Liepaja é um excelente exemplo de como fotografias podem fazer parte de uma convergência de evidências ao lado destes fenômenos, como diários, testemunhos e estudos demográficos. Isto é discutido aqui, e aqui. Perceba novamente que unidades de não-alemães tomaram parte nos massacres, neste caso da Letônia.
Fonte: Holocaust Controversies
Por Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/10/photographic-evidence-of-mass-shootings_7387.html
Tradução(português): Roberto Lucena
domingo, 23 de novembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
Quantos perpetradores na URSS? - Parte Oito: Estados Bálticos
As duas principais ações de assassínios na Letônia fora a Ação de Rumbula e de
Liepaja. A ação de Rumbula foi estudada em detalhes por Ezergailis, cujos estudos podem ser vistos num arquivo em Word clicando no link do 'Capítulo 8' exibido nesta página, enquanto Liepaja foi discutida neste blog. A principal ação na Lituânia foi o assassinato dos judeus de Vilna em Ponary, descritos aqui e mostrados nestas fotografias. Comentários adicionais sobre cada um destes massacres são dados abaixo.
Ezergailis dá uma visão geral da Polícia de Ordem Pública na Letônia como se segue:
Num julgamento na Alemanha Ocidental dos acusados da Polícia de Ordem Pública incluíram uma descrição da organização de Jeckeln na ação de Rumbula, sempre que quando o acusado fora Friedrich Jahnke. Ezergailis também discute que houve uma maior presença letoniana em Rumbula, incluíndo a reunião de planejamento:
Em Liepaja, houve uma ação inicial de assassínio em julho de 1941. Um notável caráter desta ação é que foi ordenada por um comandante naval, Kawelmacher, como Ezergailis de novo descreve:
Como fora apontado neste blog, a chegada de Dietrich foi crucial porque devido a ele se manteve uma agenda de subseqüentes eventos. O principal massacre de dezembro fora ordenado pelo HSSPF Jeckeln, sustentado por Dietrich, e fotografado por Strott e Sobeck, como Ezergailis descreve:
Várias das fotografias de Strott, linkadas pelo Roberto(Muehlenkamp) aqui, e também discutidas aqui, mostram claramente a polícia letoniana levando mulheres e crianças para a área do massacre. O julgamento de Strott, no qual ele não negou a autoria das fotos, está aqui.
Em Ponary, uma excelente galeria de fotografias pode ser encontrada aqui. Três mostras de enormes fotos daquela galeria são exibidas aqui, aqui e aqui. Detalhes nas fotos corespondem ao testemunho das testemunhas oculares dados aos advogados de acusação na Alemanha Ocidental que é reproduzido aqui. Ver por exemplo a declaração do contador que "Os outros nove que andavam um atrás do outro, agacharam-se e agarraram-se ao homem na frente com suas mãos porque eles não poderiam assistir." Finalmente, perceba novamente que este massacre não foi realizado por uma unidade dos Einsatzgruppen agindo sozinha. Colaboradores lituanos desempenharam um papel essencial neste massacre.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/07/how-many-perpetrators-in-ussr-part.html
Tradução: Roberto Lucena
Fotos extras:
http://www.zwoje-scrolls.com/shoah/towns.html
http://www.holocaustresearchproject.org/einsatz/lithuaniamurders.html

Ezergailis dá uma visão geral da Polícia de Ordem Pública na Letônia como se segue:
"Antes que o comando Arajs fosse treinado, foi o 9º Batalhão da Ordnungspolizei que executou a maioria dos assassinatos para Stahlecker. As unidades do 9º Batalhão que estavam na Letônia durante julho e agosto tinha se deslocado, seguindo Stahlecker para o entorno de Leningrado. No fim de novembro havia pelo menos dois tipos de unidades da Ordnungspolizei em Riga sob o comando do Tenente-Coronel Flick: uma Schutzpolizei, encabeçada pelo Major Heise, e a Gendarmerie(Polícia Militar), sob o comando do Capitão Rehberg. Pelo menos muitas centenas delas foram postas para assegurar a ordem (“obter e manter um caráter alemão”) em Riga, como ao longo de toda a Letônia. Além de que para supervisionar um distrito policial da Letônia, a Ordnungspolizei também foi encarregada da guetização dos judeus, e depois de 25 de outubro em guardar o gueto. Durante a fase inicial do gueto a SD não foi envolvida. O envolvimento da Ordnungspolizei com o gueto também predeterminou suas tarefas na liquidação do gueto.
A 2ª companhia do 22º Batalhão de Reserva de Riga proveu cerca de setenta homens, e a 3ª companhia do 22º Batalhão de Reserva de Jelgava proveu outros setenta homens. A 2ª companhia foi empregada em supervisionar o esvaziamento dos apartamentos judeus, organizando os judeus em colunas marchando, e acompanhando as colunas até Rumbula. A 3ª companhia foi usada como guarda da periferia em Rumbula.
O chefe ativista da Ordnungspolizei foi o Major Heise, e aparece que ele também foi o oficial de coordenação com a Schutzmannschaften letoniana.
Além do 22º Batalhão de Riga e Jelgava e os homens da Gendarmerie, Jeckeln tinha a sua disposição outros cinco regimentos da Ordnungspolizei, mas não sabemos quais, se usou, deles ele chegou a usar. Em geral, Jeckeln foi contra envolver a Wehrmacht."
Num julgamento na Alemanha Ocidental dos acusados da Polícia de Ordem Pública incluíram uma descrição da organização de Jeckeln na ação de Rumbula, sempre que quando o acusado fora Friedrich Jahnke. Ezergailis também discute que houve uma maior presença letoniana em Rumbula, incluíndo a reunião de planejamento:
"Várias testemunhas alemãs mencionaram a presença de oficiais letões na reunião de preparação. Ainda que o único nome mencionado fora o de Osis, o cabeça dos Schutzmannschaften Letão, os nomes de outros letões presentes nestas reuniões puderam ser facilmente identificadas, e por eliminação é algo muito reduzido. Os únicos que podiam ter estado lá além do Osis, foram o Arajs, Ítiglics, e o grupo líder da guarda do gueto da Letônia, Danskops."
Em Liepaja, houve uma ação inicial de assassínio em julho de 1941. Um notável caráter desta ação é que foi ordenada por um comandante naval, Kawelmacher, como Ezergailis de novo descreve:
"O ritmo dos fuzilamentos não foi rápido o suficiente para o comandante Kawelmacher (a.k.a. Gontard). Em 22 de julho ele enviou um telex ao Comandante-em-Chefe da frota do Báltico em Kiel, requisitando 100 SS- e 50 tropas da Schutzpolizei “para rápida execução [do] problema judaico. Com o contingente presente das SS, isto levaria um ano, que é insustentável para [a] pacificação de Liepaja.” Seu pedido foi prontamente concedido; o notório SD Comando Letão comandado por Viktors Arajs chegou à Riga, fuzilou cerca de 1,100 judeus homens em 24 e 25 de julho, e partiu.
Enquanto a 2ª Companhia do 13º Batalhão de Polícia sob o comando do SSHauptsturmführer Georg Rosenstock acabara de chegar, antes de tudo para patrulhar o cumprimento das funções e pruma menor duração das execuções.
Daí em diante, a Marinha teve um papel menos ativo, deixando a perseguição de judeus nas mãos de Kügler e seu superior, o SS-und Polizeistandortführer Dr. Fritz Dietrich, que chegou no meio de setembro."
Como fora apontado neste blog, a chegada de Dietrich foi crucial porque devido a ele se manteve uma agenda de subseqüentes eventos. O principal massacre de dezembro fora ordenado pelo HSSPF Jeckeln, sustentado por Dietrich, e fotografado por Strott e Sobeck, como Ezergailis descreve:
"Nenhum gueto tinha ainda sido estabelecido em Liepaja, mas Dietrich ordenou um toque de recolher de 2 dias para os judeus. Assim confinados em seus apartamentos, eles foram metodicamente acuados pela polícia letoniana e levados para prisão feminina. De lá eles foram marchando para o local de execução em Skede, obrigados a se despir, e fuzilados em grupos de 10 por três esquadrões de tiro, dois letões e um alemão. Todos juntos, 2.749 judeus foram mortos entre 15–17 de dezembro. Principalmente mulheres e crianças, que tinham sido em grande parte respeitados até agora. Um substituto de Kügler, o SS-Scharführer Carl Emil Strott, como também o SSOberscharführer Sobeck, fotografou as execuções. Um audacioso judeu trabalhando na Polícia de Segurança, David Zivcon, conseguiu pegar, de 12 filmes expostos por Sobeck, uma quantidade suficiente para fazer cópias, que foram muito reproduzidas e exibidas depois da guerra."

