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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Grupo neonazi tortura e humilha jovens gays para postar vídeos e imagens em redes sociais

Alarmante situação na Rússia. Grupo neonazi tortura e humilha jovens gays para postar vídeos e imagens em redes sociais.

Aviso: vídeo abaixo contém cenas violentas, não recomendável a visualização por quem se choca muito com imagens de espancamento e tortura.

Foto tomada de: inoutpost.com
Um jovem homossexual foi agredido na Rússia por difundir propaganda de relações do mesmo sexo em redes sociais.

Os agressores que dizem lutar contra os pecados da sociedade contatam suas vítimas através de contas falsas do Facebook para acordar sitas com jovens e adultos homossexuais, e depois os obrigam a realizar atividades vergonhosas, humilham-nos e os golpeiam.

Artem Gorodilov é uma das últimas vítimas do grupo “Occupy Pedofilyaj” que foi ultrajado e obrigado a subir em um carro e viajar até o cemitério local de Kamensk-Uralsky, onde os agressores o submetiam a insultos e ameaças por ser homossexual e difundir propaganda gay através da internet.

Foto de: inoutpost.com
Seus captores o obrigaram a ficar ao lado da tumba de outro garoto homossexual que havia cometido suicídio meses antes depois de ter sido agredido também por este grupo.

Os ataques são colocados na internet para satisfação dos algozes.

Este e outros casos de agressão são provas evidentes da gravíssima situação que vivem os homossexuais na Rússia depois da aprovação da lei que proíbe a chamada «propaganda homossexual».

A despreocupação do governo e de 84% da população em relação aos ataques a pessoas homossexuais permite que isto continua acontecendo a cada dia mais atos como este na Rússia.

Este é um dos vídeos que mostra o abuso por parte do grupo neonazi a pessoas homossexuais.
Yotube/JohnAravosis


Publicado em 11 de setembro de 2013
Fonte: Redação NTN24

Fonte: NTN24 (Colômbia)
http://www.ntn24.com/noticias/en-rusia-un-grupo-neonazi-tortura-y-humilla-jovenes-gais-y-luego-postea-videos-de-las-victimas-en
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Fascistas criaram 'ilha gay' na Itália para confinar homossexuais (Fascismo)

Alan Johnston. BBC News
Atualizado em 14 de junho, 2013 - 07:57 (Brasília) 10:57 GMT

Ilha de San Domino, no arquipélago de Tremiti,
no Mar Adriático, na Itália
Há 75 anos, durante o fascismo na Itália, um grupo de homens rotulados de "degenerados", foram expulsos de casa e internados em uma ilha.

Eles eram mantidos em cárcere privado, mas alguns deles dizem ter vivido uma experiência liberalizante nesta que teria sido a primeira comunidade abertamente gay do país.

Todos os anos, turistas são atraídos pela beleza dessa pequena faixa de ilhas vulcânicas do Mar Adriático.

Mas apenas recentemente um grupo de visitantes chegou ao arquipélago de Tremiti, não apenas para aproveitar a paz e o sossego do lugar, mas para lembrar um fato importante.

O grupo era formado por ativistas de direitos dos gays, lésbicas e transgêneros.

Eles vieram para realizar uma pequena cerimônia relembrando um triste episódio ocorrido na ilha há 70 anos.

'Avanço da degeneração'

Por volta do final dos anos 1930, o arquipélago teve participação importante no esforço dos fascistas de Benito Mussolini de suprimir a homossexualidade.

Os gays atrapalhavam o projeto do líder fascista do país, Benito Mussolini, que queria disseminar uma Itália de imagem masculina.

"Fascismo é um regime viril. Portanto, os italianos são fortes e masculinos, e é impossível que a homossexualidade possa existir no regime fascista", diz o professor de história da Universidade de Bergamo, Lorenzo Benadusi.

Assim, a estratégia era a de encobrir a questão de todas as formas possíveis.

Leis discriminatórias contra gays acabaram não sendo aprovadas na época, mas o clima criado não permitia manifestações de homossexualidade, que poderiam ser vigorosamente reprimidas.

E um prefeito da cidade siciliana de Catania tirou grande proveito dessa atmosfera de repressão de Mussolini.

