sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Grupo neonazi tortura e humilha jovens gays para postar vídeos e imagens em redes sociais

Alarmante situação na Rússia. Grupo neonazi tortura e humilha jovens gays para postar vídeos e imagens em redes sociais.

Aviso: vídeo abaixo contém cenas violentas, não recomendável a visualização por quem se choca muito com imagens de espancamento e tortura.

Foto tomada de: inoutpost.com
Um jovem homossexual foi agredido na Rússia por difundir propaganda de relações do mesmo sexo em redes sociais.

Os agressores que dizem lutar contra os pecados da sociedade contatam suas vítimas através de contas falsas do Facebook para acordar sitas com jovens e adultos homossexuais, e depois os obrigam a realizar atividades vergonhosas, humilham-nos e os golpeiam.

Artem Gorodilov é uma das últimas vítimas do grupo “Occupy Pedofilyaj” que foi ultrajado e obrigado a subir em um carro e viajar até o cemitério local de Kamensk-Uralsky, onde os agressores o submetiam a insultos e ameaças por ser homossexual e difundir propaganda gay através da internet.

Foto de: inoutpost.com
Seus captores o obrigaram a ficar ao lado da tumba de outro garoto homossexual que havia cometido suicídio meses antes depois de ter sido agredido também por este grupo.

Os ataques são colocados na internet para satisfação dos algozes.

Este e outros casos de agressão são provas evidentes da gravíssima situação que vivem os homossexuais na Rússia depois da aprovação da lei que proíbe a chamada «propaganda homossexual».

A despreocupação do governo e de 84% da população em relação aos ataques a pessoas homossexuais permite que isto continua acontecendo a cada dia mais atos como este na Rússia.

Este é um dos vídeos que mostra o abuso por parte do grupo neonazi a pessoas homossexuais.
Yotube/JohnAravosis


Publicado em 11 de setembro de 2013
Fonte: Redação NTN24

Fonte: NTN24 (Colômbia)
http://www.ntn24.com/noticias/en-rusia-un-grupo-neonazi-tortura-y-humilla-jovenes-gais-y-luego-postea-videos-de-las-victimas-en
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ataque neonazi à sede cultural da Catalunha em Madrid

Una quinzena de pessoas irromperam o centro, boicotando o ato e fazendo com que cinco pessoas tenham que receber assistência médica
Estrella Digital/EP, Sigam-nos em @Estrella_digit . 11/09/2013 | 21:53 h.

Fotogaleria: Ataque da extrema-direita
à sede Catalã em Madrid
Cinco pessoas teriam recebido assistência médica, entre elas uma garota de cinco anos, depois do boicote por parte de um grupo de homens com visual neonazi ao ato central da Diada (Dia) da Catalunha em Madrid, celebrado no Centro Cultural Blanquerna. Os fatos ocorreram às sete e meia da tarde no citado centro, localizado no número 44 da rua de Alcalá, quando o delegado da Generalitat da Catalunha em Madrid, Josep María Bosch, pronunciava um discurso.

Segundo fontes policiais, uma quinzena de pessoas irrompeu o centro cultural para boicotar o ato e lançaram algum tipo de gás. Proferindo palavras de ordem com "Catalunha é Espanha", mantiveram um embate com o deputado do CiU Josep Sánchez Llibre e com um câmara de televisão. Cinco pessoas que se encontravam no centro, onde havia entre 60 e 70 espectadores, precisaram de assistência médica, entre elas uma garota de cinco anos. Três delas necessitaram ser transportadas para hospitais.

Assim, médicos do Summa-112 atenderam uma pessoa com uma crise nervosa, e outra por contusões e uma terceira por irritação ocular e as transportaram para hospitais distintos da capital, segundo informaram à Europa Press um porta-voz da Emergência 112 da Comunidade de Madrid. Por sua parte, facultativos do Samur-Proteção Civil atenderam uma mulher e uma criança de cinco anos que apresentava irritação nos olhos pelo efeito do gás. As duas estavam bem e foram atendidas e receberam alta no lugar, segundo confirmaram fontes da Emergência Madrid à Europa Press.

Depois do incidente, o Samur, em coordenação com a Polícia Nacional, despachou uma equipe NRBQ (Quebec) para determinar o tipo de gás empregado pelos assaltantes e o nível de toxidade do mesmo. O local foi isolado enquanto são feitos esses trabalhos.

Ver o vídeo da agressão (há vídeos mais completos com a parte do gás):


Fonte: Europa Press (Espanha)
http://www.europapress.es/nacional/noticia-grupo-estetica-neonazi-ataca-sede-cultural-cataluna-madrid-celebracion-diada-20130911202902.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Cinco heridos tras un asalto de radicales a la sede madrileña del centro catalán Blanquerna (20minutos.es, vídeo completo)
Seis detenidos tras el ataque radical al centro cultural Blanquerna en la Diada (Elmundo.es)
Ataque ultraderechista al centro cultural Blanquerna (Dalealplay.es, vídeo completo)
Ataque "neonazi" a la sede cultural de Cataluña en Madrid (Estrelladigital.es, Espanha)

sábado, 7 de setembro de 2013

Morre Rochus Misch, ex guarda-costas de Hitler

Capa do livro com o testemunho de Rochus Misch,
ex-guarda costas de Hitler
Foto: Reprodução RFI
Morreu nesta sexta-feira em Berlim Rochus Misch, 96 anos, guarda-costas de Adolf Hitler, e uma das únicas testemunhas vivas dos últimos momentos que antecederam o suicídio do Führer no fim da guerra.

