quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 53

Generalidades

53. Que provas há de que Hitler sabia que se estava levando a cabo o extermínio de judeus?

O IHR diz:

Ninhuma.

Nizkor responde:

Ver a pergunta 26.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 52

52. Qual foi o papel do Vaticano durante o tempo em que se supõe que seis milhões de judeus foram exterminados?

O IHR diz:

Se houvesse existido um plano de extermínio, com segurança o Vaticano teria estado em condições de sabê-lo. Mas como não houve nenhum, o Vaticano não teve razões para denunciá-lo.

Nizkor responde:

Mentiras. Os nazis odiavam a Igreja Católica, e executaram muitos sacerdotes na Polônia e outros lugares. A Igreja não tinha o menor poder ou influência sobre os nazis. O Ministro de Propaganda do Reich, Joseph Goebbels, anotou em seu diário em 26 de março de 1942 (ver Lochner, The Goebbels Diaries, 1948, p. 146):

É uma baixeza e algo muito sujo que a Igreja Católica prossiga com suas atividades subversivas de todas as maneiras possíveis, intentando agora difundir sua propaganda inclusive entre as crianças protestantes evacuadas das regiões ameaçadas por bombardeios. Depois dos judeus, estes políticos-sacerdotes são a pior gentalha repugnante que ainda vive no Reich. Depois da guerra chegará o momento de solucionar este problema definitivamente.


Ou dêem uma olhada nisto:

Carta ao Ministro da Justiça do Reich
Do Bispo Católico de Limburg
13 de agosto de 1941

...várias vezes na semana chegam à Hadamar ônibus com um grande número destas vítimas. As crianças da escola da vizinhança reconhecem estes veículos e dizem: "Aí chega o comboio assassino". Depois da chegada dos ditos veículos, os cidadãos de Hadamar vêem a fumaça que sai da chaminé e ficam nervosos pensando constantemente nas pobres vítimas, especialmente quando, dependendo da direção do vento, têm que suportar o horrível odor. A conseqüência de que se esteja fazendo isto aqui é que as crianças, quando se brigam umas com as outras, dizem coisas como: "Estás gordo, enfiaram-te no forno em Hadamar". As pessoas que não querem casar-se, ou que não tem a oportunidade de fazê-lo, dizem: "Casar-se?. Não importa fazê-lo. Trazer filhos ao mundo que terminarão numa pilha de cadáveres...". Os anciãos dizem: "De nenhuma maneira irei ao hospital estatal! Depois dos débeis-mentais, os anciãos serão as próximas bocas para alimentar que não servem para nada".


O último parágrafo se refere a aniquilação sistemática de dezenas de milhares de doentes mentais e deficientes psíquicos pelos nazis, através do chamado programa de "eutanásia" ou programa da "morte piedosa".

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 51

51. Que relatório deu a Cruz Vermelha Internacional sobre a questão do "Holocausto"?

O IHR diz:

Um relatório sobre a visita a Auschwitz de delegados da Cruz Vermelha Internacional realizada em setembro de 1944 assinalou que era permitido aos prisioneiros receber paquetes e que não se pode verificar os rumores sobre câmaras de gas.

Nizkor responde:

Não se pode verificar os rumores sobre as câmaras de gás porque se proibiu expressamente os delegados de visitarem os Krema de Auschwitz, onde estavam as câmaras de gás e os crematórios. Só os levaram somente as zonas do enorme complexo que alojavam os prisioneiros que não iam ser exterminados. Havia alguns prisioneiros de guerra aliados em Auschwitz, vivendo em condições razoáveis, mas que sabiam dos gaseamentos e o mencionaram aos delegados da Cruz Vermelha.

Por exemplo, o antigo SS-Untersturmführer Dr. Hans Münch confirmou isto em seu testemunho perante o Tribunal Internacional de Nuremberg (Trial of the Major War Criminals, 1948, Vol. VIII, p. 313-321). Disse:

Fui testemunha repetidas vezes de diversas visitas guiadas de civis e delegados da Cruz Vermelha, e pude comprovar que o mando do campo preparou tudo magistralmente para dirigir estas visitas de tal maneira que os visitantes não vissem o mais mínimo tratamento inumano. Só se mostrava o campo principal, e neste campo principal estavam os chamados blocos de exposição, sobretudo o bloco 13, que estavam especialmente preparados para estas visitas guiadas e que estavam equipados como um barracão de soldados normal, com camas com lençóis, e serviços que funcionavam.


