, seus antecedentes são ambos especificamente norte-americano e uma encapsulação de 2.000 anos de anti-semitismo europeu. Direcionando ao primeiro ponto, mais antigo, a teoria de conspiração que alega que judeus manipulam não-judeus de várias maneiras, condições, e formas é aproximadamente tão antiga quanto o judaísmo em si. De acordo com anti-semitas, judeus (não apenas a elite judaica que governava no primeiro século, mas todos os judeus) assassinaram Jesus, envenenaram poços, propagaram a Peste Negra, assassinaram crianças cristãs para preparar as matzohs da Páscoa com seu sangue, e foram os principais articuladores por detrás do movimento comunista no leste europeu. Se um único texto abarca todo anti-semitismo europeu, é o anônimo Protocolos dos Sábios de Sião, com as aparentes minutas de um encontro de líderes da judaria internacional no qual a destruição da cultura não-judaica é discutida. Tendo origem na Rússia no começo do século XX, os Protocolos foram, de fato, um plágio alterado do "Dialogue aux Enfers entre Montesquieu et Machiavel"(Um diálogo no Inferno entre Montesquieu e Maquiavel)de Maurice Joly, escrito nos anos de 1860s como um ataque contra Luís Napoleão III (Ridgeway, 50)02.

De uma forma estranha, apesar das conexões atuais entre alguns negadores do Holocausto e extremistas violentos, havia uma via do movimento anti-guerra da Primeira Guerra Mundial que plantou as sementes da negação do Holocausto nos Estados Unidos. Este processo foi dobrado. Primeiramente, o industrial anti-semita dos EUA Henry Ford trouxe os Protocolos aos Estados Unidos depois de uma visita à Europa durante a Primeira Guerra planejando promover uma resolução pacífica para o conflito. Ford o leu e tornou-se convicto de que os "industriais judeus" eram antes de tudo responsáveis pela guerra. A introdução deste documento deu-se numa nação onde membros da Ku Klux Klan estavam na ascensão de adicionar o anti-semitismo ao sentimento corrente nativista, racista e anti-católico. Ford publicou os Protocolos em seu jornal, o Dearborn Independent, ao longo de um período de sete anos entre as duas guerras, dando legitimidade à conspiração da Cabala judaica que buscava propagar guerra como uma operação para ganhar dinheiro.

No mesmo período, historiadores anti-guerra, notavelmente Harry Elmer Barnes, começaram a sugerir motivações conspiracionistas na área dos poderosos da guerra. Como a historiadora Deborah Lipstadt apontou, Barnes e seus colegas foram corretos em muitas de suas suposições, por exemplo, de que a Alemanha não era unicamente culpada pela guerra (a Servia havia, depois de tudo, aberto o fogo); muita propaganda anti-alemã que circulou durante e depois da guerra foi, de fato, falsa; e houve exploradores de guerra que fizeram fortunas nos massacres da guerra (Lipstadt, (33-34)01). Entretanto, isto não mudou essencialmente a natureza imperial da guerra em si. Porém, sem dúvida que Barnes e seu grupo produziu através do método histórico, a denúncia de que as atrocidades alemãs cometidas durante a Segunda Guerra (desta vez, verdadeiramente) seriam tratadas com o maior ceticismo. Barnes, que viveu até o final dos anos de 1960s, foi um dos primeiros norte-americanos a abraçar a negação do Holocausto.

A parte à óbvia negação das atrocidades nazistas pelos próprios perpetradores, o francês Paul Rassinier, um esquerdista que fora internado em Buchenwald e Dora, foi o primeiro a promover a negação do Holocausto com maior vociferously. (a influência de Rassinier na cultura da negação do Holocausto é sentida ainda hoje, com seu discípulo Robert Faurisson protagonizando o movimento de negação na França). Entretando, isto não manteve a negação fora do alcance dos Estados Unidos. O primeiro maior negador do Holocausto foi Austin App, um acadêmico de literatura situado na Pensilvânia. Começando quase que imediatamente ao fim da guerra, App começou uma campanha na imprensa para expôr o que ele acreditava que eram exageros sobre o tratamento dos nazistas com os judeus. Enquanto que sua própria etnicidade germânica era provavelmente o principal atrativo para sua negação, o próprio anti-semitismo e suscetibilidade à teorias de conspiração de App dizia muito de seus escritos. Por exemplo, App freqüentemente usava qualquer combinação dos termos "talmudista", "bolchevique" e "sionista" em seus textos como indicadores que judeus estavam por trás do que ele julgava como uma fraude de que os nazistas tinham assassinado 6 milhões de judeus. Desta forma, ele podia implicar que judeus religiosos, judeus ateus comunistas e judeus nacionalistas estavam todos conspirando juntos para difusão desta crença de um assassinato em massa contra judeus. Além disso, App colocava a culpa de que a mídia judaica controlava continuamente a crença nesta fraude (Lipstadt, 94-96)01, e isto continua a ser um tema de textos anti-semitas e de negação. Se, como John Zimmerman e outros observadorers notaram, o intento da negação do Holocausto é reabilitar o nacional-socialismo, então é adequado que App et al.(entre outros)reiterassem a maioria dos temas anti-semitas de Hitler em seus textos (Zimmerman, 119)04.

O título do maior trabalho de App sobre o Holocausto, 'The Six Million Swindle'(O Engano dos Seis Milhões), é informativo porque implica na própria existência de uma conspiração de judeus para perpetrar uma fraude contra os não-judeus para ganho monetário. Este ganho monetário, especificamente, seria de reparações pagas pela Alemanha Ocidental pelos crimes cometidos contra os judeus durante a guerra. O que App e mais tarde outros negadores falharam em tratar foi de um simples fato: as reparações foram pagas desde os anos de 1950s não baseadas no número de mortes de judeus durante a Segunda Guerra, mas no número de judeus que sobreviveram e daqueles custos de se assentar em outro lugar (primeiramente Israel) que precisavam ser pagos. O historiador Michael Shermer assinalou que o Holocausto fora verdadeiramente uma fraude planejada por sionistas para obter dinheiro para a recente criação do Estado de Israel, então os sionistas teriam inflacionado o número de sobreviventes e não o número de mortos (Shermer and Grobman, 106)03.

Contudo, a perspectiva da conspiração sionista continuou a ser reproduzida por negadores e continua até o presente. Depois de App, a negação do Holocausto nos EUA foi levada a cabo por Arthur Butz, um professor de engenharia elétrica da Universidade de Northwestern nos arredores de Chicago. No seu livro de 1976 'The Hoax of the Twentieth Century'(A Fraude do Século Vinte), Butz reitera a noção de que o Holocausto é conscientemente uma perpetração da falsificação da história. Entretanto Butz é mais sutil que App na culpabilização dos judeus por esta fraude (ele não ataca os judeus religiosos da mesma forma que App, ele não descreve todos os judeus como comunistas), ele alveja os sionistas especificamente como os fraudadores no decorrer dos governos dos Aliados (particularmente a União Soviética), organizações de refugiados e sobreviventes, e até o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (Lipstadt, 126)01.