Misch, oficial adjunto da SS, a polícia nazista, morreu de um ataque cardíaco em sua casa em Berlim, segundo sua família. Poucos dias antes do fim da guerra, ele estava encarregado do atendimento telefônico na chancelaria.

Em seus depoimentos, que deram origem a um livro e a um DVD, ele contesta as versões de jornalistas e historiadores sobre os últimos momentos antes da queda de Hitler.

"Era menos 'teatral' do que normalmente é descrito. O pior, era o silêncio. Todo mundo falava em voz baixa e ninguém sabia o porquê. Para mim era o bunker da morte", declarou.

Questionado, sobre os melhores momentos de sua vida, Misch costumava mostrar fotos da residência de Hitler na Bavária. "Sim, foi o melhor período da minha vida. Maravilhoso, como estar de férias. O chefe sempre estava relaxado neste lugar", conta.

"No fim da guerra, se alguém queria falar com Hitler, seja Goebbels, Göring ou algum outro, era preciso passar por mim. Eu que atendia os telefonemas", descreve.

Michus conta ter visto no dia 30 de abril de 1945 os corpos de Hitler e Eva Braun depois do suícidio serem levados para jardim da Chancelaria para serem incinerados.

Preso em 1945, Misch passou nove anos nos campos soviéticos. O ex-capitão da SS Günther Schwägermann, que hoje tem 98 anos, ex-auxiliar de Goebbels, é o último sobrevivente do bunker.

Fonte: RFI (Portugal)
http://www.portugues.rfi.fr/europa/20130906-morre-rochus-misch-ex-guarda-costas-de-hitler

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Corporações e cooperação com os nazistas

Corporações e cooperação com os nazis

Pergunta:

Prezado Sr. / Sra. Estou trabalhando agora em um ensaio de história com o tema "Indústria e organizações alemães (Daimler Benz, Siemens, Deutsche Bank, Krupps, Volkswagen ...) [German Industry and organisations (Daimler Benz, Siemens, Deutsche Bank, Krupps, Volkswagen...)], sua cooperação, seu trabalho e sua influência sobre o partido nazista, ou apenas o contrário. Tenho grande dificuldade em encontrar informações sobre esse assunto. Muito obrigado pelo seu tempo e ajuda.

Harry W. Mazal OBE responde:

Sou uma das pessoas que responde às perguntas enviadas ao nosso projeto. É possível que outros colegas meus também respondam.

Sua pergunta é muito complexa. A maioria das grandes empresas na Alemanha ajudaram os nazistas em sua busca por poder, e muitas colaboraram ainda mais com eles quando os nazistas conseguiram o controle total da Alemanha.

Começando com o grupo Krupp:

Visite as seguintes páginas de nosso site:

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t134.htm

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t135.htm

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t136.htm

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t137.htm

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t138.htm

e você vai obter algumas informações relevantes sobre a influência do grupo Krupp na Alemanha nazista.

Daimler-Benz:

Um livro foi publicado descreve o seu papel no regime nazi:

Daimler-Benz in the Third Reich
Neil Gregor
c. 1998, Yale University Press (New Haven and London)
ISBN 0-300-07243-0

O trecho abaixo foi tirado da sobrecapa:
[...] Gregor primeiro traça a história da empresa Daimler-Benz desde a sua formação, em 1926, ao longo dos anos de crise da depressão, e examina como as oportunidades oferecidas pelo rearmamento nazista na década de 1930 a levou a uma rápida expansão e um aumento dos seus lucros. O seu foco principal, no entanto, é na própria guerra. Aqui, ele demonstra que a empresa conseguiu explorar as demandas da economia de guerra ao mesmo tempo em que situava suas operações mais vantajosas para a retomada da atividade comercial em tempos de paz. De fato, um argumento central do livro é de que, apesar dos bombardeios dos Aliados, a Daimler-Benz AG emergiu da guerra em boa forma e com uma estratégia operacional clara, o seu inventário em grande parte intacto e o núcleo de suas linhas de produção voltado para o mercado em tempos de paz.

O livro revela que o interesse próprio e a auto-preservação foram os motivos principais por trás da aquiescência da empresa na exploração brutal do trabalho escravo - de civis, prisioneiros de guerra, de judeus e outras vítimas dos campos de concentração. Gregor argumenta que a capacidade da empresa para proteger seus interesses durante a guerra e gerir a transição para a paz baseava-se no conluio da barbárie racial do regime nazista, e que a empresa intensificou ativamente o interesse sobre o sofrimento das vítimas do Reich.
Volkswagen:

Existem vários livros sobre o papel da Volkswagen no Terceiro Reich. Vou citar alguns trechos breves destes:

Volkswagen Beetle: The Rise from the Ashes of War
Simon Parkinson,
c. 1996, Veloce Publishing PLC (Dorchester)
ISBN 1-874105-47-2
O Volkswagen Beetle (Fusca) surgiu como parte da política econômica do partido nazista conhecida como * Motoriserung *, apesar de sua origem anteceder a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha: o carro era a ideia do versátil designer (desenhista) austríaco Ferdinand Porsche.

[...]

Apoiar e estimular a embrionária Volkswagen veio em seguida, e não de um industrial, mas de um político. Adolf Hitler havia chegado ao poder como chanceler alemão em 30 de janeiro de 1933 ...

[...]

Porsche foi instruído para vir a Berlim em Maio de 1934 pra se reunir com Hitler e discutir o projeto volksauto. Este famoso encontro ocorreu no Hotel Kaiserhof.

[...]

