sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Richard Millet - A extrema-direita dá as caras na França apoiando o assassino norueguês

"Breivik é o que a Noruega merece" - escritor francês causa polémica

Richard Millet, um respeitado escritor francês, está a provocar uma acesa polêmica depois de ter afirmado que o autor confesso dos ataques de Oslo, Anders Breivik, é "sem dúvida o que a Noruega merece".

Depois de ler as 1.500 páginas do manifesto online de Anders Breivik, Richard Millet disse não aprovar os ataques, que provocaram a morte a 77 pessoas, mas enalteceu as palavras do extremistas norueguês contra o multiculturalismo e a imigração.

O autor salienta que Breivik, condenado na semana passada a 21 anos de prisão, "é filho de uma família fraturada".

Vencedor de vários prêmios literários em França, Millet vê-se assim no meio de polêmica, que já levou outros autores a criticá-lo e a considerar que "ele perdeu a cabeça".

Fonte: Diário Digital (Portugal)
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=589518

Ver mais:
French writer forced to quit top post over Breivik essay (France24.com)
Norway deserved Breivik says respected French writer (RFI, França)
Writer's essay on Breivik killings provokes outrage (Irish Times, Irlanda)
French writer blasted for 'eulogy' to mass killer Breivik (France24.com)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"O Cônsul de Bordéus" - Um filme faz justiça ao "Schindler português"

Um filme faz justiça ao "Schindler português"

O Cônsul de Bordéus* Sousa Mendes
Foto: Divulgação

O filme hispano-português "O Cônsul de Bordéus" (em francês "Bordeaux") busca fazer justiça à figura do diplomata luso Aristides de Sousa Mendes, um herói convertido em pária em seu país e pouco conhecido no resto do mundo que salvou 34.000 pessoas do nazismo concedendo-lhes vistos para fugir da França ocupada.

A história de Sousa Mendes (Carregal do Sal, 1885 - Lisboa, 1954) é muito menos popular que a de Oskar Schindler, em que pese que o diplomata - também conhecido como o "Schindler português"- resgatou a um número de pessoas 30 vezes maior a do empresário alemão levado ao cinema por Steven Spielberg.

Este "esquecimento histórico" se deveu à vontade dos próprios fugitivos do Holocausto de deixar para trás um traumático passado, mas também ao desprestígio e a defenestração que sofreu Sousa Mendes por parte do regime de Antônio de Oliveira Salazar, explicou hoje à EFE o diretor do filme, João Correa.

Enquanto que Schindler contratou em sua fábrica cerca de 1.100 judeus para ocultá-los das autoridades nazis, Sousa Mendes aproveitou seu cargo como cônsul português em Bordéus (França) para conceder 34.000 vistos - entre eles 10.000 judeus - a pessoas que fugiam das forças ocupantes.

Os sobreviventes que escaparam da França e seus descendentes "não queriam reviver o passado, senão olhar para o futuro", assinalou Correa, a quem contatou alguns deles para preparar o filme que hoje será projetado em Bruxelas.

Grande parte dos judeus que Sousa Mendes concedeu o visto emigraram para os Estados Unidos, entre eles uma parte importante terminou se instalando em Israel. Em 1966, este país lhe concedeu o título de "Justo entre as Nações" em reconhecimento do seu trabalho.

A heroica história de Sousa Mendes, contudo, não teve um final feliz. O diplomata foi privado de seu cargo e de sua pensão, caiu na miséria e morreu em um hospital franciscano de Lisboa, viúvo e com vários de seus filhos tendo emigrado para os EUA.

"É o preço que teve que pagar por desobedecer ao regime de Salazar", disse a EFE o realizador do filme, que acrescentou que "todavia há gente em Portugal hoje em dia que o critica por não ter sido fiel a seu país".

Entre seus críticos também há aqueles que o acusam de se "aproveitar" dos judeus e "lucrar" com a venda de vistos, algo que Correa qualifica de "absurdo", já que nesse caso Sousa Mendes "devia ter ficado milionário, quando na realidade morreu na pobreza".

O diplomata, cristão praticante e de formação humanista, descumpriu a norma portuguesa que impedia a entrada no país de "pessoas indesejáveis" ao conceder cerca de 34 mil vistos a judeus, refugiados apátridas e opositores do nazismo, todos eles em um prazo de somente dez dias em pleno avanço do III Reich.

Mas "O Cônsul de Bordéus" "não é um filme sobre os anos quarenta, senão sobre a memória e sobre o agora", afirmou Correa.

A narrativa começa em 2008 num povoado do norte de Portugal muito próximo à Galícia, quando uma jovem jornalista portuguesa entrevista um ancião diretor de orquestra chamado Francisco de Almeida.

A jornalista descobre que o músico de sobrenome português nasceu na realidade na Polônia e trocou de nome para escapar da invasão nazi em 1940 indo para a Venezuela, via Bordéus e com ajuda do cônsul português.

O espectador é então trasladado à época da II Guerra Mundial e entra na história de Sousa Mendes "através dos olhos de um jovem judeu de 14 anos" (a quem se converteria mais tarde em Francisco de Almeida), relatou o diretor.

O filme, financiado pelo Ministério espanhol de Educação e Cultura no marco do programa Ibermedia, já pode ser visto nos festivais franceses de Cannes e de Biarritz e fora projetado também em todos os museus do Holocausto do mundo, segundo anunciou Correa.

O diretor apresentará amanhã o filme em Bruxelas em uma projeção organizada pelas embaixadas de Espanha e Portugal na capital belga.

"O Cônsul de Bordéus" estreará no próximo dia 8 de novembro em Portugal, e os produtores estão negociando atualmente sua distribuição na Espanha, França e Brasil, entre outros países.