O que Butz e outros negadorers fracassaram em compreender é o relativa fraqueza do movimento sionista antes, durante e depois da Segunda Guerra. O Sionismo era considerado herético pela maioria dos movimentos religiosos judaicos, e aqueles judeus que se assentaram na Palestina antes da fundação do Estado de Israel em 1948 eram em grande parte refugiados sem nenhum lugar para ir, ao invés de ideolólohos políticos inclinados na criação de um Estado judeu na Palestina. Certamente, muito da recente pesquisa de Israel sobre o Holocausto tem mostrado que algumas das maiores figuras no movimento sionista se importavam muito pouco sobre a grave situação dos judeus na Europa durante a Segunda Guerra. Por exemplo, Menachem Begin, primeiro-ministro de Israel de 1977 à 1983, foi preso pelas autoridades soviéticas por atividades sionistas até a invasão nazista em 1941. Entretanto, ao invés de ficar na Europa para lutar contra os nazistas, Begin partiu para Palestina, onde ele participo de uma guerrilha por cinco anos em nome do Sionismo. Begin não foi o único em sua decisão de lutar pelo Sionismo em vez de lutar pela sobrevivência dos judeus europeus.

Notavelmente, o anti-semitismo da maioria dos negadores os conduzem a denunciar a escolha de Begin enquanto, ao mesmo tempo, preferem continuar a acreditar que este fracionado movimento chamado Sionismo poderia perpetrar uma fraude mundial. Quase todos os maiores negadores, de fato, compartilham uma obsessão redobrada com o Holocausto, com o Sionismo e com o Estado de Israel. O carro-chefe da propaganda de negação nos Estados Unidos está situado na Califórnia, o Institute for Historical Review (IHR, Instituto pela Revisão Histórica), que vende não apenas livros de negação do Holocausto e panfletos, como também críticas ao Sionismo e à religião judaica. Willis Carto, cabeça do Liberty Lobby(Lobby da Liberdade), e de um grupo político de ação anti-Israel situado em Washington, D.C., fundou o IHR. Enquanto tem ocorrido muita luta fraticida ao longo das duas últimas décadas no IHR por causa de dinheiro, as visões de Carto e dos diretores presentes (que incluem Mark Weber, um notório e antigo propagandista neonazi) não estão muito distantes umas das outras. Em outra volta, ao longo do curso de sua batalha com os atuais líderes do IHR, Carto, de forma conspiracionista, acusou Weber de ser um agente sionista.

Weber também defende a ferro e fogo a identificação dos judeus com a Revolução Bolchevique, uma prática iniciada por App entre os negadores norte-americanos mas provocando uma revolução entre observadores na Europa e nos Estados Unidos. Enquanto Weber é capaz de aproveitar-se de certas verdades sobre o partido bolchevique que podem se conectar, pelo menos a primeira vista, aos judeus (como aqueles mais proeminentes líderes bolcheviques, incluindo Leon Trotsky, Lev Kamenev, e Grigori Zinoviev, que eram judeus de nascimento), Zimmerman assinalou que a maioria dos judeus russos era mais atraída ao nacionalista judeu, sionista, ou partidos socialistas democráticos (Zimmerman, 128) que em relação aos comunistas radicais como os bolcheviques. Weber também repete o erro de App de equiparar sionismo e comunismo. Enquanto existiam partidos marxistas-sionistas, particularmente nos primeiros dias do estado israelense, o apoio da União Soviética para países hostis a Israel depois da guerra árabe-israelense de 1967 foi um golpe final à qualquer aliança entre duas ideologias que são, por natureza, diametralmente opostas (Sionismo é uma forma de nacionalismo, enquanto o comunismo é internacionalista em suas metas).

É então visível que a negação do Holocausto é uma teoria de conspiração que busca colocar os judeus por detrás de um movimento internacional para promover uma farsa para ganho monetário. Desta forma, a negação do Holocausto não é diferente de muitas outras formas de anti-semitismo que imputam aos judeus cobiça por dinheiro como também de manter um clima conspiracionista. Além da forma caótica com a qual negadores escolhem englobar todos os judeus juntos, independente de sua confissão religiosa ou orientação política como perpetradores desta "fraude", negadores também se engajam em esforços com pseudo-ciência para tentar provar seus pontos de vista em relação o Holocausto. Para constar, nenhum de seus esforços alteraram qualquer impressão duradoura sobre a historiografia do Holocausto. Enquanto o observador racional concluirá que isto é um testamento sobre a verdade da história do Holocausto, para negadores do Holocausto, isto é meramente um pedaço a mais de evidência de uma conspiração para sufocar o que eles acreditam ser uma "verdade real" sobre o sina dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Referências:

1. Lipstadt, Deborah E., Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory. New York: Plume.

2. Ridgeway, James. 1990. Blood in the Face. New York: Thunder's Mouth Press.

3. Shermer, Michael, and Alex Grobman. 2000. Denying History: Who Says the Holocaust Never Happened and Why Do They Say It? Berkeley: University of California Press.

4. Zimmerman, John C. 2000. Holocaust Denial: Demographics, Testimonies, and Ideologies. New York: University Press of America.

Nota de citação

A informação de citação para este artigo é: Mathis, Andrew E. 2003. "Holocaust, Denial of." Pp. 321-324 in Conspiracy Theories in American History: An Encyclopedia, edited by Peter Knight. Santa Barbara, CA: ABC-CLIO.

Última modificação: 2 de Julho de 2004
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Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/denial/abc-clio/
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Discurso de Himmler em Posen (Poznan)

Uma tática favorita dos “Negadores do Holocausto” é a tentativa de neutralizar a palavra “ausrotten” [ou “ausrottung”] quando ela aparece em um documento nazista. Eles costumam ignorar as análises de expressões feitas por especialistas alemães nativos, tais como aparecem na LTI de Kempeler ou na admissão de Longerich no julgamento de Lipstadt. Em raras ocasiões, quando reconhecem essas análises eles deliberadamente as deturpam, conforme já demonstrado aqui.

A estupidez desta tática é melhor ilustrada em um artigo de Carlos Porter, que foi publicado pela CODOH, em 1996, o que pode ser visto neste link. Porter tenta girar o primeiro discurso de Himmler em Posen, em 4o outubro de 1943 de uma forma mais benigna. Em Nuremberg, “ausrotten” foi traduzido como “extirpação”. Porter insiste que é “desaparecimento”. Isto em si não é bom negócio porque "extirpação" ainda pode significar extermínio se usado em um contexto particular. Na verdade Longerich traduz “ausrotten” como “extirpação” e afirma que:
Eu ainda não encontrei um único exemplo de Hitler ou Himmler utilizando o termo "ausrotten" durante a Segunda Guerra Mundial no que diz respeito aos seres humanos ou a um grupo de seres humanos, do que no sentido de "matar em grande número ou matar todos na medida do possível ".
No entanto, o erro colegial de Porter foi insistir que Himmler estava falando "figurado" quando ele utilizou o termo, mas em seguida a impressão dos longos extratos do discurso mostraram que Himmler estava, na verdade, se referindo literalmente a genocídio em massa e assassinato de mulheres e crianças.

Assim Porter derrubou seu próprio caso. Por exemplo, na tradução do próprio Porter, a palavra "extirpação" segue a frase “eliminação dos judeus". Mais tarde, no mesmo parágrafo, Himmler descreve a cena típica de assassinato em massa:
A maioria de vocês sabe o que significa quando 100 corpos estão deitados em conjunto, quando há 500 quinhentos , ou se houver 1000 deitados. Para os que passaram por esta situação, e, ao mesmo tempo, salvo exceções acometeram de fraquezas humanas, para permanecerem dignos, nos fez endurecer.
No parágrafo seguinte, Himmler torna ainda mais claro o seu significado, ao referir diretamente a um genocídio de "este povo":
Tínhamos o direito moral, nós tínhamos o dever para com o nosso próprio povo, para matar esse povo que queria nos matar.
No parágrafo seguinte ele admite que:
"temos que erradicar um bacilo".
Mais para o fim do discurso, Himmler diz:
Se outras raças vivem em prosperidade ou estão morrendo de fome, me interessa apenas na medida em que precisamos deles como escravos para a nossa cultura: caso contrário, não tenho interesse algum. Se uma mulher russa cair de esgotamento enquanto cava uma vala anti-tanque me interessa apenas na medida em que termine as valas anti-tanque para a Alemanha.
Se isto não é "contexto" suficiente para comprovar o correto significado de “ausrotten” na primeira intervenção de Himmler em Posen, nós temos mais “contexto” à partir deste acompanhamento do discurso feito dois dias mais tarde no mesmo local.

