sábado, 31 de janeiro de 2009
Teólogo pede a renúncia do papa após reabilitação de negador do Holocausto
Para Küng, a reabilitação de Williamson é apenas um equívoco a mais na série de erros com os quais Bento XVI vem pondo novos obstáculos no diálogo que as Igrejas cristãs travam entrem si e com outras religiões.
"Primeiro, ele questionou se os protestantes formam uma Igreja. Depois, em seu infeliz discurso de Regensburg, chamou os muçulmanos de desumanos. E agora ofende os judeus permitindo o retorno à Igreja de um negador do Holocausto", disse Küng em declarações ao jornal "Frankfurter Rundschau".
"É hora de substituí-lo", acrescentou Küng, que foi companheiro do papa quando ambos eram professores de teologia católica na Universidade de Tübingen.
O Vaticano proibiu Küng de ensinar a teologia católica em 1980, depois que ele questionou o dogma da infalibilidade papal.
Desde então, teólogo heterodoxo suíço, que permaneceu dentro da Igreja Católica, mas sem poder atuar como padre, se dedica ao diálogo entre as religiões.
Já Williamson e outros três bispos seguidores do cismático ultraconservador Marcel Lefebvre foram reabilitados pelo papa há uma semana. EFE
rz/sc
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL980937-5602,00-TEOLOGO+PEDE+A+RENUNCIA+DO+PAPA+APOS+REABILITACAO+DE+NEGADOR+DO+HOLOCAUSTO.html
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Eliminação de corpos em Auschwitz – O fim da negação do Holocausto - Parte 1 - Introdução
Em memória de Stig Hornshøj-Møller e Chuck Ferree
Talvez nenhum aspecto da negação do Holocausto seja tão disputado quanto a eliminação dos corpos em Auschwitz. Os negadores do Holocausto alegam que não era possível eliminar 1,1 milhões de corpos no campo. [1] Assim, alegam que estas pessoas não foram mortas em Auschwitz. Em certo sentido a razão do foco dos negadores sobre este tema é compreensível. Os negadores nunca foram capazes de explicar o que aconteceu com cerca de 5 a 6 milhões de judeus que desapareceram após a Segunda Guerra Mundial. A maneira mais fácil de explicar seria mostrar o que aconteceu com os desaparecidos. No entanto, poucas exceções falharam [2], negaram ficam compreensivelmente em silêncio sobre este assunto.
Negadores têm hà anos centrado os seus argumentos sobre impossibilidade de utilização de câmaras de gás em Auschwitz. O “expert” deles era Robert Faurisson, um professor francês de literatura. Ele fez uma série de argumentos nesta área no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.[3] Suas idéias sobre câmaras de gás foram incorporadas a um relatório de um consultor em pena de morte americano chamado Fred Leuchter. Como será mostrado em outro lugar, o relatório de Leuchter prova que ele sabia quase nada sobre as câmaras de gás de Auschwitz. Está repleto de inúmeros erros técnicos [4]. Ele preferiu se basear em Faurisson, em todas as suas afirmações. Segundo Leuchter, ele se encontrou com Faurisson antes de sua visita a Auschwitz, de quem recebeu informações para suas examinações.[5] De fato, Faurisson escreveu o prefácio do Leuchter Report.[6]
Os negadores tentaram capitalizar em cima dos erros e da ignorância de Leuchter sobre Auschwitz. Eles puderam fazer isto porque muitas pessoas não têm os conhecimentos técnicos para contestar a credibilidade de Leuchter. No entanto, em 1994, o Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia na Polônia, realizou um exame global nas estruturas identificadas por várias testemunhas oculares como sendo as câmaras de gás homicidas. O instituto encontrou vestígios de ácido cianídrico nas seis estruturas testadas. Estavam no que tinha restado dos cinco crematórios e do bloco de execução. Mais perturbador para os negadores foi que o Instituto encontrou uma maior concentração do gás venenoso nas amostras que foram testadas no Crematório II. Seis das sete amostras testados deram positivo.[7] Em contrapartida, Leuchter afirmou que não encontrou nada de ácido hidrociânico nesta estrutura.[8] Isto provou que Leuchter foi completamente incompetente, na melhor das hipóteses, ou na pior das hipóteses, desonesto. As conclusões do Instituto também substanciaram uma observação anterior do crítico dos negadores, Jean-Claude Pressac, que tinha visto uma fita de Leuchter recolhendo as amostras, Leuchter tinha evitado propositalmente as áreas do Crematório II porque elas dariam positivo.[9] Pode ser relevante aqui que o Instituto teve a capacidade de recolher as amostras nos locais suscetíveis para o recolhimento, mesmo que Leuchter tivesse sido honesto, ele não poderia fazer, pois a sua coleta foi ilegal, porque ele não tinha permissão para coletar amostras.
O total descrédito do Relatório Leuchter causou a muitos a negadores a centralização nos argumentos da eliminação dos corpos. O guru dos argumentos da eliminação dos corpos é o negador italiano Carlo Mattogno. Seus argumentos sobre a eliminação dos corpos foram estabelecidos em uma monografia de 1994, onde suas idéias avançaram para as câmaras de gás e os crematórios de Auschwitz.[10] Ele expandiu suas idéias como co-autor de um artigo em um website de negadores.[11] Parece que este artigo foi concebido para ser o argumento definitivo dos negadores sobre o assunto. Seus argumentos das câmaras de gás, juntamente com os de outros negadores, são analisados em outro local.[12] O objetivo do presente estudo é analisar a eliminação dos corpos. Esta é a primeira análise abrangente dos argumentos dos negadores sobre este assunto. O presente estudo vai servir de base a um capítulo muito maior que analisa todos os argumentos dos negadores.[13] Mattogno tem uma vantagem sobre os outros negadores, suas fontes, muitas vezes são difíceis de verificar. Ele tem usado fontes pouco conhecidas e material de arquivo. As fontes mais importantes foram localizadas e analisadas no presente estudo. Como será visto, os escritos de Mattogno são mais sofisticados do que a maioria dos negadores, ele basicamente reverte as técnicas comuns dos negadores, a omissão e a deturpação.
Comentário: Todas as notas deste artigo (incluindo as outras partes que serão postadas) serão postadas em um post separado, depois iremos editar os links para o respectivo post.
Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott
Continuação - Partes: (1);(2);(3);(4);(5);(6);(7);(8);(9);(10);(11);(12);(13)
Judeus declararam guerra à Alemanha?
Iremos demonstrar rapidamente através de fatos que esta alegação não passa de lixo:
Na sexta-feira, 24 de março de 1933, a manchete “Judéia declara guerra à Alemanha” [Judea Declares War on Germany] foi estampada na primeira página do jornal britânico Daily Express. A transcrição deste artigo anônimo pode ser lida aqui.
O problema com isto é bem simples, nem a tal coisa chamada “Judea” e nenhuma organização judaica declarou guerra à Alemanha. A única organização judaica citada no artigo foi a Board of Deputies of British Jews decidiu se reunir 2 dias depois [26 de março de 1933] para “discutir a situação alemã”, mas eles *não* apoiaram o boicote. (London Times, 27 de março de 1933).
Como a maioria das alegações “revisionistas” está é mais uma comprovadamente falsa.
Comentário: Dos “zilhões” de jornais do mundo inteiro, o SENSACIONALISTA DAILY EXPRESS FOI O ÚNICO a noticiar esta “suposta declaração de guerra”, suposta porque nem mesmo no próprio artigo se consegue comprovar alguma coisa referente a boicote/declaração de guerra. E ainda tem "revisionista" que tem a "capacidade" de dizer que os judeus declararam guerra à Alemanha.
Relatório Leuchter – Visão Geral
"Sua opinião sobre este relatório é que nunca aconteceu qualquer gaseamento e nunca houve qualquer tentativa de extermínio exercida nestas instalações. No que me diz respeito, pelo que eu ouvi, ele não é capaz de dar esta opinião... Ele não está em posição de dizer, como ele disse assim arrasadoramente neste relatório, o que não poderia ter sido feito em tais instalações. " Assim o juiz julgou o relatório de Fred Leuchter como “ridículo” e “absurdo”, durante o julgamento do canadense Ernst Zündel. De modo a impedir que houvesse qualquer equívoco por parte do tribunal: “Quanto à questão da funcionalidade dos crematórios...a decisão do juiz foi inequívoca, ele não pode testemunhar sobre este tema por uma simples razão: Ele não tem expertise.” (Lipstadt, 166)
Fred Leuchter é um homem sem treinamento formal em química ou toxicologia (ele obteve bacharelado em História em 1964), e ainda alegava ser engenheiro – uma afirmação que o fez pousar em água quente no seu Estado. Em 1988 a pedido do canadense Ernst Zündel, Fred Leuchter foi para a Polônia e visitou o campo de concentração de Auschwitz; (Ernst Zündel financiou a viagem de Fred Leuchter.) O resultado desta viagem foi o “Relatório Leuchter”. Veja o que o Sr.Leuchter disse da sua “investigação”:
O objetivo [do inquérito e o subseqüente relatório], não inclui a determinação de quaisquer números de pessoas que morreram ou foram mortos por outros meios que não o gás ou de saber se um verdadeiro Holocausto ocorreu. E, além disso, não é intenção deste autor redefinir o Holocausto em termos históricos, mas simplesmente fornecer provas científicas e informações obtidas no site atual, para tornar um parecer com todas as bases científicas, de engenharia e de dados quantitativos sobre a finalidade e os usos das alegadas câmaras de gás de execução e as instalações dos crematórios nos locais investigados.
