Um diplomata de Taiwan, Ho Feng-shan, salvou centenas de judeus na Áustria ocupada pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, informou hoje o ministério das Relações Exteriores da ilha.
Ho Feng-shan, denominado como o Schindler chinês, desenvolveu uma política de ajuda aos judeus, que havia sido impulsionada pelo então presidente do parlamento de Taiwan, Sun Ke, e referendada pelo generalíssimo Chiang Kai-Shek, adiantou a diplomacia do país.
Documentos descobertos por acaso mostram que a República da China, o nome oficial de Taiwan, foi um dos poucos países do mundo que ajudou os judeus a escapar ao Holocausto nazi durante a Segunda Guerra Mundial, assinalou o diretor do departamento de Assuntos da Ásia Ocidental, Ali Yang.
A República da China, que nessa época controlava a China Continental, concedeu vistos a judeus nas zonas ocupadas pelas tropas de Hitler, mas muitos dos documentos ficaram em território da China quando Chiang Kai-dhek, o seu governo e as suas tropas se refugiaram em Taiwan, depois da derrota frente a Mao Zedong, em 1949.
Os documentos revelados recentemente mostram que Ho, que foi cônsul em Viena entre 1938 e 1940, concedeu vistos a todos os judeus que os requisitaram para facilitar a sua viagem para Xangai.
A iniciativa de Ho a favor dos judeus da Europa só foi tornada pública após a sua morte, em 1997, altura em que a organização judaica Yad Vashem lhe concedeu o título de “Justo entre Nações”.
A mesma honra foi atribuída por esta organização ao diplomata português Aristides de Sousa Mendes, em 1966.
Aristides de Sousa Mendes, que morreu em 1954, ignorou as ordens do Governo de Portugal na época e, enquanto cônsul em Bordéus, França, concedeu, em 1940, vistos a mais de trinta mil refugiados que tentavam escapar ao exército nazi, dos quais 12 mil eram judeus.
* Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Fonte: Agência Lusa/IOnline (Portugal)
http://www.ionline.pt/conteudo/69079-ii-guerra-mundial-taiwan-revela-que-diplomata-salvou-centenas-judeus
quarta-feira, 14 de julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
Auschwitz - O campo de extermínio
Abaixo segue um texto publicado no site do Museu Memorial do Holocausto dos EUA(USHMM) com um resumo sobre o campo de extermínio de Auschwitz.
Muita gente procura informação sobre o Holocausto na internet e acaba não dando de cara facilmente com informações básicas(de fontes sérias) com uma visão geral do que foram os campos de concentração e extermínio empregados pelos nazistas na execução do genocídio da Segunda Guerra. Na medida do possível serão colocados, mais adiante, mais textos com resumos de outros campos de concentração/extermínio. Todos os textos serão fixados no Sumário que se encontra no lado esquerdo do blog para não ficarem "perdidos" na progressão do blog.
Observação: alguns erros de português do texto foram corrigidos(numa vista rápida) e as fontes do texto para leitura foram colocadas(elas não foram reproduzidas na parte em português site do texto original em inglês).
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AUSCHWITZ
O complexo dos campos de concentração de Auschwitz era o maior de todos os estabelecidos pelo regime nazista. Nele havia três campos principais de onde os prisioneiros eram distribuídos para fazer trabalho forçado e. por longo tempo, um deles também funcionou como campo de extermínio. Os campos estavam a aproximadamente 60 quilômetros a oeste da cidade polonesa de Cracóvia, na Alta Silésia , próximos à antiga fronteira alemã e polonesa de antes da guerra, mas que em 1939, após a invasão e a conquista da Polônia, foi anexada à Alemanha nazista. As autoridades das SS estabeleceram os três campos principais perto da cidade polonesa de Oswiecim: Auschwitz I, em maio de 1940; Auschwitz II (também conhecido como Auschwitz-Birkenau), no início de 1942; e Auschwitz III (também chamado de Auschwitz-Monowitz), em outubro de 1942.
(Foto) Entrada principal do campo de extermínio Auschwitz-Birkenau. Foto tirada na Polônia, data incerta. — Beit Lohamei Haghettaot
O campo de Auschwitz era subordinado à “Inspetoria dos Campos de Concentração”. Até março de 1942 esta Inspetoria era um órgão do Quartel-General das SS e, a partir de 1941, começou a fazer parte da Central de Operações das SS. De março de 1942 até a liberação de Auschwitz, a Inspeção era subordinada à Central Econômica-Administrativa das SS.
Em novembro de 1943, as SS decretaram que Auschwitz-Birkenau e Auschwitz-Monowitz se tornariam campos de concentração independentes. O comandante de Auschwitz I continou como comandante da guarnição de todas as unidades SS enviadas para Auschwitz e era considerado o oficial sênior entre os três comandantes. Os escritórios de administração da SS que armazenavam os registros de prisioneiros e gerenciavam sua distribuição de trabalho continuavam localizados na Auschwitz I. Em novembro de 1944, Auschwitz II foi reunificado a Auschwitz I, e Auschwitz III passou a ser denominado Monowitz.
Os comandantes do complexo de campos de concentração de Auschwitz eram: Tenente-Coronel da SS Rudolf Hoess, de maio de 1940 a novembro de 1943; Tenente-Coronel da SS Arthur Liebehenschel, de novembro de 1943 até meados de maio de 1944; e Major da SS Richard Baer, de meados de maio de 1944 a 27 de janeiro de 1945. Enquanto era independente, os comandantes de Auschwitz-Birkenau (novembro de 1943 a novembro de 1944) foram o Tenente-Coronel da SS Friedrich Hartjenstein, de novembro de 1943 a meados de maio de 1944 e o Capitão da SS Josef Kremer, de meados de maio a novembro de 1944. O comandante do campo de concentração Monowitz, de novembro de 1943 a janeiro de 1945, foi o Capitão Heinrich Schwarz.
AUSCHWITZ I
Auschwitz I, o campo principal, foi o primeiro a ser fundado perto da cidade polonesa de Oswiecim. As construções começaram em maio de 1940 em um antigo quartel da artilharia do exército polonês, localizado em um bairro afastado. As autoridades das SS obrigavam os prisioneiros ao trabalho forçado contínuo, com a finalidade de expandir os limites físicos do campo. Durante o primeiro ano de existência do campo, as SS e a polícia evacuaram uma área de aproximadamente 40 quilômetros quadrados como "área de desenvolvimento", reservada para uso exclusivo do campo. Os primeiros prisioneiros de Auschwitz eram alemães, transferidos do campo de concentração Sachsenhausen, na Alemanha, onde estavam encarcerados por infração criminal recorrente, e prisioneiros políticos poloneses que vieram de Lodz e estavam no campo de concentração de Dachau e de Tarnów, no Distrito de Generalgouvernment na Cracóvia (parte da Polônia ocupada mas não incorporada à Alemanha nazista, associada administrativamente à Prússia Oriental, ou incorporada à União Soviética ocupada pela Alemanha).
Similar à maioria dos campos de concentração alemães, Auschwitz I foi construído com três finalidades: 1) prender os inimigos reais e imaginários do regime nazista, e das autoridades de ocupação alemãs na Polônia, por um período indeterminado; 2) ter à disposição uma grande oferta de trabalhadores forçados para alocar aos empreendimentos das SS e relacionados à construção (e, mais tarde, produção de armamento e artigos de guerra); e 3) servir como local para a exterminação de grupos pequenos, de determinadas populações, conforme determinado pelas SS e autoridades policiais para manter a segurança da Alemanha nazista. Como a maioria dos campos de concentração, Auschwitz I possuía câmara de gás e crematório. Inicialmente, os engenheiros das SS construíram uma câmara de gás improvisada no porão do bloco de celas, o Bloco 11. Mais tarde, uma câmara maior e permanente foi construída como parte do crematório original, em outro prédio fora do complexo de celas.
Em Auschwitz I, os médicos das SS realizavam experiências “médicas” no hospital localizado no Bloco 10. Eram pesquisas pseudocientíficas em bebês, gêmeos e anões, além de fazerem esterilizações forçadas e experiências de hipotermia em adultos. O médico mais conhecido dentre eles era o infame Capitão das SS, Dr. Josef Mengele.
Entre o crematório e o quartel de experiências médicas ficava a "Parede Negra", frente à qual os guardas das SS executavam milhares de prisioneiros.
AUSCHWITZ II
A construção de Auschwitz II, ou Auschwitz-Birkenau, teve início em outubro de 1941, nas proximidades da cidade polonesa de Brzezinka. Dos três campos localizados perto de Oswiecim, o Auschwitz-Birkenau foi o que teve o maior número de prisioneiros. Era dividido em mais de doze seções, separadas por cercas com arame farpado eletrificado que, como em Auschwitz I, eram patrulhadas pelos guardas das SS e, após 1942, por guardas com cães policiais. O campo tinha seções específicas para homens, mulheres, um campo familiar para ciganos deportados da Alemanha, Áustria e do protetorado da Boêmia e Moravia, e um para famílias judias deportadas do gueto de Terezín.
Auschwitz-Birkenau também tinha instalações que funcionavam como centro-de-extermínio, e exercia um papel fundamental no plano alemão para exterminar os judeus europeus. A partir de meados de 1941, o gás Zyklon B foi introduzido no sistema dos campos de concentração alemães como forma de agilizar o extermínio. Em setembro, em Auschwitz I, deu-se o primeiro teste com o gás Zyklon B, e o "sucesso" destes testes levaram à adoção daquele gás em todas as câmaras de gás do complexo Auschwitz. Próximo a Birkenau, as SS iniciaram o processo de transformação de duas sedes de antigas fazendas em câmaras de gás. A câmara "improvisada" I entrou em operação em janeiro de 1942 e mais tarde foi desmontada. A câmara “improvisada” II funcionou de junho de 1942 até o final de 1944. As SS consideraram as instalações inadequadas para o volume de gás que eles haviam planejado usar para Auschwitz-Birkenau. Entre maio e junho de 1943, foram construídos quatro imponentes prédios de cremação, cada um com três componentes: uma área para os prisioneiros despirem-se, uma grande câmara de gás, e fornos crematórios. As SS mantiveram as operações com gás em Auschwitz-Birkenau até novembro de 1944.
DEPORTAÇÃO PARA AUSCHWITZ
Os trens chegavam constantemente a Auschwitz-Birkenau trazendo como carga judeus de praticamente todos os países europeus ocupados pela Alemanha ou a ela aliados. Estes carregamentos foram iniciados em 1942 e terminaram em 1944. Estes são os dados, em números aproximados, das deportações de judeus por país: Hungria: 426.000; Polônia: 300.000; França: 69.000; Holanda: 60.000; Grécia: 55.000; Boêmia e Morávia: 46.000; Eslováquia: 27.000; Bélgica: 25.000; Iugoslávia: 10.000; Itália: 7.500; Noruega: 690; outros (incluindo os prisioneiros de outros campos de concentração que eram despachados para Auschwitz-Birkenau ): 34.000.
Com as deportações provenientes da Hungria, Auschwitz-Birkenau tornou-se um instrumento de extrema eficácia dentro do plano alemão de destruir os judeus europeus. Entre final de abril e começo de julho de 1944, aproximadamente 440.000 judeus húngaros foram deportado, e cerca de 426.000 deles foram diretamente para Auschwitz. Deste, as SS imediatamente enviaram cerca de 320.000 diretamente para as câmaras de gás em Aschwitz-Birkenau, mobilizando quase 110.000 para trabalho forçado no complexo de campos de concentração de Auschwitz. Em questão de semanas após sua chegada, os judeus húngaros foram enviados pelas SS para trabalho escravos em outros campos deconcentração, na Alemanha e na Áustria .
No total, aproximadamente 1,1 milhão de judeus foram deportados para Auschwitz. Além deles, as autoridades das SS e das polícias colaboracionistas deportaram cerca de 200.000 pessoas de outras etnias para Auschwitz, incluindo 140.000 a 150.000 poloneses não-judeus, 23.000 ciganos roma e sinti, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos, e outros 25.000 civis(cidadãos soviéticos, lituanos, tchecos, franceses, iugoslavos, alemães, austríacos e italianos).
Os recém-chegados a Auschwitz-Birkenau passavam por uma triagem, na qual a equipe das SS decidia quem era capaz ou incapaz de realizar trabalhos forçados--a maioria--e os enviava diretamente para câmaras de gás, que pareciam banheiros com chuveiros para enganar as vítimas, para que o processo fosse mais rápido. Os pertences dos que iam para as câmaras eram confiscados e enviados para o depósito "Kanada" (Canadá), para posteriormente serem enviados à Alemanha. Para os prisioneiros, a palavra Canadá significava riqueza.
Pelo menos 960.000 judeus foram exterminados em Auschwitz, além de cerca de 74.000 poloneses, 21.000 ciganos, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos, e 10.000 a 15.000 civis de outras nacionalidades (cidadãos soviéticos, tchecos, iugoslavos, franceses, alemães e austríacos).
Em 7 de outubro de 1944, algumas centenas de prisioneiros destinados ao crematório IV em Auschwitz-Birkenau rebelaram-se após descobrirem que seriam assassinados. Durante a rebelião, os prisioneiros mataram três guardas, explodiram o crematório e a câmara de gás adjacente usando para tal explosivos trazidos clandestinamente para o campo por cinco judias que eram trabalhadoras forçadas em uma fábrica de armamentos bélicos nas proximidades. Os alemães acabaram com a rebelião, matando quase todos os prisioneiros envolvidos e enforcando publicamente as mulheres envolvidas, no início de janeiro de 1945.
As operações com gás continuaram até novembro de 1944 quando, sob as ordens de Himmler, as SS desabilitaram as câmaras de gás que ainda funcionavam. Em janeiro de 1945, as SS iniciaram a demolição das instalações remanescentes à medida que as forças soviéticas se aproximavam, em uma tentativa frustrada de esconder do mundo as barbaridades que praticavam.
AUSCHWITZ III
Auschwitz III, localizado nos arredores da cidade polonesa de Monowitz e também conhecido como Buna ou Monowice, foi fundado em outubro de 1942 para abrigar prisioneiros enviados para ali trabalhar na produção de borracha sintética. Na primavera de 1941, o conglomerado alemão I.G. Farben lá estabeleceu uma fábrica, na qual planejavam explorar a força de trabalho escravo dos campos de concentração para produzir borracha e combustíveis sintéticos. A I.G. Farben investiu mais de 700 milhões de Reichsmarks, cerca de 1,4 milhões de dólares na época, em Auschwitz III. De maio de 1941 a outubro de 1942, as SS transportaram prisioneiros de Auschwitz I para o "Anexo Buna", caminho que inicialmente faziam a pé, e depois de trem. Com a construção de Auschwitz III, no final de 1942, os prisioneiros que trabalhavam em Buna lá passaram a viver.
Auschwitz III também possuía um campo denominado “Campo de Educação pelo Trabalho”, no qual eram colocados prisioneiros não-judeus que os nazistas acreditavam haver violado a disciplina imposta pelos alemães no trabalho.
