terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Eliminação de corpos em Auschwitz - O fim da negação do Holocausto - Parte 3 - Origens dos crematórios

(todos os grifos do tradutor)
Em 22 de outubro de 1941, ou seja, seis meses antes da eclosão da epidemia de tifo, o Bauleitung enviou uma carta à Topf and Sons, os construtores dos fornos de Auschwitz. A carta se refere à uma conversa anterior entre o Chefe do Bauleitung e um representante da Topf and Sons. É informado à Topf que a encomenda do Bauleitung se refere a 5 fornos com muflas triplas, ou seja 15 fornos. A ordem também se refere a 2 cartas posteriores de 5 e 30 de março de 1942.[46] No momento em Auschwitz existiam 4 fornos e outro duplo estava sendo construído. Portanto, as autoridades [do campo] possuíam 6 fornos.

Porque é que as autoridades do campo, resolveram aumentar em 3 vezes e meio (de 6 para 21 fornos) quando não havia uma grande epidemia de tifo no campo? A resposta está em outros eventos do mês de outubro de 1941, o mês em que a primeira ordem teve seu lugar. Para o período de 7 a 31 de outubro os registros dos necrotérios de Auschwitz – não confundir com os livros de óbitos de Auschwitz – 1255 mortes de prisioneiros de guerra soviéticos. No período de outubro de 1941 a janeiro de 1942 os registros dos necrotérios marcam a morte de 7.343 dos 9.997 prisioneiros de guerra soviéticos levados para o campo, uma espantosa taxa de mortalidade de 73% ao longo de quatro meses.[47] As autoridades de Auschwitz tinham planos para expandir significativamente a população do campo para 125.000.[48]

Também existem provas substanciais que prisioneiros não-soviéticos eram assassinados em massa. Os livros de óbito de Auschwitz, apesar de incompletos, fornecem informações úteis a esse respeito. Eles mostram que de 4 de agosto a 10 de setembro de 1941, 1.498 prisioneiros registrados morreram. Adicionalmente 1.490 morreram de 21 de outubro a 22 de novembro de 1941.[49] Embora estejam faltando 2 livros de óbito para este período, tal como referido anteriormente, cada livro de óbito comporta entre 1.400 e 1.500 nomes. Isso significa que 6.000 prisioneiros de guerra não-soviéticos morreram nos cinco meses de agosto a dezembro de 1941.[50] Embora o total de prisioneiros registrados em Auschwitz em 1941 não seja conhecida, registros do campo de 19 de janeiro de 1942, mostram um total de 11.703 prisioneiros registrados, que inclui 1.510 prisioneiros de guerra soviéticos.[51] Isso significa que nos últimos meses de 1941 morreram mais prisioneiros do que foram registrados no início de 1942. Documentos do campo mostram que de 36.285 prisioneiros estavam em Auschwitz de 20 de maio de 1940 a 31 de janeiro de 1942, 20.565 não foram contados.[52] Em novembro de 1941 o Governo Polonês no exílio reportou, através de informações da resistência polonesa que, “[d]urante os meses do inverno, os fornos do crematório não tinham capacidade de cremar todos os corpos.”[53] Consequentemente, as origens dos novos crematórios podem ser rastreadas para o assassinato em massa.

O nosso conhecimento de Auschwitz é que, alguma vez na primavera de 1942 tornou-se campo de extermínio para a maioria dos judeus que chegavam lá.[54] Em 13 de outubro de 1942 o chefe do Bauleitung citou em uma carta: “No que diz respeito à construção dos novos edifícios do crematório, seria necessário iniciar imediatamente em julho de 1942, devido à situação provocadas pelas ações especiais."[55] Esta carta mostra claramente que “ações especiais” eram claramente cadáveres que precisavam ser cremados.

O termo “ação especial” foi mencionado 14 vezes em um diário mantido pelo médico de Auschwitz Johann Kremer, no período de setembro a novembro de 1942.[56] O diário foi tomado pelas autoridades que o prenderam. Em seu julgamento em 1947, Kremer testemunhou que as ações especiais se referiam a gaseamentos de prisioneiros. “Esses assassinatos em massa ocorreram em pequenos chalés, situados fora do campo de Birkenau, no bosque".[57] Kremer deu testemunho semelhante no Julgamento de Auschwitz nos anos 60, quando ele não foi réu.[58] O negador francês Robert Faurisson, qrgumentou que as “ações especiais” mencionadas por Kremer, referem-se à luta contra a epidemia de tifo, que varreu o campo, no verão de 1942.[59] No entanto, em parte alguma, Kremer equipara “ação especial” a tifo. Na sua entrada do dia 12 de outubro, um dia antes do memorando de “ação especial” enviado pelo Bauleitung, especificamente separa tifo de “ações especiais”, onde ele menciona ser inoculado contra a doença, à noite. “Apesar disso, eu estava presente em outra “ação especial” de pessoas provenientes da Holanda [1600 pessoas]. Cenas apavorantes no último bunker [Hoessler]! Foi a décima “ação especial”.[60]

Outra carta reveladora de 21 de agosto de 1942 emitida pelo Bauleitung trata de discussões com a Topf and Sons sobre a construção de seis novos fornos na área do campo de Birkenau. A carta afirma que os novos fornos serão construídos próximo às “instalações de banho para ações especiais”.[61] Os novos fornos provavelmente foram destinados a serem utilizados como bases temporárias até que os crematórios fossem construídos. A carta afirma que estas “ações especiais” tiveram lugar nas “instalações de banho”. Só por isso não hà equívoco quanto ao significado dessas palavras, elas são as únicas em duas páginas do memorando que estão sublinhadas. O fato dos fornos estarem próximos às “instalações de banho” dá a boa idéia de que o “banho” seria produtor de corpos. O contexto do comentário do banho deve ser visto à luz de uma grande quantidade de depoimentos de testemunhas oculares de que era uma prática comum disfarçar as câmaras de gás como chuveiros.[62] Um inventário de equipamentos de um dos “porões de cadáveres” no Krema III lista “14 chuveiros” e uma “porta hermeticamente vedada”.[63]

Mattogno argumentou que “ações especiais” não querem dizer necessariamente que são gaseamentos. Ele citou um memorando referido pelo crítico dos negadores Jean-Claude Pressac, em que referia uma “ação especial” a trabalhadores civis. O memorando do Bauleitung afirma que “por razões de segurança houve uma “ação especial” entre todos os trabalhadores civis”.[64] Pressac acredita que esta “ação especial” não significa matar. Pelo contrário, ele interpreta como uma inspeção de segurança entre os trabalhadores civis. Embora a interpretação de Pressac seja possível neste caso, porque ele menciona esta “ação especial” dentro de um contexto de uma greve entre trabalhadores civis.[65] É perfeitamente possível que a administração do campo procurou dar exemplo ao trabalhadores executando alguns. Isso poderia explicar porque o memorando está marcado como “SECRETO”.
Fonte: The Holocaust History Project - http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott

Continuação - Partes: [ 1 ];[ 2 ];[ 4 ];[ 5 ];[ 6 ];[ 7 ];[ 8 ];[ 9 ]

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Relatório sobre Zyklon-B, Auschwitz-Birkenau - parte 2

Relatório começa aqui: parte 1

Continuação abaixo
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TABELA II. CONCENTRAÇÃO DE IONS DE CIANETO EM AMOSTRAS TIRADAS NOS PORÕES NOS QUAIS OS PRIMEIROS GASEAMENTOS DO CAMPO DE PRISIONEIROS FORAM FEITOS EM 3 DE NOVEMBRO DE 1941






Nota: o conteúdo de CN- numa amostra de terra diatomácea - um componente de Zyklon-B (material do museu, amostra No 24) - foi de 1360 ug/kg, 1320 ug/kg e 1400 ug/kg.