Você irá ver, iremos demonstrar usar o próprio testemunho juramentado de Leuchter, que o Sr.Leuchter, falhou em demonstrar qualquer preocupação com a verdade, mesmo sob juramento.
Enquanto testemunhava no julgamento de Ernst Zündel no Canadá, Leuchter deu provas falsas de sua relação profissional com a administração de duas prisões americanas, referente a câmaras de gás, e provou que não era familiarizado com a maioria dos fatos básicos sobre o gás letal Cianeto de Hidrogênio, incluindo sua inflamabilidade e as concentrações exigidas para fins de desinfestação.
O “Relatório Leuchter” pretende “demonstrar cientificamente” que as pessoas não foram mortas por Zyklon-B em Auschwitz. Ele é composto de antigas reivindicações do francês negador do Holocausto Robert Faurisson, bem como algumas novas. Muitas destas reivindicações aparecem no panfleto do IHR “66 perguntas e respostas sobre o Holocausto”, e também tem outros argumentos oferecidos por outras pessoas que negam o Holocausto.
Zyklon-B é um poderoso inseticida. Ele libera HCN, ácido cianídrico, um gás que o Zyklon-B carrega, o material é encharcado com o gás; geralmente vem em forma de bolinhas ou discos. HCN causa a morte. Quando interagem com o ferro e o concreto, ele cria compostos (compostos hidrociânicos). Leuchter admite que estes compostos foram encontrados nas ruínas das câmaras de gás de Auschwitz(como reafirmado nas pesquisas de um instituto do Governo Polonês, que rejeitou completamente as conclusões de Leuchter – Ver Seção 2.01)
HCN é extremamente venenoso para seres humanos. É usado em câmaras de gás de execução nos EUA, foi utilizado pela primeira vez no Arizona em 1920. Além disso os alemães tinha vasta experiência com HCN, ele foi amplamente utilizado para desinfecção.(Para uma discussão maior sobre Zyklon-B, ver pu/camps/auschwitz/auschwitz.faq1)
Existiam dois tipos de câmaras de gás em Auschwitz: as que eram utilizadas para desinfecção de roupas (“câmaras de gás para desinfecção”) e as que eram utilizadas para matar pessoas em grande escala (“câmaras de gás de extermínio”). As câmaras de desinfecção tinham uma característica padrão, e foram deixadas intactas pelas SS (contrariamente às câmaras de extermínio, que foram dinamitadas em um esforço para esconder atividades criminosas devido à rápida aproximação do Exército Vermelho). Os negadores tentam confundir esta questão, misturando os dois tipos de câmaras. Por exemplo, eles mostram as portas das câmaras de desinfecção, e explicam que elas são demasiadas fracas para suportar a pressão das pessoas tentando escapar. Naturalmente as portas das câmaras de extermínio eram completamente diferentes, mas é fato é ignorado silenciosamente. (ver 2.06)
Relatório Leuchter - Introdução & Notas editoriais
Este documento fornece um contraponto às afirmações comumente feitas por aqueles que negam que ninguém foi gaseado nos campos da morte de Auschwitz-Birkenau e Treblinka, durante a Segunda Guerra Mundial; que, de fato, negam que as câmaras de gás jamais existiram. (Pelo menos 1 milhão de pessoas foram brutalmente exterminadas em Auschwitz-Birkenau e cerca de 700.000 pessoas em Treblinka – o pior dos campos de extermínio em termos de abate).
A fonte mais prestigiada na Alemanha quanto aos crimes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o “Instituto de História Comtemporânea”, em Munique, resumiu os fatos em uma publicação recente. (Clique aqui para acessar o documento completo.)
Treblinka (Distrito de Warsóvia, Governo Geral) tinha 3 câmaras de gás até o fim de julho de 1942, e recebeu, no início de setembro de 1942 10 câmaras maiores ainda. Até o fechamento do campo, em novembro de 1943, cerca de 700.000 pessoas foram mortas aqui por monóxido de carbono.
Auschwitz-Birkenau (na antiga Polônia, em 1939 foi anexada ao “reich”, no leste da Alta Silésia, a sudoeste de Kattowitz). O campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau foi estabelecido na segunda metade de 1941, foi incorporado ao campo de concentração de Auschwitz, que existia desde maio de 1940. Até janeiro de 1942 tinha 5 câmaras de gás, e no final de junho de 1943 contava com outras quatro grandes salas de gaseamento de Zyklon-B. Até novembro de 1944, mais de 1 milhão de judeus e pelo menos 4.000 ciganos foram assassinados por gás.
(Notar que este número inclui somente as pessoas que foram gaseadas, muitas outras foram assassinados por “métodos convencionais”)
Este não é de forma alguma um substituto para outras pesquisas sérias – apenas um meio de expor as fraudes comuns no “Relatório Leuchter”, e um guia de fontes acadêmicas.
Este documento foi preparado por Danny Keren e Jamie McCarthy, e editado para o presente formato por Ken McVay. Comentários, correções e adições são bem-vindas.
Os documentos citados no presente trabalho, estão disponíveis no nosso servidor notadas da seguinte forma (caminho/Nome do Arquivo). O site FTP.nizkor.org aceita logins anônimos.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Relatório Leuchter: "Era impossível matar 6 milhões de pessoas em Auschwitz!"
A julgar pelo volume e área das câmaras de gás, bem como o numero de Kremas, ra impossível matar 6 milhões de pessoas no intervalo de tempo que os campos de concentração existiram.
Ninguém alega que 6 milhões de pessoas morreram em Auschwitz. Muitos morreram em outros campos da morte, nos guetos, e nos territórios soviéticos ocupados. As estimativas do número de pessoas que morreram em Auschwitz variam, da menor, 900.000 até a maior 1.600.000. É óbvio que as instalações de extermínio e cremação de Auschwitz poderiam cuidar de tal número.
Basta olhar para as fotografias dos fornos do Krema II (Pressac, 367, ver fotografia). Existiram 5 Kremas em Auschwitz. O número II, por exemplo, tinha 15 fornos enormes, especialmente projetados para queimar de forma eficiente e rápida. Cada um poderia consumir de 3-4 corpos de uma só vez (lembre-se que tinham muitas crianças e muitas pessoas bastante desnutridas) e fazia no máximo em 45 minutos. A SS experimentou diferentes tipos de combinação de cadáveres e coque para saber qual seria o melhor resultado custo-eficiência. (Müller, 60-61; Klarsfeld, 99-100; ver excertos).
Os cáculos de Leuchter apresentam como o número máximo de pessoas que poderiam ser executados em uma semana - 1693 - é um absurdo, como é demonstrado pelo seguinte cálculo para um único Krema, o número II:
Uma câmara de gás, cerca de 210m2 de área (2.220 pés quadrados), facilmente acomodava algumas centenas de pessoas, que estava abarrotada. (Ver seção 2.16).
Quinze fornos, cada um com a capacidade de incineração de pelo menos 3 corpos em 45 minutos, poderiam dispor de pelo menos 720 corpos em 12 horas de um dia.
Em um único ano, somente o Krema II poderia incinerar mais de um quarto de milhão de corpos. Adicionando estas capacidades para os Kremas III, IV, V, que você pode ver na figura. Adicionando que os corpos poderiam ser cremados em covas coletivas. Duas terríveis fotografias destas “covas de cremação”, foram tiradas em segredo em Auschwitz-Birkenau, e sobreviveram. Elas são de qualidade razoável, e mostram os homens em pé entre pilhas de corpos nus, com a fumaça à frente deles. Alguns corpos estão sendo arrastados para a cova. As fotografias estão disponíveis em Pressac (422) e estão disponíveis em arquivos de imagens.
Como uma referência, pode-se ver uma carta datada de 20 de junho de 1943, enviada ao General Kammler em Berlim, citando o número de corpos que podem ser eliminados em 24 horas de trabalho como 4.756. Uma fotografia da carta e o número de série dos arquivos alemães podem ser encontrados em Pressac (247). (Esta é inferior a 5 x 1.440 = 7.200, porque alguns dos Kremas tinham menos fornos como o II e III. A subdivisão exata está na carta de Jahrling para Kammler, é de 340 para o Krema I, 768 para o IV e V, e 1.440 para o II e III. Esta carta está disponível em formato de imagem.