SUBCAMPOS DE AUSCHWITZ
Entre 1942 e 1944, as autoridades de Auschwitz fundaram 39 sub-campos; alguns deles foram fundados dentro de zonas de "desenvolvimento", dentre elas Budy, Rajsko, Tschechowitz, Harmense e Babitz. Outros, tais como Blechhammer, Gleiwitz, Althammer, Fürstengrube, Laurahuette e Eintrachthuette, localizavam-se na Alta Silésia, ao norte e a oeste do Rio Vístula; e os de Freudental e Bruenn/Brnona Morávia. Os sub-campos que produziam ou processavam produtos agrícolas eram subordinados administrativamente à direção de Auschwitz-Birkenau; por outro lado, os sub-campos utilizados para a produção industrial e de armamento, ou indústrias de extração (tais como minas de carvão e pedreiras), eram subordinados a Auschwitz-Monowitz. Após novembro de 1943, esta divisão de responsabilidades administrativa foi formalizada.
Os prisioneiros trabalhavam em grandes fazendas, inclusive em uma estação experimental de agricultura em Rajsko. Eles também eram forçados a trabalhar em minas de carvão e pedreiras, com pesca e, principalmente, em indústrias de armamento, como a empresa das SS German Equipment Works, fundada em 1941. Periodicamente os prisioneiros passavam por uma seleção, e se as SS os julgasse fracos ou doentes demais para trabalhar os enviavam para Auschwitz-Birkenau para serem eliminados.
Em Auschwitz I, aqueles que eram escolhidos para o trabalho forçado eram registrados e tatuados no braço esquerdo com o número de identificação, após o que eram enviados para o campo principal ou para outros lugares no complexo, inclusive para os sub-campos.
A LIBERAÇÃO DE AUSCHWITZ
No final de janeiro de 1945, em pleno inverno, conforme as forças soviéticas aproximavam-se do complexo de campos de concentração de Auschwitz, as SS iniciaram a evacuação destes campos e seus sub-campos. As unidades das SS forçaram cerca de 60.000 prisioneiros a marchar na direção oeste do sistema de campos de Auschwitz, e muitos milhares foram mortos nos dias que antecederam o início da “Marcha da Morte”. Dezenas de milhares de prisioneiros, a maioria judeus, foram forçados a caminhar tanto para noroeste, por 55 quilômetros, para Gliwice/Gleiwitz, junto com os prisioneiros dos sub-campos no leste de Alta Silésia, tal como Bismarckhuette, Althammer e Hindenburg, quanto para oeste, por 63 quilômetros, para Wodzislaw/Loslau na parte ocidental de Alta Silésia, junto com os prisioneiros dos sub-campos localizados ao sul de Auschwitz, como Jawischowitz, Tschechowitz e Golleschau. Os guardas das SS atiravam em todos os que ficavam para trás ou que não conseguiam continuar. Os prisioneiros também sofreram com o mau tempo, fome durantes as terríveis marchas. Pelo menos 3.000 prisioneiros morreram quando iam para Gliwice; e estima-se que 15.000 mais tenham morrido durante as marchas de evacuação de Auschwitz e seus sub-campos.
Quando chegavam a Gliwice e Wodzislaw, eram colocados em trens de carga, sem qualquer tipo de calefação, e levados para campos de concentração na Alemanha, principalmente Flossenbürg, Sachsenhausen, Gross-Rosen, Buchenwald, Dachau, e também Mauthausen, na Áustria. A viagem de trem durava dias e, sem comida, água, abrigo ou cobertores, muitos não conseguiram sobreviver.
No final de janeiro de 1945, as autoridades das SS e da polícia forçaram 4.000 prisioneiros a caminhar para Blechhammer, um sub-campo de Auschwitz-Monowitz. As SS exterminaram cerca de 800 prisioneiros durante a marcha para o campo de concentração Gross-Rosen, além de assassinarem 200 outros que haviam ficado em Blechhammer devido a doenças ou a tentativas frustradas de se esconderem. Após um curto período de tempo, as SS transportaram cerca de 3.000 prisioneiros do complexo industrial de Blechhammer, na Polônia, do campo de concentração Gross-Rosen para o de Buchenwald, na Alemanha.
Em 27 de janeiro de 1945, o exército soviético ingressou em Auschwitz, Birkenau e Monowitz, liberando aproximadamente 7.000 prisioneiros, a maioria deles muito doente e morrendo. Estima-se que as SS e a polícia deportaram, no mínimo, 1.3 milhão de pessoas para o complexo de Auschwitz entre 1940 e 1945. Do total de 1.3 milhão as autoridades dos campos exterminaram 1,1 milhão.
Aprofundar leitura:
Berenbaum, Michael, and Yisrael Gutman, editors. Anatomy of the Auschwitz Death Camp. Bloomington: Indiana University Press, 1998.
Dlugoborski, Waclaw, and Franciszek Piper. Auschwitz, 1940-1945: Central Issues in the History of the Camp. Oswiecim: Auschwitz-Birkenau State Museum, 2000.
Langbein, Hermann. People in Auschwitz. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2004.
Levi, Primo. Survival in Auschwitz: The Nazi Assault on Humanity. New York: Collier Books, 1986.
Rees, Laurence. Auschwitz: A New History. New York: Public Affairs, 2005.
Swiebocka, Teresa, editor. Auschwitz: A History in Photographs. Bloomington: Indiana University Press; Warsaw: Ksiazka i Wiedza, 1993.
Fonte: USHMM
Português
http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005189
Inglês
http://www.ushmm.org/wlc/en/article.php?ModuleId=10005189
Muita gente procura informação sobre o Holocausto na internet e acaba não dando de cara facilmente com informações básicas(de fontes sérias) com uma visão geral do que foram os campos de concentração e extermínio empregados pelos nazistas na execução do genocídio da Segunda Guerra. Na medida do possível serão colocados, mais adiante, mais textos com resumos de outros campos de concentração/extermínio. Todos os textos serão fixados no Sumário que se encontra no lado esquerdo do blog para não ficarem "perdidos" na progressão do blog.
Observação: alguns erros de português do texto foram corrigidos(numa vista rápida) e as fontes do texto para leitura foram colocadas(elas não foram reproduzidas na parte em português site do texto original em inglês).
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AUSCHWITZ
O complexo dos campos de concentração de Auschwitz era o maior de todos os estabelecidos pelo regime nazista. Nele havia três campos principais de onde os prisioneiros eram distribuídos para fazer trabalho forçado e. por longo tempo, um deles também funcionou como campo de extermínio. Os campos estavam a aproximadamente 60 quilômetros a oeste da cidade polonesa de Cracóvia, na Alta Silésia , próximos à antiga fronteira alemã e polonesa de antes da guerra, mas que em 1939, após a invasão e a conquista da Polônia, foi anexada à Alemanha nazista. As autoridades das SS estabeleceram os três campos principais perto da cidade polonesa de Oswiecim: Auschwitz I, em maio de 1940; Auschwitz II (também conhecido como Auschwitz-Birkenau), no início de 1942; e Auschwitz III (também chamado de Auschwitz-Monowitz), em outubro de 1942.

O campo de Auschwitz era subordinado à “Inspetoria dos Campos de Concentração”. Até março de 1942 esta Inspetoria era um órgão do Quartel-General das SS e, a partir de 1941, começou a fazer parte da Central de Operações das SS. De março de 1942 até a liberação de Auschwitz, a Inspeção era subordinada à Central Econômica-Administrativa das SS.
Em novembro de 1943, as SS decretaram que Auschwitz-Birkenau e Auschwitz-Monowitz se tornariam campos de concentração independentes. O comandante de Auschwitz I continou como comandante da guarnição de todas as unidades SS enviadas para Auschwitz e era considerado o oficial sênior entre os três comandantes. Os escritórios de administração da SS que armazenavam os registros de prisioneiros e gerenciavam sua distribuição de trabalho continuavam localizados na Auschwitz I. Em novembro de 1944, Auschwitz II foi reunificado a Auschwitz I, e Auschwitz III passou a ser denominado Monowitz.
Os comandantes do complexo de campos de concentração de Auschwitz eram: Tenente-Coronel da SS Rudolf Hoess, de maio de 1940 a novembro de 1943; Tenente-Coronel da SS Arthur Liebehenschel, de novembro de 1943 até meados de maio de 1944; e Major da SS Richard Baer, de meados de maio de 1944 a 27 de janeiro de 1945. Enquanto era independente, os comandantes de Auschwitz-Birkenau (novembro de 1943 a novembro de 1944) foram o Tenente-Coronel da SS Friedrich Hartjenstein, de novembro de 1943 a meados de maio de 1944 e o Capitão da SS Josef Kremer, de meados de maio a novembro de 1944. O comandante do campo de concentração Monowitz, de novembro de 1943 a janeiro de 1945, foi o Capitão Heinrich Schwarz.
AUSCHWITZ I
Auschwitz I, o campo principal, foi o primeiro a ser fundado perto da cidade polonesa de Oswiecim. As construções começaram em maio de 1940 em um antigo quartel da artilharia do exército polonês, localizado em um bairro afastado. As autoridades das SS obrigavam os prisioneiros ao trabalho forçado contínuo, com a finalidade de expandir os limites físicos do campo. Durante o primeiro ano de existência do campo, as SS e a polícia evacuaram uma área de aproximadamente 40 quilômetros quadrados como "área de desenvolvimento", reservada para uso exclusivo do campo. Os primeiros prisioneiros de Auschwitz eram alemães, transferidos do campo de concentração Sachsenhausen, na Alemanha, onde estavam encarcerados por infração criminal recorrente, e prisioneiros políticos poloneses que vieram de Lodz e estavam no campo de concentração de Dachau e de Tarnów, no Distrito de Generalgouvernment na Cracóvia (parte da Polônia ocupada mas não incorporada à Alemanha nazista, associada administrativamente à Prússia Oriental, ou incorporada à União Soviética ocupada pela Alemanha).
Similar à maioria dos campos de concentração alemães, Auschwitz I foi construído com três finalidades: 1) prender os inimigos reais e imaginários do regime nazista, e das autoridades de ocupação alemãs na Polônia, por um período indeterminado; 2) ter à disposição uma grande oferta de trabalhadores forçados para alocar aos empreendimentos das SS e relacionados à construção (e, mais tarde, produção de armamento e artigos de guerra); e 3) servir como local para a exterminação de grupos pequenos, de determinadas populações, conforme determinado pelas SS e autoridades policiais para manter a segurança da Alemanha nazista. Como a maioria dos campos de concentração, Auschwitz I possuía câmara de gás e crematório. Inicialmente, os engenheiros das SS construíram uma câmara de gás improvisada no porão do bloco de celas, o Bloco 11. Mais tarde, uma câmara maior e permanente foi construída como parte do crematório original, em outro prédio fora do complexo de celas.
Em Auschwitz I, os médicos das SS realizavam experiências “médicas” no hospital localizado no Bloco 10. Eram pesquisas pseudocientíficas em bebês, gêmeos e anões, além de fazerem esterilizações forçadas e experiências de hipotermia em adultos. O médico mais conhecido dentre eles era o infame Capitão das SS, Dr. Josef Mengele.
Entre o crematório e o quartel de experiências médicas ficava a "Parede Negra", frente à qual os guardas das SS executavam milhares de prisioneiros.
AUSCHWITZ II
A construção de Auschwitz II, ou Auschwitz-Birkenau, teve início em outubro de 1941, nas proximidades da cidade polonesa de Brzezinka. Dos três campos localizados perto de Oswiecim, o Auschwitz-Birkenau foi o que teve o maior número de prisioneiros. Era dividido em mais de doze seções, separadas por cercas com arame farpado eletrificado que, como em Auschwitz I, eram patrulhadas pelos guardas das SS e, após 1942, por guardas com cães policiais. O campo tinha seções específicas para homens, mulheres, um campo familiar para ciganos deportados da Alemanha, Áustria e do protetorado da Boêmia e Moravia, e um para famílias judias deportadas do gueto de Terezín.
Auschwitz-Birkenau também tinha instalações que funcionavam como centro-de-extermínio, e exercia um papel fundamental no plano alemão para exterminar os judeus europeus. A partir de meados de 1941, o gás Zyklon B foi introduzido no sistema dos campos de concentração alemães como forma de agilizar o extermínio. Em setembro, em Auschwitz I, deu-se o primeiro teste com o gás Zyklon B, e o "sucesso" destes testes levaram à adoção daquele gás em todas as câmaras de gás do complexo Auschwitz. Próximo a Birkenau, as SS iniciaram o processo de transformação de duas sedes de antigas fazendas em câmaras de gás. A câmara "improvisada" I entrou em operação em janeiro de 1942 e mais tarde foi desmontada. A câmara “improvisada” II funcionou de junho de 1942 até o final de 1944. As SS consideraram as instalações inadequadas para o volume de gás que eles haviam planejado usar para Auschwitz-Birkenau. Entre maio e junho de 1943, foram construídos quatro imponentes prédios de cremação, cada um com três componentes: uma área para os prisioneiros despirem-se, uma grande câmara de gás, e fornos crematórios. As SS mantiveram as operações com gás em Auschwitz-Birkenau até novembro de 1944.
DEPORTAÇÃO PARA AUSCHWITZ
Os trens chegavam constantemente a Auschwitz-Birkenau trazendo como carga judeus de praticamente todos os países europeus ocupados pela Alemanha ou a ela aliados. Estes carregamentos foram iniciados em 1942 e terminaram em 1944. Estes são os dados, em números aproximados, das deportações de judeus por país: Hungria: 426.000; Polônia: 300.000; França: 69.000; Holanda: 60.000; Grécia: 55.000; Boêmia e Morávia: 46.000; Eslováquia: 27.000; Bélgica: 25.000; Iugoslávia: 10.000; Itália: 7.500; Noruega: 690; outros (incluindo os prisioneiros de outros campos de concentração que eram despachados para Auschwitz-Birkenau ): 34.000.
Com as deportações provenientes da Hungria, Auschwitz-Birkenau tornou-se um instrumento de extrema eficácia dentro do plano alemão de destruir os judeus europeus. Entre final de abril e começo de julho de 1944, aproximadamente 440.000 judeus húngaros foram deportado, e cerca de 426.000 deles foram diretamente para Auschwitz. Deste, as SS imediatamente enviaram cerca de 320.000 diretamente para as câmaras de gás em Aschwitz-Birkenau, mobilizando quase 110.000 para trabalho forçado no complexo de campos de concentração de Auschwitz. Em questão de semanas após sua chegada, os judeus húngaros foram enviados pelas SS para trabalho escravos em outros campos deconcentração, na Alemanha e na Áustria .
No total, aproximadamente 1,1 milhão de judeus foram deportados para Auschwitz. Além deles, as autoridades das SS e das polícias colaboracionistas deportaram cerca de 200.000 pessoas de outras etnias para Auschwitz, incluindo 140.000 a 150.000 poloneses não-judeus, 23.000 ciganos roma e sinti, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos, e outros 25.000 civis(cidadãos soviéticos, lituanos, tchecos, franceses, iugoslavos, alemães, austríacos e italianos).
