sábado, 31 de janeiro de 2009

Teólogo pede a renúncia do papa após reabilitação de negador do Holocausto

Berlim, 31 jan (EFE).- O teólogo heterodoxo suíço Hans Küng pediu a renúncia do papa Bento XVI após o escândalo gerado pela reabilitação à Igreja Católica do bispo Richard Williamson, que nega o Holocausto e recentemente teve sua excomunhão suspensa.

Para Küng, a reabilitação de Williamson é apenas um equívoco a mais na série de erros com os quais Bento XVI vem pondo novos obstáculos no diálogo que as Igrejas cristãs travam entrem si e com outras religiões.

"Primeiro, ele questionou se os protestantes formam uma Igreja. Depois, em seu infeliz discurso de Regensburg, chamou os muçulmanos de desumanos. E agora ofende os judeus permitindo o retorno à Igreja de um negador do Holocausto", disse Küng em declarações ao jornal "Frankfurter Rundschau".

"É hora de substituí-lo", acrescentou Küng, que foi companheiro do papa quando ambos eram professores de teologia católica na Universidade de Tübingen.

O Vaticano proibiu Küng de ensinar a teologia católica em 1980, depois que ele questionou o dogma da infalibilidade papal.

Desde então, teólogo heterodoxo suíço, que permaneceu dentro da Igreja Católica, mas sem poder atuar como padre, se dedica ao diálogo entre as religiões.

Já Williamson e outros três bispos seguidores do cismático ultraconservador Marcel Lefebvre foram reabilitados pelo papa há uma semana. EFE

rz/sc

Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL980937-5602,00-TEOLOGO+PEDE+A+RENUNCIA+DO+PAPA+APOS+REABILITACAO+DE+NEGADOR+DO+HOLOCAUSTO.html

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eliminação de corpos em Auschwitz – O fim da negação do Holocausto - Parte 1 - Introdução

Por John Zimmermann, Professor Associado da Universidade de Nevada, Las Vegas.

Em memória de Stig Hornshøj-Møller e Chuck Ferree


Talvez nenhum aspecto da negação do Holocausto seja tão disputado quanto a eliminação dos corpos em Auschwitz. Os negadores do Holocausto alegam que não era possível eliminar 1,1 milhões de corpos no campo. [1] Assim, alegam que estas pessoas não foram mortas em Auschwitz. Em certo sentido a razão do foco dos negadores sobre este tema é compreensível. Os negadores nunca foram capazes de explicar o que aconteceu com cerca de 5 a 6 milhões de judeus que desapareceram após a Segunda Guerra Mundial. A maneira mais fácil de explicar seria mostrar o que aconteceu com os desaparecidos. No entanto, poucas exceções falharam [2], negaram ficam compreensivelmente em silêncio sobre este assunto.

Negadores têm hà anos centrado os seus argumentos sobre impossibilidade de utilização de câmaras de gás em Auschwitz. O “expert” deles era Robert Faurisson, um professor francês de literatura. Ele fez uma série de argumentos nesta área no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.[3] Suas idéias sobre câmaras de gás foram incorporadas a um relatório de um consultor em pena de morte americano chamado Fred Leuchter. Como será mostrado em outro lugar, o relatório de Leuchter prova que ele sabia quase nada sobre as câmaras de gás de Auschwitz. Está repleto de inúmeros erros técnicos [4]. Ele preferiu se basear em Faurisson, em todas as suas afirmações. Segundo Leuchter, ele se encontrou com Faurisson antes de sua visita a Auschwitz, de quem recebeu informações para suas examinações.[5] De fato, Faurisson escreveu o prefácio do Leuchter Report.[6]

Os negadores tentaram capitalizar em cima dos erros e da ignorância de Leuchter sobre Auschwitz. Eles puderam fazer isto porque muitas pessoas não têm os conhecimentos técnicos para contestar a credibilidade de Leuchter. No entanto, em 1994, o Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia na Polônia, realizou um exame global nas estruturas identificadas por várias testemunhas oculares como sendo as câmaras de gás homicidas. O instituto encontrou vestígios de ácido cianídrico nas seis estruturas testadas. Estavam no que tinha restado dos cinco crematórios e do bloco de execução. Mais perturbador para os negadores foi que o Instituto encontrou uma maior concentração do gás venenoso nas amostras que foram testadas no Crematório II. Seis das sete amostras testados deram positivo.[7] Em contrapartida, Leuchter afirmou que não encontrou nada de ácido hidrociânico nesta estrutura.[8] Isto provou que Leuchter foi completamente incompetente, na melhor das hipóteses, ou na pior das hipóteses, desonesto. As conclusões do Instituto também substanciaram uma observação anterior do crítico dos negadores, Jean-Claude Pressac, que tinha visto uma fita de Leuchter recolhendo as amostras, Leuchter tinha evitado propositalmente as áreas do Crematório II porque elas dariam positivo.[9] Pode ser relevante aqui que o Instituto teve a capacidade de recolher as amostras nos locais suscetíveis para o recolhimento, mesmo que Leuchter tivesse sido honesto, ele não poderia fazer, pois a sua coleta foi ilegal, porque ele não tinha permissão para coletar amostras.

O total descrédito do Relatório Leuchter causou a muitos a negadores a centralização nos argumentos da eliminação dos corpos. O guru dos argumentos da eliminação dos corpos é o negador italiano Carlo Mattogno. Seus argumentos sobre a eliminação dos corpos foram estabelecidos em uma monografia de 1994, onde suas idéias avançaram para as câmaras de gás e os crematórios de Auschwitz.[10] Ele expandiu suas idéias como co-autor de um artigo em um website de negadores.[11] Parece que este artigo foi concebido para ser o argumento definitivo dos negadores sobre o assunto. Seus argumentos das câmaras de gás, juntamente com os de outros negadores, são analisados em outro local.[12] O objetivo do presente estudo é analisar a eliminação dos corpos. Esta é a primeira análise abrangente dos argumentos dos negadores sobre este assunto. O presente estudo vai servir de base a um capítulo muito maior que analisa todos os argumentos dos negadores.[13] Mattogno tem uma vantagem sobre os outros negadores, suas fontes, muitas vezes são difíceis de verificar. Ele tem usado fontes pouco conhecidas e material de arquivo. As fontes mais importantes foram localizadas e analisadas no presente estudo. Como será visto, os escritos de Mattogno são mais sofisticados do que a maioria dos negadores, ele basicamente reverte as técnicas comuns dos negadores, a omissão e a deturpação.