Relatório sobre Zyklon-B, Auschwitz-Birkenau - parte 1

Relatório polonês sobre compostos de cianeto, Auschwitz-Birkenau

Relatorio sobre compostos de cianeto, Auschwitz-Birkenau
De: The Nizkor Project
Resumo: O relatório de 1994 do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia
Pesquisa sobre a análise química dos compostos de cianeto em Auschwitz-Birkenau

UM ESTUDO ATUAL DOS COMPOSTOS DE CIANETO NAS PAREDES DAS CÂMARAS DE GÁS NO EX-CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO AUSCHWITZ E BIRKENAU

JAN MARKIEWICZ, WOJCIECH GUBALA, JERZY LABEDZ
Instituto de Pesquisa Forense, Cracóvia

RESUMO: Numa campanha muito difundida para negar a existência de campos de extermínio com câmaras de gás os "revisionistas" recentemente começaram a usar os resultados de exames de fragmentos de ruínas dos ex-crematórios. Esses resultados (Leuchter, Rudolf) alegadamente provam que materiais sob examinação não tinha estado em contato com cianeto, diferentemente de fragmentos da parede dos locais de despiolhamento nos quais os revisionistas descobriram consideráveis porções de compostos de cianeto. Pesquisa sistemática, envolvendo os melhores métodos analíticos sensíveis, empreendido pelo Instituto confirmaram a presença dos compostos de cianeto em todos os tipos de ruínas de câmaras de gás, até mesmo no porão do Bloco 11 em Auschwitz, onde primeiramente, gaseamentos experimentais de vítimas por meios de Zyklon-B teriam sido realizados. A análise de controle de amostra, tiradas de outros lugares (especialmente de alojamentos) renderam de modo inequívoco resultados negativos. Por causa da interpretação vários experimentos em laboratório foram feitos.

PALAVRAS-CHAVES: Câmaras de gás; Auschwitz; Compostos de cianeto; "Revisionismo".

Z Zagadnien Sqdowych, z. XXX, 1994, 17-27
Recebido em 8 de março de 1994; aceito em 30 de maio de 1994

Como tão cedo já nos primeiros anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial publicações singulares começaram a aparecer nas quais os autores tentavam "camuflar" o regime hitlerista e pôr várias evidências de suas crueldades em cheque.

Mas esta não era até os anos 1950s a tendência que se originou e poderia ser definida como "revisionismo histórico" a começar a se desenvolver; seus apoiadores alegam que a história da Segunda Guerra Mundial tem sido fabricada para propósitos de propaganda anti-alemã. De acordo com suas declarações não houve nenhum Holocausto, i. e. nenhum extermínio em massa de judeus e que no caso do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau não poderia ter sido um campo de extermínio - este era apenas um campo de trabalhos forçados "comum" e nenhuma câmara de gás teria existido nele.

Revisionismo histórico é agora formulado por membros de várias nações, que já possuem seus próprios círculos científicos, publicações próprias e também usam a mídia de massa para seus propósitos. Mais adiante de 1988 os "revisionistas''<1> muito frequentemente manipulavam fontes históricas ou simplesmente negavam os fatos. Então, depois da aparição do assim chamado Relatório Leuchter (2), suas táticas mudaram distintamente. O relatório acima mencionado, resultou na base de um estudo das ruínas e sobras dos crematórios e câmaras de gás em Auschwitz-Birkenau, e é tido como importante para eles por ser uma evidência específica para o suporte de suas afirmações e evidência de validade judicial disso, até que fosse encarregado por uma corte em Toronto (Canadá). F. Leuchter, vivendo em Boston, trabalhou com projetos e construção de câmaras de gás ainda no uso para execução da pena de morte em alguns estados dos EUA. Isto é considerado para dar a ele autoridade para encenar o papel de especialista respeitável na questão sobre câmaras de gás. Nesta conexão Leuchter veio à Polônia em 25 de fevereiro de 1988 e ficou aí por 5 dias, visitando os campos em Auschwitz-Birkenau e em Majdanek.

Em seu relatório baseado nesta inspeção ele declara que "não encontrou nenhuma evidência de que quaisquer das instalações que usualmente alegam terem sido câmaras de gás as mesmas tenham sido usadas de fato como tal". Além disso, ele afirma que essas instalações "não podiam ser usadas como câmaras de gás para assassinar pessoas" (Item 4000 do Relatório).

Leuchter tentou confirmar suas conclusões com a ajuda de análise química. Para esse propósito ele pegou amostras de fragmentos de material das ruínas das câmaras para passá-las por uma análise do ácido cianídrico, o componente essencial do Zyklon-B usado, levando em conta os depoimentos de testemunhas - para gasear as vítimas. Ele tomou 30 amostras do total de todas as cinco estruturas usadas outrora como câmaras de gás. No laboratório as análises feitas nos EUA, a presença de ions de cianeto foi de concentrações de 1.1 a 7.9 mg/kg no material examinado que fora investigado das 14 amostras. Ele também pegou uma amostra da câmara de despiolhamento em Birkenau, que ele tratou como uma "amostra de controle", e na qual cianetos foram encontrados e estavam presentes numa concentração de 1060 mg kg do material. Os resultados positivos das análises das amostras das ex-câmaras de gás são explicados por Leuchter pelo fato de que todas as instalações do campo eram sujeitas à fumigação com ácido cianídrico em virtude de uma epidemia de tifo que realmente invadiu o campo em 1942.

Numa investigação posterior, conduzida por G. Rudolf (4), confirmou-se as altas concentrações de compostos cianogênicos nas instalações para desinfecção de roupas. Isso pode servir posteriormente, não havendo danificação, de que essas instalações não foram expostas à ação de condições de tempo, especialmente à pancadas de chuva.

Além disso, é sabido que a duração da desinfecção era relativamente longa, cerca de 24 horas para cada lote de roupas (provavelmente até mais demorado), enquanto que a execução com Zyklon-B feita nas câmaras de gás, de acordo com o depoimento do Comandante do campo de Auschwitz Rudolf Hoess (7) e dos dados apresentados por Sehn (6), era de apenas 20 minutos. Isso também deveria ser enfatizado, o fato de que as ruínas dessas câmaras eram constantemente expostas à ação de precipitação, e isso pode ser estimado na base dos registros climatológicos desses 45 anos ou então se eles preferirem que enxaguem isso inteiramente por uma coluna de água de pelo menos 35 m de altura (!).

Na nossa correspondência com a Direção do Museu de Auschwitz em 1989, não sabendo ainda do Relatório Leuchter, expressamos nossa angústia sobre as chances de detecção de compostos cianogênicos nas ruínas das câmaras; porém, oferecemo-nos para conduzir um estudo apropriado. No início de 1990 dois funcionários do Instituto de Pesquisa Forense chegaram no terreno do campo de Auschwitz-Birkenau e coletaram amostras para análise de classificação: 10 amostras de emboço da câmara de despiolhamento (Bloco No 3 em Auschwitz), 10 amostras das ruínas da câmara de gás e, em adição, 2 amostras de controle das edificações que, como os alojamentos, não tinham estado em contato com ácido cianídrico. De todas 10 amostras da câmara de despiolhamento, sete continham compostos cianogênicos em concentração de 9 a 147 ug em transformação para o cianeto de potássio (que era usado para montar a Curva de Calibração) e 100 g de material. Tão distante quanto as ruínas estão relacionadas, a presença de cianeto era demonstrável apenas na amostra das ruínas da câmara do Crematório No II em Birkenau. Nenhuma das amostras de controle continha cianetos.

Quando a disputa sobre o Relatório Leuchter surgiu, nós empreendemos um estudo mais próximo do problema, avaliando por conta própria, entre outras publicações, o trabalho compreensivo de J. C. Pressac (5). Em consequência, decidimos dar início consideravelmente a pesquisas mais extensivas e meticulosamente planejado. Para conduzi-las, a Direção do Museu de Auschwitz indicou seus funcionários capacitados, Dr. F. Piper (custodian) e o Sr. W. Smrek (engenheiro) para participar da comissão, na qual eles co-trabalhariam com os outros autores do atual relatório, representando o Instituto de Pesquisa Forense. Com essa colaboração os funcionários do Museu estavam nos fornecendo no ponto uma exaustiva informação sobre às instalações a serem examinadas e - com relação às ruínas - uma detalhada topografia das câmaras de gás que estávamos preocupados. Então eles fizeram o possível para que pegássemos amostras adequadas para análise. Tentamos coletar amostras - tanto quanto possível - dos lugares melhores abrigados e menos expostos à chuva, incluindo também tanto quanto o possível - fragmentos das partes superiores das câmaras (ácido cianídrico é mais claro que o ar) e também dos chãos de concreto, no qual o gás Zyklon-B despejado veio a contrair-se em bem altas concentrações.