Ironicamente, esta política de não mostrar as instalações de extermínio também foram confirmadas pelo próprio IHR, ainda que sem o querer. No "Relatório Lüftl", o suposto especialista(expert) Walter Lüftl menciona um relatório enviado aos comandantes dos campos de concentração. De acordo com Lüftl, é dito:

Não se deve mostrar nem o bordel nem os crematórios durante as visitas ao campo. Não se deve mencionar a existência destas instalações às pessoas que visitem o campo...


Lüftl segue comentando:

Aparentemente, então, podia-se mostrar e mencionar todo o demais aos visitantes. Logicamente, se tivesse existido uma câmara de gás, poderia ter-se mostrado e se poderia ter falado dela; se não, teria sido incluída na proibição.

Dado que não podemos assumir que nenhum membro das SS jamais mostrou uma câmaras de gás [destinada a matar pessoas] aos inspetores da Cruz Vermelha Internacional, é possível concluir que não havia nenhuma.


Lüftl, que supostamente é um especialista(expert), não é nem sequer consciente de que o termo "crematórios" refere-se aos complexos de cremação, que não só incluíam os fornos, como também as câmaras de gás.

Sem querer, ele tem apresentado provas contra suas próprias hipóteses - por que era necessário se ocultar os complexos de cremação da Cruz Vermelha se ali não ocorria nada que a Cruz Vermelha não devesse ver?

O "Relatório Lüftl" está na Internet num arquivo de texto no Nizkor, ou em uma página web no website de Greg Raven. Procure no texto "Red Cross".

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Escolas alemãs adotam revista em quadrinhos sobre Holocausto

Por Ruy Jobim Neto
04/02/2008

Escolas alemãs irão adotar uma revista em Quadrinhos holandesa para ensinar crianças sobre a era nazista e o Holocausto. A nova publicação é uma seqüência de outra revista chamada A descoberta, também voltada para crianças, baseada na história dos judeus na Europa entre 1933 e 1940. Intitulada A Busca, a revista - criada pelo cartunista holandês Eric Heuvel (foto) - conta a história de Esther, uma sobrevivente fictícia do Holocausto, e já está à venda na Holanda.

O centro Anne Frank, em Berlim, que apóia o projeto, acredita que a proposta serve para a Alemanha. "Não há uma grande diferença em relação à história que a Alemanha ensina sobre a era nazista, mas é uma abordagem nova", disse a porta-voz do centro, Melina Feingold.

A revista, de 61 páginas, já está disponível em várias línguas e será usada em escolas de Berlim durante os próximos seis meses. Depois, poderá ser adotada em todo o país. A publicação descreve como os judeus na Alemanha e na Holanda ocupada pelos nazistas vivenciaram o genocídio e a perseguição nazista, que matou mais de 6 milhões na Europa.

Após várias décadas em que possuía apenas poucas centenas de judeus, a Alemanha conta hoje em dia com a mais crescente população judaica do mundo, depois da chegada de mais de 220 mil judeus vindos da ex-União Soviética, desde a década de 1990. No entanto, o anti-semitismo também cresce no país. No mês passado, cinco adolescentes judeus foram atacados por um grupo de punks. (com Reuters)

Fonte: Reuters/Bigorna.net
http://www.bigorna.net/index.php?secao=hqeuropeia&id=1202089311
Imagens dos quadrinhos(em alemão):
http://www.welt.de/berlin/article1610682/Holocaust-Comic_wird_an_Berliner_Schulen_getestet.html
Daily News(em inglês):
http://www.nydailynews.com/news/us_world/2008/02/01/2008-02-01_comic_book_teaches_german_students_about.html

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 50

50. Houve algum precedente às Leis de Nuremberg na América?

O IHR diz:

Muitos estados dos Estados Unidos haviam aprovado leis preventivas dos matrimônios e as relações sexuais entre pessoas de diferentes raças muito antes dos nazis.

Nizkor responde:

Isto é uma suposição, mas parece que a pena por não respeitar estas leis na América não era a mesma que a pena na Alemanha nazi: morte.