Os recém-chegados a Auschwitz-Birkenau passavam por uma triagem, na qual a equipe das SS decidia quem era capaz ou incapaz de realizar trabalhos forçados--a maioria--e os enviava diretamente para câmaras de gás, que pareciam banheiros com chuveiros para enganar as vítimas, para que o processo fosse mais rápido. Os pertences dos que iam para as câmaras eram confiscados e enviados para o depósito "Kanada" (Canadá), para posteriormente serem enviados à Alemanha. Para os prisioneiros, a palavra Canadá significava riqueza.
Pelo menos 960.000 judeus foram exterminados em Auschwitz, além de cerca de 74.000 poloneses, 21.000 ciganos, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos, e 10.000 a 15.000 civis de outras nacionalidades (cidadãos soviéticos, tchecos, iugoslavos, franceses, alemães e austríacos).
Em 7 de outubro de 1944, algumas centenas de prisioneiros destinados ao crematório IV em Auschwitz-Birkenau rebelaram-se após descobrirem que seriam assassinados. Durante a rebelião, os prisioneiros mataram três guardas, explodiram o crematório e a câmara de gás adjacente usando para tal explosivos trazidos clandestinamente para o campo por cinco judias que eram trabalhadoras forçadas em uma fábrica de armamentos bélicos nas proximidades. Os alemães acabaram com a rebelião, matando quase todos os prisioneiros envolvidos e enforcando publicamente as mulheres envolvidas, no início de janeiro de 1945.
As operações com gás continuaram até novembro de 1944 quando, sob as ordens de Himmler, as SS desabilitaram as câmaras de gás que ainda funcionavam. Em janeiro de 1945, as SS iniciaram a demolição das instalações remanescentes à medida que as forças soviéticas se aproximavam, em uma tentativa frustrada de esconder do mundo as barbaridades que praticavam.
AUSCHWITZ III
Auschwitz III, localizado nos arredores da cidade polonesa de Monowitz e também conhecido como Buna ou Monowice, foi fundado em outubro de 1942 para abrigar prisioneiros enviados para ali trabalhar na produção de borracha sintética. Na primavera de 1941, o conglomerado alemão I.G. Farben lá estabeleceu uma fábrica, na qual planejavam explorar a força de trabalho escravo dos campos de concentração para produzir borracha e combustíveis sintéticos. A I.G. Farben investiu mais de 700 milhões de Reichsmarks, cerca de 1,4 milhões de dólares na época, em Auschwitz III. De maio de 1941 a outubro de 1942, as SS transportaram prisioneiros de Auschwitz I para o "Anexo Buna", caminho que inicialmente faziam a pé, e depois de trem. Com a construção de Auschwitz III, no final de 1942, os prisioneiros que trabalhavam em Buna lá passaram a viver.
Auschwitz III também possuía um campo denominado “Campo de Educação pelo Trabalho”, no qual eram colocados prisioneiros não-judeus que os nazistas acreditavam haver violado a disciplina imposta pelos alemães no trabalho.
SUBCAMPOS DE AUSCHWITZ
Entre 1942 e 1944, as autoridades de Auschwitz fundaram 39 sub-campos; alguns deles foram fundados dentro de zonas de "desenvolvimento", dentre elas Budy, Rajsko, Tschechowitz, Harmense e Babitz. Outros, tais como Blechhammer, Gleiwitz, Althammer, Fürstengrube, Laurahuette e Eintrachthuette, localizavam-se na Alta Silésia, ao norte e a oeste do Rio Vístula; e os de Freudental e Bruenn/Brnona Morávia. Os sub-campos que produziam ou processavam produtos agrícolas eram subordinados administrativamente à direção de Auschwitz-Birkenau; por outro lado, os sub-campos utilizados para a produção industrial e de armamento, ou indústrias de extração (tais como minas de carvão e pedreiras), eram subordinados a Auschwitz-Monowitz. Após novembro de 1943, esta divisão de responsabilidades administrativa foi formalizada.
Os prisioneiros trabalhavam em grandes fazendas, inclusive em uma estação experimental de agricultura em Rajsko. Eles também eram forçados a trabalhar em minas de carvão e pedreiras, com pesca e, principalmente, em indústrias de armamento, como a empresa das SS German Equipment Works, fundada em 1941. Periodicamente os prisioneiros passavam por uma seleção, e se as SS os julgasse fracos ou doentes demais para trabalhar os enviavam para Auschwitz-Birkenau para serem eliminados.
Em Auschwitz I, aqueles que eram escolhidos para o trabalho forçado eram registrados e tatuados no braço esquerdo com o número de identificação, após o que eram enviados para o campo principal ou para outros lugares no complexo, inclusive para os sub-campos.
A LIBERAÇÃO DE AUSCHWITZ
No final de janeiro de 1945, em pleno inverno, conforme as forças soviéticas aproximavam-se do complexo de campos de concentração de Auschwitz, as SS iniciaram a evacuação destes campos e seus sub-campos. As unidades das SS forçaram cerca de 60.000 prisioneiros a marchar na direção oeste do sistema de campos de Auschwitz, e muitos milhares foram mortos nos dias que antecederam o início da “Marcha da Morte”. Dezenas de milhares de prisioneiros, a maioria judeus, foram forçados a caminhar tanto para noroeste, por 55 quilômetros, para Gliwice/Gleiwitz, junto com os prisioneiros dos sub-campos no leste de Alta Silésia, tal como Bismarckhuette, Althammer e Hindenburg, quanto para oeste, por 63 quilômetros, para Wodzislaw/Loslau na parte ocidental de Alta Silésia, junto com os prisioneiros dos sub-campos localizados ao sul de Auschwitz, como Jawischowitz, Tschechowitz e Golleschau. Os guardas das SS atiravam em todos os que ficavam para trás ou que não conseguiam continuar. Os prisioneiros também sofreram com o mau tempo, fome durantes as terríveis marchas. Pelo menos 3.000 prisioneiros morreram quando iam para Gliwice; e estima-se que 15.000 mais tenham morrido durante as marchas de evacuação de Auschwitz e seus sub-campos.
Quando chegavam a Gliwice e Wodzislaw, eram colocados em trens de carga, sem qualquer tipo de calefação, e levados para campos de concentração na Alemanha, principalmente Flossenbürg, Sachsenhausen, Gross-Rosen, Buchenwald, Dachau, e também Mauthausen, na Áustria. A viagem de trem durava dias e, sem comida, água, abrigo ou cobertores, muitos não conseguiram sobreviver.
No final de janeiro de 1945, as autoridades das SS e da polícia forçaram 4.000 prisioneiros a caminhar para Blechhammer, um sub-campo de Auschwitz-Monowitz. As SS exterminaram cerca de 800 prisioneiros durante a marcha para o campo de concentração Gross-Rosen, além de assassinarem 200 outros que haviam ficado em Blechhammer devido a doenças ou a tentativas frustradas de se esconderem. Após um curto período de tempo, as SS transportaram cerca de 3.000 prisioneiros do complexo industrial de Blechhammer, na Polônia, do campo de concentração Gross-Rosen para o de Buchenwald, na Alemanha.
Em 27 de janeiro de 1945, o exército soviético ingressou em Auschwitz, Birkenau e Monowitz, liberando aproximadamente 7.000 prisioneiros, a maioria deles muito doente e morrendo. Estima-se que as SS e a polícia deportaram, no mínimo, 1.3 milhão de pessoas para o complexo de Auschwitz entre 1940 e 1945. Do total de 1.3 milhão as autoridades dos campos exterminaram 1,1 milhão.
Aprofundar leitura:
Berenbaum, Michael, and Yisrael Gutman, editors. Anatomy of the Auschwitz Death Camp. Bloomington: Indiana University Press, 1998.
Dlugoborski, Waclaw, and Franciszek Piper. Auschwitz, 1940-1945: Central Issues in the History of the Camp. Oswiecim: Auschwitz-Birkenau State Museum, 2000.
Langbein, Hermann. People in Auschwitz. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2004.
Levi, Primo. Survival in Auschwitz: The Nazi Assault on Humanity. New York: Collier Books, 1986.
Rees, Laurence. Auschwitz: A New History. New York: Public Affairs, 2005.
Swiebocka, Teresa, editor. Auschwitz: A History in Photographs. Bloomington: Indiana University Press; Warsaw: Ksiazka i Wiedza, 1993.
Fonte: USHMM
Português
http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005189
Inglês
http://www.ushmm.org/wlc/en/article.php?ModuleId=10005189
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quinta-feira, 8 de julho de 2010
Tribunal espanhol condena 14 membros de grupo neonazista
Madri, 5 jul (EFE).- A Audiência Provincial de Madri ordenou hoje a dissolução do grupo neonazista Blood & Honour (Sangue e Honra) e condenou 14 dos 18 membros deste conjunto, julgados por formação de quadrilha e posse de armas, a penas que variam entre um ano e três anos e seis meses de prisão.
Segundo a sentença emitida nesta segunda-feira, os principais acusados, Roberto L. U. e Francisco José L. P., condenados respectivamente a três anos e três anos e seis meses de prisão, foram os fundadores do Blood & Honour España e tinham cargos de direção no grupo.
Nos domicílios de ambos, foram encontrados um exemplar dos estatutos da associação e outros documentos e revistas vinculados à ideologia do grupo, ao anti-semitismo e ao revisionismo do Holocausto judeu, além de artigos laudatórios sobre Adolf Hitler e Rudolf Hess.
Do resto dos acusados, um recebeu uma pena de dois anos e 11 réus foram condenados a um ano de prisão, todos eles por formação de quadrilha. O tribunal absolveu quatro dos acusados por falta de provas.
Além disso, a Audiência madrilena ordenou a dissolução do Blood & Honour, de acordo com o Código Penal, que considera ilícitos aqueles grupos que promovam a discriminação, o ódio e a violência contra pessoas e associações por motivos de ideologia, religião, raça, nação, sexo ou orientação sexual.
Fonte: EFE/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/s/05072010/40/politica-tribunal-espanhol-condena-14-membros.html
Matérias anteriores:
O manual neonazi do "Blood & Honour" - Espanha
Justiça brasileira x Justiça espanhola e a punição ao Neonazismo
Detidos cinco integrantes de um grupo de música neonazi
Segundo a sentença emitida nesta segunda-feira, os principais acusados, Roberto L. U. e Francisco José L. P., condenados respectivamente a três anos e três anos e seis meses de prisão, foram os fundadores do Blood & Honour España e tinham cargos de direção no grupo.
Nos domicílios de ambos, foram encontrados um exemplar dos estatutos da associação e outros documentos e revistas vinculados à ideologia do grupo, ao anti-semitismo e ao revisionismo do Holocausto judeu, além de artigos laudatórios sobre Adolf Hitler e Rudolf Hess.
Do resto dos acusados, um recebeu uma pena de dois anos e 11 réus foram condenados a um ano de prisão, todos eles por formação de quadrilha. O tribunal absolveu quatro dos acusados por falta de provas.
Além disso, a Audiência madrilena ordenou a dissolução do Blood & Honour, de acordo com o Código Penal, que considera ilícitos aqueles grupos que promovam a discriminação, o ódio e a violência contra pessoas e associações por motivos de ideologia, religião, raça, nação, sexo ou orientação sexual.
Fonte: EFE/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/s/05072010/40/politica-tribunal-espanhol-condena-14-membros.html
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Detidos cinco integrantes de um grupo de música neonazi
terça-feira, 6 de julho de 2010
Comandante de Treblinka e seu cão

Trecho em inglês:
Mostly, when Franz made the rounds of the Lower Camp and the extermination area, his dog Barry accompanied him (Barry's first owner was Paul Groth, Sobibor). Depending on his mood, Franz set the dog on inmates who for some reason had attracted his attention. The command to which the dog responded was, "Man, go get that dog!" By "Man" Franz meant Barry; the "dog" was the inmate whom Barry was supposed to attack. Barry would bite his victim wherever he could catch him. The dog was the size of a calf so that, unlike smaller dogs, his shoulders reached to the buttocks and abdomen of a man of average size. For this reason he frequently bit his victims in the buttocks, in the abdomen and often, in the case of male inmates, in the genitals, sometimes partially biting them off. When the inmate was not very strong, the dog could knock him to the ground and maul him beyond recognition. But when the defendant Franz was not around, Barry was a different dog. With Franz not there to influence him, he allowed himself to be petted and even teased, without harming anyone. (Donat, p.313)

Normalmente, quando Franz fazia as rondas do Campo Baixo e da área de extermínio, seu cão Barry o acompanhava (o primeiro dono de Barry foi Paul Groth, Sobibor). Dependendo de seu humor, Franz atiçava o cachorro sobre prisioneiros que por alguma razão haviam chamado sua atenção. A ordem à qual o cão respondia era "Homem, vá pegar o cachorro!". Por "homem", Franz se referia a Barry. O "cão" era o interno que Barry deveria atacar. Barry mordia sua vítima onde quer que ele pudesse pegá-la. O cão era do tamanho de um bezerro, de tal forma que, diferente de cães menores, seus ombros alcançavam as nádegas e abdome de um homem de estatura mediana. Por essa razão, ele freqüentemente mordia suas vítimas nas nádegas, no abdome e, muitas vezes, no caso de internos do sexo masculino, nos genitais, algumas vezes arrancando-os. Quando o prisioneiro não era muito forte, o cão podia derrubá-lo ao chão e atacá-lo até deixá-lo irreconhecível. Mas quando o réu Franz não estava por perto, Barry era um cachorro diferente. Sem Franz no local para influenciá-lo, ele deixava que oFonte: Death Camps site
afagassem e até mesmo lhe provocassem, sem fazer mal a ninguém. (Donat, p.313)
http://www.deathcamps.org/treblinka/perpetrators.html
Tradução: Marcelo Oliveira
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6297
segunda-feira, 5 de julho de 2010
John Rabe: O nazi antinazi
de FLORIAN GALLEMBERGER
A incrível história de John Rabe: um nazi que se transformou num herói anti-nazi
Manuel Halpern
Como é que um membro do Partido Nazi se transforma num herói que salva 200 mil chineses, na guerra entre o Japão e a China, que antecedeu a II Guerra Mundial? John Rabe é uma personagem fascinante. Director da Siemens em Nanjing, presenciou a invasão nipónica, onde se cometeram as maiores atrocidades, e não ficou de braços cruzados. Criou uma zona neutral, onde albergou 200 mil pessoas, poupando-as da morte e da miséria. A personagem é suficientemente ambígua para ser rica. Já é o terceiro filme dedicado a esta personagem, mas este talvez seja o mais grandioso.
Florian Gallenberg, basenado-se nos seus diários, apresenta John Rabe como uma figura incompreendida. Por viver tanto tempo na China, cerca de 20 anos, não se teria apercebido das barbaridades que se esperavam do próprio regime nazi, em que se inscrevia. Ele próprio, ingenuamente, escreveu uma carta a Hitler, denunciando os excessos da guerra nipónica. Quando regressou à Alemanha foi interrogado, mas acabou, mais tarde, por ocupar um cargo na Siemens. No final da guerra pediu a sua desnazificação. Mas demorou algum tempo a reconhecerem-se todos os seus méritos.