Estou grato a David Woolfe por chamar a minha atenção para este excerto:
Es trat an uns die Frage heran: Wie ist es mit den Frauen und Kindern? Ich habe mich entschlossen, auch hier eine ganz klare Lösung zu finden. Ich hielt mich nämlich nicht für berechtigt, die Männer auszurotten- sprich also, umzubringen oder umbringen zu lassen - und die Rächer in Gestalt der Kinder für unsere Söhne und Enkel groß werden zu lassen. Es mußte der schwere Entschluß gefaßt werden, dieses Volk von der Erde verschwinden zu lassen.

Chegamos à pergunta: Como será com as mulheres e as crianças? Estou decidido a encontrar uma solução clara aqui também. Eu não considero justificativa a mim mesmo o extermínio dos homens - ou seja, para matá-los ou mandá-los mortos - e permitir que os vingadores dos nossos filhos e netos, cresçam sob a forma de suas crianças. A decisão difícil teve de ser tomada para fazer desaparecer este povo da Terra.
Assim Himmler definiu "utilmente" o significado preciso que ele usou para "auszurotten", no segundo discurso em Posen.

Ele então reiterou este significado, em mais um discurso em Sonthofen em 24 de maio de 1944:
Quanto às mulheres e crianças judias, eu não acredito que eu tinha o direito de deixar que essas crianças cresçam até se tornarem os vingadores que iam matar os nossos pais [sic] e netos. Isso eu pensei, seria covardia. Assim, o problema foi resolvido sem meias medidas.
Himmler não aprovou as "meias-medidas". Apenas seria "meio espirituoso" o primeiro discurso de Himmler em Posen, discurso este para tentar enganar-nos a pensar assim.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/08/himmlers-posen-speech.html
Autor: Jonathan Harrison
Título original: Himmler's Posen Speeches
Tradução: Leo Gott

O Mundo maluco de Walter Sanning (Parte 8)


Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/08/crazy-world-of-walter-sanning-part-8.html

Neste último capítulo da minha série sobre [Walter]Sanning, eu investiguei sua alegação relativa à população judaica da Bessarábia, na qual ele novamente exibe uma recusa deliberada de consultar fontes primárias para refutar as teses.

Em The Dissolution of Eastern European Jewry, pags.91-92, Sanning afirma que:

A contagem [censo] dos romenos de 16 de Agosto de 1941 [mostra que]aproximadamente 200.000 judeus da Bessarábia tinham se retirado para a URSS e não 6.882.
Esta afirmação é contradita por inúmeras fontes que foram publicadas, tempos atrás como em 1946-48, em três volumes por Matatias Carp, cujas conclusões são resumidas aqui e por Raul Hilberg em The Destruction of the European Jews, 3rd edition, págs.808-852. Estas mostram que foi realizado um censo pelos militares romenos em 1 de setembro de 1941, que apurou que 72.625 judeus estavam na Bessarábia. Além disso, os romenos ocupantes assassinaram os judeus, ao dirigirem ao longo da fronteira da Ucrânia ocupada pelos alemães desde o início de julho. Por exemplo o Operational Situation Report 67 reportou que:


O romenos tinham conduzido milhares de pessoas inaptas para trabalho, como inválidos e crianças, da Bessarábia e Bucovina na esfera alemã. Nos arredores de Svanzia-Mogilev-Podoiski-Yampol, um total de aproximadamente 27.500 judeus foram conduzidos de volta ao território romeno, e 1.265, em sua maioria, mais novos, foram fuzilados.

Este relatório é corroborado por outros documentos alemães, debatidos aqui por Angrick. Assim, mesmo se, como alega Sanning, um recenseamento realizou-se em 16 de agosto de 1941 (apenas duas semanas antes de um documento!), o déficit entre o censo e a contagem de setembro poderia ser explicado pelo retorno dos judeus do outro lado da fronteira.

Sanning deve, naturalmente, ter verificado essas fontes, e foi novamente desonesto em não citar. Além disso, ele deveria ter tomado conhecimento que muito mais do que 6.882 judeus foram deportados da Bessarábia para a Transnístria após agosto 1941. O número verdadeiro foi novamente documentado por Carp (ver pág.18 deste link), já admitido por Vasilui antes de 1943:

Com base em dados agora em nossa posse, o número de evacuados em 1941 foi o seguinte:

Da Bessarábia: 55.867
De Bucovina: 43.798
Da cidade
de Dorohoi Co.: 10.368
Total: 110.033

A grande maioria destes judeus morreram na Transnístria antes dela ser libertada em 1944. Sanning poderia ter sido mais claro para com seus leitores de que estas mortes não aconteceram.

O Mundo Maluco de Walter Sanning (Parte 7)

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/07/crazy-world-of-walter-sanning-part-7.html


A minha série sobre o “Negador do Holocausto” que está desaparecido Walter Sanning, continua aqui em um divertido postscript fornecido em seu artigo Scorched Earth Warfare.

Sanning alega que os soviéticos foram "beneficiários de uma incrivelmente generosa assistência à reconstrução" a partir dos nazistas, e que "a alegada brutalidade da sistemática alemã na Rússia é simples exposto da propaganda soviética". Esta alegação conforme demonstrada foi baseada em uma recusa deliberada dele em ler a literatura primária sobre a política de alimentação nazista. Por exemplo, Roberto [Muehlenkamp] traduziu e transcreveu parcialmente dois documentos-chave neste tópico no RODOH, mostrando que existia um “plano de fome” antes da Barbarossa, Roberto [Muehlenkamp] resume esta evidência aqui.

Roberto também revelou uma carta de Rosenberg para Keitel relativo aos maus tratos de POW da URSS (Documento de Nuremberg 081-PS).

Este contém a admissão da tentativa dos cidadãos soviéticos de fornecer comida para os prisioneiros de guerra, mas foram impedidos à força de fazer:

De qualquer forma, com uma certa dose de compreensão para os objetivos que visam a política alemã, poderiam ter evitado a morte e a deterioração, na medida descrita. Por exemplo, de acordo com as informações em mãos, a população nativa no seio da União Soviética está absolutamente disposta a colocar alimentos à disposição dos prisioneiros de guerra. Vários comandantes de campo compreendem que esta escolha teria êxito. No entanto, na maioria dos casos, os comandantes de campo estão proibindo a população civil de pôr comida à disposição dos reclusos, e eles estão deixando-os com fome para que morram. Até mesmo na marcha para os campos, a população civil não foi autorizado a dar alimentos aos prisioneiros de guerra. Em muitos casos, os prisioneiros de guerra, quando já não podia manter-se na marcha por causa da fome e da exaustão, foram fuzilados diante dos olhos horrorizados da população civil, e os cadáveres ali foram deixados.