De qualquer forma, de novo não é mais que relativismo moral irrelevante.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 49

Trivialização das Leis Anti-judaicas

49. Quais eram as princípais disposições das "leis de Nuremberg" alemães de 1935?

O IHR diz:

Leis contra os matrimônios mistos e as reações sexuais entre alemães e judeus, similares as leis que existem atualmente em Israel.

Nizkor responde:

Mais mentiras anti-semitas e mais relativismo moral. Não existem leis deste tipo em Israel (ainda que o número de matrimônios mistos seja pequeno).

As leis de Nuremberg não só proibiam as relações sexuais entre alemães e judeus, castigavam-nos com a pena de morte. (Ainda que a pena estabelecida era de cárcere ou trabalhos forçados - ou ambas as coisas - alguns judeus foram executados por manter relações sexuais com alemães. Inclusive ao ser surpreendido beijando ou acariciando era razão suficiente para aplicar a pena de morte).

As Leis de Nuremberg de 1935 alteraram muitas coisas, à parte das relações pessoais. Mais adiante, nesse mesmo ano, promulgou-se um decreto baseado em uma das leis de Nuremberg (ver Hilberg, "Documents of Destruction", 1971, p. 20):

Com base no artigo 3 da Lei de Cidadania do Reich de 15 de setembro de 1935 (Gaceta Legal del Reich I, 1146), ordena-se o seguinte: ...
Artigo 4

1. Um judeu não pode ser considerado cidadão do Reich. Não pode votar em eleiçõs políticas; não pode ostentar um cargo público.

2. Todos os funcionários públicos judeus devem abandonar seu cargo no máximo em 31 de dezembro de 1935...


As leis posteriores foram muito menos sutis.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Carnavalesco da Grande Rio critica "Holocausto" da Viradouro

Breve comentário sobre a matéria que reporta uma crítica de outro carnavalesco que teve parentes mortos no Holocausto.

Notícia do dia 25 de Janeiro, mas que merece ser destacada por conta da leviandade do carnavalesco da Escola de Samba Viradouro e do seu pouco caso com a questão dos direitos humanos, num país como o Brasil onde há forte violação dos direitos humanos, ao tentar, por puro capricho, pôr um carro alegórico com 'formato' de cadáveres das vítimas do Holocausto com um figurante no papel do ditador nazista Adolf Hitler na ala em pleno desfile que é transmitido para o mundo inteiro, apenas para preenchimento de um enredo sobre "arrepio". A banalização do genocídio com a caracterização proposta pela escola, que felizmente foi vetada poupando o público do espetáculo deste espetáculo grotesco, foi total.

Carnavalesco da Grande Rio critica "Holocausto" da Viradouro
Raphael Azevedo

Holocausto no samba, guerra na Avenida. O carnavalesco da Grande Rio, Roberto Szaniecki, criticou duramente o colega Paulo Barros, que vai mostrar a matança de judeus no desfile sobre o arrepio na Viradouro.

"Fiquei profundamente incomodado e acho uma apelação essa figura (Paulo Barros) mostrar isso na Avenida. Não tem contexto e muito menos defesa dentro do enredo", disse Szaniecki, polonês e de família judia.

"É uma falta de sensibilidade. A transmissão do desfile chega à Europa. Eles irão ver isso. Não tive meus avós por causa do Holocausto", desabafou.

A Federação Israelita do Rio também manifestara preocupação. Carro alegórico faz referência à morte de seis milhões de judeus na 2ª Guerra. Trará pilhas de corpos e caveiras em alto-relevo. Procurado, Paulo Barros não quis se manifestar.

Fonte: O Dia/Terra(Brasil, 25 de janeiro de 2008)
http://carnaval2008.terra.com.br/interna/0,,OI2271514-EI10735,00.html

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 48

48. Vêem-se cámaras de gás nas fotos aliadas feitas no tempo de guerra de Auschwitz (durante o período no que se supõe que as "câmaras de gás" e os crematórios estavam funcionando cem por cento)?

O IHR diz:

Não. De fato, estas fotografias não mostram nenhum traço das enormes quantidades de fumaça que supostamente havia constantemente sobre o campo. Nem mostram as "valas abertas" onde se supõe que se queimaram cadáveres.

Nizkor responde:

Em primeiro lugar, considere que se sobrevoou Auschwitz muito poucas vezes e se passando muito tempo entre um vôo e outro. Em fins de 1943 e início de 1944 os Aliados começaram a bombardear refinarias, incluindo a planta mediana petroquímica de Auschwitz III. Auschwitz III, ou Monowitz, era um campo satélite situado a quatro quilômetros das câmaras de gás de Auschwitz II, ou Birkenau.