O filme ganha por retratar um lado menos conhecido da guerra e por conseguir criar uma personagem grandiosa, que faz um percurso humanista ao longo do tempo. O realizador coloca-nos no lugar da personagem de Steve Buscemi, o benemeritíssimo e rufião médico americano, que, desde o início, chama Rabe de nazi. Mas John Rabe não nasce grandioso, muito pelo contrário, mas faz-se o mais improvável herói de uma China dilacerada.
Fonte: AEIOU(Portugal)
http://aeiou.visao.pt/john-rabe-o-nazi-anti-nazi=f560836
Trailer do filme:
A incrível história de John Rabe: um nazi que se transformou num herói anti-nazi
Manuel Halpern
Como é que um membro do Partido Nazi se transforma num herói que salva 200 mil chineses, na guerra entre o Japão e a China, que antecedeu a II Guerra Mundial? John Rabe é uma personagem fascinante. Director da Siemens em Nanjing, presenciou a invasão nipónica, onde se cometeram as maiores atrocidades, e não ficou de braços cruzados. Criou uma zona neutral, onde albergou 200 mil pessoas, poupando-as da morte e da miséria. A personagem é suficientemente ambígua para ser rica. Já é o terceiro filme dedicado a esta personagem, mas este talvez seja o mais grandioso.
Florian Gallenberg, basenado-se nos seus diários, apresenta John Rabe como uma figura incompreendida. Por viver tanto tempo na China, cerca de 20 anos, não se teria apercebido das barbaridades que se esperavam do próprio regime nazi, em que se inscrevia. Ele próprio, ingenuamente, escreveu uma carta a Hitler, denunciando os excessos da guerra nipónica. Quando regressou à Alemanha foi interrogado, mas acabou, mais tarde, por ocupar um cargo na Siemens. No final da guerra pediu a sua desnazificação. Mas demorou algum tempo a reconhecerem-se todos os seus méritos.
O filme ganha por retratar um lado menos conhecido da guerra e por conseguir criar uma personagem grandiosa, que faz um percurso humanista ao longo do tempo. O realizador coloca-nos no lugar da personagem de Steve Buscemi, o benemeritíssimo e rufião médico americano, que, desde o início, chama Rabe de nazi. Mas John Rabe não nasce grandioso, muito pelo contrário, mas faz-se o mais improvável herói de uma China dilacerada.
Fonte: AEIOU(Portugal)
http://aeiou.visao.pt/john-rabe-o-nazi-anti-nazi=f560836
Trailer do filme:
quinta-feira, 1 de julho de 2010
As mordomias de Hitler na prisão
Documentos mostram que o fuhrer pôde organizar o movimento nazista enquanto esteve preso em Landsberg
JAN FRIEDMAN - O Estado de S.Paulo
Novos documentos históricos mostram que Adolf Hitler desfrutou de bastante conforto no breve período em que ficou preso em Landsberg, em 1924. Ele podia receber pessoas e manteve seus contatos políticos - tudo isso com o consentimento da administração carcerária.
Um funcionário do local não poderia ser mais benevolente em sua descrição: "Ele era sempre razoável, frugal, modesto e educado com todos, principalmente com os funcionários da instituição", escreveu o guarda Otto Leybold sobre o interno, em 18 de setembro de 1924. "O prisioneiro não fuma, não bebe e acata de boa vontade todas as restrições", acrescentou.
O prisioneiro ao qual o guarda se referia em termos tão reverentes era nada menos que Adolf Hitler. Então ainda um ambicioso agitador de cervejaria, Hitler cumpria pena no Castelo de Landsberg por uma tentativa de golpe contra a República de Weimar, em novembro de 1923, juntamente com seus colegas de extrema direita.
Aquele foi um período de definição para Hitler e para a história da Alemanha. Segundo seu biógrafo, Ian Kershaw, a pena de prisão serviu "para sua absoluta preeminência no movimento völkisch e sua ascensão à liderança suprema".
Hoje é notório que as condições da prisão de Hitler, em Landsberg am Lech, eram confortáveis e ele aproveitava o tempo para escrever Mein Kampf. Mas agora os documentos históricos proporcionam uma visão mais profunda de como ele teve a possibilidade de organizar sua rede debaixo dos olhos da administração da prisão.
O material, que provavelmente saiu do arquivo de documentos antigos da prisão, irá a leilão na Casa de Leilões Behringer, na cidade bávara de Fürth, no dia 2. A pilha de papéis inclui 300 fichas preenchidas pelas pessoas que visitaram Hitler, bem como ampla correspondência da administração da prisão.
Alguns dos documentos eram desconhecidos, outros são transcrições de papéis que já foram analisados. Entre eles há uma cópia da sentença extremamente branda imposta pelo Tribunal Popular de Munique: 5 anos de prisão no Castelo de Landsberg, com a possibilidade de obter a liberdade condicional.
Um dos documentos que acabam de ser descobertos é o registro que contém os dados do seu ingresso na prisão: "Hitler, Adolf". Data de admissão: 1.º de abril de 1924. Resultados do exame médico: "saudável, vigor moderado". Altura: 1m75. Peso: 77 quilos. Os nomes dos leais seguidores presos com Hitler em Landsberg estão na mesma página: Friedrich Weber, Hermann Kriebel, Emil Maurice, e seu posterior vice-líder , Rudolf Hess.
Visitas . Hitler começou a receber visitas pouco depois de dar entrada na prisão. Erich Ludendorff, o estrategista da Batalha de Tannenberg na 1.ª Guerra, que, para sua indignação, foi inocentado das acusações de envolvimento na tentativa de golpe liderada por Hitler, o visitou várias vezes. Entre as outras visitas de Hitler estão "capitão Röhm, Munique," e "Alfred Rosenberg, arquiteto e escritor", o círculo mais fechado dos líderes do recém-constituído Partido Nazista da época. Röhm, Wilhelm Frick e Rosenberg posteriormente tornaram-se respectivamente o chefe da SA, o ministro do Interior do Reich, e o principal ideólogo nazista.
Outros visitantes foram incluídos na categoria de benfeitores ricos, como Helene Bechstein, a mulher de um fabricante de pianos de Berlim, que compartilhava com Hitler do amor pela música de Richard Wagner.
Outra visitante, Hermine Hoffman, de Solin, Munique, foi apelidada de "mamãe de Hitler". Segundo os documentos, a atenciosa visitante, viúva de um diretor de escola, também mandava ações para Hitler.
Como interno, Hitler dispunha de grande conforto. A ala onde estava sua cela, no segundo andar, foi apelidada de "Feldherrenhügel" (o morro do general). Seu amigo Ernst Hanfstaengl, disse posteriormente, após uma visita a Hitler, que teve a sensação de "entrar numa loja de delicatessen". Segundo ele, "havia frutas, flores, vinho e outras bebidas alcoólicas, presunto, linguiças, bolo, caixas de chocolates e muito mais". Embora tivesse engordado bastante em consequência de uma dieta copiosa, Hitler aparentemente menosprezou a sugestão de Hanfstaengl de que fizesse um pouco de exercício.
Os detalhes que começam a surgir não levarão certamente a uma nova versão da história. Mas, segundo os arquivos do Estado da Bavária e os de Munique, onde são mantidos os registros dos bens de Hitler e os documentos incompletos referentes à prisão de Landsberg, os papéis que acabam de ser descobertos dão "a impressão de que Hitler mantinha contatos intensos e tinha a possibilidade de estar sempre com pessoas". Os funcionários encarregados dos arquivos afirmam que a autenticidade do material "é inquestionável". Mas os documentos ainda devem ser estudados detalhadamente.
Os documentos foram postos à venda pelo proprietário de uma empresa de táxis, cujo pai aparentemente os adquiriu no fim da década de 70, juntamente com livros da 2.ª Guerra, num mercado das pulgas de Nuremberg.
Roubo. É bastante possível que tenham sido roubados quando os americanos criaram uma prisão para criminosos de guerra em Landsberg, em 1946, ou que tenham sido subtraídos durante o 3.º Reich, quando os seguidores de Hitler transformaram sua cela em centro de peregrinações e em um memorial de seus supostos sofrimentos durante aquele período.
A transcrição de uma carta a Jakob Werlin, um vendedor de automóveis de Munique, também revela as verdadeiras condições de vida de Hitler em Landsberg. Muito antes de sua libertação, em 20 de dezembro de 1924, graças em grande parte aos esforços do guarda Leybold, Hitler já pensava no tipo de carro que compraria: um Mercedes-Benz modelo 11/40, que "atenderia às minhas exigências atuais", ou um motor mais potente. Sua cor preferida era o cinza.
Hitler pediu ao revendedor tratamento diferenciado e escreveu que provavelmente teria de fazer um empréstimo para efetuar a compra; além do que, "as custas judiciais e os honorários" que devia eram de "arrepiar os cabelos". Na carta, Hitler pediu ainda a Werlin que indagasse à direção da empresa que desconto poderia ser dado.
TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
Fonte: Estado de São Paulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100627/not_imp572725,0.php
JAN FRIEDMAN - O Estado de S.Paulo
Novos documentos históricos mostram que Adolf Hitler desfrutou de bastante conforto no breve período em que ficou preso em Landsberg, em 1924. Ele podia receber pessoas e manteve seus contatos políticos - tudo isso com o consentimento da administração carcerária.
Um funcionário do local não poderia ser mais benevolente em sua descrição: "Ele era sempre razoável, frugal, modesto e educado com todos, principalmente com os funcionários da instituição", escreveu o guarda Otto Leybold sobre o interno, em 18 de setembro de 1924. "O prisioneiro não fuma, não bebe e acata de boa vontade todas as restrições", acrescentou.
O prisioneiro ao qual o guarda se referia em termos tão reverentes era nada menos que Adolf Hitler. Então ainda um ambicioso agitador de cervejaria, Hitler cumpria pena no Castelo de Landsberg por uma tentativa de golpe contra a República de Weimar, em novembro de 1923, juntamente com seus colegas de extrema direita.
Aquele foi um período de definição para Hitler e para a história da Alemanha. Segundo seu biógrafo, Ian Kershaw, a pena de prisão serviu "para sua absoluta preeminência no movimento völkisch e sua ascensão à liderança suprema".
Hoje é notório que as condições da prisão de Hitler, em Landsberg am Lech, eram confortáveis e ele aproveitava o tempo para escrever Mein Kampf. Mas agora os documentos históricos proporcionam uma visão mais profunda de como ele teve a possibilidade de organizar sua rede debaixo dos olhos da administração da prisão.
O material, que provavelmente saiu do arquivo de documentos antigos da prisão, irá a leilão na Casa de Leilões Behringer, na cidade bávara de Fürth, no dia 2. A pilha de papéis inclui 300 fichas preenchidas pelas pessoas que visitaram Hitler, bem como ampla correspondência da administração da prisão.
Alguns dos documentos eram desconhecidos, outros são transcrições de papéis que já foram analisados. Entre eles há uma cópia da sentença extremamente branda imposta pelo Tribunal Popular de Munique: 5 anos de prisão no Castelo de Landsberg, com a possibilidade de obter a liberdade condicional.
Um dos documentos que acabam de ser descobertos é o registro que contém os dados do seu ingresso na prisão: "Hitler, Adolf". Data de admissão: 1.º de abril de 1924. Resultados do exame médico: "saudável, vigor moderado". Altura: 1m75. Peso: 77 quilos. Os nomes dos leais seguidores presos com Hitler em Landsberg estão na mesma página: Friedrich Weber, Hermann Kriebel, Emil Maurice, e seu posterior vice-líder , Rudolf Hess.
Visitas . Hitler começou a receber visitas pouco depois de dar entrada na prisão. Erich Ludendorff, o estrategista da Batalha de Tannenberg na 1.ª Guerra, que, para sua indignação, foi inocentado das acusações de envolvimento na tentativa de golpe liderada por Hitler, o visitou várias vezes. Entre as outras visitas de Hitler estão "capitão Röhm, Munique," e "Alfred Rosenberg, arquiteto e escritor", o círculo mais fechado dos líderes do recém-constituído Partido Nazista da época. Röhm, Wilhelm Frick e Rosenberg posteriormente tornaram-se respectivamente o chefe da SA, o ministro do Interior do Reich, e o principal ideólogo nazista.
Outros visitantes foram incluídos na categoria de benfeitores ricos, como Helene Bechstein, a mulher de um fabricante de pianos de Berlim, que compartilhava com Hitler do amor pela música de Richard Wagner.
Outra visitante, Hermine Hoffman, de Solin, Munique, foi apelidada de "mamãe de Hitler". Segundo os documentos, a atenciosa visitante, viúva de um diretor de escola, também mandava ações para Hitler.
Como interno, Hitler dispunha de grande conforto. A ala onde estava sua cela, no segundo andar, foi apelidada de "Feldherrenhügel" (o morro do general). Seu amigo Ernst Hanfstaengl, disse posteriormente, após uma visita a Hitler, que teve a sensação de "entrar numa loja de delicatessen". Segundo ele, "havia frutas, flores, vinho e outras bebidas alcoólicas, presunto, linguiças, bolo, caixas de chocolates e muito mais". Embora tivesse engordado bastante em consequência de uma dieta copiosa, Hitler aparentemente menosprezou a sugestão de Hanfstaengl de que fizesse um pouco de exercício.
Os detalhes que começam a surgir não levarão certamente a uma nova versão da história. Mas, segundo os arquivos do Estado da Bavária e os de Munique, onde são mantidos os registros dos bens de Hitler e os documentos incompletos referentes à prisão de Landsberg, os papéis que acabam de ser descobertos dão "a impressão de que Hitler mantinha contatos intensos e tinha a possibilidade de estar sempre com pessoas". Os funcionários encarregados dos arquivos afirmam que a autenticidade do material "é inquestionável". Mas os documentos ainda devem ser estudados detalhadamente.
Os documentos foram postos à venda pelo proprietário de uma empresa de táxis, cujo pai aparentemente os adquiriu no fim da década de 70, juntamente com livros da 2.ª Guerra, num mercado das pulgas de Nuremberg.
Roubo. É bastante possível que tenham sido roubados quando os americanos criaram uma prisão para criminosos de guerra em Landsberg, em 1946, ou que tenham sido subtraídos durante o 3.º Reich, quando os seguidores de Hitler transformaram sua cela em centro de peregrinações e em um memorial de seus supostos sofrimentos durante aquele período.
A transcrição de uma carta a Jakob Werlin, um vendedor de automóveis de Munique, também revela as verdadeiras condições de vida de Hitler em Landsberg. Muito antes de sua libertação, em 20 de dezembro de 1924, graças em grande parte aos esforços do guarda Leybold, Hitler já pensava no tipo de carro que compraria: um Mercedes-Benz modelo 11/40, que "atenderia às minhas exigências atuais", ou um motor mais potente. Sua cor preferida era o cinza.
Hitler pediu ao revendedor tratamento diferenciado e escreveu que provavelmente teria de fazer um empréstimo para efetuar a compra; além do que, "as custas judiciais e os honorários" que devia eram de "arrepiar os cabelos". Na carta, Hitler pediu ainda a Werlin que indagasse à direção da empresa que desconto poderia ser dado.
TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
Fonte: Estado de São Paulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100627/not_imp572725,0.php
terça-feira, 22 de junho de 2010
[OFF] Defesa Civil em Pernambuco e Alagoas
Repassando mensagem, pros interessados em fazer doações há mais informações neste link, vou deixar em destaque na primeira parte os contatos para demais Estados:
Doadores de outros Estados
Para quem não está no Estado, mas também quer colaborar, as doações podem ser feitas em dinheiro nas seguintes contas:
Banco do Brasil agência 3557-2, conta corrente 5241-8
Caixa Econômica: agência 2735, operação 006, conta 955/6
Barreiros
Um posto da Polícia Rodoviária Federal na entrada da cidade recebe doações, que também podem ser feitas por meio de depósito na seguinte conta:
Banco do Brasil
Agência 0710-2
Conta corrente 6070-4
Doações em Dinheiro
Se você prefere fazer doações em dinheiro, anote os números das contas correntes:
• Ação da Cidadania: Banco do Brasil - Agência 3234-4 e conta 5633-2
• O Banco do Brasil também abriu uma conta específica para receber doações para os atingidos pelas enchentes em Pernambuco. Agência 1836-8 e conta corrente 100000-4
• A Organização não Governamental Tribunal Solidário, formada por servidores do Tribunal Contas do Estado, abriu conta no Banco Real. Agência 1016 e conta corrente 6.023.0762. Outras informações: http://www.tribunalsolidario.org.br/
Pernambucanos que queiram fazer doações checar os locais destinados a recebê-las no Estado, link:
http://www.diariodepernambuco.com.br/VidaUrbana/nota.asp?materia=20100620173716
Saiba onde entregar donativos
Alimentos não-perecíveis, água, colchões, material de limpeza e higiene pessoal,
roupas, sapatos infantis, leite e enlatados
CAMPANHA DO DIARIO DE PERNAMBUCO
Recife
• Prédio-sede: Rua do Veiga, 600, Santo Amaro. Fones: 2122.7850 / 2122.7889
• Centro de Distribuição Cordeiro: Av. do Forte, 100 (em frente ao Colégio Trajano Chacon / próximo ao Parque de Exposição). Fone: 3453.1620Centro de Distribuição Imbiribeira: Rua Pampulha, 212 (esquina da concessionária Renault) Fone: 3471 0181
• Loja de Casa Amarela: Estrada do Arraial, 3585. Fone:3269.9640
• Loja Diario Centro: Praça da Independência, 38/40 (Pracinha do Diario). Fones: 2123.4101/4102/4103
• Loja de Boa Viagem: Av. Conselheiro Aguiar, 4880 loja 13 (próximo à pracinha). Fone: 3467.3381
Tenda armada no 2º Jardim de Boa Viagem (pela manhã)
Olinda
• Centro de Distribuição: Rua Heitor Maia, 1.442, Sítio Novo (em frente à loja Ceça Barros) Fone: 3426.7506.
• Loja: Av. Getúlio Vargas, 692, loja 20, Bairro Novo. Fone:3439.1743 (galeria Alameda do Sol, em frente ao Bradesco)
Mais locais pra entrega de donativos no link abaixo(Recife e região):
http://www.diariodepernambuco.com.br/hotsite/2010/chuvas/ajude.shtml
Mais informações:
http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/orgaos-de-al-e-pe-recebem-doacoes-para-afetados-pelas-chuvas-20100622.html
Doadores de outros Estados
Para quem não está no Estado, mas também quer colaborar, as doações podem ser feitas em dinheiro nas seguintes contas:
Banco do Brasil agência 3557-2, conta corrente 5241-8
Caixa Econômica: agência 2735, operação 006, conta 955/6
Barreiros
Um posto da Polícia Rodoviária Federal na entrada da cidade recebe doações, que também podem ser feitas por meio de depósito na seguinte conta:
Banco do Brasil
Agência 0710-2
Conta corrente 6070-4
Doações em Dinheiro
Se você prefere fazer doações em dinheiro, anote os números das contas correntes:
• Ação da Cidadania: Banco do Brasil - Agência 3234-4 e conta 5633-2
• O Banco do Brasil também abriu uma conta específica para receber doações para os atingidos pelas enchentes em Pernambuco. Agência 1836-8 e conta corrente 100000-4
• A Organização não Governamental Tribunal Solidário, formada por servidores do Tribunal Contas do Estado, abriu conta no Banco Real. Agência 1016 e conta corrente 6.023.0762. Outras informações: http://www.tribunalsolidario.org.br/
Pernambucanos que queiram fazer doações checar os locais destinados a recebê-las no Estado, link:
http://www.diariodepernambuco.com.br/VidaUrbana/nota.asp?materia=20100620173716
Saiba onde entregar donativos
Alimentos não-perecíveis, água, colchões, material de limpeza e higiene pessoal,
roupas, sapatos infantis, leite e enlatados
CAMPANHA DO DIARIO DE PERNAMBUCO
Recife
• Prédio-sede: Rua do Veiga, 600, Santo Amaro. Fones: 2122.7850 / 2122.7889
• Centro de Distribuição Cordeiro: Av. do Forte, 100 (em frente ao Colégio Trajano Chacon / próximo ao Parque de Exposição). Fone: 3453.1620Centro de Distribuição Imbiribeira: Rua Pampulha, 212 (esquina da concessionária Renault) Fone: 3471 0181
• Loja de Casa Amarela: Estrada do Arraial, 3585. Fone:3269.9640
• Loja Diario Centro: Praça da Independência, 38/40 (Pracinha do Diario). Fones: 2123.4101/4102/4103
• Loja de Boa Viagem: Av. Conselheiro Aguiar, 4880 loja 13 (próximo à pracinha). Fone: 3467.3381
Tenda armada no 2º Jardim de Boa Viagem (pela manhã)
Olinda
• Centro de Distribuição: Rua Heitor Maia, 1.442, Sítio Novo (em frente à loja Ceça Barros) Fone: 3426.7506.
• Loja: Av. Getúlio Vargas, 692, loja 20, Bairro Novo. Fone:3439.1743 (galeria Alameda do Sol, em frente ao Bradesco)
Mais locais pra entrega de donativos no link abaixo(Recife e região):
http://www.diariodepernambuco.com.br/hotsite/2010/chuvas/ajude.shtml
Mais informações:
http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/orgaos-de-al-e-pe-recebem-doacoes-para-afetados-pelas-chuvas-20100622.html
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Bibliografia da Segunda Guerra - Primeira Guerra - Guerra Civil Espanhola e outros
Explicação sobre as divisões bibliográficas: o tema Segunda Guerra, que engloba muita coisa, foi dividido em temas específicos, como por exemplo na parte sobre ideologia nazista e fascista, que trata somente da bibliografia da história da ideologia, da ascensão do partido nazi na Alemanha, das figuras proeminentes do partido etc e foi colocada no post só sobre Holocausto, fascismo e nazismo.
Link abaixo:
Bibliografia sobre Holocausto - Nazismo - Fascismo
Ver também:
Bibliografia sobre Racismo - Neonazismo - Neofascismo - Negação do Holocausto
Os temas mais gerais sobre Segunda Guerra(batalhas, história da guerra), Primeira Guerra, República de Weimar, Stalinismo, Teatro de Operações Asiático e outros foram colocados neste post. Foi trazido para este post a bibliografia de outras vertentes(países) do fascismo naquele período.
Mais obras poderão ser adicionadas futuramente quando o post for atualizado e ele ficará como link fixo no quadro à esquerda do blog, na parte dos links.
LIVROS SOBRE REPÚBLICA DE WEIMAR (ENTREGUERRAS)
Livro: The German Revolution 1917-1923 (Historical Materialism Book Series)
Autores: Pierre Broue, Ian H. Birchall, Brian Pearce
Livro: Weimar Germany: Promise and Tragedy
Autor: Eric D. Weitz
Livro: Paper and Iron: Hamburg Business and German Politics in the Era of Inflation, 1897-1927
Autor: Niall Ferguson
Livro: Britain, Soviet Russia and the Collapse of the Versailles Order, 1919-1939
Autor: Keith Neilson
_______________________________________________
LIVROS SOBRE O PÓS-GUERRA - REUNIFICAÇÃO DA ALEMANHA (PERÍODO DE 1945-1990)
Livro: Germany 1945-1949: A Sourcebook
Autor: Manfred Malzahn
Livro: Understanding Contemporary Germany
Autor: Stuart Parkes
Livro: In a Cold Crater: Cultural and Intellectual Life in Berlin, 1945-1948
Autor: Wolfgang Schivelbusch
Livro: After the Nazi Racial State: Difference and Democracy in Germany and Europe
Autores: Rita Chin, Heide Fehrenbach, Geoff Eley, Atina Grossmann
Livro: A Nation in Barracks: Modern Germany, Military Conscription and Civil Society
Autor: Ute Frevert
_______________________________________________
LIVROS SOBRE O TEATRO DE GUERRA ASIÁTICO E O FASCISMO NO JAPÃO
Livro: Japan in the Fascist Era
Editor: E. Bruce Reynolds
Livro: Factories of Death: Japanese Biological Warfare, 1932-1945, and the American Cover-Up
Autor: Sheldon Harris
Livro: The Nanjing Massacre in History and Historiography (Asia: Local Studies / Global Themes)
Autor: Joshua A. Fogel
Livro: The Bloody White Baron: The Extraordinary Story of the Russian Nobleman Who Became the Last Khan of Mongolia
Autor: James Palmer
Livro: The Pacific Campaign in World War II: From Pearl Harbor to Guadalcanal (Naval Policy and History)
Autor: William Bruce Johnson
Livro: Russian Politics in Exile: The Northeast Asian Balance of Power, 1924-1931
Autor: Felix Patrikeeff
Livro: The Manchurian Myth: Nationalism, Resistance, and Collaboration in Modern China
Autor: Rana Mitter
Livro: Prompt and Utter Destruction: President Truman and the Use of Atomic Bombs Against Japan
Autor: J. Samuel Walker
Livro: Japan 1945: From Operation Downfall to Hiroshima and Nagasaki (Campaign)
Autor: Clayton Chun
_______________________________________________
LIVROS SOBRE GUERRA CIVIL ESPANHOLA
Livro: A Guerra Civil Espanhola(2 volumes)
Autor: Hugh Thomas
Livro: A Guerra Civil Espanhola(Edição de Portugal)
Autor: Stanley G. Payne
Livro: A Batalha pela Espanha
Autor: Antony Beevor
Livro: La Guerra Civil Española
Autor: Hugh Thomas
Livro: El corto verano de la anarquía
Autor: Hans Magnus Enzensberger
Livro: Franco, el perfil de la historia
Autor: Stanley G. Payne
Livro: Una Historia De La Guerra Civil Que No Va A Gustar A Nadie
Autor: Juan Eslava Galan
Livro: Guernica Y La Guerra Total
em inglês: Guernica and Total War
Autor: Ian Patterson
Livro: El enemigo judeo-masónico en la propaganda franquista (1936-1945)
Autor: Javier Domínguez Arribas
Livro: El Franquismo, cómplice del Holocausto
Autor: Eduardo Martín de Pozuelo
Livro: Los secretos del franquismo
Autor: Eduardo Martín de Pozuelo
Livro: We Saw Spain Die
Autor: Paul Preston
Livro: The Spanish Civil War, The Soviet Union, and Communism
Autor: Stanley G. Payne
Livro: The Collapse of the Spanish Republic, 1933-1936: Origins of the Civil War
Autor: Stanley G. Payne
Livro: Spain: From Dictatorship to Democracy, 1939 to the Present (A History of Spain)
Autor: Javier Tusell
Livro: CONDOR LEGION: The Wehrmacht's Training Ground (Spearhead)
Autor: Ian Westwell
_______________________________________________
LIVROS SOBRE STALINISMO E UNIÃO SOVIÉTICA - URSS(até 1945)
Livro: Stalin: A corte do Czar Vermelho
título em inglês: Stalin: The Court of the Red Tsar
Autor: Simon Sebag Montefiore
Livro: Political Thought of Joseph Stalin: A Study in 20th Century Revolutionary Patriotism
Autor: Erik van Ree
Livro: Bolshevism, Stalinism and the Comintern: Perspectives on Stalinization, 1917-53
Autor: Matthew Worley, Kevin Morgan, Norman LaPorte
Livro: A History of the Soviet Union from the Beginning to the End, 2nd Edition
Autor: Peter Kenez
Livro: Stalin's Secret Pogrom: The Postwar Inquisition of the Jewish Anti-Fascist Committee (Annals of Communism)
Autor: Laura E. Wolfson
Livro: Stalinism: Russian and Western Views at the Turn of the Millenium (Totalitarian Movements and Political Religions)
Autor: John L. H. Keep
Livro: Terror by Quota: State Security from Lenin to Stalin (an Archival Study) (The Yale-Hoover Series on Stalin, Stalinism, and the Cold War)
Autor: Paul R. Gregory
_______________________________________________
LIVROS SOBRE SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Livro: O Incêndio - Como os Aliados destruíram as cidades alemãs 1940-1945
Autor: Jorg Friedrich
Livro: As Origens da Segunda Guerra Mundial(1933-1939)
Autor: Ruth Henig
Livro: Berlim 1945 - A Queda
Autor: Antony Beevor
Livro: Stalingrado
Autor: Antony Beevor
Livor: Memórias da Segunda Guerra Mundial(2 Volumes)
Autor: Winston Churchill
Livro: Churchill
Autor: Roy Jenkins
Livro: Roosevelt
Autor: Roy Jenkins
Livro: Roosevelt E Hopkins
Subtítulo: Uma História da Segunda Guerra MundialAutor: Robert E. Sherwood
Livro: Franklin e Winston
Subtítulo: A intimidade de uma amizade histórica
Autor: Jon Meacham
Livro: Brasil, um refúgio nos trópicos
Subtítulo: A trajetória dos refugiados do Nazi-fascismo
Autor: Maria Luiza Tucci Carneiro
Livro: O anti-semitismo na Era Vargas
Autor: Maria Luiza Tucci Carneiro
Livro: História da Segunda Guerra Mundial
Autor: Marc Ferro
Livro: Versalhes e Ialta. Os dois grandes erros do século
Autor: Guilherme Hermsdorff
Livro: Um mundo em chamas: uma breve história da Segunda Guerra Mundial na Europa e na Ásia, 1939
Autor: Martin Kitchen
Livro: Cinco Dias em Londres
subtítulo: Negociações que Mudaram o Rumo da II Guerra
Autor: John Lukacs
Livro: Uma História da Segunda Guerra Mundial
Autor: Robert Sherwood
Livro: A Queda da França
Autor: William Shirer
Livro: A Segunda Guerra Mundial
Autor: A.J.P. Taylor
Livro: Una guerra de exterminio - Hitler contra Stalin
Autor: Laurence Rees
Livro: Un mundo en guerra - Historia de la segunda guerra mundial
Autor: Richard Holmes
Livro: Five Armies in Normandy
Autor: John Keegan
Livro: Conditions of Peace
Autor: E.H. Carr
Livro: The Origins of the Second World War
Autor: A. J. P. Taylor
Livro: Dresden - Tuesday, February 13, 1945
Autor: Frederick Taylor
Livro: The Second World War
Autor: John Keegan
Livro: The Storm of War - A New History of the Second World War
Autor: Andrew Roberts
Livro: The Politics of War, the War and United States Foreign Policy, 1913/1945
Autor: Gabriel Kolko
Livro: War in the Wild East: The German Army and Soviet Partisans
Autor: Ben Shepherd
Livro: An Ilustrated History of the Second World War
Autor: A.J.P. Taylor
Livro: The Road to War: Revised Edition
Autor(es): Richard Overy, Andrew Wheatcroft
Livro: History of World War Two
Autor: Basil Liddell Hart
Livro: The Fall of France
Autor: Julian Jackson
Livro: Russia's War
Autor: Richard Overy
Livro: The Rocket and the Reich: Peenemünde and the Coming of the Ballistic Missle Era
Autor: Michael Neufeld
Livro: The War of Our Childhood: Memories of World War II
Autor: Wolfgang W. E. Samuel
Livro: Through the Eyes of Innocents: Children Witness World War II
Autor: Emmy E Werner, Emmy E. Werner
Livro: Battle in the East: The German Army in Russia (Concord 6519)
Autor: Gordon Rottman, Stephen Andrew
Livro: Britain, America and Rearmament in the 1930s: The Cost of Failure
Autor: Christopher Price
Livro: The Persian Corridor and Aid to Russia (United States Army in World War II: The Middle East Theater)
Autor: T. H. Vail Motter
Livro: Pie XII et la Seconde Guerre Mondiale
Autores: Pierre Blet, Pierre Blet (S.J.)