Em Ponary, uma excelente galeria de fotografias pode ser encontrada aqui. Três mostras de enormes fotos daquela galeria são exibidas aqui, aqui e aqui. Detalhes nas fotos corespondem ao testemunho das testemunhas oculares dados aos advogados de acusação na Alemanha Ocidental que é reproduzido aqui. Ver por exemplo a declaração do contador que "Os outros nove que andavam um atrás do outro, agacharam-se e agarraram-se ao homem na frente com suas mãos porque eles não poderiam assistir." Finalmente, perceba novamente que este massacre não foi realizado por uma unidade dos Einsatzgruppen agindo sozinha. Colaboradores lituanos desempenharam um papel essencial neste massacre.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/07/how-many-perpetrators-in-ussr-part.html
Tradução: Roberto Lucena
Fotos extras:
http://www.zwoje-scrolls.com/shoah/towns.html
http://www.holocaustresearchproject.org/einsatz/lithuaniamurders.html
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Liepaja - Holocausto na Letônia
O assassinato de judeus de Liepaja, Letônia, foi documentado em numerosas fontes. As SS e o Chefe de Polícia Emil Dietrich registrram a maioria deles em seu diário (ver nota de rodapé 40 aqui). Dietrich foi enforcado por um tribunal militar dos EUA na prisão de Landsberg-am-Lech em 22 de outubro de 1948. Entre 15 e 17 de dezembro de 1941, três esquadrões alemães e letões assassinaram 2749 judeus, principalmente mulheres e crianças, nas dunas de Skede, próximo à Liepaja. Os eventos foram registradas nestas infames fotografias por Carl-Emil Strott, que foi condenado e setenciado no julgamento de Grauel e outros em Hanôver em 1971. Mais das fotografias de Strott podem ser achadas nesta discussão.
Além disso, se não fosse o fato de que os negadores são estúpidos o suficiente para espernear sobre 'julgamento espetáculo' e 'forjado', os assassinatos em Liepaja foram demonstrados por pesquisas demográficas de Anders e Dubrovskis, que examinaram o censo nazista de 30 de agosto de 1941 nos arquivos do Estado letão, e compararam-no com outras fontes demográficas como as do censo soviético de fevereiro de 1935, do Salão de Nomes no Yad Vashem, da lista de deportados para o interior soviético, do julgamento de Grauel, dos registros residenciais, da lista de "Coleção de Metais", dos relatórios das Schutzpolizei, registrados do campo em Stutthof, e da 'Comissão Extraordinária para Investigação de Crimes Fascistas' soviética.
Sua pesquisa é outro cravo na tumba da reputação do fraudulento 'demógrafo' Walter Sanning. Como eu apontei neste mesmo blog, Sanning desonestamente pretendia que estimativas demográficas nazistas de janeiro de 1943 se referissem a dados da população soviética como se fossem de junho de 1941. Este enabled him para afirmar que a maioria dos judeus tinha ou fugido ou sido deportados para o interior soviético como parte da política de 'scorched earth' de Stalin. Anders e Dubrovskis demonstram que apenas 209 judeus de Liepaja(de uma população judaica de 7140) foram deportados e um máximo de 300 fugiram.
Liepaja aqui nos dá uma extrema demonstração da bancarrota da negação do Holocausto. Para negar que os nazis deliberadamente assassinaram mulheres e crianças de Liepaja, negadores tem que ignorar a existência de um diário escrito a mão pelas SS e o Chefe de Polícia, fotografias tiradas por um perpetrador que fora julgado numa corte da Alemanha Ocidental, um censo que os nazis levaram a cabo dois meses após invadirem a Letônia, e os dados residenciais coletados pelos nazistas em 1942, mostrando que muitas das pessoas nos mais recentes censos foram assassinadas. Tal negação só pode ser uma deliberada cegueira em relação a evidência do genocídio.
Nota de rodapé: meu obrigado a KentFord9 no fórum RODOH por desenhar minha observação aos dados demográficos.
Fonte: Holocaust Controversies
Por Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/04/liepaja.html
Tradução(português): Roberto Lucena
Além disso, se não fosse o fato de que os negadores são estúpidos o suficiente para espernear sobre 'julgamento espetáculo' e 'forjado', os assassinatos em Liepaja foram demonstrados por pesquisas demográficas de Anders e Dubrovskis, que examinaram o censo nazista de 30 de agosto de 1941 nos arquivos do Estado letão, e compararam-no com outras fontes demográficas como as do censo soviético de fevereiro de 1935, do Salão de Nomes no Yad Vashem, da lista de deportados para o interior soviético, do julgamento de Grauel, dos registros residenciais, da lista de "Coleção de Metais", dos relatórios das Schutzpolizei, registrados do campo em Stutthof, e da 'Comissão Extraordinária para Investigação de Crimes Fascistas' soviética.
Sua pesquisa é outro cravo na tumba da reputação do fraudulento 'demógrafo' Walter Sanning. Como eu apontei neste mesmo blog, Sanning desonestamente pretendia que estimativas demográficas nazistas de janeiro de 1943 se referissem a dados da população soviética como se fossem de junho de 1941. Este enabled him para afirmar que a maioria dos judeus tinha ou fugido ou sido deportados para o interior soviético como parte da política de 'scorched earth' de Stalin. Anders e Dubrovskis demonstram que apenas 209 judeus de Liepaja(de uma população judaica de 7140) foram deportados e um máximo de 300 fugiram.
Liepaja aqui nos dá uma extrema demonstração da bancarrota da negação do Holocausto. Para negar que os nazis deliberadamente assassinaram mulheres e crianças de Liepaja, negadores tem que ignorar a existência de um diário escrito a mão pelas SS e o Chefe de Polícia, fotografias tiradas por um perpetrador que fora julgado numa corte da Alemanha Ocidental, um censo que os nazis levaram a cabo dois meses após invadirem a Letônia, e os dados residenciais coletados pelos nazistas em 1942, mostrando que muitas das pessoas nos mais recentes censos foram assassinadas. Tal negação só pode ser uma deliberada cegueira em relação a evidência do genocídio.
Nota de rodapé: meu obrigado a KentFord9 no fórum RODOH por desenhar minha observação aos dados demográficos.
Fonte: Holocaust Controversies
Por Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/04/liepaja.html
Tradução(português): Roberto Lucena
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quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Biografia exaustiva revela Heinrich Himmler
LUMENA RAPOSO
Fontes. Autor do livro teve acesso a material inédito do dirigente nazi
Biografia exaustiva revela Heinrich Himmler
A primeira grande e exaustiva biografia de Heinrich Himmler acaba de ver a luz do dia
pela mão de Peter Longerich, o professor e historiador alemão que se tem dedicado a investigar o período do III Reich e do Holocausto. E Himmler é precisamente uma das figuras que melhor encarna esse período maldito da história da Alemanha.
Heinrich Himmler. Biografia é o título do livro sobre o homem que, a 23 de Maio de 1945, se suicidou quando se encontrava prisioneiro dos militares britânicos. Ao longo das mil páginas editadas pela Siedler, vai-se afirmando - porque descobrindo - a figura do chefe das aterradoras SS, o autor do primeiro campo de concentração em Dachau e um dos fiéis de Adolf Hitler, que muitos consideram ter sido ainda mais violento e sinistro do que o próprio Führer.
Para escrever o livro em causa, segundo avança o diário espanhol El Mundo, Longerich utilizou documentos em primeira mão, entre os quais se conta o diário que Himmler escreveu desde criança, uma lista de leituras comentadas e uma abundante correspondência.
Na opinião do autor da biografia, Himmler, que nasceu em Munique a 7 de Outubro de 1900, terá sido o mais radical dos nazis e o que mais poder deteve, logo após Hitler. Doente, frágil, de baixa estatura, media apenas 1,74 metros, Himmler - como os outros nazis, aliás -, cultivou desde jovem o sonho de um mundo perfeito, dominado por uma raça perfeita - a ariana, de que os alemães eram os representantes directos. Nesse mundo, o cristianismo - considerado por Himmler como "a maior peste alguma vez criada na história" - daria lugar a uma religião baseada nos velhos mitos do povo ariano.
A consequência mais grave dessa "loucura" de criar um homem e um mundo novo foi
sentida por aqueles que a nova "ordem" rejeitava, ou seja, os judeus, os eslavos, os homossexuais, os deficientes; todos vão sendo eliminados durante o regime nazi.
Em muitos casos, Himmler foi o autor intelectual de planos de extermínio total dos judeus. Por exemplo, após a invasão da Polónia em 1939 e o ataque à União Soviética em 1941, as ordens eram de eliminar apenas os judeus jovens e adultos mas Himmler considerou ser um erro deixar vivas as mulheres e as crianças que, em sua opinião, poderiam tentar vingar-se mais tarde.
Quando a guerra terminou, Himmler e os seus esbirros tinham assassinado seis milhões dos 30 milhões que tencionavam eliminar.
Fonte: Diário de Notícias(Portugal)
http://dn.sapo.pt/2008/11/05/internacional/biografia_exaustiva_revela_heinrich_.html
Fontes. Autor do livro teve acesso a material inédito do dirigente nazi
Biografia exaustiva revela Heinrich Himmler
A primeira grande e exaustiva biografia de Heinrich Himmler acaba de ver a luz do dia

Heinrich Himmler. Biografia é o título do livro sobre o homem que, a 23 de Maio de 1945, se suicidou quando se encontrava prisioneiro dos militares britânicos. Ao longo das mil páginas editadas pela Siedler, vai-se afirmando - porque descobrindo - a figura do chefe das aterradoras SS, o autor do primeiro campo de concentração em Dachau e um dos fiéis de Adolf Hitler, que muitos consideram ter sido ainda mais violento e sinistro do que o próprio Führer.
Para escrever o livro em causa, segundo avança o diário espanhol El Mundo, Longerich utilizou documentos em primeira mão, entre os quais se conta o diário que Himmler escreveu desde criança, uma lista de leituras comentadas e uma abundante correspondência.