Comentário: Todas as notas deste artigo (incluindo as outras partes que serão postadas) serão postadas em um post separado, depois iremos editar os links para o respectivo post.

Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott

Continuação - Partes: (1);(2);(3);(4);(5);(6);(7);(8);(9);(10);(11);(12);(13)

Judeus declararam guerra à Alemanha?


(Todos os grifos são do tradutor).
Negadores alegam que os judeus trouxeram o Holocausto até eles (embora eles neguem que o mesmo aconteceu!!) porque eles declararam guerra à Alemanha em 1933.

Iremos demonstrar rapidamente através de fatos que esta alegação não passa de lixo:

Na sexta-feira, 24 de março de 1933, a manchete “Judéia declara guerra à Alemanha” [Judea Declares War on Germany] foi estampada na primeira página do jornal britânico Daily Express. A transcrição deste artigo anônimo pode ser lida aqui.

O problema com isto é bem simples, nem a tal coisa chamada “Judea” e nenhuma organização judaica declarou guerra à Alemanha. A única organização judaica citada no artigo foi a Board of Deputies of British Jews decidiu se reunir 2 dias depois [26 de março de 1933] para “discutir a situação alemã”, mas eles *não* apoiaram o boicote. (London Times, 27 de março de 1933).

Como a maioria das alegações “revisionistas” está é mais uma comprovadamente falsa.

Comentário: Dos “zilhões” de jornais do mundo inteiro, o SENSACIONALISTA DAILY EXPRESS FOI O ÚNICO a noticiar esta “suposta declaração de guerra”, suposta porque nem mesmo no próprio artigo se consegue comprovar alguma coisa referente a boicote/declaração de guerra. E ainda tem "revisionista" que tem a "capacidade" de dizer que os judeus declararam guerra à Alemanha.
Tradução: Leo Gott

Relatório Leuchter – Visão Geral



"Sua opinião sobre este relatório é que nunca aconteceu qualquer gaseamento e nunca houve qualquer tentativa de extermínio exercida nestas instalações. No que me diz respeito, pelo que eu ouvi, ele não é capaz de dar esta opinião... Ele não está em posição de dizer, como ele disse assim arrasadoramente neste relatório, o que não poderia ter sido feito em tais instalações. " Assim o juiz julgou o relatório de Fred Leuchter como “ridículo” e “absurdo”, durante o julgamento do canadense Ernst Zündel. De modo a impedir que houvesse qualquer equívoco por parte do tribunal: “Quanto à questão da funcionalidade dos crematórios...a decisão do juiz foi inequívoca, ele não pode testemunhar sobre este tema por uma simples razão: Ele não tem expertise.” (Lipstadt, 166)

Fred Leuchter é um homem sem treinamento formal em química ou toxicologia (ele obteve bacharelado em História em 1964), e ainda alegava ser engenheiro – uma afirmação que o fez pousar em água quente no seu Estado. Em 1988 a pedido do canadense Ernst Zündel, Fred Leuchter foi para a Polônia e visitou o campo de concentração de Auschwitz; (Ernst Zündel financiou a viagem de Fred Leuchter.) O resultado desta viagem foi o “Relatório Leuchter”. Veja o que o Sr.Leuchter disse da sua “investigação”:

O objetivo [do inquérito e o subseqüente relatório], não inclui a determinação de quaisquer números de pessoas que morreram ou foram mortos por outros meios que não o gás ou de saber se um verdadeiro Holocausto ocorreu. E, além disso, não é intenção deste autor redefinir o Holocausto em termos históricos, mas simplesmente fornecer provas científicas e informações obtidas no site atual, para tornar um parecer com todas as bases científicas, de engenharia e de dados quantitativos sobre a finalidade e os usos das alegadas câmaras de gás de execução e as instalações dos crematórios nos locais investigados.

Você irá ver, iremos demonstrar usar o próprio testemunho juramentado de Leuchter, que o Sr.Leuchter, falhou em demonstrar qualquer preocupação com a verdade, mesmo sob juramento.

Enquanto testemunhava no julgamento de Ernst Zündel no Canadá, Leuchter deu provas falsas de sua relação profissional com a administração de duas prisões americanas, referente a câmaras de gás, e provou que não era familiarizado com a maioria dos fatos básicos sobre o gás letal Cianeto de Hidrogênio, incluindo sua inflamabilidade e as concentrações exigidas para fins de desinfestação.

O “Relatório Leuchter” pretende “demonstrar cientificamente” que as pessoas não foram mortas por Zyklon-B em Auschwitz. Ele é composto de antigas reivindicações do francês negador do Holocausto Robert Faurisson, bem como algumas novas. Muitas destas reivindicações aparecem no panfleto do IHR “66 perguntas e respostas sobre o Holocausto”, e também tem outros argumentos oferecidos por outras pessoas que negam o Holocausto.

