terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Jurgen Graf não quer matar os judeus

Em 2002, enquanto estava na Estônia, Jurgen Graf foi entrevistado por Nikolaj Karajev. Aqui tem um trecho esclarecedor:

[Nikolaj Karajev]- Qual é a sua atitude para com o Estado de Israel?


[Jurgen Graf] – Israel não tem o direito de existir. O que fazer com os judeus? Nós somos pessoas cultas, não se pode exterminá-los. O que fazer com eles?...Eu não sei.


Obrigado, obrigado Sr. Graf! Você é contra o extermínio de judeus. É muita gentileza.



Autor: Sergey Romanov

Fonte: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/08/juergen-graf-doesnt-want-to-kill-jews.html

Tradução: Leo Gott

"Revisionismo do Holocausto" e falsificações

“Revisionistas” adoram descartar documentos que eles não gostam como falsificações, sob frágeis mentiras. No entanto, eles caem em suas próprias falsificações? A resposta é um enfático: “SIM!”

Uma das mais famosas falsificações relacionadas ao “revisionismo” é o chamado “Documento Mueller” também conhecido como “Documento Lachout”. Para maiores detalhes sobre esta falsificação ler “O Documento Lachout. A anatomia de uma falsificação”. Emil Lachout foi testemunha de defesa de Ernst Zundel no julgamento de 1988.

A segunda falsificação é chamada de Tagesbefehl-47, que diz respeito ao número de vítima do Bombardeio de Dresden. Embora não seja diretamente relacionado ao Holocausto, o mais “famoso dos revisionistas”, David Irving, confiou nele. E depois deles, muitos negadores invocaram o falso número de mortos de Dresden, contidos neste “documento”. Na verdade, os negadores vergonhosamente “floreiam” ainda mais o número de mortos:

Zundelsite:
Mais uma vez o número de mortes de alemães é jogado para baixo – em contraste com a eterna vítima judaica. O verdadeiro número de mortes de Dresden é superior a 350.000, possivelmente superior a 500.000.Isto em apenas uma cidade alemã.

Mais de 260.000 corpos e resíduos de corpos foram contados. Mas aqueles que pereceram no centro da cidade não podem ser rastreados. Aproximadamente 500.000 crianças, mulheres, idosos, soldados feridos e animais de zoológico foram
assassinados em uma noite.

O número real estabelecido atualmente é de 25.000.

Naturalmente, o grande momento após eles terem jorrado estas mentiras, negadores começaram a criticar o exagerado número de mortos nos campos de extermínio, o que implica em sua baixa revisão que “temos mentido”, e que nenhum número de mortes nazistas pode ser confiável. Claro que pela mesma lógica os bombardeios em Dresden nunca aconteceram.

É notável que, tal qual os diários falsos de Hitler, Irving foi o primeiro a duvidar da autenticidade do TB47, e em seguida o aceitou.

A terceira falsificação está em um relatório do “revisionista” Myroslaw Dragan relativo à carteira de identidade de Demjanyuk (ou seja, o carimbo na carteira, falsificado por Dragan). Enquanto a glória do “revisionista” Prytulak para expor esta falsificação (embora ele rotule que a carteira de identidade de Demjanyuk seja falsa também, mas isso veremos mais tarde), convém notar que Dragan é um personagem bem conhecido no cenário “revisionista”.

A série de falsificações feita por Gregory Douglas aka Peter Stahl. Algumas delas dizem respeito ao Holocausto. Douglas falsificou uma carta de Himmler para Osvald Pohl “provando” que Hitler não tinha conhecimento da “Solução Final”. Douglas falsificou alguns documentos sobre Odilo Globocnik. Douglas é um “revisionista”. Ele é aceito pelo importante “revisionista” Germar Rudolf e também por Willis Carto (pelo menos até pouco tempo era).

Ironicamente, Rudolf também invocou Dragan em pelo menos um artigo, e também o agradeceu em seu “relatório”. Quando a falsa “carta de Ischinger” de Douglas, foi declarada como falsificação, Rudolf defendeu Douglas assim:

Vendo rigorosamente, [esse documento] não é sequer uma falsificação. É apenas um ensaio, como fez Orson Wells em 1938 com “A guerra dos mundos”...Penso que isso é realmente engraçado. Que piada! Quem nunca fez isso deve se tornar o rei dos bobos-da-corte.

Esta é a atitude do “Dr.” Rudolf para com os falsificadores. Notavelmente, o falso relatório ainda é apresentado como autêntico por Douglas no “site TBRNews.org”.

No mesmo site podemos ver este artigo do “Dr.” Germar Rudolf, aparentemente baseado na falsificação de Douglas. De fato, existem muitos artigos no site com Rudolf assinando com Douglas, incluindo este sobre o Talmud.

E o último “documento” fraudulento que eu gostaria de discutir, se baseou principalmente em alguns “revisionistas” que se curvaram ao antissemitismo, é “O lobo do Kremlim” [The Wolf of the Kremlim], a “biografia” fabricada de Lazar Kaganovich. Quem a utilizou? Pierce, Oliver, Rimland (presumivelmente Zündel), Hoffman, Irving, Heddesheimer e, sem dúvida, muitos outros (incluindo não-negadores, mas certamente um simpatizante, Kevin MacDonald).

É também muito irônico que no primeiro número do Jornal da Revisão Histórica o falso “relatório Tartakow” foi publicado.

Então, da próxima vez que um “revisionista” disser “holofalso”, lembre-o desta lista.
Autor: Sergey Romanov
Tradução e adaptação: Leo Gott

Vaticano critica bispo que negou o Holocausto

O Vaticano declarou, nesta segunda-feira (26), que os comentários feitos por um bispo recentemente reabilitado, de que os judeus não foram exterminados durante o Holocausto, são "inaceitáveis" e violam os ensinamentos da Igreja Católica Romana. Em artigo de primeira página no jornal L'Osservatore Romano, do Vaticano, o periódico reafirmou na edição desta segunda-feira que o papa Bento XVI deplora todas as formas de antissemitismo e que todos os católicos romanos precisam fazer o mesmo.