"Nós notamos que alguns clubes, praias e lugares nas montanhas recebem muitos desses homens doentes e jovens de todas as classes sociais buscam a sua companhia", escreveu.

Ele estava determinado a combater o "avanço da degeneração" na cidade "ou, pelo menos, conter a aberração sexual que ofende a moralidade e que é um desastre para a saúde pública e para o melhoramento da raça".

E ele continuou: "Este demônio precisa ser atacado e queimado na sua essência".

Livro

Benito Mussolini, o "Il Dulce" (O Líder)
"Nós fazíamos teatro e podíamos nos vestir de mulher que ninguém dizia nada"

Giuseppe B, prisioneiro de San Domino

Assim, em 1938, cerca de 45 homens acusados de serem homossexuais em Catania, na Sicília, foram presos e enviados a um exílio interno.

Subitamente, o grupo se viu confinado a 600 km de distância, na ilha de San Domino, em Tremitis, no Mar Adriático.

O episódio foi totalmente esquecido. Acredita-se que ninguém que tenha enfrentado a punição continue vivo atualmente e existem apenas poucos relatos do que aconteceu na ilha.

Mas no livro A Ilha e a Cidade, os pesquisadores Gianfranco Goretti e Tommaso Giartosi falam de dezenas de homens, a maioria de Catania, e as duras condições que enfrentaram em San Domino.

Eles teriam chegado algemados e então abrigados numa casa ampla de dormitórios espartanos, sem eletricidade ou água encanada.

"Nós ficávamos curiosos, porque eles eram chamados de 'as garotas'", conta Carmela Santoro, uma moradora da ilha que era apenas uma criança quando os exilados gays começaram a chegar.

"Nós íamos assisti-los a sair do barco... todos bem vestidos, no verão, com meias brancas... de chapéu. E nós vínhamos vê-los com surpresa... 'olha aquela uma, como ela se mexe!' Mas nós não tínhamos nenhum contato com eles".

Outro morador, Attilio Carducci, relembra quando um sinal sonoro tocava às 8 da noite todos os dias, anunciando que os homens não podiam mais ficar do lado de fora.

"Eles eram trancados dentro dos dormitórios e ficavam sob vigilância da polícia", relembra.

"Meu pai sempre falava bem deles. Ele nunca teve nada de mal a dizer sobre eles - e ele era um representante local fascista".

Os prisioneiros sabiam que a exposição de sua homossexualidade teria causado vergonha e raiva de seus familiares em lares extremamente conservadores nas cidades e vilas italianas.

Um pouco dessa atmosfera é capturada na carta de um filho para um pai pobre e agricultor. Ele estava estudando para ser padre quando foi preso.

Implorando às autoridades judiciais para deixá-lo ir pra casa, ele escreveu: "Imagine, Sua Excelência, o dor do meu amado pai. Que desonra para ele!"

"Exílio por cinco anos... Isso me enlouquece só em pensar".

O prisioneiro, identificado apenas como Orazio L, requisitou a chance de deixar a ilha para "servir à Pátria" no Exército.

"Me tornar soldado, e depois retornar ao seminário para viver em confinamento é o único jeito no qual eu posso reparar o escândalo e a desonra para a minha família", escreveu.

Nem tão ruim

Mas alguns relatos dados por ex-exilados gays indicam que a vida não era tão ruim em San Domino.

Eles descrevem o dia a dia em um regime de prisão comparativamente tranquilo.

Sem querer, os fascistas criaram um canto na Itália onde se era esperado ser abertamente gay.

Pela primeira vez na vida, os homens podiam ser eles mesmos, livres do estigma que normalmente os circundava na devota Itália católica dos anos 1930.

O relato de um ex-prisioneiro da ilha explicou o que isso significava, numa rara entrevista publicada há alguns anos na revista gay Babilonia. Ele disse que de certa forma, os homens viviam melhor na ilha do que fora dela.

"Naquela época se você era um femmenella (gíria italiana para homem gay), você não poderia nem mesmo sair de casa ou se fazer perceber, a polícia prenderia você", disse ele de sua cidade natal, perto de Nápoles.

"Na ilha, de um outro lado, nós celebrávamos nossos dias de santo ou a chegada de alguém novo. Nós fazíamos teatro e podíamos nos vestir de mulher que ninguém dizia nada".