Zyklon-B é um poderoso inseticida. Ele libera HCN, ácido cianídrico, um gás que o Zyklon-B carrega, o material é encharcado com o gás; geralmente vem em forma de bolinhas ou discos. HCN causa a morte. Quando interagem com o ferro e o concreto, ele cria compostos (compostos hidrociânicos). Leuchter admite que estes compostos foram encontrados nas ruínas das câmaras de gás de Auschwitz(como reafirmado nas pesquisas de um instituto do Governo Polonês, que rejeitou completamente as conclusões de Leuchter – Ver Seção 2.01)


HCN é extremamente venenoso para seres humanos. É usado em câmaras de gás de execução nos EUA, foi utilizado pela primeira vez no Arizona em 1920. Além disso os alemães tinha vasta experiência com HCN, ele foi amplamente utilizado para desinfecção.(Para uma discussão maior sobre Zyklon-B, ver pu/camps/auschwitz/auschwitz.faq1)


Existiam dois tipos de câmaras de gás em Auschwitz: as que eram utilizadas para desinfecção de roupas (“câmaras de gás para desinfecção”) e as que eram utilizadas para matar pessoas em grande escala (“câmaras de gás de extermínio”). As câmaras de desinfecção tinham uma característica padrão, e foram deixadas intactas pelas SS (contrariamente às câmaras de extermínio, que foram dinamitadas em um esforço para esconder atividades criminosas devido à rápida aproximação do Exército Vermelho). Os negadores tentam confundir esta questão, misturando os dois tipos de câmaras. Por exemplo, eles mostram as portas das câmaras de desinfecção, e explicam que elas são demasiadas fracas para suportar a pressão das pessoas tentando escapar. Naturalmente as portas das câmaras de extermínio eram completamente diferentes, mas é fato é ignorado silenciosamente. (ver 2.06)
Tradução: Leo Gott

Relatório Leuchter - Introdução & Notas editoriais


Este documento fornece um contraponto às afirmações comumente feitas por aqueles que negam que ninguém foi gaseado nos campos da morte de Auschwitz-Birkenau e Treblinka, durante a Segunda Guerra Mundial; que, de fato, negam que as câmaras de gás jamais existiram. (Pelo menos 1 milhão de pessoas foram brutalmente exterminadas em Auschwitz-Birkenau e cerca de 700.000 pessoas em Treblinka – o pior dos campos de extermínio em termos de abate).

A fonte mais prestigiada na Alemanha quanto aos crimes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o “Instituto de História Comtemporânea”, em Munique, resumiu os fatos em uma publicação recente. (Clique aqui para acessar o documento completo.)

Treblinka (Distrito de Warsóvia, Governo Geral) tinha 3 câmaras de gás até o fim de julho de 1942, e recebeu, no início de setembro de 1942 10 câmaras maiores ainda. Até o fechamento do campo, em novembro de 1943, cerca de 700.000 pessoas foram mortas aqui por monóxido de carbono.


Auschwitz-Birkenau (na antiga Polônia, em 1939 foi anexada ao “reich”, no leste da Alta Silésia, a sudoeste de Kattowitz). O campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau foi estabelecido na segunda metade de 1941, foi incorporado ao campo de concentração de Auschwitz, que existia desde maio de 1940. Até janeiro de 1942 tinha 5 câmaras de gás, e no final de junho de 1943 contava com outras quatro grandes salas de gaseamento de Zyklon-B. Até novembro de 1944, mais de 1 milhão de judeus e pelo menos 4.000 ciganos foram assassinados por gás.


(Notar que este número inclui somente as pessoas que foram gaseadas, muitas outras foram assassinados por “métodos convencionais”)


Este não é de forma alguma um substituto para outras pesquisas sérias – apenas um meio de expor as fraudes comuns no “Relatório Leuchter”, e um guia de fontes acadêmicas.

Este documento foi preparado por Danny Keren e Jamie McCarthy, e editado para o presente formato por Ken McVay. Comentários, correções e adições são bem-vindas.

Os documentos citados no presente trabalho, estão disponíveis no nosso servidor notadas da seguinte forma (caminho/Nome do Arquivo). O site FTP.nizkor.org aceita logins anônimos.
Tradução: Leo Gott

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Relatório Leuchter: "Era impossível matar 6 milhões de pessoas em Auschwitz!"

A julgar pelo volume e área das câmaras de gás, bem como o numero de Kremas, ra impossível matar 6 milhões de pessoas no intervalo de tempo que os campos de concentração existiram.

Ninguém alega que 6 milhões de pessoas morreram em Auschwitz. Muitos morreram em outros campos da morte, nos guetos, e nos territórios soviéticos ocupados. As estimativas do número de pessoas que morreram em Auschwitz variam, da menor, 900.000 até a maior 1.600.000. É óbvio que as instalações de extermínio e cremação de Auschwitz poderiam cuidar de tal número.

Basta olhar para as fotografias dos fornos do Krema II (Pressac, 367, ver fotografia). Existiram 5 Kremas em Auschwitz. O número II, por exemplo, tinha 15 fornos enormes, especialmente projetados para queimar de forma eficiente e rápida. Cada um poderia consumir de 3-4 corpos de uma só vez (lembre-se que tinham muitas crianças e muitas pessoas bastante desnutridas) e fazia no máximo em 45 minutos. A SS experimentou diferentes tipos de combinação de cadáveres e coque para saber qual seria o melhor resultado custo-eficiência. (Müller, 60-61; Klarsfeld, 99-100; ver excertos).

Os cáculos de Leuchter apresentam como o número máximo de pessoas que poderiam ser executados em uma semana - 1693 - é um absurdo, como é demonstrado pelo seguinte cálculo para um único Krema, o número II:

Uma câmara de gás, cerca de 210m2 de área (2.220 pés quadrados), facilmente acomodava algumas centenas de pessoas, que estava abarrotada. (Ver seção 2.16).

Quinze fornos, cada um com a capacidade de incineração de pelo menos 3 corpos em 45 minutos, poderiam dispor de pelo menos 720 corpos em 12 horas de um dia.