O artigo foi publicado em meio a um grande protesto de grupos judaicos, após Bento XVI ter retirado a excomunhão, na semana passada, contra o bispo conservador Richard Williamson, que negou que seis milhões de judeus foram mortos pelos nazistas na II Guerra Mundial (1939-1945), no chamado Holocausto, ou genocídio dos judeus. O Vaticano ressaltou que o fato da excomunhão ter sido removida não significa que o Vaticano compartilhe as opiniões de Williamson.

Williamson e três outros bispos conservadores foram excomungados há 20 anos, após terem sido consagrados pelo ultraconservador arcebispo Marcel Lefevre, sem consentimento papal. Na época, o Vaticano disse que o movimento de Lefevre era cismático. Bento XVI, no entanto, deixou claro desde o começo do seu pontificado, em 2005, que ele deseja reconciliar a ultraconservadora Sociedade de São Pio X, o movimento de Lefevre, com o Vaticano.

Lefevre se rebelou contra o Vaticano em 1969. Ele se opunha aos ensinamentos do Concílio Vaticano II (1962-1965) que fez reformas liberalizantes na Igreja. No Vaticano II, a Igreja deplorou o antissemitismo e as relações dos católicos com a comunidade judaica foram revolucionadas. Na semana passada, comentários de Williamson foram exibidos na televisão da Suécia. Segundo o Vaticano, os comentários "são muito sérios e lamentáveis, contradizendo os ensinamentos da Igreja".

Na entrevista, Williamson disse que a evidência histórica "é de maneira forte contra seis milhões de judeus terem sido mortos deliberadamente nas câmaras de gás, como parte de uma política de Adolf Hitler". Grupos judaicos, como o Comitê Judeu Americano o Centro Simon Wiesenthal e a Agência Judaica denunciaram o Vaticano por ter acolhido um negador do Holocausto.

Nesta segunda-feira, o cardeal Angelo Bagnasco, chefe da Conferência Episcopal Italiana, defendeu a decisão do papa em retirar a excomunhão a Williamson, mas criticou a visão dele sobre o Holocausto, a qual definiu como "injustificável". A Conferência Episcopal da Alemanha também denunciou Williamson.

Fonte: AE/JC Online
http://jc.uol.com.br/2009/01/26/not_190470.php

Judeus alemães condenam perdão a bispo que nega Holocausto

BERLIM (Reuters) - A decisão do papa Bento 16 de reabilitar um bispo que nega a amplitude do Holocausto foi um duro golpe para a comunidade judaica, principalmente porque o papa é alemão, afirmou o Conselho Central de Judeus da Alemanha, nesta segunda-feira.

"É um choque profundo", disse Dieter Graunmann, vice-presidente do Conselho, à Reuters. "Não estou dizendo que o Vaticano ou o papa tenham más intenções, mas, de fato, isto é um tapa na cara da comunidade judaica".

"É uma provocação e eu estou preocupado que o diálogo entre judeus e católicos fique agora congelado de alguma maneira, que o processo de reconciliação que avançou tanto nos últimos 50 anos seja interrompido, se não abortado".

No sábado, o papa Bento 16 reabilitou quatro bispos tradicionalistas que lideram a Sociedade de São Pio X (SSPX), que tem 600 mil membros de ultra-direita que rejeitam a doutrina e as crenças da Igreja Católica Apostólica Romana.

Richard Williamson, um dos quatro bispos, fez declarações nas quais negava a versão do Holocausto aceita pelos principais historiadores.

"Principalmente vindo de um papa alemão, eu esperava mais compreensão e sensibilidade", disse Graunmann.

Fonte: Reuters
http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE50P0E320090126

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Weckert sobre Chelmno

É instrutivo o monótono texto de Ingrid Weckert sobre Chelmno, que pode ser visto aqui, é somente um texto negador a respeito de Chelmno, porque ilustra que os negadores não têm interesse real na revisão histórica, ou uma crítica peer review de outras obras dos negadores. O artigo de Weckert é cheio de erros e omissões, que serão detalhados abaixo, ainda não vi nenhum negador publicar uma versão “corrigida” do campo. Só aí vemos que a negação é dogma e não historiografia.

Quatro pontos rapidamente deverão tornar-se evidentes para qualquer leitor que analise os scans de Weckert sobre a historiografia de Chelmno. Em primeiro lugar, Weckert omite documentos chave e testemunhos, como a correspondência de Greiser para Himmler, o Relatório Korherr e muitos outros testemunhos de perpetradores coletados pelas autoridades criminais da Alemanha Ocidental. Contrastando o seu resumo de depoimentos com o meu mis recente panorama que pode ser lido aqui. Em segundo lugar, Weckert foca nas alegadas discrepâncias entre fontes secundárias, sem rastrear os autores das fontes primárias. Sua abordagem é um abuso de fontes secundárias, através do autor, sem deixar que o leitor veja as fontes que ela está “atacando via Proxy”. Em terceiro lugar, Weckert funde diferentes contextos. Ela finge que os documentos discutidos de um evento (ou período) são na verdade de outra discussão. Ela perpetua intencionalmente a cronologia e confusões geográficas que são os componentes essenciais da metodologia de negação. Finalmente, Weckert especializa em um falso dilema. Ela repetidamente insiste que temos de escolher entre duas alternativas, ambas distorcidas por ela.