Amostras, de cerca de 1-2 g de peso, foram coletadas de desprendimento de lascas de tijolos e concreto ou detritos, particularmente no caso do emboço e também da argamassa. Os materiais coletados foram guardados em recepientes plásticos marcados com números de série. Todas essas atividades foram registradas e documentadas com fotografias. O trabalho junto com isso levou dois dias para a comissão. A análise de laboratório do material coletado foram conduzidas - para garantir completa objetividade - por outro grupo de funcionários do Instituto.

Eles começaram com o trabalho preliminar: as amostras foram esmiuçadas por trituração delas a mão numa argamassa ágata, seu pH foi determinado entre 6 a 7 em quase todas as amostras. Em seguida as amostras foram submetidas à análise preliminar espectrofotométrica na região infravermelha, usando-se um Digilab FTS-16 espectrofotometro. Foi encontrado que as bandas de grupos cianeto ocorreram na região de 2000-2200 cm-1 nos espectros de uma dúzia de amostras ou mais. Entretanto, o método não provou ser sensível o suficiente e foram abandonadas as determinações quantitativas. Foi determinado, usando-se o método espectrográfico, que os elementos principais que constituíam as amostras eram: cálcio, silício, magnésio, alumínio e ferro. Além disso, titâneo foi encontrado presente em muitas amostras. Dentre outros metais em algumas amostras havia também bário, zinco, sódio, manganês e de não-metais de boro.

O empreendimento da análise química tinha que ser precedida por uma consideração cuidadosa. Os "revisionistas" focaram sua atenção quase que exclusivamente no Azul da Prússia, que possui intensa coloração azul-escura e caracterizada por excepcional solidez. Este colorido ocorre, especialmente na forma de manchas, no exterior dos tijolos das paredes da ex-câmara de despiolhamento na área do campo de Birkenau. É duro imaginar as reações químicas e os processos físico-químicos que poderiam ter levado à formação do Azul da Prússia naquele local. O tijolo, ao contrário dos outros materiais da edificação, de forma muito fraca absorve ácido cianídrico, e isso às vezes nem mesmo absorve tudo. Além disso, o ferro indo para o seu terceiro estado de oxidação, ao passo que bivalentes íons de ferro são indispensáveis para a formação do íon [Fe(Cn)6]-4, que é o precursor do Azul da Prússia. Esse íon é, além disso, sensível à luz do sol.

J. Bailer (1) escreve no trabalho coletivo "Amoklauf gegen die Wirklichkeit" que a formação do Azul da Prússia em tijolos é simplesmente improvável; entretanto, ele leva para dentro da consideração a possibilidade de que as paredes dos espaços de despiolhamento foram coated com esse colorido como uma pintura. Deveria ser adicionado que essa coloração azul não aparece nas paredes de todos os espaços de despiolhamento.

Decidimos therefore determinar os íons de cianeto usando um método que não induz ao colapso da composição de complexo de ferro-cianeto (isso é o Azul em discussão) e que o fato de nós termos testado antes sobre uma amostra padrão apropriada. Para isolar compostos de cianeto dos materiais examinados na forma de ácido cianídrico, usaremos as técnicas de microdifusão em especial as câmaras de Conway. A amostra em examinação foi passada para uma parte interna da câmara e depois acidificada com uma solução de 10% de ácido sulfúrico e deixada a permanecer em temperatura ambiente (a cerca de 20oC) por 24 horas. O ácido cianídrico separado foi submetido a uma quantitativa absorsão pela solução de soda cáustica presente na parte externa da câmara. Quando a difusão foi conduzida para um fim, uma amostra de solução de soda cáustica foi coletada e - a reação pelo método piridina-pirazolona conduzida pelo método Epstein (3). A intensidade do corante polimeteno obtido foi medido espectrofotometricamente num comprimento de onda igual a 630 nm. A Curva de Calibração foi construída previamente e padronizada com um conhecido conteúdo de CN- que foi introduzido dentro de cada série de determinações para checar a curva e o curso de determinação. Cada amostra de materiais examinados foi analisado três vezes. Se o resultado obtido era positivo, isto era verificado por repetição da análise.

Tendo aplicado este método por muitos anos, nós temos oportunidades de encontrar sua alta sensibilidade, especificidade e precisão. Sob as presentes circunstâncias nós estabelemos o limite mais baixo de determinação de íons de cianeto em um nível de 3-4, ug CN- em 1 kg da amostra.

Os resultados das análises são apresentados nas Tabelas I-IV. Eles inequivocadamente mostram que os compostos de cianeto ocorrerem em todas as instalações que, de acordo com a fonte da data, estiverem em contato com elas. Paralelo a isso, eles não ocorrem em acomadações dos alojamentos, que eram mostrados por meio de amostras de controle. As concentrações de compostos de cianeto nas amostras coletadas de uma e da mesma câmara ou edificação mostraram grandes diferenças. Isto indica que as condições que favoreceram a formação de compostos estáveis como um resultado da reação de ácido cianídrico com os componentes das paredes, e ocorreram localmente. Nesta conexão isto leva a considerável e largo número de amostras de uma dada instalação a nos dar a chance de deparar-se com esta espécie do local de acumulação dos compostos de cianeto.

Para completar esta pesquisa sobre o conteúdo de compostos de cianeto em várias instalações do campo, decidimos conduzir vários experimentos-pilotos. A renovação do prédio do Instituto, já em progresso, forneceu-nos materiais para esta investigação. Nós dividimos particular componentes destes materiais (tijolos, cimento, argamassa e emboço) dentro de vários pedaços de 3-4 gramas e os repassamos para as câmaras de vidro, nas quais geraram ácido cianídrico por reação ao cianeto de potássio e ácido sulfúrico. Usamos altas concentrações deste gás (cerca de 2%) e algumas das amostras molhadas com água. A fumigação levou 48 horas, a uma temperatura de cerca de 20oC (Tabela V). Outras séries de amostras foram tratadas com ácido cianídrico igualmente, mas agora na presença de dióxido de carbono.

De acordo com os cálculos, nas câmaras nas quais as pessoas haviam sido gaseadas o conteúdo de dióxido de carbono produzido no processo de respiração das vítimas era bem alto e em relação ao ácido cianídrico deve ter sido tão alto quanto a taxa de 10:1. No nosso experimento nós aplicamos esses dois gases (CO2 e HCN) numa taxa de 5:1. Tendo sido submetidas ao gaseamento, as amostras foram arejadas a uma temperatura de cerca de 10-15oC. A primeira análise foi conduzida 48 horas depois do início do arejamento.

Este série de testes permite a afirmação de que argamassas absorvem e/ou retém melhor o ácido cianídrico e também de que materiais molhados mostram uma tendência notável para acumular ácido cianídrico ao passo de que tijolos, especialmente tijolos velhos, pobremente absorvem e/ou retém esse composto.