Em um único ano, somente o Krema II poderia incinerar mais de um quarto de milhão de corpos. Adicionando estas capacidades para os Kremas III, IV, V, que você pode ver na figura. Adicionando que os corpos poderiam ser cremados em covas coletivas. Duas terríveis fotografias destas “covas de cremação”, foram tiradas em segredo em Auschwitz-Birkenau, e sobreviveram. Elas são de qualidade razoável, e mostram os homens em pé entre pilhas de corpos nus, com a fumaça à frente deles. Alguns corpos estão sendo arrastados para a cova. As fotografias estão disponíveis em Pressac (422) e estão disponíveis em arquivos de imagens.

Como uma referência, pode-se ver uma carta datada de 20 de junho de 1943, enviada ao General Kammler em Berlim, citando o número de corpos que podem ser eliminados em 24 horas de trabalho como 4.756. Uma fotografia da carta e o número de série dos arquivos alemães podem ser encontrados em Pressac (247). (Esta é inferior a 5 x 1.440 = 7.200, porque alguns dos Kremas tinham menos fornos como o II e III. A subdivisão exata está na carta de Jahrling para Kammler, é de 340 para o Krema I, 768 para o IV e V, e 1.440 para o II e III. Esta carta está disponível em formato de imagem.

É ingenuidade, na melhor das hipóteses, e desdenhosamente desonesto a alegação que tal número de crematórios estavam previstos para outra coisa senão a eliminação de corpos criados pelo extermínio em massa de vítimas indefesas.

Leuchter assume que as pessoas pudessem ocupar as câmaras de gás na densidade máxima de 1 pessoa por 9 pés quadrados (!) e que levaria uma semana (!) para ventilar as câmaras de gás antes de poderem ser utilizadas para outra execução em massa. Estas hipóteses são absurdas.

Por último, existiam duas outras instalações de gaseamento em Auschwitz, chamadas de “Bunker I” e “Bunker II”. Estas também foram demolidas pelos SS em fuga.

Fonte: The Nizkor Project - http://www.nizkor.org/faqs/leuchter/leuchter-faq-08.html

Tradução: Leo Gott

A “expertise” de Fred Leuchter



Por Leo Gott

Alguns “revisionistas” tentam passar a imagem de que o “expert” em “métodos de execução” Fred Leuchter era engenheiro, coisa que até o próprio Fred Leuchter admitiu que não era. Mesmo assim eles insistem em dizer que Fred Leuchter é “expert” em “câmaras de gás” através de “experiências empíricas”, será que é “expert” mesmo?

Segundo o “revisionista” Mark Weber, diretor do IHR, Leuchter é “expert” em qualquer método de execução, além de projetar uma nova câmara de gás para o estado de Missouri e uma máquina de injeção letal para New Jersey(grifos meus):

During the past 14 years, Leuchter has been a consultant to several state governments on equipment used to execute convicted criminals, including hardware for execution by lethal injection, electrocution, gassing and hanging. In the course of this work, he designed a new gas chamber for the state of Missouri, and he designed and constructed the first lethal injection machine for New Jersey. Leuchter has also been a consultant on execution procedures. He has held a research medical license from both state and federal governments, and has supplied the necessary drugs for use in execution support programs.

Minha tradução:

Durante os últimos 14 anos, Leuchter foi consultor de vários governos estaduais sobre o equipamento utilizado para executar criminosos condenados, incluindo hardware para a execução por injeção letal, eletrocussão, gaseamento e enforcamento. No decorrer de seu trabalho, ele projetou uma nova câmara de gás para o estado do Missouri, e ele projetou e construiu a primeira máquina de injeção letal para New Jersey. Leuchter também foi consultor para a execução dos procedimentos. Ele realizou uma pesquisa de licenças médicas para os governos federal e estadual, e têm fornecido medicamentos necessários para uso nos programas de execução.

Neste mesmo artigo Mark Weber vai além para falar sobre a “expertise” de Fred Leuchter, chegando a afirmar que a sua “expertise” “foi abundantemente confirmada” (grifos meus):

Leuchter's expertise as the nation's foremost specialist of execution hardware, including gas chambers, has been abundantly confirmed. William Armontrout, warden of the Missouri State Penitentiary, testified on this matter during the 1988 "Holocaust Trial" of Ernst Zündel. As warden, Armontrout supervised the state's execution gas chamber.

Minha tradução:

A expertise de Leuchter como o principal especialista da nação em equipamentos de execução, incluindo câmaras de gás, foi abundantemente confirmada. William Armontrout, Warden [Warden é o Chefe Administrativo de uma Penitenciária] da Penitenciária Estadual do Missouri, testemunhou sobre o assunto durante o "Holocausto Trial" em 1988, de Ernst Zündel.Como Warden, Armontrout supervisiona as execuções por câmaras de gás no Estado.

A última execução em câmaras de gás no estado do Missouri ocorreu em 26 de janeiro de 1965 (Fred Leuchter, então com 22 anos estava cursando a faculdade de História, é "revisionistas", por incrível que pareça, Fred Leuchter é formado em História, e não em engenharia), conforme página oficial da pena de morte do Estado do Missouri:

The last execution in Missouri by means of lethal gas was that of Lloyd Leo Anderson on 26 January 1965 for the murder of a 15 year old delivery boy during a robbery in a St. Louis drugstore.


Minha tradução:


A última execução no Missouri por meio de gás letal foi a de Lloyd Leo Anderson em 26 de janeiro de 1965 pelo assassinato de um entregador de 15 anos de idade, durante um assalto à Farmácia St.Louis.


Se a última execução por gás no Missouri ocorreu em 1965 como é que Fred Leuchter prestou consultoria à Penitenciária de Missouri?

Teria sido na nova câmara de gás como nos diz Mark Weber?