20 de setembro de 2012 • 09:35 • atualizado a las 11:11

Fonte: EFE/Terra
http://entretenimiento.terra.com.co/cine/una-pelicula-hace-justicia-al-schindler-portugues,34250fad4c3e9310VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Un filme hace justicia al «Schindler portugués», que salvó a 34.000 personas (ABC)

*Observação: em português o nome da cidade Bordeaux (em francês) na França é Bordéus, o uso da palavra em francês como se fosse a grafia certa em português não é correto. Depois de publicar esta matéria no dia 20.09.2012 traduzida de uma matéria em espanhol apareceu uma matéria traduzida em português muito parecida com o nome da cidade com a grafia em francês e não em português.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Neonazi capturado em Portugal é extraditado para a Alemanha para cumprir pena na prisão

Da The Associated Press 19 de Setembro, 2012 9:02 AM

Neonazi Gerhard Ittner
BERLIM - Promotores da Bavária afirmaram que um neonazi alemão, que passou sete anos foragido até ser capturado em Portugal, foi extraditado para a Alemanha para cumprir a sentença de prisão.

O promotor do Ministério Público de Nuremberg-Fuerth disse quarta-feira que Gerhard Ittner, de 54 anos, foi levado para a Alemanha na terça-feira onde começará a cumprir sua pena de 33 meses de prisão por calúnia, ódio racial e outros crimes.

Ittner foi condenado em 2005, mas fugiu antes que pudesse ser preso. Foi capturado pelas autoridades portuguesas em abril e tem estado sob custódia desde então.

Oficiais da Bavária disseram que o membro do agora morto Partido da União do Povo Alemão era um conhecido negador do Holocausto que usava a internet para espalhar propaganda de extrema-direita entre 2002 e 2004.

Fonte: AP/Calgary Herald
http://www.calgaryherald.com/news/NeoNazi+captured+Portugal+extradited+Germany+serve+prison+term/7265700/story.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Sieben Jahre auf der Flucht: Neonazi Ittner gefasst (Nordbayern.de, Alemanha)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Neonazis mudam sua estratégia na Alemanha com medo de banimento do NPD

Neonazis mudam sua estratégia na Alemanha
Por Frank Jordans

Enquanto o governo busca declará-lo ilegal, o Partido Nacional Democrático baixa o tom de sua mensagem para atrair eleitores de centro. Vários membros renunciariam do grupo.

Em um comício do maior partido de ultradireita da Alemanha, os skinheads (carecas) levantam punhos em meio a cantos nacionalistas, postam camisetas com palavras de ordem provocadoras e ocultam suas tatuagens neonazis ilegais devido ao fato da polícia estar a espreita. Contudo, o líder do grupo insiste que está levando seu Partido Nacional Democrático pelo caminho das principais correntes políticas, onde seus integrantes seriam bem visíveis.

"Meu objetivo é fazer do PND (NPD) um partido baseado firmemente no presente e que olhe para o futuro", afirmou Holger Apfel em uma entrevista para a The Associated Press durante o evento. E rompeu um tabu da extrema-direita ao reconhecer que a história da Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial incluía "crimes".

Apfel tem razões táticas para baixar o tom de sua mensagem, pois as autoridades pensam em proibir o partido. Contudo, sua intenção de apelar ao centro do espectro político provocou ira no pequeno mas arraigado movimento de ultradireita do país, no que muitos se negam a reconhecer que a Alemanha sob o nazismo - ou nacional-socialismo - foi responsável pelo massacre de seis milhões de judeus.

Alguns membros do PND se retiraram do partido e outros ameaçam fazer a mesma coisa. Não obstante, e apesar de suas palavras de mudança, não é necessário muito tempo para que Apfel mostre seus próprios lampejos de xenofobia. "Nós temos que assegurar que a Alemanha volte a ser o país dos alemães. Vemos o perigo crescente de que a base biológica de nossa gente se reduzirá devido ao fato haver uma mistura (interracial) cada vez maior", sustentou.

A decisão do governo de lançar uma proibição ao PND é feita depois da revelação em novembro de que uma pequena célula neonazi matou em 7 anos a nove imigrantes e uma policial. As autoridades não puderam demonstrar como operava com o apoio direto do PND, ainda que funcionários do partido tenham se relacionado com os três membros principais.

Angela Merkel considera que o PND é "antidemocrático, xenófobo, antissemita e portanto também uma ameaça à Constituição", disse Steffen Seibert a jornalistas, portavoz da chanceler alemã. Contudo, um intento prévio de declará-lo ilegal foi rechaçado pela corte suprema do país em 2003, e as autoridades estudam o tema com cuidado antes de se decidir em fazer uma nova iniciativa a esse respeito.

Fonte: AP
http://america.infobae.com/notas/57509-Neonazis-cambian-su-estrategia-en-Alemania
Tradução: Roberto Lucena

Mais:
La ultraderecha alemana cambia de estrategia (Terra/AP)

domingo, 16 de setembro de 2012

Enquanto isso... no "Inconvenient History"...

... nossos enfurecidos amigos Mattogno, Graf e Kues (sigla MGK) anunciaram outro atraso em sua resposta à crítica do HC.

Eu gostei especialmente da parte sobre o "kamarad" que não consegue traduzir o texto de Mattogno do italiano para o inglês. :-)

Thomas Kuesdiz estar "revisando importante material sobre as novas pesquisas arqueológicas em Sobibor". Estas devem ser as pesquisas conduzidas por Yoram Haimi, que foram divulgadas na imprensa nos últimos dias (ver artigos sobre isso nos sites da CBS News, Daily Mail e Haaretz, entre outros).

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2012/08/meanwhile-on-inconvenient-history.html
Texto: Roberto Muehlenkamp
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Brad Pitt produz e protagoniza filme em torno da aliança da IBM e os nazis (baseado no livro IBM e o Holocausto)

Brad Pitt produz e protagoniza filme em torno da aliança da IBM e os nazis
Publicado por Jorge Pereira

Brad Pitt vai produzir e (provavelmente protagonizar) a adaptação ao cinema de "IBM and the Holocaust" (IBM e o Holocausto), um livro baseado em fatos reais assinado por Edwin Black.