A nova empresa, com a DAF [Deutsche Arbeits Front - uma organização nazista comandada pelo Dr. Robert Ley], apoiou a decisão de construir uma fábrica totalmente nova ... perto da aldeia de Fallersleben ... No Dia da Ascensão (26 de Maio) em 1938, em uma grande cerimônia, a pedra fundamental da nova fábrica foi colocada por Adolf Hitler.

[...]

(Durante a guerra) ... (o) número de trabalhadores estrangeiros de outras nacionalidades aumentou de forma constante. Estes trabalhadores estrangeiros estavam em três categorias, como segue abaixo:

1. *Auslandische Ziviarbeiter*: os trabalhadores estrangeiros que vieram para trabalhar em resposta a investimentos feitos em países ocupados. Mais tarde, muitos desses trabalhadores, que vieram de livre e espontânea vontade, foram obrigados a ficar. ...

2. *Kriegsgefangene*: prisioneiros de guerra, a maioria russos e poloneses.

3. *KZ Haftlinge*: O trabalho forçado de prisioneiros de campos de concentração. Havia um campo satélite de Neuengamme perto à Fallersleben. Alguns presos foram mantidos no barracão do pavilhão No. 1 na fábrica.

Os trabalhadores estrangeiros que chegaram ao KdF Stadt com os seguintes números:

1938: 3000 trabalhadores italianos na construção civil, muitos dos quais depois não foram autorizados a partir.
1940: 1500 deportados poloneses
1941: 850 prisioneiros de guerra russos
1942: 4000 trabalhadores deportados do leste. Os chamados *Ostarbeiter*, que usava um crachá com a letra 'O'.
1943: 1000 militares internos italianos, 1500 trabalhadores forçados franceses ... e 650 mulheres do campo de concentração de Neuengamme que foram mantidas na adega do Pavilhão 1 da fábrica.
1944: 300 belgas, 200 holandeses.

A composição (mistura) de trabalhadores alemães e estrangeiros mudou com a guerra em andamento:

1940: 80% alemães/20% estrangeiros
1941: 60% alemães/40% estrangeiros
1942: 31% alemães/69% estrangeiros
1943 27% alemães/73% estrangeiros
1944 29% alemães/71% estrangeiros
Espero que esta informação ajude a você começar seu projeto de pesquisa. Como você foi capaz de observar a partir da leitura acima, há uma enorme quantidade de informação sobre o assunto disponível em qualquer boa biblioteca.

Atenciosamente,

Retornar à lista de perguntas (FAQ)

Última modificação: 4 de setembro de 1999
Contato técnico/administrativo: webmaster@holocaust-history.org

Fonte: Holocaust History Project
http://web.archive.org/web/20130428094653/http://holocaust-history.org/questions/corporations.shtml
Tradução: Roberto Lucena

Ver também:
Trabalho escravo/forçado no nazismo - bibliografia

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Trabalho escravo/forçado no nazismo - bibliografia

O William perguntou aqui sobre material a respeito de trabalho escravo/forçado empregado pelas empresas alemães no período do nazismo. Há alguns pdfs de livros sobre o tema pela web. Em todo caso, segue abaixo links com a bibliografia sobre o tema, algumas informações e indicações de alguns livros. Não consta (exceto se houver citação nas referências nos links) livros em alemão.

Sobre o conjunto de empresas alemãs que empregaram mão de obra escrava durante o nazismo segue o link com uma lista grande delas (citei lista grande pois não vi o nome de algumas corporações como a Volkswagen na lista):
1. German Companies Participating in the Forced/Slave Labor Compensation Fund
2. German Firms That Used Slave or Forced Labor During the Nazi Era

Aqui abaixo tem uma lista de livros (referências) no verbete em inglês sobre trabalho escravo no nazismo:
Forced labour under German rule during World War II

Bibliografia sobre o assunto do site do USHMM (Museu Memorial do Holocausto):
Forced Labor (Forced Labor and Big Business e outras seções)

Texto interessante de Florian Ruhs sobre o trabalho forçado de eslovenos pelo III Reich:
Foreign Workers in the Second World War. The Ordeal of Slovenians in Germany

Site em inglês sobre o trabalho escravo no nazismo, 1939-1945:
Nazi Forced Labor – Background Information

Christopher R. Browning é historiador de renome sobre Holocausto e nazismo e tem livro só sobre a questão do trabalho escravo no nazismo:
1. Remembering Survival: Inside a Nazi Slave-Labor Camp
2. Nazi Policy, Jewish Workers, German Killers

Aqui tem um PDF de um simpósio sobre o assunto no USHMM com o C. Browning e vários outros historiadores só tratando do assunto, tem a lista de referências (livros) ao fim de cada capítulo, 134 páginas:
Forced and Slave Labor in Nazi-Dominated Europe (Symposium Presentations)

Em português, tradução de texto do Holocaust History Project (site) sobre o tema:
Corporações e cooperação com os nazistas

Artido do Le Monde (em inglês), de Frederic F Clairmont, sobre o trabalho escravo na Volkswagen:
Volkswagen’s history of forced labour

Trabalho escravo no programa espacial alemão da era nazista:
1. Andre Sellier. A History of the Dora Camp: The Untold Story of the Nazi Slave Labor Camp That Secretly Manufactured V-2 Rockets
2. Dora and the V2. Slave labor in the space age

Uso de trabalho escravo pela Shell (holandesa) e pela I.G. Farben (alemã) no nazismo, texto de John Donovan, em seis partes (tem todos os links no texto, essa é a sexta parte):
Royal Dutch Shell and the Nazi Part 6: I.G. Farben, Royal Dutch Shell and Nazi slave labor

