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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Gottfried Küssel - Líder neonazi austríaco condenado a 9 anos de prisão

Líder neonazi austríaco condenado a 9 anos de prisão
Por Rachel Hirshfeld
Publicado em: 15/01/2013, 1:46 AM

Prisão (foto)
Um tribunal de Viena condenou uma figura que é líder neo-nazista na Áustria a nove anos de prisão por seu envolvimento no lançamento de um site de extrema-direita que glorifica o nazismo.

Gottfried Küssel, 54, é "uma figura de destaque na cena de extrema-direita" e já havia sido condenado por problemas semelhantes, incluindo uma condenação de 11 anos em 1994, disse a juiz,a Martina Krainz, anunciando o voto do júri de 5-3 por sua condenação.

A plataforma de discussão "Alpen-Donau" foi fechada no mês passado, depois que promotores em Viena pediram a seus homólogos nos EUA para dar assistência pelo fato da página ter funcionado através de um servidor localizado nos Estados Unidos, o que impossibilita os oficiais austríacos a tomarem medidas, informou o The Austrian Times.

Krainz disse que a Internet é crucial para espalhar a ideologia neo-nazista, que é proibida na Áustria, e, por essa razão, o tribunal havia imposto uma punição severa a Küssel, bem como a dois outros réus que receberam sentenças de prisão de sete e quatro anos e meio.

Gottfried Küssel
O advogado de Küssel, Michael Dohr, disse que vai recorrer da condenação. "Eu esperava uma absolvição por causa da prova muito tênue. Havia apenas provas circunstanciais, não mais que isso", disse ele em comentários transmitidos pela rádio pública austríaca ORF.

De acordo com o The Austrian Times, Küssel também é suspeito de esconder uma instalação onde os neonazistas podiam se encontrar em Viena pela marca da propriedade que funcionava como uma "lanchonete nacional de comida orgânica."

Dezenas de nacionalistas e skinheads tomaram as ruas da cidade alemã de Dortmund na noite de terça-feira para protestar contra a prisão de Küssel.

Oskar Deutsch, líder da comunidade judaica de Viena, disse recentemente que o número de incidentes antissemitas no país quase dobrou em relação ao ano passado.

Deutsch disse ao jornal Kurier que a comunidade judaica registrou 135 incidentes desse tipo no ano passado, em comparação a 71 ocorridos em 2011.

Fonte: Arutz Sheva/The Austrian Times
http://www.israelnationalnews.com/News/News.aspx/164190
Tradução: Roberto Lucena

Curiosidade, matérias do El País (Espanha) de 1991 e 1993 com o Gottfried Küssel:
1. Criar o IV Reich. O líder dos neonazis alemães ressuscita as ânsias imperiais
2. Um tribunal austríaco condena a dez anos de prisão o neonazi Küssel

***

Comentário: uma vez chegou um email pro blog perguntando, cínica ou tolamente pois não acredito que uma pessoa que tenha contato com o negacionismo não veja de imediato a ligação da negação do Holocausto com grupos neofascistas, qual a ligação entre neonazis e negação do Holocausto. Ou foi sobre isso ou sobre o David Irving, mas o teor da pergunta ia nessa direção.

Particularmente acho que nem seria o caso de se responder mais uma pergunta dessas, ou por ser algo óbvio demais e também por falta de paciência (pergunta óbvia demais irrita), mas fica aí o registro com um monte de provas e reportagens mostrando a ligação umbilical entre neonazismo, extrema-direita fascista e negação do Holocausto. Querer negar algo tão escancarado, ou é desonestidade intelectual, ou desespero de simpatizantes desse tipo de credo não assumindo o que defendem (ou ambos).

Só mais um aviso já que há perfis com a cara-de-pau de dar uma de "joão-sem-braço" pra vir aqui comentar fomentando picuinha como se ninguém tivesse "entendido" a real intenção disso: a quem queira comentar a matéria? À vontade, de preferência sem fakes. Mas por favor, não tragam fofoca citando sites "revis" brasileiros aqui pra tentar fomentar "discussão" (idiota) pois o pessoal sabe quais as fontes de propagação "revis" no país e portanto não precisa ser "alertado" sobre sites, tampouco o blog não vai servir de meio de propagação dessa lixarada. Qual a razão do aviso? Simples: posso não publicar comentários desse tipo ou deixar passar pra descer a sola no conteúdo do comentário. Dúvidas? Favor ler o post e os outros posts com avisos (clicando na tag do post): Divergências políticas.

sábado, 13 de outubro de 2012

Código Penal castigará a negação do Holocausto e incitação do ódio e da violência

Madrid, 11 out.- O ministro da justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, anunciou que a reforma do Código Penal tipificará a incitação do ódio ou da violência por raça, religião ou origem, assim como o negacionismo de crimes de genocídio, especificamente o Holocausto, se houver alento a atos violentos.

