quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Caçada a nazistas fugitivos chega ao fim

"Dr. Morte" é declarado morto e caçada a nazistas termina

A última grande caçada a oficiais nazistas terminou. Segundo informações publicadas nesta quinta pelo jornal britânico The Times, o oficial da SS Aribert Heim, conhecido como "Dr. Morte" morreu no Cairo, Egito, em 1992, depois de ter se convertido ao islamismo. Acreditava-se que Heim pudesse ainda estar vivo, morando na Patagônia, no extremo sul da América do Sul, perto de onde sua filha vive, na cidade chilena de Puerto Montt.

Heim, que teria 94 anos se estivesse vivo, foi médico em campos de concentração e responsável pela morte de centenas de prisioneiros ao injetar veneno ou petróleo nos seus corações. Ele era o número dois da lista dos nazistas "mais procurados". O número um era Alois Brunner, o principal assistente de Adolf Eischmann, o qual também estaria morto, segundo Efraim Zuroff, líder da caçada por nazistas, do Centro Simon Wiesenthal, de Los Angeles.

Segundo a televisão alemã ZDF, Heim, que morreu de câncer, estava sob a identidade falsa de Tarek Farid Hussein. Uma pasta contendo documentos seus (como um passaporte egípcio, um formulário para permissão de residência, recibos bancários, cartas pessoais e documentos médicos) foi encontrada no quarto de hotel onde ele vivia. Um dos papéis informava que a data de nascimento de Tarek era a mesma de Heim, 28 de junho.

Os experimentos científicos de Heim foram comparados aos de Josef Mengele, o "Anjo da Morte" do campo de concentração de Auschwitz, que morreu no Brasil em 1979. O corpo do médico foi enterrado em um hospital pobre do Cairo, onde as covas são reutilizadas várias vezes com o passar dos anos, o que diminui as chances de os restos de Heim serem encontrados.

Fonte: Redação Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3494912-EI8142,00-Dr+Morte+e+declarado+morto+e+cacada+a+nazistas+termina.html

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

ZDF revela que médico nazi fugitivo está morto desde 1992

Aribert Heim, um dos criminosos do regime nazi mais procurados do mundo, conseguiu mesmo escapar à justiça. Segundo a televisão alemã, o médico que utilizou cobaias humanas em experiências clínicas morreu em 1992 no Egito.

Heim, mais conhecido por 'Doutor Morte', viveu durante décadas no Cairo, onde se converteu ao Islão, revelou esta quarta-feira a ZDF, que encontrou o seu passaporte e outros documentos pessoais num hotel onde o criminoso nazi terá morado.

O falecimento de Heim é confirmado por várias testemunhas e pelo filho do médico que sacrificou um número indeterminado de pessoas durante experiências clínicias realizadas no campo de concentração austríaco de Mauthausen.

Segundo relatos de um sobrevivente, Heim injectou água, veneno, petróleo e outras substâncias no coração de vários prisioneiros, para estudar a sua morte. Terá ainda mutilado, decapitado e mergulhado em água a ferver várias vítimas.

Depois da Segunda Guerra Mundial, Heim viveu na Alemanha Ocidental, até a polícia o ter identificado como o 'Doutor Morte', em 1962. O médico desapareceu então para nunca mais ser visto pelas autoridades.

Chegou a especular-se que Heim vivia no Chile, em Espanha, nos Balcãs, ou que viveu no Canadá até ter sido assassinado por militantes anti-fascistas.

Sabe-se agora que morreu no Cairo, em 1992, vítima de cancro. Usava o nome de Tarek Hussein Farid, e professava então a fé islâmica.

Citado pela Associated Press, o 'caçador' de fugitivos nazis Efraim Zuroff disse esperar pela confirmação oficial da notícia, que admitiu poder ser «arrasadora» para as vítimas dos crimes da Alemanha de Adolf Hitler.

Fonte: SOL com agências
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=125257&tab=community

Vaticano exige que bispo se retrate sobre negação do Holocausto

Cidade do Vaticano, 4 fev (EFE).- O Vaticano exigiu hoje que o bispo Richard Williamson se retrate de maneira "inequívoca e pública" de sua negação do Holocausto para poder exercer como prelado da Igreja Católica.

Além disso, pediu a Williamson e aos outros três bispos que recentemente o papa suspendeu a excomunhão que aceitem o Concílio Vaticano II, e sublinhou que Bento XVI desconhecia a posição negacionista do prelado britânico.

Uma semana depois de o papa reiterar sua condenação ao Holocausto e aos que o negam, o que foi considerado insuficiente por destacados rabinos judeus e políticos europeus, o Vaticano divulgou hoje um comunicado com o objetivo de encerrar o caso da suspensão da excomunhão de quatro bispos tradicionalistas.

Williamson, de 68 anos, negou o Holocausto e a existência das câmaras de gás e, após os protestos, se limitou a pedir desculpas ao pontífice.

Hoje, a Secretaria de Estado exigiu a Williamson que se retrate "publicamente" de suas posições sobre a Shoah se quiser exercer como prelado dentro da Igreja Católica.

"A postura de Williamson sobre o Holocausto é absolutamente inaceitável, e firmemente rejeitada pelo papa. O bispo, para ser admitido nas funções episcopais na Igreja, terá de se retratar de maneira absolutamente inequívoca e pública", precisou a nota.

O Vaticano ressaltou que quando reabilitou o prelado britânico conhecido por suas posições anti-semitas, Bento XVI "não conhecia" sua posição sobre o Holocausto.

Sobre o processo da reabilitação dos quatro prelados e a situação atual da Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X, fundada pelo arcebispo tradicionalista Marcel Lefebvre, o Vaticano ressaltou que a revogação da excomunhão representa apenas a "abertura de uma porta para o diálogo".

Os quatro bispos foram excomungados depois de ser ordenados de maneira ilegítima em 1988 por Lefebvre, que nunca reconheceu o Concílio Vaticano II, o que provocou um cisma na Igreja Católica Apostólica Romana.

A suspensão da excomunhão destes prelados, acrescentou o Vaticano, "não significa" que a situação jurídica da Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X tenha mudado.

"Os quatro bispos não têm uma função canônica e não exercem legitimamente pelo Ministério. Isso significa que eles não podem celebrar missas, administrar os sacramentos ou predicar", disse o Vaticano.

"Para um futuro reconhecimento da Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X é condição indispensável a plena aceitação do Concílio Vaticano II e dos magistérios dos papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e Bento XVI", segundo exigiu o Vaticano.