Weckert definitivamente tem conhecimento da carta de Greiser para Himmler porque ela está impressa na pág.278 de Fachismus – Getto – Massenmord [a página referenciada é citada em Kershaw, p.85, n.88] trabalho este citado por ela em seu texto. Ela omite a carta de Greiser para Himmler, porque ela já havia declarado que outra carta sobre as vans de gaseamento, Just para Rauff, era uma falsificação. Ela também insinua piamente que a carta do SS-Sturmbannführer Rolf-Heinz Höppner para Adolf Eichmann datada de 16 de julho de 1941 era uma falsificação. Ela tem, portanto, utilizado a manobra da “falsificação” nesses documentos. Seus motivos para rejeitar a afirmação de Just que “Desde dezembro de 1941, noventa e sete mil foram processados” é a cifra de 97.000:


contradiz a estatística de Rückerl como adotada na conclusão de Massentötungen(p.132) sobre as deportações de Lodz, que geralmente são equiparadas com as vítimas assassinadas de Kulmhof/Chelmno. Rückerl afirma (p.276) que, até o final de maio de 1942 cerca de 55.000 judeus foram deportados de Lodz. Este número deveria ter sido no Aktenvermerk de 5 de junho de 1942, se realmente tem a ver com os assassinatos de Kulmhof/Chelmno.

Isto é uma distorção, pois em nenhum ponto nas cartas citam que todos os 97.000 (Just-Rauff) e 100.000 (Greiser-Himmler) foram vítimas [provenientes] de Lodz. Além disso, a própria fonte de Weckert para o número de 55.000, Rückerl, já havia sido citada anteriormente no artigo de Weckert afirmando que os Judeus das áreas envolvendo Lodz, ao invés de partir do próprio ghetto, foram transportadas para Chelmno "um pequeno número no mês de março e uma grande quantidade no mês de abril 1942" (p.278, nota 72). Weckert rejeita esta citação sobre os motivos que Rückerl já declarou que:


"Depois de judeus foram levados de caminhão dos arredores mais próximos para Chelmno de 5 de dezembro de 1941, a meados de janeiro de 1942, o transporte do gueto começou em 16 de janeiro de 1942" (p. 276)

Assim Weckert simplesmente fabrica uma contradição sem evidência alguma. O significado lógico da narrativa de Rückerl, combinado com a documentação das vans de gaseamento, é que, além dos 55.000 judeus deportados do gueto até junho de 1942, mais 42000-45000 judeus foram mortos em vans de gaseamento depois de serem deportados de outras partes de Warthegau.

Weckert também tenta minar Rückerl por “quote-mining” de uma testemunha publicado em Nova York em Novembro de 1942, que descreveu os assassinatos de judeus dos guetos de Grodziec, Rzgów e Zagórów nas florestas locais. Weckert deduz, falsamente, que a fonte da publicação, afirmou que as ações de assassinato foram concluídas antes das deportações, que começaram em 16 de janeiro de 1942, todas as deportações para Chelmno à partir dessa data só poderiam ter sido de Lodz. Todas as subseqüentes “discrepâncias” decorrem (intencionalmente) por má interpretação de fontes.

A má interpretação de fontes secundárias de Weckert trai sua técnica de jogar uns contra os outros. Tivesse ela disposta a utilizar honestamente o relatório de Rückerl e suas fontes, ela não o teria acusado falsamente de contradição. Weckert joga um jogo semelhante de falsificação e contradições no que diz respeito à nomeação do Sonderkommando e da cronologia da implantação das vans de gaseamento. Sobre o SK, Weckert alega:


Massentötungen decidiu chamá-lo "Sonderkommando (SK) Kulmhof / Chelmno" ou também "SK Lange" ou "SK Bothmann", depois do Kommandoführer Massentötungen, p. 116).

Aqui tem Weckert simplesmente jogou com a cronologia, ignorando o fato de Lange e Bothmann estiveram a cargo da unidade durante diferentes períodos, e o fato que a unidade foi renomeada para SK Kulmhof quando Bothmann foi substituído por Lange. Weckert sabia disso porque, de acordo com Kershaw, (pág.85, nota 81) a cronologia é dada em Rückerl , pág. 251 e 258.

Sobre as vans de gaseamento, Weckert alega que:


No capítulo sobre a origem dos caminhões de gás, Massentötungen explicou que, neste momento, Dezembro de 1941,a entrega dos veículos com chassis Saurer ainda estavam sendo negociados e foram então, após a entrega, os corpos equipados pela firma Gaubschat. Os caminhões completos não poderiam ter sido entregues antes da primavera de 1942. Como seria possível então que três destas vans estavam em funcionamento desde dezembro de 1941?

Novamente, Weckert usa uma fonte secundária para camuflar a primária, tais como os testemunhos de Burmeister Walter e Walter Piller, que deixa claro que a unidade de Lange utilizava uma van com monóxido de carbono engarrafado que havia sido implantado no programa de Eutanásia, e posteriormente implantaram “caminhões Renault tamanho médio com motores Otto”. A fonte dos testemunhos é Kogon/Lanbein/Rückerl et al, Nationalsozialistische Massenttungen durch Giftgas, página 81ff., exatamente a mesma fonte que Weckert afirma que os veículos eram Saurer!

Finalmente, agradeço a David Woolfe por expor, neste post do RODOH, que Weckert fraudulentamente utiliza Reitlinger, a quem ela distorce em três ocasiões. Primeiro Weckert alega que:


Alguns dos deportados foram “transferidos para campos de trabalho e desocuparam os guetos do distrito de Lublin (Reitlinger, p.279). Outros foram mobilizados “para a recuperação do pântano Pripyet e para as colônias agrícolas judaicas perto de Kriwoi Rog na Ucrânia (Reitlinger, p.101).


Como David mostrou, Reitlinger na verdade diz que, “Uma pequena porção de judeus “reassentados” de Lodz foram transferidos para os campos de trabalho e desocuparam os guetos de Lublin.” Ele não diz que os judeus de Lodz foram enviados para a Ucrânia. Não hà provas de que mesmo estes pequenos números de judeus de Lodz que foram enviados para Varsóvia e Lublin faziam parte dos selecionados de Varsóvia e Lublin que foram enviados para trabalho forçado no projeto do pântano Pripyet. Weckert simplesmente ligou duas passagens distintas de Reitlinger sem explicar que se referiam a diferentes populações.