Na opinião do autor da biografia, Himmler, que nasceu em Munique a 7 de Outubro de 1900, terá sido o mais radical dos nazis e o que mais poder deteve, logo após Hitler. Doente, frágil, de baixa estatura, media apenas 1,74 metros, Himmler - como os outros nazis, aliás -, cultivou desde jovem o sonho de um mundo perfeito, dominado por uma raça perfeita - a ariana, de que os alemães eram os representantes directos. Nesse mundo, o cristianismo - considerado por Himmler como "a maior peste alguma vez criada na história" - daria lugar a uma religião baseada nos velhos mitos do povo ariano.
A consequência mais grave dessa "loucura" de criar um homem e um mundo novo foi

Em muitos casos, Himmler foi o autor intelectual de planos de extermínio total dos judeus. Por exemplo, após a invasão da Polónia em 1939 e o ataque à União Soviética em 1941, as ordens eram de eliminar apenas os judeus jovens e adultos mas Himmler considerou ser um erro deixar vivas as mulheres e as crianças que, em sua opinião, poderiam tentar vingar-se mais tarde.
Quando a guerra terminou, Himmler e os seus esbirros tinham assassinado seis milhões dos 30 milhões que tencionavam eliminar.
Fonte: Diário de Notícias(Portugal)
http://dn.sapo.pt/2008/11/05/internacional/biografia_exaustiva_revela_heinrich_.html
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Brasil foi o país com mais filiados ao Partido Nazista fora da Alemanha
Com base em documentos de arquivos alemães, pesquisadora identifica atuação do Partido em 83 países. O grupo brasileiro tinha o maior número de integrantes
A historiadora Ana Maria Dietrich analisou, em seu mestrado, documentos do Deops-SP que revelaram a atuação do Partido Nazista alemão (NSDAP) no Estado de São Paulo, entre 1928 e 1938. Algumas dessas descobertas incentivaram a historiadora a ir para a Alemanha, onde atualmente pesquisa o tema para o doutorado. O objetivo é compreender a atuação do NSDAP em território brasileiro sob a perspectiva do III Reich.
O doutorado é feito pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, em parceria com o Centro de Estudos de Anti-Semitismo da Universidade Técnica de Berlim, onde Ana Maria atua como pesquisadora convidada. A historiadora utiliza como fontes as atas do Arquivo Federal Alemão e o Arquivo político do Ministério das Relações Exteriores, em Berlim.
A pesquisadora pretende analisar, também, revistas e jornais da linha nacional-socialista publicados no Brasil em alemão, disponíveis no Instituto de Relações Exteriores, em Stuttgart, e verificar arquivos de outras cidades alemãs. As fontes orais - entrevistas com ex-partidários ou familiares - também estão entre as suas prioridades.
"Além de revelar um capítulo da história do Brasil, minha pesquisa está fundamentada no fortalecimento dos valores democráticos no Brasil e em outros países da América Latina", conta.
Nacional-socialismo no Brasil
Entre os primeiros resultados, Ana Maria identificou que o Landesgruppe Brasilien (o grupo do país Brasil) integrava uma espécie de rede mundial com outras filiais do partido. Esta "rede" estava presente em 83 países, em todos os continentes, com 29 mil integrantes.
As filiais estavam ligadas à Organização do Partido Nazista no Exterior (AO), um departamento do governo do Reich. Todas as diretrizes, ordens e controles partiam desta central. "A estruturação como uma espécie de 'rede de aranha' me chamou a atenção, pois mostra a força mundial do movimento."
O Landesgruppe Brasilien tinha o maior número de filiados do Partido Nazista fora da Alemanha, com 2.903 integrantes, superior à Holanda (1.925), Áustria (1.678) e Polônia (1.379). Dos filiados no Brasil, 92,7% eram alemães natos e apenas 2,45% eram brasileiros. "Para o governo Vargas, o NSDAP era um pequeno partido voltado para uma minoria estrangeira (alemães). Mas para o governo de Hitler, a história era outra."
"Uma grande surpresa foi localizar documentos sobre o norte do Brasil e saber que o Partido também desempenhou um importante papel nos estados de Pernambuco, Bahia e Pará." Ana Maria pretende comparar a história do NSDAP nos diferentes estados brasileiros, principalmente na relação norte / sul do País.
"Inferno" tropical
Se nos panfletos de propaganda para imigração que circulavam na Alemanha entre 1920 e 1930 o Brasil foi descrito como paraíso tropical, Ana Maria constatou que nos relatórios da Organização do Partido Nazista no Exterior e nos artigos de alguns jornais alemães, o País era visto pelos nazistas como "inferno" tropical.
"Isso não aconteceu pelas diferenças climáticas, nem pelas doenças que os imigrados tinham de enfrentar, mas pelo fato de os "arianos puros" conviverem com negros e outras etnias na lavoura e nas cidades. A miscigenação característica da formação do povo brasileiro era absolutamente inaceitável para o III Reich."
Durante o mestrado, Ana Maria identificou Hans Henning von Cossel como chefe do Partido Nazista no Brasil e também como editor do jornal semanal Deutscher Morgen, que circulou livremente no País entre 1932 e 1940. Na Alemanha, a pesquisadora conseguiu entrevistar duas filhas de Cossel. "Elas relataram que o pai tinha uma boa relação com os estadistas da época, como Getúlio Vargas e Adolf Hitler, sendo que este último ele encontrou pessoalmente."
Segundo Ana Maria, Cossel fazia viagens pelo Brasil para divulgar o nacional-socialismo e também para a Alemanha, onde encontrou o chefe da Organização do Partido Nazista no Exterior, Ernst Wilhelm Bohle. "Cossel era, para o Partido, o "Fuhrer" no Brasil. Exercia as funções de "Vertrauensmann" (homem de confiança) do III Reich e adido cultural da Embaixada Alemã no Rio de Janeiro, além de manter o status de correspondente do III Reich, transmitindo informações importantes sobre o Brasil para a Alemanha.
Aspectos sociais
"O viés 'social' também é uma das novidades do meu trabalho, em complemento a importantes estudos de historiadores alemães e brasileiros sobre a chamada 'história política' do Partido Nazista no exterior e no Brasil."
Segundo a historiadora, ao se estudar as consequências do fenômeno do nazismo para o Brasil e para a humanidade, evita-se a proliferação da ideologia e de movimentos de extrema-direita. "Só através do debate deste período histórico poderemos informar às futuras gerações sobre a importância da democracia, contra qualquer tipo de discriminação em relação às minorias."
Ana Maria faz doutorado-sanduíche com bolsa do CNPq / DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico). A orientação no Brasil é da professora Maria Luíza Tucci Carneiro, da FFLCH, e na Alemanha é do professor Wolfgang Benz, da Universidade Técnica de Berlim. A previsão é que, em 2006, seus estudos estejam concluídos. Segundo a pesquisadora, o mestrado será publicado no segundo semestre deste ano pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
[imagens: arquivo Ana Maria Dietrich]
Valéria Dias / Agência USP
Fonte: USP Online
http://www2.usp.br/index.php/sociedade/442
A historiadora Ana Maria Dietrich analisou, em seu mestrado, documentos do Deops-SP que revelaram a atuação do Partido Nazista alemão (NSDAP) no Estado de São Paulo, entre 1928 e 1938. Algumas dessas descobertas incentivaram a historiadora a ir para a Alemanha, onde atualmente pesquisa o tema para o doutorado. O objetivo é compreender a atuação do NSDAP em território brasileiro sob a perspectiva do III Reich.
O doutorado é feito pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, em parceria com o Centro de Estudos de Anti-Semitismo da Universidade Técnica de Berlim, onde Ana Maria atua como pesquisadora convidada. A historiadora utiliza como fontes as atas do Arquivo Federal Alemão e o Arquivo político do Ministério das Relações Exteriores, em Berlim.
A pesquisadora pretende analisar, também, revistas e jornais da linha nacional-socialista publicados no Brasil em alemão, disponíveis no Instituto de Relações Exteriores, em Stuttgart, e verificar arquivos de outras cidades alemãs. As fontes orais - entrevistas com ex-partidários ou familiares - também estão entre as suas prioridades.
"Além de revelar um capítulo da história do Brasil, minha pesquisa está fundamentada no fortalecimento dos valores democráticos no Brasil e em outros países da América Latina", conta.
Nacional-socialismo no Brasil
Entre os primeiros resultados, Ana Maria identificou que o Landesgruppe Brasilien (o grupo do país Brasil) integrava uma espécie de rede mundial com outras filiais do partido. Esta "rede" estava presente em 83 países, em todos os continentes, com 29 mil integrantes.
As filiais estavam ligadas à Organização do Partido Nazista no Exterior (AO), um departamento do governo do Reich. Todas as diretrizes, ordens e controles partiam desta central. "A estruturação como uma espécie de 'rede de aranha' me chamou a atenção, pois mostra a força mundial do movimento."
O Landesgruppe Brasilien tinha o maior número de filiados do Partido Nazista fora da Alemanha, com 2.903 integrantes, superior à Holanda (1.925), Áustria (1.678) e Polônia (1.379). Dos filiados no Brasil, 92,7% eram alemães natos e apenas 2,45% eram brasileiros. "Para o governo Vargas, o NSDAP era um pequeno partido voltado para uma minoria estrangeira (alemães). Mas para o governo de Hitler, a história era outra."
"Uma grande surpresa foi localizar documentos sobre o norte do Brasil e saber que o Partido também desempenhou um importante papel nos estados de Pernambuco, Bahia e Pará." Ana Maria pretende comparar a história do NSDAP nos diferentes estados brasileiros, principalmente na relação norte / sul do País.