_______________________________________________
LIVROS SOBRE PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Livro: O Último Verão Europeu
Autor: David Fromkin
Livro: Origins of the First World War (Lancaster Pamphlets)
Autor: Ruth Henig
Livro: London 1914-17: The Zeppelin Menace (Campaign 193)
Autor: Ian Castle
Livro: The Spirit of 1914: Militarism, Myth, and Mobilization in Germany (Studies in the Social and Cultural History of Modern Warfare)
Autor: Jeffrey Verhey
Livro: The First World War: The Eastern Front 1914-1918 (Essential Histories)
Autor: Geoffrey Jukes
Livro: Worldly Provincialism: German Anthropology in the Age of Empire (Social History, Popular Culture, and Politics in Germany)
Autor: H. Glenn Penny, Matti Bunzl
Livro: Balkan Wars 1912-1913: Prelude to the First World War (Warfare and History)
Autor: Richard C. Hall
Livro: The Origins of the First World War: Controversies and Consensus
Autora: Annika Mombauer
Link abaixo:
Bibliografia sobre Holocausto - Nazismo - Fascismo
Ver também:
Bibliografia sobre Racismo - Neonazismo - Neofascismo - Negação do Holocausto
Os temas mais gerais sobre Segunda Guerra(batalhas, história da guerra), Primeira Guerra, República de Weimar, Stalinismo, Teatro de Operações Asiático e outros foram colocados neste post. Foi trazido para este post a bibliografia de outras vertentes(países) do fascismo naquele período.
Mais obras poderão ser adicionadas futuramente quando o post for atualizado e ele ficará como link fixo no quadro à esquerda do blog, na parte dos links.
LIVROS SOBRE REPÚBLICA DE WEIMAR (ENTREGUERRAS)
Livros em inglês: | ![]() |
Livro: The German Revolution 1917-1923 (Historical Materialism Book Series)
Autores: Pierre Broue, Ian H. Birchall, Brian Pearce
Livro: Weimar Germany: Promise and Tragedy
Autor: Eric D. Weitz
Livro: Paper and Iron: Hamburg Business and German Politics in the Era of Inflation, 1897-1927
Autor: Niall Ferguson
Livro: Britain, Soviet Russia and the Collapse of the Versailles Order, 1919-1939
Autor: Keith Neilson
_______________________________________________
LIVROS SOBRE O PÓS-GUERRA - REUNIFICAÇÃO DA ALEMANHA (PERÍODO DE 1945-1990)
Livros em inglês: | ![]() |
Livro: Germany 1945-1949: A Sourcebook
Autor: Manfred Malzahn
Livro: Understanding Contemporary Germany
Autor: Stuart Parkes
Livro: In a Cold Crater: Cultural and Intellectual Life in Berlin, 1945-1948
Autor: Wolfgang Schivelbusch
Livro: After the Nazi Racial State: Difference and Democracy in Germany and Europe
Autores: Rita Chin, Heide Fehrenbach, Geoff Eley, Atina Grossmann
Livro: A Nation in Barracks: Modern Germany, Military Conscription and Civil Society
Autor: Ute Frevert
_______________________________________________
LIVROS SOBRE O TEATRO DE GUERRA ASIÁTICO E O FASCISMO NO JAPÃO
Livros em inglês: | ![]() |
Livro: Japan in the Fascist Era
Editor: E. Bruce Reynolds
Livro: Factories of Death: Japanese Biological Warfare, 1932-1945, and the American Cover-Up
Autor: Sheldon Harris
Livro: The Nanjing Massacre in History and Historiography (Asia: Local Studies / Global Themes)
Autor: Joshua A. Fogel
Livro: The Bloody White Baron: The Extraordinary Story of the Russian Nobleman Who Became the Last Khan of Mongolia
Autor: James Palmer
Livro: The Pacific Campaign in World War II: From Pearl Harbor to Guadalcanal (Naval Policy and History)
Autor: William Bruce Johnson
Livro: Russian Politics in Exile: The Northeast Asian Balance of Power, 1924-1931
Autor: Felix Patrikeeff
Livro: The Manchurian Myth: Nationalism, Resistance, and Collaboration in Modern China
Autor: Rana Mitter
Livro: Prompt and Utter Destruction: President Truman and the Use of Atomic Bombs Against Japan
Autor: J. Samuel Walker
Livro: Japan 1945: From Operation Downfall to Hiroshima and Nagasaki (Campaign)
Autor: Clayton Chun
_______________________________________________
LIVROS SOBRE GUERRA CIVIL ESPANHOLA
Livros em português: | ![]() |
Livro: A Guerra Civil Espanhola(2 volumes)
Autor: Hugh Thomas
Livro: A Guerra Civil Espanhola(Edição de Portugal)
Autor: Stanley G. Payne
Livro: A Batalha pela Espanha
Autor: Antony Beevor
Livros em espanhol: | ![]() |
Livro: La Guerra Civil Española
Autor: Hugh Thomas
Livro: El corto verano de la anarquía
Autor: Hans Magnus Enzensberger
Livro: Franco, el perfil de la historia
Autor: Stanley G. Payne
Livro: Una Historia De La Guerra Civil Que No Va A Gustar A Nadie
Autor: Juan Eslava Galan
Livro: Guernica Y La Guerra Total
em inglês: Guernica and Total War
Autor: Ian Patterson
Livro: El enemigo judeo-masónico en la propaganda franquista (1936-1945)
Autor: Javier Domínguez Arribas
Livro: El Franquismo, cómplice del Holocausto
Autor: Eduardo Martín de Pozuelo
Livro: Los secretos del franquismo
Autor: Eduardo Martín de Pozuelo
Livros em inglês: | ![]() |
Livro: We Saw Spain Die
Autor: Paul Preston
Livro: The Spanish Civil War, The Soviet Union, and Communism
Autor: Stanley G. Payne
Livro: The Collapse of the Spanish Republic, 1933-1936: Origins of the Civil War
Autor: Stanley G. Payne
Livro: Spain: From Dictatorship to Democracy, 1939 to the Present (A History of Spain)
Autor: Javier Tusell
Livro: CONDOR LEGION: The Wehrmacht's Training Ground (Spearhead)
Autor: Ian Westwell
_______________________________________________
LIVROS SOBRE STALINISMO E UNIÃO SOVIÉTICA - URSS(até 1945)
Livros em português: | ![]() |
Livro: Stalin: A corte do Czar Vermelho
título em inglês: Stalin: The Court of the Red Tsar
Autor: Simon Sebag Montefiore
Livros em inglês: | ![]() |
Livro: Political Thought of Joseph Stalin: A Study in 20th Century Revolutionary Patriotism
Autor: Erik van Ree
Livro: Bolshevism, Stalinism and the Comintern: Perspectives on Stalinization, 1917-53
Autor: Matthew Worley, Kevin Morgan, Norman LaPorte
Livro: A History of the Soviet Union from the Beginning to the End, 2nd Edition
Autor: Peter Kenez
Livro: Stalin's Secret Pogrom: The Postwar Inquisition of the Jewish Anti-Fascist Committee (Annals of Communism)
Autor: Laura E. Wolfson
Livro: Stalinism: Russian and Western Views at the Turn of the Millenium (Totalitarian Movements and Political Religions)
Autor: John L. H. Keep
Livro: Terror by Quota: State Security from Lenin to Stalin (an Archival Study) (The Yale-Hoover Series on Stalin, Stalinism, and the Cold War)
Autor: Paul R. Gregory
_______________________________________________
LIVROS SOBRE SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Livros em português: | ![]() |
Livro: O Incêndio - Como os Aliados destruíram as cidades alemãs 1940-1945
Autor: Jorg Friedrich
Livro: As Origens da Segunda Guerra Mundial(1933-1939)
Autor: Ruth Henig
Livro: Berlim 1945 - A Queda
Autor: Antony Beevor
Livro: Stalingrado
Autor: Antony Beevor
Livor: Memórias da Segunda Guerra Mundial(2 Volumes)
Autor: Winston Churchill
Livro: Churchill
Autor: Roy Jenkins
Livro: Roosevelt
Autor: Roy Jenkins
Livro: Roosevelt E Hopkins
Subtítulo: Uma História da Segunda Guerra MundialAutor: Robert E. Sherwood
Livro: Franklin e Winston
Subtítulo: A intimidade de uma amizade histórica
Autor: Jon Meacham
Livro: Brasil, um refúgio nos trópicos
Subtítulo: A trajetória dos refugiados do Nazi-fascismo
Autor: Maria Luiza Tucci Carneiro
Livro: O anti-semitismo na Era Vargas
Autor: Maria Luiza Tucci Carneiro
Livro: História da Segunda Guerra Mundial
Autor: Marc Ferro
Livro: Versalhes e Ialta. Os dois grandes erros do século
Autor: Guilherme Hermsdorff
Livro: Um mundo em chamas: uma breve história da Segunda Guerra Mundial na Europa e na Ásia, 1939
Autor: Martin Kitchen
Livro: Cinco Dias em Londres
subtítulo: Negociações que Mudaram o Rumo da II Guerra
Autor: John Lukacs
Livro: Uma História da Segunda Guerra Mundial
Autor: Robert Sherwood
Livro: A Queda da França
Autor: William Shirer
Livro: A Segunda Guerra Mundial
Autor: A.J.P. Taylor
Livros em espanhol: | ![]() |
Livro: Una guerra de exterminio - Hitler contra Stalin
Autor: Laurence Rees
Livro: Un mundo en guerra - Historia de la segunda guerra mundial
Autor: Richard Holmes
Livros em inglês: | ![]() |
Livro: Five Armies in Normandy
Autor: John Keegan
Livro: Conditions of Peace
Autor: E.H. Carr
Livro: The Origins of the Second World War
Autor: A. J. P. Taylor
Livro: Dresden - Tuesday, February 13, 1945
Autor: Frederick Taylor
Livro: The Second World War
Autor: John Keegan
Livro: The Storm of War - A New History of the Second World War
Autor: Andrew Roberts
Livro: The Politics of War, the War and United States Foreign Policy, 1913/1945
Autor: Gabriel Kolko
Livro: War in the Wild East: The German Army and Soviet Partisans
Autor: Ben Shepherd
Livro: An Ilustrated History of the Second World War
Autor: A.J.P. Taylor
Livro: The Road to War: Revised Edition
Autor(es): Richard Overy, Andrew Wheatcroft
Livro: History of World War Two
Autor: Basil Liddell Hart
Livro: The Fall of France
Autor: Julian Jackson
Livro: Russia's War
Autor: Richard Overy
Livro: The Rocket and the Reich: Peenemünde and the Coming of the Ballistic Missle Era
Autor: Michael Neufeld
Livro: The War of Our Childhood: Memories of World War II
Autor: Wolfgang W. E. Samuel
Livro: Through the Eyes of Innocents: Children Witness World War II
Autor: Emmy E Werner, Emmy E. Werner
Livro: Battle in the East: The German Army in Russia (Concord 6519)
Autor: Gordon Rottman, Stephen Andrew
Livro: Britain, America and Rearmament in the 1930s: The Cost of Failure
Autor: Christopher Price
Livro: The Persian Corridor and Aid to Russia (United States Army in World War II: The Middle East Theater)
Autor: T. H. Vail Motter
Livros em francês: |
Livro: Pie XII et la Seconde Guerre Mondiale
Autores: Pierre Blet, Pierre Blet (S.J.)
_______________________________________________
LIVROS SOBRE PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Livros em português: | ![]() |
Livro: O Último Verão Europeu
Autor: David Fromkin
Livros em inglês: | ![]() |
Livro: Origins of the First World War (Lancaster Pamphlets)
Autor: Ruth Henig
Livro: London 1914-17: The Zeppelin Menace (Campaign 193)
Autor: Ian Castle
Livro: The Spirit of 1914: Militarism, Myth, and Mobilization in Germany (Studies in the Social and Cultural History of Modern Warfare)
Autor: Jeffrey Verhey
Livro: The First World War: The Eastern Front 1914-1918 (Essential Histories)
Autor: Geoffrey Jukes
Livro: Worldly Provincialism: German Anthropology in the Age of Empire (Social History, Popular Culture, and Politics in Germany)
Autor: H. Glenn Penny, Matti Bunzl
Livro: Balkan Wars 1912-1913: Prelude to the First World War (Warfare and History)
Autor: Richard C. Hall
Livro: The Origins of the First World War: Controversies and Consensus
Autora: Annika Mombauer
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Justiça brasileira x Justiça espanhola e a punição ao Neonazismo
Internauta espanhol condenado a dois anos por difusão do nazismo
Publicado em 16 de Junho de 2010
Aitor R. E., um internauta de Barcelona, foi esta quarta-feira condenado a dois anos de prisão por ter criado duas páginas de internet que defendiam ideologias nacional-socialistas, crenças anti-semitas e o regime do Terceiro Reich.
Esta é a primeira condenação em Espanha pela difusão de ideais genocidas através da internet. Aitor arriscava a quatro anos e oito meses de prisão por delito contra os direitos fundamentais e por apoio ao genocídio, mas o Ministério Público baixou a pena a dois anos e uma multa depois do acusado se ter mostrado arrependido e conformado com a pena.
Em buscas feitas a casa do acusado, foi encontrada documentação sobre propagada nazi que incitava a ideais xenófobos e genocidas, a sabotagens e a ataques a autoridades. Foram também encontradas referências à livraria Europa de Barcelona cujo proprietário, Pedro Varela, foi condenado em Março a dois anos e nove meses de prisão por difusão de ideais genocidas através de obras editadas e vendidas na livraria, bem como em conferências aí organizadas.
