Jerusalém, 24 jan (EFE).- Um relatório da Agência Judaica indica que 2009 foi o ano em que mais foram registrados ataques anti-semitas desde a Segunda Guerra Mundial, e metade dos países da Europa Ocidental pensam que os judeus são "praticam extorsões".
No documento, elaborado pela Universidade de Bielefeld na Alemanha a pedido da Agência Judaica e do Ministério de Assuntos da Diáspora, 42% dos entrevistados consideram que "os judeus exploram (as perseguições) do passado para extorquir dinheiro".
Esse percentual chega a 75% na Espanha e na Polônia. Nesses países, conforme o relatório, o preconceito contra os judeus é maior.
O presidente da Agência Judaica, Natan Sharansky, apresentou o documento hoje em entrevista coletiva na véspera do Dia Internacional da Luta contra o anti-semitismo e o Dia da Lembrança do Holocausto na Europa em 27 de janeiro.
A pesquisa revela que em 2009 ocorreram mais atos anti-semitas que em qualquer outro ano posterior à Segunda Guerra Mundial (1939-1945), na qual os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus.
Nos primeiros três meses de 2009 - os que seguiram à ofensiva israelense "Chumbo Fundido" em Gaza - ocorreram tantos incidentes antissemitas como os registrados em todo o ano 2008.
Neste domingo, os resultados do estudo foram analisados no Fórum da Luta contra o antissemitismo do Governo israelense, que acompanha os fenômenos antissemitas no mundo por meio de organismos como a Agência Judaica e em colaboração com instituições e fundações de todo o mundo.
O documento aponta que na primeira metade do ano passado 631 incidentes ocorreram na França, contra os 474 no mesmo período de 2008.
Pelo menos duas mortes foram relacionadas com atos de anti-semitismo nos EUA em 2009, a de uma estudante universitária, em Connecticut, e outro de um guarda de segurança não judeu do Museu do Holocausto em Washington.
O aumento do anti-semitismo procede tanto da direita quanto esquerda, conforme o levantamento da Agência Judaica.
Na entrevista coletiva de divulgação do relatório os responsáveis advertiram sobre fenômenos como um vídeo que está circulando na internet nos últimos dias que acusa Israel de roubar órgãos em hospital de campanha montado por seu Exército no Haiti. EFE
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1461183-6174,00-AGENCIA+JUDAICA+REVELA+AUMENTO+DE+ANTISEMITISMO+EM.html
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
O século XX segundo Oliver Stone
Mafalda Ganhão
"Hitler foi um bode expiatório fácil do qual se abusou ao longo da história." A afirmação é de Oliver Stone e vem a propósito do seu último trabalho, "The Secret History of America", um documentário com dez horas produzido para a televisão norte-americana.
Durante a apresentação desta sua nova mini-série, que visa reescrever a história do século XX, "sem as mentiras que sempre nos contaram", o realizador fez ainda declarações sobre outras figuras polémicas, como Stalin: "Não direi que foi um herói, mas há que julgá-lo pelos seus feitos. Combateu a máquina militar alemã com mais decisão do que ninguém".
A seu lado, Peter Kuznick, o professor de História que está a assessorar Oliver Stone, procurou suavizar as suas palavras. "Não queremos dar uma imagem mais positiva de Hitler. Apenas queremos descrevê-lo como um fenómeno histórico", disse.Seja como for, a polêmica - tão habitual na carreira de Stone - parece estar lançada, sobretudo atendendo ao facto deste documentário pretender também demonstrar que as corporações norte-americanas financiaram o partido nazi alemão.Nada de novo. Stone confessou estar à espera de uma recepção negativa ao seu trabalho, especialmente por parte da ala americana mais conservadora. Quanto a "The Secret History of America", a série estreará este ano e deve ser exibido no canal pago Showtime.
Fonte: Expresso(Portugal)
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/557138

Durante a apresentação desta sua nova mini-série, que visa reescrever a história do século XX, "sem as mentiras que sempre nos contaram", o realizador fez ainda declarações sobre outras figuras polémicas, como Stalin: "Não direi que foi um herói, mas há que julgá-lo pelos seus feitos. Combateu a máquina militar alemã com mais decisão do que ninguém".
A seu lado, Peter Kuznick, o professor de História que está a assessorar Oliver Stone, procurou suavizar as suas palavras. "Não queremos dar uma imagem mais positiva de Hitler. Apenas queremos descrevê-lo como um fenómeno histórico", disse.Seja como for, a polêmica - tão habitual na carreira de Stone - parece estar lançada, sobretudo atendendo ao facto deste documentário pretender também demonstrar que as corporações norte-americanas financiaram o partido nazi alemão.Nada de novo. Stone confessou estar à espera de uma recepção negativa ao seu trabalho, especialmente por parte da ala americana mais conservadora. Quanto a "The Secret History of America", a série estreará este ano e deve ser exibido no canal pago Showtime.
Fonte: Expresso(Portugal)
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/557138
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
S.O.S HAITI, doações
Repetindo o tópico da comunidade Segunda Guerra Mundial(site Orkut), pra quem quiser colaborar fazendo doações sem correr o risco de enviar dinheiro pra alguma "conta pirata", segue abaixo uma lista de contas que estão recebendo doações pras vítimas do terremoto no Haiti, caso alguém queira fazê-las.
Conta da Embaixada do Haiti no Brasil
Nome: Embaixada da República do Haiti
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1606-3
CC: 91000-7
CNPJ: 04170237/0001-71
Conta do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)
Nome: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Banco: HSBC
Agência: 1276
CC: 14526-84
CNPJ: 04359688/0001-51
Conta do Movimento Viva Rio pro Haiti
Nome: Movimento Viva Rio
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1769-8
CC: 5113-6
CNPJ: 00343941/0001-28
Care Internacional Brasil
Banco: ABN Amro Real
Agência: 0373
Conta corrente: 5756365-0
CNPJ: 04180646/0001-59
Site: Care Brasil
Informações sobre cidadãos brasileiros no Haiti podem ser obtidas no Núcleo de Assistência a Brasileiros do Itamaraty, nos telefones abaixo(o DDD 61 é de Brasília, Distrito Federal):
(61) 3411-8803
(61) 3411-8805
(61) 3411-8808
(61) 3411-8817
(61) 3411-9718
(61) 8197-2284
Fora do Brasil, ONG haitiana recebe doações pra ajuda as vítimas do terremeto através do site
Yelé Haiti
http://www.yele.org/
Clique em "Donate", escolha o valor da doação e forneça os dados do seu cartão de crédito.
Caso interesse a alguém, comunidade no Orkut da Missão Brasileira no Haiti.
Os números de contas pra doações e telefones foram retirados desta página do site G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1445754-5602,00-VEJA+COMO+AJUDAR+AS+VITIMAS+DO+TERREMOTO+NO+HAITI.html
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Morre austríaca que salvou diários de Anne Frank
Morre austríaca que salvou diários de Anne Frank
Miep Gies
"Só fiz o que achava necessário", costumava dizer Miep Gies quando indagada sobre a ajuda que prestou à família Frank em Amsterdã, durante o nazismo. Salvadora dos diários de Anne Frank morre aos 100 anos.
A mulher que salvou o famoso diário de Anne Frank quando jovem faleceu aos 100 anos. Miep Gies, austríaca residente há tempos na Holanda, morreu na noite de segunda-feira (11/01) em Hoorn, no norte do país. A Fundação Anne Frank, em Amsterdã, recebeu cartas de condolência do mundo inteiro. Até o fim da vida, Gies – nascida em 1909 em Viena – mantinha correspondência com quem lhe escrevesse para perguntar sobre sua relação com Anne Frank.
Correndo risco de vida, Miep Gies, sua irmã e seus pais ajudaram inúmeros judeus fugidos da Alemanha para a Holanda durante o nazismo. Sua corajosa atuação na Amsterdã sob ocupação alemã começou em julho de 1942. Gies trabalhava como secretária do pai de Anne, Otto Frank, dono de uma loja de produtos alimentícios.
"Quando ele perguntou se ela podia ajudá-lo e à sua família, ela não hesitou um instante", confirma a Fundação Anne Frank. Gies costumava dizer que não se sentia nenhuma heroína: "Nunca quis estar no centro das atenções. Só fiz o que achava necessário".
Após as oito pessoas escondidas terem sido denunciadas e presas no dia 4 de agosto de 1944, Gies entrou mais uma vez no esconderijo no fundo da casa e salvou os diários de Anne da Gestapo. Anne Frank morreu de tifo no campo de concentração de Bergen-Belsen, antes de completar 16 anos. Isso foi no início de março de 1945, ou seja, poucas semanas antes de terminar a Segunda Guerra.
Após a guerra, Gies entregou os diários de Anne ao pai, único sobrevivente da família Frank. Em 1947, ele publicou os diários da filha, que vieram a se tornar um dos livros mais lidos do mundo, traduzido para mais de 60 línguas.
SL/dpa/afp
Revisão: Rodrigo Rimon
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 12.01.2010)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5118053,00.html
Ler mais:
iInformação(Portugal); EFE; Jornal Digital; BBC Brasil/Último Segundo

"Só fiz o que achava necessário", costumava dizer Miep Gies quando indagada sobre a ajuda que prestou à família Frank em Amsterdã, durante o nazismo. Salvadora dos diários de Anne Frank morre aos 100 anos.