"Inferno" tropical
Se nos panfletos de propaganda para imigração que circulavam na Alemanha entre 1920 e 1930 o Brasil foi descrito como paraíso tropical, Ana Maria constatou que nos relatórios da Organização do Partido Nazista no Exterior e nos artigos de alguns jornais alemães, o País era visto pelos nazistas como "inferno" tropical.
"Isso não aconteceu pelas diferenças climáticas, nem pelas doenças que os imigrados tinham de enfrentar, mas pelo fato de os "arianos puros" conviverem com negros e outras etnias na lavoura e nas cidades. A miscigenação característica da formação do povo brasileiro era absolutamente inaceitável para o III Reich."
Durante o mestrado, Ana Maria identificou Hans Henning von Cossel como chefe do Partido Nazista no Brasil e também como editor do jornal semanal Deutscher Morgen, que circulou livremente no País entre 1932 e 1940. Na Alemanha, a pesquisadora conseguiu entrevistar duas filhas de Cossel. "Elas relataram que o pai tinha uma boa relação com os estadistas da época, como Getúlio Vargas e Adolf Hitler, sendo que este último ele encontrou pessoalmente."
Segundo Ana Maria, Cossel fazia viagens pelo Brasil para divulgar o nacional-socialismo e também para a Alemanha, onde encontrou o chefe da Organização do Partido Nazista no Exterior, Ernst Wilhelm Bohle. "Cossel era, para o Partido, o "Fuhrer" no Brasil. Exercia as funções de "Vertrauensmann" (homem de confiança) do III Reich e adido cultural da Embaixada Alemã no Rio de Janeiro, além de manter o status de correspondente do III Reich, transmitindo informações importantes sobre o Brasil para a Alemanha.
Aspectos sociais
"O viés 'social' também é uma das novidades do meu trabalho, em complemento a importantes estudos de historiadores alemães e brasileiros sobre a chamada 'história política' do Partido Nazista no exterior e no Brasil."
Segundo a historiadora, ao se estudar as consequências do fenômeno do nazismo para o Brasil e para a humanidade, evita-se a proliferação da ideologia e de movimentos de extrema-direita. "Só através do debate deste período histórico poderemos informar às futuras gerações sobre a importância da democracia, contra qualquer tipo de discriminação em relação às minorias."
Ana Maria faz doutorado-sanduíche com bolsa do CNPq / DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico). A orientação no Brasil é da professora Maria Luíza Tucci Carneiro, da FFLCH, e na Alemanha é do professor Wolfgang Benz, da Universidade Técnica de Berlim. A previsão é que, em 2006, seus estudos estejam concluídos. Segundo a pesquisadora, o mestrado será publicado no segundo semestre deste ano pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
[imagens: arquivo Ana Maria Dietrich]
Valéria Dias / Agência USP
Fonte: USP Online
http://www2.usp.br/index.php/sociedade/442
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Evidência fotográfica de assassinatos em massa: 4. Ivangorod
Uma das mais famosas imagens do Holocausto pode ser vista aqui. A procedência da fotografia é descrita neste link. Museus do Holocausto e sites da Internet mostram esta imagem freqüentemente apenas exibindo este pedaço da fotografia. Este é errôneo porque omite os dois rifles no canto extremo esquerdo da fotografia, e a cena de enterros(dos cadáveres das chacinas)no canto direito.
Local: Ucrânia, Kiev, executados pelos Einsatzgruppen.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/10/photographic-evidence-of-mass-shootings_25.html
Tradução: Roberto Lucena
Local: Ucrânia, Kiev, executados pelos Einsatzgruppen.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/10/photographic-evidence-of-mass-shootings_25.html
Tradução: Roberto Lucena
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Para americano, Hollywood descarta valores
Pesquisa
A maioria dos americanos acha que a indústria do entretenimento não compartilha de seus valores. É o que aponta pesquisa encomendada pela Liga Anti-Difamação, grupo dos Estados Unidos de combate ao anti-semitismo. A sondagem, intitulada "Atitudes americanas na religião, valores morais e Hollywood", foi realizada pelo grupo Marttila Communications, que ouviu 1.000 adultos em todo o país.
Dos ouvidos, 61% disseram que os valores religiosos americanos estão "sob ataque", e 59% afirmaram crer que as pessoas à frente dos estúdios e das redes de TV americanas não possuem os valores morais e religiosos do resto do país. Mais: 43% acreditam que o cinema e a mídia americana orquestrem juntos uma campanha para "enfraquecer a influência da religião sobre a nação". Além disso, cerca de 40% apóiam a posição de banir "idéias perigosas" das bibliotecas escolares e outros quase 40% vêem com bons olhos a censura aos livros.
Quase metade da população (49%) acha que os EUA estão se tornando "tolerantes demais a diferentes idéias e estilos de vida". Mas um número muito próximo, 47%, discorda dessa tese. Também em contraponto à maioria que enxerga a mídia como uma ameaça aos valores americanos, 36% dos entrevistados não crêem num ataque maciço sobre os valores.
Com relação ao anti-semitismo, a sondagem detectou uma mudança positiva. Nesta edição da pesquisa, 63% discordaram da idéia de que a indústria do cinema e da TV seja concentrada nas mãos dos judeus, contra 22% que vêem as coisas desse modo. Na primeira vez que a Liga Anti-Difamação realizou o levantamento, em 1964, quase metade dos ouvidos ficou com a primeira opção.
Fonte: Veja(Brasil, 17 de novembro de 2008)
http://veja.abril.com.br/noticia/variedade/americanos-hollywood-nao-compartilha-seus-valores-402267.shtml
A maioria dos americanos acha que a indústria do entretenimento não compartilha de seus valores. É o que aponta pesquisa encomendada pela Liga Anti-Difamação, grupo dos Estados Unidos de combate ao anti-semitismo. A sondagem, intitulada "Atitudes americanas na religião, valores morais e Hollywood", foi realizada pelo grupo Marttila Communications, que ouviu 1.000 adultos em todo o país.
Dos ouvidos, 61% disseram que os valores religiosos americanos estão "sob ataque", e 59% afirmaram crer que as pessoas à frente dos estúdios e das redes de TV americanas não possuem os valores morais e religiosos do resto do país. Mais: 43% acreditam que o cinema e a mídia americana orquestrem juntos uma campanha para "enfraquecer a influência da religião sobre a nação". Além disso, cerca de 40% apóiam a posição de banir "idéias perigosas" das bibliotecas escolares e outros quase 40% vêem com bons olhos a censura aos livros.
Quase metade da população (49%) acha que os EUA estão se tornando "tolerantes demais a diferentes idéias e estilos de vida". Mas um número muito próximo, 47%, discorda dessa tese. Também em contraponto à maioria que enxerga a mídia como uma ameaça aos valores americanos, 36% dos entrevistados não crêem num ataque maciço sobre os valores.
Com relação ao anti-semitismo, a sondagem detectou uma mudança positiva. Nesta edição da pesquisa, 63% discordaram da idéia de que a indústria do cinema e da TV seja concentrada nas mãos dos judeus, contra 22% que vêem as coisas desse modo. Na primeira vez que a Liga Anti-Difamação realizou o levantamento, em 1964, quase metade dos ouvidos ficou com a primeira opção.
Fonte: Veja(Brasil, 17 de novembro de 2008)
http://veja.abril.com.br/noticia/variedade/americanos-hollywood-nao-compartilha-seus-valores-402267.shtml
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Instituição em Berlim oferece mestrado em Holocausto
Mestrado no Touro College dura dois anos
Como é possível abordar, de forma atual, o Holocausto? Como fazer exposições, livros e filmes sobre o tema? O curso de mestrado de uma escola superior em Berlim dedica-se a responder tais questionamentos.
O curso Holocausto – Comunicação e Tolerância começou a ser oferecido há um ano pelo Touro College, que é a primeira instituição teuto-judaica de ensino superior na Alemanha. Ele existe há cinco anos e obteve o reconhecimento estatal em 2006.
Sua sede, no oeste de Berlim, fica num prédio construído nos anos 1920 por uma família judaica. O curso é o único em seu gênero na Europa e foi criado por Bernard Lander, diretor do Touro College.
O único estrangeiro entre os 120 estudantes do curso é o israelense Guy Band, para quem o a dedicação dos professores é muito importante: "O tratamento é muito pessoal, já que passamos muito tempo com os professores", explicou. "Estudamos em uma sala pequena, o que facilita os questionamentos e as discussões, além de cada um poder expressar sua opinião", complementou.
Para o estudante, a combinação do mestrado é perfeita. "Não são ensinados somente fatos do Holocausto. Também aprendemos como o tema pode ser abordado ao longo do tempo e considerando as mudanças na mídia", explicou Guy.
Mercado de trabalho
Topografia do Terror, em Berlim, um museu ao ar livre que retrata o período nazista
Para a estudante Anke Eisfeld, a diversidade de colegas, com diferentes experiências profissionais, é muito interessante. "Praticamente aprendemos uns com os outros", ressaltou. Depois de quatro semestres, o mestrando recebe o título de M.A. (Masters in Arts, em inglês). O campo de trabalho é vasto: seja em memoriais ou museus, nos meios de comunicação ou até mesmo em escolas.
O grau de sucesso que a formação em Holocausto trará ainda é especulação, já que ninguém concluiu o curso. "Trabalharia em alguma área do jornalismo, transmitindo conhecimentos no contexto do Holocausto e de forma interessante", ressaltou Anke Eisfeld.