Na obra vemos como a IBM se uniu aos nazis em 1933, contribuindo para que estes conseguissem identificar e catalogar, na década de 1930 e 1940, os judeus. Claro está que nesta época ainda não existiam os computadores, mas a IBM desenvolveu um sistema – Hollerith – de cartões perfurados adaptáveis a cada cliente. Foi com eles que Hitler foi capaz de automatizar a perseguição aos judeus, a rápida segregação e mesmo o extermínio.

Desconhece-se para já quando começam as filmagens da obra, mas sabe-se que o projeto é prioritário e que já se procura um realizador com créditos firmados.

Fonte: C7nema (Portugal)
http://www.c7nema.net/index.php?option=com_content&view=article&id=11023:brad-pitt-produz-e-protagoniza-filme-em-torno-da-alianca-da-ibm-e-os-nazis&catid=2:cinema-americano&Itemid=2

Ver mais:
Brad Pitt, productor y posible estrella de “IBM and the Holocaust”
Brad Pitt suena para 'IBM and the Holocaust', una película con nazis y... ¿Ordenadores?
Brad Pitt quiere volver a la Segunda Guerra Mundial (Fotogramas.es Espanha)
Brad Pitt Signs On for "IBM and the Holocaust" (Worst Previews, EUA)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Estônia ri dos crimes dos nazistas

Artiom Kobzev. 6.09.2012, 19:24

Auschwitz-Birkenau. Alemanha Nazismo
RIA novosti
Parece que a Estônia consolida a fama de Estado onde os crimes dos nazistas são motivo de piadas. Mal cessou o escândalo com o uso da foto dos portões do campo de concentração de Auschwitz, no comercial de firma de gás, quando veio a tona novo fato. Desta vez em jornal local surgiu um anuncio de comprimidos para emagrecer, impresso tendo por fundo uma fotografia de prisioneiros de Buchenwald.

O primeiro que chamou a atenção para o anúncio provocador foi o vice-prefeito de Tallin, Mikhail Kilvart. Em sua página na rede social Facebook ele publicou a fotografia da página de jornal com o anúncio impresso sobre a imagem dos prisioneiros famintos do campo de concentração. A foto no jornal estava acompanhada da inscrição: “Os comprimidos do doutor Mengele fazem milagres”. E embaixo da foto mais um lema: “Em Buchenwald não havia nenhum gordo”. Tudo isto causou a indignação de Kilvart. “Como é possível brincar com o extermínio em massa de pessoas” – escreveu ele no Facebook.

A pergunta: por que na Estônia são possíveis tais publicações, deve ser endereçada às autoridades da república – diz o diretor da Fundação “Memória Histórica”, Alexander Diukov.

“Aqui tem lugar uma incompreensão exata do que foi o nazismo, o que foi Auschwitz e quem foi o doutor Mengele. Na verdade isto não é surpreendente, porque é difícil esperar conhecimentos sobre o nazismo de habitantes de um país em que são considerados heróis os legionários das SS. Isto é, aqueles que combateram ao lado dos nazistas. Nós vemos que na Estônia o nazismo não foi condenado como tal”.

Poder-se-ia prevenir semelhantes escândalos se fossem introduzidas normas jurídicas correspondentes. Em uma série de países da Europa vigoram leis voltadas contra as pessoas que negam, justificam ou diminuem os crimes dos nazistas. É verdade que nenhuma lei ajuda se as pessoas não tiverem educação elementar – lamenta o advogado israelense Eli Hervitz.

“É impossível com métodos jurídicos incutir nas pessoas senso de humor e a compreensão do que não se relaciona, e não pode se relacionar com nenhum senso de humor. A jurisprudência é parecida com um machado, mas existem muitos problemas que devem ser resolvidos com bisturi – com a educação. Como obrigar as companhias a não brincar desse modo. Em qualquer país que se preze não é preciso decretar leis para isto. Qualquer companhia que, na América, Israel, ou na Alemanha, se permitisse tal campanha publicitária, simplesmente estaria se condenando à morte econômica.”

“Os comprimidos do doutor Mengele” não é o primeiro anúncio estoniano que explora o tema do Holocausto. Há umas duas semanas uma companhia que vende equipamentos de gás alemães, publicou em seu site uma foto dos portões do campo de concentração de Auschwitz. Como explicou o diretor executivo da firma, o aquecimento a gás é associado com o Holocausto. “Nós ouvimos com frequência a anedota de que Hitler suicidou-se porque recebeu a conta de gás” – acrescentou ele.

Deve-se assinalar que os publicitários também de outros países às vezes usam imagens relacionadas com o nazismo. Mas estas são mostradas exclusivamente como algo terrível. E somente as firmas estonianas recorrem a elas para promover suas mercadorias e serviços.

Fonte: Voz da Rússia
http://portuguese.ruvr.ru/2012_09_06/87438097/

Ler mais:
Estonia: fotos de prisioneros de Buchenwald para promocionar píldoras para adelgazar (RT)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Bruxelas reconheceu o seu papel no Holocausto e na deportação de milhares de judeus

A cidade de Bruxelas reconheceu, este domingo, oficialmente o seu papel de cumplicidade na deportação de milhares de judeus para campos de concentração nazis durante a Segunda Guerra Mundial.

Numa cerimónia onde participou o embaixador de Israel na Bélgica e o vice-primeiro-ministro, Joelle Milquet, o presidente do município de Bruxelas Freddy Thielemans reconheceu o papel chave que o registo de judeus pela cidade teve nos raides que levaram ao envio de milhares de pessoas para os campos de concentração nazis.

"Sem o registo de judeus, as progressivas detenções e o raide de setembro de 1942 nunca teria o mesmo impacto em Bruxelas", afirmou Freddy Thielemans, citado pela agência de notícias belga.

Durante este conturbado período da história, à volta de 5.640 pessoas foram registadas na cidade como sendo judeus.

No entanto, o líder da cidade também invocou um dos seus antecessores no cargo, Jules Coelst, que em 1942 recusou envolver a cidade nos raides da polícia e distribuir as estrelas de David amarelas que os judeus eram obrigados a usar como identificação.