Em segundo lugar, Weckert usa Reitlinger para sugerir que ninguém sabia no gueto de Lodz sobre os gaseamentos em Chelmno, e ainda ignora Reitlinger neste próximo texto:


Aqueles que não sabiam, cuidaram de espalhar desânimo. Assim, o Tenente Rosenblatt, o comandante da Ordnungsdienst judaica, admitiu que selecionou velhos e frágeis sabendo perfeitamente que seriam gaseados.

Finalmente, Weckert tenta desacreditar a fonte de Reitlinger, Salomon M. Schwarz, quando ele discute a liquidação dos campos ucranianos em maio de 1942, enquanto ignora o fato de que Schwarz foi a fonte original de Reitlinger para a transferência dos judeus de Varsóvia e Lublin para estes campos.

Concluindo, volto para o ponto de abertura deste artigo no blog, é inconcebível que um negador como Mattogno, poderia rastrear as notas de rodapé de Weickert, falar e não perceber que ela havia mentido descaradamente ao longo de seu artigo. Ainda nenhum negador procurou substituir o seu desonesto e desonroso lixo com um verdadeiro estudo revisionista da historiografia de Chelmno. Eles parecem felizes por permitir a posição deste como o trabalho padrão dos negadores sobre o campo e devem, portanto, compartilham a sua culpabilidade para a falsidade. (grifos do tradutor)

Texto original: Dr. Jonathan Harrison
Título: Weckert on Chelmno
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/12/weckert-on-chelmno.html
Tradução: Leo Gott

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Dia Internacional em Memória das Vítimas
Humanidade recorda Holocausto


A 27 de Janeiro de 1945, o exército soviético libertava o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, revelando ao mundo as atrocidades cometidas pelo regime Nazi de Adolf Hitler. Para que as vítimas não sejam esquecidas, a Organização das Nações Unidas determinou que seria o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Mais de 1 milhão de pessoas visitaram Auschwitz-Birkenau em 2008.

O museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947, no antigo campo de concentração, o maior do nazismo, onde entre 1940 e 1945 foram assassinados 1,1 milhões de pessoas, sendo 90% judeus.

O campo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto no mundo todo.

O museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947, no antigo campo de concentração, o maior do nazismo, onde entre 1940 e 1945 foram assassinados 1,1 milhões de pessoas, sendo 90% judeus.

O campo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto no mundo todo.

ARISTIDES DE SOUSA MENDES

Data de nascimento – 19 de Junho de 1885

Data da sua morte – 3 de Abril de 1954

O cônsul português em Bordéus, durante a II Guerra Mundial, atribuiu vistos e carimbou passaportes a milhares de refugiados judeus, salvando-os da morte às mãos dos alemães. Desobedecendo a uma ordem de António Oliveira Salazar, viria a ser castigado pelo ditador, sobrevivendo à custa da solidariedade da comunidade judaica de Lisboa.

CRONOLOGIA

25 de Janeiro de 1940

- A Alemanha Nazi decide construir um campo de concentração em Auschwitz

20 de Maio de 1940

- Chegam os primeiros prisioneiros.

1 de Março de 1941

- Heinrich Himmler determina a expansão do primeiro campo e a construção de um segundo em Birkenau, a apenas 6Km de distância.

3 de Setembro de 1941

- Primeiros gazeamentos de prisioneiros em Auschwitz, com recurso a Zyklon B.

25 de Novembro de 1944

- Heinrich Himmler, comandante da Schutzstaffel (SS), ordena a destruição dos crematórios e das câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau, com o objectivo de apagar as provas do genocídio.

27 de Janeiro de 1945

- Tropas soviéticas entram no complexo de Auschwitz-Birkenau libertando mais de 7 mil prisioneiros

17 de Abril de 1946

- O governo polaco resolve construir um mausoléu no campo de concentração

26 de Outubro de 1979

- O campo de concentração Auschwitz-Birkenau foi incluído na lista de património mundial da Humanidade pela UNESCO

Fonte: Correio da Manhã(Portugal, 25.01.2009)
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=A19BA293-4B24-4999-B6E2-B0E4E694BB53&channelid=00000230-0000-0000-0000-000000000230

Observação: Na matéria completa no link há números sobre o Holocausto só que sem fonte. Pra evitar distorções e manipulação de informação habituais dos mal intencionados "revisionistas" segue o link das estimativas de mortos no Holocausto feitas pelo historiador do Holocausto, já falecido, Raul Hilberg:

Números do Holocausto por Raul Hilberg
http://holocausto-doc.blogspot.com/2007/10/nmeros-do-holocausto-por-raul-hilberg.html

Mais estimativas do número de mortos no Holocausto, site H-Doc:
Fonte: Denying History
Michael Shermer e Alex Grobman
página 177
Tradução: Marcelo Oliveira
Link: http://h-doc.vilabol.uol.com.br/estat.htm

Museu de Auschwitz precisa de dinheiro para sobreviver

Varsóvia, 26 Jan (Lusa) - O museu do campo de concentração de Auschwitz precisa urgentemente de dinheiro para garantir a sua conservação, o que leva os responsáveis a garantir que sem uma entrada de cem milhões de euros tem "um futuro incerto".

"A ajuda internacional é a única fórmula para conservar o que resta", afirmou o representante do Conselho de Auschwitz e ex-prisioneiro nas instalações durante a II Guerra Mundial Wladyslaw Bartoszewski em declarações a um jornal local.

Para Bartoszewski, um lugar com a importância de Auschwitz, considerado um dos monumentos mais importantes para a memória histórica do mundo, deveria receber mais apoios de organismos internacionais pela sua relevância já que os custos de manutenção são muito elevados.