TABELA I. CONCENTRAÇÃO DE ÍONS DE CIANETO EM AMOSTRAS DE CONTROLE COLETADAS DOS ALOJAMENTOS DO CAMPO, QUE FORAM PROVAVELMENTE FUMIGADAS COM ZYKLON-B UMA VEZ APENAS (EM CONEXÃO COM A EPIDEMIA DE TIFO DE 1942)











Nota: nos testes de classificação de 1990, duas amostras de controle também produziram resultado 0.
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O relatório foi dividido em duas partes, no blog, por conta do tamanho.
Continuação do Relatório - parte 2:
http://holocausto-doc.blogspot.com/2009/02/relatorio-sobre-zyklon-b-auschwitz_6724.html

Fonte: Nizkor/The Holocaust History Project
Texto(inglês): Cópia do Relatório do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia(Polônia), usado sob permissão(texto em inglês)
Prefácio do Dr. Richard Green:
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/iffr/
Link direto do relatório
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/iffr/report.shtml
http://www.nizkor.org/ftp.cgi/orgs/polish/institute-for-forensic-research/post-leuchter.report
Tradução(português): Roberto Lucena

Neonazismo ronda a União Europeia

Antônio Inácio Andrioli*, Jornal do Brasil

LINZ, ÁUSTRIA - Com o aprofundamento da crise econômica mundial, ganham força os movimentos de extrema-direita na Europa. Na maioria dos países europeus, grupos políticos fascistas e neonazistas ganham simpatias e adesões, especialmente entre os jovens. Em alguns países, como a Itália e a Áustria, partidos de extrema direita tiveram um grande sucesso eleitoral, passando a constituir bancadas parlamentares e ocupando parte de governos. Haveria paralelos com a crise de 1929 e a ascensão do nazismo na Europa? Como podemos explicar o crescimento da extrema direita?

O aumento da desigualdade social e do desemprego, as principais consequências visíveis do desmonte das políticas de privatização das últimas décadas, contribuiu para produzir um antigo fenômeno social: a xenofobia. Em períodos marcados pela recessão e pela ausência de movimentos e utopias revolucionários, abre-se o espaço para a interpretação simplista e populista da realidade, que culpa os estrangeiros pelos problemas sociais. A ausência de alternativas políticas e o consequente sentimento de impotência e desesperança social são um terreno fértil para o aumento da xenofobia. No atual cenário, o processo de mundialização do capital contribuiu para a reafirmação de estratégias de organização política com caráter nacionalista. A perda de identidade cultural, decorrente de uma crescente homogeneização da oferta de mercadorias, línguas e moedas, reforça o sentimento de nostalgia da população em relação ao período da Guerra Fria, que permitiu a construção do Estado de bem-estar social no ocidente europeu. Nesse contexto, em vez de buscar compreender os problemas sociais de forma histórica e estrutural, a tendência é identificar um “bode expiatório”, um culpado pela situação.

O contexto atual é outro, mas há semelhanças com outros períodos propícios à emergência de propostas políticas totalitárias. O período em que Hitler e Mussolini chegaram ao poder foi influenciado pela ascensão do nacionalismo, corrente política que se fortaleceu no contexto de derrotas de grandes impérios monárquicos na 1ª Guerra. Os conflitos entre povos e o racismo, entretanto, são muito mais antigos na Europa. A disputa por territórios e recursos naturais constitui a base do colonialismo europeu e o nacionalismo historicamente serviu para criar uma coesão interna nos países, eliminando as contradições de classe e legitimando o investimento bélico.

Em países que não se empenharam em refletir criticamente seu passado com as atuais gerações, como é o caso da Áustria, essa tendência tende a ser mais forte, como pudemos ver nas eleições de 2008, quando a extrema-direita obteve recorde de votos, especialmente entre os jovens. Em outros países, como a Alemanha, se intensifica a ofensiva de repressão aos movimentos sociais por parte de governos de direita, legitimado pelo discurso de “combate ao terrorismo”. Enquanto a ideologia do totalitarismo mobiliza a sociedade a seu favor, ditaduras reprimem movimentos sociais. Essa parece ser a diferença fundamental entre a direita e a extrema-direita, que dominam o atual cenário político europeu.

* Professor do Instituto de Sociologia da Universidade Johannes Kepler, de Linz, na Áustria

Fonte: Jornal do Brasil(07/02/2009)
http://jbonline.terra.com.br/nextra/2009/02/07/e07029791.asp

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Relatório de Cracóvia sobre Zyklon-B, breve comentário

Tentando voltar a 'programação normal' do blog mas valeria um breve comentário já que houve pelo menos uns quatro posts sobre outra questão recente. Volto a reafirmar que é lamentável(pra não dizer inaceitável) a conduta da Polícia Suíça no caso recente do possível ataque de neonazis a uma mulher naquele país, pois há uma questão séria a ser tratada, em qualquer hipótese(a levantada pela polícia ou a da versão da pessoa, em confirmando uma ou outra não retirá a atuação inicial da política sobre isto), a polícia intimidou a vítima com ameaça de processos quando o fato recentemente havia ocorrido, houve uma afronta à Consul brasileira na Suíça, afronta esta que resultou em queixa sobre o tratamento da polícia.

Quanto a isso o governo brasileiro já se pronunciou(quem quiser ver é só checar os posts anteriores). No mais é aguardar o desenrolar do caso, mas algumas coisas já são de conhecimento público: indiferença de partidos políticos na Suíça com neonazistas, tentou o tempo todo diminuir a questão e acusar e ameaçar com processo a moça sem relatório definitivo ou investigação concluída fora o espetáculo que a polícia suíça deu pra TV daquele país, o partido em questão de extrema-direita faz propaganda xenofóbica explícita naquele país(propaganda racista), fora o que foi postado numa tradução de uma matéria do San Francisco Chronicle sobre o livre trânsito de extremistas islâmicos em contato direto com neonazistas naquele país.

Essas últimas considerações sobre xenofobia, partidos de extrema-direita xenofóbicos, afronta a uma autoridade diplomática brasileira e sem querer alongar a discussão pra questão da retenção de dinheiro de vítimas do Holocausto em bancos daquele país por décadas, não são especulações, são fatos. Esses fatos ocorreram(o do dinheiro retido de vítimas do Holocausto)e outros continuam a ocorrer, não só na Suíça como em vários países da Europa, independentemente deste caso. Portanto, "posar" de "santo" com um histórico desses ou achar que há "instituições" humanas "acima de quaisquer suspeitas" "porque são de um país europeu", não cola, pros que querem ofender a moça arrumem outra 'crença' pra se arragarem porque essa é frágil, principalmente quando a própria polícia dá indícios pra se desconfiar da postura dela mesma.
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Deixando isso(a "polêmica") de lado de vez e tentando voltar propriamente à temática do blog(embora o neonazismo deve ser denunciado e atacado), sobre o Relatório feito pelo Instituto Forense de Cracóvia(Polônia) pra detectar a presença de Zyklon-B em Auschwitz nas instalações nos locais de gaseamento em massa, serão feitos abaixo alguns comentários antes de postá-lo inteiro(é bem longo e é necessário ainda ajustar as tabelas pro formato do blog)com indicações de alguns links sobre ele que remetem a estudos do Dr. Richard Green.

No site Orkut foi aberto um tópico sobre o "revisionista" e farsante Fred Leuchter(o mesmo alegou que tinha formação em engenharia sem ter)em que se discutiu o fraudulento Relatório Leuchter(no blog há vários textos do Richard Green, PhD em Química, sobre as picaretagens desse documento). Vou repassar um comentário que o Roberto(Muehlenkamp)fez complementando com um comentário sobre uma "crítica" do Rudolf("revi")e de uma resposta do próprio Richard Green ao "revi".

O Relatório se encontra(a cópia)em inglês no site The Holocaust History Project no link(pra quem quiser checá-lo em inglês, pode ir direto ao link):
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/iffr/

Com um prefácio do Dr. Richard Green. Este relatório de Instituto de Cracóvia, como dito acima(comentários do Roberto, palavras dele, estou ajustando esta parte ao post)foi objeto de árduas "críticas" por parte de Germar Rudolf, que são rebatidas pelo Dr. Green no seu artigo "Chemistry is not the Science":
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science/

E no relatório de peritagem que foi apresentado pelo Dr. Green ao tribunal de apelação no litígio Irving contra Lipstadt:
http://www.holocaust-history.org/irving-david/rudolf/

Pra quem não sabe(pequena observação já que foi citado o caso), a historiadora do Holocausto Deborah Lipstadt foi processada pelo negador do Holocausto, o britânico David Irving, por difamação(ou calúnia) por conta de seu livro "Denying the Holocaust" onde ela mostra do que se trata a negaçãodo Holocausto detalhadamente e de que grupos estão por trás da negação e quais os interesses deles com a "causa"(há textos neste blog com tradução de algumas partes desses textos, é só procurarem pelo título 'direita radical', pleonasmo pra fascistas, neonazistas e congêneres).