E para completar, claro, ele disse que existiam romances e até mesmo brigas.

Alguns prisioneiros partiram, disse Giuseppe, com o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, e o consequente fim do regime de confinamento de San Domino. Os prisioneiros foram então colocados numa espécie de confinamento doméstico nas cidades de onde eles vieram.

Exclusivamente gay

Um grande número de homens gays foram internados junto com prisioneiros políticos em outras pequenas ilhas, como Ustica e Lampedusa, mas San Domino foi única em que todos os exilados eram gays.

É extremamente irônico, levando em conta a situação na Itália daquele tempo, que os gays pudessem encontrar um certo grau de liberdade apenas em uma prisão numa ilha.

Na celebração dos gays ativistas de direitos humanos, que se reuniram no arquipélago há algumas semanas, foi inaugurada uma placa em memória dos exilados.

O marco será uma lembrança perene da perseguição de Mussolini contra homossexuais na Itália.

"Isto é necessário, porque ninguém sabe o que aconteceu naqueles anos", disse um dos ativistas, Ivan Scalfarotto, que também é membro do Parlamento, em Roma.

Ele afirma que a comunidade gay ainda sofre na Itália. Os homossexuais não são mais presos e despachados para ilhas, mas até mesmo hoje em dia eles não são considerados cidadãos "classe A".

Para Scalfarotto, ainda existe o estigma social ligado à homofobia na Itália, já que o Estado não estende todos os direitos civis a casais homossexuais.

Por isso, Scalfarotto acredita que a luta pela igualdade continua na Itália.

Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130613_ilha_gay_mussolini_gm.shtml

Ver mais:
A ilha 'gay' na Itália de Mussolini (DN Globo, Portugal)
La isla gay creada por el fascismo en Italia (BBC Mundo)

sábado, 25 de maio de 2013

O Primavera Francesa (Printemps français) tornou-se um "exército secreto" (extrema-direita)

Este é o comunicado que acaba de ser publicado no site do Printemps français (Primavera Francesa), a ala radical da oposição à lei Taubira. Ele se batizou como "A Ordem do dia número um", na forma de um exército secretro.

Observando a promulgação, sábado 18 de maio, da lei do casamento para todos, este texto pretende ser o manifesto de fundação de uma "nova força de resistência". "A França está sendo submetido a forças que a querem escravizar completamente. A batalha está apenas começando. Ela continuará até a vitória."

"Na véspera da batalha, os partidos políticos já anunciaram a sua colaboração com o poder ideológico, alegando falsamente que a lei Taubira não pode ser revogada. Ao se colocarem no campo inimigo, eles se autoplocamaram como adversários ", escrevem os autores do texto, de forma bastante explícita à UMP.

"Tidos como alvos"

Segue a seguinte proclamação exaltada: "O Primavera Francesa, portanto, afirma que serão tidos como alvos: o governo atual e todos os seus apoiadores, os partidos políticos que colaboraram com a lei, os lobbies que elaboraram o programa ideológico e os órgãos que a difundiram".

O comunicado termina com: "Esta agenda é imediatamente executória."

Este texto ocorre em um ambiente de alta tensão, inclusive no movimento anti-casamento gay e alguns dias antes da manifestação no dia 26 de maio, em Paris. O exemplo mais recente desses antagonismos: causou raiva nas alas mais radicais as declarações frias de Frigide Barjot após o suicídio de Dominique Venner. Querendo distanciar o gesto dele do movimento, o porta-voz da manifestação disse que foi um ato de alguém "um pouco perturbado". "Dominique Venner faz parte de uma pequena minoria à margem [que quer] atos violentos, de uma ação forte, dizia que fazemos manifestações suaves", disse ela na terca-feira, 21 de maio em RTL.

Seguindo sua agenda de imprensa, a Primavera Francesa planeja protestar quinta-feira ou sexta-feira na sede do Grande Oriente em Paris.