O apoio estrangeiro já existe mas situa-se na ordem dos cerca de 250 mil euros anuais, muito menos que o necessário para manter de pé esta memória do Holocausto.

Desde que o museu de Auschwitz foi criado, há mais de 60 anos, o estado polaco assume praticamente a totalidade dos custos, com um subsídio anual de cerca de 4,4 milhões de euros.

Segundo Piotr Cywinski, o diretor do museu, "se quiséssemos arranjar os telhados, não seriam precisos mais de 15 mil euros, mas trata-se de revelar e proteger a História".

O diretor é o primeiro a admitir que a instituição se debate com uma tremenda falta de dinheiro.

O museu de Auschwitz foi declarado Patrimônio da Humanidade, pela UNESCO, em 1979. Em 2008, foi visitado por mais de um milhão de pessoas.

Fonte: Lusa
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/494056

Corte francesa confirma pena contra ultradireitista(fascista) francês que defendeu nazismo

Corte confirma pena contra ultradireitista francês que defendeu nazismo

O Tribunal de Apelação de Paris confirmou hoje a pena de três meses de prisão livre de cumprimento e dez mil euros de multa ao líder ultradireitista Jean-Marie Le Pen por ter dito, em entrevista em 2005, que a ocupação nazista da França "não foi particularmente desumana".

Em 8 de fevereiro, Le Pen recebeu a mesma pena em primeira instância pelo Tribunal Correcional de Paris, que o considerou culpado de "cumplicidade de apologia de crimes de guerra" e "negação de crime contra a humanidade".

Os advogados de Le Pen anunciaram que recorrerão da sentença na Suprema Corte.

O político foi condenado com base nas seguintes declarações reproduzidas no semanário ultradireitista "Rivarol": "Na França, a ocupação alemã não foi particularmente desumana, apesar de ter havido alguns atropelos, inevitáveis em um país de 550 mil quilômetros quadrados".

Para os juízes, essa declaração "busca criar dúvidas" sobre os crimes contra a humanidade cometidos pelos nazistas na França, "como a deportação de judeus ou a perseguição de resistentes".

Na mesma entrevista, Le Pen afirmou que a Gestapo (Polícia secreta do regime nazista) desempenhou em algumas ocasiões um papel positivo.

Ele citou como exemplo o caso de quando, de acordo com ele, os agentes impediram o massacre de Villeneuve d''Ascq, cometido na noite de 1º de abril de 1944 por um oficial alemão que estava furioso porque um de seus esquadrões tinha sofrido um atentado.

Segundo a Corte, com essas palavras o líder ultradireitista cometeu "uma falsificação histórica deliberada" que dá à Gestapo "uma imagem positiva", a qual "esconde" os crimes que cometeu.

Não é a primeira vez que Le Pen é condenado por suas polêmicas declarações.

Em 2005, foi obrigado a pagar uma multa de dez mil euros por declarações contra os imigrantes e, em 1998, recebeu uma pena similar por defender a desigualdade de raças.

Já em 1997 ele foi condenado por dizer que as câmaras de gás foram "um detalhe da história", enquanto oito anos antes tinha sido punido por negar a existência deste instrumento de extermínio nazista.

Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI3463140-EI188,00-Corte+confirma+pena+contra+ultradireitista+frances+que+defendeu+nazismo.html

O julgamento do fascista Jean-Marie Le Pen por apologia ao regime nazista, matéria do Telegraph(Inglaterra) de 2007:
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/1572656/Jean-Marie-Le-Pen-Nazi-trial-begins.html

sábado, 24 de janeiro de 2009

Papa reabilita bispo que nega o Holocausto

Por Philip Pullella

VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 reabilitou neste sábado um bispo tradicionalista que nega o Holocausto, apesar de advertências de líderes judaicos de que isso causaria sérios prejuízos nas relações entre católicos e judeus e fomentaria o antissemitismo.

O Vaticano informou que o papa emitiu um decreto que remove a excomunhão de quatro bispos tradicionalistas que foram excluídos da Igreja Católica em 1988 por terem sido ordenados sem permissão da Santa Sé.

Os quatro bispos lideravam a ultraconservadora Sociedade de São Pio 10 (SSPX), que tem cerca de 600 mil membros e rejeita modernizações na doutrina e nos cultos dos católicos romanos.

O Vaticano afirmou que as excomunhões foram retiradas depois que os bispos expressaram o desejo de aceitar os ensinamentos da Igreja e a autoridade papal.

Ao pôr fim a um cisma que afetou a Igreja Católica por 20 anos, o decreto parece prestes a desencadear uma das mais sérias crises nas relações entre católicos e judeus nos últimos 50 anos.

"Não temos intenção de interferir nos assuntos internos da Igreja Católica. No entanto, a ânsia de trazer um negador do Holocausto de volta para a Igreja vai causar danos às relações entre a Igreja e os judeus", disse à Reuters o embaixador de Israel no Vaticano, Mordechai Lewy.

Um dos quatro bispos, o britânico Richard Williamson, fez uma série de declarações negando a totalidade do Holocausto Nazista dos judeus europeus, fato aceito pelos historiadores atuais.

Em comentários à TV sueca, transmitidos na quarta=feira, ele disse: "Acredito que não houve câmaras de gás e também que somente 300.000 judeus morreram em campos de concentração nazistas, em vez de 6 milhões."

Williamson afirmou ainda: "Acredito que as provas históricas são amplamente contrárias a que 6 milhões tenham sido deliberadamente mortos em câmaras de gás, como uma política deliberada de Adolf Hitler."

O rabino David Rosen, que fica em Israel e chefia a seção de assuntos inter-religiosos do Comitê Judaico Americano, disse à Reuters:

"O papa anterior, João Paulo 2o, designou o antissemitismo como pecado contra Deus e o homem. A negação da amplamente documentada Shoah (Holocausto, em hebraico) é antissemitismo em sua forma mais ostensiva."