A mulher que salvou o famoso diário de Anne Frank quando jovem faleceu aos 100 anos. Miep Gies, austríaca residente há tempos na Holanda, morreu na noite de segunda-feira (11/01) em Hoorn, no norte do país. A Fundação Anne Frank, em Amsterdã, recebeu cartas de condolência do mundo inteiro. Até o fim da vida, Gies – nascida em 1909 em Viena – mantinha correspondência com quem lhe escrevesse para perguntar sobre sua relação com Anne Frank.
Correndo risco de vida, Miep Gies, sua irmã e seus pais ajudaram inúmeros judeus fugidos da Alemanha para a Holanda durante o nazismo. Sua corajosa atuação na Amsterdã sob ocupação alemã começou em julho de 1942. Gies trabalhava como secretária do pai de Anne, Otto Frank, dono de uma loja de produtos alimentícios.
"Quando ele perguntou se ela podia ajudá-lo e à sua família, ela não hesitou um instante", confirma a Fundação Anne Frank. Gies costumava dizer que não se sentia nenhuma heroína: "Nunca quis estar no centro das atenções. Só fiz o que achava necessário".
Após as oito pessoas escondidas terem sido denunciadas e presas no dia 4 de agosto de 1944, Gies entrou mais uma vez no esconderijo no fundo da casa e salvou os diários de Anne da Gestapo. Anne Frank morreu de tifo no campo de concentração de Bergen-Belsen, antes de completar 16 anos. Isso foi no início de março de 1945, ou seja, poucas semanas antes de terminar a Segunda Guerra.
Após a guerra, Gies entregou os diários de Anne ao pai, único sobrevivente da família Frank. Em 1947, ele publicou os diários da filha, que vieram a se tornar um dos livros mais lidos do mundo, traduzido para mais de 60 línguas.
SL/dpa/afp
Revisão: Rodrigo Rimon
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 12.01.2010)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5118053,00.html
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iInformação(Portugal); EFE; Jornal Digital; BBC Brasil/Último Segundo
domingo, 10 de janeiro de 2010
Ex-líder neonazista admite envolvimento no roubo da placa de Auschwitz

Anders Hogstrom, 34 anos e fundador e diretor de 1994 a 1999 da Frente Nacional-Socialista, principal partido neonazista sueco, admitiu que foi convidado a atuar como intermediário para vender o letreiro "Arbeit macht frei", roubado em 18 de dezembro passado, mas que, por fim, alertou a polícia polonesa sobre o roubo.
"'Me disseram que havia uma pessoa disposta a pagar vários milhões de coroas suecas pelo letreiro", contou ao tabloide Aftonbladet.
Segundo ele, foi graças a um alerta seu que a polícia conseguiu recuperar a inscrição, que foi encontrada alguns dias mais tarde, partida em três pedaços. Cinco poloneses foram detidos por envolvimento no roubo.
"Estou orgulho por ter revelado à polícia e acabado com essa história", acrescentou.
Indagada pela AFP, uma porta-voz da polícia de Cracóvia desmentiu esta versão.
"A ligação telefônica da Suécia aconteceu quando já estávamos prendendo os ladrões", segundo a porta-voz.
No final de 1999, Anders Hogstrom se distanciou do nazismo, convertendo-se num arrependido modelo, indicou tabloide sueco.
Os cinco detidos, que têm idades que variam de 20 a 40 anos, podem pegar penas de até dez anos de prisão.
A histórica inscrição será restituída ao Museu de Auschwitz tão logo seja possível e antes do 65º aniversário da libertação do campo pelo Exército soviético em 27 de janeiro de 1945.
A placa com a frase em alemão simboliza, para a maioria, o cinismo sem limites da Alemanha nazista.
O slogan popularizado pelo pastor alemão Lorenz Diefenbach, morto em 1886, em seu livro "Arbeit Macht Frei", foi retomado pelos nazistas em 1930.
No início, os nazistas o utilizavam com fins de propaganda na luta contra o elevado desemprego na Alemanha, mas, anos mais tarde, se converteu num slogan dos campos de trabalho e extermínio alemães.
A ideia de utilizar a frase nos campos é atribuída ao SS Theodor Eicke, um dos chefes da concepção e organização das redes de campos nazistas.
"Arbeit macht frei" figurava na entrada dos campos de Dachau, Gross-Rosen, Sachsenhausen, Theresienstadt, Flossenburg e Auschwitz, o maior de todos os campos de extermínio.
Fabricada em julho de 1940 por um prisioneiro polonês, o ferreiro Jan Liwacz, a inscrição de Auschwitz é de aço, mede cinco metros e tem uma particularidade: a letra B da palavra Arbeit está invertida.
Segundo uma interpretação perpetuada pelos sobreviventes, o B invertido simbolizava insubmissão e a resistência à opressão nazista, explicou Sawicki.
Quando, em 27 de janeiro de 1945, o Exército soviético libertou Auschwitz, a inscrição foi desmontada e ia ser levada para o Leste de trem.
No entanto, Eugeniusz Nosal, um prisioneiro polonês recém-libertado, subornou um guarda soviético com uma garrafa de vodca para recuperá-la.
Escondida durante dois anos na prefeitura de Oswiecim (nome polonês do campo de Auschwitz), a inscrição voltou a seu lugar original em 1947, quando o campo de extermínio virou museu e memorial.
Entre 1940 e 1945, o regime nazista alemão exterminou 1,1 milhão de pessoas em Auschwitz-Birkenau.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jCySYsJaG4mbq01xrLpLfiT0BKpQ
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Morre na prisão atirador que matou 1 em museu nos EUA
Washington, 6 jan (EFE).- James W. Brunn, o supremacista branco de 89 anos que em
junho de 2009 faz vários disparos no Museu do Holocausto de Washington, matando um segurança negro, morreu nesta quarta-feira na prisão, informou seu advogado ao jornal "The Washington Post".
A morte aconteceu no hospital do presídio de Butner, na Carolina do Norte. Brunn, um veterano da Segunda Guerra Mundial, estava internado por causa de problemas cardíacos e devido a uma infecção generalizada. O advogado do detento, A.J. Kramer, limitou-se a dizer que este foi um "fim triste para uma situação trágica".
O supremacista, que devido à idade avançada não tinha uma saúde muito boa, foi formalmente acusado da morte do segurança Stephen Tyrone Johns, que estava de serviço em 10 de junho de 2009, dia do tiroteio no Museu do Holocausto de Washington.
Brunn, que já tinha passado seis anos preso por tentar seqüestrar agentes federais no anos 1980, era conhecido por vários grupos de defesa dos direitos civis, que após o incidente no museu passaram a chamá-lo de "neonazista".
Em um site, o atirador se definia como um ex-marine que trabalhou durante 20 anos como publicitário e produtor de cinema em Nova York, até virar um "artista e autor" residente na costa de Maryland (leste).
Fonte: Agencia EFE
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5hH7zXHMcaZ9sGRUvdIB0FWCeF8aA
Ler mais:
Morreu na prisão atirador do Museu do Holocausto de Washington; AFP

A morte aconteceu no hospital do presídio de Butner, na Carolina do Norte. Brunn, um veterano da Segunda Guerra Mundial, estava internado por causa de problemas cardíacos e devido a uma infecção generalizada. O advogado do detento, A.J. Kramer, limitou-se a dizer que este foi um "fim triste para uma situação trágica".
O supremacista, que devido à idade avançada não tinha uma saúde muito boa, foi formalmente acusado da morte do segurança Stephen Tyrone Johns, que estava de serviço em 10 de junho de 2009, dia do tiroteio no Museu do Holocausto de Washington.

Em um site, o atirador se definia como um ex-marine que trabalhou durante 20 anos como publicitário e produtor de cinema em Nova York, até virar um "artista e autor" residente na costa de Maryland (leste).
Fonte: Agencia EFE
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5hH7zXHMcaZ9sGRUvdIB0FWCeF8aA
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Morreu na prisão atirador do Museu do Holocausto de Washington; AFP
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Morre aos 98 anos ativista antinazista Freya Von Moltke

Washington - A alemã Freya von Moltke, reconhecida ativista antinazista durante a Segunda Guerra Mundial, morreu na sexta-feira passada, aos 98 anos, nos Estados Unidos, onde vivia desde os anos 60, informou nesta segunda-feira a imprensa local. Helmuth von Moltke, filho de Freya, disse ao jornal "Lebanon Valley News" que sua mãe morreu após não resistir a uma infecção viral. Seu velório está marcado para a próxima sexta-feira em uma igreja de Norwich, no estado de Vermont.
O primeiro marido da ativista, Helmuth James Graf von Moltke, foi um dos fundadores do grupo de resistência Círculo de Kreisau e morreu nas mãos dos nazistas em 1945, acusado de traição por seu trabalho em prol das vítimas do regime.O casal, formado por dois advogados, se destacou pela liderança e militância no grupo de resistência, que chegou a incluir líderes religiosos, economistas e diplomatas.Freya von Moltke, nascida na Alemanha em uma família de banqueiros, organizou reuniões para discutir o futuro do país após a queda do regime de Adolf Hitler.A ativista se mudou com os dois filhos para a Polônia e posteriormente à África do Sul, onde passou a contar a luta da resistência em diversas conversas e relatos escritos.Ela foi para Norwich em 1960, onde viveu com Eugen Rosenstock-Huessy, um acadêmico da universidade Dartmouth que, como muitos nessa época, escapou da Alemanha após a ascensão dos nazistas.Rosenstock-Huessy morreu em 1973, mas Von Moltke continuou promovendo os feitos dele e de seu marido.O antigo lar dos Von Moltke é agora um centro de serviços para jovens e para a promoção da integração europeia.