Um estudo de uma comissão pedido pelo Estado belga e divulgado em 2007 concluiu que as autoridades belgas cederam em 1940 a uma exigência do regime nazi de Adolf Hitler de registarem os nomes da população judaica.

Em 1942, várias cidades em todo o país, com exceção de Bruxelas e Liége começaram a distribuir as estrelas de David usadas para identificar a população judaica.

Dos 56 mil judeus que se estimava viverem na Bélgica no início da guerra, cerca de 25 mil foram deportados para Auschwitz. Apenas 1.200 sobreviveram.

Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=2748191

Ver mais:
Bruxelas admite cumplicidade no Holocausto (Abola.pt)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ONU critica governo francês por desmontar acampamento da etnia rom

Mundo: ONU critica governo francês por desmontar acampamento da etnia rom


Obervadores das Nações Unidas afirmam que evacuação de acampamento rom na periferia de Paris viola os direitos humanos. Ministro do Interior é acusado de repetir política conservadora de Sarkozy.

A polícia da França expulsou, nesta quarta-feira (29/08), centenas de pessoas de um acampamento de membros da etnia rom na periferia de Paris. Segundo as autoridades, cerca de 500 pessoas foram obrigadas a deixar o local, num bairro popular na periferia da capital francesa. Diversos observadores das Nações Unidas criticaram a conduta da polícia francesa.

O ministro francês do Interior, Manuel Valls, ordenou uma série de batidas em acampamentos da etnia rom próximos a Paris, Lyon e Lille, afirmando que eles deveriam ser desmantelados por razões sanitárias. A polícia chegou na manhã de quarta ao subúrbio de Stains, na periferia de Paris, onde as barracas dos roma foram destruídas depois da evacuação.

Os roma reclamaram que não lhes foi oferecida nenhuma alternativa de alojamento. A administração do bairro, por outro lado, declarou que os alojamentos oferecidos a eles não foram aceitos e que os pedidos de que deixassem o local voluntariamente também não haviam sido acatados.

Alta vulnerabilidade

França não respeita direitos humanos, afirmam observadores

Observadores da ONU para minorias, migrantes, racismo e direito a uma moradia adequada criticaram que a evacuação compulsória pode deixar as famílias atingidas numa situação de "alta vulnerabilidade". Segundo eles, o processo de evacuação não está de acordo com o direito internacional.

François Crépeau, encarregado de reportar sobre a situação dos migrantes na França, declarou que o governo francês parece querer expulsar todos os membros da etnia rom do país, onde acontece um debate generalizado a respeito da política oficial em relação aos roma, que em sua maioria procedem da Romênia e da Bulgária.

"A expulsão coletiva é condenada pelo direito internacional e qualquer repatriação deveria ser voluntária, respeitando os padrões internacionais, baseada na vontade individual e monitorada de maneira independente", afirmou Crépeau.

Raquel Rolnik, relatora especial da ONU para questões de moradia adequada, afirmou que a evacuação forçada não é uma resposta apropriada e que "soluções alternativas deveriam ser buscadas em respeito aos padrões dos direitos humanos". Segundo ela, é importante garantir sobretudo a moradia de crianças e mulheres e daqueles que apresentam enfermidades ou deficiências.

Repetindo os conservadores

Faltam alternativas de moradia, segundo enviados da ONU à França

O ministro Valls foi criticado dentro das fileiras de seu próprio partido, o socialista. Ele está sendo acusado de repetir a política linha-dura do governo conservador de Nicolas Sarkozy. A Comissão Europeia havia declarado, no início de agosto, que continua observando atentamente a política francesa para minorias.

Paris havia anunciado que pretende abolir parcialmente as diretrizes da União Europeia que limitam a permissão de trabalho para búlgaros e romenos, a fim de facilitar a integração dos roma no país. No entanto, ignorando totalmente tal premissa, as autoridades resolveram dissolver o acampamento na quarta-feira.

Estima-se que haja na França hoje em torno de 15 mil a 20 mil imigrantes de origem rom, a maioria deles vivendo nas periferias das cidades e em acampamentos com condições precárias.

"Os roma são cidadãos da União Europeia e a minoria mais marginalizada dentro da Europa. Lamentavelmente esses atos demonstram que eles nem sempre gozam do mesmo direito de livre movimento e assentamento que outros cidadãos e que continam sendo vítimas de um tratamento discriminatório", resumiu Rita Izsák, especialista da ONU para assuntos relacionados a minorias.

SV/afp/rtr/dpa
Revisão: Alexandre Schossler

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/dw/article/0,,16206841,00.html

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Alemanha lança operação contra grupos neonazis e apreende armas e propaganda

Cerca de 900 polícias revistaram mais de 140 vivendas
Alemanha lança operação contra grupos neonazis e apreende armas e propaganda

23.08.2012 - 18:27 Por Isabel Gorjão Santos

Autoridades apreenderam símbolos nazis, armas e material de propaganda Autoridades apreenderam símbolos nazis, armas e material de propaganda (Ralf Roeger/AFP)

Mais de 900 polícias foram mobilizados nesta quinta-feira para aquela que foi considerada a maior operação contra grupos neonazis no estado alemão da Renânia do Norte-Vestefália, na parte ocidental do país. Apreenderam computadores, armas e material de propaganda.

A operação envolveu buscas em mais de 140 vivendas e em bares, e no final a polícia mostrou punhais, balas, painéis com a cruz suástica e a imagem de Hitler e armas, várias armas, algumas de grande calibre. Não foram efectuadas detenções, mas alguns membros dos grupos de extrema-direita visados já estariam detidos.

“Com esta operação conseguimos infligir um golpe na rede de neonazis”, garantiu o ministro do Interior estadual, Ralf Jäger. “Estes grupos são anti-estrangeiros, racistas e anti-semitas”, disse numa conferência de imprensa sobre a operação policial.

A Renânia do Norte-Vestefália é o estado com mais população da Alemanha, cerca de 18 milhões de habitantes, e esta operação, para recolha de provas, foi realizada depois de ter sido banida e proibida a actividades de três organizações neonazis locais – a Kamaradschaft Aachener Land, que opera em Aquisgrano (Aachen), a Resistência Nacional de Dortmund e a Kamaradschaft Hamm.