Com estas exigências, a Secretaria de Estado vaticana quer transmitir "tranquilidade" aos setores da Igreja que temiam que a decisão de Bento XVI representasse "um passo atrás", segundo assinalaram à Agência Efe fontes eclesiais.

Os tradicionalistas continuam sem aceitar o Concílio Vaticano II desde o cisma de 1988, e qualificam de "destrutivas" as reformas surgidas dele.

Durante estes 21 anos, tanto João Paulo II como Bento XVI tentaram se aproximar dos tradicionalistas para que retornassem à obediência oficial da Igreja.

No entanto, os tradicionalistas mantêm suas "reservas" sobre o Vaticano II, apesar de agradecerem por algumas iniciativas do papa, como voltar a celebrar a missa em latim.

Da EFE
Juan Lara.

Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL986789-5602,00-VATICANO+EXIGE+QUE+BISPO+SE+RETRATE+SOBRE+NEGACAO+DO+HOLOCAUSTO.html

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Merkel pressiona Papa sobre questão do Holocausto

Merkel pressiona Papa Bento XVI

A chanceler alemã, Angela Merkel, quebrou o silêncio que geralmente mantém sobre questões religiosas e exigiu ontem ao Papa Bento XVI que esclareça, de uma vez por todas, que o Vaticano não pactua com a negação do Holocausto.

04 Fevereiro 2009
Por:F. J. Gonçalves com agências

A intervenção da chefe de governo acontece enquanto alastram as críticas ao Papa por ter reabilitado quatro bispos excomungados, um dos quais, o britânico Richard Williams, nega que milhões de judeus tenham sido assassinados pela Alemanha nazi.

Filha de um pastor protestante, Merkel explicou o porquê de comentar assuntos da Igreja Católica: "Penso que se trata de uma questão fundamental, que é saber se, graças a uma decisão do Vaticano, alastra a sensação de que o Holocausto pode ser negado." Por isso exigiu ao Papa "que torne claro que não pode ser assim e que deve haver relações positivas com o judaísmo".

Em resposta, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse apenas que sobre a negação do Holocausto a posição do Papa "não podia ser mais clara".

Na semana passada o Conselho Central Judaico alemão cortou relações com a Igreja Católica, e a polémica alastra na própria Igreja.

Na segunda-feira, o cardeal Walter Kasper, responsável pelas relações com os judeus, criticou Bento XVI por não o ter alertado para o perdão aos bispos excomungados. Antes dele, o bispo de Hamburgo, Werner Thissen, considerou que a decisão do Vaticano compromete a confiança na Igreja, e o cardeal Karl Lehman, antigo presidente da Conferência Episcopal alemã, considera o caso uma catástrofe.

Fonte: Correio da Manhã(Portugal)
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/merkel-pressiona-papa-bento-xvi?nPagina=3

Líder alemã cobra posição do Vaticano sobre o Holocausto

Merkel e o papa: perdão de bispo causou mal-estar na Alemanha

A polêmica sobre a readmissão na Igreja de um bispo que nega o Holocausto pelo papa Bento 16 ganhou mais um capítulo ontem. A chanceler Angela Merkel exigiu que o Vaticano expressasse sua real posição sobre o "negacionismo", a conduta de negar o massacre de judeus na 2ª Guerra.

Na semana passada, o papa revogou a excomunhão do bispo inglês Richard Williamson, que em suas aparições costuma afirmar que as câmaras de gás não existiram e que os judeus não foram vítimas dos nazistas. "O papa e o Vaticano devem esclarecer sem ambiguidade que não pode haver negação do Holocausto", disse Merkel. Horas depois, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, respondeu à chanceler. Ele disse que a Igreja não tolera a negação do Holocausto e que a readmissão de Williamson foi um "gesto de misericórdia paterna".

Merkel e Bento 16 - ou Joseph Alois Ratzinger - são compatriotas. O papa nasceu na Baviera em 1927. Em 2005 admitiu que, como todas as crianças na década de 30, foi obrigado a entrar na juventude hitlerista. Mas segundo biógrafos, sua família se opunha aos nazistas.

Fonte: Destak(04/02/2009)
http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=10,32643

CCB: Nazismo pode voltar - João Paulo Cotrim

Esta é uma das interrogações lançada pelo consultor do ciclo, João Paulo Cotrim que, em declarações à Agência Lusa, sublinhou a importância de reflectir sobre uma realidade histórica "da qual, infelizmente, não estamos livres de nos voltar a acontecer".

Filmes, uma exposição sobre a arquitectura nazi, um concerto, conferências e uma ópera criada num campo de concentração, vão ser apresentados no âmbito deste projecto do CCB que decorre até 01 de Março.

Sobre a forma como lidaram as figuras da cultura alemã durante o regime nazi, João Paulo Cotrim citou os casos de criadores que combateram o regime, como Viktor Ullmann e Peter Kien, que acabaram por ser executados, e, por outro lado, da polémica actriz e realizadora Leni Riefenstahl, cujo génio foi considerado crucial para a ascensão do regime.

"Quando a cultura é dominada pela política, deixa de ser cultura e passa a ser propaganda?", é outras das questões que o consultor do ciclo considera que deve ser suscitada e debatida.

Por outro lado, comentou que talvez este tenha sido o momento histórico em que a cultura terá perdido a inocência: "aqui se verificou como uma nação com um povo culto ficou na histórica como palco de uma barbárie. Afinal, um homem culto poderia ser, ao mesmo tempo, apreciador de Schumann [compositor] e dar ordens para queimar seres humanos".

"Além do extermínio de seres humanos, é assustador como um país culto consegue destruir parte do seu património por um determinado delírio", comentou ainda sobre os 20 mil livros queimados e outras obras de arte como escultura e pintura destruídas por serem consideradas degeneradas.

Questionado sobre o impacto do regime na cultura portuguesa na época, João Paulo Cotrim observou que, apesar do nazismo ter contribuído para um fechamento cultural na Alemanha, em Portugal "pode ter contribuído para uma abertura devido ao cosmopolistismo que se viveu, sobretudo na capital".

Com a posição simpatizante do regime mas oficialmente neutra de Salazar, Lisboa foi ponto de passagem de milhares de pessoas fugidas ao regime nazi.

O ciclo "O Nazismo e a Cultura: Confrontações" inclui a apresentação, a 07 e 08 de Fevereiro, da ópera "Der Kaiser von Atlantis/O Imperador de Atlântida ou a Abdicação da Morte" (1944), composta por Viktor Ullmann, com libreto de Peter Kien.