É ingenuidade, na melhor das hipóteses, e desdenhosamente desonesto a alegação que tal número de crematórios estavam previstos para outra coisa senão a eliminação de corpos criados pelo extermínio em massa de vítimas indefesas.
Leuchter assume que as pessoas pudessem ocupar as câmaras de gás na densidade máxima de 1 pessoa por 9 pés quadrados (!) e que levaria uma semana (!) para ventilar as câmaras de gás antes de poderem ser utilizadas para outra execução em massa. Estas hipóteses são absurdas.
Por último, existiam duas outras instalações de gaseamento em Auschwitz, chamadas de “Bunker I” e “Bunker II”. Estas também foram demolidas pelos SS em fuga.
Fonte: The Nizkor Project - http://www.nizkor.org/faqs/leuchter/leuchter-faq-08.html
Tradução: Leo Gott
A “expertise” de Fred Leuchter
Alguns “revisionistas” tentam passar a imagem de que o “expert” em “métodos de execução” Fred Leuchter era engenheiro, coisa que até o próprio Fred Leuchter admitiu que não era. Mesmo assim eles insistem em dizer que Fred Leuchter é “expert” em “câmaras de gás” através de “experiências empíricas”, será que é “expert” mesmo?
Segundo o “revisionista” Mark Weber, diretor do IHR, Leuchter é “expert” em qualquer método de execução, além de projetar uma nova câmara de gás para o estado de Missouri e uma máquina de injeção letal para New Jersey(grifos meus):
During the past 14 years, Leuchter has been a consultant to several state governments on equipment used to execute convicted criminals, including hardware for execution by lethal injection, electrocution, gassing and hanging. In the course of this work, he designed a new gas chamber for the state of Missouri, and he designed and constructed the first lethal injection machine for New Jersey. Leuchter has also been a consultant on execution procedures. He has held a research medical license from both state and federal governments, and has supplied the necessary drugs for use in execution support programs.
Minha tradução:
Durante os últimos 14 anos, Leuchter foi consultor de vários governos estaduais sobre o equipamento utilizado para executar criminosos condenados, incluindo hardware para a execução por injeção letal, eletrocussão, gaseamento e enforcamento. No decorrer de seu trabalho, ele projetou uma nova câmara de gás para o estado do Missouri, e ele projetou e construiu a primeira máquina de injeção letal para New Jersey. Leuchter também foi consultor para a execução dos procedimentos. Ele realizou uma pesquisa de licenças médicas para os governos federal e estadual, e têm fornecido medicamentos necessários para uso nos programas de execução.
Neste mesmo artigo Mark Weber vai além para falar sobre a “expertise” de Fred Leuchter, chegando a afirmar que a sua “expertise” “foi abundantemente confirmada” (grifos meus):
Leuchter's expertise as the nation's foremost specialist of execution hardware, including gas chambers, has been abundantly confirmed. William Armontrout, warden of the Missouri State Penitentiary, testified on this matter during the 1988 "Holocaust Trial" of Ernst Zündel. As warden, Armontrout supervised the state's execution gas chamber.
Minha tradução:
A expertise de Leuchter como o principal especialista da nação em equipamentos de execução, incluindo câmaras de gás, foi abundantemente confirmada. William Armontrout, Warden [Warden é o Chefe Administrativo de uma Penitenciária] da Penitenciária Estadual do Missouri, testemunhou sobre o assunto durante o "Holocausto Trial" em 1988, de Ernst Zündel.Como Warden, Armontrout supervisiona as execuções por câmaras de gás no Estado.
A última execução em câmaras de gás no estado do Missouri ocorreu em 26 de janeiro de 1965 (Fred Leuchter, então com 22 anos estava cursando a faculdade de História, é "revisionistas", por incrível que pareça, Fred Leuchter é formado em História, e não em engenharia), conforme página oficial da pena de morte do Estado do Missouri:
The last execution in Missouri by means of lethal gas was that of Lloyd Leo Anderson on 26 January 1965 for the murder of a 15 year old delivery boy during a robbery in a St. Louis drugstore.
Minha tradução:
A última execução no Missouri por meio de gás letal foi a de Lloyd Leo Anderson em 26 de janeiro de 1965 pelo assassinato de um entregador de 15 anos de idade, durante um assalto à Farmácia St.Louis.
Se a última execução por gás no Missouri ocorreu em 1965 como é que Fred Leuchter prestou consultoria à Penitenciária de Missouri?
Teria sido na nova câmara de gás como nos diz Mark Weber?
Em 2 de junho de 1988 o governador do Missouri John Ascroft assinou a lei que instituía somente o uso de injeção letal para execuções no estado de Missouri, abolindo de vez o uso de câmaras de gás (grifos meus):
The 84th General Assembly of the Missouri legislature approved a change in the statute allowing capital punishment to be administered either by means of lethal gas or lethal injection at the discretion of the Director of the Department of Corrections. Since then lethal injection has been selected as the method of carrying out the death penalty sentence in Missouri. The bill was signed into law by Governor John Ashcroft on June 2, 1988 and became effective August 13, 1988.
Minha Tradução:
A 84a Assembléia Geral do Missouri aprovou a mudança no estatuto permitindo que a pena capital fosse administrada por meio de gás letal ou injeção letal [ficando] à critério do Diretor do Diretor do Departamento de Correção. Desde então a injeção letal foi selecionada como o método de execução da sentença de pena de morte no Missouri. O projeto de lei foi assindo pelo Governador John Ashcroft em 2 de junho de 1988 e tornou-se efetivo em 13 de agosto de 1988.
Se a última execução por gás no Missouri ocorreu em 1965 e à partir de 1988 ela foi abolida para que o Estado do Missouri precisaria de uma nova câmara de gás?
Por incrível que pareça o argumento mais sólido sobre a “expertise’ de Leuchter, veio de Robert Jan Van Pelt (que os “revisionistas” odeiam) no documentário Mr.Death, The rise and fall of Fred Leuchter Jr. de Errol Morris onde ele diz que “A única experiência de Leuchter com câmaras de gás foi uma pequena alteração de projeto na câmara de gás da Penitenciária de Jacksonville no Missouri.” E desde quando uma “alteração” de qualquer importância credencia uma pessoa como “expert”?
Se mesmo assim os “revisionistas” não estão satisfeitos com relação ao Missouri, faço aqui uma pergunta que poderia comprovar a “expertise” de Leuchter:
Porque Fred Leuchter NÃO apresentou UM ÚNICO contrato de prestação de serviços/consultoria/projeto/outros referentes à câmara de gás de sua empresa com o Estado do Missouri?
No Julgamento de Zundel, o advogado do mesmo convocou Leuchter como testemunha de defesa de Zundel, segue abaixo mais duas tentativas desesperadas de Fred Leuchter de provar sua “expertise”. [Q/P=Pergunta do advogado de Zundel e A/R=Resposta de Fred Leuchter] (grifos meus):
Q: And what is your relationship with the operation of those facilities [i.e. gas chambers] in those two States [California and North Carolina]?
A: We consulted with both States, California primarily on a heart monitoring system to replace the older type mechanical diagraph stethoscope that's presently in use. We will be shipping to them shortly and installing a new heart monitor for both chairs in their gas chamber.
Q: You are consulted by the State, I understand?
A: Yes, Juan Vasquez.
Q: I see. And in North Carolina?
A: North Carolina. My discussions and work was with one Nathan Reise, and he had some work done by their maintenance personnel on their gas chamber two years ago, and they had a problem with the gasket on a door leaking. At which point, we discussed it with him and recommended remedial procedures to change the gas chamber.
Q: And he consults you in regard to those matters?
A: He does.
Minha tradução:
P: E qual é a sua relação com a operação destas instalações [câmaras de gás] nestes dois estados [Califórnia e Carolina do Norte]?
R: Nós fomos consultados por ambos Estados, principalmente a Califórnia, no sistema de monitoramento cardíaco e na substituição de um antigo estetoscópio do tipo mecânico, que atualmente está em uso. Em breve estaremos enviando e instalando um novo monitor cardíaco para as cadeiras da câmara de gás.
P: Você foi consultado pelo Estado, eu entendo?
R: Sim, Juan Vasquez.
P: Entendo. E na Carolina do Norte?
R: Carolina do Norte. Minhas discussões e trabalho foram com Nathan Reise, e ele tinha feito algum trabalho com o pessoal de manutenção sobre a câmara de gás dois anos atrás, e eles tinham um problema de vedação e vazamento na porta. Neste ponto, nós discutimos com ele e recomendamos mudança nos procedimentos de reparação da câmara de gás.