Trecho da revista Morashá sobre o caso(pra quiser consultar diretamente a historiadora, eis o blog dela):
Iniciou um processo, dizendo-se vítima de calúnia, contra a historiadora americana Deborah Lipstadt, autora do livro "Denying the Holocaust - the growing assault on truth and memory"" (Negando o Holocausto - o crescente ataque à verdade e à memória). Lipstadt, em livro publicado no já quase longínquo 1993, enumera, entre outras coisas, atividades de um militante que certa feita se definiu como o responsável pela "Intifada de um homem só contra a história oficial do Holocausto".

Lipstadt prefere desenhar outra definição para Irving. Qualifica-o de "um dos mais perigosos porta-vozes do revisionismo histórico" e, sabiamente, evita entrar em polêmicas diretas com esses pseudo-historiadores. A professora da Universidade de Emory, em Atlanta, afirma não querer conceder-lhes um "reconhecimento intelectual"ao aceitá-los como interlocutores.
Matéria completa - Os vendedores de mentiras e os holofotes

Enfim, concluindo, o Relatório do Instituto Forense de Cracóvia sobre as quantidades de Zyklon-B presentes em Auschwitz será postado em breve no blog, acho que na íntegra(num post só), apesar do tamanho do texto. Se o texto de fato ficar muito extenso pra leitura num único post, ele será dividido em duas partes.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Os podres e as ligações da extrema-direita suíça, matéria do San Francisco Chronicle(EUA) de 2002

Investigação na suíça.
Suspeita de ligações financeiras entre neonazis anti-EUA com a al Qaeda
Jay Bushinsky, serviço estrangeiro do Chronicle

Terça, 12 de Março de 2002
(03-12) 04:00 PST Berna, Suíça -- Atendendo ordens do Presidente Bush, autoridades suíças estão investigando uma aliança entre extremistas islâmicos e neonazis europeus que tem alegadamente sido providos com apoio financeiro da rede al Qaeda de Osama bin Laden.

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Especialistas dizem que militantes islâmicos e movimentos de extrema-direita - uma coalizão que eles chamam de Terceira Posição(Third Position) - compartilham ódios em comum: em relação aos Estados Unidos e aos judeus.

"Extremistas tentam achar meios de pôr de lado suas diferenças e encontrar uma causa em comum," disse recentemente Rabbi Abraham Cooper do Centro Simon Wiesenthal.

A figura central da investigação é Ahmed Huber, um velho suíço de 74 anos convertido ao Islã que diz que o "Lobby Sionista de Israel controla o governo dos EUA e a mídia de massa e molda a política dos EUA."

A Nada Management, uma empresa de Berna de Huber que ajuda essas atividades de forma direta, foi a escolhida publicamente pelo Presidente Bush.

Huber, um sociável e franco ex-jornalista que passou três décadas cobrindo o Parlamento Suíço para um jornal socialista, é um forte apoiador do Partido Nacional Democrático(NPD)da Alemanha(partido neonazista alemão) e políticos de extrema-direita como Jean-Marie Le Pen da França.

Huber faz parte da comissão de diretores da Nada Management. Fundada por um nazista suíço e formalmente conhecida como Banco al Taqwa, a firma de consultoria e gestão é parte do grupo internacional al Taqwa, que os Estados Unidos acreditam ter um longo histórico como um consultor financeiro para a al Qaeda.

"Al Taqwa é uma associação de bancos multinacionais e firmas de gestão financeira que ajudam a al Qaeda a rotacionar o dinheiro ao redor do mundo," disse Bush em 7 de Novembro. O governo dos Estados Unidos congelou os bens de Huber e está pressionando o governo suíço a prendê-lo por seu alegado papel na rede de financiamento da al Qaeda.

Investigadores suíços dizem que as viagens de Huber ao circuíto de leitura muçulmano na Europa Ocidental e América do Norte o conduziu ao contato com seguidores de Bin Laden. Huber admitiu o encontro com associados do exílio Saudita, descrevendo-os como "discretos, bem-educados, pessoas muito inteligentes". Mas ele nega que a Nada Management subescreve atividades da al Qaeda.

Durante uma entrevista em seu estudo, alinhou livros e retratos e fotografias de Adolf Hitler, Richard Wagner, Aiatolá Khomeini, Haj Amin al- Husseini (o Grande Mufti de Jerusalém) e o egípcio Gamal Abdel Nasser, Huber expressou suas visões para o correspondente do Chronicle.

"Os EUA são aliados de 15 milhões de judeus contra 1.3 bilhões de muçulmanos; é aliado de 5 milhões de israelitas contra 200 milhões de árabes", disse ele. "Nós traremos abaixo o lobby de Israel e mudaremos a política externa. Nós faremos isso na América. Quando acontecer você entenderá."

Huber minimiza seu papel na comissão de diretores da Nada Management, dizendo que ele é um acionista minotário que recebe apenas $1,500(dólares) anualmente em compensação. Ele diz que os patrocinadores da empresa são em sua maioria ricos muçulmanos da Malásia e Estados do Golfo Pérsico que se especializam em projetos de "benefícios a países do Terceiro Mundo -- como novas estradas, clínicas, desenvolvimento de agricultura."

Mas Hansjuerg Mark Wiedmer, um portavoz de um procurador suíço, discorda. Seu escritório tem investigado as atividades da Nada Management na Suíça, Alemanha e Estados Unidos nos últimos seis meses.

"Não há quaisques indicações de que a al Taqwa poderia tenha estado a financiar a al Qaeda," diz ele. "Desde o 11 de Setembro, nós temos estado a procurar conexões criminosas. Nós temos estado em seu rastro desde antes mas não temos evidência suficiente para abrir processos criminais. Isto tem mudado."

Wiedmer diz que os dados que ele juntou tem sido fornecidos às autoridades dos EUA, mas especificou que se as acusações forem eventualmente comprovadas, os "acusados" serão julgados numa corte Suíça.

Três outros membros da comissão de diretores da Nada Management também foram interrogados pelas autoridades suíças, italianas e norte-americanas: Youssef Nada, um expatriado egípcio que tem cidadania italiana; Ali Himmat, um nacional sírio; e Mohamed Mansour, um residente de Zurique.

Nada vive em Campione d'Italia, uma pequeno enclave italiano e refúgio fiscal próximo ao sul da cidade Suíça de Lugano. Três meses atrás, a polícia de Campione vasculhou o escritório local da Nada Management e confiscou gravações e documentos.

A diretoria da Nada Management recebe assistência da comunidade de acadêmicos islâmicos encabeçada pelo Xeque Youssef al-Qaradawi, um egípcio ligado ao grupo fora-da-lei em seu país, a Irmandade Muçulmana. As proposições do comitê é de ter certeza de Nada segue a doutrina islâmica e também de banir taxas de juros.

O inimigo suíço de longa data de Huber é Jean-Claude Buhrer, um correspondente do proeminente diário francês Le Monde. Buhrer recentemente citou uma coluna publicada em Morgenstern, um jornal lido por ex-membros sobreviventes do tempo de guerra na Alemanha das Waffen-SS, no qual Huber diz que muçulmanos e nazistas estavam envolvidos na mesma luta.

"Isto é equivalente a um casamento entre a suástica e o crescente (Islâmico)," escreveu Buhrer.

Buhrer também atacou Huber por negar o escopo do Holocausto executado pelos nazistas e por ser um discípulo de fé de Francois Genoud, um advogado suíço que bancou Hitler e serviu como agente alemão durante a Segunda Guerra Mundial.

Depois da guerra, Genoud subescreveu a organização clandestina Odessa, que, de acordo com o famoso caçador de nazistas Simon Wiesenthal, possibilitou que notórios fugitivos nazistas como Adolf Eichmann, Alois Brunner e Klaus Barbie escapassem para a América do Sul e o Oriente Médio.