Gallardón, na coletiva de imprensa posterior ao Conselho de Ministros, que hoje deu o visto de aprovação do anteprojeto da reforma penal, destacou que estas medidas molduram o compromisso do governo na luta contra o racismo, a xenofobia e a discriminação ideológica.

A nova regulação desses delitos será feito de acordo com a doutrina constitucional e contemplará também punições para os atos e condutas que afetem à dignidade das pessoas através da humilhação ou o desprezo, além de levar em conta o ódio ideológico como motivo para executar esses delitos.

Assim avançou o ministro, que assinalou que com estas medidas o governo vai mais longe inclusive da doutrina do Tribunal Constitucional nessa luta contra o racismo e a xenofobia.

Em concreto, a reforma do Código Penal, que também incluirá pela primeira vez na legislação espanhola a prisão permanente revisable e a custódia de segurança, tipificará a incitação do ódio e a violência contra grupos determinados por raça, religião, ascendência ou origem nacional ou étnica incluindo a divulgação de textos ou imagens.

Assim mesmo, pretende-se tipificar a apologia, trivialização flagrante ou negação de crimes de genocídio, contra a humanidade ou de guerra como forma de incitação do ódio e da violência, e neste capítulo se punirá especificamente os atos de negação do Holocausto, sempre que sejam acompanhados de incitação do ódio ou de violência. EFE

slp.lca/mlb
lainformacion.com

quinta-feira, 11/10/12 - 12:06

Fonte: EFE/lainformacion.com (Espanha)
http://noticias.lainformacion.com/policia-y-justicia/legislacion/c-penal-castigara-negar-el-holocausto-si-se-incita-al-odio-y-la-violencia_T2aCKbV0wUKKWZBc7buHj1/
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Antissemitismo no CODOH (a 'central' do "revisionismo")

Encontrar antissemitas no CODOH é como pescar peixe num barril, mas vale a pena reunir os casos em que Jonnie Hargis permite ficar no fórum. Eu os reproduzi sem comentar porque seu ódio e veneno são óbvios a qualquer leitor não insano.

Em 6 de maio de 2005, 'steve' (que tem 149 postagens no CODOH) escreveu:
Você parece muito irritado com o fato de que alguns de nós têm claramente um problema com os judeus. Bem, e se estivéssimos certos sobre a grande farsa? Isso significaria que todos os judeus "testemunhas oculares" são um bando de mentirosos imbecis. Imagine isso. Todas essas histórias incríveis. Não são os irlandeses dizendo todas essas mentiras. Eles são/eram judeus! Imagine o Holocausto como uma grande mentira.

[...]

Se realmente for o caso do Holocausto ser uma mentira, certamente você pode entender porque alguns de nós estarem muitos chateados com os judeus. Afinal, não é razoável? Se o H (Holocausto) for uma mentira não ter um problema com os judeus? Isso não seria uma reação natural? Claro, não estou dizendo que se deve odiar TODOS os judeus (eu gosto de Bobby Fischer, por exemplo), mas estou dizendo que se o H (Holocausto) for de fato uma grande mentira, o sentimento anti-judaico é perfeitamente compreensível.
No mesmo ano, Turpitz postou a visão de Bobby Fischer de que "Os Estados Unidos é uma farsa controlada por sujos, judeus bastardos circuncidados de nariz adunco"; Turpitz comentou, "e quem sou eu para não concordar com ele?"

O moderador Jonnie Hargis afirmou que as vítimas alvejadas pelos Einsatzgruppen não eram inocentes:
- Os judeus eram bastante ativos na atividade ilegal de grupos terroristas partisans (combatentes não-uniformed), eles sofreram casualidades através das ações anti-terroristas dos Einsatzgruppen, eles certamente não eram 'inocentes'.
Na mesma discussão, ele defendeu o assassinato de crianças judias:
Na realidade, mulheres e crianças estavam envolvidos em terrorismo partisan, então eu sugiro que você leia a lei internacional do período.
Hargis tem um problema com Chomsky:
Eu tendo a concordar com a afirmação de que Chomsky é uma fraude dos direitos humanos. E nem precisa mencionar seu judeu-centrismo nas ideias marxistas que historicamente se comprovaram ser impraticáveis.
O que exatamente significa o 'exceto judeu-centrismo marxista' na mente de um nazi?