Os bombardeios aliados e seus caças de escolta não puderam alcançar Monowitz até abril de 1944 (ver Gilbert, "Auschwitz and the Allies", 1981, p. 191). Um reconhecimento fotográfico da zona/local realizado em 4 de abril incluiu acidentalmente Birkenau. Passado esta data, só se voltaram a sobrevoar o campo outras quatro vezes antes que fechassem os crematórios: em 31 de maio, em 26 de junho, em 25 de agosto e em 13 de setembro de 1944. Tiraram muito poucas fotografias de Birkenau, e algumas são demasiadamente pouco detalhadas para ser de interesse.

As fotografias que foram tiradas durante os gaseamentos eram uma questão de casualidade. Uma foto tirada em 25 de agosto mostra uma fila de umas cem pessoas caminhando de trem até os Krema II e III. A porta do Krema II está aberta. Crêem os negadores que iriam fazer uma visita turística ao "morgue"(depósito de cadáveres)?

Esta mesma foto mostra as câmaras de gás, incluindo uns respiradouros mais evidentes no teto empregados para introduzir o Zyklon-B. Como os negadores explicam isto? Recordando que não se pode desinfectar um "morgue"(depósito de cadáveres)com Zyklon-B, já que ele não atua contra as bactérias. (Ver Gilbert, op. cit., foto 28, entre as pp. 192-193.)

E os respiradouros são visíveis nas câmaras de gás dos Kremas II e III, mas não nos vestiários. Como os negadores explicam a diferença, dado que afirmam que tanto a câmara de gás como o vestiário eram morgues(depósito de cadáveres)? Por que há respiradouros numa e não no outro? E, é uma simples coincidência que a sala com respiradouros seja a mesma que foi identificada como a câmara de gás nos anos '40? Recordando que estas fotos não foram tornadas públicas até os anos '70.

Outra fotografia mostra uma vala detrás do Krema III, exatamente onde as testemunhas situaram a vala de incineração ao testemunhar muitos anos antes. Não foram tornadas públicas as fotos até os anos '70, assim que se coincidam com os testemunhos é uma sólida corroboração destes. Seja como for, a última frase da resposta do IHR é uma descarada mentira.

Os negadores do Holocausto admitem isto, por certo, assim que aqui tenhamos outra contradição interna. O "revisionista" Carlo Mattogno escreveu uma resposta a Pressac que:

As fotografias de um reconhecimento aéreo mostram uma cremação que está ocorrendo em uma das três valas, medindo esta 3,5 por 15 metros, na área do Crematório V.


Uma vez mais, não conseguem pôr-se de acordo.

Isso sim, pode-se dizer que seja certo de que as fotos não mostram fumaça saindo dos crematórios. Neste momento, estamos investigando mais profundamente o assunto. Mas se é certo, a única coisa que significa é que não estavam incinerando corpos nesses dias em concreto. Há só cinco dias refletidos nestas fotografias em todo o ano de 1944, e em algumas não se vêem os crematórios, assim sendo isto não prova nada.

E o que as fotografias revelam é sumamente daninho para a postura dos negadores do Holocausto - que assim, como não, mentem sobre ele.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 3 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 47

47. Se os nazis incineraram seis milhões de pessoas, que fizeram com as cinzas?

O IHR diz:

Isto ainda está por "explicar". Seis milhões de cadáveres teriam produzido toneladas e tolenadas de cinzas. E não se tem encontrado nenhum grande depósito das ditas quantidades de cinzas.

Nizkor responde:

Uma ligeira falta de honradez. Nada se diz que se incineraram seis milhões de cadáveres. Nos territórios ocupados do Leste, executava-se as pessoas com um tiro e lhes enterravam em valas comuns.

Contudo, incineraram-se muitos milhões de cadáveres (incluindo alguns que foram enterrados em valas comuns e foram exumados). É muito fácil desfazer-se das cinzas. Jogavam-nas nos rios ou se espalhava pelos campos. A cinza não é tóxica; pode-se jogar em qualquer parte. De fato, é um bom fertilizante, e está documentado que os granjeiros que viviam próximos de Auschwitz usaram cinzar humanas em seus campos.