A polícia já tinha considerado estas organizações “violentas” e dois membros do primeiro grupo foram detidos em Maio de 2010, em Berlim, por terem em sua posse bombas artesanais que pretenderiam fazer explodir durante uma manifestação de protesto contra grupos neonazis, adiantou o El País.

Só na cidade de Dortmund, que tem cerca de meio milhão de habitantes e é considerada um bastião dos neonazis na parte ocidental da Alemanha, foram agora revistadas 93 vivendas. Foi ali que, em Dezembro, as autoridades estaduais estabeleceram um novo centro de coordenação da polícia para investigar grupos neonazis.

Desta vez foram apreendidos cerca de 1000 cartazes do Partido Nacional Democrático Alemão (NPD), de extrema direita, adiantou a Deutsche Welle, o que “demonstra a estreita ligação do partido aos grupos violentos neonazis”, disse Ralf Jäger.

O debate sobre a possível ilegalização deste partido já se prolonga há vários anos, e agora vários responsáveis locais e federais já manifestaram a intenção de voltar a fazer esse pedido junto do Tribunal Constitucional, depois de ter falhado uma tentativa, em 2003, por alegada falta de provas.

Mais de 22.000 membros de grupos neonazis em todo o país

No ano passado Ralf Jäger anunciou uma estimativa segundo a qual existem na Renânia do Norte-Vestefália cerca de 4000 neonazis, e agora adiantou que 400 a 600 serão violentos. Esta operação, que começou pelas 6h e se prolongou até ao meio-dia, pretendeu também evitar que acontecesse neste estado o que ocorreu em Turíngia, na parte oriental da Alemanha, onde em Novembro se descobriu que, entre 2000 e 2007, nove cidadãos de origem turca, um de origem grega e uma mulher polícia foram assassinados por grupos neonazis sem que as autoridades tenham actuado.

Quase todos estes assassínios foram cometidos com a mesma arma, o caso provocou um escândalo na Alemanha e levou à demissão, em Julho, do chefe dos serviços secretos internos alemães Heinz Fromm.

Esta operação policial ocorre também 20 anos depois de um dos mais violentos ataques contra estrangeiros na Alemanha do pós-guerra, que ocorreu na cidade de Rostock, no Nordeste do país, entre 22 e 26 de Agosto de 1992. Na altura, centenas de neonazis atiraram pedras e cocktails molotov e incendiaram um edifício onde viviam sobretudo ciganos que tinham pedido asilo, perante várias centenas de pessoas a assistir e a aplaudir. Não houve mortos, mas o ataque despertou a atenção para o crescimento de grupos neonazis e xenófobos sobretudo na parte oriental da Alemanha, recorda a Spiegel. Na antiga Alemanha de Leste os extremistas parecem ganhar terreno.

Em todo o país haverá cerca de 22.400 membros de grupos neonazis, segundo um relatório apresentado no mês passado pelos serviços de informações internas. Serão menos do que em 2010, quando as estimativas apontavam para 25.000, mas por outro lado tem aumentado o número de extremistas neonazis preparados para recorrer à violência, de 9500 para pelo menos 9800.

Vídeo

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/Mundo/alemanha-lanca-operacao-contra-grupos-neonazis-e-apreende-armas-e-propaganda-1560189?all=1

Ver mais:
Polícia alemã proíbe três organizações neonazis (Euronews)
Polícia faz operação contra extrema-direita na Alemanha (AFP/Terra)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Julgamento contra 26 neonazis é iniciado na Alemanha

Os detidos foram objeto de manifestação de apoio (Reuters)

O julgamento está programado para ser concluído em meados de setembro.

Notimex

Berlim.- No dia de hoje se iniciou o julgamento contra 26 supostos neonazis, na cidade alemã de Koblenz, os quais foram objeto de uma manifestação de apoio realizada sábado passado no centro da cidade, protagonizada por membros de facções políticas.

Os acusados têm idade que vão dos 19 aos 54 anos. São membros e simpatizantes da 'Oficina de Ação do Médio Reno', que se localizava até março na assim chamada 'Casa Café' – café é a cor com a qual na Alemanha se identifica o nazismo - na população conurbada de Bad Neunahr-Ahrweiler.

De acordo com a Promotoria do Estado da Renânia do Norte-Vestfália, os indivíduos são acusados de pertencer a um grupo de extrema-direita que é contrário à Constituição; além disso, crê-se que eles fizeram atos de violência contra alemães que pertencem à esquerda.

O julgamento está programado pra ser concluído em meados de setembro. Os acusados foram detidos durante uma batida que levou a cabo às autoridades judiciais há 5 meses à 'Oficina de Ação do Médio Reno’.

Ataque Neonazi

Cerca de 100 neonazis armados con paus, explosivos e barras de metal, atacaram uma vivenda na qual estava o escritório de membros e simpatizantes de esquerda que leva o nome de ‘Praxis’, palavra que em alemão (e português) significa 'prática'.

Em outras ocasiões golpearam antifascistas, espiaram a quem se declarava de esquerda e pintaram suásticas em via pública.

Entre os cabeças do ataque se encontra o chefe da 'Oficina de Ação do Médio Reno', Christian H., de 27 anos, assim como Axel Reitz, de 29 anos, também conhecido como 'o Hitler de Colônia'.

A acusação que foi feita contra os detidos consta de 926 folhas e nelas asinalam as autoridades que a ação foi planejada com muita antecipação.

‘Casa Café’

O objetivo da 'Casa Café', que se instalou em Bad Neuhnar-Ahrweiler em 2010 era criar um estado segundo o modelo da Alemanha que se encontrava sob o regime de Adolf Hitler.

Alguns dos detidos explicaram que um dos "sonhos" de sua organização era conseguir estourar uma revolução de extrema-direita, na qual se executaria todos os antifascistas.