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2011/11/antisemitism-at-codoh.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Estônia ri dos crimes dos nazistas

Artiom Kobzev. 6.09.2012, 19:24

Auschwitz-Birkenau. Alemanha Nazismo
RIA novosti
Parece que a Estônia consolida a fama de Estado onde os crimes dos nazistas são motivo de piadas. Mal cessou o escândalo com o uso da foto dos portões do campo de concentração de Auschwitz, no comercial de firma de gás, quando veio a tona novo fato. Desta vez em jornal local surgiu um anuncio de comprimidos para emagrecer, impresso tendo por fundo uma fotografia de prisioneiros de Buchenwald.

O primeiro que chamou a atenção para o anúncio provocador foi o vice-prefeito de Tallin, Mikhail Kilvart. Em sua página na rede social Facebook ele publicou a fotografia da página de jornal com o anúncio impresso sobre a imagem dos prisioneiros famintos do campo de concentração. A foto no jornal estava acompanhada da inscrição: “Os comprimidos do doutor Mengele fazem milagres”. E embaixo da foto mais um lema: “Em Buchenwald não havia nenhum gordo”. Tudo isto causou a indignação de Kilvart. “Como é possível brincar com o extermínio em massa de pessoas” – escreveu ele no Facebook.

A pergunta: por que na Estônia são possíveis tais publicações, deve ser endereçada às autoridades da república – diz o diretor da Fundação “Memória Histórica”, Alexander Diukov.

“Aqui tem lugar uma incompreensão exata do que foi o nazismo, o que foi Auschwitz e quem foi o doutor Mengele. Na verdade isto não é surpreendente, porque é difícil esperar conhecimentos sobre o nazismo de habitantes de um país em que são considerados heróis os legionários das SS. Isto é, aqueles que combateram ao lado dos nazistas. Nós vemos que na Estônia o nazismo não foi condenado como tal”.

Poder-se-ia prevenir semelhantes escândalos se fossem introduzidas normas jurídicas correspondentes. Em uma série de países da Europa vigoram leis voltadas contra as pessoas que negam, justificam ou diminuem os crimes dos nazistas. É verdade que nenhuma lei ajuda se as pessoas não tiverem educação elementar – lamenta o advogado israelense Eli Hervitz.

“É impossível com métodos jurídicos incutir nas pessoas senso de humor e a compreensão do que não se relaciona, e não pode se relacionar com nenhum senso de humor. A jurisprudência é parecida com um machado, mas existem muitos problemas que devem ser resolvidos com bisturi – com a educação. Como obrigar as companhias a não brincar desse modo. Em qualquer país que se preze não é preciso decretar leis para isto. Qualquer companhia que, na América, Israel, ou na Alemanha, se permitisse tal campanha publicitária, simplesmente estaria se condenando à morte econômica.”

“Os comprimidos do doutor Mengele” não é o primeiro anúncio estoniano que explora o tema do Holocausto. Há umas duas semanas uma companhia que vende equipamentos de gás alemães, publicou em seu site uma foto dos portões do campo de concentração de Auschwitz. Como explicou o diretor executivo da firma, o aquecimento a gás é associado com o Holocausto. “Nós ouvimos com frequência a anedota de que Hitler suicidou-se porque recebeu a conta de gás” – acrescentou ele.

Deve-se assinalar que os publicitários também de outros países às vezes usam imagens relacionadas com o nazismo. Mas estas são mostradas exclusivamente como algo terrível. E somente as firmas estonianas recorrem a elas para promover suas mercadorias e serviços.

Fonte: Voz da Rússia
http://portuguese.ruvr.ru/2012_09_06/87438097/

Ler mais:
Estonia: fotos de prisioneros de Buchenwald para promocionar píldoras para adelgazar (RT)

sábado, 22 de outubro de 2011

Oi condenada em caso de apologia ao nazismo

Multa de mais de quatro milhões de euros por a operadora se recusar a identificar funcionário que criou comunidade com mensagens de ódio e discriminatórias na rede social Orkut.