A Orquestra de Câmara Portuguesa tocará a 15 de Fevereiro "Verboten/Nicht Verboten" (Proibido/Não Proibido), interpretando obras de Hartmann, Strauss, Klein, Wagner e Haas.

Um ciclo de cinema atravessará o evento com a exibição de seis filmes que percorrem um período desde 1955 até 1993, desde "Noite e Nevoeiro", de Alain Resnais, "O Ovo da Serpente", de Ingmar Bergman (1977), "A Vida Maravilhosa e Horrível de Leni Riefenstahl", de Ray Müller (1993), e "O Triunfo da Vontade", película histórica da polémica realizadora Leni Riefenstahl (1935).

Fonte: Lusa
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/495600

Vice-ministra retrata-se pelos seus pronunciamentos anti-semitas

Joanesburgo - A vice-ministra sul-africana dos negócios estrangeiros, Fatima Hajaig, apresentou hoje (terça-feira), em Joanesburgo, as suas desculpas por ter declarado que "o dinheiro judeu controlava os Estados Unidos ".

"Apresento as minhas desculpas sem equívocos pela dor que poderei ter causado aos habitantes desse país e à comunidade judia em particular ", escreveu num comunicado, assegurando " condenar o anti-semitismo em todas as suas formas ".

A governante sul-africana tinha declarado durante um encontro em meados de Janeiro que "o controlo da América, tal como o da maior parte dos países ocidentais, estava entre as mãos do dinheiro judeu ".

Essas declarações, haviam suscitado uma forte indignação no país e a Associação judia "Board of deputy", colocou em causa a Comissão dos direitos Humanos, um órgão consultivo criado pela Constituição pós-apartheid.

"Num dado momento do meu discurso, e sem nenhuma ligação com a comunidade sul-africana, fiz referência entre as pressões sionistas e a influência judia. Lamento que algumas pessoas tenham concluido de que sou anti-semita", explicou-se Hajaig.

Fonte: Angola Press
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/africa/Vice-ministra-retrata-pelos-seus-pronunciamentos-anti-semitas,f45fdee1-454d-4f45-8a7a-afc237d5860b.html

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Eliminação de corpos em Auschwitz – O fim da negação do Holocausto - Parte 2 - O mito do tifo

Em 1941 Auschwitz tinha 2 fornos com muflas duplas a coque que foram construídos pela empresa alemã Topf and Sons. Um outro forno com mufla dupla foi adicionado na primavera de 1942. Cada mufla pode ser considerada como um forno, de modo que haviam 6 fornos no campo durante este período. Os seis fornos estavam no campo principal, também conhecido como Stammlager ou Auschwitz I. Estes seis fornos estavam alojados em um crematório conhecido como Krema I como é conhecido em grande parte da literatura. No verão de 1942, o Escritório de Construção de Auschwitz, conhecido como Bauleitung, começou a construir quatro novos crematórios na área do campo de Birkenau, também conhecido como Auschwitz II. Esses quatro crematórios abrigavam 46 fornos adicionais. Cada um dos Kremas II e III possuíam 5 fornos com muflas triplas (15 fornos em cada), enquanto os Kremas IV e V possuíam oito fornos com muflas simples (8 fornos em cada). Tal como os seis fornos do campo principal, os 46 fornos novos foram construídos pela Topf and Sons, e o coque era o combustível.[14] Nenhum destes fatos é contestado pelos negadores, tampouco por seus críticos.

A principal questão contestada pelos negadores é o motivo pelo qual o Bauleitung começou a construir tantos fornos. Historiadores hà muito tempo reconheceram que a criação extensiva foi porque as autoridades queriam cometer assassinato em massa e queriam um meio eficaz de eliminação dos corpos, bem como estruturas que poderiam ser utilizados para gasear prisioneiros. A esta altura, a construção tinha começado, em Birkenau havia duas estruturas que foram usadas nos gaseamentos. Elas estavam localizadas na área arborizada, atrás do campo. Havia também uma câmara de gás no crematório localizado no campo principal que abrigava seis fornos.[15] Nos testes forenses feitos pelo Instituto de Pesquisas Forenses de Cracóvia, na Polônia em 1994, encontraram traços do venenoso ácido hidrociânico em todos os cinco crematórios, [16] coerentes com a grande quantidade de testemunhos e outros documentos de Auschwitz que mostram que estas estruturas foram utilizadas como câmaras de gás.[17] As duas estruturas na área arborizada foram completamente destruídas pelos alemães, e nenhum traço permaneceu. No entanto, como se verá mais adiante, não existem evidências fotográficas destas estruturas.

Negadores alegam que não houve gaseamentos em Auschwitz. Eles atribuem a construção dos fornos para vários outros fatores. Em 1977, Arthur Butz, o mais conhecido dos negadores americanos, insinuou que o tifo foi um dos principais motivos para a construção de tantos fornos. No entanto, esta indireta tornou-se explícita, e em 1992 ele estava atribuindo a epidemia de tifo que varreu o campo no verão de 1942, como o motivo da construção da campanha. [18] Carlo Mattogno atribui a construção à epidemia de tifo e à uma decisão das autoridades do campo para expandir profundamente a população do campo.[19]

Um dos motivos dos negadores para utilizarem este argumento é que eles têm que encontrar uma justificativa para a criação de tantos fornos. Este argumento também envolve a quantidade de corpos que estes novos fornos poderiam dispor no período de 24 horas. Um relatório do Bauleitung de junho de 1943, depois que todos os fornos estavam em funcionamento no mesmo período, colocou a capacidade de cremação de todos os 52 fornos em 4.756 corpos por dia.[20] Negadores não entram em acordo quanto a esta questão, mas Butz e Mattogno colocam a capacidade de cremação em 1.000 por dia e 30.000 por mês.[21] Mattogno alega que a capacidade máxima de cremação dos 6 fornos originais era de 120 por dia, [22] mesmo que ele esteja familiarizado com as evidências de outro campo de concentração que mostrou que a o forno com mufla dupla poderia cremar 52 por dia ou 26 por mufla.[23]