A relação entre o partido neonazi (Partido Nacional da Alemanha) com a Oficina de Ação da Renânia do Norte-Vestfália está sendo investigada, já que possivelmente havia vínculos entre ambos e ao que parece este partido apoiou em termos financeiros à organização.

Em se confirmando, o Partido Nacional da Alemanha será banido.

O especialista alemão em neonazismo, Bernd Wagner, declarou em Koblenz que “todos eles (a ala neonazi) tem o medo idiota de que a raça branca desapareça”.

Acrescentou que "os neonazis alemães se veem numa luta apocalíptica contra o sistema, contra o capitalismo internacional, de predomínio dos dos Estados Unidos e contra a democracia ocidental. Chamam essa posição de "Resistência Nacional".

Wagner é também fundador da iniciativa cidadã 'Saída', grupo que ajuda os indivíduos que queiram abandonar o meio neonazi a ter uma 'vida normal',

Internacional
Redator: Angel Valdes

Fonte: El Financeiro (México)
http://www.elfinanciero.com.mx/index.php?option=com_k2&view=item&id=35732&Itemid=26
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
26 alleged neo-Nazis go on trial in Germany on charges of anti-leftist violence (AP/Montreal Gazette)
Inicia el juicio contra 26 presuntos neonazis alemanes (veracruzanos.com, México)

domingo, 19 de agosto de 2012

Polícia investiga depredação contra fazenda histórica em Paranapanema

A Secretaria da Cultura de São Paulo registrou boletim de ocorrência.
O local é conhecido por ter tijolos marcados com a suástica, símbolo nazista.

Vídeo no link da matéria.

Do G1 Itapetininga e Região

A polícia de Paranapanema irá investigar possível crime contra o patrimônio na antiga fazenda Cruzeiro do Sul, propriedade que fica no limite entre os municípios de Paranapanema, Itaí e Itapeva (SP). A fazenda ficou conhecida após serem encontrados tijolos marcados com a suástica, símbolo do nazismo.

O boletim de ocorrência sobre a depredação do local foi registrado pela Secretaria de Estado da Cultura. De acordo com nota divulgada pela Secretaria, técnicos da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico constataram o fato em 9 de agosto de 2012, durante realização de vistoria. O conjunto da Fazenda encontra-se em Estudo de Tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), portanto, não poderia ter sofrido nenhuma intervenção sem a prévia aprovação do órgão.

Durante a vistoria, os especialistas detectaram destruição. Eles relataram que um antigo armazém foi totalmente destruído. Já um edifício identificado como curral, teve a estrutura do telhado e algumas paredes destruídas. O relatório indica que os danos não foram causados pelo tempo, mas provocados por ações humanas. A declaração é baseada na forma de disposição de tijolos. Segundo nota enviada à imprensa pela Secretaria de Cultura, os tijolos que exibem a inscrição da suástica nazista foram encontrados partidos ao meio, sendo que alguns deles estavam alinhados em pilha, de modo organizado. Já outros tijolos, com outras inscrições, foram encontrados na íntegra.

Tijolos com o símbolo nazista foram quebrados. (Foto: Secretaria de Estado da Cultura)Tijolos com o símbolo nazista foram quebrados. (Foto: Secretaria de Estado da Cultura)

A propriedade tem aproximadamente 144 hectares, o equivalente a mais de um milhão e quatrocentos mil metros quadrados. O lugar foi vendido para uma usina para plantio de cana de açúcar.

Durante a 2º Guerra Mundial, a fazenda pertencia a uma família muito poderosa no Rio de Janeiro, que mantinha negócios em São Paulo. Registros históricos indicam que a família era apoiadora da Ação Integralista do Brasil, uma organização que apoiava as práticas nazistas como pregação da superioridade da raça ariana, imposta pelo ditador Adolf Hitler, na Europa. A história desses propritários é marcada não só pela riqueza, mas também porque traziam crianças negras de orfanatos cariocas para viver e trabalhar na área. Esses meninos não tinham nomes, eram chamados por números. Em documentos encontrados por pesquisadores, existem fotos ainda que mostram animais marcados com o símbolo nazista.

Depois dos simpatizantes nazistas e dos outros donos do lugar, o aposentado Aparecido Refulia foi o último morador da fazenda. O homem, de 72 anos viveu na fazenda até o fim de abril deste 2012. Ele conta que ficou por cinco anos como zelador de confiança dos antigos proprietários. O antigo morador afirma que conheceu as obras em pé e viu parte ser destruída pelas máquinas da usina. “Foram quebrando, foram metendo trator... estão destruindo tudo”, afirma.

A usina que é atual dona das terras tem sede em Piracicaba. O advogado não foi encontrado para comentar sobre as constatações feitas por técnicos da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico.

Já o delegado seccional de Avaré, Jorge Cardoso Oliveira, confirmou a abertura de inquérito policial, em Paranapanema, para investigar o caso. A pena para crime contra patrimônio varia de seis meses a um ano de reclusão, se for culposo. E de um a três anos, no caso de crime doloso, quando há intenção de ser praticado.

O caso também será encaminhado à procuradoria geral do estado para providências judiciais.

Prédios estão completamente destruídos na fazenda Cruzeiro do Sul. (Foto: Divulgação / Secretaria de Estado da Cultura)

A Secretaria de Estado da Cultura abriu boletim de ocorrência e a polícia irá investigar a depredação. (Foto: Divulgação / Secretaria de Estado da Cultura)

Fonte: G1
http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2012/08/policia-investiga-depredacao-contra-fazenda-historica-em-paranapanema.html

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Eurodeputado antissemita descobre que é judeu

Csanad Szegedi, do partido húngaro de extrema-direita Jobbik, descobriu que os avós maternos são sobreviventes do Holocausto

O eurodeputado húngaro, Csanad Szegedi, do partido de extrema-direita Jobbik, e famoso pelos seus comentários anti-semitas, descobriu que é judeu. Os avós maternos são sobreviventes do Holocausto, depois de terem estado em Auschwitz, durante a II Guerra Mundial.

Depois de várias semanas de especulação na Internet, Szegedi admitiu em junho passado as origens judaicas, o que, segundo o judaísmo, faz dele um judeu, apesar de não ser praticante.