Roberto[Muehlemkamp] também fez uma compilação das fontes sobre [O cerco de]Leningrado tornando claro que a intenção dos nazistas eram “matar a cidade” de fome.

Finalmente, além das excelentes fontes de Roberto, também podemos apontar para uma passagem do discurso de Himmler em Posen onde ele não deixa qualquer dúvida sobre a política nazista:

O que acontece com um russo, com um checo, não me interessa nem um pouco. O que as nações podem oferecer em matéria de bom sangue para o nosso modelo, vamos levar, se necessário sequestramos seus filhos e para recrutá-los conosco. Se as nações vivem em prosperidade ou estão morrendo de fome, me interessa apenas na medida em que precisamos deles como escravos para a nossa cultura: caso contrário, não tenho interesse algum.
Se uma mulher russa cair de esgotamento enquanto cava uma vala anti-tanque me interessa apenas na medida em que termine as valas anti-tanque para a Alemanha (Documento de Nuremberg 1919-PS)

sábado, 16 de agosto de 2008

Chávez propõe assinatura de acordo para combater anti-semitismo na América Latina

O presidente venezuelano Hugo Chávez recebeu nesta quinta-feira (14) uma delegação da comunidade judaica, liderada pelo brasileiro Jack Terpins, presidente do Congresso Judaico Latino-Americano e da Confederação Israelita do Brasil e pelo americano Ronald Lauder, presidente do Congresso Judaico Mundial. No encontro, Chávez nomeou um embaixador de seu país para Israel.

Junto com o presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, e com a presidente argentina Cristina Kirschner, quer assinar um acordo para combater toda a forma de anti-semitismo e racismo na América Latina.

A reunião contou com a presença do presidente da Confederação das Associações Israelitas da Venezuela, Abraham Levy; Cláudio Epelman, diretor executivo do Congresso Judaico Latino-Americano; Michael Schneider, secretário geral do CJM; Saul Gilvich, secretário-geral do CJL, e Hector Timerman, embaixador da Argentina nos Estados Unidos.

A maior parte da comunidade judaica da Venezuela vive em Caracas, e soma aproximadamente 15 mil membros. Sua presença data de 1821, antes mesmo da independência do país, quando se estabeleceram em Coro, cidade costeira não muito distante da ilha de Curaçao.

14/08/2008 | 22:52 | O Globo Online

Fonte: Gazeta do Povo/Globo online
http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?id=798021

Duas chinesas são indiciadas por vender camisetas anti-semitas em Paris

PARIS (AFP) — Uma cidadã chinesa e sua filha, proprietária e vendedora, respectivamente, de uma loja em Paris que vendia camisetas com inscrições anti-semitas compareceram ante um tribunal para responder por "incitação ao ódio racial".

Camisetas femininas com mensagens anti-semitas estavam sendo vendidas numa loja de Belleville (nordeste de Paris), mas foram retiradas rapidamente de venda depois da denúncia de uma entidade contra o anti-semitismo.

As camisetas tinham as inscrições em alemão "Juden eintritt in die parkankagen verboten" e em polonês "Zydom wstep do parku wzbronionyio" ("Entrada no parque proibida aos judeus") e reproduziam imagens do gueto de Lodz, na Polônia.

O produto, vendido a 18 euros, tinha a etiqueta da marca "Introfancy IF", com a menção "Nought restrict", mas não indicava o país de fabricação.

Sammy Ghozlan, presidente da Agência Nacional de Vigilância contra o Anti-semitismo, alertou a AFP sobre o caso e informou que, além de apresentar uma queixa na delegacia do bairro, pediu a apreensão das peças e o fechamento da loja.

Fonte: AFP
http://afp.google.com/article/ALeqM5iIr6DwTdra0SUg943CltYeAwwYHQ

Jornada leva o Holocausto para a sala de aula

Valéria Dias / Agência USP

O professor “José” se dirige até a “mesa de imigração” para a retirada de seu “Passaport Card” que vai permitir que ele possa “imigrar”. Quando ele abre o documento, não encontra a própria foto, mas sim a de uma criança que foge do nazismo em plena Segunda Guerra Mundial. A cena não se refere a um filme sobre o Holocausto, mas sim ao ambiente inicial que os professores da rede municipal de ensino irão encontrar no próximo dia 16 na abertura da VII Jornada Interdisciplinar sobre o Ensino do Holocausto, que acontece das 8 às 17h30 no Anfiteatro da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. O tema deste encontro será “Por um milhão de crianças”.

“A idéia é oferecer subsídios para os educadores trabalharem em sala de aula o tema Holocausto de maneira interdisciplinar”, conta a coordenadora da iniciativa, a professora Maria Luiza Tucci Carneiro, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. “O objetivo principal da Jornada é a educação para a cidadania: oferecer recursos ao educador para ele criar um espírito de solidariedade entre os alunos, visando combater o racismo e o anti-semitismo”, aponta.

A professora conta que a ambientação de um setor de imigração no início da Jornada é baseada em um recurso já usado no exterior em museus interativos que possibilitam ao visitante se identificar com personagens retratados nesses lugares. As “crianças” identificadas no “passaporte” que os educadores vão receber no início das atividades do dia 16 estarão presentes na Jornada. Anita Leocádia Prestes, Ruth Sprung Tarasanschy, Sabina Kustin, Jorge Legmann, Esther Cohen Ahaaroni, Maika Milner e Inge Rosental eram crianças durante a Segunda Guerra e vão participar apresentando seus depoimentos como sobreviventes do Holocausto. “Em cada um desses depoimentos, os professores e educadores identificados no "Passaport Card" como cada uma dessas “crianças” serão convidados a se levantarem da platéia.”

Maria Luiza conta que a palestrante Inge Rosenthal, por exemplo, foi uma das crianças do Kindertranport, o “trem das crianças”. “Em 1939, na Alemanha, vários pais judeus colocaram seus filhos em um trem com destino à Inglaterra como uma maneira de salvá-los da perseguição nazista. A Inge vai para Londres e depois para os Estados Unidos. Lá ela conhece um fazendeiro brasileiro, casa-se com ele e vem para o Brasil. Atualmente ela mora em Rolândia, interior de São Paulo”, explica.

Teatro

A Jornada também vai oferecer o recurso do uso do teatro em sala de aula. A peça “Uma carta, uma dor”, conta a história de uma menina que está escondida na Polônia junto com a mãe e dois irmãos. A garota escreve uma carta para um cônsul brasileiro pedindo que ele salve a família dela da perseguição nazista e conceda um visto para a família. De acordo com Maria Luiza, “O material oferecido na Jornada é multidisciplinar, pois permite ao educador trabalhar o tema levando o teatro para a sala de aula abordando outras disciplinas além de História, como Literatura, Língua Portuguesa e Geografia, por exemplo”.

Entre os outros temas que serão abordados durante a Jornada, estão: As crianças do Holocausto: medo e silêncio; As crianças de Terezin: arte e criatividade em tempos de intolerância; Anne Frank: uma vida, um registro; Literatura e História: travessia para o Brasil; e O cinema e as crianças do Holocausto: a infância perdida. Os depoimentos dos sobreviventes estão previstos para acontecerem a partir das 14 horas. Encerrando o encontro, a partir das 16h40, a diretora de teatro e pesquisadora do Laboratório de Estudos de Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER) da USP, Leslie Marko, apresenta aos participantes uma cena da peça “Uma carta, uma dor” e mostrará como o teatro pode ser usado em sala de aula.