Em 2 de junho de 1988 o governador do Missouri John Ascroft assinou a lei que instituía somente o uso de injeção letal para execuções no estado de Missouri, abolindo de vez o uso de câmaras de gás (grifos meus):

The 84th General Assembly of the Missouri legislature approved a change in the statute allowing capital punishment to be administered either by means of lethal gas or lethal injection at the discretion of the Director of the Department of Corrections. Since then lethal injection has been selected as the method of carrying out the death penalty sentence in Missouri. The bill was signed into law by Governor John Ashcroft on June 2, 1988 and became effective August 13, 1988.

Minha Tradução:

A 84a Assembléia Geral do Missouri aprovou a mudança no estatuto permitindo que a pena capital fosse administrada por meio de gás letal ou injeção letal [ficando] à critério do Diretor do Diretor do Departamento de Correção. Desde então a injeção letal foi selecionada como o método de execução da sentença de pena de morte no Missouri. O projeto de lei foi assindo pelo Governador John Ashcroft em 2 de junho de 1988 e tornou-se efetivo em 13 de agosto de 1988.

Se a última execução por gás no Missouri ocorreu em 1965 e à partir de 1988 ela foi abolida para que o Estado do Missouri precisaria de uma nova câmara de gás?


Por incrível que pareça o argumento mais sólido sobre a “expertise’ de Leuchter, veio de Robert Jan Van Pelt (que os “revisionistas” odeiam) no documentário Mr.Death, The rise and fall of Fred Leuchter Jr. de Errol Morris onde ele diz que “A única experiência de Leuchter com câmaras de gás foi uma pequena alteração de projeto na câmara de gás da Penitenciária de Jacksonville no Missouri.” E desde quando uma “alteração” de qualquer importância credencia uma pessoa como “expert”?

Se mesmo assim os “revisionistas” não estão satisfeitos com relação ao Missouri, faço aqui uma pergunta que poderia comprovar a “expertise” de Leuchter:

Porque Fred Leuchter NÃO apresentou UM ÚNICO contrato de prestação de serviços/consultoria/projeto/outros referentes à câmara de gás de sua empresa com o Estado do Missouri?

No Julgamento de Zundel, o advogado do mesmo convocou Leuchter como testemunha de defesa de Zundel, segue abaixo mais duas tentativas desesperadas de Fred Leuchter de provar sua “expertise”. [Q/P=Pergunta do advogado de Zundel e A/R=Resposta de Fred Leuchter] (grifos meus):

Q: And what is your relationship with the operation of those facilities [i.e. gas chambers] in those two States [California and North Carolina]?
A: We consulted with both States, California primarily on a heart monitoring system to replace the older type mechanical diagraph stethoscope that's presently in use. We will be shipping to them shortly and installing a new heart monitor for both chairs in their gas chamber.
Q: You are consulted by the State, I understand?
A: Yes, Juan Vasquez.
Q: I see. And in North Carolina?
A: North Carolina. My discussions and work was with one Nathan Reise, and he had some work done by their maintenance personnel on their gas chamber two years ago, and they had a problem with the gasket on a door leaking. At which point, we discussed it with him and recommended remedial procedures to change the gas chamber.
Q: And he consults you in regard to those matters?
A: He does.

Minha tradução:

P: E qual é a sua relação com a operação destas instalações [câmaras de gás] nestes dois estados [Califórnia e Carolina do Norte]?
R: Nós fomos consultados por ambos Estados, principalmente a Califórnia, no sistema de monitoramento cardíaco e na substituição de um antigo estetoscópio do tipo mecânico, que atualmente está em uso. Em breve estaremos enviando e instalando um novo monitor cardíaco para as cadeiras da câmara de gás.
P: Você foi consultado pelo Estado, eu entendo?
R: Sim, Juan Vasquez.
P: Entendo. E na Carolina do Norte?
R: Carolina do Norte. Minhas discussões e trabalho foram com Nathan Reise, e ele tinha feito algum trabalho com o pessoal de manutenção sobre a câmara de gás dois anos atrás, e eles tinham um problema de vedação e vazamento na porta. Neste ponto, nós discutimos com ele e recomendamos mudança nos procedimentos de reparação da câmara de gás.
P: E ele consultou você a respeito destes problemas?
R: Ele consultou.

O Projeto Nizkor (no mesmo link) fez uma pesquisa com os Wardens, o Warden de San Quentin na California respondeu (grifos meus):

"I can inform you, however, that San Quentin has not contracted with Fred A.Leuchter Jr., for the installation of a heart monitoring system or for any other work." Signed: DANIEL B. Vasquez, Warden (California)
Minha tradução:
“Posso informa-vos, entretanto, que San Quentin não contratou Fred A. Leuchter Jr para a instalação do sistema de monitoramento cardíaco tampouco para outro trabalho.” Assinado: DANIEL B. Vasquez, Warden (California).

Leuchter não sabia nem o nome da pessoa com quem ele supostamente assinou um contrato.

Nada diferente disso aconteceu com a Carolina do Norte(grifos meus):

"I discussed your request with Mr. Nathan A. RICE, Former Warden, and he stated that he vaguely recalled a telephone conversation between him and a gentleman professing to be an expert on execution chambers. Mr. Rice further states that the gentleman called him for the purpose of selling a lethal injection machine...

Also, our records do not support that Mr. Leuchter performed either consulting or any service...I can attest that the planning and work was performed by the Department of Correction Engineering Section and our institution maintenance department." Signed: Gary T. Dixon, Warden (North Carolina)

Minha tradução:

“Discuti sua solicitação com o Sr. Nathan A. RICE, antigo Warden, e ele disse que recorda vagamente de uma conversa por telefone entre ele e um cavalheiro que professava ser um perito em câmaras de execução. Mr.Rice afirma ainda que o cavalheiro em questão o chamou com o propósito de vender-lhe uma máquina de injeção letal...