Fonte: Droite(s) Extreme(s), Le Monde (França)
http://droites-extremes.blog.lemonde.fr/2013/05/22/le-printemps-francais-joue-a-larmee-secrete/
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 21 de maio de 2013

Dominique Venner - Ensaísta francês de extrema-direita mata-se na Notre-Dame de Paris

Ensaísta francês de extrema-direita mata-se na Notre-Dame de Paris
AFP e PÚBLICO. 21/05/2013 - 18:05. (atualizado às 23:15)

Dominique Venner tinha 78 anos. Justificou o suicídio com a necessidade de "despertar as consciências adormecidas", mostrando-se contra a imigração.

A catedral de Notre-Dame foi esvaziada pela polícia PATRICK KOVARIK/AFP

Europa. França

O ensaísta e historiador de extrema-direita Dominique Venner, antigo membro da Organização Secreta Armada, matou-se na tarde desta terça-feira na catedral de Notre-Dame, em Paris.

De acordo com os media franceses, Venner, que tinha 78 anos, entrou na igreja, colocou-se atrás do altar e disparou um tiro na boca. Eram 16h. A catedral, uma das principais atracções turisticas da cidade, foi esvaziada e a polícia entrou para encontrar uma carta junto ao corpo.

Mais tarde, um outro ativista de extrema-direita leu numa rádio francesa uma mensagem deixada por Venner: "Sinto o dever de agir, enquanto ainda tenho força. Creio ser necessário sacrificar-me para quebrar a letargia que nos oprime. Escolhi um lugar altamente simbólico, que respeito e admiro. O meu gesto encarna uma vontade ética. Dou-me à morte para despertar as consciências adormecidas. Embora defenda a identidade de todos os povos em casa deles, insurjo-me contra o crime que visa substituir os nossas populações".

Esta manifestação anti-imigração já tinha também ficado evidente no blogue de Dominique Venner. No seu último post, publicado nesta terça-feira, escreveu um texto chamado "A manif de 26 de Março e Heidegger" em que diz que "os manifestantes [contra o casamento homossexual em França] têm razão em apregoar a sua impaciência . "A grande substituição da população da França e da Europa, como denunciou o escritor Renaud Camus, é um perigo verdadeiramente catastrófico para o futuro".

O texto diz que a França corre o risco de "cair nas mãos dos islamistas" e acusa todos os partidos à excepção da Frente Nacional (extrema-direita) de serem responsáveis por isso. "Desde há 40 anos que os políticos e os governos de todos os partidos (menos da Frente Nacional), com o patrocinio da Igreja, trabalharam activamente nesse sentido, acelerando por todos os meios a imigração afro-magrebina".

"São certamente precisos gestos novos, espectaculares e simbólicos, para agitar as sonolências, sacudir as consciências anestesiadas e reavivar na memória as nossas origens", escreveu o ensaísta.

Inicialmente, o suicídio de Venner foi associado a um protesto contra o casamento gay, mas o editor do ensaísta, Pierre-Guillaume de Roux, questionou imediatamente essa ligação: "Não acredito que o seu suicídio possa ser ligado ao casamento gay, isto vai muito mais além", disse à AFP Roux, acrescentando ter falado com o ensaísta por telefone na segunda-feira à noite para discutir a próxima obra deste, prevista para sair em Junho. Na sua opinião, o suicídio na Nôtre-Dame revela "uma essência simbólica extremamente forte que o aproxima a Mishima". A referência é ao escritor japonês Yukio Mishima, ligado à extrema-direita e ao movimento nacionalista nipónico, que se suicidou em 1970.

Venner foi paraquedista na guerra com a Argélia e, em 1962, escreveu o ensaio Pour une critique positive, que, segundo o Libération, foi importante para uma parte da extrema-direita, ao expor o que chamava de necessidade de refundação intelectual após o fim da guerra.

Pouco conhecido do grande público em França, mas muito respeitado na extrema-direita, o ensaísta foi autor de várias obras sobre a história (política e militar), armas de fogo e caça, destaca o Le Monde, acrescentando que Venner chegou a ser sondado para liderar a Frente Nacional, logo a após a sua criação, em 1972, posto que seria ocupado por Jean-Marie Le Pen.

Marine Le Pen, filha de Jean-Marie e actual dirigente da Frente Nacional, já reagiu no Twitter, qualificando este suicídio como "um gesto, eminentemente político, que deve ter tido o objectivo de despertar o povo francês".