Em agosto de 1942, durante o pior período da epidemia de tifo, o campo de Auschwitz-Birkenau tinha 21.451 prisioneiros do sexo masculino.[24] A informação da população feminina é desconhecida. No entanto, sabe-se que a população feminina em dezembro de 1942 era de 8.200.[25] Segundo os cálculos dos negadores, isso significa que as autoridades do campo estavam construindo crematórios o suficiente para cremar toda a população do campo no verão de 1942 em um mês. Segundo o Bauleitung, esta capacidade era suficiente para crema a população em um semana. Mesmo admitindo que o número do Bauleitung de 4.756 por dia, era demasiado elevado, a questão que se coloca, é a razão porque as autoridades do campo pensaram que era necessária elevada capacidade de cremação. A maior quantidade de presos registrada no campo foi no verão de 1944, quando chegou a pouco mais de 92.000.[26]

É fácil ver porque os negadores são dependentes em culpar o tifo como a razão para a cnstrução dos crematórios. Sem essas centenas de milhares de mortes, não haveria qualquer justificativa para esta enorme campanha de construção. Não pode haver dúvida que o tifo foi o grande problema para as autoridades do campo no verão de 1942. Em quase todas as memórias de Auschwitz a doença é citada. A questão é quantas pessoas realmente morreram de tifo.

É conhecido à partir de registros do campo que havia cerca de 404.000 prisioneiros registrados no campo durante os seus 4 ½ anos de existência.[27] O historiador polonês, Dr.Franciszek Piper fez o mais completo estudo demográfico de Auschwitz já empreendido e rastreou cerca de 1,3 milhões de prisioneiros para o campo. Ele localizou 1,1 milhões que foram mortos. Isso inclui 200.000 presos registrados e 900.000 presos que nunca tiveram registro, porque foram mortos já na chegada.[28] Negadores nunca foram capazes de responder pelos desaparecidos.

Em 1989, os arquivos de Auschwitz em Moscou foram abertos pela primeira vez desde que os soviéticos libertaram o campo em janeiro de 1945. Estes arquivos contêm milhares de documentos que sobreviveram à destruição do campo quando as autoridades do campo fugiram do avanço soviético. Dentre os itens estavam os livros de óbito de Auschwitz. Estes livros contêm os atestados de óbito somente dos prisioneiros registrados. Os prisioneiros não registrados eram mortos na chegada e não receberam atestado de óbito. Os livros de óbito estão incompletos. Eles contêm os atestados de 68.864 presos registrados que morreram no período de agosto de 1941 a dezembro de 1943. Não existem livros para 1944 e nem anteriores a agosto de 1941. Eles desapareceram ou foram destruídos. Além disso, hà uma série de livros em falta para o período de agosto de 1941 a dezembro de 1943. No entanto cada livro contém entre 1.400 e 1.500 entradas.[29] Por interpolação estão faltando 1.500 entradas em cada livro de óbito que podem chegar a 80.000 mortes de prisioneiros registrados para 1942 e 1943.[30] Dr.Tadeusz Paczula, um ex-detento de Auschwitz, chegou ao campo em 1940. Ele mantinha os atestados de óbito para os detentos registrados. Ele testemunho que nos dois anos seguintes, até o verão de 142, cerca de 130.000 nomes foram escritos nos livros de óbito.[31] No entanto, os cerca de 69.000 atestados de óbito disponíveis para pesquisadores oferecem a oportunidade de ver exatamente o que estava matando os prisioneiros registrados. Sabemos agora, com base nesses atestados que poucos prisioneiros morreram de tifo.[32] Eles mostram que apenas 2.060 dos 68.864 óbitos foram de tifo. Embora o tifo possa ser letal, ele não é necessariamente assim. Lucie Adelsberger, um prisioneiro judeu e médico do campo, contraiu tifo, o colocaram de quarentena, e ele retomou suas tarefas após a recuperação.[33] Do mesmo modo, Ella Lingens Reiner, médica alemã que também era prisioneira, contraiu tifo e sobreviveu.[34] Uma das primeiras memórias de Auschwitz, escrita em 1947, relata um episódio com o médico do campo, Josef Mengele, que mais tarde ficou conhecido como “Anjo da Morte”, por causa de suas experiências médicas. Mengele ficou desequilibrado por casa de tifo epidêmico. O antigo prisioneiro escreveu: “Infelizmente, a epidemia de tifo causou furor no campo, mas nesta altura tínhamos relativamente poucas vítimas. No mesmo dia ele[Mengele] enviou-nos uma grande quantidade de soros e vacinas.”[35] Petro Mirchuk, um prisioneiro ucraniano, escreveu sobre um despiolhamento em agosto de 1942, o pior mês da epidemia, “eliminaram a epidemia e os bilhões de pulgas e piolhos deixaram de existir.”[36]

Desta forma, pode-se observar que as pessoas podiam recuperar-se do tifo, e que as autoridades dispunham de meios para combater a doença. O que então estava matando todos os prisioneiros registrados se não era tifo? Talvez o mais revelador dos livros de óbito é o que eles afirmam que foi a causa da morte. Muitas das causas lidem com várias formas de insuficiência cardíaca, “ataque cardíaco”, “degeneração do músculo cardíaco”, “coração e colapso circulatório” e etc. Existem mais de 25.000 óbitos enumerados que dizem respeito a algum tipo de problema cardíaco. Outras causas lidavam com debilidade física geral, tuberculose, pleurisia (problema pulmonar), gastroenterite, pneumonia e etc. Pessoas de 50 [anos]contavam abaixo de 59.000 mortes. Aqueles de 40 [anos], acima de 44.000 mortes.[37] Apesar de todas essas mortes terem sido possíveis para pessoas com tifo que não foram tratados, simplesmente não é possível para a idade das pessoas listadas que morreu de outras causas citadas.