Além disso, nossos registros não confirmam que o Sr.Leuchter realizou consulta ou qualquer serviço...Eu posso atestar que o planejamento e o trabalho foram executados pelo Departamento de Correção – Seção de Engenharia e nosso departamento de manutenção.” Assinado: Gary T. Dixon, Warden (Carolina do Norte)

Com isso o Projeto Nizkor descobriu que nem na Califórnia ou na Carolina do Norte, Leuchter foi consultado relativo a câmaras de gás. Leuchter não sabia nem o nome dos Wardens, e claramente mentiu a respeito de suas relações “profissionais” com os mesmos.
Em um tópico no RODOH FORUM o Dr. Nick Terry apresentou uma lista de pessoas executadas nos EUA, desde 1608 a 2002, entre os anos 70 e 90 (provavelmente os anos em que Fred Leuchter poderia se tornar um "expert" em câmaras de gás) somente 4 pessoas foram executadas por meio de gás letal são elas:
Jimmy Gray em 02/09/1983 no Mississipi
Edward E.Johnson em 25/05/1987 no Mississipi
Connie Ray Evans em 08/07/1987 no Mississipi
Jesse Bishop em 23/10/1979 em Nevada
Fred Leuchter não disse e nem os "revisionistas" disseram que ele prestou consultoria nestes estados, mesmo se ele tivesse prestado a consultoria, como é que poderíamos avaliar a "expertise" com tão "pouco uso do equipamento"?
Só nos resta uma pergunta para o Sr. Mark Weber, ONDE ESTÃO AS PROVAS ABUNDANTES DA “EXPERTISE” DE FRED LEUCHTER?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Com FHC, Lula visita exposição em memória às vítimas do Holocausto


(Foto) O presidente Lula acompanhado da ministra Dilma, do ex-presidente da República, Fernando Herique Cardoso, e do governador de SP, José Serra, visitam exposição em memória às vítimas do Holocausto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta terça-feira (27), durante solenidade que marcou o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, que o Brasil pode atuar como mediador no conflito entre judeus e palestinos no Oriente Médio.

“A paz só tem a ganhar com a participação de países como o Brasil na luta pelo fim dos conflitos no Oriente Médio. O Brasil tem condições e credenciais para participar, junto com outros países, e chegar a um consenso para superar a violência e a irracionalidade”, disse o presidente, que afirmou que o país não aceita "a escalada da violência como solução para os conflitos".

Antes da solenidade, Lula, acompanhado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e do governador de São Paulo, José Serra, visitou uma exposição em homenagem às vítimas. O presidente acendeu uma das seis velas que lembras os 6 milhões de judeus mortos no Holocausto.

“A intolerância e a xenofobia ainda não foram totalmente extintas", disse Lula, que destacou a eleição do presidente Barack Obama nos Estados Unidos, um país onde "há poucas décadas, negros e bancos não tinham os mesmos direitos".

"O Brasil não aceita discriminação. Judeus e árabes, sejam religiosos ou não, convivem pacífica e harmoniosamente em nossas cidades. Por isso, o conflito entre Israel e palestinos, no Oriente Médio, atinge os corações e as mentes de todos e nos obriga a evitar que o ódio contamine o nosso país", disse.

Fonte: Tempo Real(Brasília, 28.01.2009)
http://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=28&mes=01&ano=2009&idnoticia=68360

As mais novas asneiras sobre o Holocausto ditas pelo presidente iraniano

Ocidente impediu investigação do Holocausto, diz Ahmadinejad

Teerã, 27 jan (EFE).- O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a criticar a postura sobre o Holocausto no Ocidente, acusado de impedir uma investigação histórica por interesses políticos.

Em carta divulgada hoje pela emissora iraniana "PressTV", Ahmadinejad assinalou que "durante 60 anos, os países ocidentais bloquearam qualquer investigação sobre o Holocausto para manter sua dominação sobre outras nações".

Desde que em 2005 assumiu a Presidência do país, Ahmadinejad criticou com insistência o apoio das nações ocidentais a Israel, expressou dúvidas sobre o Holocausto e afirmou em diversas ocasiões que o Estado judeu "está próximo de seu desaparecimento". EFE

jm/mh

Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL974565-5602,00.html

Comentário: é de se perguntar ao distinto presidente do regime iraniano se ele também permitiria que o 'Ocidente' realizasse investigações históricas sobre as atrocidades cometidas no passado e no presente pelo regime teocrático iraniano. Atrocidades como morte por enforcamento de homossexuais, apedrejamento de mulheres, assassinatos de opositores, etc. Será que ele permitiria que o Ocidente ivestigasse isso? Fica a pergunta no ar.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Lula vai a ato em memória de vítimas do Holocausto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje a sinagoga Beit Yaacov para participar da solenidade do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Lula relembra anualmente a data em São Paulo, mas, de acordo com membros da comunidade judaica, a visita presidencial deste ano tem um valor simbólico muito grande, sobretudo em razão dos conflitos na Faixa de Gaza. Depois de uma trégua de nove dias, o cessar-fogo foi quebrado hoje, quando uma bomba palestina matou um soldado israelense e feriu outros três. Em resposta, Israel reagiu com um ataque aéreo.

Na avaliação do presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Cláudio Lottenberg, a presença de Lula tem "um valor simbólico muito grande". "O Brasil sempre primou pelo bom relacionamento com a comunidade judaica", disse, e emendou: "O fato de o presidente estar presente pessoalmente reforça esse compromisso do País." Lottenberg elogiou a postura de "estadista" de Lula por comparecer à solenidade, principalmente em um "momento delicado" como o atual, em vista dos conflitos na Faixa de Gaza.

A visita de Lula à sinagoga também ocorre pouco depois da polêmica dentro do PT sobre a posição do partido em relação ao confronto em Gaza. Em nota assinada pelo presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), o partido condenou, no início do mês, os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e comparou a ofensiva às práticas nazistas. "Feitos sob pretexto de 'combater o terrorismo', os ataques de Israel terão como resultado alimentar o ódio popular e as fileiras de todas as organizações que lutam contra os EUA e seus aliados no Oriente Médio, aumentando a tensão mundial", afirmou Berzoini no documento.