Pressionado pelo Jobbik, o político de extrema-direita renunciou no mês passado ao partido, entregando o cartão de filiação.

Mas isso não chegou para o partido húngaro, que o quer ver fora do Parlamento Europeu, onde está desde 2009. O Jobbik disse, no entanto, que a decisão não está relacionada com as raízes do eurodeputado, mas com a existência de provas de corrupção.

O partido refere-se a uma gravação de 2010 entre Szegedi e um ex-presidiário, que o eurodeputado admite ter tido lugar, mas que garante ter sido adulterada. Então, o condenado terá dito ter provas da origem judaica do político húngaro que, por sua vez, depois de manifestar surpresa, terá comprado o silêncio.

O Jobbik considera a gravação genuína e quer que Szegedi deixe o Parlamento Europeu.

Szegedi, de 30 anos, que já pediu desculpas à comunidade judaica pelas suas palavras, prometeu visitar Auschwitz.

Fonte: tvi24
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/csanad-szegedi-szegedi-jobbik-holocausto-parlamento-europeu-tvi24/1368259-4073.html

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mostra em Bayreuth expõe destinos de músicos vítimas do antissemitismo

Cultura

Dos ressentimentos antissemitas do próprio Richard Wagner até o Holocausto nazista parece haver um contínuo. "Vozes silenciadas" explora de frente aspecto delicado na história do clã Wagner.

O reboco está se soltando da fachada em algumas partes do Teatro do Festival de Bayreuth. No parque, logo abaixo do prédio, atualmente sempre cercado de curiosos, flores brilham coloridas. Cercas vivas, podadas com esmero, circundam o gramado recentemente cortado. O vento sopra forte por entre as folhas das árvores. Um punhado de visitantes passeia pelo terreno bem cuidado.

À primeira vista, parece ser apenas mais um verão na chamada "Colina Verde". Mas, desta vez, algo está diferente. Logo ao lado do busto de Richard Wagner – feito pelo artista-modelo do nazismo Arno Breker – foram recentemente montados 40 painéis cinzentos.

Maestro Franz Allers, um dos primeiros judeus expulsos do Teatro de Wuppertal

De longe, eles fazem pensar em lápides modernas e esta primeira impressão não é de todo equivocada. As placas trazem impressas fotos em preto e branco e breves biografias de músicos mortos há muito tempo, que participaram do Festival Wagner em Bayreuth e foram proscritos devido a sua origem judaica.

Portanto, as vítimas do furor nazista durante o Terceiro Reich não foram apenas dois músicos da orquestra do teatro – como até agora tem se afirmando, minimizando o terror. Pesquisas recentes provam que 12 músicos foram deportados para os guetos e assassinatos nos campos de concentração e extermínio.

Porém, como documenta essa mostra ao ar livre, alguns membros do clã Wagner circulavam como antissemitas convictos muito antes da tomada de poder por Adolf Hitler. De certa maneira, eles prepararam o solo para a catástrofe nazi-fascista já durante Império Alemão (1871-1918).

Tema delicado para o clã

Vozes silenciosas – O Festival de Bayreuth e os "judeus" de 1876 a 1945 é o título da exposição que informa sem rodeios sobre os mais recentes dados desta questão – com o aval das duas diretoras do festival. Naturalmente a mostra ganha certo potencial explosivo no contexto do Festival Wagner deste ano. E mais ainda devido à dispensa do barítono russo Evgeny Nikitin, acusado de portar no peito a tatuagem de uma suástica.

Barítono Herman Horner cantou em Bayreuth em 1928, morto num campo de concentração em 1942

A exposição no local e a mostra complementar na Nova Prefeitura podem ser visitadas até 14 de outubro. Partindo dos primórdios do evento dedicado à obra de Wagner, o foco também é a chamada "limpeza" das casas de ópera alemãs de todo o pessoal artístico de origem judaica, durante o regime nazista.

Entretanto a Colina Verde da cidade da Alta Francônia, Baviera constitui um foco especial. Para os historiadores, que se basearam em jornais e fontes históricas – mas que não puderam examinar todos os arquivos para realizar seu trabalho – a iniciativa é o sinal de uma abordagem cautelosa de um tema extremamente delicado para o clã Wagner.

Cosima: pior ainda

"Com seu panfleto O judaísmo na música e com os escritos anti-semitas, sobretudo em seus últimos anos de vida, Wagner naturalmente forneceu um quadro ideológico sólido para todos os seus sucessores", declara Hannes Heer, curador da mostra histórica.

"Ele era radicalmente antissemita. Sua visão era a seguinte: deportar os judeus da Alemanha em 1879", afirma o curador. O compositor tolerava o maestro Hermann Levi, embora considerasse a "raça judaica" como "o inimigo nato da humanidade pura e de tudo o que é nobre".

Apesar disso, Levi pôde até reger a estreia de Parsifal em 1882, embora somente por pressão do rei da Baviera Ludovico II. "[Wagner] o torturava, o humilhava. Depois o chamou novamente porque era também fascinado pela capacidade [de Levi] como regente. Mas, pelo menos, o compositor não exercia "terror psicológico" contra o maestro", ressalva o curador Heer.

Já com Cosima Wagner, a esposa, a história era outra. De certo modo, ela praticava uma "política de apartheid". Ao assumir o leme na Colina Verde, após o falecimento do compositor, ela parecia ter prazer em atormentar Levi e outros judeus, da pior forma possível. Sistematicamente, excluía os músicos judeus da lista de elenco.

Tradição contínua

Soprano Bella Alten, uma das 44 "vozes silenciadas"

Na nova prefeitura de Bayreuth, onde se encontra a segunda parte da mostra sobre o destino de 44 astros perseguidos da cena operística alemã, é também possível escutar novamente algumas das "vozes silenciadas".