Trabalho escravo no nazismo por países, site em inglês (referências do texto no final do mesmo):
Forced Labor by Jews under National Socialism

Um dos cabeças do emprego de mão-de-obra escrava no leste foi este aqui:
Odilo Globocnik, forgotten co-author of the Holocaust (by Joseph Poprzeczny)

Tem uma lista bibliográfica nesse artigo:
Exploiting the enemy: The economic contribution of prisoner of war labour to Nazi Germany during WWII (by Johann Custodis)

A questão da Ford e da GM dos EUA com o trabalho escravo no nazismo:
Ford and GM Scrutinized for Alleged Nazi Collaboration (By Michael Dobbs)

A Ford lucrou com trabalho escravo na Alemanha nazi
Ford 'profited from Nazi slave labour' (BBC)

Banco Suíço (UBS) explorou mão-de-obra escrava do nazismo
Swiss bank exploited Nazi slaves (BBC)

Trabalho escravo na BMW, site:
Munich-Allach: Working for BMW

Lista de firmas alemãs famosas que usaram trabalho escravo, Krupp, Bayer, Volkswagen, Daimler-Chrysler (Daimler-Benz), Opel, Hugo Boss (contém links de textos na matéria):
The Awful Truth, Sal vs BMW

Hugo Boss sobre o uso de trabalho escravo no nazismo:
1. 'Hitler's Tailor' Hugo Boss apologises for using slave labour to make Nazi uniforms
2. Hugo Boss comes clean on Nazi past

Lista de livros:

Livro: The Wages of Destruction: The Making and Breaking of the Nazi Economy (link scribd)
Autor: Adam Tooze

Livro: The Architecture of Oppression: The SS, Forced Labor and the Nazi Monumental Building Economy
Autor: Paul B. Jaskot

Livro: Business of Genocide: The SS, Slave Labor, and the Concentration Camps
Autor: Michael Thad Allen

Livro: Hitler's Slave Lords: The Business of Forced Labour in Occupied Europe
Autor: Michael Thad Allen

Livro: Less Than Slaves: Jewish Forced Labor and the Quest for Compensation
Autor: Benjamin B. Ferencz

Livro: Odilo Globocnik, Hitler's Man in the East
Autor: Joseph Poprzeczny

Livro: Jewish forced labor under the Nazis: economic needs and racial aims, 1938-1944 (link do H-net)
Autor: Wolf Gruner

Livro: Hitler's British Slaves
Autor: Sean Longden

Livro: Architects of Annihilation: Auschwitz and the Logic of Destruction
Autor: Götz Aly, Susanne Heim

Livro: Hitler's Foreign Workers: Enforced Foreign Labor in Germany Under the Third Reich
Autor: Ulrich Herbert

Atualização 1: 12.10.2013

Livro: Nazi Steel: Friedrich Flick and German Expansion in Western Europe, 1940-1944
Autor: Marcus O. Jones

Livro: Creating the Nazi Marketplace: Commerce and Consumption in the Third Reich
Autor: S. Jonathan Wiesen

sábado, 31 de agosto de 2013

Neofacismo na Espanha - Outro gesto fascista na juventude do PP valenciano

Uma militante do Nueva Generaciones de Vila-real posa com a bandeira franquista
A bagunça do PP destapam os gestos fascistas

El País; Valência 28 AGO 2013 - 20:24 CET
Arquivado em: Fascismo PP.
Paula Carda, militante de Nuevas Generaciones (NNGG) de Vila-real,


Paula Carda, terceira da esquerda pra direita,
posa com uma bandeira da ditadura de Franco
Paula Carda, militante do Nuevas Generaciones (NNGG) de Vila-real, foi a protagonista do último gesto fascista entre as Juventudes do PP na Comunidade Valenciana. Carda aparece posando com algumas amigas com uma bandeira franquista numa imagem difundida através das redes sociais.

Esta fotografia é a última a aparecer, depois da polêmica gerada nas semanas passadas por alguns membros do Nuevas Generaciones que posavam com símbolos e bandeiras fascistas. As imagens foram aparecendo de distintas localidades da Comunidade Valenciana. Primeiro foi Jorge Roca, secretário de Esportes da executiva do PP de Xàtiva e jogador do grupo ultra Yomus, que foi fotografado atrás de uma bandeira nazi num torneio celebrado na localidade de Paiporta. Há poucos dias, começou a circular pelas redes sociais uma foto de Xesco Sáez, presidente do NNGG de Xàtiva, fazendo a saudação fascista. E há pouco se tornou pública uma terceira fotografia de Daniel Terrades, secretário local do NN GG de Gandia e assessor municipal, fazendo a saudação fascista e mais outra imagem da vereadora da Juventude do município de Canals, Carmen Melissa Ferrer, ante uma bandeira franquista.

A direção regional do PP confirmou ontem que, como no resto dos casos desta natureza, para Carda será aberto um processo disciplinar.

Fonte: El País
http://ccaa.elpais.com/ccaa/2013/08/28/valencia/1377713504_384955.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Promotores progressistas estudam perseguir os gestos fascistas de dirigentes das juventudes do PP (lavanguardia.com, Espanha)
Uma jovem do PP de Vila-real também aparece com a bandeira franquista (elperiodico.com, Espanha)

Resumo completo das fotos nesta matéria:
O Nuevas Generaciones do PP, muito Twitter e Francisco Franco. Os 11 casos que agitaram o verão da direita espanhola (El País)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Crise diplomática entre Romênia e Hungria pela minoria magiar romena

Gábor Vona, extremista do Jobbik
Bucareste/Budapeste, 14 ago (EFE).- As declarações de um líder ultranacionalista húngaro na Romênia a favor de uma maior autonomia da minoria magiar nesse país voltou a elevar a tensão diplomática entre os países vizinhos.