A nota oficial do PT foi rechaçada 15 dias depois por um grupo de 36 filiados do partido. Em carta, o grupo afirmava que o primeiro texto, entre outras falhas, "distorce o fenômeno histórico do nazismo". A carta foi subscrita por dois ministros - Tarso Genro, da Justiça, e Fernando Haddad, Educação -, pelo senador Aloizio Mercadante (SP) e outros dirigentes. "Gostaríamos de manifestar publicamente desacordo", disseram eles no comunicado.

Genro é, por sinal, um dos ministros que acompanharão Lula na solenidade de hoje, marcada para as 18 horas. Também estarão presentes o secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM) e o arcebispo Dom Odilo Scherer.

Fonte: Agência Estado/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL974316-5598,00-LULA+VAI+A+ATO+EM+MEMORIA+DE+VITIMAS+DO+HOLOCAUSTO.html

Organização judia boicota cerimônia pelo Holocausto na Alemanha

A principal organização judia alemã anunciou que vai boicotar nesta terça-feira uma cerimônia oficial no parlamento alemão em recordação das vítimas do Holocausto.

Stephan Kramer, secretário-geral do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, afirmou numa entrevista ao jornal Tagesspiegel que nenhum dos líderes da organização estará presente à cerimônia por considerar que os eventos anteriores foram ignorados e desrespeitados. Também alertou para o aumento do antissemitismo no país.

O presidente alemão, Horst Köhler, deve pronunciar nesta terça-feira um discurso no parlamento, na presença da chanceler Angela Merkel e de representantes dos principais partidos, por ocasião do dia da recordação do Holocausto, no aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, em 1945.

dlc/cn

Fonte: AFP
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/01/27/organizacao+judia+boicota+cerimonia+pelo+holocausto+na+alemanha+3648987.html

Jurgen Graf não quer matar os judeus

Em 2002, enquanto estava na Estônia, Jurgen Graf foi entrevistado por Nikolaj Karajev. Aqui tem um trecho esclarecedor:

[Nikolaj Karajev]- Qual é a sua atitude para com o Estado de Israel?


[Jurgen Graf] – Israel não tem o direito de existir. O que fazer com os judeus? Nós somos pessoas cultas, não se pode exterminá-los. O que fazer com eles?...Eu não sei.


Obrigado, obrigado Sr. Graf! Você é contra o extermínio de judeus. É muita gentileza.



Autor: Sergey Romanov

Fonte: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/08/juergen-graf-doesnt-want-to-kill-jews.html

Tradução: Leo Gott

"Revisionismo do Holocausto" e falsificações

“Revisionistas” adoram descartar documentos que eles não gostam como falsificações, sob frágeis mentiras. No entanto, eles caem em suas próprias falsificações? A resposta é um enfático: “SIM!”

Uma das mais famosas falsificações relacionadas ao “revisionismo” é o chamado “Documento Mueller” também conhecido como “Documento Lachout”. Para maiores detalhes sobre esta falsificação ler “O Documento Lachout. A anatomia de uma falsificação”. Emil Lachout foi testemunha de defesa de Ernst Zundel no julgamento de 1988.

A segunda falsificação é chamada de Tagesbefehl-47, que diz respeito ao número de vítima do Bombardeio de Dresden. Embora não seja diretamente relacionado ao Holocausto, o mais “famoso dos revisionistas”, David Irving, confiou nele. E depois deles, muitos negadores invocaram o falso número de mortos de Dresden, contidos neste “documento”. Na verdade, os negadores vergonhosamente “floreiam” ainda mais o número de mortos:

Zundelsite:
Mais uma vez o número de mortes de alemães é jogado para baixo – em contraste com a eterna vítima judaica. O verdadeiro número de mortes de Dresden é superior a 350.000, possivelmente superior a 500.000.Isto em apenas uma cidade alemã.

Mais de 260.000 corpos e resíduos de corpos foram contados. Mas aqueles que pereceram no centro da cidade não podem ser rastreados. Aproximadamente 500.000 crianças, mulheres, idosos, soldados feridos e animais de zoológico foram
assassinados em uma noite.

O número real estabelecido atualmente é de 25.000.

Naturalmente, o grande momento após eles terem jorrado estas mentiras, negadores começaram a criticar o exagerado número de mortos nos campos de extermínio, o que implica em sua baixa revisão que “temos mentido”, e que nenhum número de mortes nazistas pode ser confiável. Claro que pela mesma lógica os bombardeios em Dresden nunca aconteceram.

É notável que, tal qual os diários falsos de Hitler, Irving foi o primeiro a duvidar da autenticidade do TB47, e em seguida o aceitou.

A terceira falsificação está em um relatório do “revisionista” Myroslaw Dragan relativo à carteira de identidade de Demjanyuk (ou seja, o carimbo na carteira, falsificado por Dragan). Enquanto a glória do “revisionista” Prytulak para expor esta falsificação (embora ele rotule que a carteira de identidade de Demjanyuk seja falsa também, mas isso veremos mais tarde), convém notar que Dragan é um personagem bem conhecido no cenário “revisionista”.

A série de falsificações feita por Gregory Douglas aka Peter Stahl. Algumas delas dizem respeito ao Holocausto. Douglas falsificou uma carta de Himmler para Osvald Pohl “provando” que Hitler não tinha conhecimento da “Solução Final”. Douglas falsificou alguns documentos sobre Odilo Globocnik. Douglas é um “revisionista”. Ele é aceito pelo importante “revisionista” Germar Rudolf e também por Willis Carto (pelo menos até pouco tempo era).