Autoridades acreditam que Genoud fundou o Banco al Taqwa e alocou seus recurços para apoiar terroristas internacionais tais como Vladimir Ilich Ramirez, Carlos o Chacal, e Bin Laden.

Genoud cometeu suícidio em 1996, logo após líderes judaicos e oficiais de bancos suíços anunciarem um acordo sem precedentes para abrirem uma comissão para examinar o banco secreto e arquivos de governo para pesquisar fundos depositados na Suíça por vítimas do Holocausto, de acordo com Buhrer.

Ao longo dos anos, Genoud pagou o advogado francês Jacques Verges para defender Ramirez e Barbie e também cobriu as despesas legais de Eichmann antes de ir à corte isralense em 1961. Ele também bancou o exílio prolongado de Khomeini na França quando o Irã era governado pelo Xá Mohammed Reza Pahlavi.

A admiração de Genoud por Khomeini é compartilhada por Huber. "'Ele era um homem fantástico," disse Huber.

Este artigo apareceu na página A - 12 do San Francisco Chronicle

Fonte: San Francisco Chronicle
http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?file=/chronicle/archive/2002/03/12/MN192483.DTL

Infos adicionais, Spiegel(Alemanha), neonazistas na Suíça:
https://www.spiegel.de/international/0,1518,grossbild-925029-495943,00.html

Tradução minha, matéria de 2002 de um jornal tradicional dos EUA, o San Francisco Chronicle. Parece que não mudou muita coisa de lá pra cá no "cárater" da extrema-direita suíça(a bem da verdade é que toda extrema-direita se parece em quase todo p mundo, pra não isolar esse caso, o problema é quando isto começa a fazer parte ativa politicamente de um Estado). Pelo visto a extrema-direita xenofóbica na Suíça vive livre e feliz naquele país, parece que não houve um processo forte de 'desnazistificação' das posições ou de rejeição a este tipo de grupo deletério e racista, lamentavelmente.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sigla marcada em brasileira agredida na Suíça faz alusão a partido xenófobo

Sigla marcada em brasileira agredida na Suíça faz alusão a partido xenófobo

SVP é sigla do Centro da União Democrática (chamado UDC em francês).
Partido se proclama o o primeiro partido do país em número de eleitores.

Do G1, em São Paulo

Pôster do partido UDC mostra ovelhas brancas expulsando uma ovelha negra do território suíço (Foto: Reprodução)

Segundo a cônsul-geral do Brasil em Zurique, Vitoria Cleaver, a sigla SVP, que foi marcada na pele da advogada brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, durante agressão na Suíça, se refere a um dos principais partidos políticos suíços. O Centro da União Democrática (em livre tradução, chamado UDC em francês) se proclama o primeiro partido da Suíça em número de eleitores. São mais de 90 mil membros, segundo o site do grupo na internet, e um total de 29% do eleitorado.

"Uma facção do partido tem uma posição muito dura em relação à questão da imigração. Um grupo era contrário ao referendo (que pode dar mais abertura a imigrantes no país). Acham que tem com o aumento da imigração tem trazido mais problemas, mais concorrência e piora no serviço de saúde e na criminalidade", disse ela em entrevista à Globo News.

No domingo, quase 60% da população foi favorável à abertura do país para mais dois países. Antes eram 25 e agora romenos e búlgaros também terão livre acesso à Suíça como integrantes da comunidade europeia. Assim, terão os mesmos direitos de trabalho.

Xenofobia

Considerado populista e xenófobo, o partido venceu as eleições federais realizadas no final de 2007 no país ao obter um resultado melhor que o esperado nas pesquisas, o que intensificou o debate sobre a continuidade do sistema de governo colegiado no país. Segundo analistas políticos a alta do partido extremista mostra vontade de ruptura frente aos partidos tradicionais suíços, o Socialista, que sofreu a maior queda, e os de centro-direita PRD e PDC.

Durante a campanha, um polêmico cartaz do SVP mostrava bem as posições políticas do partido. A imagem trazia três ovelhas brancas sobre uma bandeira da Suíça, enquanto uma ovelha negra era chutada para fora do espaço. Abaixo disso, a frase "Para criar segurança".

O cartaz foi associado a projetos contra a imigração no país e a campanha foi rejeitada por partidos mais moderados do país na época, que a consideraram racista. Ele abriu espaço para questionamentos sobre a "neutralidade" muitas vezes associada à Suíça.

Agressão

A advogada brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, foi agredida por três homens brancos, com cabelo raspados, na noite de segunda-feira (9) em Dubendorf, cidade que fica perto de Zurique. Grávida de gêmeos havia três meses, ela acabou perdendo as crianças e sofreu cortes em todas as partes do corpo.

Segundo relatos que fez para o pai, ela havia acabado de sair do trem e ia em direção para a casa onde reside com o companheiro, Marco Trepp, quando, segundo ela, foi surpreendida por três homens, aparentemente neonazistas.

“Deram socos, chutaram e a cortaram com estiletes no corpo inteiro e até fizeram a sigla SVP nas pernas”, afirmou Paulo Oliveira por telefone, de Zurique, ao G1. “Eles tinham suásticas na cabeça”, informou ele.

Paulo Oliveira, que é secretário parlamentar, foi avisado por ela, por telefone, sobre o ocorrido na madrugada de terça-feira (10), pelo horário de Brasília. Em seguida, avisou ao deputado federal Roberto Magalhães (DEM-PE), para quem trabalha, e também o senador Marco Maciel (DEM-PE) e pegou o primeiro voo em direção a Zurique, juntamente com a mãe de Paula, Geni.

Fonte: G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL998009-5602,00.html

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Antichavistas podem estar por trás do ataque à sinagoga na Venezuela

Venezuela: Detidos sete polícias e quatro civis suspeitos de vandalização da sinagoga de Caracas

Caracas, 09 Fev (Lusa) - As autoridades venezuelanas anunciaram no domingo terem detido onze pessoas, entre as quais sete polícias, suspeitas de terem vandalizado a sinagoga de Caracas, numa manifestação de anti-semitismo.

O gabinete do procurador-geral venezuelano informou que um agente da força policial de investigação federal e um dos seguranças da sinagoga estavam entre os 11 suspeitos detidos que hoje serão presentes a tribunal.

Elias Farache, presidente da Associação Venezuelano-Israelita aplaudiu as autoridades pela resposta rápida ao ataque à sinagoga.

"Agradecemos às autoridades a rápida detenção dos suspeitos", disse numa entrevista telefónica. "Queremos também agradecer a todos os que nos manifestaram a sua solidariedade."

A 30 de Janeiro, cerca de 15 pessoas dominaram pela força os dois seguranças da Sinagoga Tiferet Israel, destruindo objectos religiosos e escrevendo nas paredes "Judeus, vão-se embora". Foi também roubada uma base de dados de computador com nomes e moradas.

O Presidente Hugo Chávez condenou o ataque e prometeu à comunidade judia da Venezuela, que conta cerca de 15 mil membros, que os responsáveis seriam presentes à justiça.

Líderes judeus venezuelanos e internacionais consideraram que os ataques verbais feitos por Chávez à intervenção israelita na Faixa de Gaza terão estimulado a acção violenta contra a sinagoga.

Fonte: Lusa
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/496722

Detidos 11 suspeitos do ataque à sinagoga de Caracas

(Foto)Todos os suspeitos foram formalmente acusados da violação do templo e enviados a um juiz de instrução criminal

As autoridades venezuelanas detiveram 11 pessoas suspeitas de envolvimento no ataque à sinagoga de Caracas, no fim de Janeiro. A invasão do templo suscitou protestos de Telavive e da comunidade judaica nacional e internacional.

Os detidos são um detective, cinco oficiais da polícia metropolitana e um inspector-adjunto da polícia da capital, e ainda quatro polícias, informou o procurador local. As prisões foram feitas sábado e domingo de manhã em vários bairros da metrópole.

Todos os suspeitos foram formalmente acusados da violação do templo e enviados a um juiz de instrução criminal. Não foi adiantada a identidade de qualquer deles, sabendo-se apenas, de acordo com o diário El Universal, que a operação foi dirigida pelo detective.