Neste ano, a Jornada já aconteceu em Curitiba e no Rio de Janeiro. Para2009, estão previstas jornadas em Porto Alegre, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. De acordo com Maria Luiza, a idéia é, posteriormente, disponibilizar todo material usado nesses encontros por meio do link “Ação Educativa” do portal Arquivo Virtual sobre Holocausto e Anti-Semitismo (Arqshoah) que está sendo produzido pelo LEER, e que deverá ser inaugurado em janeiro de 2009.

As inscrições, gratuitas, estão abertas até segunda-feira (11) e podem ser feitas por meio do endereço disponível no site da Secretaria Municipal de Educação, que traz a programação completa do evento. A Jornada é promovida pelo LEER, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e a Associação Beneficente e Cultural B’nai B’rith.

Mais informações: (11) 3091-8598,
e-mail: malutucci@terra.com.br com a professora Maria Luiza Tucci Carneiro.
Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.
Site:
http://educacao.prefeitura.sp.gov.br/

Fonte: site da USP(Universidade de São Paulo)
http://www4.usp.br/index.php/noticias/39-educacao/15009-jornada-leva-o-holocausto-para-a-sala-de-aula

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Relatório Forense de Cracóvia de 1945 - A prova do Zyklon-B

Comissão Principal para Investigação dos Crimes Alemães na Polônia
Secção Regional de Cracóvia
Cracóvia, 4 de Junho de 1945
Ao Instituto de Perícia Forense de Cracóvia

No anexo nós enviamos ao Instituto, cabelo que vem de cadáveres de mulheres e que foram retirados destes depois do gaseamento e antes da incineração nos formos crematórios em Brzezinka. O material está abarrotando uma sacola, no qual de acordo com a etiqueta, contém 22.5 kg de cabelo. Requisitamos que vocês pesquisem o conteúdo [da sacola] e examine-os num procedimento correspondente ao Artigo 254 do Código de Procedimento Criminal como também a conexão com os Artigos 123, 138 do Código de Procedimento Criminal, para estabelecer se e qual veneno está contido (no cabelo).

Da mesma maneira e para o mesmo propósito pedimos para a examinação das chapas de lâmina de metal das aberturas de ventilação das câmaras de gás (Porão de Cadáver No. 1 do Crematório no. II em Brzezinka), que foram encontradas durante a visita de inspeção no crematório, e da argamassa que foi tirada do lado da parede desta câmara. Estes objetos (4 chapas de vedação completas das aberturas de ventilação foram feitas de lâmina de metal e 2 danificadas daquelas chapas de vedação, como também do pedaço de argamassa) foram repassadas para o Instituto para seguirem em 05.12.1945.

Membros da Comissão
Carimbo da Corte de Examinação de Cracóvia
Procurador Público Juiz de Examinação
Assinatura ilegível Assinatura ilegível
(Edward Pachalski) (Jahn Sehn)

Relatório do Instituto de Perícia Forense de Cracóvia, Dezembro de 1945

Po. Nr. 171/45 Cracóvia, 15. Dezembro 1945
À Comissão Principal para Investigação dos Crimes Alemães na Polônia
Secção Regional de Cracóvia

Avaliação Toxicológica
preparada a pedido da Comissão em 4 de Junho de 1945 com conexão com as investigações a respeito do crematório de Brzezinka (Birkenau).

OBJETO DE EXAMINAÇÃO

Em 12 de Maio de 1945, 4 chapas de vedação inteiras e 2 danificadas, das aberturas de ventilação, foram entregues para examinação. Estas foram encontradas durante a visita de inspeção no Crematório No. II em Brzezinka e saíram das aberturas de ventilação da câmara de gás (Porão de Cadáveres No. 1) do mesmo crematório.

Em 4 de Junho uma sacola foi entregue para examinação, que de acordo com a etiqueta continha 25.5 kg de cabelo, que foram retirados de cadáveres de mulheres depois do gaseamento e antes da incineração nos fornos crematórios em Brzezinka.

I. EXAMINAÇÃO DAS CHAPAS DE VEDAÇÃO DAS ABERTURAS DE VENTILAÇÃO

As chapas de vedação tinham a forma usual e uma armação de caixas retangulares para o equipamento de abertura da ventilação. Elas eram feitas de lâmina de zinco. As superfícies de todas as partes eram revestidas de branco, com forro fortemente aderente.

A examinação foi preparada pela raspagem da superfície de um ventilador em cima do espaço de metal, que foi feito pelo lado interior inteiro da chapa e da parte da grade virada em relação à câmara de gás. 7.2 gramas [de material de examinação] foram obtidas.

O equipamento de examinação consistiu de um pequeno bulbo de vidro com um funil de separação e uma equipamento de absorção de gás com três frascos de absorção de gás. Dentro de cada um destes frascos cerca de 4 ml de 10% de solução de hidróxido de potássio foi lançada.

O forro raspado foi misturado com água no bulbo, e depois o bulbo foi ligado ao recepiente de absorção, ácido sulfúrico concentrado foi adicionado em gotas com o funil de separação e então o gás desenvolveu-se uniformemente mas não tempestuosamente.

A reação foi contínua, sob um ligeiro aquecimento ao final, até completar a dissolução dos conteúdos do bulbo. Os frascos de absorção foram esvaziados e seus conteúdos submetidos às seguintes examinações:

a) 4 ml do líquido foram fortemente resfriados e cuidadosamente neutralizados com ácido sulfúrico diluído, alcalinizados com umas poucas gotas de carbonato de sódio - bicarbonato de sódio com pH 8.0, misturado com uma pequena quantidade de sulfato de ferro(II), deixado em repouso por 30 minutos sob ocasional remexida e então cuidadosamente acidificado com ácido sulfúrico. Nele se desenvolveu uma clara coloração verde-azul produzida por Azul da Prússia.

b) 4 ml do líquido foram misturados com algumas gotas de solução de Polisulfeto de amônio e mantida em levemente esquentada for 5 minutos. A mistura resfriada foi precipitada com um excesso de nitrato de cádmio e filtrada. A filtração foi acidificada com ácido hidroclorídico e misturada com uma solução de sulfato de ferro. O resultado foi uma coloração laranja-claro produzida a partir da Rodanase(do ácido cianídrico).

Ambos experimentos descritos acima provam que o exame do material contém conexões com o ácido prússico.

II. EXAMINAÇÃO DO CABELO

A sacola, feita de duas capas de papel grosso, tinha sido fechada dobrando-se a parte superior várias vezes. Depois de aberta, foram encontrados na sacola cheia, cabelo em feixes e tranças.

Os conteúdos da sacola foram submetidos às seguintes examinações:

[i ]1. Examinação da destilação do Cabelo
imediatamente depois da abertura da sacola com 150 gramas de cabelo, tranças foram tiradas de uma parte da metade de seu conteúdo, rapidamente cortadas, coberta com água num bulbo de destilação, ligeiramente acidificado com ácido sulfúrico e destilado com água em estado de vapor. A destilação foi coletada num bulbo resfriado com gelo. Esta destilação foi examinada como descrito em I a) e b).

A reação do Azul da Prússia ficou com um colorido muito ligeiramente verde-azul, e o teste da Rodanase numa coloração ligeiramente amarelo-laranja.

2. A Segunda Examinação
estava em sua primeira parte cumpriu-se como descrito em 1., mais 500 gramas de tranças foram usados para examinação, que foram retirados de meia parte do saco. 200 ml de destilado foi coletado, que sob imediata examinação mostrou visivelmente apenas o Azul da Prússia e reações da Rodanase.