Entre elas encontra-se a do barítono judeu Friedrich Schorr. Siegfried Wagner, filho do compositor, seguiu o curso antissemita de Cosima, e só entregou a Schorr o papel de Wotan na tetralogia O Anel do Nibelungo a fim de esvaziar os argumentos dos que acusavam Bayreuth de ter se degenerado em um local de culto nacionalista com toque antissemita.

Após uma cerimônia de caráter nacional germânico, acompanhada por palavras de ordem antissemitas, diversos jornais de gabarito haviam zombado que os festivais foram cooptados para comício partidário.

A mostra em duas partes documenta de forma vívida o quão cedo regentes do festival e membros da família Wagner – como por exemplo a nora do compositor Winifred, diretora do evento até 1944 – já simpatizavam com a ideologia nacional-socialista.

Trata-se, portanto, de uma tradição contínua, indo desde os ressentimentos antissemitas de Richard Wagner até o extermínio dos judeus nos campos de concentração de Hitler.

Autoria: Thomas Senne (av)
Revisão: Marcio Pessôa

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/dw/article/0,,16124253,00.html

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Buchenwald (campo de concentração)

Um dos maiores campos de concentração da Alemanha, ubicado a 8 km ao norte da cidade de Weimar. Começou a funcionar em 16 de julho de 1937 e foi libertado em 11 de abril de 1945.
Dos 238.980 prisioneiros provenientes de 30 países que passaram por ele, 43.045 foram assassinados, incluindo os prisioneiros de guerra soviéticos.

Buchenwald estava dividido em três seções: o “campo grande”, que albergava prisioneiros com maiores privilégios; o "campo pequeno", para prisioneiros comuns, e o "campo de tendas", estabelecido em 1939 para prisioneiros poloneses. Também incluía uma área administrativa, as barracas das SS, as fábricas e os 130 campos satélites. Dois comandantes estiveram no comando do campo: o coronel das SS Karl Koch, de 1937 a 1941; e de 1942 a 1945, o tenente-coronel das SS Hermann Pister.

O primeiro grupo de 149 prisioneiros chegou a Buchenwald em julho de 1937, em sua maioria presos políticos e delinquentes comuns. Pouco depois começaram a chegar grandes transportes, e em fins de 1937 já havia 2.561 prisioneiros, em sua maior parte políticos. Na primavera de 1938 juntaram-se ao campo pessoas rotuladas como "antissociais". Para essa mesma época chegaram os primeiros transportes de judeus alemães. Em julho o número de presos era de 7.723. Em 23 de setembro de
1938 chegaram 2.200 judeus da Áustria, e outros 10.000 depois do pogrom de 9-10 de novembro de 1938 (Kristallnacht- Noite dos Cristais).

Os judeus eram tratados com extrema crueldade. eram obrigados a trabalhar 14-15 horas por dia, e viviam sob terríveis condições. Nessa etapa, o objetivo dos alemães era pressionar os judeus para que abandonassem o país. Em fins de 1938 liberaram 9.370 judeus de Buchenwald, depois que suas famílias e organizações judaicas e internacionais conseguiram fazer arreglos para que
emigrassem. Durante o breve lapso em que esses prisioneros estiveram em Buchenwald, 600 foram assassinados, suicidaram-se ou morreram por diversas causas.

Iniciada a guerra, milhares de opositores políticos foram presos e levados a Buchenwald. O número de prisioneiros aumentou novamente quando judeus da Alemanha e do Protetorado da Boêmia e Morávia foram deportados para o campo; em setembro de 1939 havia 2.700.

Posteriormente, milhares de poloneses foram confinados no campo das tendas.

Em 17 de outubro de 1942 os nazis ordenaram que todos os prisioneiros judeus no Reich fossem transferidos para Auschwitz, com exceção de 204 trabalhadores. Em 1944, judeus húngaros foram transportados em direção contrária, de Auschwitz a Buchenwald. Esses permaneceram pouco tempo no campo principal, para logo serem repassados para campos satélites. Os judeus recebiam um tratamento muito pior que os demais prisioneiros, e foram vítimas de experimentos médicos.

Em 1943 os alemães terminaram a construção de fábricas de armamentos no lugar. Isto acarretou num incremento de população: em fins de 1944 havia 63.048 prisioneiros, e 86.232 em fevereiro de 1945.

Em 18 de janeiro de 1945 os alemães começaram a evacuar Auschwitz e outros campos na Europa
oriental. Isto provocou o traslado de milhares de prisioneiros judeus para Buchenwald, entre eles centenas de crianças para as quais foram montadas barracas especiais no campo de tendas, denominadas de "Bloco das c rianças 66"; a maioria delas sobreviveu.

Em 1943 se organizou no campo um movimento de resistência denominado Comitê Clandestino Internacional, no qual também participavam judeus. O movimento conseguiu sabotar parte do trabalho que se realizava na fábrica de armamentos, e introduziu como contrabando ao campo, armas e munições.

Os alemães começaram a evacuar os prisioneiros judeus em 6 de abril de 1945. No dia seguinte foram evacuados outros milhares de prisioneiros. Cerca de 25.500 morreram durante a evacuação. Nos últimos dias de Buchenwald, os membros da resistência conseguiram demorar as evacuações. Em 11 de abril a maioria dos efetivos das SS havia fugido. Os membros da resistência tomaram o controle do campo e capturaram os SS que ficaram. Nesse dia, 21.000 prisioneiros foram libertados em Buchenwald, incluindo 4.000 judeus e 1.000 crianças. Em 1947, 31 funcionários do campo foram julgados nos Julgamentos de Nuremberg. Dois foram condenados a morte e quatro a prisão perpétua.

Notas

Zadoff, Efraim (Ed.), SHOA - Enciclopedia del Holocausto, Yad Vashem y E.D.Z. Nativ Ediciones,
Jerusalém 2004. Baseado em: Rozett, Robert & Shmuel Spector (Ed.), Encyclopedia of the Holocaust,
Yad Vashem and Facts On File, Inc., Jerusalem Publishing House Ltd, 2000

Fonte: Yad Vashem
http://www1.yadvashem.org/yv/es/holocaust/about/pdf/buchenwald.pdf
Tradução: Roberto Lucena

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