Cerca de um milhão e meio de húngaros étnicos vivem na Romênia, sobretudo em três condados no centro da Transilvânia, um território que foi administrado por Budapeste até 1918, quando ela o perdeu depois do fim da Primeira Guerra Mundial.

A comunidade húngara na Transilvânia tem sido frequente motivo de discórdia entre ambos países, e a tensão já aumentou em fevereiro em uma disputa sobre o uso oficial da bandeira da minoria húngara na Romênia, de cor azul claro com a uma franja amarela.

Com esta conjuntura, as declarações do líder do partido ultranacionalista Jobbik, Gábor Vona, no sábado passado na Transilvânia a favor de uma maior autonomia geraram mal-estar em Bucareste.

"Não renunciaremos nossa meta de que um dia todos os húngaros vivam em uma pátria", declarou Vona, e acrescentou que se os interesses magiares só podem ser resolvidos "assumindo os conflitos, este será assumido".

Essas declarações irritaram o presidente romeno, Traian Basescu, que afirmou na segunda-feira que "a agressiva política de Budapeste" com respeito as minorias húngaras que vivem nos países vizinhos, sobretudo na Eslováquia e Romênia, perturba seus governos.

"Este ano será o último em que os políticos húngaros poderão atuar como querem na Romênia", sustentou o chefe de Estado, que avaliou que se havia "passado dos limites".

O Ministério de Relações Exteriores húngaro procurou abaixar a tensão esta semana com um comunicado ao recordar que o "Jobbik é um partido de oposição, e que não participa da composição do Governo húngaro", que não compartilha sua responsabilidade.

"O governo húngaro está comprometido com as bases e metas da associação estratégica húngaro-romena", acrescentou.

O ditador comunista romeno Nicolae Ceausescu tratou de diluir o peso dos húngaros na Transilvânia fomentando o traslado de romenos para este território, mas desde a chegada da democracia em 1989 a minoria magiar ganhou direitos, como um sistema escolar em sua língua materna.

Contudo, as formações que representam os húngaros na Romênia pedem mais direitos e influência sobre a administração e a educação.

Alguns analistas consideram que os ultranacionalistas húngaros utilizam os magiares que vivem na Romênia para enaltecer seus potenciais votantes.

"Sem dúvida, Vona quer fazer barulho para que se lhe ouçam bem em Budapeste. Aterriza na Romênia, bate com o punho no peito como um grande nacionalista e assim recebe os votos", explicou hoje à EFE o historiador romeno Stelian Tanase.

"Estamos falando de um extremista e um antissemita que explora os sentimentos de uma periferia frustrada", avalia Tanase.

As declarações do líder ultra húngaro também afetaram a difícil coabitação entre a coalizão governamental de centro-esquerda, encabeçada pelo primeiro-ministro social-democrata, Victor Ponta, e o presidente de centro-direita Basescu.

O Executivo repreendeu a Basescu por sua política de mão tendida ante a Hungria, pela amizade que este mantém com o chefe do governo húngaro, Viktor Orbán, criticado pela Comissão Europeia por algumas leis que consideram que debilitam a democracia.

A nova Constituição húngara promovida por Orbán e que entrou em vigor em 2012 afirma que o Estado deve assumir a responsabilidade pelos milhões de húngaros que vivem no exterior, sobretudo na Romênia, e em menor medida na Eslováquia e Sérvia.

Além disso, especifica que já não se requer a residência na Hungria para poder votar nas eleições húngaras nem para que os húngaros que vivem em outros Estados adquiram a nacionalidade, uma decisão que levantou críticas em Bucareste e em Bratislava.
EFE. 14/08/2013 (19:04)

Fonte: EFE/El Confidencial (Espanha)
http://www.elconfidencial.com/ultima-hora-en-vivo/2013-08-14/rifirrafe-diplomatico-entre-rumania-y-hungria-por-la-minoria-magiar-rumana_17672/
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Basescu muda de atitude nas relações romeno-húngaras (Presseurop)

Observação: não saiu nenhuma notícia no Brasil sobre o caso, pelo menos não achei e não vi. Como também não tenho visto nenhuma menção ao caso de Gibraltar (entre Espanha e Reino Unido).

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mais uma do país da "democracia racial" - Manequim negro com pés acorrentados em supermercado

A matéria segue abaixo, tive que procurar uma matéria escrita minimamente sem cinismo pois me recuso a achar que isso é "polêmica" (o uso dessa palavra muitas vezes é um eufemismo pra não dizer abertamente o que se trata), pois a explicação dada pro uso da estátua não foi nem um pouco convincente. Muitas matérias são escritas com o título de "polêmica" vide este link: Estátua de menino negro em mercado cria polêmica na internet

Supermercado Pão de Açúcar causa revolta após instalar manequim negro com os pés acorrentados

Imagem do manequim utilizado pelo Pão de Açucar
Estátua de um manequim negro com os pés acorrentados, instalada na unidade do supermercado Pão de Açúcar, no bairro da Vila Romana, em São Paulo, está causando revolta nas redes sociais desde o dia 19 de agosto.