Para o estudante israelense Guy Band, a capital federal alemã é um bom lugar para trabalhar. "Há muitos exemplos de como se pode abordar o tema do Holocausto. É possível fazer estágios em diversos lugares que dizem respeito ao assunto e acredito que isso é muito importante", conclui.
Os candidatos que pretendem seguir este curso de mestrado precisam apenas demonstrar interesse pelo tema e apresentar um certificado de conclusão de curso superior. A área de atuação não é importante, há mestrandos jornalistas, pedagogos ou formados em História ou Ciências Políticas. O preço do semestre é de 3 mil euros por estudante.
Sarah Faupel (rsr)
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 17.11.2008)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3789109,00.html

O curso Holocausto – Comunicação e Tolerância começou a ser oferecido há um ano pelo Touro College, que é a primeira instituição teuto-judaica de ensino superior na Alemanha. Ele existe há cinco anos e obteve o reconhecimento estatal em 2006.
Sua sede, no oeste de Berlim, fica num prédio construído nos anos 1920 por uma família judaica. O curso é o único em seu gênero na Europa e foi criado por Bernard Lander, diretor do Touro College.
O único estrangeiro entre os 120 estudantes do curso é o israelense Guy Band, para quem o a dedicação dos professores é muito importante: "O tratamento é muito pessoal, já que passamos muito tempo com os professores", explicou. "Estudamos em uma sala pequena, o que facilita os questionamentos e as discussões, além de cada um poder expressar sua opinião", complementou.
Para o estudante, a combinação do mestrado é perfeita. "Não são ensinados somente fatos do Holocausto. Também aprendemos como o tema pode ser abordado ao longo do tempo e considerando as mudanças na mídia", explicou Guy.
Mercado de trabalho

Para a estudante Anke Eisfeld, a diversidade de colegas, com diferentes experiências profissionais, é muito interessante. "Praticamente aprendemos uns com os outros", ressaltou. Depois de quatro semestres, o mestrando recebe o título de M.A. (Masters in Arts, em inglês). O campo de trabalho é vasto: seja em memoriais ou museus, nos meios de comunicação ou até mesmo em escolas.
O grau de sucesso que a formação em Holocausto trará ainda é especulação, já que ninguém concluiu o curso. "Trabalharia em alguma área do jornalismo, transmitindo conhecimentos no contexto do Holocausto e de forma interessante", ressaltou Anke Eisfeld.
Para o estudante israelense Guy Band, a capital federal alemã é um bom lugar para trabalhar. "Há muitos exemplos de como se pode abordar o tema do Holocausto. É possível fazer estágios em diversos lugares que dizem respeito ao assunto e acredito que isso é muito importante", conclui.
Os candidatos que pretendem seguir este curso de mestrado precisam apenas demonstrar interesse pelo tema e apresentar um certificado de conclusão de curso superior. A área de atuação não é importante, há mestrandos jornalistas, pedagogos ou formados em História ou Ciências Políticas. O preço do semestre é de 3 mil euros por estudante.
Sarah Faupel (rsr)
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 17.11.2008)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3789109,00.html
Chanceler britânico pede combate ao anti-semitismo
O ministro de Assuntos Exteriores britânico, David Miliband, lembrou neste domingo os ataques nazistas contra os judeus e ressaltou a necessidade de combater todas as formas de anti-semitismo.
Em um breve comunicado oficial divulgado por ocasião do 70º aniversário da "Noite dos
Cristais" ("Kristallnacht"), Miliband disse que "esses fatos horrorosos" não deveriam ser esquecidos "nunca".
"Nosso dever como cidadãos deste mundo é nos manter em guarda contra o anti-semitismo e todas as formas de racismo que se infiltrem em nossas sociedades", disse o chefe da diplomacia britânica.
Ele destacou que o mundo tem que fazer "todo o possível para que horrores semelhantes não voltem a ocorrer no futuro".
Na "Noite dos Cristais", que ocorreu em 9 de novembro de 1938, militantes de diferentes grupos paramilitares nazistas deram origem a uma onda de violência contra os cidadãos judeus.
Nesse dia, mais de mil sinagogas de toda a Alemanha e a Áustria foram queimadas, enquanto 300 templos ficaram reduzidos a cinzas, 7,5 mil lojas de judeus foram devastadas e mais de mil pessoas foram assassinadas essa noite.
No dia seguinte, cerca de 30 mil judeus foram detidos e enviados a campos de concentração, número que, ao término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), chegaria aos milhões.
Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3317968-EI8142,00-Chanceler+britanico+pede+combate+ao+antisemitismo.html
Em um breve comunicado oficial divulgado por ocasião do 70º aniversário da "Noite dos

"Nosso dever como cidadãos deste mundo é nos manter em guarda contra o anti-semitismo e todas as formas de racismo que se infiltrem em nossas sociedades", disse o chefe da diplomacia britânica.
Ele destacou que o mundo tem que fazer "todo o possível para que horrores semelhantes não voltem a ocorrer no futuro".
Na "Noite dos Cristais", que ocorreu em 9 de novembro de 1938, militantes de diferentes grupos paramilitares nazistas deram origem a uma onda de violência contra os cidadãos judeus.
Nesse dia, mais de mil sinagogas de toda a Alemanha e a Áustria foram queimadas, enquanto 300 templos ficaram reduzidos a cinzas, 7,5 mil lojas de judeus foram devastadas e mais de mil pessoas foram assassinadas essa noite.
No dia seguinte, cerca de 30 mil judeus foram detidos e enviados a campos de concentração, número que, ao término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), chegaria aos milhões.
Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3317968-EI8142,00-Chanceler+britanico+pede+combate+ao+antisemitismo.html
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Cemitérios judeus são profanados na Alemanha
Berlim, 17 nov (EFE).- Cemitérios judeus nas cidades de Gotha e Erfurt, ambas no leste da Alemanha, foram profanados por pessoas ainda não identificadas, informou hoje a Polícia.
Em Gotha, os agressores penduraram na cerca de entrada do cemitério uma cabeça de porco junto à estrela de David.
Fora isso, colocaram um cartaz com frases que instigam o ódio racial e lançaram, através da cerca, vários recipientes com um líquido vermelho, simulando sangue.
Em Erfurt, capital do estado de Turíngia, aconteceu um incidente similar.
Na cidade, desconhecidos jogaram um líquido vermelho sobre uma placa em memória das vítimas do Holocausto na entrada do cemitério e fizeram pinturas no muro do recinto.
Fonte: EFE/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL865015-5602,00-CEMITERIOS+JUDEUS+SAO+PROFANADOS+NA+ALEMANHA.html

Fora isso, colocaram um cartaz com frases que instigam o ódio racial e lançaram, através da cerca, vários recipientes com um líquido vermelho, simulando sangue.
Em Erfurt, capital do estado de Turíngia, aconteceu um incidente similar.
Na cidade, desconhecidos jogaram um líquido vermelho sobre uma placa em memória das vítimas do Holocausto na entrada do cemitério e fizeram pinturas no muro do recinto.
Fonte: EFE/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL865015-5602,00-CEMITERIOS+JUDEUS+SAO+PROFANADOS+NA+ALEMANHA.html
'Vítima' de ataque neo-nazi inventou história
A alemã que ganhou um prémio por alegadamente ter salvo uma criança imigrante de um ataque neo-nazi foi condenada sexta-feira a 40 horas de serviço comunitário, depois das autoridades terem concluído que a jovem mentiu
Rebecca, de 18 anos, recebeu em Fevereiro um prémio de uma associação berlinense contra a violência neo-nazi, por alegadamente ter salvo uma criança imigrante que estaria a fugir de um grupo de militantes de extrema-direita.
A história originalmente contada por Rebecca tinha contornos de heroísmo. A jovem tinha sido agredida pelos neo-nazis, que lhe cravaram uma suástica na coxa, segundo contou às autoridades.
A suástica é real, mas a história é falsa, diz agora a justiça alemã. Uma análise de médicos forenses concluiu que foi a própria Rebecca a cravar a suástica no corpo. A jovem alemã terá que cumprir 40 horas de serviço comunitário por mentir às autoridades.
Rebecca é agora duramente criticada pela imprensa alemã, que a acusa de oportunismo e de brincar com um problema real.
Os crimes de ódio subiram 15% na Alemanha só em 2007, e desde a reunificação do país, no início dos anos 90, mais de 30 pessoas foram assassinadas por grupos de extrema-direita.
Fonte: SOL(Portugal)
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=116781
Rebecca, de 18 anos, recebeu em Fevereiro um prémio de uma associação berlinense contra a violência neo-nazi, por alegadamente ter salvo uma criança imigrante que estaria a fugir de um grupo de militantes de extrema-direita.
A história originalmente contada por Rebecca tinha contornos de heroísmo. A jovem tinha sido agredida pelos neo-nazis, que lhe cravaram uma suástica na coxa, segundo contou às autoridades.
A suástica é real, mas a história é falsa, diz agora a justiça alemã. Uma análise de médicos forenses concluiu que foi a própria Rebecca a cravar a suástica no corpo. A jovem alemã terá que cumprir 40 horas de serviço comunitário por mentir às autoridades.
Rebecca é agora duramente criticada pela imprensa alemã, que a acusa de oportunismo e de brincar com um problema real.
Os crimes de ódio subiram 15% na Alemanha só em 2007, e desde a reunificação do país, no início dos anos 90, mais de 30 pessoas foram assassinadas por grupos de extrema-direita.