Fonte: Último Segundo (IG)
domingo, 27 de dezembro de 2009
Alemanha: Êxitos eleitorais da extrema-direita catalizam violência neonazi, avisa chefe da polícia judiciária
Internacional
Lusa
Os sucessos eleitorais do Partido Nacional-Democrático da Alemanha (NPD), principal força da extrema-direita alemã 'podem ter efeitos catalizadores' para os neonazis dispostos à violência, advertiu hoje em Berlim o presidente da Polícia Judiciária federal (BKA).
Joerg Ziercke sublinhou que, apesar de não haver uma 'ligação institucional” entre o NPD e os delinquentes neonazis, “há militantes deste partido envolvidos em actos de violência extremista, e que se destacam como delinquentes”.
“As pessoas em questão têm em média 24 anos, um baixo nível de qualificação, provêm de famílias pouco harmoniosas e, em regra, praticam delitos violentos”, disse o chefe da BKA.
De acordo com Joerg Ziercke, um estudo da Universidade de Dresden revelou que três quartos dos delitos violentos foram praticados em locais públicos, com especial incidência nas proximidades de estações ferroviárias, paragens de autocarros ou ruas com cervejarias.
Segundo dados da BKA, em 2009 registaram-se cerca de 20 mil delitos praticados por elementos da extrema-direita, entre os quais mil actos violentos.
Cerca de dois terços foram delitos de propaganda fascista ou neonazi, muitos dos quais com recurso á internet, através de servidores localizados no estrangeiro.
Desde a reunificação alemã, em 1990, a violência da extrema-direita fez 47 vítimas mortais, de acordo com as estatísticas oficiais.
Levantamentos efectuados pela imprensa alemã e por organizações anti-fascistas apontam, no entanto, para mais de 100 mortos às mãos de caceteiros neonazis na Alemanha, porque a polícia nem sempre atribui aos crimes carácter político.
A primeira vítima da violência nazi já na Alemanha reunificada foi o angolano Amadeu António Kiowa, espancado até à morte com bastões de basebol por neonazis em Dezembro de 1990 em Eberswalde, no leste do país.
Outro caso tristemente célebre foi a agressão neonazi que provocou a morte do moçambicano Alberto Adriano, em Junho de 2000, em Dessau, (leste).
Em Junho de 1998, o operário português Nuno Fontinha foi também espancado por um grupo de “hooligans” alemães, vindo a falecer meses depois, já em Portugal, em consequência dos graves ferimentos sofridos.
Fonte: Lusa/Correio do Minho(Portugal)
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=19689
Lusa
Os sucessos eleitorais do Partido Nacional-Democrático da Alemanha (NPD), principal força da extrema-direita alemã 'podem ter efeitos catalizadores' para os neonazis dispostos à violência, advertiu hoje em Berlim o presidente da Polícia Judiciária federal (BKA).
Joerg Ziercke sublinhou que, apesar de não haver uma 'ligação institucional” entre o NPD e os delinquentes neonazis, “há militantes deste partido envolvidos em actos de violência extremista, e que se destacam como delinquentes”.
“As pessoas em questão têm em média 24 anos, um baixo nível de qualificação, provêm de famílias pouco harmoniosas e, em regra, praticam delitos violentos”, disse o chefe da BKA.
De acordo com Joerg Ziercke, um estudo da Universidade de Dresden revelou que três quartos dos delitos violentos foram praticados em locais públicos, com especial incidência nas proximidades de estações ferroviárias, paragens de autocarros ou ruas com cervejarias.
Segundo dados da BKA, em 2009 registaram-se cerca de 20 mil delitos praticados por elementos da extrema-direita, entre os quais mil actos violentos.
Cerca de dois terços foram delitos de propaganda fascista ou neonazi, muitos dos quais com recurso á internet, através de servidores localizados no estrangeiro.
Desde a reunificação alemã, em 1990, a violência da extrema-direita fez 47 vítimas mortais, de acordo com as estatísticas oficiais.
Levantamentos efectuados pela imprensa alemã e por organizações anti-fascistas apontam, no entanto, para mais de 100 mortos às mãos de caceteiros neonazis na Alemanha, porque a polícia nem sempre atribui aos crimes carácter político.
A primeira vítima da violência nazi já na Alemanha reunificada foi o angolano Amadeu António Kiowa, espancado até à morte com bastões de basebol por neonazis em Dezembro de 1990 em Eberswalde, no leste do país.
Outro caso tristemente célebre foi a agressão neonazi que provocou a morte do moçambicano Alberto Adriano, em Junho de 2000, em Dessau, (leste).
Em Junho de 1998, o operário português Nuno Fontinha foi também espancado por um grupo de “hooligans” alemães, vindo a falecer meses depois, já em Portugal, em consequência dos graves ferimentos sofridos.
Fonte: Lusa/Correio do Minho(Portugal)
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=19689
sábado, 26 de dezembro de 2009
Filmes - Holocausto - Nazismo - Fascismo - Segunda Guerra
Filmografia do Holocausto, segue abaixo uma lista de filmes, documentários e séries sobre o tema.
FILMES SOBRE O HOLOCAUSTO
Título no Brasil: Marcas da Guerra
Título em inglês: Fateless
Título Original: Sorstalanság
País: Hungria
Ano: 2005
Gênero: Drama
Diretor: Lajos Koltai
Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama
Diretor: Edward Zwick
Título no Brasil: Contrato Arriscado
Titulo Original: The Aryan Couple
País: Inglaterra
Ano: 2006
Diretor: John Daly
Título no Brasil: A Lista de Schindler
Titulo Original: The Schindler’s List
País: EUA
Ano: 1993
Diretor: Steven Spielberg
Título no Brasil: Cinzas da Guerra
Titulo Original: The Grey Zone
País: EUA
Ano: 2001
Diretor: Tim Blake Nelson
Título no Brasil: O Pianista
Titulo Original: The Pianist
País: EUA
Ano: 2002
Diretor: Roman Polanski
Título no Brasil: Kapo - Uma História do Holocausto
Titulo Original: Kapò
País: Itália/Iugoslávia/França
Ano: 1959
Diretor: Gillo Pontecorvo
Título no Brasil: Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Judgment at Nuremberg
País: EUA
Ano: 1961
Diretor: Stanley Kramer
Título no Brasil: O Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Nuremberg
País: EUA/Canadá
Ano: 2000
Diretor: Yves Simoneau
Título no Brasil: O Diário de Anne Frank
Titulo Original: The Diary of Anne Frank
País: EUA
Ano: 1967
Diretor: Alex Segal
Titulo em inglês(sem tradução pro português): Seventeen Moments of Spring
Título Original: Semnadtsat mgnovenij vesny
País: União Soviética
Ano: 1973
Diretor: Tatiana Lioznova
Título no Brasil: Fuga de Sobibor
Titulo Original: Escape from Sobibor
País: Reino Unido/Iugoslávia
Ano: 1987
Diretor: Jack Gold
Título no Brasil: Adeus, meninos
Titulo Original: Au Revoir, Les Enfants
País: França
Ano: 1987
Diretor: Louis Malle
Título no Brasil: Europa Europa
Titulo Original: Europa Europa
País: Alemanha/França/Polônia
Ano: 1990
Diretor: Agnieszka Holland
Título no Brasil: Trem da Vida
Titulo Original: Train de Vie
País: Bélgica/França/Holanda/Israel/Romênia
Ano: 1998
Diretor: Radu Mihaileanu
Título no Brasil: A Espiã
Titulo Original: Zwartboek
País: Alemanha/Holanda/Reino Unido
Ano: 2006
Diretor: Paul Verhoeven
Título no Brasil: O Refúgio Secreto
Titulo Original: The Hiding Place
País: EUA
Ano: 1975
Diretor: James F. Collier
Título no Brasil: Caçada a um criminoso
Titulo Original: The Man Who Captured Eichmann
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: William A. Graham
Título Original: Warsaw Story
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: Amir Mann
Título no Brasil: Bent
Titulo Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias
Título no Brasil: Perlasca, um herói italiano
Titulo Original: Perlasca, un eroe italiano
País: Itália
Ano: 2002
Diretor: Alberto Negrin
Título no Brasil: O Homem do prego
Titulo Original: The Pawnbroker
País: EUA
Ano: 1964
Diretor: Sidney Lumet
Título no Brasil: Amém
Titulo Original: Amen
País: França/Alemanha
Ano: 2002
Diretor: Costa-Gravas
Título no Brasil: Sophie Scholl - Os Últimos Dias
Titulo Original: Sophie Scholl - Die letzten Tage
País: Alemanha
Ano: 2005
Diretor: Marc Rothemund
Titulo Original: Ghetto
País: Alemanha/Lituânia
Ano: 2006
Diretor: Audrius Juzenas
Título no Brasil: Amor e Ódio
Titulo Original: La Rafle
País: França
Ano: 2010
Diretor: Rose Bosch
Trailer: Amor e Ódio (legendado)
Título no Brasil: Os Falsários
Titulo em inglês: The Conterfeiters
Título Original: Die Fälscher
País: Alemanha/Áustria
Ano: 2007
Diretor: Stefan Ruzowitzky
Título no Brasil: Bent
Título Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias
Título no Brasil: A Fita Branca
Título em inglês: The White Ribbon
Título Original: Das Weisse Band - Eine Deutsche Kindergeschichte
País: Áustria/Alemanha/França/Itália
Ano: 2009
Gênero: Drama
Diretor: Michael Haneke
Crítica: Omelete
Mais filmes? Confira o link:
http://www.orizamartins.com/Filmesguerra-.html
Registrar mais dois:
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3810514,00.html
DOCUMENTÁRIOS
Título no Brasil: Arquitetura da Destruição
Titulo Original: The Architecture of Doom
País: Suécia
Ano: 1989
Gênero: Documentário
Diretor: Peter Cohen
Título no Brasil: O Inimigo do meu Inimigo
Título em inglês:
Titulo Original: Mon Meilleur Ennemi
País: Franca, Grã-bretanha
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Diretor: Kevin Macdonald
Sinopse: "Em O Inimigo do meu Inimigo é revelada uma história paralela do mundo no pós guerra. Nesta versão há um nítido contraste de tudo que nos foi contado sobre a ideologia fascista. A história de Klaus Barbie, o torturador nazista mais conhecido como o Açougueiro de Lyon, foi um espião americano e uma importante ferramenta de regimes repressivos da direita na América Latina após a Segunda Guerra Mundial. A verdadeira relação entre os governos "ocidentais" e o fascismo se mostra de forma emblemática e simbólica."