A comunidade negra se sentiu ofendida e considerou de extremo mau gosto a imagem de uma criança negra sendo utilizada para "decorar" a área destinada a produtos de panificação do supermercado. Após a foto ser postada no perfil Mundo Negro, uma enxurrada de comentários indignados se espalhou pelo Facebook. Entre as razões apra a revolta, a imagem da criança negra carregando um pesado cesto de pães faz apologia ao trabalho infantil, já que o cesto é de proporções incompatíveis à estatura da criança e seria um sacrifício seja pelo tamanho ou pelo peso para ser carregado.

Além disso, revotou a inclusão de grilhões no pé da criança, rementendo à escravidão, além da infeliz escolha, por usar, mais uma vez, uma criança negra nestas condições ser utilizado para "decorar" uma área de grande circulação do supermercado.

Apesar de o perfil da empresa no Facebook já ter se desculpado pela gafe infeliz e informado que o objeto já havia sido retirado da loja, os protestos - e críticas - na rede social continuam.

Comunicado

Diante da repercussão do caso, o Grupo Pão de Açúcar emitiu nota oficial, afirmando que "a estátua em questão foi adquirida como parte de uma coleção de peças decorativas de loja, sem intenção ou apologia a qualquer tipo de discriminação. A rede agradece os contatos recebidos dos clientes e lamenta o fato ocorrido, uma vez que pauta suas ações na ética, promoção e respeito à diversidade. Assim que tomou ciência do caso, o Pão de Açúcar providenciou a retirada da estátua das lojas e está revendo o processo de seleção de peças decorativas."

Fonte: Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/supermercado-p%C3%A3o-a%C3%A7%C3%BAcar-causa-revolta-instalar-manequim-negro-133711519.html
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Comentário: como se coloca uma estátua dessas como "decoração" sem qualquer explicação ou propósito com pães sendo vendidos? Se fosse feito um local especial ou uma homenagem prévia explicando que a estátua serviria pra fins de educação etc, vá lá, embora continue sendo sem propósito isso no meio de uma loja sem qualquer crítica ao que estátua representa.

Parece que o racismo no Brasil é tão natural que as justificativas que as pessoas que compartilham desse "tanto faz" (racismo velado, ou às vezes nem tão "velado" assim) em relação a esse assunto são piores até que a exposição dessa estátua nesse local. Pessoas que justificam isso e não se sentem constrangidas é sintoma de que acham normal o que é retratado, não veem problemas éticos na escravidão e na imagem associada à estátua no contexto de uma loja, acham escravidão normal e no fundo devem achar que negros são inferiores reproduzindo o racismo do período de escravidão racial do Brasil.

Pra quem ainda acha estranho que neonazis (ou fascistas, como queiram chamar) surjam no país, eu acharia estranho que não surgissem pois um país com um histórico de racismo desses não elimina esse pensamento do dia pra noite (ideologia do branqueamento no Brasil), ainda mais com a construção ideológica montada no século XX (o luso-tropicalismo) pra vender a imagem do Brasil como um "paraíso tropical da democracia racial" onde não havia/há conflitos raciais como há nos Estados Unidos ou outros países, visão essa defendida até hoje pela mídia/imprensa brasileira que raramente questiona (sem sensacionalismo) essa questão indo até a origem dela (nos séculos passados).

Pra quem quiser ler algo sobre lusotropicalismo, ideologia essa que foi usada pelo regime fascista português de Salazar pra mascarar o racismo português nas colônias portuguesas na África, confiram o link:
Gilberto Freyre contestado: o lusotropicalismo criticado nas colónias portuguesas como alibi colonial do salazarismo

O lusotropicalismo não foi usado apenas por Salazar e Portugal, ele é parte central ou base dessa mitificação ideológica da imagem do Brasil pro mundo como "democracia racial".

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Deputado franco-brasileiro é alvo de preconceito da extrema-direita

França/Polêmica - Artigo publicado em 05 de Agosto de 2013 - Atualizado em 05 de Agosto de 2013
Deputado franco-brasileiro é alvo de preconceito da extrema-direita

O deputado e porta-voz do Partido Socialista,
Eduardo Rihan Cypel, nasceu em Porto Alegre
e mora na França desde seus dez anos de idade.
DR - RFI
O deputado e porta-voz do Partido Socialista (PS), o franco-brasileiro Eduardo Rihan Cypel, foi alvo de duras críticas do deputado europeu e integrante do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), Bruno Gollnisch. O assunto vem sendo destacado pela imprensa francesa nos últimos dias. Em um vídeo postado em seu blog na última sexta-feira, dia 2 de agosto, Gollnisch descreve Cypel como "um francês recente" e que o faz pensar "nesse tipo de pessoa que se convida em casa e que, uma vez que ela se habituou, quer convidar todo mundo".

Eduardo Rihan Cypel é natural de Porto Alegre (RS) e vive na França, para onde veio com seus pais, desde seus dez anos de idade. Em 1996, com 22 anos, ele obteve a nacionalidade francesa. Desde 2004, ele integra o PS. Em 2012, ele participou da campanha presidencial de François Hollande, encarregado das questões de imigração. No mesmo ano, ele se elegeu deputado da localidade de Seine-et-Marne, na grande região parisiense.

De acordo com Gollnisch, a França financiou a educação de Cypel para que ele pudesse aprender francês. "Não se creia autorizado à estigmatizar aqueles que pensam que há muitos nômades na França", aqueles que "reclamam de encontrar a cada dia mais estrangeiros em seu próprio país", diz o deputado de extrema-direita.