Fonte: SOL(Portugal)
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=116781
domingo, 16 de novembro de 2008
Theresienstadt
O Lager(Campo de Concentração)do horror encoberto
O campo de Terezin, que não escondia menos horrores que os outros, era apresentado ao mundo como uma comunidade judia autoadministrada. Os motivos desta fachada e da liberação de 1200 prisioneiros, na autobiografia de Fritzi Spitzer.
(Foto)Entre os prisioneros havia músicos e artistas de grande fama.
Desenho de Federica Spitzer.
Na grande literatura sobre o genocídio judeu, as memórias autobiográficas representam em conjunto uma modesta porcentagem. Muitos não tiveram a coragem de pôr por escrito suas recordações. Outros devem ter pensado que todo livro de memórias se transforma em literatura, e corre, portanto, o risco de ofender aos mortos, diminuindo ou apequenando a trágica enormidade do fato. Finalmente alguns que observam os preceitos religiososo sustentam que o mal é necessariamente inenarrável. Não basta. Para recordar o horror faz-se a condição de conseguir se impedir que desapareça a memória, protegê-la com uma sorte de couraça e assumir, frente a certos acontecimentos, uma atitude não só de distanciada imperturbabilidade, senão inclusive de ironia. Só assim as recordações assumem a credibilidade de um documento histórico.
Federica Spitzer, autora de um livro breve lançado em Berlim em 1997 e mais recentemente na editorial Dadò de Locarno (Anos perdidos. Do Lager à liberdade) se encontra entre aqueles que melhor tiveram êxito em contar a própria tragédia com o menor número possível de lágrimas e invectivas. Devemos lhe ser duas vezes agradecidos: pela extraordinária qualidade do livro e pela importância de um testemunho histórico que permite compreender melhor alguns dos aspectos menos conhecidos do genocídio judeu.
O primeiro deles é o campo de Terezin ou Theresienstadt, uma pequena cidade fortificada a 50 km de Praga, edificada em 1780 por José II e chamada assim em memória de sua mãe, Maria Teresa. Fritzi Spitzer foi recolhida ali com seus pais durante dois anos e meio, até início de fevereiro de 1945. Quando desde Viena chegou ali, no verão de 1942, fazia um ano que a fortaleza era campo de concentração. Mas não foi um campo como os outros.
Por razões muito discutidas mas até agora não totalmente aclaradas, o regime nazi decidiu fazer dele, aos olhos do mundo, uma “comunidade judia autoadministrada”. Theresienstadt teve um local de vendas, uma moeda, um serviço postal, um cabaré, uma orquestra, um hospital, uma padaria, uma grande manufatura artesanal, um conselho judeu presidido por Jacob Edelstein, uma espécie de centro cultural no que alguns rabinos traduziam e comentavam o Talmud; e até foi reacondicionado e pintado na ocasião de uma visita dos inspectores da Cruz Vermelha em janeiro de 1944. Por trás desta atraente fachada os prisioneros viviam em condições humilhantes, trabalhavam como escravos, sobreviviam com 800 calorias ao dia, eram duramente castigados pelas SS pela mínima transgressão, morriam de Tifo exantemático e finalmente eram enviados aos fornos crematórios de Auschwitz ou Treblinka.
Mas a ficção deixou aos internados pequenas margens de liberdade que haviam sido impossíveis em outros campos de concentração, e permitiu a Fritzi Spitzer exercitar o engenho, a fantasia e a iniciativa de que era dotada. Os pequenos furtos, o tráfego cotidiano, as astúcias e as aventuras picarescas da protagonista são outras tantas revanches da natureza humana contra a vida inumana do Lager.
Falta compreender porque o regime nazi havia montado uma ficção tão colossal. Para enganar, com uma operação de propaganda, a opinião pública mundial? Para “hospedar” as figuras principais da comunidade judia e os intelectuais que gozavam de notoriedade internacional? Para satisfazer àquele setor do regime que buscava talvez mitigar o furor persecutório de Hitler? Para dispôr de um bom número de reféns para trocar num momento oportuno?
O livro não responde a esta pergunta, mas a aventura de Fritz Spitzer sugere algumas hipóteses. Em 2 de fevereiro Fritzi supôs que 1200 prisioneiros partiriam à Suíça nos dias seguintes e compreendeu que poderia fazer parte do grupo com seu pai e sua mãe. Temeu que o comboio, como os que o haviam precedido, estivesse destinado a um campo de extermínio e duvidou. Mas apenas consultou aos pais e tomou uma decisão, lançou-se de cabeça à jornada e conseguiu se inscrever com eles na lista dos escolhidos. A partir desse momento começou um dos episódios mais singulares da segunda guerra mundial. Três dias depois cada um dos que iam partir receberam, com grande surpresa, um vaso de marmelada, um pacote de vitaminas, dois pãezinhos e a foi feito sentar em um trem que era composto por vagões-leitos e não por vagões de gado. A bordo daquele trem os 1200 atravessaram a Boêmia, dobraram ao sudoeste, face à Karlsbad, passaram a fronteira alemã em direção à Bayreuth, viram pela janela as ruínas de Ausgburgo, Friedrichshafen, Nürnberg e finalmente, do outro lado do lago de Constanza, às costas iluminadas da Suíça. Quando o trem entrou freiando e rangendo na estação de Kreuzlingen, o andar estava cheio de gente que observava em silêncio e cada tanto esboçava algum sorriso. Eram os habitantes da pequena cidade que havia acudido com presentes de todo tipo. Era o rosto hospitaleiro de um país que hoje se senta, a miúde injustamente, no banco dos acusados.
Por trás da liberação dos 1200 prisioneiros de Theresienstadt estava um político suíço que tinha boas relações com alguns representantes alemães. Chamava-se Jean-Marie Musy, havia sido conselheiro federal e havia fundado em 1936 uma associação nacional suíça contra o bolchevismo.
Quando alguns rabinos ortodoxos norte-americanos lhe pediram qe intercedesse para a liberação de um grupo de judeus, Musy esperou talvez que uma iniciativa humanitária havia allanado o caminho a seu projeto, acariciado desde há muito tempo: um pacto entre os aliados e a Alemanha contra a União Soviética. Pôs-se a trabalhar e se acercou de das pessoas que o ajudaram com motivações diversas: Heinrich Himmler, chefe das SS e da Gestapo, Walter Schellenberg, chefe da contraespionagem alemã. O primeiro queria aproveitar a operação para obter dinheiro e meios de transporte; o segundo, melhorar, dentro do possível, a imagem da Alemanha e abrir as tratativas com os aliados. Como o demonstram outros acontecimentos daqueles meses, o mais provável é que Himmler tivesse um objetivo predominantemente venal, enquanto Schellenberg persseguia um fim político. O acordo teve êxito quando Himmler renunciou aos meios de
transporte (que nenhum estava disposto a proporcionar) e se “conformou” com cinco milhões de francos. Moreno Bernasconi, em seu prefácio, escreve que Adolf Eichmann havia intentado uma operação semelhante na Hungria: a liberação de um milhão de judeus e a clausura das câmaras de gás em troca de 10.000 caminhões e bens de primeira necessidade. Destas tratativas, levadas a cabo por homens que buscavam abrir uma saída de emergência para si mesmos, provavelmente Hitler nunca se enteró. Enquanto que o Führer, recluso no bunker da chancelaria, não tinha outra solução para seu país exceto um gigantesco “crepúsculo dos deuses”, nos muros da grande prisão nazi começavam a se abrir as primeiras grietas. Fritzi Spitzer esteve entre os poucos que conseguiram deslizar-se através de uma fisura para conquistar a liberdade.
O livro sugere uma última observação. Com algumas excepções (entre elas os livros de Primo Levi), a melhor literatura sobre os Lager alemães é feminina.
De agora e mais adiante recordaremos o nome de Fritzi Spitzer junto aos de Margarethe Buber-Neumann (que pode confrontar os campos de Hitler com os de Stalin), de Ruth Schwertfeger, autora de "Mulheres de Theresienstadt", de Ruth Krueger, autora de "Viver todavia" (outro livro sobre Theresienstadt, publicado em 1995 por Einaudi) e de Fey von Hassel, autora de memórias encontradas recentemente: quatro mulheres inteligentes, obstinadas e capazes de combater o nazismo com as armas de sua humanidade feminina. Diz-se que o Führer tinha uma relação difícil com as mulheres e que a miúde se detinha num umbral de inconstante galanteio. Começou-se a entender as razões.
Sergio Romano
O presente artigo foi publicado no Corriere della Sera
em 7 de março de 2001.
Tradução de Ana María Cartolano.
Foto 2: US Holocaust Memorial Museum
http://www.ushmm.org/wlc/article.php?lang=en&ModuleId=10005424
http://www.ushmm.org/wlc/media_ph.php?lang=en&ModuleId=10005424&MediaId=1609
Fonte(espanhol): Fundación Memoria del Holocausto
http://www.fmh.org.ar/revista/19/theres.htm
Tradução: Roberto Lucena
O campo de Terezin, que não escondia menos horrores que os outros, era apresentado ao mundo como uma comunidade judia autoadministrada. Os motivos desta fachada e da liberação de 1200 prisioneiros, na autobiografia de Fritzi Spitzer.

Desenho de Federica Spitzer.