Esta destilação foi uma destilação fracionada numa Coluna de Vigreux. 15 ml de distilado foi coletado num bulbo de vidro resfriado com gelo, que continha uma pequena amostra de uma solução fortemente diluída de hidróxido de sódio. A análise do destilado foi cumprida como descrita acima. A reação do Azul da Prússia mostrou uma coloração azul-claro, o teste da Rodanase uma coloração laranja-vermelho claro.

3. Examinação do Estrato aquoso do Cabelo
5 kg de tranças e cabelo comprimidos juntos foram misturados com cerca de 2 a 2.5 litros de água que então foram recobertos com o líquido e extraídos em temperatura ambiente por 16 horas. O estrato de aquaso, que reagiu neutramente contra o Tornassol, foi decantado, ligeiramente acidificado com ácido sulfúrico e examinado como descrito em 2. A reação de Azul da Prússia ficou com uma coloração ligeiramente azul, o teste da Rodanase ficou com uma coloração ligeiramente laranja.

E foi assim desse modo comprovado que o cabelo tinha emitido ácido prússico dentro de uma solução aquosa em temperatura ambiente.

III. EXAMINAÇÃO DAS PARTES DE METAL ENCONTRADOS NO CABELO

Depois da conclusão da análise para o ácido prússico os conteúdos do saco foram minuciosamente examinados e os objetos de metal encontrados entre o cabelo e nas tranças foram removidos e organizados. Os seguintes objetos encontrados foram:

a) Um pegador de metal, fortemente dourado com ouro de pelo menos 14 quilates,
b) Clipes de cabelo feitos de zinco
c) Clipes de cabelo e broches feitos de latão.

Os objetos acima mencionados foram submetidos à examinação em seperado em virtude, como é mostrado pela experiência e também teoricamente justificável, de conter metais envolvidos com cianeto de hidrogênio especialmente pegados.

1. Examinação dos clipes de cabelo feitos de zinco
175 g de material de teste foi examinado como descrito em I. acima. A reação de Azul da Prússia ficou com uma ligeira coloração verde-azul, o teste da Rodanase com uma coloração ligeiramente laranja.

2. Examinação dos clipes do cabelo e Broches feitos de latão
20,7 g de material de teste foi examinado como descrito em I. acima. A reação de Azul da Prússia adquiriu uma coloração de azul-claro, o teste Rodanase uma coloração laranja-claro.

3. Examinação do pegador
O pegador, com um peso total de 3.23 gramas, foi coberto com água dentro de um bulbo acidificado com ácido sulfúrico, com helianthin sendo usado como um indicador. Thereafter destilação com uma Coluna de Vigreux foi realizada e a destilação coletada numa água resfriada com gelo; 10 ml de destilado foi obtido. A reação de Azul da Prússia, realizou-se com 4 ml de destilado, tornou-se pálida, mas com coloração completamente azul claro. O teste da Rodanase, também se realizou com 4 ml de destilado, tornou-se brilhante, mas com coloração laranja claro.
Com isto as examinações foram concluídas.

Todos os reagentes e equipamentos usados durante os experimentos acima mencionados foram previamente examinados para assegurar sua clareza e precisão.

AVALIAÇÃO

I) Nas chapas de vedação das aberturas de ventilação feitas de lâminas de zinco, que saíram das aberturas de ventilação da câmara de gás (Porão de Cadáveres No. 1) do Crematório II de Brzezinka, a presença de conexões de ácido prússico foi comprovada.

II) No cabelo retirado de cadáveres de mulheres depois do gaseamento, a presença de ácido prússico foi comprovada.

Objetos de metal foram encontrados no cabelo, como clipes, borches de cabelo e um spectacle holder dourado, ainda continham relativamente consideráveis quantidades de conexões de ácido prússico.

O Diretor do Instituto
(Dr. Jan Z. Robel)

Tradução(polonês/Alemão/Inglês): Roberto Muehlenkamp à partir do livro:
Brigitte Bailer-Galanda, Wolfgang Benz, Wolfgang Neugebauer (editors), Die Auschwitzleugner, 1996 Elefanten-Press, Berlin, S. 109 114
Tradução(português): Roberto Lucena

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Doha, Goebbels e o "Revisionismo"

A Profa. Ania Cavalcante analisa em seu artigo a total inadequação da citação do chanceler brasileiro, Celso Amorim na Rodada Doha, onde o ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels foi mencionado. Ania ainda analisa como isto pode ser fruto de uma sociedade que talvez esteja tolerando o anti-semitismo e as manifestações revisionistas.

Ania Cavalcante é doutoranda com tese sobre Holocausto em História na USP, pesquisadora e professora do módulo "Holocausto e Anti-Semitismo" do Laboratório de Estudos sobre a Intolerância (LEI) da USP, estagiária do Curso "Holocausto e Literatura" da Literatura Hebraica da USP e professora nativa de Lingua Alemã. Foi bolsista em Seminário e Conferência sobre Holocausto pelo Yad Vashem de Israel.

Foi com indignação que li as notícias a respeito da lastimável declaração do atual ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, feita no dia 19 de julho, ao citar uma frase do chefe da propaganda no governo nazista, Joseph Goebbels. Fez-me pensar que, enquanto a realidade da fome assola partes do mundo, um fantasma ronda as políticas nacional e internacional brasileiras. Enquanto a fome mata 6 milhões de crianças por ano no mundo, outras 6 milhões de vítimas - judias - do Holocausto são reiteradamente desrespeitadas, além das outras vítimas do nazismo.

Durante uma entrevista coletiva à imprensa concedida na sede da OMC (Organização Mundial de Comércio) em Genebra, o ministro brasileiro Celso Amorim afirmou que "Goebbels sempre dizia que quando se repete uma mentira muitas vezes, ela se torna verdade" („wenn man eine Lüge oft genug wiederholt, wird eine Wahrheit daraus”). A infeliz citação ocorreu, em Genebra, às vésperas do começo de uma semana da Rodada Doha de negociações da OMC destinada a alcançar um acordo sobre a liberalização do comércio, e foi feita em resposta ao comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson, que acusara o Brasil de "estar sempre por trás" das dificuldades de negociação da OMC, de afirmar que o Brasil e outros “países emergentes”, deveriam assumir responsabilidades e não só exigir concessões dos países ricos. Foi então que Celso Amorim buscou em Goebbels um argumento para criticar a atitude dos Estados Unidos e da União Européia, países que afirmam ter feito ofertas generosas no comércio de produtos agrícolas, enquanto os demais países fizeram muito pouco para abrir seus mercados aos produtos manufaturados. Ou seja, de que os EUA e UE estão oferecendo pouco em termos de liberalização agrícola e cobrando muito em concessões no setor industrial.

A declaração do ministro brasileiro, comparando a tática de negociação de UE e EUA na OMC com a do chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels, sugerindo que os EUA e a Europa se portam como os nazistas em termos comerciais é preocupante e inaceitável. A primeira reação à imprudente declaração de Celso Amorim, na qual compara a negociação dos países ricos sobre a Rodada Doha com a propaganda nazista, foi a da representante comercial dos Estados Unidos, Susan Schwab, judia e descendente de sobreviventes do Holocausto, que no dia seguinte (20 de julho), através de porta-voz Sean Spicer, afirmou que, “para alguém que é ministro de Relações Exteriores, ele deveria estar mais atento para alguns pontos sensíveis”. Afirmou também que a fala de Amorim era “inacreditavelmente errada, além de qualquer imaginação, elas {as declarações} são insultuosas". Classificou ainda o ataque de “pessoal e baixo” e afirmou: "Estamos todos aqui para negociar de forma efetiva e esse tipo de comentário maldoso não tem lugar nessas negociações".