O franco-brasileiro reagiu às declarações em sua conta no Twitter. "Eu sei o que devo à França, senhor Gollnisch: é defender seus cidadãos e seus valores republicanos contra pessoas como você", publicou neste sábado, dia 3 de agosto.

Ignóbil tradição

Os socialistas defenderam Cypel publicamente, e classificaram as acusações de Gollnisch como "insuportáveis". Para o primeiro secretário do PS, Harlem Désir, "os propósitos que visam a origem de um responsável político e de um parlamentar francês se inscrevem na ignóbil tradição da extrema-direita francesa".

Para o PS, este tipo de declaração "mostra que a Frente Nacional é um partido profundamente anti-republicano que quer realizar uma triagem inaceitáveil entre os franceses em função de suas origens. O partido também acredita que a presidente do FN "provavelmente não sancionará essa nova derrapagem de Gollnisch".

Fonte: RFI
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20130805-deputado-franco-brasileiro-e-alvo-de-preconceito-da-extrema-direita

terça-feira, 20 de agosto de 2013

"Advogado do terror" Jacques Vergès morre aos 88 anos na França

O advogado francês Jacques Vergès, conhecido como "advogado do terror" devido a clientes que incluem um ex-chefe da Gestapo e o militante marxista Carlos, o Chacal, morreu de um ataque cardíaco, aos 88 anos.

Considerado por muitos como um dos advogados mais brilhantes e provocativos da França, Vergès ganhou notoriedade ao aceitar representar clientes considerados por outros como impossíveis de defender.

O advogado morreu na quinta-feira em sua casa parisiense do século 18, onde o filósofo Voltaire viveu, de acordo com seu editor Pierre-Guillaume de Roux.

Vergès nasceu na Tailândia, em 1925, filho de pai francês e mãe vietnamita, e cresceu na ilha governada pela França no oceano Índico de La Réunion, para onde a família mudou-se depois que seu pai perdeu o emprego como cônsul por se casar com uma estrangeira, algo proibido na época.

Na década de 1960, Vergès defendeu argelinos que lutaram pela independência num momento em que o fim do domínio francês na colônia do norte africano foi violentamente contestada por alguns setores da sociedade francesa.

Como líder estudantil comunista, Vèrges ficou amigo de Pol Pot, líder do Khmer Vermelho, responsável pelo genocídio no Camboja em que 2,2 milhões de pessoas morreram.

Vèrges deixou perplexos seus compatriotas ao concordar em defender Klaus Barbie, chefe da Gestapo na cidade de Lyon, que foi duas vezes condenado à morte à revelia por crimes de guerra.

Quando Barbie fugiu da França em 1944, Vèrges estava marchando para libertar Paris com as forças francesas de De Gaulle.

Outros clientes foram o militante libanês Georges Ibrahim Abdallah e o ex-vice-premiê iraquiano Tariq Aziz, e ele também deu assessoria jurídica ao ex-líder iugoslavo Slobodan Milosevic.

Para alguns de seus críticos, a lista de clientes de Vergès significa que suas mãos ficaram tão sujas quanto as das pessoas que ele defendia. Em 2007, um documentário francês sobre a vida dele o apelidou de "advogado do terror", um apelido que pegou.

(Por John Irish)

Fonte: Reuters/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/advogado-do-terror-jacques-verges-morre-aos-88-anos-na-franca,0a634fac1bf70410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

Observação: notícia da semana passada. Pra quem tiver curiosidade, vale a pena assistir o documentário 'O Advogado do Terror'. É difícil definir a motivação desse Vergès com a defesa desses criminosos porque o documentário acaba deixando isso em aberto, tanto poderia ser uma ação pra chocar, "contestar o poder", ou possivelmente a atitude de um indivíduo atrás da fama (e dinheiro) já que esse tipo de defesa de causas perdidas com criminosos de guerra como Klaus Barbie (Gestapo) acaba trazendo os holofotes pra junto da pessoa. Klaus Barbie é retratado neste documentário de Kevin Macdonald chamado "O inimigo do meu inimigo" no link ao lado (link) que mostra cenas do julgamento na França e a captura dele na Bolívia a pedido do governo francês, como uma crítica pesada à vista grossa dos governos ocidentais com criminosos de guerra nazistas durante a Guerra Fria. Há imagens do julgamento de Barbie no youtube.

Trailer do documentário "O Adovgado do Terror" (L'Avocat de la Terreur)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

[Pausa Musical] - Camino Soria (Eva Amaral)

A próxima música se chama "Camino Soria" (Caminho para Sória) de uma banda espanhola dos anos oitenta chamada Gabinete Caligari, na voz do líder vocal Jaime Urrutia.

Mas quem divide o vocal com ele nessa apresentação (acho que de 2007), ou melhor, quem faz a voz principal nessa apresentação é a cantora espanhola Eva Amaral do duo (ou banda) Amaral, banda espanhola de Saragoça que carrega o sobrenome dela, ao lado de Juan Aguirre, sendo o grupo de maior sucesso na Espanha e incrivelmente desconhecida no Brasil, enquanto se toca pilhas de "música" de baixa qualidade no país (monte de estrume "musical" mesmo, não vamos "dourar" a pílula pois a situação é crítica) propagada principalmente pelas gravadoras, mídia televisiva e pelas rádios, embora esse estouro de música ruim não seja um fenômeno somente do Brasil, só que 'machuca' bastante os ouvidos e as imagens ferem a vista. Mas deixando essa crítica de lado, noutra ocasião espero poder falar dessa banda aqui.