A empresa Telemar Norte Leste, proprietária da Oi [e detentora de 7% da Portugal Telecom], foi condenada pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) a pagar uma indemnização de 10 milhões de reais [mais de quatro milhões de euros], num caso de apologia ao nazismo cometida por um dos seus funcionários no Estado. As informações são da Assessoria de Comunicação do Ministério Público.

Na sentença, o MPF afirma que a Oi se negou, por várias vezes, a cumprir ordens judiciais para identificar o seu funcionário, que no horário de serviço e usando o equipamento da empresa, fez apologia ao nazismo numa comunidade da rede social Orkut.

De acordo com o Ministério Público, a página online em questão “propagava injúrias e ofensas a pessoas negras, incitando ao ódio e à discriminação racial, além de divulgar mensagens de apologia ao regime liderado por Hitler”.

Entender o caso

No início das investigações, em 2010, a Oi chegou a identificar, com base no endereço de IP (Protocolo de Internet), que a comunidade havia sido criada por um morador de Varginha. Mas o MPF descobriu, ao verificar datas e horários de acesso do utilizador ao site, que o computador usado estava instalado num endereço diferente do informado pela Oi.

Após ser intimada a prestar esclarecimentos sobre o assunto, a empresa disse então que os acessos foram feitos em máquinas instaladas no seu próprio prédio. Depois disso, a Justiça do Estado requereu mais informações sobre o utilizador à Oi, que ignorou a ordem judicial por três vezes, sem enviar resposta.

Depois de um ano de adiamentos e avisos sobre possíveis medidas judiciais por não atender à decisão da Justiça, a Oi respondeu dizendo ser impossível identificar o funcionário por causa do “grande lapso temporal” passado e de “questões técnicas operacionais”.

O procurador da República, Marcelo Ferreira, classificou de “afronta ao poder judicial e a toda a colectividade” a resposta da Oi. Para ele, o suposto lapso temporal foi causado pela própria operadora, que não revelou os dados antes.
O Ministério Público Federal deu então entrada a uma acção civil pública, pedindo que a Oi fosse condenada ao pagamento de indemnização por dano moral colectivo. Para o juiz federal da subseção de Varginha, a condenação ao pagamento desses 10 milhões é “a única medida passível de ser aplicada como forma de inibir novas práticas”. A Oi ainda pode recorrer da decisão.

Contradições

Ao contestar a acção da justiça recentemente, a Oi chegou a afirmar que o computador usado no crime tinha ficado à disposição do público em geral. Assim, diz a operadora, qualquer pessoa podia ter praticado o acto, sem nenhuma participação da empresa e dos seus funcionários. Mas o MPF afirma que foi provado que o prédio da Telemar em Varginha nunca ofereceu serviços de “LAN house”. E os acessos ocorreram fora do horário de trabalho, o que aponta para uma pessoa que tinha acesso ao prédio após o horário de atendimento ao público.

Outra contradição apontada pelo Ministério Público é que a Oi, na mesma afirmação para contestar a acção, disse que o passar do tempo trouxe melhorias técnicas que ajudariam a identificar a máquina de onde teriam partido as mensagens. Mas o juiz lembrou que se o decurso do tempo trouxe essas melhorias, então esse “lapso temporal”, em vez impedir a identificação do suspeito, como afirma a Oi, estaria na verdade a ajudar o cumprimento da ordem judicial pela operadora.

Durante o trâmite da acção, a Justiça enviou um ofício para que a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) tomasse providências sobre o assunto. O órgão federal chegou a instaurar um processo administrativo para apurar o caso, mas o mesmo acabou arquivado.

Até ao fecho desta reportagem, a Oi não respondeu às questões sobre este assunto.
(IDG Now!)

Fonte: computerworld/IDG Now!(Portugal/Brasil)
http://www.computerworld.com.pt/2011/10/21/oi-condenada-em-caso-de-apologia-ao-nazismo/

Ler também:
http://exame.abril.com.br/negocios/gestao/noticias/acusada-de-apologia-ao-nazismo-oi-e-multada-em-r-10-mi

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Justiça de SP condena homem por racismo no Orkut

Ele teve pena de reclusão transformada em prestação de serviços.
Réu usou tio negro como testemunha de defesa.
Do G1 SP

A juíza Maria Isabel Rebello Pinho Dias, da 16ª Vara Criminal de São Paulo, condenou um homem de 27 anos acusado de racismo pela internet a dois anos, quatro meses e 24 dias de prisão. Ele respondeu a um processo originado em 2008 pelo crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. As agressões foram difundidas por meio do site de relacionamentos Orkut. Como a condenação foi inferior a quatro anos de reclusão e o acusado é réu primário, a pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade. A sentença é de 28 de fevereiro de 2011.