Simplesmente se calcula quantas caixas de sapatos entram em um caminhão grande. Dezenas de milhares. Qual problema supôr jogar fora carga atrás de carga em rios ou campos? Auschwitz está na confluência de vários rios, e tem um grande pântano próximo. Uma fotografia aérea tomada durante a guerra mostra grandes quantidades do que poderiam ser cinzas humanas num pântano justo à beira do campo de extermínio.

Para fazer uma comparação, nada se nega que Stalin e Mao mataram dezenas de milhões de pessoas de diversas formas. Nenhum "revisionista" se pergunta onde estão todos esses cadáveres. Só se centram no Holocausto. Por quê?

Fonte: Nizkor
Tradução: C. Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 46

46. Quanta cinza deixa um corpo cremado?

O IHR diz:

Depois de incinerar totalmente os ossos, mais ou menos a que encheria uma caixa de sapatos.

Nizkor responde:

Totalmente correto.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 2 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 45

45. Pode se utilizar um forno crematório em 100% do tempo?

O IHR diz:

Não. Uma estimativa generosa daria uns 50% (12 horas ao dia). Há que limpar cuidadosamente e regularmente um forno crematório quando se está fazendo um trabalho pesado.

Nizkor responde:

Esta resposta compreende as anteriores das perguntas 42, 43, e 44.

Comecemos dando uma olhada em uma fotografia dos fornos do Krema II para termos uma idéia do tamanho. Eram muito grandes. Tendo em conta que o Zündelsite qualifica estes enormes edifícios de incineração de "galinheiros".

Havia cinco Kremas em Auschwitz. Os Kremas II e III tinham cinco grandes fornos, cada um dos quais tinham três "bandejas", podendo assim incinerar três cadáveres de vez. Eram desenhados para realizar as incinerações eficientemente e rapidamente, especialmente quando tinham que queimar muitos corpos de uma vez (ver Gutman et al., "Anatomy of the Auschwitz Death Camp", 1994, pp. 185-186).

Ainda que os fornos tivessem três bandejas, podiam-se colocar quase sempre dois ou inclusive três cadáveres por bandeja. Recordando que havia muitas crianças, e que as vítimas eram com freqüência prisioneiros que haviam estado em Auschwitz durante meses e que por tanto sofriam uma grave desnutrição. Os nazis consideraram entre 70 e 100 kg de restos como uma "unidade" que podia ser incinerada numa bandeja; quer se tratasse de uma pessoa corpulenta ou de três pequenas era irrelevante tecnicamente falando. Höss testemunhou que o Sonderkommando costumava ir alternando pôr dois ou três cadáveres em cada bandeja. (Ver Gutman et al., op. cit., pp. 236, 166, 180n55.)

Indo contra o que o IHR afirma na pergunta 42, os fornos podiam consumir um cadáver entre 30 e 45 minutos como máximo. Isto tem sido verificado não só por testemunhas oculares, como também por numerosos relatórios nazis sobre o processo de incineração.

Estes são os cálculos para um único Krematorium, o número II:

Cinco fornos, cada um com três bandejas, sendo cada bandeja capaz de conter dois ou três cadáveres de uma vez (ponhamos dois) e sendo capazes de incinerá-los em meia hora, reduziriam a cinzas 1440 corpos em 24 horas de trabalho contínuo. 5 por 3 por 2, por 48 meias horas que se tem em um dia, dá-nos 1440.

Um relatório capturado com data de 28 de junho de 1943 e enviado à Berlim ao General das SS Kammler estipula o número de corpos que podiam se eliminar em um dia em Auschwitz-Birkenau em 4.756. Isto ao que parece se baseia em um ciclo de trabalho de 24 horas por dia utilizando as cifras anteriores, já que se calcula a capacidade do Krema II como de 1440. Ver uma fotografia do documento, ou Pressac, "Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers", 1989, p. 247. Os historiadores e os técnicos discutem se isto representa um máximo teórico que nunca foi alcançado salvo com a ajuda de incinerações realizadas em valas, ou se é uma cifra que foi alcançada ou inclusive ultrapassada nos piores momentos do processo de extermínio. Seja como for, está claro que a cifra dada por Lagace de 184 corpos ao dia (Lenski, Robert, "The Holocaust on Trial", 1990, p. 252) nem sequer se aproxima das cifras corretas.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 44

44. Dado um ciclo de trabalho de 100% de todos os crematórios de todos os campos em território controlado por alemães, qual é o número máximo de cadáveres que foi possível incinerar durante todo o período em que os crematórios estiveram em funcionamento?