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/mundo/noticia/ensaista-frances-de-extremadireita-matase-na-notredame-de-paris-1595084

Ver mais:
Dominique Venner, le père de l’extrême droite moderne, s’est suicidé (Droites Extremes, Le Monde, França)
Man kills himself inside Notre-Dame cathedral in Paris (BBC)
Far-right French historian, 78-year-old Dominique Venner, commits suicide in Notre Dame in protest against gay marriage (The Independent, Reino Unido)
Notre Dame Cathedral suicide by French writer Dominique Venner a 'gay marriage protest' (news.com.au, Austrália)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Grupo skinhead ataca 3 gays na avenida Paulista, diz polícia

Rapaz foi medicado em hospital da capital após ser atacado na Avenida Paulista

Foto: Werther Santana/
Agência Estado
Reduzir Normal Aumentar Imprimir Três homossexuais foram agredidos na manhã do domingo por um grupo de skinheads na avenida Paulista, em São Paulo, segundo a Polícia Militar. Um dos homens foi encontrado desmaiado na altura do número 459 da Paulista, após a agressão, por volta das 6h30.

A PM recebeu uma chamada e, ao chegar ao local, testemunhas informaram que um grupo de jovens havia corrido em direção à estação Brigadeiro do Metrô. A polícia conseguiu alcançar o grupo e deteve os cinco suspeitos de agressão. Segundo a Polícia Civil, quatro deles são menores.

Eles foram levados para o 5º DP (Aclimação). Duas das vítima da agressão foram levadas ao pronto-socorro Vergueiro e um delas foi logo liberada. A outra, menos ferida, foi à delegacia prestar depoimento.

Fonte: Terra
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4791105-EI5030,00-Homem+e+agredido+por+suposto+grupo+de+skinheads+na+Paulista.html

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Preso pela segunda vez suspeito de liderar neonazistas

Homem teria mandado matar casal de universitários São Paulo – Suspeito de ser o mandante do assassinato de um casal de universitários de Curitiba (PR) em uma cerimônia neonazista, Ricardo Barollo, um paulista de 34 anos, foi preso ontem na zona sul de São Paulo. É a segunda vez que os policiais fazem a captura do homem, considerado um dos líderes do movimento de intolerância contra judeus, negros e gays no Brasil. Em maio deste ano, ele acabou na cadeia, mas foi liberado pela Justiça, que agora reviu sua decisão.

Agentes também fizeram prisões de outras pessoas suspeitas de envolvimento no caso, inclusive em Teutônia, município de 25 mil habitantes no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. A Polícia Civil gaúcha investiga as relações entre neonazistas do Paraná e do Estado.

A morte do casal em Curitiba aconteceu em 20 de abril deste ano, após uma festa em comemoração dos 120 anos de nascimento do líder nazista Adolf Hitler. Segundo a Polícia Civil, o motivo do crime foi uma rixa entre grupos neonazistas.

Conforme a investigação, Ricardo Barollo teria ordenado também a morte de um morador de Caxias do Sul e ex-integrante do movimento neonazista. O paulista visitava seguidamente a Serra gaúcha, onde namorava uma jovem moradora de Caxias do Sul e tinha contatos com simpatizantes de um grupo separatista da região.

- O movimento nazista brasileiro é forte em São Paulo e Paraná. Tem conexões em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, em menor parte, em Goiás. Os filiados, cerca de 300 em todo o país, pagam mensalidades conforme suas possibilidades
- A ideia é criar um novo país, de supremacia da raça ariana, em algum lugar da Região Sul
- Os membros são recrutados pela internet. O requisito principal é provar a pureza da raça. Após a aceitação, os membros fazem um juramento de sangue no qual se comprometem a nunca trair, ter honra e lealdade, seguir a ideologia nacional-socialista e obedecer o líder.

Fonte: Pioneiro(Caxias do Sul)
http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/impressa/11,2701346,157,13426,impressa.html

Mais:
Jornale Curitiba; Jornal Pequeno; Band; Terra Brasil, Paraná Online; Gazeta do Povo; O Globo

2191 pessoas, entre elas neonazistas, são presas em Operação da Polícia em São Paulo
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=685577

sábado, 28 de junho de 2008

Beijo gay em Berlim ainda opoe artistas e politicos

SILAS MARTÍ
da Folha de S.Paulo


Era para ser um monumento às vítimas homossexuais do Holocausto o bloco de concreto erguido há um mês à beira do Tiergarten, parque central de Berlim. Mas, segundo os artistas por trás do projeto, virou símbolo de como a política consegue sufocar a arte e sinal de que, apesar de tudo, a Alemanha continua homofóbica.