Título Original: Anne Frank Remembered
País: Estados Unidos, Holanda, Inglaterra
Ano: 1995
Gênero: Documentário
Diretor: Jon Blair
Título no Brasil: Hôtel Terminus
Títulos em inglês: Hotel Terminus: The Life and Times of Klaus Barbie
Título Original: Hôtel Terminus: Klaus Barbie, sa vie et son temps
País: França, EUA
Ano: 1988
Gênero: Documentário
Prêmios: Vencedor de 1 Oscar(melhor documentário)
Diretor: Marcel Ophüls
Sinopse: "Documentário sobre Klaus Barbie, o chefe de Gestapo de Lyon, e a vida dele depois da Segunda Guerra."
Título no Brasil(tradução livre): Ascensão e Queda de Fred A. Leuchter
Título Original: The Rise and Fall of Fred A. Leuchter
País: EUA
Ano:
Gênero: Documentário
Diretor: Errol Morris
Verbete do filme na Wikipedia: Mr. Death
Título no Brasil: Noite e Neblina
Titulo Original: Nuit et Brouillard
País: França
Ano: 1955
Gênero: Documentário
Diretor: Alain Resnais
SÉRIES
Série: Apocalipse da Segunda Guerra Mundial
Título Original: Apocalypse: The Second World War
Episódios: 06
Produção: National Geographic Channel
http://www.natgeo.pt/programas/apocalipse-segunda-guerra-mundial
http://www.natgeo.pt/programas/especial-segunda-guerra-mundial
http://www.ngcasia.com/programmes/apocalypse-the-second-world-war
Série: Auschwitz - Os Nazis e a Solução Final
Título Original: Auschwitz: The Nazis and the 'Final Solution'
Episódios: 06
Produção: BBC
http://www.dvdpt.com/a/auchwitz_os_nazis_e_a_solucao_final.php
Série: Coleção Holocausto e Crimes da 2ª Guerra - Volumes 1, 2 e 3
Volume 1, documentários: "Nunca Mais", "Libertação 1945", "Eu Nunca te Esqueci"
Volume 2, documentários: "Genocídio", "Heróis Invisíveis", "Músicas do Coração"
Volume 3, documentários: "Em Busca da Paz", "O Longo Caminho para Casa", "Ecos do Passado"
País da produção: EUA
FILMES SOBRE O HOLOCAUSTO
Título no Brasil: Marcas da Guerra
Título em inglês: Fateless
Título Original: Sorstalanság
País: Hungria
Ano: 2005
Gênero: Drama
Diretor: Lajos Koltai
Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama
Diretor: Edward Zwick
Título no Brasil: Contrato Arriscado
Titulo Original: The Aryan Couple
País: Inglaterra
Ano: 2006
Diretor: John Daly
Título no Brasil: A Lista de Schindler
Titulo Original: The Schindler’s List
País: EUA
Ano: 1993
Diretor: Steven Spielberg
Título no Brasil: Cinzas da Guerra
Titulo Original: The Grey Zone
País: EUA
Ano: 2001
Diretor: Tim Blake Nelson
Título no Brasil: O Pianista
Titulo Original: The Pianist
País: EUA
Ano: 2002
Diretor: Roman Polanski
Título no Brasil: Kapo - Uma História do Holocausto
Titulo Original: Kapò
País: Itália/Iugoslávia/França
Ano: 1959
Diretor: Gillo Pontecorvo
Título no Brasil: Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Judgment at Nuremberg
País: EUA
Ano: 1961
Diretor: Stanley Kramer
Título no Brasil: O Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Nuremberg
País: EUA/Canadá
Ano: 2000
Diretor: Yves Simoneau
Título no Brasil: O Diário de Anne Frank
Titulo Original: The Diary of Anne Frank
País: EUA
Ano: 1967
Diretor: Alex Segal
Titulo em inglês(sem tradução pro português): Seventeen Moments of Spring
Título Original: Semnadtsat mgnovenij vesny
País: União Soviética
Ano: 1973
Diretor: Tatiana Lioznova
Título no Brasil: Fuga de Sobibor
Titulo Original: Escape from Sobibor
País: Reino Unido/Iugoslávia
Ano: 1987
Diretor: Jack Gold
Título no Brasil: Adeus, meninos
Titulo Original: Au Revoir, Les Enfants
País: França
Ano: 1987
Diretor: Louis Malle
Título no Brasil: Europa Europa
Titulo Original: Europa Europa
País: Alemanha/França/Polônia
Ano: 1990
Diretor: Agnieszka Holland
Título no Brasil: Trem da Vida
Titulo Original: Train de Vie
País: Bélgica/França/Holanda/Israel/Romênia
Ano: 1998
Diretor: Radu Mihaileanu
Título no Brasil: A Espiã
Titulo Original: Zwartboek
País: Alemanha/Holanda/Reino Unido
Ano: 2006
Diretor: Paul Verhoeven
Título no Brasil: O Refúgio Secreto
Titulo Original: The Hiding Place
País: EUA
Ano: 1975
Diretor: James F. Collier
Título no Brasil: Caçada a um criminoso
Titulo Original: The Man Who Captured Eichmann
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: William A. Graham
Título Original: Warsaw Story
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: Amir Mann
Título no Brasil: Bent
Titulo Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias
Título no Brasil: Perlasca, um herói italiano
Titulo Original: Perlasca, un eroe italiano
País: Itália
Ano: 2002
Diretor: Alberto Negrin
Título no Brasil: O Homem do prego
Titulo Original: The Pawnbroker
País: EUA
Ano: 1964
Diretor: Sidney Lumet
Título no Brasil: Amém
Titulo Original: Amen
País: França/Alemanha
Ano: 2002
Diretor: Costa-Gravas
Título no Brasil: Sophie Scholl - Os Últimos Dias
Titulo Original: Sophie Scholl - Die letzten Tage
País: Alemanha
Ano: 2005
Diretor: Marc Rothemund
Titulo Original: Ghetto
País: Alemanha/Lituânia
Ano: 2006
Diretor: Audrius Juzenas
Título no Brasil: Amor e Ódio
Titulo Original: La Rafle
País: França
Ano: 2010
Diretor: Rose Bosch
Trailer: Amor e Ódio (legendado)
Título no Brasil: Os Falsários
Titulo em inglês: The Conterfeiters
Título Original: Die Fälscher
País: Alemanha/Áustria
Ano: 2007
Diretor: Stefan Ruzowitzky
Título no Brasil: Bent
Título Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias
Título no Brasil: A Fita Branca
Título em inglês: The White Ribbon
Título Original: Das Weisse Band - Eine Deutsche Kindergeschichte
País: Áustria/Alemanha/França/Itália
Ano: 2009
Gênero: Drama
Diretor: Michael Haneke
Crítica: Omelete
Mais filmes? Confira o link:
http://www.orizamartins.com/Filmesguerra-.html
Registrar mais dois:
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3810514,00.html
DOCUMENTÁRIOS
Título no Brasil: Arquitetura da Destruição
Titulo Original: The Architecture of Doom
País: Suécia
Ano: 1989
Gênero: Documentário
Diretor: Peter Cohen
Título no Brasil: O Inimigo do meu Inimigo
Título em inglês:
Titulo Original: Mon Meilleur Ennemi
País: Franca, Grã-bretanha
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Diretor: Kevin Macdonald
Sinopse: "Em O Inimigo do meu Inimigo é revelada uma história paralela do mundo no pós guerra. Nesta versão há um nítido contraste de tudo que nos foi contado sobre a ideologia fascista. A história de Klaus Barbie, o torturador nazista mais conhecido como o Açougueiro de Lyon, foi um espião americano e uma importante ferramenta de regimes repressivos da direita na América Latina após a Segunda Guerra Mundial. A verdadeira relação entre os governos "ocidentais" e o fascismo se mostra de forma emblemática e simbólica."