Fonte: Ionline(Portugal)
http://www.ionline.pt/conteudo/64947-internauta-espanhol-condenado-dois-anos-difusao-do-nazismo
Primeira pessoa condenada por difundir ideais genocidas na internet
Espanha
Publicado em 16 de Junho de 2010
Um internauta de Barcelona, Aitor R.E., foi hoje condenado a dois anos de prisão e ao pagamento de uma multa por ter difundido ideais nazis pela internet.
A petição criada contra o blogger pedia que este fosse condenado a quatro anos e oito meses de prisão, mas o Ministério Público decidiu reduzir a pena para apenas dois anos.
A página de Aitor R.E. incluía vídeos sobre as vidas de Hitler e de Goebbels, o estratega do regime nazi, e incluía vária propaganda nazi contra negros e judeus.
Fonte: Ionline(Portugal)
http://www.ionline.pt/conteudo/64942-primeira-pessoa-condenada-difundir-ideais-genocidas-na-internet
Opinião: enquanto a justiça e o aparato do Estado espanhol agem combatendo grupos extremistas que difundem racismo e apologia ao nazismo na rede através de sites com lixo antissemita/racista/negacionista e neonazista, a justiça e o Estado brasileiro...
Questão preocupante prum país que irá sediar em 4 e 6 anos, respectivamente, dois eventos de porte, uma Copa do Mundo e uma Olimpíada.
Outras matérias:
Tribunal espanhol condena 14 membros de grupo neonazista
Publicado em 16 de Junho de 2010

Esta é a primeira condenação em Espanha pela difusão de ideais genocidas através da internet. Aitor arriscava a quatro anos e oito meses de prisão por delito contra os direitos fundamentais e por apoio ao genocídio, mas o Ministério Público baixou a pena a dois anos e uma multa depois do acusado se ter mostrado arrependido e conformado com a pena.
Em buscas feitas a casa do acusado, foi encontrada documentação sobre propagada nazi que incitava a ideais xenófobos e genocidas, a sabotagens e a ataques a autoridades. Foram também encontradas referências à livraria Europa de Barcelona cujo proprietário, Pedro Varela, foi condenado em Março a dois anos e nove meses de prisão por difusão de ideais genocidas através de obras editadas e vendidas na livraria, bem como em conferências aí organizadas.
Fonte: Ionline(Portugal)
http://www.ionline.pt/conteudo/64947-internauta-espanhol-condenado-dois-anos-difusao-do-nazismo
Primeira pessoa condenada por difundir ideais genocidas na internet
Espanha
Publicado em 16 de Junho de 2010
Um internauta de Barcelona, Aitor R.E., foi hoje condenado a dois anos de prisão e ao pagamento de uma multa por ter difundido ideais nazis pela internet.
A petição criada contra o blogger pedia que este fosse condenado a quatro anos e oito meses de prisão, mas o Ministério Público decidiu reduzir a pena para apenas dois anos.
A página de Aitor R.E. incluía vídeos sobre as vidas de Hitler e de Goebbels, o estratega do regime nazi, e incluía vária propaganda nazi contra negros e judeus.
Fonte: Ionline(Portugal)
http://www.ionline.pt/conteudo/64942-primeira-pessoa-condenada-difundir-ideais-genocidas-na-internet
Opinião: enquanto a justiça e o aparato do Estado espanhol agem combatendo grupos extremistas que difundem racismo e apologia ao nazismo na rede através de sites com lixo antissemita/racista/negacionista e neonazista, a justiça e o Estado brasileiro...
Questão preocupante prum país que irá sediar em 4 e 6 anos, respectivamente, dois eventos de porte, uma Copa do Mundo e uma Olimpíada.
Outras matérias:
Tribunal espanhol condena 14 membros de grupo neonazista
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Dia da Consciência recorda Aristides de Sousa Mendes

(Áudio) Rui Afonso sobre actualidade do exemplo de Aristides de Sousa Mendes
O Cônsul Aristides de Sousa Mendes e todas as pessoas que se empenharam na ajuda às vítimas do holocausto serão hoje homenageados no âmbito do Dia da Consciência.
Foi neste dia, há 70 anos, que o então cônsul português em Bordéus, desobedecendo às ordens de Salazar, decidiu começar a passar vistos aos judeus que queriam fugir dos nazis.
O antigo diplomata emitiu vistos a cerca de 30 mil pessoas, das quais pelo menos 10 mil terão conseguido chegar efectivamente a Portugal. Rui Afonso, seu biógrafo, destaca sobretudo a actualidade do exemplo de Aristides de Sousa Mendes:
“Para nós é um exemplo do que devia ser uma das nossas preocupações principais na Europa, isto é, o respeito pelos direitos humanos, e nós temos que ser contra todo o tipo de descriminação, e sobretudo a descriminação por razões raciais, é essa a principal mensagem do Dr. Aristides de Sousa Mendes.”
Para assinalar a data, decorrerá uma missa na Sé de Lisboa, pelas 19h00, celebrada por D. Tomás da Silva Nunes, Bispo Auxiliar de Lisboa. Também no Vaticano será celebrada uma missa de Acção de Graças pela memória do diplomata português.
Fonte: Renascença(Portugal)
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=108700
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Firmas alemãs no banco dos réus
Depois do acordo internacional de indenização da Alemanha para ex-trabalhadores forçados no nazismo, foi apresentado nos EUA uma segunda queixa coletiva de vítimas do Apartheid na África do Sul contra 20 firmas internacionais, entre elas cinco alemãs.
(Foto) Robert Molapo, de 88 anos, é uma das vítimas que exige indenização
A ação impetrada num tribunal de Nova York, na segunda-feira (12), está em nome de 85 pessoas que sofreram injustiças no período de 1960 a 1993, mas só o grupo sul-africano que a apresentou, o Khulumani, representa 32 mil vítimas do regime de segregação racial, que chegou ao fim com a eleição do primeiro presidente negro, Nelson Mandela. Os autores da queixa coletiva não definiram uma soma que as firmas devem pagar.
A intenção no momento é usar a ação judicial como meio de pressão para forçar as firmas de seis nações ricas a fazerem um acordo extrajudicial, esclareceu o presidente da organização de vítimas do nazismo Medico International, o advogado alemão Lothar Evers.
Financiadores do Apartheid
Entre as firmas acusadas, destacam-se as multinacionais DaimlerChrysler, Ford, General Motors e IBM, os bancos da Alemanha Deutsche Bank, Dresdner e Commerzbank, bem como a indústria bélica alemã Rheinmetall. Todas elas teriam violado as sanções impostas contra a África do Sul e com isso contribuído para o prolongamento do regime de segregação racial da minoria branca contra a grande maioria negra. Em compensação, as multinacionais e bancos teriam obtido lucros consideráveis, segundo um dos autores da ação, o advogado americano Michael Hausfeld.
Consta na queixa-crime que os bancos da Alemanha foram grandes financiadores do Apartheid, com a concessão de créditos de altas somas. Com os computadores da IBM, foi desenvolvido o sistema de identificação para o controle da população negra. As montadoras de veículos forneceram tanques e blindados para as patrulhas nos bairros miseráveis negros.
Todos esses negócios foram ilegais porque violaram as sanções impostas para forçar o fim do regime de segregação racial sul-africano. São atingidas pela ação judicial também outras indústrias e bancos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Suíça e Holanda.
Modelo alemão
As tentativas de negociações prévias com as empresas fracassaram, como esclareceu o dirigente da Medico International, Thomas Gebauer, em Berlim, no momento em que a ação era impetrada na Justiça dos Estados Unidos. Como membro da "Campanha Internacional para o Pedido de Perdão e a Indenização à África do Sul", a ONG se esforça para que as empresas alemãs assumam sua responsabilidade nas injustiças cometidas no Apartheid, segundo Gebauer.
Embora movida nos EUA, a ação não foi impetrada à luz do direito norte-americano ou do internacional, mas conforme um modelo alemão: o das queixas coletivas que levaram à indenização de milhares de sobreviventes dos trabalhos forçados no nazismo. Para o advogado Lother Evers, que apóia vítimas do regime de Adolf Hitler, a participação de firmas alemãs no sistema racista da África do Sul, a fim de obter lucros extras, mostra o quanto é atual a questão da exploração de trabalhadores forçados e escravos.
A primeira queixa coletiva de vítimas do Apartheid foi apresentada, em Nova York, em meados do ano, pelo advogado americano Ed Fagan. Este já havia representado sobreviventes dos trabalhos forçados na Segunda Guerra Mundial.
Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,675097,00.html

A ação impetrada num tribunal de Nova York, na segunda-feira (12), está em nome de 85 pessoas que sofreram injustiças no período de 1960 a 1993, mas só o grupo sul-africano que a apresentou, o Khulumani, representa 32 mil vítimas do regime de segregação racial, que chegou ao fim com a eleição do primeiro presidente negro, Nelson Mandela. Os autores da queixa coletiva não definiram uma soma que as firmas devem pagar.
A intenção no momento é usar a ação judicial como meio de pressão para forçar as firmas de seis nações ricas a fazerem um acordo extrajudicial, esclareceu o presidente da organização de vítimas do nazismo Medico International, o advogado alemão Lothar Evers.
Financiadores do Apartheid
Entre as firmas acusadas, destacam-se as multinacionais DaimlerChrysler, Ford, General Motors e IBM, os bancos da Alemanha Deutsche Bank, Dresdner e Commerzbank, bem como a indústria bélica alemã Rheinmetall. Todas elas teriam violado as sanções impostas contra a África do Sul e com isso contribuído para o prolongamento do regime de segregação racial da minoria branca contra a grande maioria negra. Em compensação, as multinacionais e bancos teriam obtido lucros consideráveis, segundo um dos autores da ação, o advogado americano Michael Hausfeld.
Consta na queixa-crime que os bancos da Alemanha foram grandes financiadores do Apartheid, com a concessão de créditos de altas somas. Com os computadores da IBM, foi desenvolvido o sistema de identificação para o controle da população negra. As montadoras de veículos forneceram tanques e blindados para as patrulhas nos bairros miseráveis negros.
Todos esses negócios foram ilegais porque violaram as sanções impostas para forçar o fim do regime de segregação racial sul-africano. São atingidas pela ação judicial também outras indústrias e bancos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Suíça e Holanda.
Modelo alemão
As tentativas de negociações prévias com as empresas fracassaram, como esclareceu o dirigente da Medico International, Thomas Gebauer, em Berlim, no momento em que a ação era impetrada na Justiça dos Estados Unidos. Como membro da "Campanha Internacional para o Pedido de Perdão e a Indenização à África do Sul", a ONG se esforça para que as empresas alemãs assumam sua responsabilidade nas injustiças cometidas no Apartheid, segundo Gebauer.
Embora movida nos EUA, a ação não foi impetrada à luz do direito norte-americano ou do internacional, mas conforme um modelo alemão: o das queixas coletivas que levaram à indenização de milhares de sobreviventes dos trabalhos forçados no nazismo. Para o advogado Lother Evers, que apóia vítimas do regime de Adolf Hitler, a participação de firmas alemãs no sistema racista da África do Sul, a fim de obter lucros extras, mostra o quanto é atual a questão da exploração de trabalhadores forçados e escravos.
A primeira queixa coletiva de vítimas do Apartheid foi apresentada, em Nova York, em meados do ano, pelo advogado americano Ed Fagan. Este já havia representado sobreviventes dos trabalhos forçados na Segunda Guerra Mundial.
Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,675097,00.html
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Atualização da bibliografia - Holocausto
Pra quem não checou diretamente, fica aqui o aviso de que a parte de bibliografia sobre Holocausto, Nazismo, Fascismo, Neonazismo/Antissemitismo e Negação do Holocausto foi atualizada com vários acréscimos de títulos de livros em espanhol principalmente pela proximidade desse idioma com o português(pros falantes do português que acham mais fácil ler nesse idioma).
Em breve serão recolocadas em outro post também só voltado para Bibliografia as partes referentes aos temas Segunda Guerra Mundial, Primeira Guerra Mundial, Guerra Civil Espanhola e outros temas que foram acrescentados no post de Bibliografia do Holocausto.
Em breve serão recolocadas em outro post também só voltado para Bibliografia as partes referentes aos temas Segunda Guerra Mundial, Primeira Guerra Mundial, Guerra Civil Espanhola e outros temas que foram acrescentados no post de Bibliografia do Holocausto.
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sábado, 12 de junho de 2010
Detidos cinco integrantes de um grupo de música neonazi
Neonazis passaram a quarta-feira a disposição do Tribunal de Instrução 5 de El Vendrell

Material confiscado pelos Mossos d'Esquadra.
A Divisão de Inteligência realizou dois registros em Sabadell e Santa Oliva
Os "Mossos d'Esquadra" detiveram na segunda-feira passada lunes, dia 7, em Santa Oliva (Tarragona), Sabadell, Barberà del Vallès e Sant Vicenç de Castellet (Barcelona) quatro integrantes de um grupo de música por apologia ao nazismo e homofobia, e um outro por posse ilícita de armas.
Segundo informou a polícia catalã, o grupo possui letras de canções que supostamente fomentam o ódio e a discriminação contra homossexuais, judeus e outros grupos sociais, e enalteciam o regime nazi, e que difunciam em concertos ao vivo, na Internet e em CDs.
Os agentes detiveram Juan M.V., de 23 anos, próximo de Santa Oliva; Daniel M.M., de 23 e próximo de Sant Vicenç de Castellet; Luis Alberto P.L., de 22 e próximo de Sabadell; Daniel M.H., de 23 e próximo de Barberà del Vallès, assim como Juan Jaime M.V., de 56 anos e próximo de Santa Oliva - por posse ilegal de armas-.
Os investigadores da Divisão de Inteligência realizou dois registros em Sabadell e Santa Oliva, onde apreenderam propaganda xenófoba, simbologia neonazi, material nacional-socialista(nazista) e armas.
Os cinco detidos passaram a quarta-feira a disposição do Tribunal de Instrução número 5 de El Vendrell por delitos contra o exercício dos direitos fundamentais e contra a comunidade internacional, assim como um delito de posse ilegal de armas.
Fonte: Elmundo.es, Europa Press(Barcelona, Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2010/06/11/barcelona/1276280461.html
Tradução: Roberto Lucena
Outras matérias:
Tribunal espanhol condena 14 membros de grupo neonazista

Material confiscado pelos Mossos d'Esquadra.
A Divisão de Inteligência realizou dois registros em Sabadell e Santa Oliva
Os "Mossos d'Esquadra" detiveram na segunda-feira passada lunes, dia 7, em Santa Oliva (Tarragona), Sabadell, Barberà del Vallès e Sant Vicenç de Castellet (Barcelona) quatro integrantes de um grupo de música por apologia ao nazismo e homofobia, e um outro por posse ilícita de armas.
Segundo informou a polícia catalã, o grupo possui letras de canções que supostamente fomentam o ódio e a discriminação contra homossexuais, judeus e outros grupos sociais, e enalteciam o regime nazi, e que difunciam em concertos ao vivo, na Internet e em CDs.