Segundo o porta-voz de Celso Amorim, Ricardo Neiva, citado pela Reuters, o ministro lamenta que Schwab ou qualquer outra pessoa tenha se ofendido com os seus comentários. O ministro brasileiro pediu desculpas pela declaração, porém manteve sua postura de citar o nazista. "Se ofendi alguém, eu lamento, não foi minha intenção. Mas mantenho: repetir uma distorção faz com que as pessoas acreditem que ela é a verdade", disse.

O lamentável comentário teve repercussão na imprensa mundial. O The Wall Street Journal disse em um artigo que a declaração de Amorim é “absurda e realmente preocupante, vinda de um diplomata moderado”, enquanto o jornal The New Zealand Herald afirma que a declaração de Amorim é “potencialmente um incidente diplomático”, acrescentando que “o comentário motivou uma pronta resposta dos EUA, cuja representante comercial, Susan Schwab, é filha de sobreviventes do Holocausto”. Mas é claro que a menção irresponsável de um nazista, ainda mais na Europa, além de imprudente, vergonhoso e inaceitável, feriu não só a Susan Schwab, os descentes de judeus do Holocausto, mas toda a comunidade judaica mundial e todos com um mínimo de bom-senso.

Em 21 de julho, Susan Schwab pôs de lado o comentário de Amorim e disse que "esta não é a hora nem a semana para cair de novo em retórica ultrapassada - destinada a perpetuar velhas divisões e criar outras novas”. Durante entrevista no primeiro dia da retomada das negociações da Rodada Doha de liberalização do comércio mundial. "Estamos esperando para ver contribuições de outros, inclusive dos mercados emergentes mais significativos", para que se chegue a uma conclusão bem sucedida da rodada, afirmou. O principal problema da Rodada Doha, ou seja, do comércio mundial, é a preocupação de cada país nos efeitos de uma política liberalizante que supostamente trariam desemprego em países que não estão aptos a concorrer de forma igual. A Rodada Doha durou sete anos e fracassou de novo, a 29 de julho, quando a Índia e a China abandonaram novamente a sala de negociações, e esse reiterado fracasso pode representar o colapso definitivo da Rodada de Doha. Certo é que atualmente a fome assola vidas humanas com a inflação dos produtos agrícolas, enquanto a manipulação histórica ronda o mundo.

"Revisionismo", desrespeito e os veículos de massa

O século XX foi marcado por formas de opressão e violência que custaram a vida de milhões de pessoas, sendo o regime nazista e o Holocausto o paradigma e expressão máxima da barbárie humana, que arrasaram do mapa parte de uma geração, parte de uma História. Por outro lado, também representou máxima expressão de resistência e solidariedade humanas por parte de suas vítimas, representando a fé na humanidade. O século XXI, por sua vez, se inicia com uma tentativa de apagar a memória, com o reiterado desrespeito à memória e à dignidade humanas, e de jogar a História na lata do lixo, manipulando “aquilo que aconteceu” – “was geschehen ist”, como definiria o poeta judeu-alemão Paul Celan, sobrevivente do Holocausto. E o ministro brasileiro se une àqueles que desrespeitam a memória e a História.

Foi justamente em um ministro da Alemanha nazista que o ministro brasileiro se inspirou. A ofensa não foi à Susan Swab somente. Mais do que uma ofensa, uma declaração inadequada, um reflexo do desrespeito às vitimas do Holocausto – os judeus foram as maiores, mas houve outras vítimas, que não devem ser esquecidas. Nem a memória apagada, nem a História desconsiderada ou manipulada. O Holocausto foi o fenômeno histórico da discriminação, exclusão sócio-econômica, expropriação, da perseguição, tortura e extermínio de 6 milhões de judeus entre 1933 e 1945 pelo regime nazista na Alemanha e Europa ocupada, o que representava 66% dos judeus da Europa, 1/3 dos judeus do mundo. O regime nazista também vitimou 1,5 milhão de inimigos políticos, 3 milhões de prisioneiros de guerra, 20 milhões de russos (centenas desses incluídos na categoria de inimigos políticos e prisioneiros de guerra), 600 mil sérvios, 500 mil ciganos, 200 mil poloneses, 200 mil maçons, 15 mil homossexuais, 5 mil testemunhas de jeová, e muitas outras vítimas.

O Ministro brasileiro citou um dos maiores ideólogos nazistas, Joseph Goebbels, que foi Ministro de Propaganda e Informação Pública da Alemanha nazista durante a existência do regime nazista, de 1933 a 1945. Tanto Goebbels, como Adolf Hitler reconheciam o enorme potencial oferecido pela propaganda na veiculação da ideologia nazista e para a conquista das massas. O poder da propaganda nazista tornou-se maior, em decorrência da censura e do monopólio da violência e dos meios de comunicação.
O ministro Goebbel, citado pelo ministro brasileiro, manipulou a rádio e os filmes de propaganda, onde buscou disseminar as idéias anti-semitas e racistas, para angariar o apoio popular ao infame regime nazista, de cunho anti-semita, nacionalista, expansionista, xenófobo, explorador e assassino. E é na idéia central, o pilar desse ministro – a farsa composta de mentiras contadas e recontadas – que o ministro brasileiro se inspirou.

Mais do que um desrespeito às vítimas do Holocausto e do nazismo, aos sobreviventes e, por que não dizer, ao bom-senso. Se fosse ministro em outro país, poderia ser destituído justificadamente, por isso (na Alemanha, o seria com certeza). Basear-se em idéias-chave de um regime como o nazista e repeti-las é vergonhoso. Joseph Goebbels foi um dos defensores do nazismo, um dos maiores propagandistas do nazismo e manipuladores da História, um criminoso. Foi ele quem, a 10 de maio de 1933, ordenou uma “queima pública de textos judeus nocivos” em frente a Universidade Humbolt de Berlim, com o objetivo de “nazificar” a arte e a cultura da Alemanha. Aproximadamente 20 mil livros foram queimados, incluindo livros de autores não-judeus como Heinrich Mann, Betold Brecht, Erich Kastner e muito autores judeus como Albert Einstein, Karl Marx, Sigmund Freud, Franz Kafka, Stefan Zweig, e Heinrich Heine. Este último, tinha escrito um século antes: “Onde se queimam livros, alguém dia também serão queimados seres humanos”. E na Alemanha nazista e Europa por ela ocupada, lamentavelmente, foi o que ocorreu.

O primeiro pogrom do século XX foi uma elaboração de Goebbels, que teve a idéia de utilizar o atentado contra o diplomata alemão Von Rath em Paris cometido pelo jovem judeu Herschel Grynszpan para realizar um violento pogrom contra os judeus da Alemanha na noite de 9 de novembro de 1938 denominado de “A Noite dos Cristais Quebrados” (Kristallnacht). Herschel Grynszpan cometeu o atentado como forma de expressar sua indignação ao saber, no início de novembro de 1938, que sua família e outras centenas de judeus com cidadania polaca haviam sido deportados a 27 de outubro da Alemanha para a Polônia, para uma região na fronteira, uma terra de ninguém, porque nenhum dos dois países queria ficar com eles. Se por um lado essa deportação representou a primeira deportação massiva de judeus pelo regime nazista, efetuada pela SS (SS é a abreviação de Schutzstaffel, Tropas de Proteção, as tropas de choque da polícia política do regime nazista), a Noite dos Cristais Quebrados constituiu um episódio de finalização de um período de exclusão social, expropriação econômica e de incentivo à imigração judaica, representando o início da violência física em massa contra os judeus e a deportação para os campos de concentração.