(Foto)Beijo gay em filme de Thomas Vinterberg exibido dentro do memorial em Berlim

"Não queríamos uma abstração, como triângulos cor-de-rosa", diz à Folha Michael Elmgreen, dinamarquês radicado na Alemanha, que assina o projeto do memorial com o parceiro Ingar Dragset -os dois participaram da 25ª Bienal de São Paulo, em 2002.

Imitando as lápides de concreto do monumento aos judeus mortos sob o regime de Hitler, o novo bloco fica a alguns metros dali e mostra, dentro de uma pequena fresta, um vídeo de dois homens se beijando, dirigido pelo também dinamarquês, co-fundador do Dogma, Thomas Vinterberg. "Queríamos uma imagem explícita", conta Elmgreen.

O estopim do conflito foi quando o ministro alemão da Cultura, Bernd Neumann, censurou a imagem que deveria estampar o convite para a inauguração oficial do monumento. No lugar do beijo, um cartão todo cinza, sem imagens, chegou às mãos dos convidados.

A feminista Alice Schwarzer levantou outra queixa: um memorial às vítimas gays só com homens ignora o sofrimento das lésbicas mortas no Holocausto. Na cerimônia, chamou o projeto, aprovado numa competição que desbancou sugestões de artistas como Wolfgang Tillmans, de "kitsch" e "fálico".

Os artistas agora, cedendo à pressão de feministas e outros grupos de interesse, terão de mudar a cada dois anos o filme exibido dentro do memorial.

Arte coletiva?

"É ridículo e vergonhoso que eles estejam passando por isso", diz Thomas Vinterberg à Folha, por telefone, de Copenhague. "Arte é subjetiva. Nunca é possível chegar a um acordo coletivo em relação à arte."

Em preto-e-branco, o filme dentro do memorial foi gravado no mesmo lugar onde está hoje o bloco de concreto, dando a impressão de estender a paisagem de fora para dentro do cubo. Mudar o filme, na opinião de Vinterberg, destruiria esse efeito. "Se eu soubesse que chegaria a isso, jamais teria participado do projeto."

Os artistas lembram que a construção do memorial gay fora aprovado na administração do Partido Verde, anterior aos democratas cristãos agora no poder. "Eles apóiam o papa, não querem ver dois homens se beijando", diz Elmgreen, acrescentando que foi seu primeiro e último projeto público. "Jamais faremos algo do tipo de novo, vimos que tem muito pouco a ver com arte e muito mais a ver com política."

"O monumento virou um comentário sobre a vida política na Alemanha no início deste século mais do que uma homenagem a homossexuais", lamenta Vinterberg. "Artistas deveriam ser protegidos, não manipulados. O que fizeram foi arruinado; ser gay ainda é tabu."

Fonte: Folha de São Paulo(27.06.2008)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u416745.shtml

sábado, 31 de maio de 2008

Documentário debate relação entre homossexualidade e nazismo


(Foto)'Homens, heróis, gays nazistas' e a cultura da masculinidade

No documentário "Homens, heróis, gays nazistas", o diretor alemão Rosa von Praunheim aborda a relação entre homossexualidade e nazismo, cujo ideário e estética estão cada vez mais presentes na cena gay atual.

Em uma série de documentários realizada recentemente, o célebre diretor gay alemão Rosa von Praunheim (Eu sou minha própria mulher, 1992 e O Einstein do Sexo, 1999) relata sobre testemunhas gays sobreviventes da era nazista.

Em Schwein gehabt – Joe Luga (Joe Luga teve sorte), por exemplo, Von Praunheim conta a história do cantor Joe Luga, que fazia shows travestido de mulher para os soldados alemães da frente russa. Somente após a guerra, nos anos de 1950 e 1960, sua homossexualidade o levou às prisões da antiga Alemanha Ocidental.