P: E ele consultou você a respeito destes problemas?
R: Ele consultou.
O Projeto Nizkor (no mesmo link) fez uma pesquisa com os Wardens, o Warden de San Quentin na California respondeu (grifos meus):
"I can inform you, however, that San Quentin has not contracted with Fred A.Leuchter Jr., for the installation of a heart monitoring system or for any other work." Signed: DANIEL B. Vasquez, Warden (California)Minha tradução:“Posso informa-vos, entretanto, que San Quentin não contratou Fred A. Leuchter Jr para a instalação do sistema de monitoramento cardíaco tampouco para outro trabalho.” Assinado: DANIEL B. Vasquez, Warden (California).
Leuchter não sabia nem o nome da pessoa com quem ele supostamente assinou um contrato.
Nada diferente disso aconteceu com a Carolina do Norte(grifos meus):
"I discussed your request with Mr. Nathan A. RICE, Former Warden, and he stated that he vaguely recalled a telephone conversation between him and a gentleman professing to be an expert on execution chambers. Mr. Rice further states that the gentleman called him for the purpose of selling a lethal injection machine...
Also, our records do not support that Mr. Leuchter performed either consulting or any service...I can attest that the planning and work was performed by the Department of Correction Engineering Section and our institution maintenance department." Signed: Gary T. Dixon, Warden (North Carolina)Minha tradução:“Discuti sua solicitação com o Sr. Nathan A. RICE, antigo Warden, e ele disse que recorda vagamente de uma conversa por telefone entre ele e um cavalheiro que professava ser um perito em câmaras de execução. Mr.Rice afirma ainda que o cavalheiro em questão o chamou com o propósito de vender-lhe uma máquina de injeção letal...Além disso, nossos registros não confirmam que o Sr.Leuchter realizou consulta ou qualquer serviço...Eu posso atestar que o planejamento e o trabalho foram executados pelo Departamento de Correção – Seção de Engenharia e nosso departamento de manutenção.” Assinado: Gary T. Dixon, Warden (Carolina do Norte)
Jimmy Gray em 02/09/1983 no MississipiEdward E.Johnson em 25/05/1987 no MississipiConnie Ray Evans em 08/07/1987 no MississipiJesse Bishop em 23/10/1979 em Nevada
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Com FHC, Lula visita exposição em memória às vítimas do Holocausto
(Foto) O presidente Lula acompanhado da ministra Dilma, do ex-presidente da República, Fernando Herique Cardoso, e do governador de SP, José Serra, visitam exposição em memória às vítimas do Holocausto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta terça-feira (27), durante solenidade que marcou o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, que o Brasil pode atuar como mediador no conflito entre judeus e palestinos no Oriente Médio.
“A paz só tem a ganhar com a participação de países como o Brasil na luta pelo fim dos conflitos no Oriente Médio. O Brasil tem condições e credenciais para participar, junto com outros países, e chegar a um consenso para superar a violência e a irracionalidade”, disse o presidente, que afirmou que o país não aceita "a escalada da violência como solução para os conflitos".
Antes da solenidade, Lula, acompanhado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e do governador de São Paulo, José Serra, visitou uma exposição em homenagem às vítimas. O presidente acendeu uma das seis velas que lembras os 6 milhões de judeus mortos no Holocausto.
“A intolerância e a xenofobia ainda não foram totalmente extintas", disse Lula, que destacou a eleição do presidente Barack Obama nos Estados Unidos, um país onde "há poucas décadas, negros e bancos não tinham os mesmos direitos".
"O Brasil não aceita discriminação. Judeus e árabes, sejam religiosos ou não, convivem pacífica e harmoniosamente em nossas cidades. Por isso, o conflito entre Israel e palestinos, no Oriente Médio, atinge os corações e as mentes de todos e nos obriga a evitar que o ódio contamine o nosso país", disse.
Fonte: Tempo Real(Brasília, 28.01.2009)
http://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=28&mes=01&ano=2009&idnoticia=68360
As mais novas asneiras sobre o Holocausto ditas pelo presidente iraniano
Teerã, 27 jan (EFE).- O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a criticar a postura sobre o Holocausto no Ocidente, acusado de impedir uma investigação histórica por interesses políticos.
Em carta divulgada hoje pela emissora iraniana "PressTV", Ahmadinejad assinalou que "durante 60 anos, os países ocidentais bloquearam qualquer investigação sobre o Holocausto para manter sua dominação sobre outras nações".
Desde que em 2005 assumiu a Presidência do país, Ahmadinejad criticou com insistência o apoio das nações ocidentais a Israel, expressou dúvidas sobre o Holocausto e afirmou em diversas ocasiões que o Estado judeu "está próximo de seu desaparecimento". EFE
jm/mh
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL974565-5602,00.html
Comentário: é de se perguntar ao distinto presidente do regime iraniano se ele também permitiria que o 'Ocidente' realizasse investigações históricas sobre as atrocidades cometidas no passado e no presente pelo regime teocrático iraniano. Atrocidades como morte por enforcamento de homossexuais, apedrejamento de mulheres, assassinatos de opositores, etc. Será que ele permitiria que o Ocidente ivestigasse isso? Fica a pergunta no ar.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Lula vai a ato em memória de vítimas do Holocausto
Na avaliação do presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Cláudio Lottenberg, a presença de Lula tem "um valor simbólico muito grande". "O Brasil sempre primou pelo bom relacionamento com a comunidade judaica", disse, e emendou: "O fato de o presidente estar presente pessoalmente reforça esse compromisso do País." Lottenberg elogiou a postura de "estadista" de Lula por comparecer à solenidade, principalmente em um "momento delicado" como o atual, em vista dos conflitos na Faixa de Gaza.
A visita de Lula à sinagoga também ocorre pouco depois da polêmica dentro do PT sobre a posição do partido em relação ao confronto em Gaza. Em nota assinada pelo presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), o partido condenou, no início do mês, os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e comparou a ofensiva às práticas nazistas. "Feitos sob pretexto de 'combater o terrorismo', os ataques de Israel terão como resultado alimentar o ódio popular e as fileiras de todas as organizações que lutam contra os EUA e seus aliados no Oriente Médio, aumentando a tensão mundial", afirmou Berzoini no documento.
A nota oficial do PT foi rechaçada 15 dias depois por um grupo de 36 filiados do partido. Em carta, o grupo afirmava que o primeiro texto, entre outras falhas, "distorce o fenômeno histórico do nazismo". A carta foi subscrita por dois ministros - Tarso Genro, da Justiça, e Fernando Haddad, Educação -, pelo senador Aloizio Mercadante (SP) e outros dirigentes. "Gostaríamos de manifestar publicamente desacordo", disseram eles no comunicado.
Genro é, por sinal, um dos ministros que acompanharão Lula na solenidade de hoje, marcada para as 18 horas. Também estarão presentes o secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM) e o arcebispo Dom Odilo Scherer.
Fonte: Agência Estado/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL974316-5598,00-LULA+VAI+A+ATO+EM+MEMORIA+DE+VITIMAS+DO+HOLOCAUSTO.html
Organização judia boicota cerimônia pelo Holocausto na Alemanha
Stephan Kramer, secretário-geral do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, afirmou numa entrevista ao jornal Tagesspiegel que nenhum dos líderes da organização estará presente à cerimônia por considerar que os eventos anteriores foram ignorados e desrespeitados. Também alertou para o aumento do antissemitismo no país.
O presidente alemão, Horst Köhler, deve pronunciar nesta terça-feira um discurso no parlamento, na presença da chanceler Angela Merkel e de representantes dos principais partidos, por ocasião do dia da recordação do Holocausto, no aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, em 1945.
dlc/cn
Fonte: AFP
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/01/27/organizacao+judia+boicota+cerimonia+pelo+holocausto+na+alemanha+3648987.html
Jurgen Graf não quer matar os judeus
[Nikolaj Karajev]- Qual é a sua atitude para com o Estado de Israel?
[Jurgen Graf] – Israel não tem o direito de existir. O que fazer com os judeus? Nós somos pessoas cultas, não se pode exterminá-los. O que fazer com eles?...Eu não sei.
Obrigado, obrigado Sr. Graf! Você é contra o extermínio de judeus. É muita gentileza.
Autor: Sergey Romanov
Fonte: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/08/juergen-graf-doesnt-want-to-kill-jews.html
Tradução: Leo Gott
"Revisionismo do Holocausto" e falsificações
Uma das mais famosas falsificações relacionadas ao “revisionismo” é o chamado “Documento Mueller” também conhecido como “Documento Lachout”. Para maiores detalhes sobre esta falsificação ler “O Documento Lachout. A anatomia de uma falsificação”. Emil Lachout foi testemunha de defesa de Ernst Zundel no julgamento de 1988.