O IHR diz:

Uns 430.600.

Nizkor responde:

Esta enganosa cifra é o resultado de vários erros que vão se acumulando. Temos respondido aos erros sobre os tempos de inicineração de um cadáver e das necessidades de manutenção na resposta à pergunta 42. Foi respondido sobre os erros do número de cadáveres por bandeja do forno na resposta à pergunta 45.

Basear-se em números teóricos pode ser instrutivo, se um tem em conta que nunca se alcançou a capacidade teórica por diversas razões. Mas se trata-se de considerar quais poderiam ter sido os números teóricos, usando um ciclo hipotético de 100% e eliminando todo o tempo sem serviço por manutenção, as cifras se tambalean.

Não necesitamos falar de todos os campos nazis; consideremos simplesmente Auschwitz-Birkenau. Mais ainda que, consideremos só as duas instanções de cremação maiores (de um total de cinco). Esses dois únicos fornos, trabalhando em sua capacidade máxima as 24 horas do dia desde sua instanação em abril de 1943 até sua captura em novembro de 1944 poderiam ter incinerado aproximadamente 1,700.000 cadáveres.

Isto é aritmética simples baseada na capacidade estimada pelos próprios nazis. Ver uma fotografia do documento, ou Pressac, "Auschwitz: Technique and Operation", 1989, p. 247.

Tendo em conta que os nazis começaram a se dar conta mais adiante de que a capacidade teórica dos fornos não era real, e em finais de 1942 redujeron suas estimativas de 1440 por Krema e um dia para 800 (ver Gutman et al.,"Anatomy of the Auschwitz Death Camp", 1994, p. 212). Usando esta cifra mais realista, estes dois crematórios de Auschwitz tinham podido incinerar quase um milhão de cadáveres em seus 20 meses de trabalho.

Isto se corresponde com a realidade, dado que havia outros Kremas disponíveis para a incineração, e porque sabemos que com freqüência se saturavam os fornos pelo número de cadávares, tendo que queimar alguns em valas abertas. Ver pergunta 41. No total, matou-se e se incinerou em Auschwitz entre 1,100.000 e 1,500.000 de pessoas.

Fonte: Nizkor
Tradução: C. Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 43

43. Por que os campos de concentração tinham fornos crematórios?

O IHR diz:

Para eliminar de uma maneira higiênica os cadáveres das vítimas das epidemias de tifo.

Nizkor responde:

...e os(cadáveres)das vítimas dos gaseamentos. Ver a resposta à pergunta 45.

Poderia-se perguntar ao IHR porque os nazis necessitavam de tantos caldeireiros, como demonstra claramente este documento das SS, se só morreram umas poucas centenas de milhares de judeus (ver pergunta 36)



Em 7 de outubro de 1944, os componentes do sonderkommando (denominados "heizer" = caldeireiro nos documentos oficiais das SS), eram:
Krema II: turno de dia 84, turno de noite 85.
Krema III: turno de dia 84, turno de noite 85.
Krema IV: turno de dia 84, turno de noite 85.
Krema V: turno de dia 72, turno de noite 84.

Um total de 663.

APMO, D-AuII-3a/1, Inventário No. 29723. Ver Czech, "Auschwitz Chronicle 1939-1945". p. 724. Ver também o documento presente na exposição "O Martírio Judeu" do Campo Principal de Auschwitz, que lista um total de 661 caldeireiros em 3 de outubro de 1944.

Fonte: Nizkor
Tradução: C. Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 42

42. Os escritores sobre o "Holocausto" afirmam que os nazis podiam cremar corpos em uns dez minutos. Quanto tempo leva incinerar um cadáver, segundo diversos operários profissionais de crematórios?

O IHR diz (edição original):

Umas duas horas.

Na edição revisada:

Aproximadamente uma hora e meia, ainda que os ossos maiores requerem um segundo processamento.

Nizkor responde:

No quê ficamos, uma hora e meia ou duas horas? Mais recentemente, os negadores do Holocausto começaram a se apoiar no testemunho de Ivan Lagace, que ao que parece disse no julgamento de Zündel, e mais adiante ante a imprensa que incinerar cada corpo leva entre seis e oito horas.