Título Original: Anne Frank Remembered
País: Estados Unidos, Holanda, Inglaterra
Ano: 1995
Gênero: Documentário
Diretor: Jon Blair
Título no Brasil: Hôtel Terminus
Títulos em inglês: Hotel Terminus: The Life and Times of Klaus Barbie
Título Original: Hôtel Terminus: Klaus Barbie, sa vie et son temps
País: França, EUA
Ano: 1988
Gênero: Documentário
Prêmios: Vencedor de 1 Oscar(melhor documentário)
Diretor: Marcel Ophüls
Sinopse: "Documentário sobre Klaus Barbie, o chefe de Gestapo de Lyon, e a vida dele depois da Segunda Guerra."
Título no Brasil(tradução livre): Ascensão e Queda de Fred A. Leuchter
Título Original: The Rise and Fall of Fred A. Leuchter
País: EUA
Ano:
Gênero: Documentário
Diretor: Errol Morris
Verbete do filme na Wikipedia: Mr. Death
Título no Brasil: Noite e Neblina
Titulo Original: Nuit et Brouillard
País: França
Ano: 1955
Gênero: Documentário
Diretor: Alain Resnais
SÉRIES
Série: Apocalipse da Segunda Guerra Mundial
Título Original: Apocalypse: The Second World War
Episódios: 06
Produção: National Geographic Channel
http://www.natgeo.pt/programas/apocalipse-segunda-guerra-mundial
http://www.natgeo.pt/programas/especial-segunda-guerra-mundial
http://www.ngcasia.com/programmes/apocalypse-the-second-world-war
Série: Auschwitz - Os Nazis e a Solução Final
Título Original: Auschwitz: The Nazis and the 'Final Solution'
Episódios: 06
Produção: BBC
http://www.dvdpt.com/a/auchwitz_os_nazis_e_a_solucao_final.php
Série: Coleção Holocausto e Crimes da 2ª Guerra - Volumes 1, 2 e 3
Volume 1, documentários: "Nunca Mais", "Libertação 1945", "Eu Nunca te Esqueci"
Volume 2, documentários: "Genocídio", "Heróis Invisíveis", "Músicas do Coração"
Volume 3, documentários: "Em Busca da Paz", "O Longo Caminho para Casa", "Ecos do Passado"
País da produção: EUA
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Suposto complô neonazista é investigado na Suécia

"Posso confirmar o fato de que temos recebido informações sobre um suposto complô contra o parlamento e a residência do primeiro-ministro", anunciou o portavoz da SAEPO, Patrick Peter. "Temos essas informações faz algum tempo e estamos indagando para obter mais", disse o portavoz, sem acrescentar detalhes.
O diário Aftonbladet publicou informações repassadas acerca de um plano para atacar o parlamento e as residências do premier e do chanceler.
O diário, que cita fontes anônimas, diz que o plano seria financiado com a venda da placa de ferro que tem gravada a legenda "Arbeit Macht Frei" ("O trabalho nos libertará", em alemão) roubada na sexta-feira passada do portão principal do campo de extermínio nazista de Auschwitz. O portavoz dos serviços suecos disse que "não tinha informação" sobre os indícios do diário.
Na terça-feira passada, a promotoria de Cracóvia, Polônia, anunciou que o roubo do símbolo da Shoá havia sido entregue por "um extrangeiro residente na Polônia" mas não confirmou as notícias publicadas pela imprensa polonesa que falavam de uma "pista sueca".
Na Suécia, são ativos numerosos grupelhos que professam a ideologia nazista.
GAT 24/12/2009 20:44
Fonte: Ansalatina.com
http://www.ansa.it/ansalatina/notizie/rubriche/mundo/20091224204435002684.html
Tradução: Roberto Lucena
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Polônia investiga vínculo estrangeiro com roubo em Auschwitz
Por Wojciech Zurawski
CRACÓVIA (Reuters) - O autor intelectual do furto, na sexta-feira, do letreiro de metal sobre a entrada do antigo campo de extermínio de Auschwitz é um estrangeiro que não reside na Polônia, disseram promotores na terça-feira.
A polícia polonesa recuperou o letreiro em alemão, que diz "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta"), e prendeu cinco homens na manhã da segunda-feira por ligação com o roubo.
"O principal autor desse crime foi alguém que vive fora da Polônia e não tem cidadania polonesa", disse o promotor Artur Wrona em coletiva de imprensa, depois de os cinco suspeitos terem participado de uma reconstituição do roubo no campo.
"Nossas ações nos próximos dias serão voltadas a identificar essa pessoa, que reside em um país europeu", acrescentou.
Wrona se negou a dar mais detalhes ou a comentar relatos da mídia polonesa segundo os quais um colecionador suíço estaria envolvido no crime. As autoridades descreveram os cinco suspeitos como criminosos comuns sem vínculos com grupos neonazistas.
O roubo suscitou temores de uma possível motivação política, já que o letreiro é um símbolo potente do Holocausto cometido pelos nazistas contra os judeus.
"Eles fizeram pelo dinheiro. Sabiam onde estavam indo e para que, mas não tinham consciência real das reações que o furto causaria", disse Wrona.
A polícia exibiu o letreiro de metal, quebrado em três partes e retorcido, em coletiva de imprensa. Ela disse que os ladrões deixaram para trás o "i" final da palavra "frei".
PRISÃO
Wrona disse que os ladrões cortaram o letreiro de cinco metros de comprimento em três partes para que coubesse em seu carro esporte.
"Eles não eram especialistas, sua contratação custou relativamente pouco", disse ele.
Os ladrões podem pegar até dez anos de prisão por terem roubado e cortado o letreiro, feito por um prisioneiro polonês em Auschwitz em 1940-41. Hoje um museu, Auschwitz faz parte da lista da Unesco de patrimônios mundiais.
Cerca de 1,8 milhão de pessoas, em sua maioria judeus, morreram no campo de extermínio de Auschwitz - em polonês, Oswiecim - durante a ocupação da Polônia pela Alemanha nazista na 2a Guerra Mundial. Os prisioneiros que chegavam ao campo entravam por um pequeno portão de ferro sobre o qual se erguia o letreiro em arco.
O lema virou símbolo dos esforços dos nazistas para infundir um sentimento falso de segurança em suas vítimas, antes de assassiná-las.
Os prisioneiros de Auschwitz morreram nas câmeras de gás, de doenças, do frio, de fome ou em experimentos médicos.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/22/polonia-investiga-vinculo-estrangeiro-com-roubo-em-auschwitz-915316440.asp
CRACÓVIA (Reuters) - O autor intelectual do furto, na sexta-feira, do letreiro de metal sobre a entrada do antigo campo de extermínio de Auschwitz é um estrangeiro que não reside na Polônia, disseram promotores na terça-feira.
A polícia polonesa recuperou o letreiro em alemão, que diz "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta"), e prendeu cinco homens na manhã da segunda-feira por ligação com o roubo.
"O principal autor desse crime foi alguém que vive fora da Polônia e não tem cidadania polonesa", disse o promotor Artur Wrona em coletiva de imprensa, depois de os cinco suspeitos terem participado de uma reconstituição do roubo no campo.
"Nossas ações nos próximos dias serão voltadas a identificar essa pessoa, que reside em um país europeu", acrescentou.
Wrona se negou a dar mais detalhes ou a comentar relatos da mídia polonesa segundo os quais um colecionador suíço estaria envolvido no crime. As autoridades descreveram os cinco suspeitos como criminosos comuns sem vínculos com grupos neonazistas.
O roubo suscitou temores de uma possível motivação política, já que o letreiro é um símbolo potente do Holocausto cometido pelos nazistas contra os judeus.
"Eles fizeram pelo dinheiro. Sabiam onde estavam indo e para que, mas não tinham consciência real das reações que o furto causaria", disse Wrona.
A polícia exibiu o letreiro de metal, quebrado em três partes e retorcido, em coletiva de imprensa. Ela disse que os ladrões deixaram para trás o "i" final da palavra "frei".
PRISÃO
Wrona disse que os ladrões cortaram o letreiro de cinco metros de comprimento em três partes para que coubesse em seu carro esporte.
"Eles não eram especialistas, sua contratação custou relativamente pouco", disse ele.
Os ladrões podem pegar até dez anos de prisão por terem roubado e cortado o letreiro, feito por um prisioneiro polonês em Auschwitz em 1940-41. Hoje um museu, Auschwitz faz parte da lista da Unesco de patrimônios mundiais.
Cerca de 1,8 milhão de pessoas, em sua maioria judeus, morreram no campo de extermínio de Auschwitz - em polonês, Oswiecim - durante a ocupação da Polônia pela Alemanha nazista na 2a Guerra Mundial. Os prisioneiros que chegavam ao campo entravam por um pequeno portão de ferro sobre o qual se erguia o letreiro em arco.
O lema virou símbolo dos esforços dos nazistas para infundir um sentimento falso de segurança em suas vítimas, antes de assassiná-las.