A segunda falsificação é chamada de Tagesbefehl-47, que diz respeito ao número de vítima do Bombardeio de Dresden. Embora não seja diretamente relacionado ao Holocausto, o mais “famoso dos revisionistas”, David Irving, confiou nele. E depois deles, muitos negadores invocaram o falso número de mortos de Dresden, contidos neste “documento”. Na verdade, os negadores vergonhosamente “floreiam” ainda mais o número de mortos:
Zundelsite:
Mais uma vez o número de mortes de alemães é jogado para baixo – em contraste com a eterna vítima judaica. O verdadeiro número de mortes de Dresden é superior a 350.000, possivelmente superior a 500.000.Isto em apenas uma cidade alemã.
Mais de 260.000 corpos e resíduos de corpos foram contados. Mas aqueles que pereceram no centro da cidade não podem ser rastreados. Aproximadamente 500.000 crianças, mulheres, idosos, soldados feridos e animais de zoológico foram
assassinados em uma noite.
O número real estabelecido atualmente é de 25.000.
Naturalmente, o grande momento após eles terem jorrado estas mentiras, negadores começaram a criticar o exagerado número de mortos nos campos de extermínio, o que implica em sua baixa revisão que “temos mentido”, e que nenhum número de mortes nazistas pode ser confiável. Claro que pela mesma lógica os bombardeios em Dresden nunca aconteceram.
É notável que, tal qual os diários falsos de Hitler, Irving foi o primeiro a duvidar da autenticidade do TB47, e em seguida o aceitou.
A terceira falsificação está em um relatório do “revisionista” Myroslaw Dragan relativo à carteira de identidade de Demjanyuk (ou seja, o carimbo na carteira, falsificado por Dragan). Enquanto a glória do “revisionista” Prytulak para expor esta falsificação (embora ele rotule que a carteira de identidade de Demjanyuk seja falsa também, mas isso veremos mais tarde), convém notar que Dragan é um personagem bem conhecido no cenário “revisionista”.
A série de falsificações feita por Gregory Douglas aka Peter Stahl. Algumas delas dizem respeito ao Holocausto. Douglas falsificou uma carta de Himmler para Osvald Pohl “provando” que Hitler não tinha conhecimento da “Solução Final”. Douglas falsificou alguns documentos sobre Odilo Globocnik. Douglas é um “revisionista”. Ele é aceito pelo importante “revisionista” Germar Rudolf e também por Willis Carto (pelo menos até pouco tempo era).
Ironicamente, Rudolf também invocou Dragan em pelo menos um artigo, e também o agradeceu em seu “relatório”. Quando a falsa “carta de Ischinger” de Douglas, foi declarada como falsificação, Rudolf defendeu Douglas assim:
Vendo rigorosamente, [esse documento] não é sequer uma falsificação. É apenas um ensaio, como fez Orson Wells em 1938 com “A guerra dos mundos”...Penso que isso é realmente engraçado. Que piada! Quem nunca fez isso deve se tornar o rei dos bobos-da-corte.
Esta é a atitude do “Dr.” Rudolf para com os falsificadores. Notavelmente, o falso relatório ainda é apresentado como autêntico por Douglas no “site TBRNews.org”.
No mesmo site podemos ver este artigo do “Dr.” Germar Rudolf, aparentemente baseado na falsificação de Douglas. De fato, existem muitos artigos no site com Rudolf assinando com Douglas, incluindo este sobre o Talmud.
E o último “documento” fraudulento que eu gostaria de discutir, se baseou principalmente em alguns “revisionistas” que se curvaram ao antissemitismo, é “O lobo do Kremlim” [The Wolf of the Kremlim], a “biografia” fabricada de Lazar Kaganovich. Quem a utilizou? Pierce, Oliver, Rimland (presumivelmente Zündel), Hoffman, Irving, Heddesheimer e, sem dúvida, muitos outros (incluindo não-negadores, mas certamente um simpatizante, Kevin MacDonald).
É também muito irônico que no primeiro número do Jornal da Revisão Histórica o falso “relatório Tartakow” foi publicado.
Então, da próxima vez que um “revisionista” disser “holofalso”, lembre-o desta lista.
Vaticano critica bispo que negou o Holocausto
O artigo foi publicado em meio a um grande protesto de grupos judaicos, após Bento XVI ter retirado a excomunhão, na semana passada, contra o bispo conservador Richard Williamson, que negou que seis milhões de judeus foram mortos pelos nazistas na II Guerra Mundial (1939-1945), no chamado Holocausto, ou genocídio dos judeus. O Vaticano ressaltou que o fato da excomunhão ter sido removida não significa que o Vaticano compartilhe as opiniões de Williamson.
Williamson e três outros bispos conservadores foram excomungados há 20 anos, após terem sido consagrados pelo ultraconservador arcebispo Marcel Lefevre, sem consentimento papal. Na época, o Vaticano disse que o movimento de Lefevre era cismático. Bento XVI, no entanto, deixou claro desde o começo do seu pontificado, em 2005, que ele deseja reconciliar a ultraconservadora Sociedade de São Pio X, o movimento de Lefevre, com o Vaticano.
Lefevre se rebelou contra o Vaticano em 1969. Ele se opunha aos ensinamentos do Concílio Vaticano II (1962-1965) que fez reformas liberalizantes na Igreja. No Vaticano II, a Igreja deplorou o antissemitismo e as relações dos católicos com a comunidade judaica foram revolucionadas. Na semana passada, comentários de Williamson foram exibidos na televisão da Suécia. Segundo o Vaticano, os comentários "são muito sérios e lamentáveis, contradizendo os ensinamentos da Igreja".
Na entrevista, Williamson disse que a evidência histórica "é de maneira forte contra seis milhões de judeus terem sido mortos deliberadamente nas câmaras de gás, como parte de uma política de Adolf Hitler". Grupos judaicos, como o Comitê Judeu Americano o Centro Simon Wiesenthal e a Agência Judaica denunciaram o Vaticano por ter acolhido um negador do Holocausto.
Nesta segunda-feira, o cardeal Angelo Bagnasco, chefe da Conferência Episcopal Italiana, defendeu a decisão do papa em retirar a excomunhão a Williamson, mas criticou a visão dele sobre o Holocausto, a qual definiu como "injustificável". A Conferência Episcopal da Alemanha também denunciou Williamson.
Fonte: AE/JC Online
http://jc.uol.com.br/2009/01/26/not_190470.php
Judeus alemães condenam perdão a bispo que nega Holocausto
"É um choque profundo", disse Dieter Graunmann, vice-presidente do Conselho, à Reuters. "Não estou dizendo que o Vaticano ou o papa tenham más intenções, mas, de fato, isto é um tapa na cara da comunidade judaica".
"É uma provocação e eu estou preocupado que o diálogo entre judeus e católicos fique agora congelado de alguma maneira, que o processo de reconciliação que avançou tanto nos últimos 50 anos seja interrompido, se não abortado".
No sábado, o papa Bento 16 reabilitou quatro bispos tradicionalistas que lideram a Sociedade de São Pio X (SSPX), que tem 600 mil membros de ultra-direita que rejeitam a doutrina e as crenças da Igreja Católica Apostólica Romana.
Richard Williamson, um dos quatro bispos, fez declarações nas quais negava a versão do Holocausto aceita pelos principais historiadores.
"Principalmente vindo de um papa alemão, eu esperava mais compreensão e sensibilidade", disse Graunmann.
Fonte: Reuters
http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE50P0E320090126
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Weckert sobre Chelmno
Quatro pontos rapidamente deverão tornar-se evidentes para qualquer leitor que analise os scans de Weckert sobre a historiografia de Chelmno. Em primeiro lugar, Weckert omite documentos chave e testemunhos, como a correspondência de Greiser para Himmler, o Relatório Korherr e muitos outros testemunhos de perpetradores coletados pelas autoridades criminais da Alemanha Ocidental. Contrastando o seu resumo de depoimentos com o meu mis recente panorama que pode ser lido aqui. Em segundo lugar, Weckert foca nas alegadas discrepâncias entre fontes secundárias, sem rastrear os autores das fontes primárias. Sua abordagem é um abuso de fontes secundárias, através do autor, sem deixar que o leitor veja as fontes que ela está “atacando via Proxy”. Em terceiro lugar, Weckert funde diferentes contextos. Ela finge que os documentos discutidos de um evento (ou período) são na verdade de outra discussão. Ela perpetua intencionalmente a cronologia e confusões geográficas que são os componentes essenciais da metodologia de negação. Finalmente, Weckert especializa em um falso dilema. Ela repetidamente insiste que temos de escolher entre duas alternativas, ambas distorcidas por ela.