Pessoas jovens, com raras exceções, não morrem de ataques do coração. Em alguns casos, crianças morriam de “decrepitude” uma doença de idosos.[38]

Como pode então no atestado de óbito estar explicado uma causa que não está de acordo com a realidade? A única explicação é que as autoridades do campo estavam envolvidas em uma campanha de assassinato em massa dos prisioneiros registrados. Parte destes tem a ver com o tifo. Wieslaw Kielar, um prisioneiro polonês, foi um dos acusados de fazer atestados de óbito. Ele escreve que o método para se livrar da doença era assassinar os prisioneiros. Suas memórias foram escritas em 1972, dezessete anos antes da descoberta dos livros de óbito. Ele descreve a falsificação dos atestados de óbito:


A descrição de Kielar é confirmada pela morte de 168 prisioneiros que foram fuzilados em 27 de maio de 1942, mas cuja causa da morte foi listada como “ataque cardíaco”.[40]

Ella Lingens Reiner, a médica alemã acima citada, escreveu que os pacientes com tifo foram mortos por injeção de fenol. “o resultado foi que nós, médicos-prisioneiros, simplesmente disfarçávamos tifo como gripe em nossas listas”.[41] Os livros de óbito mostram 1.194 atestados de óbito listando gripe como a causa da morte.[42]

Pery Broad um soldado SS de primeira classe, transferido para Auschwitz, fez uma observação semelhante nas suas memórias escritas pouco tempo depois do fim da guerra. Ele escreveu que os atestados de óbito:



Jenny Schnauer, uma presa austríaca, também registrava no livro de óbitos. Ela testemunhou no julgamento de Auschwitz, na Alemanha, em meados dos anos 1960 como segue:

,
A maioria das causas de morte eram fictícias. Assim por exemplo, não nos era permitido escrever “tiro tentando fugir” no livro; eu tinha que escrever “ataque cardíaco” e “debilidade cardíaca” era a causa listada ao invés de “desnutrição”.
[44]

Apesar dos negadores rejeitarem todos os testemunhos do pós-guerra como fraudulentos, as referidas observações por quatro testemunhas que ali estavam confirmam exatamente o que estava nos livros de óbito. Além disso, estas observações foram feitas anos antes da descoberta dos livros de óbito. A menos que uma está disposta a acreditar que a insuficiência cardíaca e outras causas foram improváveis, matando milhares de pessoas que não correm risco para essas doenças, então a única opção é a de reconhecer o rigor do exposto nas memórias e testemunhos dos massacres que foram tendo lugar em Auschwitz. De qualquer forma, os livros da morte e os testemunhos, provam que não era de tifo que os prisioneiros morriam – e certamente não é o suficiente para justificar a construção de tantos fornos.

Previsivelmente, os negadores têm ignorado totalmente as causa de mortes listadas nos livros de óbito, desde que essa informação foi publicada pela primeira vez em 1995. Ou melhor, Mattogno e outros continuam a propagar que o mito do tifo foi responsável pela alta mortalidade dos presos. Um post-script atribuindo erroneamente o tifo como uma das principais causas de morte também se coloca no campo de prisioneiros de guerra soviéticos de Mogilev, um campo na Bielorússia. Era comum acreditarem que todos esses soldados morreram de tifo. A capacidade estimada dos fornos crematórios de Mogilev era 3.000 por dia. No entanto, já é sabido que haviam relativamente poucas mortes por tifo. Pelo contrário, a política de extermínio, através do trabalho, fome e frio resultou na maior parte das mortes.[45]
Fonte: The Holocaust History Project - http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott

Foram escritos por um médico prisioneiro que trabalhava no hospital, que foi treinado para inventar esses relatórios de cada prisioneiro que tinha morrido no campo, qualquer que fosse a causa. Todas as inúmeras vítimas, aqueles que...foram baleados no Bloco 11, [bloco de execução]ou os doentes que tinha fenol injetados em seu coração, as vítimas de fome ou tortura, todos eles tinha, infelizmente, perdido suas vidas, de acordo com o livro de óbitos, por sucumbir a algumas doenças comuns.[43]

Meu trabalho consistia em escrever os atestados de óbito. A descrição da doença para a qual o prisioneiro havia morrido também era aplicada àqueles que tinham sido assassinados no campo.Tiro, morto por injeção, câmara de gás. Cada um tinha que ter o seu caso na história – um fictício, claro. Isso foi o que as autoridades do campo exigiram, e o que eu fui ordenado a fazer. Devo admitir que, para começar, eu escrevi "insuficiência cardíaca", no caso dos prisioneiros que eu sabia que tinham sido baleados. Mais tarde, porém, decidi que tinha havido muitas destas falhas de coração ...No caso de um homem por exemplo que tinha sido baleado, eu escrevi diarréia. Em resumo não eram mais do que descarados atestados de óbito falsificados, uma obliteração de todos os vestígios do massacre que havia sido cometido a presos indefesos.[39]

Continuação - Partes: [ 1 ];[ 3 ];[ 4 ];[ 5 ];[ 6 ];[ 7 ];[ 8 ];[ 9 ]

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tortura e falsificação: a falácia da prova possível

A falácia da 'prova possível' foi esboçada por David Hackett Fischer em "Historians' Fallacies"(Falácias dos Historiadores), pp.53-55, e é citada por Van Pelt aqui. Pode ser resumida como uma afirmação não comprovada de que uma possibilidade deveria também ser considerada uma probabilidade, ou mesmo uma certeza:
A falácia da prova possível consiste num intento em demonstrar que uma declaração factual é verdadeira ou falsa por estabelecer a possibilidade de sua verdade ou falsidade. "Uma das maiores falácias de evidência," um logicista observou, "é a disposição para enfatizar sobre a possibilidade atual disso ser falso; uma possibilidade a qual deve existir quando não é demonstrativa. O advogado pode desorientar o júri desta forma até ele quase duvidar de seu próprio senso." Esta tática deve certamente provar ser forensicamente efetiva numa corte Anglo-americana, mas nunca prova o ponto em questão. A prova empírica válida requer não meramente o estabelecimento de possibilidade, mas de probabilidade. Além disso, demanda uma estimativa equilibrada de probabilidades pró e contra. Se historiadores, como advogados, devem respeitar a doutrina da dúvida razoável, eles devem de forma igual poderem reconhcer uma dúvida desarrazoada quando eles veem uma.
Negadores aplicam esta falácia muito comumente para tortura e falsificação. Hargis forjou muito recentemente nesta discussão, na qual ele também revela sua hipocrisia sobre o testemunho ocular dos perpetradores [de repente dois testemunhos de perpetradores são suficientes para estabelecer uma prova].

A regra aqui é simples. A menos que o reclamante possa mostrar que Hoess esteve provavelmente sendo torturado, ou agiu sob medo de tortura, no momento de suas confissões, a afirmação não tem nenhum mérito. Negadores não chegarão a lugar algum até eles aceitarem que eles têm o ônus da prova para demonstrar probabilidade. Tudo o mais é apenas conjectura, não história.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/01/torture-and-forgery-fallacy-of-possible.html
Tradução(português): Roberto Lucena

Ver também: técnicas dos negadores do Holocausto

sábado, 31 de janeiro de 2009

Teólogo pede a renúncia do papa após reabilitação de negador do Holocausto

Berlim, 31 jan (EFE).- O teólogo heterodoxo suíço Hans Küng pediu a renúncia do papa Bento XVI após o escândalo gerado pela reabilitação à Igreja Católica do bispo Richard Williamson, que nega o Holocausto e recentemente teve sua excomunhão suspensa.