O Ministério Público Estadual acusou o homem de ter adicionado no seu perfil do Orkut as comunidades "coisas que odeio: preto e racista", "Adolf Hitler Lovers", "Sou racista" e "racista não, higiênico!". De acordo com a sentença, o rapaz afirmou que há negros em sua família e não tinha motivos para ser racista. Ele reconheceu que fez comentários infelizes, mas disse que na época não pensava sobre suas consequências.

A juíza não cedeu a esse argumento. "Em que pese o acusado sustentar que apenas fez comentários infelizes, com intenção de brincadeira e discussão, tal alegação deve ser rechaçada, pois não é admissível que a livre manifestação de pensamento seja usada como subterfúgio para condutas abusivas e lesivas a um dos objetivos da República Federativa do Brasil, qual seja, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação", disse a juíza.

Um homem negro se apresentou como testemunha de defesa e disse ser tio do réu. A juíza entendeu que isso em nada beneficiou o acusado. "Possuindo pessoas do seu círculo familiar da raça negra, o réu deveria dar o exemplo, abstendo-se de colocações racistas, há tanto tempo combatidas em nossa sociedade."

De acordo com o promotor de Justiça Christiano Jorge dos Santos, o agressor é integrante de uma família de classe média baixa, tinha cursado apenas o ensino médio e vivia às custas da avó. O promotor realizou investigações de crimes de racismo na internet que chegaram à pagina do acusado. Um estagiário do Ministério Público entrou em contato com o rapaz, que admitiu as mensagens racistas.

Fonte: G1
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/05/justica-de-sp-condena-homem-por-racismo-no-orkut.html

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Neonazistas ajudam a convocar "ato cívico" pró-Bolsonaro em São Paulo

Em São Paulo

Uma manifestação de apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) está sendo convocada na internet para o próximo sábado (9), às 11h, no vão do Masp, em São Paulo. O protesto, batizado de “ato cívico”, está sendo divulgado em rede sociais como o Orkut e no fórum “Stormfront.org”, administrado pelo movimento neonazista “White Pride World Wide” .

Reprodução de logo criado para
divulgar o ato pró-Bolsonaro no Orkut
No fórum, o tópico utilizado para divulgar a manifestação foi aberto ontem e apagado hoje, mas o cache do Google que indexa as páginas apagadas registrou as mensagens.

A convocatória, publicada por um membro denominado “Erick White”, diz: “Vamos dar o nosso apoio ao único Deputado que bate de frente com esses libertinos e Comunistas!!! Será um manifesto Cívico, portanto, levem a família, esposas, filhos e amigos... (sic)”.

O autor finaliza a mensagem os números “14/88”, simbologia nazista que faz referência a Adolfo Hitler e ao nacionalista norte-americano David Lane, defensor do mito da supremacia branca.

No Orkut, onde não há referências racistas ou nazistas explícitas, o ato foi divulgado em comunidades de apoio a Bolsonaro. São elas: “Sou fã do dep. Jair Bolsonaro”, com 4.086 membros; “Jair Bolsonaro para Presidente” (2.469 membros); “Bolsonaro é o cara” (71). Entre todas as comunidades no Orkut sobre o deputado, as três mais numerosas demonstram apoio a Bolsonaro.

Bolsonaro
As recentes polêmicas envolvendo o parlamentar começaram com um quadro do programa humorístico “CQC” exibido no último dia 28. Nele, a cantora Preta Gil perguntou ao deputado: “se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?”

A resposta, considerada racista por Preta Gil e por colegas de Bolsonaro no Congresso Nacional, foi a seguinte: “ô, Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu".

O deputado afirmou que se confundiu com a série de perguntas feitas no quadro e não se referiu aos negros em sua resposta.

Desde o episódio, Bolsonaro deu uma série de entrevistas nas quais fez criticas a homossexuais e elogios a ditadura militar.

Fonte: UOL Notícias
http://noticias.uol.com.br/politica/2011/04/06/neonazistas-ajudam-a-convocar-ato-civico-pro-bolsonaro-em-sao-paulo.jhtm

quarta-feira, 30 de março de 2011

Tribunal revisa a condenação por venda de material nazi na livraria Kalki de Barcelona

Efe | Europa Press | Barcelona

Os acusados, durante o julgamento
O Tribunal Superior celebrará nesta quarta-feira uma audiência para revisar a sentença ditada em 2009 pelo Fórum Provincial de Barcelona que condenou a penas de até três anos e meio de cárcere, quatro responsáveis pela desaparecida livraria Kalki da cidade condal e de uma editora de Molins de Rei (Barcelona) por vender material de ideologia nazi.