Os agentes detiveram Juan M.V., de 23 anos, próximo de Santa Oliva; Daniel M.M., de 23 e próximo de Sant Vicenç de Castellet; Luis Alberto P.L., de 22 e próximo de Sabadell; Daniel M.H., de 23 e próximo de Barberà del Vallès, assim como Juan Jaime M.V., de 56 anos e próximo de Santa Oliva - por posse ilegal de armas-.
Os investigadores da Divisão de Inteligência realizou dois registros em Sabadell e Santa Oliva, onde apreenderam propaganda xenófoba, simbologia neonazi, material nacional-socialista(nazista) e armas.
Os cinco detidos passaram a quarta-feira a disposição do Tribunal de Instrução número 5 de El Vendrell por delitos contra o exercício dos direitos fundamentais e contra a comunidade internacional, assim como um delito de posse ilegal de armas.
Fonte: Elmundo.es, Europa Press(Barcelona, Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2010/06/11/barcelona/1276280461.html
Tradução: Roberto Lucena
Outras matérias:
Tribunal espanhol condena 14 membros de grupo neonazista
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quinta-feira, 10 de junho de 2010
Relato do SS Kurt Gerstein - Campo de extermínio de Belzec
Kurt Gerstein, oficial alemão** da SS da seção de 'serviço sanitário', escreveu estas linhas em seu diário, sobre o campo de extermínio de Belzec, antes de seu suicídio em 1945:
Fonte: Grande Crônica da Segunda Guerra Mundial - 3 volumes(Subtítulo: De Munique a Pearl Harbor, Stalingrado e Hiroxima); Editores: Claude Steban, Anka Muhlstein; Seleções do Reader's Digest
Título: "O Testamento de um SS"; Autor: Kurt Gerstein
Créditos: Antonio Freire
Obs: Trecho do relato reproduzido na comunidade Holocausto x "Revisionismo" em 2006.
Ver também:
Kurt Gerstein - Parte 1 - Um alemão como tanto outros: O peso de uma tradição (Blog avidanofront)
"Logo a seguir começa a marcha. À frente uma mocinha muito bonita; Caminham ao longo da avenida, completamente nus, os homens, as mulheres, as crianças. Estou junto do capitão Wirth, responsável pela organização do extermínio na escada exterior de um só lance que há entre as câmaras.Mais sobre Christian Wirth:
As mães - que apertam nos braços seus bebês - sobem, hesitam, entram nas câmaras da morte. À esquina um corpulento SS, com voz sonora e afável, diz àqueles desgraçados 'nada vai acontecer de mau! Basta respirar fundo nas câmaras; Isto fortalece os pulmões e é um meio preventivo contra as doenças e epidemias'.
Aos que indagam sobre o destino que os espera, responde: 'Evidentemente os homens terão de trabalhar, construir casas e ruas. As mulheres tratarão da casa e da cozinha'. Isto representava a última esperança, capaz de os fazer caminhar sem resistência até as câmaras da morte. A maioria porém conhece a sua sorte, pois o cheiro dominante é bastante eloquente. Sobem uma pequena escada e abrangem tudo num último olhar: As mães com seus filhos apertados contra o peito, crianças de tenra idade, velhos, homens, mulheres, totalmente nus; Vacilam, mas entram empurrados pelos que vêm atrás, ou pelas vergastadas dos SS, a maioria sem dizer uma palavra. Uma judia com cerca de 40 anos, de olhos ardentes, amaldiçoa os assassinos: 'Que o nosso sangue caia sobre vocês!' E, tendo recebido 5 ou 6 chicotadas no rosto, dadas pelo próprio capitão Wirth, desaparece na câmara de gás.
Muitos rezam, e eu rezo com eles. Vou para um recanto e oro ao meu Deus que é também o Deus deles. Queria entrar ao seu lado nas câmaras de gás. Quanto teria gostado de morrer da mesma morte! Se houvessem encontrado então nas câmaras de gás um oficial SS de uniforme, julgariam tratar-se de um acidente não voltariam a falar no caso. Mas não devo fazê-lo. Primeiro tenho que denunciar o que vi aqui. As câmaras lotam. 'Encher bem!', ordenara Wirth. As pessoas estão de tal modo apertadas que pisam os pés uma das outras. Há 700, 800 pessoas em 25m² e 45 m². Os SS os colocam como numa prensa, tal como folhas de um livro. As portas são fechadas. Enquanto isso, os outros estão do lado de fora à espera, completamente nus, no inverno ou no verão. 'Estão aqui para morrer', diz um SS.
Compreendo então a inscrição que vi na entrada: 'Fundação Heckenholt'. Heckenholt é o encarregado do Diesel, um dos 3 ou 4 técnicos encarregados que construíram a instalação. São os gases de escape do diesel que matam aqueles infelizes. O diesel põe-se em movimento e até estes instantes todos permaneciam vivos: 4 vezes 750 homens em 4 vezes 45 m³. Decorreram mais 25 minutos. Agora muitos já morreram. Pode-se ver pela vigia: Uma lâmpada elétrica ilumina por momentos o interior da câmara. Passados 28 minutos, poucos restam com vida. 32 minutos: todos morreram.
Do lado de fora os homens do Kommando de trabalhadores abrem as portas de madeira. Como colunas de basalto, os homens ainda estão de pé nas câmaras, sem o menor espaço para cair ou dobrarem-se sobre si próprios.
A morte não separou os que pertencem às mesmas famílias, pois estão de mãos dadas. Custa muito a separá-los quando as câmaras são esvaziadas para o próximo carregamento. Despejam-se os corpos úmidos de suor e urina, as pernas cobertas de fezes. Atiram-se pelo ar os cadáveres das crianças. Não há tempo a perder. Duas dezenas de dentistas revistam as bocas com ganchos. Ouro à esquerda; não há ouro, à direita. Outros dentistas, com a ajuda de pinças e martelos, arrancam as peças de ouro e as coroas.
Entre eles, vai e vêm o capitão Wirth. Está no seu elemento. Procura-se nos cadáveres o ouro, os diamantes e as joias. Wirth chama: 'Veja o peso desta lata cheia de dentes de ouro. São os despojos de ontem e anteontem'. Numa linguagem incrivelmente cínica, diz-me: 'Não pode imaginar a quantidade de ouro, diamante e dólares que encontramos todos os dias! Vá ver com seus próprios olhos!' Wirth é capitão do exército imperial austríaco, cavaleiro da cruz de ferro, e tem agora a seu cargo o campo de kommandos dos trabalhadores judeus.
Nem em Belzec nem em Treblinka pessoa alguma se incomodou em contar ou em fazer o registro dos mortos. Os números eram calculados por aproximação, segundo o conteúdo dos vagões. O capitão Wirth rogou-me que não propusesse em Berlim, nenhuma modificação nas instalações que dirigia visto haverem provado sua eficácia.
No dia seguinte, 19/08/1942, partimos no carro do capitão Wirth para Treblinka, a 120 km de Varsóvia. As instalações eram mais ou menos as mesmas, porém muito maior que em Belzec. 8 câmaras de gás e montanhas de malas e roupas.
Ofereceram um banquete em nossa honra, ao velho estilo alemão, tão típico de Himmler. A comida foi simples, mas abundante. Himmler ordenara que se entregasse aos homens do kommando todas as bebidas alcoólicas, a carne e a manteiga que desejassem."
"Ele era um homem alto de ombros largos, quarentão com uma face vulgar. Ele nasceu um criminoso, a besta extrema". Rudolf Reder - sobrevivente de Belzec.**No texto postado na comunidade consta que o oficial era holandês, sendo que ele era alemão. O texto no blog já foi reproduzido com as correções feitas.
"Wirth era mais que brutal. Em minha opinião, sua brutalidade era baseada mais em sua natureza humana do que em sua mentalidade política. Ele gritou, ofendeu e nos destratou, e bateu em membros da guarnição alemã no rosto. Não havia ninguém em Belzec que não tivesse medo de Wirth". Werner Dubois - Guarda SS em Belzec
Fonte: Grande Crônica da Segunda Guerra Mundial - 3 volumes(Subtítulo: De Munique a Pearl Harbor, Stalingrado e Hiroxima); Editores: Claude Steban, Anka Muhlstein; Seleções do Reader's Digest
Título: "O Testamento de um SS"; Autor: Kurt Gerstein
Créditos: Antonio Freire
Obs: Trecho do relato reproduzido na comunidade Holocausto x "Revisionismo" em 2006.
Ver também:
Kurt Gerstein - Parte 1 - Um alemão como tanto outros: O peso de uma tradição (Blog avidanofront)
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Gal. Vasily Petrenko e Auschwitz - Entrevista
General Vassily Petrenko*: entrevistado por Sanchia Berg para o 'Today', 'BBC Radio 4', 25 de Janeiro de 2001
"'As primeiras coisas que percebi no campo foram as construções em chamas, então eu disse para meus homens(a tropa) - 'O que está havendo lá?' Os soldados disseram que eles eram depósitos que haviam sido incendiados pelos alemães. Então eu disse, 'Bem, há qualquer um deixado em pé e que eu possa dar uma olhada e ver o que há dentro?' E eles disseram, 'Sim, nós apagamos o incêndio em dois deles.' Nós andamos, e eu entrei num e a primeira coisa que eu vi foi uma pilha de maletas - e elas estavam abertas. Elas estavam lotadas de botas de crianças.'
'...Eu já sabia que os alemães tinham campos especiais para matar pessoas. Quando vi todo esse material eu percebi imediatamente. Eu não tinha qualquer necessidade de ver outra coisa além disso, este era um lugar onde muitas pessoas foram assassinadas. Eu mesmo vi pilhas de óculos para as crianças pequenas - que é o que os Nazis estavam como se - quando eles mataram as crianças eles não arremessassem seus óculos quebrados. Eles mantiam todos eles e os armazenavam meticulosamente.'
'Não era apenas óculos e sapatos e roupas, claro havia também enormes feixes de cabelo de mulheres. De primeir não percebi do que se tratava, então alguém me contou, um dos oficiais da Inteligência. Esse é o cabelo de mulheres assassinadas pelos alemães e eu perguntei, 'Quantas mulheres você tem que matar pra conseguir esse monte de cabelo?' É uma coisa terrível até pra se pensar sobre e uma cois horrível de se ver.'
'Eu tinha lágrimas em meus olhos, Eu era apenas um indivíduo comum - Eu nunca havia feito qualquer crueldade - Eu nunca havia tido contato com qualquer coisa tão criminosa em toda minha vida. As atrocidades que eu vi lá, cometidas pelos alemães, eram horríveis...terrível...a pior coisa que você poderia imaginar.'"
'...ao mesmo tempo, eu era o oficial comandante - Eu tinha que tentar manter meus sentimentos em cheque. Não obstante, lágrimas estavam descendo de meus olhos, eu estava realmente transtornado. Eu estava absolutamente terrificado.'
'Eu penso que é absolutamente necessário ter uma dia de lembrança disto[como o 'Dia da Memória do Holocausto']. O mundo precisa saber o que aconteceu - e quem era culpado. As pessoas precisam saber os detalhes para impedir que isso aconteça novamente.'"
*No texto original exibido no site da BBC(link inativo) anos atrás e que acompanhava o áudio, escreveram o nome do General soviético como Vassily Petrenko, com dois 'esses', ao invés de Vasily Petrenko com um 'esse' apenas.
Fonte: BBC
Entrevistadora: Sanchia Berg
http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/genocide/
Foto: Soho remembers humanity's shame (BBC)
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/1137167.stm
General Vassily Petrenko : interviewed by Sanchia Berg for 'Today', BBC Radio 4, 25th January 2001
'Um dos libertadores de Auschwitz recorda'
"Audio: What General Vassily Petrenko a Russian Officer witnessed after liberation: in 1945, the Russian army liberated the Nazi concentration camp at Auschwitz. General Vassily Petrenko was a commanding officer who witnessed the appalling scenes in the early days after the liberation. Hear the audio of interview to Sanchia Berg."
http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/genocide/general_petrenko_interview.shtml
http://literacyworks.org/kouroshfoundation/v6/1_holocaust_evidence.html
(Link do texto e áudio: inativo)
Tradução: Roberto Lucena

'...Eu já sabia que os alemães tinham campos especiais para matar pessoas. Quando vi todo esse material eu percebi imediatamente. Eu não tinha qualquer necessidade de ver outra coisa além disso, este era um lugar onde muitas pessoas foram assassinadas. Eu mesmo vi pilhas de óculos para as crianças pequenas - que é o que os Nazis estavam como se - quando eles mataram as crianças eles não arremessassem seus óculos quebrados. Eles mantiam todos eles e os armazenavam meticulosamente.'
'Não era apenas óculos e sapatos e roupas, claro havia também enormes feixes de cabelo de mulheres. De primeir não percebi do que se tratava, então alguém me contou, um dos oficiais da Inteligência. Esse é o cabelo de mulheres assassinadas pelos alemães e eu perguntei, 'Quantas mulheres você tem que matar pra conseguir esse monte de cabelo?' É uma coisa terrível até pra se pensar sobre e uma cois horrível de se ver.'
'Eu tinha lágrimas em meus olhos, Eu era apenas um indivíduo comum - Eu nunca havia feito qualquer crueldade - Eu nunca havia tido contato com qualquer coisa tão criminosa em toda minha vida. As atrocidades que eu vi lá, cometidas pelos alemães, eram horríveis...terrível...a pior coisa que você poderia imaginar.'"
'...ao mesmo tempo, eu era o oficial comandante - Eu tinha que tentar manter meus sentimentos em cheque. Não obstante, lágrimas estavam descendo de meus olhos, eu estava realmente transtornado. Eu estava absolutamente terrificado.'
'Eu penso que é absolutamente necessário ter uma dia de lembrança disto[como o 'Dia da Memória do Holocausto']. O mundo precisa saber o que aconteceu - e quem era culpado. As pessoas precisam saber os detalhes para impedir que isso aconteça novamente.'"
*No texto original exibido no site da BBC(link inativo) anos atrás e que acompanhava o áudio, escreveram o nome do General soviético como Vassily Petrenko, com dois 'esses', ao invés de Vasily Petrenko com um 'esse' apenas.
Fonte: BBC
Entrevistadora: Sanchia Berg
http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/genocide/
Foto: Soho remembers humanity's shame (BBC)
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/1137167.stm
General Vassily Petrenko : interviewed by Sanchia Berg for 'Today', BBC Radio 4, 25th January 2001
'Um dos libertadores de Auschwitz recorda'
"Audio: What General Vassily Petrenko a Russian Officer witnessed after liberation: in 1945, the Russian army liberated the Nazi concentration camp at Auschwitz. General Vassily Petrenko was a commanding officer who witnessed the appalling scenes in the early days after the liberation. Hear the audio of interview to Sanchia Berg."
http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/genocide/general_petrenko_interview.shtml
http://literacyworks.org/kouroshfoundation/v6/1_holocaust_evidence.html
(Link do texto e áudio: inativo)
Tradução: Roberto Lucena
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