Ao ser indagado sobre os comentários de Williamson, o principal porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que eles eram totalmente "extrínsecos" em relação à suspensão da excomunhão.

"Este ato (o decreto) se refere à suspensão da excomunhão. Ponto", disse Lombardi aos repórteres. "Não tem nada a ver com opiniões pessoais, que são abertas a críticas, mas não pertinentes a este decreto."

Fonte: Reuters
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/01/24/ult27u69950.jhtm

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Germar Rudolf e os crimes nazistas

Tradução do artigo do Dr.Jonathan Harrison publicado em http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2007/09/germar-rudolf-on-nazi-crimes.html

Na sua introdução de Dissecting the Holocaust [Dissecando o Holocausto], Germar Rudolf afirma que "É preciso dizer aqui e agora que nenhum dos autores que contribuíram para o presente trabalho consideram-se ideologicamente com ligações ao Nacional Socialismo". As evidências apresentadas abaixo sugerem que esta declaração de Rudolf é falsa. Seus trabalhos publicados, são facilmente acessíveis on-line, são uma tentativa sistemática de desculpar o regime nazista usando um conjunto de técnicas que alternam entre negação, ofuscação, minimização e equivalência de falsa moral. É inconcebível que um projeto como este poderia ter sido realizado por alguém que não tenha alguma simpatia pelo regime nazista.

O repertório de retóricas e dispositivos de linguagem utilizados por Rudolf não está limitado à “Negação do Holocausto”; ele também bate em uma vasta literatura da política nazista, interna e externa. Por exemplo, Rudolf inclina-se fortemente para o trabalho de Ernst Nolte, que argumenta que a política genocida nazista foi um Überschießende Reaktion (ultrapassagem de reação) para ascensão do Bolchevismo soviético. Thomas Sheehan tem resumido com precisão esta posição:

Mr.Nolte diz de fato que a “a alegada aniquilação dos judeus” (como ele chama o Holocausto) pode ser justificada aos olhos de Hitler como “guerra preventiva”. Por um lado, Nolte alega que à partir do slide que passou pela cabeça de Hitler e alguns de seus alcólitos de “comunistas nos ameaçando” e “judeus nos ameaçando” não é totalmente irracional. Por outro lado ele pensa na declaração de Chaim Weizmann de 1939 sobre judeus e palestinos e o apoio da Grã-Bretanha a Hitler de “boas razões para não estar convencido da determinação de seus inimigos [judaísmo internacional, assim como os Bolsheviks] para aniquilá-los.

Rudolf endossa a citação de Nolte de que o anti-semitismo nazista surgiu dos “judeus que intimamente estavam emaranhados no comunismo”. Em seguida, ele cita uma observação de Jerry Z. Muller na passagem em que cita Nolte (fora de contexto), "Os Trotskies fazem as revoluções [ou seja, o Gulag], e os Bronsteins pagam as contas [do Holocausto]. Ele conclui que:

Assim parece compreensível que, o nacional-socialismo e os povos orientais lutando lado a lado por sua liberdade, equacionados os judeus, em geral, com o terror bolchevista e as atividades dos comissários, embora esse tipo de identificação, como radical e coletivo, foi injusto. No entanto, é plausível, pois, mais se tratava de judeus acima de tudo, que foram feitos para pagar a guerra com os partisans e outros crimes de guerra soviéticos. Qualquer um que (com razão) critica esta, no entanto, também não deve deixar de considerar que a culpa por este tipo de escalada de guerra no Oriente estava para acontecer. E claro que era para ser com Stalin, que, como um aparte, os judeus tinham tratado na sua esfera de influência, pelo menos, tão impiedosamente quando a guerra teve início, com Hitler.

Rudolf também cita Nolte nesta nauseante tentativa de equivalência moral entre a T4 [Operation T4, Eutanásia] e aborto:

Como Nolte[90], no entanto, não posso deixar de observar o espanto das pessoas que hoje ficam moralmente indignadas com o assassinato de 100.000 pessoas, geralmente com deficiência grave, talvez por razões de duvidosa "genética do bem-estar público" durante os 12 anos da ditadura Nacional Socialista, essas pessoas não ficam chocadas com o assassinato premeditado de fetos, um número de 4 milhões de pessoas nos últimos 12 anos, somente na Alemanha – assassinatos motivados apenas pelo materialismo e considerações egoístas. É evidente que a moral que julgamos hoje é completamente diferente de 55 anos atrás. Duvido que eles são melhores.

Esta falsa equivalência moral foi construída sob uma mentira. Contrariamente à falsa afirmação de Rudolf, o Programa T4 não só matava as crianças que eram “geralmente muito deficientes”. Além disso, Rudolf não pode sequer aproximar-se para condenar os assassinatos: ele afirma que eles eram “talvez duvidosos”.

É óbvio portanto que Rudolf está tentando minimizar a repugnância moral do T4. Além disso, é provável que Rudolf admita que o T4 existiu porque existe uma ordem escrita de Hitler e ele não pode pintá-la como uma falsificação. Isto é evidente a partir do fato de que ele está disposto a mentir sobre a documentação de apoio a outras atrocidades nazistas.
Por exemplo, Rudolf afirma que:

... foi irrefutavelmente comprovado que o alegado massacre de Babi Yar foi uma mentira atroz e sem substâncias[57], isto reconhecidamente joga a autenticidade, ou pelo menos, a confiabilidade de toda a série de documentos do IMT "URSS – Relatórios de Eventos" e todos os outros documentos em dúvida, e, consequentemente, todas as Unidades de assassinato em massa por si.[...] Ainda hoje, quando centenas de milhares de valas das vítimas de Stálin, estão sendo descobertas, muitas vezes por acidente, mesmo sendo 50 ou 60 anos após o fato, ainda estão sem vestígios de valas alemãs e locais de cremação, e, de fato, qualquer especulação pública se os métodos modernos podem ou não ajudar a localizar são evitados – afinal, nenhum desses lugares desapareceu sem deixar rastros, graças ao maravilhoso método, apenas os alemães sabiam...