O IHR insiste uma e outra vez em se queixar de que os testemunhos dos sobreviventes se contradizem em detalhes técnicos como o tempo de cremação - e não podem se pôr de acordo entre eles.

A discrepância entre as estimativas do IHR e o tempo real (uns 30 minutos) é importante, dado que o IHR está confundindo os crematórios industriais e militares com os cemitérios atuais.

Quando dizem "operários profissionais de crematórios", referem-se a gente como Lagace, cujo trabalho consiste em cremar um único corpo de cada vez, dentro de um ataúde, num forno desenhado para converter inclusive os ossos maiores em finas cinzas que serão levadas aos familiares do defunto. Esta situação, evidentemente, não é comparável com a que havia em Auschwitz-Birkenau durante a Segunda Guerra Mundial.

Por exemplo, para Lagace jamais lhe ocorreria mesclar as cinzas de um cadáver com as de outro. Lagace e o IHR esqueceram que se podia enfiar dois ou três cadáveres esqueléticos em cada "bandeja". Isto, por suposto, jamais ocorreria em um incinerador civil.

Assim mesmo, os fornos de Auschwitz foram desenhados para funcionar continuamente, usando o calor produzido pelas incinerações de cadáveres realizadas antes e se mantendo assim para os corpos seguintes. Depois de acender os fornos com coque ao começar do dia até que alcançavam a temperatura adequada, apenas requeriam um pouco mais de combustível para funcionar. Isto é uma técnica bem documentada (ver Gutman et al., "Anatomy of the Auschwitz Death Camp", 1994, pp. 185-187ff).

Lagace afirma que tem de haver um período de "esfriamento" entre cada incineração, o qual demonstra uma profunda ignorância por sua parte sobre o funcionamento destes fornos. Lagace diz que um ciclo contínuo de operação havia causado avarias nos fornos de Auschwitz, mas mais uma vez não é capaz de entender a diferença entre um crematório civil e um crematório industrial militar.

Habitualmente o operário de um forno crematório convencional queimará o cadáver durante um período de tempo para eliminar todo o resto de carne carbonizada, quer dizer, para branquear os ossos. Ainda assim, este processo faz com que o tempo total de incineração acabe sendo somente dentre duas e quatro horas, e não as seis e oito horas de Lagace. Lagace esqueceu que estes detalhes não tinham importância para os nazis. Mas estes erros e outros aparecem na resposta à pergunta 45.

À parte dos erros comentados, os tempos de incineração são totalmente inquestionáveis. Em 1939, concedeu-se à firma Topf e Filhos um contrato para construir um forno em Dachau com uma capacidade estimada de um cadáver por hora e bandeja (tendo duas bandejas/nichos). Incrementando a pressão do ar, em julho de 1940 fabricaram um forno que podia incinerar dois cadáveres por hora e bandeja (de novo, tendo duas bandejas). Necessitava-se de umas três horas de manutenção ao dia, algo muito longe das doze horas por dia das que fala o IHR na pergunta 45. (Ver Gutman et al., op. cit., pp. 185-186, 189-190.)

Os crematórios que foram instalados em Auschwitz-Birkenau eram de capacidade industrial. Eram capazes de processar vários cadáveres por bandeja em uma meia hora, e podiam funcionar durante dias seguidos sem necessidade de manutenção. (Houve contudo algumas dificuldades às vezes, e vários dos fornos estiveram fora de serviço durante meses). Foi concedida à Topf e Filhos uma parente em 1951, e a patente estabelece a capacidade de cremação de um cadáver a cada meia hora.

Dispõe-se de uma fotografia dos fornos do Krema II.

Fonte: Nizkor
Tradução: C. Roberto Lucena

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 41

41. Pode-se queimar cadáveres numa vala?

O IHR diz (edição original):

Não, é impossível que um corpo humano seja consumido totalmente por chamas desta maneira, e não se pode gerar calor suficiente numa vala aberta.

Na edição revisada:

Não, é impossível que um corpo humano seja consumido totalmente pelas chamas desta maneira devido à escassez de oxigênio.

Nizkor responde:

Qual é o problema: o calor, ou o oxigênio?

Apesar de que os negadores do Holocausto não queiram que seja assim, o fato é que se realizaram as referidas incinerações; há uma fotografia famosa desta incineração em valas, tirada em segredo em Auschwitz-Birkenau.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

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