Mas é no longo documentário Männer, Helden, Schwule Nazis (Homens, heróis, gays nazistas), disponível desde o ano passado em DVD, que o diretor aborda a paradoxal relação entre a homossexualidade e as idéias do radicalismo de direita, cuja estética está cada vez mais presente na cena gay atual.

Homossexualidade e nazismo: é possível?

(Foto)Alexander Schlesinger posa em frente ao aeroporto de Tempelhof

Andre, ex-ativista skinhead, fala sobre a "cultura da masculinidade" em grupos de extrema direita. Botinas, cabeças raspadas e suspensórios são símbolos de virilidade e radicalismo.

Bernd Ewald Althaus, preso nos anos de 1990 por propagar "a mentira de Auschwitz", explica suas convicções, enquanto é mostrado distribuindo panfletos para festas gays em Berlim.

Alexander Schlesinger pertence a um partido de extrema direita, cujo nome não foi citado. Ele explica que seu chefe está informado de sua homossexualidade.

Os três são gays assumidos e estão ou estiveram ligados ao movimento de extrema direita. Em seu documentário, Von Praunheim tenta não somente mostrar o paradoxo entre a homossexualidade e o neonazismo, mas também que a sexualidade está presente em todos, até mesmo em nazistas.

Nazistas de ontem e de hoje

(Foto)A homossexualidade de Ernst Röhm (c) foi tolerada durante anos por Hitler

Entre os casos mais famosos, trazidos por Von Praunheim à tela, estão Ernst Röhm, chefe da SA (Seção de Assalto), a tropa de segurança do partido de Hitler, e Michael Kühnen, líder do proibido FAP (Partido Liberal dos Trabalhadores Alemães).

Ernst Röhm vivia sua homossexualidade de forma relativamente aberta. Ele quis abolir o parágrafo 175 do Código penal, que até os anos de 1970 considerava a homossexualidade crime na Alemanha.

Sua homossexualidade era motivo de chacota da oposição social-democrata. Por uma ameaça de golpe de Estado e por sua homossexualidade, Hitler o mandou fuzilar, em 1934, juntamente com seus aliados. Cerca de 40 anos mais tarde surgia Michael Kühnen, chefe do FAP e um dos mais importantes neonazistas da Alemanha.

(Foto)Michael Kühnen (c) morreu de aids

Em 1986, Kühnen publicou o manifesto Nacional-socialismo e Homossexualidade, onde explicava, entre outros, que os homossexuais eram mais aptos a assumir funções de chefia, já que não tinham família, podendo assim se dedicar completamente à sua causa. Nas teorias de Kühnen, a mulher assumia uma função biológica. Michael Kühnen morreu de aids em 1991, fato negado, assim como sua homossexualidade, pela maioria dos seus seguidores.

Nem Hitler nem Hess escaparam

Em Homens, heróis, gays nazistas, nem o ditador Adolf Hitler e seu vice, Rudolph Hess, escaparam da homossexualidade. Por sua feminilidade, Hess era chamado de "senhorita Hess" por alguns companheiros de partido e só se casou porque Hitler o obrigou, explica o documentário de Rosa von Praunheim.

No livro O Segredo de Hitler, o historiador e professor da Universidade de Bremen Lothar Machtan tenta provar que o ditador era homossexual, usando como argumentos, entre outros, depoimentos de antigos camaradas e o fato de Hitler só ter tido relações com mulheres aos 48 anos.

Esquerda passiva, direita ativa

(Foto)Para Von Praunheim, a sexualidade está em todos

Quanto ao avanço do neonazismo entre os homossexuais da atualidade, que muitas vezes adotam a estética do radicalismo de extrema direita sem mesmo ter convicções políticas neonazistas, o diretor de 65 anos explica, no final de seu filme, sua visão atual dos movimentos de emancipação gays.

"Os tempos de uma esquerda ativa já passaram, vivemos agora uma época de um engajamento de direita."

Sempre houve gays ligados a movimentos de extrema direita, por mais paradoxal que seja esta posição, explica o diretor. Já que, a partir de 1935, os nazistas acirraram ainda mais a perseguição aos homossexuais. Através da fome e trabalhos forçados em campos de concentração, gays eram "reeducados" como heterossexuais.