Weckert definitivamente tem conhecimento da carta de Greiser para Himmler porque ela está impressa na pág.278 de Fachismus – Getto – Massenmord [a página referenciada é citada em Kershaw, p.85, n.88] trabalho este citado por ela em seu texto. Ela omite a carta de Greiser para Himmler, porque ela já havia declarado que outra carta sobre as vans de gaseamento, Just para Rauff, era uma falsificação. Ela também insinua piamente que a carta do SS-Sturmbannführer Rolf-Heinz Höppner para Adolf Eichmann datada de 16 de julho de 1941 era uma falsificação. Ela tem, portanto, utilizado a manobra da “falsificação” nesses documentos. Seus motivos para rejeitar a afirmação de Just que “Desde dezembro de 1941, noventa e sete mil foram processados” é a cifra de 97.000:
contradiz a estatística de Rückerl como adotada na conclusão de Massentötungen(p.132) sobre as deportações de Lodz, que geralmente são equiparadas com as vítimas assassinadas de Kulmhof/Chelmno. Rückerl afirma (p.276) que, até o final de maio de 1942 cerca de 55.000 judeus foram deportados de Lodz. Este número deveria ter sido no Aktenvermerk de 5 de junho de 1942, se realmente tem a ver com os assassinatos de Kulmhof/Chelmno.
Isto é uma distorção, pois em nenhum ponto nas cartas citam que todos os 97.000 (Just-Rauff) e 100.000 (Greiser-Himmler) foram vítimas [provenientes] de Lodz. Além disso, a própria fonte de Weckert para o número de 55.000, Rückerl, já havia sido citada anteriormente no artigo de Weckert afirmando que os Judeus das áreas envolvendo Lodz, ao invés de partir do próprio ghetto, foram transportadas para Chelmno "um pequeno número no mês de março e uma grande quantidade no mês de abril 1942" (p.278, nota 72). Weckert rejeita esta citação sobre os motivos que Rückerl já declarou que:
"Depois de judeus foram levados de caminhão dos arredores mais próximos para Chelmno de 5 de dezembro de 1941, a meados de janeiro de 1942, o transporte do gueto começou em 16 de janeiro de 1942" (p. 276)
Assim Weckert simplesmente fabrica uma contradição sem evidência alguma. O significado lógico da narrativa de Rückerl, combinado com a documentação das vans de gaseamento, é que, além dos 55.000 judeus deportados do gueto até junho de 1942, mais 42000-45000 judeus foram mortos em vans de gaseamento depois de serem deportados de outras partes de Warthegau.
Weckert também tenta minar Rückerl por “quote-mining” de uma testemunha publicado em Nova York em Novembro de 1942, que descreveu os assassinatos de judeus dos guetos de Grodziec, Rzgów e Zagórów nas florestas locais. Weckert deduz, falsamente, que a fonte da publicação, afirmou que as ações de assassinato foram concluídas antes das deportações, que começaram em 16 de janeiro de 1942, todas as deportações para Chelmno à partir dessa data só poderiam ter sido de Lodz. Todas as subseqüentes “discrepâncias” decorrem (intencionalmente) por má interpretação de fontes.
A má interpretação de fontes secundárias de Weckert trai sua técnica de jogar uns contra os outros. Tivesse ela disposta a utilizar honestamente o relatório de Rückerl e suas fontes, ela não o teria acusado falsamente de contradição. Weckert joga um jogo semelhante de falsificação e contradições no que diz respeito à nomeação do Sonderkommando e da cronologia da implantação das vans de gaseamento. Sobre o SK, Weckert alega:
Massentötungen decidiu chamá-lo "Sonderkommando (SK) Kulmhof / Chelmno" ou também "SK Lange" ou "SK Bothmann", depois do Kommandoführer Massentötungen, p. 116).
Aqui tem Weckert simplesmente jogou com a cronologia, ignorando o fato de Lange e Bothmann estiveram a cargo da unidade durante diferentes períodos, e o fato que a unidade foi renomeada para SK Kulmhof quando Bothmann foi substituído por Lange. Weckert sabia disso porque, de acordo com Kershaw, (pág.85, nota 81) a cronologia é dada em Rückerl , pág. 251 e 258.
Sobre as vans de gaseamento, Weckert alega que:
No capítulo sobre a origem dos caminhões de gás, Massentötungen explicou que, neste momento, Dezembro de 1941,a entrega dos veículos com chassis Saurer ainda estavam sendo negociados e foram então, após a entrega, os corpos equipados pela firma Gaubschat. Os caminhões completos não poderiam ter sido entregues antes da primavera de 1942. Como seria possível então que três destas vans estavam em funcionamento desde dezembro de 1941?
Novamente, Weckert usa uma fonte secundária para camuflar a primária, tais como os testemunhos de Burmeister Walter e Walter Piller, que deixa claro que a unidade de Lange utilizava uma van com monóxido de carbono engarrafado que havia sido implantado no programa de Eutanásia, e posteriormente implantaram “caminhões Renault tamanho médio com motores Otto”. A fonte dos testemunhos é Kogon/Lanbein/Rückerl et al, Nationalsozialistische Massenttungen durch Giftgas, página 81ff., exatamente a mesma fonte que Weckert afirma que os veículos eram Saurer!
Finalmente, agradeço a David Woolfe por expor, neste post do RODOH, que Weckert fraudulentamente utiliza Reitlinger, a quem ela distorce em três ocasiões. Primeiro Weckert alega que:
Alguns dos deportados foram “transferidos para campos de trabalho e desocuparam os guetos do distrito de Lublin (Reitlinger, p.279). Outros foram mobilizados “para a recuperação do pântano Pripyet e para as colônias agrícolas judaicas perto de Kriwoi Rog na Ucrânia (Reitlinger, p.101).
Como David mostrou, Reitlinger na verdade diz que, “Uma pequena porção de judeus “reassentados” de Lodz foram transferidos para os campos de trabalho e desocuparam os guetos de Lublin.” Ele não diz que os judeus de Lodz foram enviados para a Ucrânia. Não hà provas de que mesmo estes pequenos números de judeus de Lodz que foram enviados para Varsóvia e Lublin faziam parte dos selecionados de Varsóvia e Lublin que foram enviados para trabalho forçado no projeto do pântano Pripyet. Weckert simplesmente ligou duas passagens distintas de Reitlinger sem explicar que se referiam a diferentes populações.
Em segundo lugar, Weckert usa Reitlinger para sugerir que ninguém sabia no gueto de Lodz sobre os gaseamentos em Chelmno, e ainda ignora Reitlinger neste próximo texto:
Aqueles que não sabiam, cuidaram de espalhar desânimo. Assim, o Tenente Rosenblatt, o comandante da Ordnungsdienst judaica, admitiu que selecionou velhos e frágeis sabendo perfeitamente que seriam gaseados.
Finalmente, Weckert tenta desacreditar a fonte de Reitlinger, Salomon M. Schwarz, quando ele discute a liquidação dos campos ucranianos em maio de 1942, enquanto ignora o fato de que Schwarz foi a fonte original de Reitlinger para a transferência dos judeus de Varsóvia e Lublin para estes campos.
Concluindo, volto para o ponto de abertura deste artigo no blog, é inconcebível que um negador como Mattogno, poderia rastrear as notas de rodapé de Weickert, falar e não perceber que ela havia mentido descaradamente ao longo de seu artigo. Ainda nenhum negador procurou substituir o seu desonesto e desonroso lixo com um verdadeiro estudo revisionista da historiografia de Chelmno. Eles parecem felizes por permitir a posição deste como o trabalho padrão dos negadores sobre o campo e devem, portanto, compartilham a sua culpabilidade para a falsidade. (grifos do tradutor)
Texto original: Dr. Jonathan Harrison
Título: Weckert on Chelmno
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/12/weckert-on-chelmno.html
Tradução: Leo Gott
Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Humanidade recorda Holocausto
A 27 de Janeiro de 1945, o exército soviético libertava o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, revelando ao mundo as atrocidades cometidas pelo regime Nazi de Adolf Hitler. Para que as vítimas não sejam esquecidas, a Organização das Nações Unidas determinou que seria o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Mais de 1 milhão de pessoas visitaram Auschwitz-Birkenau em 2008.
O museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947, no antigo campo de concentração, o maior do nazismo, onde entre 1940 e 1945 foram assassinados 1,1 milhões de pessoas, sendo 90% judeus.
O campo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto no mundo todo.
O museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947, no antigo campo de concentração, o maior do nazismo, onde entre 1940 e 1945 foram assassinados 1,1 milhões de pessoas, sendo 90% judeus.
O campo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto no mundo todo.
ARISTIDES DE SOUSA MENDES
Data de nascimento – 19 de Junho de 1885
Data da sua morte – 3 de Abril de 1954
O cônsul português em Bordéus, durante a II Guerra Mundial, atribuiu vistos e carimbou passaportes a milhares de refugiados judeus, salvando-os da morte às mãos dos alemães. Desobedecendo a uma ordem de António Oliveira Salazar, viria a ser castigado pelo ditador, sobrevivendo à custa da solidariedade da comunidade judaica de Lisboa.