Foi na noite de 30 para 31 de Janeiro. Um grupo entrou na sinagoga, destruiu objectos de culto e pintou nas paredes slogans como “Fora os judeus”, “Israel, maldito” ou “assassinos”. As autoridades israelitas e várias associações judaicas protestaram pelo carácter "anti-semita" do episódio.

O ataque seguiu-se ao corte de relações entre a Venezuela e Israel, que retaliou da mesma maneira, na sequência da invasão israelita da Faixa de Gaza, que o Presidente venezuelano Hugo Chávez considerou um acto de “genocídio".

Fonte: Público(Portugal)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364490&idCanal=11

domingo, 8 de fevereiro de 2009

França condena novas provocações do bispo sobre Holocausto

Dirigentes do Governo e da oposição na França coincidiram neste domingo ao tachar de "inaceitáveis" as novas declarações do polêmico bispo Richard Williamson, que disse que não pensa em se retratar de sua negação do Holocausto.

"Aconselho a ele que vá a Yad Vashem (o Museu da História do Holocausto de Jerusalém) e veremos depois o que vai dizer", declarou hoje o ministro francês encarregado do plano de relançamento econômico, Patrick Devedjian, em alusão às últimas provocações do bispo.

O ministro ressaltou ainda que não concordava com a decisão do papa Bento XVI de revogar a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros quatro bispos seguidores do ultraconservador Marcel Lefebvre.

A líder da oposição na França, a número um do Partido Socialista (PS), Martine Aubry, condenou as novas e "infames" declarações do bispo, ao considerar que representam uma injúria "não só para todos os judeus, mas também para a consciência humana".

Aubry também descorda da decisão do papa e afirma, em comunicado, que seu partido se une "a todos aqueles que desejam decisões para frear esta situação que provoca tanto sofrimento moral".

Em uma entrevista que será publicada pela revista alemã "Der Spiegel" em sua edição da próxima semana, Williamson diz que, antes de se retratar, tem de revisar as provas históricas do Holocausto.

"Se encontrar provas me corrigirei, mas para isso vou precisar de mais tempo", acrescentou.

Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3501588-EI312,00-Franca+condena+novas+provocacoes+do+bispo+sobre+Holocausto.html

Bispo diz que nao vai retirar negação de Holocausto

Marcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil

Richard Williamson disse que se encontrar provas vai se 'corrigir'.

O bispo britânico Richard Williamson, que integra uma ala conservadora e dissidente da Igreja Católica, disse que apesar do pedido do papa Bento 16 não pretende se retratar de sua negação sobre o Holocausto e uso de câmaras de gás que mataram milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio X - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, dirige um seminário e realiza missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires desde 2003.

Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.

Suas declarações à publicação alemã foram reproduzidas neste sábado pelos principais jornais da Argentina - Clarin e La Nación - em suas edições online.

Williamson gerou polêmicas internacionais ao negar a existência do holocausto durante uma entrevista a uma emissora de televisão sueca.

Suas declarações foram feitas dias antes do anúncio no mês passado de que o Papa suspenderia sua excomunhão e de outros três bispos da mesma congregação.

Eles tinham sido excomungados em 1998 por terem sido nomeados bispos por Lefebvre sem a autorização do papa João Paulo 2º.

As afirmações de Williamson e a intenção do papa Bento 16 levaram o governo de Israel a divulgar um comunicado afirmando que a "reincorporação de um bispo que nega (o holocausto) é uma ofensa para todos os judeus, Israel e o mundo, e uma ofensa à memória das vítimas e sobreviventes do holocausto".

No comunicado, o governo de Israel diz que espera que o Vaticano se "separe" de todos os que negaram o Holocausto e de "Williamson em particular".

A iniciativa do papa também gerou críticas de diferentes rabinos e levou a chanceler alemã, Angela Merkel, a pedir publicamente que Bento 16 deixasse "claro" que "não tolera" a negação do Holocausto.

Pouco depois, na última quarta-feira, o Papa pediu que Williamson se "retratasse de maneira clara e pública" para ter o direito de exercer a função de sacerdote da Igreja Católica.

Desde então, havia a expectativa na Argentina, na Itália e na Alemanha, entre outros países, por declarações de Williamson.

De acordo com os sites argentinos, que reproduziram trechos da entrevista à revista alemã, Williamson também teria sido crítico sobre a ideia da validade universal dos direitos humanos.

"Onde os direitos humanos são vistos como objetivo que o Estado tem de impôr, acaba se chegando sempre a uma política anti-cristã", disse.

Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090207_bispoholocausto_aw.shtml

Comentário: destacando trecho "Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.".

Em qualquer livro acadêmico(por acadêmico entender que se trata de livros não produzidos por pseudo-historiadores que dizem fazer "revisão" do Holocausto ignorando toda a metodologia histórica ou militante político vestido de "historiador"), toda a narrativa é/foi feita em cima de provas históricas, documentos, etc. Números, ou mais precisamente, estimativas não são feitas 'a base de chute'(ver os dois artigos sobre vítimas não-judias no Holocausto, parte 1 e parte 2).

Observação: explicando novamente os termos, entender a expressão 'a base de chute' no caso dos "revisionistas" como algo como "nós negamos tudo apesar de nunca provarmos nada e não ter metodologia alguma pra questionar números e estimativas a não ser disseminar mentiras e negar um fato histórico amplamente documentado". Mas a expressão também pode vir a ser adaptada pra descreer o comportamento dos "revoltados" de ocasião na internet e fora dela que "num lindo dia acordei com uma vontade tremenda de bancar o malvadão e pra chocar as pessoas resolvi dizer um monte de absurdos e bobagens sem ter a mínima ideia do que dizia ou apenas repeti o que li em sites neonazistas/antissemitas na internet que negam o Holocausto".

Se o Sr. Williamson faz declarações públicas que reproduzem todo o festival propagandístico de extrema-direita pró-nazi que nega Holocausto, não há "pesquisa" neste caso que dê jeito a suposta "ignorância" dele, digo suposta pois é praticamente impossível que uma pessoa com a formação dele desconheça o Holocausto e repeta "inconscientemente" discursos de grupos de extrema-direita sem ter pleno conhecimento prévio disto e plena afinidade ideológica com este tipo de discurso ou grupo.

A manifestação do Sr. Williamson é antes de tudo uma tomada de decisão política e afinidade ideológica com a extrema-direita de cunho fascista. A negação do Holocausto é uma ideologia propagada principalmente por grupos de extrema-direita na Europa e nos EUA(e também na América do Sul)para negar crimes de guerra nazistas e com isso facilitar o caminho para a ascensão ou retorno de políticas antissemitas/racistas propagados por grupos de extrema-direita.

No caso recente de mais um capítulo do conflito Israel-Palestina, grupos de extrema-esquerda na internet repetiram também as ladainhas já professadas por grupos de extrema-direita como suposta "arma política"(segundo umaa "concepção" distorcida e racista)de ataque ao Estado de Israel e com isso ferindo a memória das vítimas do Holocausto e do regime nazista como um todo.

Vê-se neste episódio a escalada política do extremismo, da irracionalidade, de um obscurantismo religioso fanático e do cinismo.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sarkozy chama de 'inadmissível' negação do Holocausto por Williamson

PARIS (AFP) - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, considerou nesta quinta-feira "incríveis, chocantes e inadmissíveis" as declarações do bispo integrista Richard Williamson, reintegrado à Igreja recentemente pelo Papa Bento XVI, nas quais negou o Holocausto.

"É inadmissível que, no século XXI, se possa encontrar alguém que se atreva a pôr em dúvida as câmaras de gás, o Holocausto e o martírio dos judeus", disse Sarkozy, em uma entrevista.

"Quando, além disso, esse homem que põe isso em dúvida se considera um pastor, não no sentido protestante, mas no evangélico, é ainda mais chocante", acrescentou.

"Francamente, não tenho vontade de conhecer esse senhor", concluiu.