A extensão e gravidade da Noite dos Cristais Quebrados foi clara: 91 judeus morreram nesta noite e nenhum assassino foi julgado. As 400 sinagogas ainda existentes na Alemanha foram queimadas e destruídas. 7500 lojas de judeus foram quebradas ou saqueadas, com um prejuízo de muitas centenas de milhões de marcos. 26 mil judeus foram presos e levados a campos de concentração. Foi imputada uma multa coletiva de um bilhão de marcos aos judeus para pagarem os seus próprios prejuízos, que posteriormente foi aumentada. E esse episódio foi divulgado em jornais do mundo inteiro. E foi a partir desse momento, que os judeus foram completamente banidos da vida econômica na Alemanha. As propriedades judaicas foram colocadas em contas e confiscadas pelo Estado.

Além disso, relembremos, durante a Segunda guerra Mundial, Goebbels foi o responsável pela campanha de propaganda, espalhando ódio, disseminando mentiras contra os supostos “inimigos dos alemães”, afirmando serem os judeus os maiores desses inimigos e caracterizando-os como sub-humanos. E foram as principais mentiras que ele reiteradas vezes buscou disseminar, para buscar fazer com que acreditassem nelas. E foi a essa prática, desse ministro nazista, que o ministro brasileiro citou. Algo grave, gravíssimo, vergonhoso. Não chega a ser um crime. Mas sem dúvida uma agressão.

O combate ao negacionismo, manipulação atual da História

Vivemos um tempo em que a agressão é reiterada e a História, manipulada. Um grande exemplo disso é o negacionismo do Holocausto. Entre os iranianos e palestinos, e em movimentos pró-palestinos, o negacionismo é, lamentavelmente, comum. Aqui no Brasil, há vários exemplos. Citarei um mais recente. A 26 de janeiro desse ano, foi formado em São Paulo um movimento que pretende abranger os comitês pró-palestinos no Brasil, denominado "Palestina Livre - Movimento Palestina para Tod@s". No site publicado como o primeiro artigo da seção de História, um artigo de Robert Faurisson, um francês negacionista histórico, atuante desde 1960. O artigo era encontrado no site http://www.palestinalivre.org/node/231. Eu enviei uma nota de repúdio ao site do Mopat, a representantes da comunidade judaica e palestina e a várias outras pessoas. Depois dessa campanha de denúncia, passada cerca de uma semana, o artigo foi retirado do site. Mas repudie e esclareci aos mesmos destinatários, de que havia artigos de outros negacionistas no site do movimento, como o caso de Alfredo Braga, que em um dos vários artigos disponibilizados no site, repletos de falsificações históricas, afirmava, por exemplo, que o Diário de Anne Frank era uma farsa histórica. Só recentemente, os artigos de Alfredo Braga foram substituídos por outros.

Na Argentina, em Buenos Aires, entidades pró-palestinas chamaram um ato no dia 28 de janeiro em frente à Embaixada de Israel. O ato era contra o Estado de Israel e em defesa dos palestinos, que preconizava atividades culturais, nas quais estava incluído um programa fartamente negacionista, com destaque para Faurisson (parece que está na moda dentre estes comitês), de uma virulência e manipulação histórica inaceitáveis.

O evento, felizmente, foi um fracasso, sendo cancelado por seus organizadores por falta de palestinos e simpatizantes dispostos a protestar. Mesmo assim, o programa divulgado reflete o conteúdo defendido por esses movimentos. Sem desconsiderar os movimentos de palestinos pela paz e de convivência com o Estado de Israel, há se levar em conta que governos árabes, em especial o Irã, vem investindo uma fortuna nos últimos 26 anos em incitamento ao ódio. Em recente esclarecimento a esse respeito, o jornalista da FIERJ (Federação Israelita do Rio de Janeiro), José Roitberg, explicou, por email, que “o Irã é o único financiador da universidade MAUP na Ucrânia onde fica a gráfica que produz livros revisionistas [negacionistas] em pelo menos 40 línguas. A MAUP espalhou pela Europa vários quiosques de venda desse material e há países da América Latina, como a Argentina, onde podem ser adquiridos estes materiais em qualquer livraria, sebo ou barracas de livros nas ruas. Constando desde “Mein Kampf” aos “Protocolos dos Sábios do Sião”.

O negacionismo não é crime, tampouco aqui no Brasil, como em qualquer outro país da América Latina, ao contrário da Alemanha, por exemplo, o país com a legislação mais severa nesse sentido. Não se brinca em serviço lá. Atualmente, a Alemanha é o país onde mais memoriais e museus do Holocausto há. E negacionismo, assim como reprodução de qualquer livro ou idéia de teor nazista, assim como símbolos e gestos nazistas dão cadeia. E sem atenuantes.

O uso da negação do Holocausto tem um objetivo muito claro, que deve ser combatido: ao definir que Israel é uma compensação aos judeus pelo Holocausto, se não houver Holocausto, essa compensação se torna indevida. O negacionismo causa um risco real para as comunidades judaicas, mas não causa risco para Israel. A Carta do Hamas define que todos os judeus que chegaram à Palestina após 1947 devem ser expulsos de volta aos seus países de origem e os demais, devem ser mortos. E essa retórica se ouve em outros discursos anti-sionistas.

No Brasil, a condenação de dois anos de prisão de Silfried Ellwanger Castan, fundador da Editora Revisão, que nega o Holocausto e publica livros nazistas e negacionistas, foi uma vitória, embora, por sua idade avançada, não tenha cumprido a pena na prisão.

Mas não deixou de ser uma vitória, um avanço na luta contra o negacionismo, anti-semitismo e pela dignidade humana. Dentro da legislação brasileira, o racismo é um crime, a apologia ao anti-semitismo não o é, e o revisionismo é discutível. Há que se defender a liberdade de expressão, mas deve-se combater os perigos concretos de repetições da catástrofe e de regimes como o nazista.

Em um país que ainda não criminalizada a negação do Holocausto, e onde seus ministros citam nazistas, nos faz notar a ainda vigência de anti-semitismo, e a necessidade de lutar para esclarecer sobre a completa inadequação de tais citações. Há ainda muito que se combater o anti-semitismo, o racismo, os preconceitos. Por isso, devemos ficar De Olho Na Mídia, de ouvidos bem atentos, e nunca silenciar.

Para quem considera que o nazismo e o Holocausto são assuntos ultrapassados e superados, os fatos demonstram que ainda há muito a ser debatido a respeito desse capítulo infame da História e muito ainda a combater.

Vivenciamos um período em que revisionistas tentam negar o Holocausto e até mesmo estadistas o fazem. Em que movimentos disseminam o negacionismo como justificativa de suas causas, ministros se baseiam na retórica nazista, período em que a intolerância e discriminação ainda permanecem e são um dos combustíveis, juntamente com interesses econômicos espúrios, da violência generalizada – seja física, seja verbal - a expressão da barbárie atual, que atinge a todos nós.

Nem sequer aos mortos deixam descansar em paz, tampouco descansaremos no combate ao negacionismo, anti-semitismo e anti-sionismo, e as suas diversas manifestações infames e inaceitáveis. Afinal, acreditamos na humanidade.

Fonte: deOlhonaMídia.org.br
http://www.deolhonamidia.org.br/Comentarios/mostraComentario.asp?tID=368

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