Ironicamente, Rudolf também invocou Dragan em pelo menos um artigo, e também o agradeceu em seu “relatório”. Quando a falsa “carta de Ischinger” de Douglas, foi declarada como falsificação, Rudolf defendeu Douglas assim:

Vendo rigorosamente, [esse documento] não é sequer uma falsificação. É apenas um ensaio, como fez Orson Wells em 1938 com “A guerra dos mundos”...Penso que isso é realmente engraçado. Que piada! Quem nunca fez isso deve se tornar o rei dos bobos-da-corte.

Esta é a atitude do “Dr.” Rudolf para com os falsificadores. Notavelmente, o falso relatório ainda é apresentado como autêntico por Douglas no “site TBRNews.org”.

No mesmo site podemos ver este artigo do “Dr.” Germar Rudolf, aparentemente baseado na falsificação de Douglas. De fato, existem muitos artigos no site com Rudolf assinando com Douglas, incluindo este sobre o Talmud.

E o último “documento” fraudulento que eu gostaria de discutir, se baseou principalmente em alguns “revisionistas” que se curvaram ao antissemitismo, é “O lobo do Kremlim” [The Wolf of the Kremlim], a “biografia” fabricada de Lazar Kaganovich. Quem a utilizou? Pierce, Oliver, Rimland (presumivelmente Zündel), Hoffman, Irving, Heddesheimer e, sem dúvida, muitos outros (incluindo não-negadores, mas certamente um simpatizante, Kevin MacDonald).

É também muito irônico que no primeiro número do Jornal da Revisão Histórica o falso “relatório Tartakow” foi publicado.

Então, da próxima vez que um “revisionista” disser “holofalso”, lembre-o desta lista.
Autor: Sergey Romanov
Tradução e adaptação: Leo Gott

Vaticano critica bispo que negou o Holocausto

O Vaticano declarou, nesta segunda-feira (26), que os comentários feitos por um bispo recentemente reabilitado, de que os judeus não foram exterminados durante o Holocausto, são "inaceitáveis" e violam os ensinamentos da Igreja Católica Romana. Em artigo de primeira página no jornal L'Osservatore Romano, do Vaticano, o periódico reafirmou na edição desta segunda-feira que o papa Bento XVI deplora todas as formas de antissemitismo e que todos os católicos romanos precisam fazer o mesmo.

O artigo foi publicado em meio a um grande protesto de grupos judaicos, após Bento XVI ter retirado a excomunhão, na semana passada, contra o bispo conservador Richard Williamson, que negou que seis milhões de judeus foram mortos pelos nazistas na II Guerra Mundial (1939-1945), no chamado Holocausto, ou genocídio dos judeus. O Vaticano ressaltou que o fato da excomunhão ter sido removida não significa que o Vaticano compartilhe as opiniões de Williamson.

Williamson e três outros bispos conservadores foram excomungados há 20 anos, após terem sido consagrados pelo ultraconservador arcebispo Marcel Lefevre, sem consentimento papal. Na época, o Vaticano disse que o movimento de Lefevre era cismático. Bento XVI, no entanto, deixou claro desde o começo do seu pontificado, em 2005, que ele deseja reconciliar a ultraconservadora Sociedade de São Pio X, o movimento de Lefevre, com o Vaticano.

Lefevre se rebelou contra o Vaticano em 1969. Ele se opunha aos ensinamentos do Concílio Vaticano II (1962-1965) que fez reformas liberalizantes na Igreja. No Vaticano II, a Igreja deplorou o antissemitismo e as relações dos católicos com a comunidade judaica foram revolucionadas. Na semana passada, comentários de Williamson foram exibidos na televisão da Suécia. Segundo o Vaticano, os comentários "são muito sérios e lamentáveis, contradizendo os ensinamentos da Igreja".

Na entrevista, Williamson disse que a evidência histórica "é de maneira forte contra seis milhões de judeus terem sido mortos deliberadamente nas câmaras de gás, como parte de uma política de Adolf Hitler". Grupos judaicos, como o Comitê Judeu Americano o Centro Simon Wiesenthal e a Agência Judaica denunciaram o Vaticano por ter acolhido um negador do Holocausto.

Nesta segunda-feira, o cardeal Angelo Bagnasco, chefe da Conferência Episcopal Italiana, defendeu a decisão do papa em retirar a excomunhão a Williamson, mas criticou a visão dele sobre o Holocausto, a qual definiu como "injustificável". A Conferência Episcopal da Alemanha também denunciou Williamson.

Fonte: AE/JC Online
http://jc.uol.com.br/2009/01/26/not_190470.php

Judeus alemães condenam perdão a bispo que nega Holocausto

BERLIM (Reuters) - A decisão do papa Bento 16 de reabilitar um bispo que nega a amplitude do Holocausto foi um duro golpe para a comunidade judaica, principalmente porque o papa é alemão, afirmou o Conselho Central de Judeus da Alemanha, nesta segunda-feira.

"É um choque profundo", disse Dieter Graunmann, vice-presidente do Conselho, à Reuters. "Não estou dizendo que o Vaticano ou o papa tenham más intenções, mas, de fato, isto é um tapa na cara da comunidade judaica".

"É uma provocação e eu estou preocupado que o diálogo entre judeus e católicos fique agora congelado de alguma maneira, que o processo de reconciliação que avançou tanto nos últimos 50 anos seja interrompido, se não abortado".

No sábado, o papa Bento 16 reabilitou quatro bispos tradicionalistas que lideram a Sociedade de São Pio X (SSPX), que tem 600 mil membros de ultra-direita que rejeitam a doutrina e as crenças da Igreja Católica Apostólica Romana.

Richard Williamson, um dos quatro bispos, fez declarações nas quais negava a versão do Holocausto aceita pelos principais historiadores.

"Principalmente vindo de um papa alemão, eu esperava mais compreensão e sensibilidade", disse Graunmann.

Fonte: Reuters
http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE50P0E320090126

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