Os prisioneiros de Auschwitz morreram nas câmeras de gás, de doenças, do frio, de fome ou em experimentos médicos.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/22/polonia-investiga-vinculo-estrangeiro-com-roubo-em-auschwitz-915316440.asp
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Sobreviventes recordam horrores do Holocausto durante julgamento
Por Christian Kraemer
MUNIQUE, Alemanha (Reuters) - John Demjanjuk reclamava de dores nas costas enquanto sobreviventes do Holocausto recordavam os horrores da Alemanha nazista no julgamento em que é acusado de ajudar a matar 27.900 judeus nas câmaras de gás em 1943.
O tribunal rejeitou uma moção da defesa para suspender o julgamento, mantendo o confinamento do homem que já esteve no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do Centro Simon Wiesenthal.
Promotores públicos alemães acusam Demjanjuk de ajudar nos assassinatos do campo de extermínio de Sobibor, na Polônia, onde ao menos 250 mil judeus foram mortos.
Antes, o homem de 89 anos sentou-se em silêncio em sua cadeira de rodas e não demonstrou emoção quando 12 pessoas, algumas com os olhos marejados e as vozes trêmulas, descreveram como sobreviveram ao Holocausto, quando outros morreram.
Após um recesso, autoridades colocaram uma cama na sala do tribunal para Demjanjuk, depois que um médico disse que ele havia reclamado de dores nas costas.
Um funcionário da prisão citado na edição de terça-feira no jornal Tageszeitung disse que Demjanjuk saía regularmente no pátio da prisão para os intervalos, ou com uma cadeira de rodas ou com a ajuda de um andador. Ele também lia os jornais ucranianos e preparava refeições com salada, disse o funcionário Michael Stumpf.
Demjanjuk nega que tenha se envolvido com o Holocausto e a família dele insiste que ele está muito frágil para enfrentar o julgamento.
'FERIDA ABERTA'
Philip Jacobs, de 87 anos, teve de receber ajuda para chegar ao banco das testemunhas, onde disse se sentir culpado por sobreviver ao Holocausto, quando seus pais e sua noiva morreram.
"Sobibor é uma ferida aberta", disse o ex-farmacêutico.
Outra testemunha, Robert Cohen, de 83 anos, cujo irmão e pais foram mortos em Sobibor, descreveu sua experiência nos campos da morte nazistas, incluindo Auschwitz.
"Não sabíamos o que estava acontecendo", disse o aposentado holandês durante a sessão matutina da corte. "Pensávamos que tínhamos de trabalhar".
Em razão da fragilidade de Demjanjuk, as audiências são limitadas a duas sessões de 90 minutos por dia. Esse é provavelmente o último grande julgamento de crimes de guerra da era nazista.
Demjanjuk nasceu na Ucrânia e lutou pelo Exército soviético antes de ser capturado pelos nazistas e recrutado como guarda de campo de concentração.
Ele emigrou para os Estados Unidos em 1951. Em maio, foi extraditado para a Alemanha.
Demjanjuk admitiu ter estado em outros campos nazistas, mas não em Sobibor, que, segundo os promotores, era dirigido por entre 20 e 30 membros das SS nazistas e cerca de 150 ex-prisioneiros de guerra soviéticos.
Nas câmaras de gás de Sobibor, judeus morriam entre 20 e 30 minutos depois de inalar uma mistura tóxica de monóxido e dióxido de carbono. Grupos de cerca de 80 pessoas eram forçados a entrar nas câmaras de gás, que mediam aproximadamente quatro metros quadrados.
O julgamento de Demjanjuk deve prosseguir na terça-feira.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/21/sobreviventes-recordam-horrores-do-holocausto-durante-julgamento-915303164.asp
Ler mais:
Justiça alemã retoma julgamento do criminoso nazista John Demjanjuk; EFE
MUNIQUE, Alemanha (Reuters) - John Demjanjuk reclamava de dores nas costas enquanto sobreviventes do Holocausto recordavam os horrores da Alemanha nazista no julgamento em que é acusado de ajudar a matar 27.900 judeus nas câmaras de gás em 1943.
O tribunal rejeitou uma moção da defesa para suspender o julgamento, mantendo o confinamento do homem que já esteve no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do Centro Simon Wiesenthal.
Promotores públicos alemães acusam Demjanjuk de ajudar nos assassinatos do campo de extermínio de Sobibor, na Polônia, onde ao menos 250 mil judeus foram mortos.
Antes, o homem de 89 anos sentou-se em silêncio em sua cadeira de rodas e não demonstrou emoção quando 12 pessoas, algumas com os olhos marejados e as vozes trêmulas, descreveram como sobreviveram ao Holocausto, quando outros morreram.
Após um recesso, autoridades colocaram uma cama na sala do tribunal para Demjanjuk, depois que um médico disse que ele havia reclamado de dores nas costas.
Um funcionário da prisão citado na edição de terça-feira no jornal Tageszeitung disse que Demjanjuk saía regularmente no pátio da prisão para os intervalos, ou com uma cadeira de rodas ou com a ajuda de um andador. Ele também lia os jornais ucranianos e preparava refeições com salada, disse o funcionário Michael Stumpf.
Demjanjuk nega que tenha se envolvido com o Holocausto e a família dele insiste que ele está muito frágil para enfrentar o julgamento.
'FERIDA ABERTA'
Philip Jacobs, de 87 anos, teve de receber ajuda para chegar ao banco das testemunhas, onde disse se sentir culpado por sobreviver ao Holocausto, quando seus pais e sua noiva morreram.
"Sobibor é uma ferida aberta", disse o ex-farmacêutico.
Outra testemunha, Robert Cohen, de 83 anos, cujo irmão e pais foram mortos em Sobibor, descreveu sua experiência nos campos da morte nazistas, incluindo Auschwitz.
"Não sabíamos o que estava acontecendo", disse o aposentado holandês durante a sessão matutina da corte. "Pensávamos que tínhamos de trabalhar".
Em razão da fragilidade de Demjanjuk, as audiências são limitadas a duas sessões de 90 minutos por dia. Esse é provavelmente o último grande julgamento de crimes de guerra da era nazista.
Demjanjuk nasceu na Ucrânia e lutou pelo Exército soviético antes de ser capturado pelos nazistas e recrutado como guarda de campo de concentração.
Ele emigrou para os Estados Unidos em 1951. Em maio, foi extraditado para a Alemanha.
Demjanjuk admitiu ter estado em outros campos nazistas, mas não em Sobibor, que, segundo os promotores, era dirigido por entre 20 e 30 membros das SS nazistas e cerca de 150 ex-prisioneiros de guerra soviéticos.
Nas câmaras de gás de Sobibor, judeus morriam entre 20 e 30 minutos depois de inalar uma mistura tóxica de monóxido e dióxido de carbono. Grupos de cerca de 80 pessoas eram forçados a entrar nas câmaras de gás, que mediam aproximadamente quatro metros quadrados.
O julgamento de Demjanjuk deve prosseguir na terça-feira.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/21/sobreviventes-recordam-horrores-do-holocausto-durante-julgamento-915303164.asp
Ler mais:
Justiça alemã retoma julgamento do criminoso nazista John Demjanjuk; EFE
Letreiro de Auschwitz foi levado por ladrões comuns
Letreiro de Auschwitz foi levado por ladrões comuns, não neonazistas
CRACÓVIA, Polônia — Os cinco ladrões que levaram o letreiro com a frase em alemão "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta) da entrada do antigo campo nazista de extermínio de Auschwitz (sul da Polônia) são criminosos comuns, que não pertencem a nenhum grupo neonazista, informou a polícia polonesa após recuperar a inscrição.
"Segundo as informações de que dispomos, nenhum dos cinco pertence a um grupo neonazista, nem é adepto das ideias", declarou à imprensa o comandante Andrzej Rokita, chefe de polícia da região da Cracóvia.
"São reincidentes, que já haviam sido condenados por roubo e agressão", completou.
A polícia polonesa anunciou na noite de domingo a recuperação do letreiro, roubado na sexta-feira, e a prisão de cinco pessoas.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jd95buSv8SoOU_fb9I2cu7CEbNhw

"Segundo as informações de que dispomos, nenhum dos cinco pertence a um grupo neonazista, nem é adepto das ideias", declarou à imprensa o comandante Andrzej Rokita, chefe de polícia da região da Cracóvia.
"São reincidentes, que já haviam sido condenados por roubo e agressão", completou.
A polícia polonesa anunciou na noite de domingo a recuperação do letreiro, roubado na sexta-feira, e a prisão de cinco pessoas.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jd95buSv8SoOU_fb9I2cu7CEbNhw
domingo, 20 de dezembro de 2009
Encontrada placa roubada do portão de Auschwitz
A polícia polonesa anunciou ter encontrado o infame "Arbeit Macht Frei", a placa
roubada na sexta-feira do portão do ex-campo de extermínio de Auschwitz.
A porta-voz da polícia, Katarzyna Padlo, disse que a placa foi encontrada no norte do país. A polícia deteve cinco homens entre 25 e 39 anos, levados para a cidade de Cracóvia para interrogatório. Outro porta-voz, Dariusz Nowak, disse que a placa foi cortada em três partes, cada uma contendo uma palavra.
A polícia se recusou a divulgar maiores detalhes sobre as circunstâncias em que a placa foi recuperada e a motivação dos ladrões.
A placa foi levada do portão principal do memorial de Auschwitz antes do amanhecer de sexta-feira. Autoridades consideraram o caso uma prioridade e pediram ajuda à população em busca de informações.