Na grande literatura sobre o genocídio judeu, as memórias autobiográficas representam em conjunto uma modesta porcentagem. Muitos não tiveram a coragem de pôr por escrito suas recordações. Outros devem ter pensado que todo livro de memórias se transforma em literatura, e corre, portanto, o risco de ofender aos mortos, diminuindo ou apequenando a trágica enormidade do fato. Finalmente alguns que observam os preceitos religiososo sustentam que o mal é necessariamente inenarrável. Não basta. Para recordar o horror faz-se a condição de conseguir se impedir que desapareça a memória, protegê-la com uma sorte de couraça e assumir, frente a certos acontecimentos, uma atitude não só de distanciada imperturbabilidade, senão inclusive de ironia. Só assim as recordações assumem a credibilidade de um documento histórico.
Federica Spitzer, autora de um livro breve lançado em Berlim em 1997 e mais recentemente na editorial Dadò de Locarno (Anos perdidos. Do Lager à liberdade) se encontra entre aqueles que melhor tiveram êxito em contar a própria tragédia com o menor número possível de lágrimas e invectivas. Devemos lhe ser duas vezes agradecidos: pela extraordinária qualidade do livro e pela importância de um testemunho histórico que permite compreender melhor alguns dos aspectos menos conhecidos do genocídio judeu.
O primeiro deles é o campo de Terezin ou Theresienstadt, uma pequena cidade fortificada a 50 km de Praga, edificada em 1780 por José II e chamada assim em memória de sua mãe, Maria Teresa. Fritzi Spitzer foi recolhida ali com seus pais durante dois anos e meio, até início de fevereiro de 1945. Quando desde Viena chegou ali, no verão de 1942, fazia um ano que a fortaleza era campo de concentração. Mas não foi um campo como os outros.
Por razões muito discutidas mas até agora não totalmente aclaradas, o regime nazi decidiu fazer dele, aos olhos do mundo, uma “comunidade judia autoadministrada”. Theresienstadt teve um local de vendas, uma moeda, um serviço postal, um cabaré, uma orquestra, um hospital, uma padaria, uma grande manufatura artesanal, um conselho judeu presidido por Jacob Edelstein, uma espécie de centro cultural no que alguns rabinos traduziam e comentavam o Talmud; e até foi reacondicionado e pintado na ocasião de uma visita dos inspectores da Cruz Vermelha em janeiro de 1944. Por trás desta atraente fachada os prisioneros viviam em condições humilhantes, trabalhavam como escravos, sobreviviam com 800 calorias ao dia, eram duramente castigados pelas SS pela mínima transgressão, morriam de Tifo exantemático e finalmente eram enviados aos fornos crematórios de Auschwitz ou Treblinka.
Mas a ficção deixou aos internados pequenas margens de liberdade que haviam sido impossíveis em outros campos de concentração, e permitiu a Fritzi Spitzer exercitar o engenho, a fantasia e a iniciativa de que era dotada. Os pequenos furtos, o tráfego cotidiano, as astúcias e as aventuras picarescas da protagonista são outras tantas revanches da natureza humana contra a vida inumana do Lager.
Falta compreender porque o regime nazi havia montado uma ficção tão colossal. Para enganar, com uma operação de propaganda, a opinião pública mundial? Para “hospedar” as figuras principais da comunidade judia e os intelectuais que gozavam de notoriedade internacional? Para satisfazer àquele setor do regime que buscava talvez mitigar o furor persecutório de Hitler? Para dispôr de um bom número de reféns para trocar num momento oportuno?
O livro não responde a esta pergunta, mas a aventura de Fritz Spitzer sugere algumas hipóteses. Em 2 de fevereiro Fritzi supôs que 1200 prisioneiros partiriam à Suíça nos dias seguintes e compreendeu que poderia fazer parte do grupo com seu pai e sua mãe. Temeu que o comboio, como os que o haviam precedido, estivesse destinado a um campo de extermínio e duvidou. Mas apenas consultou aos pais e tomou uma decisão, lançou-se de cabeça à jornada e conseguiu se inscrever com eles na lista dos escolhidos. A partir desse momento começou um dos episódios mais singulares da segunda guerra mundial. Três dias depois cada um dos que iam partir receberam, com grande surpresa, um vaso de marmelada, um pacote de vitaminas, dois pãezinhos e a foi feito sentar em um trem que era composto por vagões-leitos e não por vagões de gado. A bordo daquele trem os 1200 atravessaram a Boêmia, dobraram ao sudoeste, face à Karlsbad, passaram a fronteira alemã em direção à Bayreuth, viram pela janela as ruínas de Ausgburgo, Friedrichshafen, Nürnberg e finalmente, do outro lado do lago de Constanza, às costas iluminadas da Suíça. Quando o trem entrou freiando e rangendo na estação de Kreuzlingen, o andar estava cheio de gente que observava em silêncio e cada tanto esboçava algum sorriso. Eram os habitantes da pequena cidade que havia acudido com presentes de todo tipo. Era o rosto hospitaleiro de um país que hoje se senta, a miúde injustamente, no banco dos acusados.
Por trás da liberação dos 1200 prisioneiros de Theresienstadt estava um político suíço que tinha boas relações com alguns representantes alemães. Chamava-se Jean-Marie Musy, havia sido conselheiro federal e havia fundado em 1936 uma associação nacional suíça contra o bolchevismo.
Quando alguns rabinos ortodoxos norte-americanos lhe pediram qe intercedesse para a liberação de um grupo de judeus, Musy esperou talvez que uma iniciativa humanitária havia allanado o caminho a seu projeto, acariciado desde há muito tempo: um pacto entre os aliados e a Alemanha contra a União Soviética. Pôs-se a trabalhar e se acercou de das pessoas que o ajudaram com motivações diversas: Heinrich Himmler, chefe das SS e da Gestapo, Walter Schellenberg, chefe da contraespionagem alemã. O primeiro queria aproveitar a operação para obter dinheiro e meios de transporte; o segundo, melhorar, dentro do possível, a imagem da Alemanha e abrir as tratativas com os aliados. Como o demonstram outros acontecimentos daqueles meses, o mais provável é que Himmler tivesse um objetivo predominantemente venal, enquanto Schellenberg persseguia um fim político. O acordo teve êxito quando Himmler renunciou aos meios de

O livro sugere uma última observação. Com algumas excepções (entre elas os livros de Primo Levi), a melhor literatura sobre os Lager alemães é feminina.
De agora e mais adiante recordaremos o nome de Fritzi Spitzer junto aos de Margarethe Buber-Neumann (que pode confrontar os campos de Hitler com os de Stalin), de Ruth Schwertfeger, autora de "Mulheres de Theresienstadt", de Ruth Krueger, autora de "Viver todavia" (outro livro sobre Theresienstadt, publicado em 1995 por Einaudi) e de Fey von Hassel, autora de memórias encontradas recentemente: quatro mulheres inteligentes, obstinadas e capazes de combater o nazismo com as armas de sua humanidade feminina. Diz-se que o Führer tinha uma relação difícil com as mulheres e que a miúde se detinha num umbral de inconstante galanteio. Começou-se a entender as razões.
Sergio Romano
O presente artigo foi publicado no Corriere della Sera
em 7 de março de 2001.
Tradução de Ana María Cartolano.
Foto 2: US Holocaust Memorial Museum
http://www.ushmm.org/wlc/article.php?lang=en&ModuleId=10005424
http://www.ushmm.org/wlc/media_ph.php?lang=en&ModuleId=10005424&MediaId=1609
Fonte(espanhol): Fundación Memoria del Holocausto
http://www.fmh.org.ar/revista/19/theres.htm
Tradução: Roberto Lucena
De desajustado a terrorista: a história de um jovem alemão

O caso Eric Breininger deixa claro que está surgindo uma nova geração de terroristas, motivada por outros motivos. A princípio, o terrorismo islâmico estava muito distante. Agora, ele está entre nós.
Eric Breininger é o rosto de uma geração de terroristas que quer levar o Jihad, a "guerra santa", para o Ocidente. Em um ano, ele se transformou de aluno de escola de uma pequena cidade alemã em terrorista internacionalmente procurado.
Eric é do tipo simpatizante. Um pouco gorducho e sempre vestido na última moda, ele lutava dia após dia por reconhecimento na vida pacata que levava na cidade de Neunkirchen, no estado alemão do Sarre. Ele queria participar dos acontecimentos e não ser chacoteado como outsider.
Seus pais eram separados. Eric morava com a irmã na casa da mãe. Seu rendimento na escola era mediano. Nas horas de lazer, ele jogava futebol, fumava haxixe, bebia álcool, entrava freqüentemente em brigas e tinha problemas com a polícia.
Nem bronzeamento artificial nem carne de porco
Em dezembro de 2006, Eric, que hoje está com 21 anos, começou a trabalhar como entregador de encomendas, além de freqüentar a escola de comércio. Um trabalho com conseqüências assoladoras. Ele conheceu um paquistanês que lhe falou entusiasmado da interpretação extremista do Corão. Um divisor de água em sua vida.
Ele jogou fora o crucifixo que carregava no pescoço, queimou CDs e camisetas no jardim, não foi mais à academia de ginástica, deixou de fazer bronzeamento artificial, parou de jogar futebol. Para ele, só uma coisa contava – o islamismo radical. Não passou um ano e Eric se convertera ao islamismo.
No seu círculo de correligionários, com quem rezava conjuntamente na mesquita de Neunkirchen, ele encontrou o que procurava – reconhecimento, respeito e a convicção de que era algo melhor, de pertencer a um grupo que conhecia a verdade.