Fonte: AFP/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/090205/mundo/fran__a_vaticano_judeus

Crise no Vaticano continua, Lefebvriano diz que Concílio Vaticano II foi uma "heresia"

Lefebvriano diz que Concílio Vaticano II foi uma "heresia"

Cidade do Vaticano, 6 fev (EFE).- O chefe dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, desafiou a exigência da Santa Sé de que o Concílio Vaticano II seja reconhecido pelo grupo ao afirmar que ele "é uma heresia, uma droga".

"O Concílio Vaticano II foi pior que uma heresia, já que significa tomar uma parte da verdade, fazê-la absoluta e negar o resto. Nesse contexto digo que foi uma droga, a maior", afirmou o sacerdote tradicionalista em declarações ao canal de televisão "Canale Italia".

Dois dias depois de o Vaticano ter endurecido sua postura com os lefebvrianos e ter exigido deles que aceitem o concílio para readmiti-los, e que o bispo que negou o Holocausto se retrate publicamente, as declarações de Abrahamowicz são vistas por observadores do Vaticano como um "desafio aberto" dos tradicionalistas ao papa e à Santa Sé.

Estas declarações foram conhecidas ao mesmo tempo em que - segundo publicou ontem o semanário alemão "Kolner Stadt Anzeiger" - o superior da Fraternidade São Pio X, Bernard Fellay, deve ordenar novos sacerdotes.

Fellay - um dos quatro bispos aos quais o papa retirou a excomunhão -, segundo o meio alemão citado pelos italianos, já teria ordenado vários diáconos.

Embora Fellay já não esteja excomungado, o Vaticano disse há dois dias que tanto ele como os outros três prelados ordenados em 1988 pelo arcebispo Marcel Lefebvre, que causou um cisma na Igreja, continuam suspensos "a divinis" (não podem celebrar missa, nem administrar os sacramentos, nem fazer sermões).

Segundo os observadores vaticanos, as novas manifestações de Abrahamowicz, unidas ao fato de que o bispo Richard Williamson - que negou o Holocausto - ainda não se tenha retratado publicamente como lhe exigiu o papa e as eventuais novas ordenações representam um "forte obstáculo" no caminho para o retorno dos lefebvrianos ao redil.

Fontes vaticanas, por sua parte, não descartam que detrás dessas manifestações se esconda "o desejo" de uma parte dos tradicionalistas de boicotar o retorno à Igreja Católica Apostólica Romana.

Abrahamowicz surgiu na opinião pública no dia 29 de janeiro ao relançar as teses revisionistas sobre o Holocausto feita pelo bispo Williamson ao assegurar que a única coisa segura em relação às câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar.

"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não o sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, já que não aprofundei sobre o tema", disse o sacerdote a um jornal italiano.

Williamson, por sua vez, afirmou que não existiram as câmaras de gás e que apenas cerca de 300.000 judeus e não seis milhões morreram nos campos de concentração nazistas, mas nenhum por gás, o que deixa a situação em pé de guerra com a comunidade judaica, levantando vários protestos de políticos famosos e obrigando o papa a reiterar sua condenação ao Holocausto e aos que o negam. EFE

Fonte: EFE/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL990015-5602,00-LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CONCILIO+VATICANO+II+FOI+UMA+HERESIA.html

Foto: Vaticano, Concílio Vaticano II(1962-1965)

Crise no Vaticano longe do fim, líder italiano da seita de Marcel Lefebvre nega o Holocausto

Sacerdote lefebvriano diz que câmaras de gás foram usadas para desinfetar

Cidade do Vaticano, 29 jan (EFE).- O líder dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, voltou a defender hoje as teses revisionistas sobre o Holocausto ao afirmar que a "única coisa certa sobre as câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar".

Em meio à polêmica causada pelo bispo britânico Richard Williamson, que acabou de ter sua excomunhão revogada, Abrahamowicz disse hoje ao jornal "La Tribuna" que "junto com a versão oficial (sobre o número de mortos) existe outra baseada nas observações dos primeiros técnicos aliados que entraram nos campos (de extermínio)".

"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, pois não me aprofundei sobre o tema", declarou.

Sobre a afirmação de terem sido seis milhões os mortos pelos nazistas, o sacerdote disse que "não a coloca em dúvida", que basta que uma pessoa seja assassinada injustamente que já é demais, "é como dizer que um é igual a seis milhões".

"Falar de números não muda nada com relação à essência do genocídio, que é sempre um exagero", acrescentou o sacerdote, que afirmou que estes números "derivam do que o chefe da comunidade judaica alemã disse às tropas anglo-americanas após a libertação".

Segundo ele, o chefe judeu "soltou um número no meio do ardor". O padre se perguntou "como podia saber este número".

Abrahamowicz acrescentou que a crítica que pode ser feita é "sobre o modo como foi administrada a tragédia do Holocausto, à qual se deu uma supremacia em relação a outros genocídios".

"Caso o monsenhor Williamson tivesse negado o genocídio de 1,2 milhão de armênios por turcos os jornais não teriam falado como estão fazendo", declarou Abrahamowicz, que citou também "a ordem dada por Winston Churchill de bombardear Dresden (Alemanha) com fósforo". EFE

Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL977441-5602,00-SACERDOTE+LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CAMARAS+DE+GAS+FORAM+USADAS+PARA+DESINFETAR.html

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Porque teorias de conspiração são auto-ridicularizáveis

Nenhuma teoria de conspiração poderá explicar porque os conspiradores deixam pra trás as pistas para que o teórico de conspiração a detecte. Os conspiradores teriam supostamente o poder de fabricar qualquer evidência que eles quisessem - num padrão que enganasse gerações inteiras de historiadores, advogados, jornalistas e assim por diante - e fazer com que os perpetradores 'corroborarem' esta evidência fabricada, já que eles cometeram erros elementares em suas narrativas tais como ter uma arma letal 'cientificamente impossível' e testemunho ocular contraditório. Como os conspiradores podem ter habilidades super-humanas para controlar todas as variáveis na produção e disseminação de evidência - sem que a conspiração nunca sofra quaisquer vazamentos - já que seria incapaz de impedir os furos no desenvolvimento da narrativa que apenas o teórico de conspiração pode ver?

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/01/why-conspiracy-theories-are-self.html
Tradução: Roberto Lucena

Comentário: qualquer semelhança do que foi descrito acima sobre "teorias de conspiração" com o "revisionismo" do Holocausto(ou negação) não é mera coincidência.

Moonbat Wants You

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Breve aviso, sobre a parte de "comentários no blog"

Foi enviado um e-mail para o e-mail do blog(que se encontra no canto direito dele)perguntando do porquê de não haver 'comentários no blog'. Desde a última segunda-feira à noite que os comentários(pelo blogger.com)foram ativados mas os mesmos não aparecem. Foi discutida a questão e foi visto que não haveria problema em ativar os comentários. Para não precisar ser enviado mais um e-mail comunicando a razão do "problema" de não ter comentários(para quem fez esta pergunta), os mesmos não aparecem por contado blogger.com. Em caso de continuar a não aparecer os comentários será visto se é possível adicionar outro sistema de comentários ao blog.

O problema que surge disto já que nunca houve intenção de se abrir sistema de comentários no site é de que a questão de "haver ou não haver comentários" não pode ou não poderá em hipótese alguma sobrecarregar a função do site que não é de discussão, como ocorre na maioria dos blogs de esportes, entretenimento, etc, e sim de informativo e de repasse de textos sobre o Holocausto(documentos, traduções) pro público falante do idioma português ou a quem conseguir acompanhar o que é postado neste idioma(só a título de curiosidade, há pessoas falantes de outros idiomas que conseguem ler ou entender o que é escrito em português, como o espanhol, galego, etc).

Isto não impede e nem nunca impediu de que textos de outros sites sejam discutidos, citados ou refutados neste espaço, mas um ponto precisa ser frisado: o ritmo ou o andar do site é ditado ou pautado pelos postantes do blog e jamais por sugestões ou regras de "revisionistas".

A todos os que acompanham o site, uma boa noite.

Roberto

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