Quando Rudolf não admite o assassinato em massa pelos nazistas, ele recorre a duas defesas fraudulentas. Em primeiro lugar conforme acima, ele usa o argumento infame de Nolte de que as mortes foram atos de guerra preventiva contra o bolchevismo. Em segundo lugar, Rudolf apresenta uma falsa imagem de partisan, e mentiras sobre a legalidade das ações anti-partisan nazistas. Se é verdade que as leis internacionais no período de 1939-1945 não proibiam represálias contra partisans, e colocaram limitações claras sobre essas represálias. Rudolf conhece estas limitações, mas deliberadamente escolheu não citá-las. Ele por isso, passa a enganosa impressão e que os nazistas ostentaram e agiram dentro da lei. Em particular, Rudolf mente sobre o princípio da proporcionalidade nesta discussão:

... Nós podemos terminar por dizer que não havia fixado direito comum no que diz respeito à proporcionalidade, muito menos no que diz respeito à proporção de 1:1. E assim temos que concordar com Lanternser, [111]que no caso italiano das Fossas Ardeatinas em 24 de março de 1944, dadas as circunstâncias particulares em Roma (apenas 20km do front de Nettuno), a execução ordenada de 330 italianos em represália pela morte de 33 policiais alemães[112] não excedeu a ordem militar, justificado pela necessidade.

Na realidade, o “Manual Britânico de Direito Militar” [The British Manual of Military Law], um documento que o próprio Rudolf cita em seu link, tinha tornado claro que a proporcionalidade não se aplicava no momento. Parágrafo 459, diz:


Os atos praticados por meio de represálias não devem, no entanto, serem excessivos, e não devem exceder o grau de infração cometida pelo inimigo.


Além disso, a discussão de Rudolf sobre a Ordem dos Comissários[Kommissar Order] mostra que a sua discussão sobre direito internacional foi uma deliberada ofuscação. Ele reconhece que a Ordem dos Comissários era "juridicamente insustentável", mas afirma que era "moralmente adequada." Ele alega também que o decreto não foi realmente posto em prática e que por fim foi revogado:

Seidler [11] publicou recentemente um estudo atualizado e equilibrado acerca da luta partisan da Wehrmacht, mostrando não só os desastrosos e provavelmente decisivos efeitos dos ataques partisans contra as unidades alemãs e, especialmente as suas provisões, mas ele também comprova que a maioria das reações alemães foram totalmente abrangidas pelo direito internacional, embora nem sempre a longo prazo. Além disso, ele mostra que ordens superiores quebraram as leis internacionais, (por exemplo, a infame "Kommissar order", que pode ser considerada moralmente adequada, mas politicamente estúpida e judicialmente insustentável) foram, na maioria dos casos sabotados pelas unidades no front, e essas ordens, depois de longa duração e maciços protestos, foram finalmente revogadas.

Concluindo, portanto não hà nenhuma atrocidade nazista que Rudolf condena inequivocadamente. Represálias contra civis, eutanásia e assassinatos do T4 e assassinatos de membros do Partido Comunista Soviético são todos defendidos nos escritos de Rudolf. Sua recusa de ser um simpatizante nazista pode, portanto, ser rejeitada por uma transparente tentativa de esconder o conteúdo pró-nazista de sua própria escrita. (grifos do tradutor)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Hipocrisia e investigação de crimes (Parte 2)

A hipocrisia dos negadores apontada na Parte 1 também pode ser encontrada no trabalho de seu guru, Germar Rudolf.

No capítulo 8 do 'The Rudolf Report'(Relatório Rudolf), ele faz esta afirmação:
Alguém pode depois de tudo entender que esses autores poloneses fizeram suas carreiras na Polônia comunista, e que, poloneses patriotas não podem, sob quaisquer circunstâncias, permitir o questionamento de 'Auschwitz' como uma justificação moral para a limpeza étnica pelos poloneses dos prussianos do Leste, pomeranos do Leste e silesianos depois do fim da Segunda Guerra Mundial como um resultado da morte de uns três milhões de alemães, como também em sendo o maior roubo de terra da história moderna.
Rudolf não dá nenhuma fonte para a estimativa de "três milhões". Alguém pode então perguntar por que Hargis e Gerdes não estão exigindo que ele forneca ao menos uma prova física? "Apenas um dente...uma única bala usada".

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/01/hypocrisy-and-forensics-part-2.html
Tradução(português): Roberto Lucena

Ver também: técnicas dos negadores do Holocausto

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Hipocrisia e investigação de crimes (Parte 1)

Quando aparece um caso no qual as vítimas eram 'alemães étnicos', negadores deixam cair suas posturas negacionistas e de repente começam a usar técnicas de 'convergência de evidência' que eles rejeitam quando aplicadas às valas em massa do Holocausto. Isto pode ser ilustrado com dois exemplos recentes.

Primeiramente, esta discussão da Cesspit debate a escavação de uma vala em Malbork contendo 1.800 corpos. Como acreditei na 'convergência de evidência' e na 'inferência para a melhor explicação', estou satisfeito em concordar que a melhor explicação da atual evidência é de que algumas ou todas essas pessoas foram assassinadas por autoridades soviéticas ou comunistas poloneses em 1945. O que é notável, entretanto, é que muitas das provas hiper-positivistas exigidas por negadores não estão presentes em relatórios deste evento. De acordo com esta discussão da AHF, não há quaisquer relatórios sobre dentes ou balas terem sido escavados. Onde estão as exigências de Gerdian por "apenas um dente...ou uma bala usada"? Não há também quaisquer fotografias da vala em massa completa. Mesmo o usuário regular da Cesspit, Turpitz, está ciente desta discrepância e teve que elaborar uma hipótese conspiracionista absurda para dar conta disto:
Eu queria saber o porquê deles não terem mostrado à gente os 1800 esqueletos restantes? Será que é por causa da vergonha que as fotos comunistas forjadas causariam?
O segundo exemplo é esta discussão sobre a Lusitânia. Eu tenho mostrado nesta Memory Hole* da discussão como Hargis teria tratado a cobertura do jornal sobre esta investigação se tivessem sido vítimas judias.