A Sala que deliberará sobre este assunto será integrada pelos magistrados Adolfo Prego, Andrés Martínez Arrieta, Alberto Jorge Barreiro, Diego Ramos e Miguel Colmenero, que serão componentes da resolução, segundo informaram fontes do alto tribunal.

A sentença ditada em outubro de 2009 pela Audiencia de Barcelona considerava provado que, entre janeiro e julho de 2003, os condenados venderam, através da livraria situada na rua Argenter do bairro de Sant Pere e de sua página web, todo tipo de publicações nas quais se justificava e exaltava o regime nazi e se incitava o genocídio do povo judeu.

Segundo o tribunal, alguns dos livros e revistas confiscados da livraria e dos domicílios particulares também incitavam a discriminação, a exclusão e a eliminação de distintos grupos raciais e sociais enquanto que exaltavam e justificavam os regimes fascistas totalitários baseados na supremacia da raça ariana.

Assim mesmo, alguns documentos ridicularizam ou banalizam o Holocausto, o que, para os magistrados, equivale a justificá-lo.

A venda deste tipo de livros constitui um delito contínuo de difusão de ideias genocidas e outro contra os direitos fundamentais e às liberdades públicas, segundo recordou a Audiência de Barcelona.

Em concreto, condenou-se a Ramon B.F., presidente do neonazi Círculo de Estudos Indoeuropeus (CEI), a três anos e meio de prisão e a pagar 6.000 euros de multa pela difusão de ideias genoidas, um delito contra os direitos humanos e outro de associação ilícita.

Assim mesmo, a Audiência impôs a Oscar P.G., propietário da livraria e dirigente do CEI, a pena de três anos e meio de cárcere e uma multa de 3.600 euros pelos mesmos três delitos. Carlos G.S., dirigente do CEI, foi condenado pelos mesmos delitos a três anos de prisão e 3.240 euros de multa, enquanto que o quarto acusado, Antonio L.S., propietário da editora, foi condenado com dois anos e meio de cárcere e 2.400 euros de multa por difusão de ideias genocidas e um delito contra os direitos humanos.

O CEI, fundado em Valência em 1997 por Ramón B.F., promovia esta ideologia. Tinha como lema "Irmandade Ariana", e como símbolo, as iniciais deste, I e A(em espanhol H e A), que coincidem com as de Adolf Hitler.

Além disso, obrigava a todos seus membros a vestir uniforme, com camisa parda e pantalonas e botas botas militares, além do bracelete com o símbolo da entidade.

Os dirigentes do grupo pretendiam ser uma espécie de "Estado Maior", autodenominado "SS", que poderia impôr um sistema fascista em qualquer lugar da Europa ainda que o impusesse militarmente. O juramento para pertencer ao grupo paramilitar prometia fidelidade eterna a Hitler e suas ideias.

As investigações começaram em finais de 2002 depois de ter conhecimento de que, através da livraria e da editora, distribuia-se este tipo de material. A citada livraria vendia os livros editados pela empresa editorial, pelo que os Mossos estabeleceram um vínculo profissional e comercial entre os detidos.

Nos registros praticados em julho de 2003 e maio de 2004, os agentes interceptaram 10.000 livros, fitas de vídeo, revistas, publicações em outras línguas, "fanzines" e suásticas. A maioria das publicações eram distribuídas na Europa, sobretudo na França e em Portugal, assim como na América do Sul, principalmente no Chile. A sentença ordena o confisco de todo o material.

Devido à pressão policial, em maio de 2005 o CEI se dissolveu e em novembro de 2006 ingressaram 18.000 euros na condenação em favor das Comunidades Israelitas de Barcelona, SOS Racismo e Amical Mathausen, que se fizeram presentes no julgamento como acusações populares.

Um caso parecido a este foi o da livraria Europa, do bairro de Gràcia de Barcelona, cujo propietário, Pedro Varela, foi condenado por justificar também o Holocausto.

Fonte: Europa Press/elmundo.es (Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2011/03/30/barcelona/1301464457.html
Tradução: Roberto Lucena

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