Para Küng, a reabilitação de Williamson é apenas um equívoco a mais na série de erros com os quais Bento XVI vem pondo novos obstáculos no diálogo que as Igrejas cristãs travam entrem si e com outras religiões.

"Primeiro, ele questionou se os protestantes formam uma Igreja. Depois, em seu infeliz discurso de Regensburg, chamou os muçulmanos de desumanos. E agora ofende os judeus permitindo o retorno à Igreja de um negador do Holocausto", disse Küng em declarações ao jornal "Frankfurter Rundschau".

"É hora de substituí-lo", acrescentou Küng, que foi companheiro do papa quando ambos eram professores de teologia católica na Universidade de Tübingen.

O Vaticano proibiu Küng de ensinar a teologia católica em 1980, depois que ele questionou o dogma da infalibilidade papal.

Desde então, teólogo heterodoxo suíço, que permaneceu dentro da Igreja Católica, mas sem poder atuar como padre, se dedica ao diálogo entre as religiões.

Já Williamson e outros três bispos seguidores do cismático ultraconservador Marcel Lefebvre foram reabilitados pelo papa há uma semana. EFE

rz/sc

Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL980937-5602,00-TEOLOGO+PEDE+A+RENUNCIA+DO+PAPA+APOS+REABILITACAO+DE+NEGADOR+DO+HOLOCAUSTO.html

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eliminação de corpos em Auschwitz – O fim da negação do Holocausto - Parte 1 - Introdução

Por John Zimmermann, Professor Associado da Universidade de Nevada, Las Vegas.

Em memória de Stig Hornshøj-Møller e Chuck Ferree


Talvez nenhum aspecto da negação do Holocausto seja tão disputado quanto a eliminação dos corpos em Auschwitz. Os negadores do Holocausto alegam que não era possível eliminar 1,1 milhões de corpos no campo. [1] Assim, alegam que estas pessoas não foram mortas em Auschwitz. Em certo sentido a razão do foco dos negadores sobre este tema é compreensível. Os negadores nunca foram capazes de explicar o que aconteceu com cerca de 5 a 6 milhões de judeus que desapareceram após a Segunda Guerra Mundial. A maneira mais fácil de explicar seria mostrar o que aconteceu com os desaparecidos. No entanto, poucas exceções falharam [2], negaram ficam compreensivelmente em silêncio sobre este assunto.

Negadores têm hà anos centrado os seus argumentos sobre impossibilidade de utilização de câmaras de gás em Auschwitz. O “expert” deles era Robert Faurisson, um professor francês de literatura. Ele fez uma série de argumentos nesta área no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.[3] Suas idéias sobre câmaras de gás foram incorporadas a um relatório de um consultor em pena de morte americano chamado Fred Leuchter. Como será mostrado em outro lugar, o relatório de Leuchter prova que ele sabia quase nada sobre as câmaras de gás de Auschwitz. Está repleto de inúmeros erros técnicos [4]. Ele preferiu se basear em Faurisson, em todas as suas afirmações. Segundo Leuchter, ele se encontrou com Faurisson antes de sua visita a Auschwitz, de quem recebeu informações para suas examinações.[5] De fato, Faurisson escreveu o prefácio do Leuchter Report.[6]

Os negadores tentaram capitalizar em cima dos erros e da ignorância de Leuchter sobre Auschwitz. Eles puderam fazer isto porque muitas pessoas não têm os conhecimentos técnicos para contestar a credibilidade de Leuchter. No entanto, em 1994, o Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia na Polônia, realizou um exame global nas estruturas identificadas por várias testemunhas oculares como sendo as câmaras de gás homicidas. O instituto encontrou vestígios de ácido cianídrico nas seis estruturas testadas. Estavam no que tinha restado dos cinco crematórios e do bloco de execução. Mais perturbador para os negadores foi que o Instituto encontrou uma maior concentração do gás venenoso nas amostras que foram testadas no Crematório II. Seis das sete amostras testados deram positivo.[7] Em contrapartida, Leuchter afirmou que não encontrou nada de ácido hidrociânico nesta estrutura.[8] Isto provou que Leuchter foi completamente incompetente, na melhor das hipóteses, ou na pior das hipóteses, desonesto. As conclusões do Instituto também substanciaram uma observação anterior do crítico dos negadores, Jean-Claude Pressac, que tinha visto uma fita de Leuchter recolhendo as amostras, Leuchter tinha evitado propositalmente as áreas do Crematório II porque elas dariam positivo.[9] Pode ser relevante aqui que o Instituto teve a capacidade de recolher as amostras nos locais suscetíveis para o recolhimento, mesmo que Leuchter tivesse sido honesto, ele não poderia fazer, pois a sua coleta foi ilegal, porque ele não tinha permissão para coletar amostras.

O total descrédito do Relatório Leuchter causou a muitos a negadores a centralização nos argumentos da eliminação dos corpos. O guru dos argumentos da eliminação dos corpos é o negador italiano Carlo Mattogno. Seus argumentos sobre a eliminação dos corpos foram estabelecidos em uma monografia de 1994, onde suas idéias avançaram para as câmaras de gás e os crematórios de Auschwitz.[10] Ele expandiu suas idéias como co-autor de um artigo em um website de negadores.[11] Parece que este artigo foi concebido para ser o argumento definitivo dos negadores sobre o assunto. Seus argumentos das câmaras de gás, juntamente com os de outros negadores, são analisados em outro local.[12] O objetivo do presente estudo é analisar a eliminação dos corpos. Esta é a primeira análise abrangente dos argumentos dos negadores sobre este assunto. O presente estudo vai servir de base a um capítulo muito maior que analisa todos os argumentos dos negadores.[13] Mattogno tem uma vantagem sobre os outros negadores, suas fontes, muitas vezes são difíceis de verificar. Ele tem usado fontes pouco conhecidas e material de arquivo. As fontes mais importantes foram localizadas e analisadas no presente estudo. Como será visto, os escritos de Mattogno são mais sofisticados do que a maioria dos negadores, ele basicamente reverte as técnicas comuns dos negadores, a omissão e a deturpação.

Comentário: Todas as notas deste artigo (incluindo as outras partes que serão postadas) serão postadas em um post separado, depois iremos editar os links para o respectivo post.

Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott

Continuação - Partes: (1);(2);(3);(4);(5);(6);(7);(8);(9);(10);(11);(12);(13)

Judeus declararam guerra à Alemanha?


(Todos os grifos são do tradutor).
Negadores alegam que os judeus trouxeram o Holocausto até eles (embora eles neguem que o mesmo aconteceu!!) porque eles declararam guerra à Alemanha em 1933.

Iremos demonstrar rapidamente através de fatos que esta alegação não passa de lixo:

Na sexta-feira, 24 de março de 1933, a manchete “Judéia declara guerra à Alemanha” [Judea Declares War on Germany] foi estampada na primeira página do jornal britânico Daily Express. A transcrição deste artigo anônimo pode ser lida aqui.

O problema com isto é bem simples, nem a tal coisa chamada “Judea” e nenhuma organização judaica declarou guerra à Alemanha. A única organização judaica citada no artigo foi a Board of Deputies of British Jews decidiu se reunir 2 dias depois [26 de março de 1933] para “discutir a situação alemã”, mas eles *não* apoiaram o boicote. (London Times, 27 de março de 1933).

Como a maioria das alegações “revisionistas” está é mais uma comprovadamente falsa.

Comentário: Dos “zilhões” de jornais do mundo inteiro, o SENSACIONALISTA DAILY EXPRESS FOI O ÚNICO a noticiar esta “suposta declaração de guerra”, suposta porque nem mesmo no próprio artigo se consegue comprovar alguma coisa referente a boicote/declaração de guerra. E ainda tem "revisionista" que tem a "capacidade" de dizer que os judeus declararam guerra à Alemanha.
Tradução: Leo Gott

Relatório Leuchter – Visão Geral



"Sua opinião sobre este relatório é que nunca aconteceu qualquer gaseamento e nunca houve qualquer tentativa de extermínio exercida nestas instalações. No que me diz respeito, pelo que eu ouvi, ele não é capaz de dar esta opinião... Ele não está em posição de dizer, como ele disse assim arrasadoramente neste relatório, o que não poderia ter sido feito em tais instalações. " Assim o juiz julgou o relatório de Fred Leuchter como “ridículo” e “absurdo”, durante o julgamento do canadense Ernst Zündel. De modo a impedir que houvesse qualquer equívoco por parte do tribunal: “Quanto à questão da funcionalidade dos crematórios...a decisão do juiz foi inequívoca, ele não pode testemunhar sobre este tema por uma simples razão: Ele não tem expertise.” (Lipstadt, 166)

Fred Leuchter é um homem sem treinamento formal em química ou toxicologia (ele obteve bacharelado em História em 1964), e ainda alegava ser engenheiro – uma afirmação que o fez pousar em água quente no seu Estado. Em 1988 a pedido do canadense Ernst Zündel, Fred Leuchter foi para a Polônia e visitou o campo de concentração de Auschwitz; (Ernst Zündel financiou a viagem de Fred Leuchter.) O resultado desta viagem foi o “Relatório Leuchter”. Veja o que o Sr.Leuchter disse da sua “investigação”:

O objetivo [do inquérito e o subseqüente relatório], não inclui a determinação de quaisquer números de pessoas que morreram ou foram mortos por outros meios que não o gás ou de saber se um verdadeiro Holocausto ocorreu. E, além disso, não é intenção deste autor redefinir o Holocausto em termos históricos, mas simplesmente fornecer provas científicas e informações obtidas no site atual, para tornar um parecer com todas as bases científicas, de engenharia e de dados quantitativos sobre a finalidade e os usos das alegadas câmaras de gás de execução e as instalações dos crematórios nos locais investigados.

Você irá ver, iremos demonstrar usar o próprio testemunho juramentado de Leuchter, que o Sr.Leuchter, falhou em demonstrar qualquer preocupação com a verdade, mesmo sob juramento.

Enquanto testemunhava no julgamento de Ernst Zündel no Canadá, Leuchter deu provas falsas de sua relação profissional com a administração de duas prisões americanas, referente a câmaras de gás, e provou que não era familiarizado com a maioria dos fatos básicos sobre o gás letal Cianeto de Hidrogênio, incluindo sua inflamabilidade e as concentrações exigidas para fins de desinfestação.

O “Relatório Leuchter” pretende “demonstrar cientificamente” que as pessoas não foram mortas por Zyklon-B em Auschwitz. Ele é composto de antigas reivindicações do francês negador do Holocausto Robert Faurisson, bem como algumas novas. Muitas destas reivindicações aparecem no panfleto do IHR “66 perguntas e respostas sobre o Holocausto”, e também tem outros argumentos oferecidos por outras pessoas que negam o Holocausto.

Zyklon-B é um poderoso inseticida. Ele libera HCN, ácido cianídrico, um gás que o Zyklon-B carrega, o material é encharcado com o gás; geralmente vem em forma de bolinhas ou discos. HCN causa a morte. Quando interagem com o ferro e o concreto, ele cria compostos (compostos hidrociânicos). Leuchter admite que estes compostos foram encontrados nas ruínas das câmaras de gás de Auschwitz(como reafirmado nas pesquisas de um instituto do Governo Polonês, que rejeitou completamente as conclusões de Leuchter – Ver Seção 2.01)


HCN é extremamente venenoso para seres humanos. É usado em câmaras de gás de execução nos EUA, foi utilizado pela primeira vez no Arizona em 1920. Além disso os alemães tinha vasta experiência com HCN, ele foi amplamente utilizado para desinfecção.(Para uma discussão maior sobre Zyklon-B, ver pu/camps/auschwitz/auschwitz.faq1)


Existiam dois tipos de câmaras de gás em Auschwitz: as que eram utilizadas para desinfecção de roupas (“câmaras de gás para desinfecção”) e as que eram utilizadas para matar pessoas em grande escala (“câmaras de gás de extermínio”). As câmaras de desinfecção tinham uma característica padrão, e foram deixadas intactas pelas SS (contrariamente às câmaras de extermínio, que foram dinamitadas em um esforço para esconder atividades criminosas devido à rápida aproximação do Exército Vermelho). Os negadores tentam confundir esta questão, misturando os dois tipos de câmaras. Por exemplo, eles mostram as portas das câmaras de desinfecção, e explicam que elas são demasiadas fracas para suportar a pressão das pessoas tentando escapar. Naturalmente as portas das câmaras de extermínio eram completamente diferentes, mas é fato é ignorado silenciosamente. (ver 2.06)
Tradução: Leo Gott

Relatório Leuchter - Introdução & Notas editoriais


Este documento fornece um contraponto às afirmações comumente feitas por aqueles que negam que ninguém foi gaseado nos campos da morte de Auschwitz-Birkenau e Treblinka, durante a Segunda Guerra Mundial; que, de fato, negam que as câmaras de gás jamais existiram. (Pelo menos 1 milhão de pessoas foram brutalmente exterminadas em Auschwitz-Birkenau e cerca de 700.000 pessoas em Treblinka – o pior dos campos de extermínio em termos de abate).