CRONOLOGIA
25 de Janeiro de 1940
- A Alemanha Nazi decide construir um campo de concentração em Auschwitz
20 de Maio de 1940
- Chegam os primeiros prisioneiros.
1 de Março de 1941
- Heinrich Himmler determina a expansão do primeiro campo e a construção de um segundo em Birkenau, a apenas 6Km de distância.
3 de Setembro de 1941
- Primeiros gazeamentos de prisioneiros em Auschwitz, com recurso a Zyklon B.
25 de Novembro de 1944
- Heinrich Himmler, comandante da Schutzstaffel (SS), ordena a destruição dos crematórios e das câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau, com o objectivo de apagar as provas do genocídio.
27 de Janeiro de 1945
- Tropas soviéticas entram no complexo de Auschwitz-Birkenau libertando mais de 7 mil prisioneiros
17 de Abril de 1946
- O governo polaco resolve construir um mausoléu no campo de concentração
26 de Outubro de 1979
- O campo de concentração Auschwitz-Birkenau foi incluído na lista de património mundial da Humanidade pela UNESCO
Fonte: Correio da Manhã(Portugal, 25.01.2009)
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=A19BA293-4B24-4999-B6E2-B0E4E694BB53&channelid=00000230-0000-0000-0000-000000000230
Observação: Na matéria completa no link há números sobre o Holocausto só que sem fonte. Pra evitar distorções e manipulação de informação habituais dos mal intencionados "revisionistas" segue o link das estimativas de mortos no Holocausto feitas pelo historiador do Holocausto, já falecido, Raul Hilberg:
Números do Holocausto por Raul Hilberg
http://holocausto-doc.blogspot.com/2007/10/nmeros-do-holocausto-por-raul-hilberg.html
Mais estimativas do número de mortos no Holocausto, site H-Doc:
Fonte: Denying History
Michael Shermer e Alex Grobman
página 177
Tradução: Marcelo Oliveira
Link: http://h-doc.vilabol.uol.com.br/estat.htm
Museu de Auschwitz precisa de dinheiro para sobreviver
"A ajuda internacional é a única fórmula para conservar o que resta", afirmou o representante do Conselho de Auschwitz e ex-prisioneiro nas instalações durante a II Guerra Mundial Wladyslaw Bartoszewski em declarações a um jornal local.
Para Bartoszewski, um lugar com a importância de Auschwitz, considerado um dos monumentos mais importantes para a memória histórica do mundo, deveria receber mais apoios de organismos internacionais pela sua relevância já que os custos de manutenção são muito elevados.
O apoio estrangeiro já existe mas situa-se na ordem dos cerca de 250 mil euros anuais, muito menos que o necessário para manter de pé esta memória do Holocausto.
Desde que o museu de Auschwitz foi criado, há mais de 60 anos, o estado polaco assume praticamente a totalidade dos custos, com um subsídio anual de cerca de 4,4 milhões de euros.
Segundo Piotr Cywinski, o diretor do museu, "se quiséssemos arranjar os telhados, não seriam precisos mais de 15 mil euros, mas trata-se de revelar e proteger a História".
O diretor é o primeiro a admitir que a instituição se debate com uma tremenda falta de dinheiro.
O museu de Auschwitz foi declarado Patrimônio da Humanidade, pela UNESCO, em 1979. Em 2008, foi visitado por mais de um milhão de pessoas.
Fonte: Lusa
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/494056
Corte francesa confirma pena contra ultradireitista(fascista) francês que defendeu nazismo
O Tribunal de Apelação de Paris confirmou hoje a pena de três meses de prisão livre de cumprimento e dez mil euros de multa ao líder ultradireitista Jean-Marie Le Pen por ter dito, em entrevista em 2005, que a ocupação nazista da França "não foi particularmente desumana".
Em 8 de fevereiro, Le Pen recebeu a mesma pena em primeira instância pelo Tribunal Correcional de Paris, que o considerou culpado de "cumplicidade de apologia de crimes de guerra" e "negação de crime contra a humanidade".
Os advogados de Le Pen anunciaram que recorrerão da sentença na Suprema Corte.
O político foi condenado com base nas seguintes declarações reproduzidas no semanário ultradireitista "Rivarol": "Na França, a ocupação alemã não foi particularmente desumana, apesar de ter havido alguns atropelos, inevitáveis em um país de 550 mil quilômetros quadrados".
Para os juízes, essa declaração "busca criar dúvidas" sobre os crimes contra a humanidade cometidos pelos nazistas na França, "como a deportação de judeus ou a perseguição de resistentes".
Na mesma entrevista, Le Pen afirmou que a Gestapo (Polícia secreta do regime nazista) desempenhou em algumas ocasiões um papel positivo.
Ele citou como exemplo o caso de quando, de acordo com ele, os agentes impediram o massacre de Villeneuve d''Ascq, cometido na noite de 1º de abril de 1944 por um oficial alemão que estava furioso porque um de seus esquadrões tinha sofrido um atentado.
Segundo a Corte, com essas palavras o líder ultradireitista cometeu "uma falsificação histórica deliberada" que dá à Gestapo "uma imagem positiva", a qual "esconde" os crimes que cometeu.
Não é a primeira vez que Le Pen é condenado por suas polêmicas declarações.
Em 2005, foi obrigado a pagar uma multa de dez mil euros por declarações contra os imigrantes e, em 1998, recebeu uma pena similar por defender a desigualdade de raças.
Já em 1997 ele foi condenado por dizer que as câmaras de gás foram "um detalhe da história", enquanto oito anos antes tinha sido punido por negar a existência deste instrumento de extermínio nazista.
Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI3463140-EI188,00-Corte+confirma+pena+contra+ultradireitista+frances+que+defendeu+nazismo.html
O julgamento do fascista Jean-Marie Le Pen por apologia ao regime nazista, matéria do Telegraph(Inglaterra) de 2007:
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/1572656/Jean-Marie-Le-Pen-Nazi-trial-begins.html
sábado, 24 de janeiro de 2009
Papa reabilita bispo que nega o Holocausto
VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 reabilitou neste sábado um bispo tradicionalista que nega o Holocausto, apesar de advertências de líderes judaicos de que isso causaria sérios prejuízos nas relações entre católicos e judeus e fomentaria o antissemitismo.
O Vaticano informou que o papa emitiu um decreto que remove a excomunhão de quatro bispos tradicionalistas que foram excluídos da Igreja Católica em 1988 por terem sido ordenados sem permissão da Santa Sé.
Os quatro bispos lideravam a ultraconservadora Sociedade de São Pio 10 (SSPX), que tem cerca de 600 mil membros e rejeita modernizações na doutrina e nos cultos dos católicos romanos.
O Vaticano afirmou que as excomunhões foram retiradas depois que os bispos expressaram o desejo de aceitar os ensinamentos da Igreja e a autoridade papal.
Ao pôr fim a um cisma que afetou a Igreja Católica por 20 anos, o decreto parece prestes a desencadear uma das mais sérias crises nas relações entre católicos e judeus nos últimos 50 anos.
"Não temos intenção de interferir nos assuntos internos da Igreja Católica. No entanto, a ânsia de trazer um negador do Holocausto de volta para a Igreja vai causar danos às relações entre a Igreja e os judeus", disse à Reuters o embaixador de Israel no Vaticano, Mordechai Lewy.
Um dos quatro bispos, o britânico Richard Williamson, fez uma série de declarações negando a totalidade do Holocausto Nazista dos judeus europeus, fato aceito pelos historiadores atuais.
Em comentários à TV sueca, transmitidos na quarta=feira, ele disse: "Acredito que não houve câmaras de gás e também que somente 300.000 judeus morreram em campos de concentração nazistas, em vez de 6 milhões."
Williamson afirmou ainda: "Acredito que as provas históricas são amplamente contrárias a que 6 milhões tenham sido deliberadamente mortos em câmaras de gás, como uma política deliberada de Adolf Hitler."
O rabino David Rosen, que fica em Israel e chefia a seção de assuntos inter-religiosos do Comitê Judaico Americano, disse à Reuters:
"O papa anterior, João Paulo 2o, designou o antissemitismo como pecado contra Deus e o homem. A negação da amplamente documentada Shoah (Holocausto, em hebraico) é antissemitismo em sua forma mais ostensiva."
Ao ser indagado sobre os comentários de Williamson, o principal porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que eles eram totalmente "extrínsecos" em relação à suspensão da excomunhão.
"Este ato (o decreto) se refere à suspensão da excomunhão. Ponto", disse Lombardi aos repórteres. "Não tem nada a ver com opiniões pessoais, que são abertas a críticas, mas não pertinentes a este decreto."