Perguntado por Rosa von Praunheim sobre o que achava de homossexuais nazistas, o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, cujo lema eleitoral foi "Sou gay e é bom assim", declarou no documentário: "Nazistas, sejam eles homossexuais ou heterossexuais, eu desconsidero".

Carlos Albuquerque

Fonte: Deutsche Welle(15.01.2007)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2310990,00.html

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Homossexuais vítimas do nazismo ganham memorial em Berlim

Como através de uma janela, observador vê filme com dois homens se beijando

Em torno de 54 mil homossexuais foram condenados durante o regime nazista. Sete mil foram mortos em campos de concentração. Próximo ao Memorial do Holocausto, um monumento é inaugurado em memória às vitimas.

O amor que não ousa dizer o nome. Como se estivesse olhando através de uma janela, o observador vê uma cena de filme em preto-e-branco: dois homens se beijando projetados no interior de um bloco retangular de concreto de cerca de quatro metros de altura.

Num misto de instalação e escultura, o duo de artistas Michael Elmgreen e Ingar Dragset projetou o memorial dos homossexuais perseguidos pelo regime nacional-socialista, que o ministro alemão da Cultura, Bernd Neumann, inaugura nesta terça-feira (27/05) em Berlim.

Localizado em frente ao Memorial do Holocausto, a forma retangular do novo monumento dialoga com as colunas cinza retangulares do memorial aos judeus assassinados pelo regime de Hitler.

Além de honrar as vítimas perseguidas e mortas pelos nazistas, a Alemanha deseja, com este monumento, manter acordada a lembrança da injustiça e estabelecer um sinal duradouro contra a intolerância, a hostilidade e a exclusão de gays e lésbicas, explicam os dizeres ao lado do novo memorial.

Beijo gay, beijo lésbico

Ingar Dragset e Michael Elmgreen

Em 12 de dezembro de 2003, o Bundestag, câmara baixa do Parlamento alemão, decidiu a construção do monumento aos homossexuais – contra os votos dos partidos da União (CDU/CSU), à qual pertence a atual chanceler federal alemã Angela Merkel.

Este foi um belo presente de aniversário para o deputado federal do Partido Verde Volker Beck, ativista homossexual e um dos principais incentivadores do monumento.

Para Beck, a importância do memorial está no fato de ter sido negada, durante muito tempo, a injustiça feita a gays e lésbicas. O mesmo Parágrafo 175 do Código Penal Alemão que permitiu aos nazistas a perseguição e o assassinato de homossexuais foi válido na República Federal da Alemanha até 1969.

Quanto à resolução artística do monumento, o deputado não demonstra preocupação. Após críticas, principalmente de mulheres, a obra foi remodelada. No primeiro projeto, serão vistos dois homens se beijando. Mais tarde, serão duas mulheres.

Responsabilidade especial

Monumento do respeito aos homossexuais

A partir de 1935, os nazistas acirraram o Parágrafo 175. Um beijo entre pessoas do mesmo sexo já bastava para a perseguição judicial. Houve mais de 50 mil julgamentos. Os nazistas conseguiram impor, algumas vezes, até mesmo a castração das vítimas.

O Parágrafo 175 significava prisão em campos de concentração. Muitos não sobreviveram. Eles morriam de fome, doenças ou foram vítimas dos assassinatos sistemáticos.

Com exceção da Áustria anexada, a homossexualidade feminina não sofreu perseguição. Lesbianismo não era considerado perigoso ao regime. Se lésbicas, no entanto, entrassem em conflito com os nazistas, também se tornavam vítimas das repressões.

Direitos humanos de gays e lésbicas

O governo alemão observa a importância do novo monumento também pelo fato de pessoas serem, em várias partes do mundo, ainda hoje vítimas de hostilidade devido à sua identidade sexual.

"Devido a sua história, a República Federal da Alemanha tem a especial responsabilidade de se posicionar, decididamente, contra as agressões aos direitos humanos de gays e lésbicas", lê-se na placa do memorial.

Segundo o deputado Volker Beck, existem hoje mais de 80 países onde a homossexualidade entre pessoas adultas é passível de punição, que pode chegar até mesmo à pena de morte em 12 desses países – o que faz lembrar os nazistas e a importância do atual monumento.

Fonte: Deutsche Welle/Agências(27.05.2008)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3362743,00.html

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