Mais de um milhão de pessoas, principalmente judeus, mas também ciganos, poloneses e pessoas de outras etnias, morreram nas câmaras de gás de Auschwitz ou de fome ou de doenças enquanto eram submetidas a trabalhos forçados. Auschwitz foi construído pelos nazistas que ocuparam a Polônia durante a Segunda Guerra Mundial.
O campo, que se tornou o maior cemitério judeu, foi liberado pelo Exército Soviético em 27 de janeiro de 1945.
Fonte: AP
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4168512-EI294,00.html
Ler mais:
Auschwitz sign found in three pieces; Telegraph(Londres)

A porta-voz da polícia, Katarzyna Padlo, disse que a placa foi encontrada no norte do país. A polícia deteve cinco homens entre 25 e 39 anos, levados para a cidade de Cracóvia para interrogatório. Outro porta-voz, Dariusz Nowak, disse que a placa foi cortada em três partes, cada uma contendo uma palavra.
A polícia se recusou a divulgar maiores detalhes sobre as circunstâncias em que a placa foi recuperada e a motivação dos ladrões.
A placa foi levada do portão principal do memorial de Auschwitz antes do amanhecer de sexta-feira. Autoridades consideraram o caso uma prioridade e pediram ajuda à população em busca de informações.
Mais de um milhão de pessoas, principalmente judeus, mas também ciganos, poloneses e pessoas de outras etnias, morreram nas câmaras de gás de Auschwitz ou de fome ou de doenças enquanto eram submetidas a trabalhos forçados. Auschwitz foi construído pelos nazistas que ocuparam a Polônia durante a Segunda Guerra Mundial.
O campo, que se tornou o maior cemitério judeu, foi liberado pelo Exército Soviético em 27 de janeiro de 1945.
Fonte: AP
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4168512-EI294,00.html
Ler mais:
Auschwitz sign found in three pieces; Telegraph(Londres)
Do holocausto à esperança
Prisioneiro do mais terrível campo de concentração, Raymond Frajmund fugiu durante a Marcha da Morte. Reencontrou a família, mas, desiludido com a Europa, veio para o Brasil em 1953 e, desde 1960, vive em Brasília
Conceição Freitas
Publicação: 28/11/2009
Ele tem 82 anos e uma tatuagem no antebraço esquerdo: o número 133381 escrito em azul. Era sua identidade em Auschwitz, campo de concentração e extermínio que se tornou símbolo de um dos mais terríveis episódios da história da humanidade. Judeu, nascido na Polônia, criado na Bélgica, Raymond Frajmund é um bravo candango. Dos 15 aos 17 anos, foi prisioneiro das tropas de Hitler. Vive no Brasil desde 1953 e em Brasília desde 1º de junho de 1960.
"Num mundo que se destruía, aqui havia o que construir. Era uma cidade só com futuro, sem passado. Brasília era um lugar fora do perigo e das turbulências. Aqui era possível ser útil, ser necessário, ajudar"
Para entender o que a nova capital representou para este sobrevivente do holocausto, é preciso voltar ao lugar e ao tempo do horror. Raymond, que no Brasil virou Reimôn, vivia com os pais e a irmã em Bruxelas, na Bélgica. A irmã morreu em um bombardeio, durante a invasão alemã em 1940. Com identidade falsa, pais e filho esconderam-se em um apartamento na periferia da cidade até que, em 1942, Raymond foi preso em uma blitz e levado para Auschwitz, no Transporte 21, com outros 1.552 prisioneiros. Desses, 1.475 foram mortos logo que chegaram ao campo de concentração. Quando a guerra acabou, só 40 estavam vivos, entre os quais um único adolescente.
Foram dois anos de trabalhos forçados, ração de 200 calorias por dia e medo de ser o próximo a ir para a câmara de gás. Às vésperas da libertação dos prisioneiros de Auschwitz pelo exército russo, os alemães retiraram 4 mil presos e forçaram-lhes a uma longa caminhada, sob um frio de 20º abaixo de zero, durante vários dias. Raymond estava entre eles. No primeiro dia de fuga, os carrascos distribuíram a cada prisioneiro um pão de aproximadamente um quilo. Era tudo o que comeriam durante a Marcha da Morte, como ficou conhecida.
Numa das paradas, para recolher mais prisioneiros, o adolescente conseguiu fugir. “Não queria mais continuar daquele jeito. Queria morrer ou ser livre”. Raymond escondeu-se num barraco abandonado, dormiu no terceiro andar de um beliche e, quando acordou, encontrou outros fugitivos. Estava pesando 35 kg distribuídos em 1,70m. Dias depois, uma tropa de soldados russos encontrou aquele grupo de sobreviventes do holocausto e deixou-os partir. Estavam livres.
Depois de quatro meses de caminhada (a guerra continuava), Raymond finalmente chegou em casa, em Bruxelas. Reencontrou os pais, mas o filho não era mais o mesmo. Passado algum tempo, teve uma conversa com o pai: “Já trabalhei para o resto da minha vida, não vou trabalhar mais, não quero entrar nesse sistema. Não quero participar dessa farsa. Posso viver com um copo d’água e um pedaço de pão”. O polonês havia virado hippie antes mesmo de o movimento paz & amor se espalhar pelo mundo. O ex-prisioneiro do nazismo estava “p. da vida com a Europa, a Europa que nos massacrou. Estava realmente em divórcio com ela.”
Numa noite do ano de 1952, portanto, seis anos depois do fim da guerra, Raymond assistia a um concerto de música erudita do brasileiro Eleazar de Carvalho (1919-1996) em Bruxelas. Acostumado aos velhos maestros de longa cabeleira branca, ele estranhou a juventude do brasileiro a quem via de costas. Mais ainda quando ele começou a dançar ao ritmo da música. “Nunca havia visto um chefe de orquestra tão bonito, tão elegante, tão gracioso e tão jovem. Isso me tocou muito e eu me disse, naquele dia: ‘Preciso conhecer esse país’”. Até aquele concerto, Raymond nunca havia ouvido falar de um lugar chamado Brasil. No ano seguinte, o polonês irado com a Europa desembarcava no país do maestro dançarino.
Vida de fotógrafo
A foto famosa: os embaixadores da Noruega e da Austrália com seus secretários, na L2 Sul, a caminho da embaixada, em 7 de junho de 1960
Três anos depois, estava casado com Rose, brasileira filha de diplomatas franceses, artista plástica que ficara no país porque havia se apaixonado por um francês criado na Polônia, meio largado, meio zangado, muito desiludido e muito divertido. Raymond frequentava o meio cultural paulistano e foi nele que conheceu o jornalista Claudio Abramo, um dos mais importantes do país. Abramo estava com um problema: precisava enviar profissionais para a sucursal de Brasília do jornal O Estado de São Paulo, mas ninguém queria vir.
Raymond veio para ficar um ou dois meses. Nunca mais saiu. Uma semana depois de chegar, fez uma das fotos mais conhecidas da nova capital: a dos homens de fraque atravessando o cerrado bravio. A foto faz parte do acervo do Itamaraty. Eram os embaixadores da Noruega e da Austrália e dois secretários caminhando na L 2 Sul para a inauguração da primeira embaixada em Brasília, em 7 de junho de 1960. A partir de então, o jornal claramente contrário à mudança da capital passou a publicar diariamente “umas cinco fotos” sobre a cidade.
O jornal não havia mudado sua postura editorial. As fotos é que revelavam, sob o olhar de Raymond, o que de extraordinário acontecia no Planalto Central. “Depois de um mês, eu já me divertia muito. Era ótimo. Brasília era um encanto, uma aventura. Eu dormia num anexo do Brasília Palace Hotel. Acordava todas as manhãs com uma camada de dois milímetros de poeira sobre o lençol, o equipamento, tudo”. Dois meses depois, trouxe a mulher, Rose, para conhecer a capital moderna. Se ele havia gostado, ela se apaixonou: “Era um céu fascinante, um horizonte incrível”, diz ela, hoje, aos 78 anos, com os olhos faiscantes.
A cidade havia sido inaugurada dois meses antes, mas o ritmo ainda era de construção. “As máquinas trabalhavam dia e noite”. Pela primeira vez, Raymond teve a sensação “de participar de algo bonito, grandioso, livre.” O aventureiro que queria arrancar de si suas raízes com a Europa, que não queria se fixar em nenhum outro chão, teve pela primeira vez vontade de ter um filho e um pedaço de terra — vermelha, no caso. “Foi uma coisa muito forte. Tive a impressão de ter achado um porto seguro, um porto tranquilo, onde eu podia pensar, criar uma família”. Algum tempo depois, Raymond percebeu que quando veio para Brasília estava “à procura inconsciente de raízes.”
Enquanto a Europa tentava se recuperar de uma guerra que dizimou cidades inteiras e matou 50 milhões de pessoas, dos quais 6 milhões de judeus, o Brasil inventava uma nova cidade. “Num mundo que se destruía, aqui havia o que construir. Era uma cidade só com futuro, sem passado. Eu ainda estava machucado pela guerra. Brasília era um lugar fora do perigo e das turbulências. Aqui era possível ser útil, ser necessário, ajudar”.