Fonte: Reuters
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/01/24/ult27u69950.jhtm
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Germar Rudolf e os crimes nazistas
Na sua introdução de Dissecting the Holocaust [Dissecando o Holocausto], Germar Rudolf afirma que "É preciso dizer aqui e agora que nenhum dos autores que contribuíram para o presente trabalho consideram-se ideologicamente com ligações ao Nacional Socialismo". As evidências apresentadas abaixo sugerem que esta declaração de Rudolf é falsa. Seus trabalhos publicados, são facilmente acessíveis on-line, são uma tentativa sistemática de desculpar o regime nazista usando um conjunto de técnicas que alternam entre negação, ofuscação, minimização e equivalência de falsa moral. É inconcebível que um projeto como este poderia ter sido realizado por alguém que não tenha alguma simpatia pelo regime nazista.
O repertório de retóricas e dispositivos de linguagem utilizados por Rudolf não está limitado à “Negação do Holocausto”; ele também bate em uma vasta literatura da política nazista, interna e externa. Por exemplo, Rudolf inclina-se fortemente para o trabalho de Ernst Nolte, que argumenta que a política genocida nazista foi um Überschießende Reaktion (ultrapassagem de reação) para ascensão do Bolchevismo soviético. Thomas Sheehan tem resumido com precisão esta posição:
Mr.Nolte diz de fato que a “a alegada aniquilação dos judeus” (como ele chama o Holocausto) pode ser justificada aos olhos de Hitler como “guerra preventiva”. Por um lado, Nolte alega que à partir do slide que passou pela cabeça de Hitler e alguns de seus alcólitos de “comunistas nos ameaçando” e “judeus nos ameaçando” não é totalmente irracional. Por outro lado ele pensa na declaração de Chaim Weizmann de 1939 sobre judeus e palestinos e o apoio da Grã-Bretanha a Hitler de “boas razões para não estar convencido da determinação de seus inimigos [judaísmo internacional, assim como os Bolsheviks] para aniquilá-los.
Rudolf endossa a citação de Nolte de que o anti-semitismo nazista surgiu dos “judeus que intimamente estavam emaranhados no comunismo”. Em seguida, ele cita uma observação de Jerry Z. Muller na passagem em que cita Nolte (fora de contexto), "Os Trotskies fazem as revoluções [ou seja, o Gulag], e os Bronsteins pagam as contas [do Holocausto]. Ele conclui que:
Assim parece compreensível que, o nacional-socialismo e os povos orientais lutando lado a lado por sua liberdade, equacionados os judeus, em geral, com o terror bolchevista e as atividades dos comissários, embora esse tipo de identificação, como radical e coletivo, foi injusto. No entanto, é plausível, pois, mais se tratava de judeus acima de tudo, que foram feitos para pagar a guerra com os partisans e outros crimes de guerra soviéticos. Qualquer um que (com razão) critica esta, no entanto, também não deve deixar de considerar que a culpa por este tipo de escalada de guerra no Oriente estava para acontecer. E claro que era para ser com Stalin, que, como um aparte, os judeus tinham tratado na sua esfera de influência, pelo menos, tão impiedosamente quando a guerra teve início, com Hitler.
Rudolf também cita Nolte nesta nauseante tentativa de equivalência moral entre a T4 [Operation T4, Eutanásia] e aborto:
Como Nolte[90], no entanto, não posso deixar de observar o espanto das pessoas que hoje ficam moralmente indignadas com o assassinato de 100.000 pessoas, geralmente com deficiência grave, talvez por razões de duvidosa "genética do bem-estar público" durante os 12 anos da ditadura Nacional Socialista, essas pessoas não ficam chocadas com o assassinato premeditado de fetos, um número de 4 milhões de pessoas nos últimos 12 anos, somente na Alemanha – assassinatos motivados apenas pelo materialismo e considerações egoístas. É evidente que a moral que julgamos hoje é completamente diferente de 55 anos atrás. Duvido que eles são melhores.
Esta falsa equivalência moral foi construída sob uma mentira. Contrariamente à falsa afirmação de Rudolf, o Programa T4 não só matava as crianças que eram “geralmente muito deficientes”. Além disso, Rudolf não pode sequer aproximar-se para condenar os assassinatos: ele afirma que eles eram “talvez duvidosos”.
É óbvio portanto que Rudolf está tentando minimizar a repugnância moral do T4. Além disso, é provável que Rudolf admita que o T4 existiu porque existe uma ordem escrita de Hitler e ele não pode pintá-la como uma falsificação. Isto é evidente a partir do fato de que ele está disposto a mentir sobre a documentação de apoio a outras atrocidades nazistas.
Por exemplo, Rudolf afirma que:
... foi irrefutavelmente comprovado que o alegado massacre de Babi Yar foi uma mentira atroz e sem substâncias[57], isto reconhecidamente joga a autenticidade, ou pelo menos, a confiabilidade de toda a série de documentos do IMT "URSS – Relatórios de Eventos" e todos os outros documentos em dúvida, e, consequentemente, todas as Unidades de assassinato em massa por si.[...] Ainda hoje, quando centenas de milhares de valas das vítimas de Stálin, estão sendo descobertas, muitas vezes por acidente, mesmo sendo 50 ou 60 anos após o fato, ainda estão sem vestígios de valas alemãs e locais de cremação, e, de fato, qualquer especulação pública se os métodos modernos podem ou não ajudar a localizar são evitados – afinal, nenhum desses lugares desapareceu sem deixar rastros, graças ao maravilhoso método, apenas os alemães sabiam...
Quando Rudolf não admite o assassinato em massa pelos nazistas, ele recorre a duas defesas fraudulentas. Em primeiro lugar conforme acima, ele usa o argumento infame de Nolte de que as mortes foram atos de guerra preventiva contra o bolchevismo. Em segundo lugar, Rudolf apresenta uma falsa imagem de partisan, e mentiras sobre a legalidade das ações anti-partisan nazistas. Se é verdade que as leis internacionais no período de 1939-1945 não proibiam represálias contra partisans, e colocaram limitações claras sobre essas represálias. Rudolf conhece estas limitações, mas deliberadamente escolheu não citá-las. Ele por isso, passa a enganosa impressão e que os nazistas ostentaram e agiram dentro da lei. Em particular, Rudolf mente sobre o princípio da proporcionalidade nesta discussão:
... Nós podemos terminar por dizer que não havia fixado direito comum no que diz respeito à proporcionalidade, muito menos no que diz respeito à proporção de 1:1. E assim temos que concordar com Lanternser, [111]que no caso italiano das Fossas Ardeatinas em 24 de março de 1944, dadas as circunstâncias particulares em Roma (apenas 20km do front de Nettuno), a execução ordenada de 330 italianos em represália pela morte de 33 policiais alemães[112] não excedeu a ordem militar, justificado pela necessidade.
Na realidade, o “Manual Britânico de Direito Militar” [The British Manual of Military Law], um documento que o próprio Rudolf cita em seu link, tinha tornado claro que a proporcionalidade não se aplicava no momento. Parágrafo 459, diz:
Os atos praticados por meio de represálias não devem, no entanto, serem excessivos, e não devem exceder o grau de infração cometida pelo inimigo.
Além disso, a discussão de Rudolf sobre a Ordem dos Comissários[Kommissar Order] mostra que a sua discussão sobre direito internacional foi uma deliberada ofuscação. Ele reconhece que a Ordem dos Comissários era "juridicamente insustentável", mas afirma que era "moralmente adequada." Ele alega também que o decreto não foi realmente posto em prática e que por fim foi revogado:
Seidler [11] publicou recentemente um estudo atualizado e equilibrado acerca da luta partisan da Wehrmacht, mostrando não só os desastrosos e provavelmente decisivos efeitos dos ataques partisans contra as unidades alemãs e, especialmente as suas provisões, mas ele também comprova que a maioria das reações alemães foram totalmente abrangidas pelo direito internacional, embora nem sempre a longo prazo. Além disso, ele mostra que ordens superiores quebraram as leis internacionais, (por exemplo, a infame "Kommissar order", que pode ser considerada moralmente adequada, mas politicamente estúpida e judicialmente insustentável) foram, na maioria dos casos sabotados pelas unidades no front, e essas ordens, depois de longa duração e maciços protestos, foram finalmente revogadas.
Concluindo, portanto não hà nenhuma atrocidade nazista que Rudolf condena inequivocadamente. Represálias contra civis, eutanásia e assassinatos do T4 e assassinatos de membros do Partido Comunista Soviético são todos defendidos nos escritos de Rudolf. Sua recusa de ser um simpatizante nazista pode, portanto, ser rejeitada por uma transparente tentativa de esconder o conteúdo pró-nazista de sua própria escrita. (grifos do tradutor)