Parte 2

*Nota: Memory Hole, termo técnico usado em informática, "buraco de memória"

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/01/hypocrisy-and-forensics-part-1.html
Tradução(português): Roberto Lucena

Ver também: técnicas dos negadores do Holocausto

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Goebbels volta às bancas - Jornais nazis estão a ser reimpressos na Alemanha

Goebbels volta às bancas

Jornais nazis estão a ser reimpressos na Alemanha

E se nos quiosques alemães voltarem a estar à venda jornais com artigos de Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, a elogiar o seu líder e a criticar a imprensa judaica? Segundo a BBC, é isso que está a acontecer neste momento na Alemanha, onde a polémica estalou com uma nova iniciativa – a reimpressão de jornais nazis.

Este projeto tem como objetivo ensinar os alemães acerca do seu passado e dos crimes cometidos por Hitler, não através de manuais escolares, mas de jornais da época.

No vídeo disponível no site da BBC, o jornalista Steve Rosenberg, tem nas suas mãos “Der Angriff” (O Ataque) de dia 13 de Janeiro de 1933, um jornal de propaganda nazi onde consta o referido artigo de Goebbels (que aliás se tornaria editor do jornal em 1936). O jornal não é um artigo de coleção, nem foi adquirido numa cave secreta de neo-nazis, foi comprado num comum quiosque alemão.

O responsável por esta iniciativa é Peter McGee, um editor inglês, consciente da polémica que uma incitativa destas iria provocar. “Há duas opções: uma é deixar o material trancado nos arquivos; outra é trazê-lo para a opinião e debate público. Isso está a acontecer agora, as pessoas estão a discuti-lo e é material forte”, afirmou à BBC.

Desde o fim da II Guerra Mundial que a Alemanha tem regras estritas que proíbem propaganda nazi. No entanto, os responsáveis pela reimpressão dizem que esta é uma forma de não deixar os crimes contra a humanidade perpetrados por Hitler caírem no esquecimento ou que os movimentos neo-nazis consigam distorcê-los.

Importa também referir que, além das publicações de inspiração nazi, estão também a ser reimpressos jornais da oposição que acabaram por ser fechados por Hitler.

Fonte: Público(Portugal, 14.01.2009)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1356081&idCanal=61

Mais de 1 milhão visitaram Auschwitz em 2008

Varsóvia, 19 jan (EFE).- Mais de 1,1 milhões de pessoas visitaram em 2008 o campo de concentração de Auschwitz-Bierkenau, ao sul da Polônia, dos quais cerca de 700 mil foram jovens interessados conhecer o local onde a barbárie nazista assassinou cerca de 1 milhão de judeus na 2ª Guerra Mundial.

Apesar dos bons dados, o número de visitantes não foi tão alto quanto o registrado em 2007, quando superou todos os recordes, com mais de 1,2 milhões de entradas, segundo reconheceu hoje a direção do centro de Auschwitz.

A maioria dos visitantes foi de poloneses (mais de 400 mil), seguidos pelos britânicos (110 mil), americanos (75 mil), alemães (60 mil) e israelenses (45 mil).

O museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947, no antigo campo de concentração, o maior do nazismo, onde entre 1940 e 1945 foram assassinados 1,1 milhões de pessoas, sendo 90% judeus.

O campo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto no mundo todo. EFE

Fonte: EFE/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL962137-5602,00-MAIS+DE+MILHAO+VISITARAM+AUSCHWITZ+EM.html

Foto: BBC
Um ex-prisioneiro, Michnol Jerzy, mostra fotos de seus parentes enquanto ele atravessa o campo.
http://news.bbc.co.uk/2/hi/in_pictures/5026046.stm#

Napoleão e holocausto, por Kubrick?

(BR Press) - Os 13 longa-metragens que Stanley Kubrick realizou ao longo de sua carreira são amplamentes conhecidos pela mídia e o público. Obras como Laranja Mecânica, 2001: Uma Odisséia no Espaço e O Iluminado têm uma horda de fãs tão grande que criticá-las é quase uma ousadia. O que poucos cinéfilos conhecem, no entanto, são os filmes que Kubrick quis fazer mas não conseguiu.

Entre os arquivos doados pela família de Kubrick à Universidade de Artes de Londres, em 2007, estão diversos documentos relativos a, por exemplo, Aryan Papers, um filme sobre o holocausto que nunca saiu do papel. Segundo uma reportagem do jornal espanhol El País, a quantidade de material sobre o tema acumulada pelo diretor sugere um gigantesca dedicação ao projeto.

Kubrick, um judeu não praticante, se debruçou sobre diversos textos e fotos da época e chegou a fazer a prova fotográfica do figurino daquela que seria a personagem principal da obra: um judia polonesa que, junto com seu sobrinho, se passa por católica para fugir à perseguição nazista. Apesar do empenho do diretor, o projeto de Aryan Papers acabou abandonado definitivamente em 1993, depois que Spielberg lançou A Lista de Schindler.

Além do filme sobre o holocausto, Kubrick se envolveu também na produção de uma obra sobre o imperador francês Napoleão Bonaparte. E, de acordo com o El País, o teria feito durante nada menos que 30 anos. O altíssimo custo de realização do projeto, porém, teria sido a causa de seu insucesso.

Fonte: BR Press/Yahoo! Brasil
http://br.noticias.yahoo.com/s/14012009/11/entretenimento-napoleao-holocausto-kubrick.html

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