Logo vieram as decepções. “Tudo o que a gente sonhava, imaginava, a ideia inicial de fazer uma cidade socialista num país capitalista foi uma utopia que não se realizou, se desfez pela cobiça do ser humano”. Quando veio o golpe militar, o ex-prisioneiro quis ir embora de Brasília e do Brasil. No dia da invasão da Universidade de Brasília, em agosto de 1968, o fotógrafo do Estadão chegou em casa vomitando. Recusava-se a aceitar o terror novamente. Dois anos depois, deixou o fotojornalismo e virou empresário.
“Brasília me deu um chão”, ele confere — 49 anos, dois filhos (Patricia e Jean-Claude) e três netos (Leon-Aaron, Chloe e João Maurício) depois. E guarda fortes lembranças, como a de ter sido o primeiro morador da SQS 305. “Uma quadra inteira pra mim, pude escolher o apartamento que eu queria. Escolhi um no terceiro andar, com o sol no nascente e perto de um posto de gasolina. Era pra ouvir algum barulho. Aqui era muito silêncio”. Mais significativa ainda é a presença de um importante personagem na vida de Raymond Frajmund: “Juscelino Kubitschek era um homem extraordinário. A sombra dele caía sobre a cidade. Adorávamos ele, ele representava o grande pai. Ele nos protegia.”
Fonte: Correio Braziliense
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/28/cidades,i=157661/DO+HOLOCAUSTO+A+ESPERANCA.shtml
Conceição Freitas
Publicação: 28/11/2009
Ele tem 82 anos e uma tatuagem no antebraço esquerdo: o número 133381 escrito em azul. Era sua identidade em Auschwitz, campo de concentração e extermínio que se tornou símbolo de um dos mais terríveis episódios da história da humanidade. Judeu, nascido na Polônia, criado na Bélgica, Raymond Frajmund é um bravo candango. Dos 15 aos 17 anos, foi prisioneiro das tropas de Hitler. Vive no Brasil desde 1953 e em Brasília desde 1º de junho de 1960.

Para entender o que a nova capital representou para este sobrevivente do holocausto, é preciso voltar ao lugar e ao tempo do horror. Raymond, que no Brasil virou Reimôn, vivia com os pais e a irmã em Bruxelas, na Bélgica. A irmã morreu em um bombardeio, durante a invasão alemã em 1940. Com identidade falsa, pais e filho esconderam-se em um apartamento na periferia da cidade até que, em 1942, Raymond foi preso em uma blitz e levado para Auschwitz, no Transporte 21, com outros 1.552 prisioneiros. Desses, 1.475 foram mortos logo que chegaram ao campo de concentração. Quando a guerra acabou, só 40 estavam vivos, entre os quais um único adolescente.
Foram dois anos de trabalhos forçados, ração de 200 calorias por dia e medo de ser o próximo a ir para a câmara de gás. Às vésperas da libertação dos prisioneiros de Auschwitz pelo exército russo, os alemães retiraram 4 mil presos e forçaram-lhes a uma longa caminhada, sob um frio de 20º abaixo de zero, durante vários dias. Raymond estava entre eles. No primeiro dia de fuga, os carrascos distribuíram a cada prisioneiro um pão de aproximadamente um quilo. Era tudo o que comeriam durante a Marcha da Morte, como ficou conhecida.
Numa das paradas, para recolher mais prisioneiros, o adolescente conseguiu fugir. “Não queria mais continuar daquele jeito. Queria morrer ou ser livre”. Raymond escondeu-se num barraco abandonado, dormiu no terceiro andar de um beliche e, quando acordou, encontrou outros fugitivos. Estava pesando 35 kg distribuídos em 1,70m. Dias depois, uma tropa de soldados russos encontrou aquele grupo de sobreviventes do holocausto e deixou-os partir. Estavam livres.
Depois de quatro meses de caminhada (a guerra continuava), Raymond finalmente chegou em casa, em Bruxelas. Reencontrou os pais, mas o filho não era mais o mesmo. Passado algum tempo, teve uma conversa com o pai: “Já trabalhei para o resto da minha vida, não vou trabalhar mais, não quero entrar nesse sistema. Não quero participar dessa farsa. Posso viver com um copo d’água e um pedaço de pão”. O polonês havia virado hippie antes mesmo de o movimento paz & amor se espalhar pelo mundo. O ex-prisioneiro do nazismo estava “p. da vida com a Europa, a Europa que nos massacrou. Estava realmente em divórcio com ela.”
Numa noite do ano de 1952, portanto, seis anos depois do fim da guerra, Raymond assistia a um concerto de música erudita do brasileiro Eleazar de Carvalho (1919-1996) em Bruxelas. Acostumado aos velhos maestros de longa cabeleira branca, ele estranhou a juventude do brasileiro a quem via de costas. Mais ainda quando ele começou a dançar ao ritmo da música. “Nunca havia visto um chefe de orquestra tão bonito, tão elegante, tão gracioso e tão jovem. Isso me tocou muito e eu me disse, naquele dia: ‘Preciso conhecer esse país’”. Até aquele concerto, Raymond nunca havia ouvido falar de um lugar chamado Brasil. No ano seguinte, o polonês irado com a Europa desembarcava no país do maestro dançarino.
Vida de fotógrafo

Três anos depois, estava casado com Rose, brasileira filha de diplomatas franceses, artista plástica que ficara no país porque havia se apaixonado por um francês criado na Polônia, meio largado, meio zangado, muito desiludido e muito divertido. Raymond frequentava o meio cultural paulistano e foi nele que conheceu o jornalista Claudio Abramo, um dos mais importantes do país. Abramo estava com um problema: precisava enviar profissionais para a sucursal de Brasília do jornal O Estado de São Paulo, mas ninguém queria vir.
Raymond veio para ficar um ou dois meses. Nunca mais saiu. Uma semana depois de chegar, fez uma das fotos mais conhecidas da nova capital: a dos homens de fraque atravessando o cerrado bravio. A foto faz parte do acervo do Itamaraty. Eram os embaixadores da Noruega e da Austrália e dois secretários caminhando na L 2 Sul para a inauguração da primeira embaixada em Brasília, em 7 de junho de 1960. A partir de então, o jornal claramente contrário à mudança da capital passou a publicar diariamente “umas cinco fotos” sobre a cidade.
O jornal não havia mudado sua postura editorial. As fotos é que revelavam, sob o olhar de Raymond, o que de extraordinário acontecia no Planalto Central. “Depois de um mês, eu já me divertia muito. Era ótimo. Brasília era um encanto, uma aventura. Eu dormia num anexo do Brasília Palace Hotel. Acordava todas as manhãs com uma camada de dois milímetros de poeira sobre o lençol, o equipamento, tudo”. Dois meses depois, trouxe a mulher, Rose, para conhecer a capital moderna. Se ele havia gostado, ela se apaixonou: “Era um céu fascinante, um horizonte incrível”, diz ela, hoje, aos 78 anos, com os olhos faiscantes.
A cidade havia sido inaugurada dois meses antes, mas o ritmo ainda era de construção. “As máquinas trabalhavam dia e noite”. Pela primeira vez, Raymond teve a sensação “de participar de algo bonito, grandioso, livre.” O aventureiro que queria arrancar de si suas raízes com a Europa, que não queria se fixar em nenhum outro chão, teve pela primeira vez vontade de ter um filho e um pedaço de terra — vermelha, no caso. “Foi uma coisa muito forte. Tive a impressão de ter achado um porto seguro, um porto tranquilo, onde eu podia pensar, criar uma família”. Algum tempo depois, Raymond percebeu que quando veio para Brasília estava “à procura inconsciente de raízes.”
Enquanto a Europa tentava se recuperar de uma guerra que dizimou cidades inteiras e matou 50 milhões de pessoas, dos quais 6 milhões de judeus, o Brasil inventava uma nova cidade. “Num mundo que se destruía, aqui havia o que construir. Era uma cidade só com futuro, sem passado. Eu ainda estava machucado pela guerra. Brasília era um lugar fora do perigo e das turbulências. Aqui era possível ser útil, ser necessário, ajudar”.
Logo vieram as decepções. “Tudo o que a gente sonhava, imaginava, a ideia inicial de fazer uma cidade socialista num país capitalista foi uma utopia que não se realizou, se desfez pela cobiça do ser humano”. Quando veio o golpe militar, o ex-prisioneiro quis ir embora de Brasília e do Brasil. No dia da invasão da Universidade de Brasília, em agosto de 1968, o fotógrafo do Estadão chegou em casa vomitando. Recusava-se a aceitar o terror novamente. Dois anos depois, deixou o fotojornalismo e virou empresário.
“Brasília me deu um chão”, ele confere — 49 anos, dois filhos (Patricia e Jean-Claude) e três netos (Leon-Aaron, Chloe e João Maurício) depois. E guarda fortes lembranças, como a de ter sido o primeiro morador da SQS 305. “Uma quadra inteira pra mim, pude escolher o apartamento que eu queria. Escolhi um no terceiro andar, com o sol no nascente e perto de um posto de gasolina. Era pra ouvir algum barulho. Aqui era muito silêncio”. Mais significativa ainda é a presença de um importante personagem na vida de Raymond Frajmund: “Juscelino Kubitschek era um homem extraordinário. A sombra dele caía sobre a cidade. Adorávamos ele, ele representava o grande pai. Ele nos protegia.”
Fonte: Correio Braziliense
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/28/cidades,i=157661/DO+HOLOCAUSTO+A+ESPERANCA.shtml
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