Mobiliário do quarto vendido através do comércio eletrônico
Jovem é procurado internacionalmente

Eric aprendeu árabe e passou a se chamar Abdul Ghaffar el Almani. Passou a evitar amigos e tendências da moda. Ele parou de fumar, de beber e não comia mais carne de porco. Casou na mesquita perante um imame com uma jovem alemã que, a partir de então, passou a usar a burka. A relação não durou muito. "Ele queria que eu cozinhasse, limpasse e que tivesse filhos algum dia. Ele também falou que procuraria ainda outra mulher", comentou sua esposa após tê-lo deixado.
Em julho de 2007, Eric largou a escola e vendeu o mobiliário de seu quarto através do comércio eletrônico. Dois meses depois, deixou a Alemanha na direção ao Egito. Mais tarde, ele partiu para o Paquistão. Enquanto isso, em casa, alguns de seus irmãos de fé, o assim chamado Grupo de Sauerland, construíam bombas e foram descobertos pela polícia, que entrou em ação.
Em março de 2008, ele escreveu à irmã que queria lutar por Alá no Afeganistão. O Departamento Federal de Investigações (BKA) ficou sabendo e imprimiu fotos de Breininger para as unidades estacionadas no Afeganistão. As autoridades da área de segurança pressupunham que Breininger esteve num campo de treinamento de terroristas no Paquistão.
"Não planejo nenhum atentado contra a Alemanha"
"Eu me encontro no Afeganistão e, pessoalmente, não planejo nenhum atentado contra a República Federal da Alemanha. Quando se acompanham as notícias na imprensa alemã, logo se nota que o povo alemão é ludibriado pela política", afirmou o procurado em sua mais nova mensagem em vídeo.
Esta não dá motivos para despreocupação: especialistas em terrorismo estão seguros de que Eric irá se explodir no ar. Com metralhadora e turbante, ele anunciou em páginas de internet islamitas: "Como quer Alá, ele me levará como jihadi [guerreiro do Jihad] para si". Segundo um alto funcionário da área de segurança, o jovem é muito perigoso.
Especialistas em terrorismo estão de acordo que Breininger também poderia ter se tornado neonazista. No seu caso, trata-se de reconhecimento, de atenção. A causa por que luta é secundária. Foi uma coincidência o fato de ele ter se tornado terrorista. Para os jihadistas, ele é um "idiota útil", como afirmou um funcionário. Seu nome Abdul Ghaffar el Almani não significa nada mais que o "servo do todo misericordioso".
Benjamin Wüst (ca)
Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3736630,00.html
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Gray Matter(Massa Cinzenta) - documentário
Arquivado como: Crítica
Gray Matter(Massa Cinzenta)
Dirigido por: Joe Berlinger
Mas quando você pensa que todos os horrores do Holocausto foram expostos, em 2002 os cérebros de cerca de setecentas crianças foram finalmente entregues para um enterro adequado em Viena. Como resultou, os cérebros vieram de crianças deficientes que não se deram contas de estar envolvidas num inacreditável experimento Nazi para determinar a causa das deformidades e de cortá-las na raiz. Onde está Indiana Jones quando você precisa dele? Documentário aclamado do diretor Joe Berlinger que viajou até Viena em 2002 para documentar o grande enterro e fazer alguma investigação dentro daquilo que é uma das mais alarmantes histórias vindas do Holocausto.
Neste ponto, Berlinger é provavelmente melhor conhecido por seu criticamente aclamado documentário Paradise Lost(Paraíso Perdido), no qual sua investigação em cima da convicção de três adolescentes que levantaram algumas sérias questões sobre a falta de evidência que puseram suspeitos de assassinos de crianças atrás das grades. E mais recentemente, "Metallica: Some Kind of Monster" dirigido para entretenimento até de não-fãs do Metallica. Entretanto Gray Matter foi feito para TV e ajustado para ser apresentado em menos de uma hora, trata do objeto do tema com muito respeito e além disso, como o roteiro do Metallica e a gravação de St.Anger, é uma bom trabalho a propósito.
Berlinger põe seu talento investigativo no trabalho em sua procura por Heinrich Gross, o mentor e doutor do Nazi experimento no Hospital Mental Spiegelgrund no qual estes experimentos tomaram lugar. Como resultado, Gross não está apenas ainda vivo como bem, mas aparentemente vive confortavelmente sem apoio financeiro do governo austríaco. Enquanto procurava o doutor prova-se mais difícil que o experado, Berlinger tenta se conduzir para adquirir algum accesso excepcional ao agora reformado Hospital Spiegelgrund, incluindo as salas nas quais os atuais cérebros foram mantidos. Uma série de entrevistas e análise de evidência conduziu a crença de que a experimentação com os cérebros proseguiu até fins de 1998.
A diferença entre este e o trabalho anterior de Berlinger é que ele atua por um período de tempo muito maior no filme, aparecendo com a câmara na maior parte do filme. Acompanhamos ele como um diretor em sua jornada para confrontar Dr.Gross. Suponho que você poderia dizer que é um estilo Michael Moore de investigação, entretanto a diferença é que não havia realmente dois lados da história. Não havia nenhuma dúvida de que Gross teve parte na horrível atrocidade e permanece sem punição pelo que fez, além do fato de que o governo não apenas o apoiou mas ocasionalmente o usa como um expert(especialista)forense em julgamentos da suprema corte, é algo igualmente muito chocante.
Eu acho que é difícil de dizer que filmes sobre o Holocausto são requentados. É uma parte da história, e os filmes produzidos deveriam ser vistos mais como documentação do que como formas de entretenimento. Enquanto histórias como esta continuarem a aparecer, haverá sempre espaço para filmes como Gray Matter(Massa Cinzenta)nos lembrar do que pessoas são capazes de fazer. — Jay C.
Fonte: The Documentary Blog(in english)
http://www.thedocumentaryblog.com/index.php/2005/07/01/gray-matter/
Publicado por Jay C em 1 de Julho, 2005
Tradução(português): Roberto Lucena
Gray Matter(Massa Cinzenta)
Dirigido por: Joe Berlinger

Neste ponto, Berlinger é provavelmente melhor conhecido por seu criticamente aclamado documentário Paradise Lost(Paraíso Perdido), no qual sua investigação em cima da convicção de três adolescentes que levantaram algumas sérias questões sobre a falta de evidência que puseram suspeitos de assassinos de crianças atrás das grades. E mais recentemente, "Metallica: Some Kind of Monster" dirigido para entretenimento até de não-fãs do Metallica. Entretanto Gray Matter foi feito para TV e ajustado para ser apresentado em menos de uma hora, trata do objeto do tema com muito respeito e além disso, como o roteiro do Metallica e a gravação de St.Anger, é uma bom trabalho a propósito.
Berlinger põe seu talento investigativo no trabalho em sua procura por Heinrich Gross, o mentor e doutor do Nazi experimento no Hospital Mental Spiegelgrund no qual estes experimentos tomaram lugar. Como resultado, Gross não está apenas ainda vivo como bem, mas aparentemente vive confortavelmente sem apoio financeiro do governo austríaco. Enquanto procurava o doutor prova-se mais difícil que o experado, Berlinger tenta se conduzir para adquirir algum accesso excepcional ao agora reformado Hospital Spiegelgrund, incluindo as salas nas quais os atuais cérebros foram mantidos. Uma série de entrevistas e análise de evidência conduziu a crença de que a experimentação com os cérebros proseguiu até fins de 1998.
A diferença entre este e o trabalho anterior de Berlinger é que ele atua por um período de tempo muito maior no filme, aparecendo com a câmara na maior parte do filme. Acompanhamos ele como um diretor em sua jornada para confrontar Dr.Gross. Suponho que você poderia dizer que é um estilo Michael Moore de investigação, entretanto a diferença é que não havia realmente dois lados da história. Não havia nenhuma dúvida de que Gross teve parte na horrível atrocidade e permanece sem punição pelo que fez, além do fato de que o governo não apenas o apoiou mas ocasionalmente o usa como um expert(especialista)forense em julgamentos da suprema corte, é algo igualmente muito chocante.
Eu acho que é difícil de dizer que filmes sobre o Holocausto são requentados. É uma parte da história, e os filmes produzidos deveriam ser vistos mais como documentação do que como formas de entretenimento. Enquanto histórias como esta continuarem a aparecer, haverá sempre espaço para filmes como Gray Matter(Massa Cinzenta)nos lembrar do que pessoas são capazes de fazer. — Jay C.
Fonte: The Documentary Blog(in english)
http://www.thedocumentaryblog.com/index.php/2005/07/01/gray-matter/
Publicado por Jay C em 1 de Julho, 2005
Tradução(português): Roberto Lucena
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Vídeo inédito sobre a Noite dos Cristais
Noite dos Cristais em documenário produzido pela FIERJ com imagens inéditas na TV brasileira. Documentário fruto de dois anos de pesquisas de imagens e
digitalização reunindo um número sem precedentes de
imagens dos dias 9, 10 e 11 de novembro de 1938, mais de
10 minutos de fotos e filmes, pemitindo ter uma nova leitura sobre
o que aconteceu com os judeus na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia.
Contribuição de Graciela.
Note: Unpublished video about the Night of Broken Glass(Crystal Night).
digitalização reunindo um número sem precedentes de
imagens dos dias 9, 10 e 11 de novembro de 1938, mais de
10 minutos de fotos e filmes, pemitindo ter uma nova leitura sobre
o que aconteceu com os judeus na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia.
Contribuição de Graciela.
Note: Unpublished video about the Night of Broken Glass(Crystal Night).
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