A fonte mais prestigiada na Alemanha quanto aos crimes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o “Instituto de História Comtemporânea”, em Munique, resumiu os fatos em uma publicação recente. (Clique aqui para acessar o documento completo.)

Treblinka (Distrito de Warsóvia, Governo Geral) tinha 3 câmaras de gás até o fim de julho de 1942, e recebeu, no início de setembro de 1942 10 câmaras maiores ainda. Até o fechamento do campo, em novembro de 1943, cerca de 700.000 pessoas foram mortas aqui por monóxido de carbono.


Auschwitz-Birkenau (na antiga Polônia, em 1939 foi anexada ao “reich”, no leste da Alta Silésia, a sudoeste de Kattowitz). O campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau foi estabelecido na segunda metade de 1941, foi incorporado ao campo de concentração de Auschwitz, que existia desde maio de 1940. Até janeiro de 1942 tinha 5 câmaras de gás, e no final de junho de 1943 contava com outras quatro grandes salas de gaseamento de Zyklon-B. Até novembro de 1944, mais de 1 milhão de judeus e pelo menos 4.000 ciganos foram assassinados por gás.


(Notar que este número inclui somente as pessoas que foram gaseadas, muitas outras foram assassinados por “métodos convencionais”)


Este não é de forma alguma um substituto para outras pesquisas sérias – apenas um meio de expor as fraudes comuns no “Relatório Leuchter”, e um guia de fontes acadêmicas.

Este documento foi preparado por Danny Keren e Jamie McCarthy, e editado para o presente formato por Ken McVay. Comentários, correções e adições são bem-vindas.

Os documentos citados no presente trabalho, estão disponíveis no nosso servidor notadas da seguinte forma (caminho/Nome do Arquivo). O site FTP.nizkor.org aceita logins anônimos.
Tradução: Leo Gott

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Relatório Leuchter: "Era impossível matar 6 milhões de pessoas em Auschwitz!"

A julgar pelo volume e área das câmaras de gás, bem como o numero de Kremas, ra impossível matar 6 milhões de pessoas no intervalo de tempo que os campos de concentração existiram.

Ninguém alega que 6 milhões de pessoas morreram em Auschwitz. Muitos morreram em outros campos da morte, nos guetos, e nos territórios soviéticos ocupados. As estimativas do número de pessoas que morreram em Auschwitz variam, da menor, 900.000 até a maior 1.600.000. É óbvio que as instalações de extermínio e cremação de Auschwitz poderiam cuidar de tal número.

Basta olhar para as fotografias dos fornos do Krema II (Pressac, 367, ver fotografia). Existiram 5 Kremas em Auschwitz. O número II, por exemplo, tinha 15 fornos enormes, especialmente projetados para queimar de forma eficiente e rápida. Cada um poderia consumir de 3-4 corpos de uma só vez (lembre-se que tinham muitas crianças e muitas pessoas bastante desnutridas) e fazia no máximo em 45 minutos. A SS experimentou diferentes tipos de combinação de cadáveres e coque para saber qual seria o melhor resultado custo-eficiência. (Müller, 60-61; Klarsfeld, 99-100; ver excertos).

Os cáculos de Leuchter apresentam como o número máximo de pessoas que poderiam ser executados em uma semana - 1693 - é um absurdo, como é demonstrado pelo seguinte cálculo para um único Krema, o número II:

Uma câmara de gás, cerca de 210m2 de área (2.220 pés quadrados), facilmente acomodava algumas centenas de pessoas, que estava abarrotada. (Ver seção 2.16).

Quinze fornos, cada um com a capacidade de incineração de pelo menos 3 corpos em 45 minutos, poderiam dispor de pelo menos 720 corpos em 12 horas de um dia.

Em um único ano, somente o Krema II poderia incinerar mais de um quarto de milhão de corpos. Adicionando estas capacidades para os Kremas III, IV, V, que você pode ver na figura. Adicionando que os corpos poderiam ser cremados em covas coletivas. Duas terríveis fotografias destas “covas de cremação”, foram tiradas em segredo em Auschwitz-Birkenau, e sobreviveram. Elas são de qualidade razoável, e mostram os homens em pé entre pilhas de corpos nus, com a fumaça à frente deles. Alguns corpos estão sendo arrastados para a cova. As fotografias estão disponíveis em Pressac (422) e estão disponíveis em arquivos de imagens.

Como uma referência, pode-se ver uma carta datada de 20 de junho de 1943, enviada ao General Kammler em Berlim, citando o número de corpos que podem ser eliminados em 24 horas de trabalho como 4.756. Uma fotografia da carta e o número de série dos arquivos alemães podem ser encontrados em Pressac (247). (Esta é inferior a 5 x 1.440 = 7.200, porque alguns dos Kremas tinham menos fornos como o II e III. A subdivisão exata está na carta de Jahrling para Kammler, é de 340 para o Krema I, 768 para o IV e V, e 1.440 para o II e III. Esta carta está disponível em formato de imagem.

É ingenuidade, na melhor das hipóteses, e desdenhosamente desonesto a alegação que tal número de crematórios estavam previstos para outra coisa senão a eliminação de corpos criados pelo extermínio em massa de vítimas indefesas.

Leuchter assume que as pessoas pudessem ocupar as câmaras de gás na densidade máxima de 1 pessoa por 9 pés quadrados (!) e que levaria uma semana (!) para ventilar as câmaras de gás antes de poderem ser utilizadas para outra execução em massa. Estas hipóteses são absurdas.

Por último, existiam duas outras instalações de gaseamento em Auschwitz, chamadas de “Bunker I” e “Bunker II”. Estas também foram demolidas pelos SS em fuga.

Fonte: The Nizkor Project - http://www.nizkor.org/faqs/leuchter/leuchter-faq-08.html

Tradução: Leo Gott

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