A música fala da ida à Sória (cidade capital homônima da província) através do rio Douro (em espanhol, Duero) que corta Portugal e Espanha, para apagar da memória as más recordações. O arranjo lembra alguma coisa do Sgt. Pepper's com as trompetes na música. É dispensável elogiar a voz da cantora (confiram abaixo). Letra do música no link.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A Onda - Die Welle (A terceira onda, fascismo, Filme)

Não vou traduzir ou colar sinopse do filme pois acho melhor que quem acesse o post leia os links abaixo sobre o filme e o experimento da "Onda".

O filme é baseado em fatos reais descritos no experimento do prof. Ron Jones chamado A Terceira Onda, de 1967, que é descrito no verbete da Wikipedia em inglês: The Third Wave. Ou aqui, ou aqui, ou aqui (Spiegel, em alemão), ou aqui (em alemão), ou finalmente aqui (em inglês).

O verdadeiro Ron Jones é este que aparece sendo apresentado ao grupo de filmagem do filme na Alemanha:


Abaixo só em português:

A Onda (Die Welle) - ECA/USP: Link
Conferir o texto recuperado com o web.archive.org:
‘A onda’ e o irracionalismo dos grupos* (comentário sobre o filme “A onda”). Link

A Onda Fascista (Revista de História): Link Link
Site Crítica Daquele Filme - A Onda: Link
Site Obvious - A Terceira Onda: Fascismo na Escola: Link

Só um aviso: alguns dos links contém narrativas do filme, caso não queira lê-los antes de assistir o filme, fica dado o recado.

Vou colocar abaixo uma versão do filme A Onda, só que a primeira deles dos anos oitenta (1981) que é uma produção dos EUA pra TV com duração de 46 minutos, dublado em português, uma preciosidade pois é difícil de encontrar a versão antiga do filme principalmente a dublada (créditos a quem subiu o filme clicando no link do Youtube). Também vou colocar a versão de 2008, a mais recente e produção alemã, só que dublada (português) pois a versão original está com problemas de legenda no Youtube.

Dados técnicos do filme de 1981: Link1 Link2
Dados técnicos do filme de 2008: Link1 Link2

A Onda (The Wave, 1981)
The Wave, in english

A Onda (versão alemã de 2008, dublada)


Mais outro aviso: não há garantia alguma de que os vídeos no Youtube durarão pra "sempre", este site constantemente corta vários vídeos que sobem, mesmo os que são pra fins educativos e não comerciais.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Holocausto segundo Jerry Lewis (O dia que o palhaço chorou)

EFE / Fotos: Especial
O Holocausto segundo Jerry Lewis
13/08/2013 06:38

Fragmentos de filme inédito do comediante Jerry Lewis sobre o Holocausto, 'The Day The Clown Cried' (O dia que o palhaço chorou), aparecem no YouTube

O filme trata de um palhaço que acaba em um campo de concentração por fazer uma paródia de Hitler e que se encarrega de conduzir as crianças à câmara de gás.

NOVA YORK, 13 de agosto.- Dias depois do descobrimento do debut inédito de Orson Welles atrás das câmaras, apareceu na internet fragmentos de The Day The Clown Cried, filme que Jerry Lewis produziu e protagonizou em 1972 sobre um palhaço no Holocausto nazi e que, depois de uns desastrosos testes com o público, decidiu não lançar.

Com uma pequena aparição de Serge Gainsbourg, com Harriet Andersson e Claude Bolling no reparto, The Day The Clown Cried era a história de Helmut Doork, um palhaço que acaba num campo de concentração por fazer uma paródia de Hitler e que se encarrega de conduzir as crianças à câmara de gás.
"Era ruim e era ruim, porque eu havia perdido a magia. Nunca a verão. Ninguém a assistirá jamais, porque me envergonho por este trabalho pobre", assegurou Jerry Lewis
Havia nascido como um dos projetos mais queridos do comediante estadounidense, e Lewis havia perdido mais de 15 quilos a base de comer só uvas durante seis semanas e foi para a Suécia para rodá-la, onde para acabá-la teve que pôr dinheiro de seu próprio bolso.

175 mil visitas tem o filme no YouTube em apenas 2 dias

Contudo, a recepção nas projeções de prova com o público tiveram uma acolhida tão fria que Lewis decidiu não lançá-la nunca.

Agora, no portal de vídeos YouTube se pode assistir um "como foi feito" (making of) e algumas cenas de The Day The Clown Cried com legendas em flamenco, realizadas antes de que fosse cancelada sua estreia, e que agora, em dois dias, alcançou mais de 175 mil visitas.

O dia que o palhaço chorou

No vídeo se pode ver um Lewis consciencioso explicando o método de trabalho, citando inclusive os conselhos que lhe foram dados por Charlie Chaplin (ou Charles, Charlie é apelido pra Charles); maquiando-se para seu papel de palhaço crepuscular e também uma cena na qual tenta acender em vão um cigarro com uma vela de chama intermitente.

"Perfeita em sua monstruosidade", assim a descreveu o ator Harry Shearer

The Day the Clown Cried, que significa em inglês "O dia que o palhaço chorou", foi vista por muito pouca gente, mas entre eles estava o ator Harry Shearer, a quem a descreveu como um filme "perfeito em sua monstruosidade".

Guarda uma cópia em sua caixa forte

Jerry Lewis duvidou muito se ele era um ator idôneo para este projeto, e por isso sondou a Laurence Olivier, Dick Van Dyke e Bobby Darin antes de assumir o papel ele mesmo.

Segundo a página de cinema Internet Movie Database, o ator e diretor, nascido em Newark (Nova Jersey) em 16 de março de 1926, guarda todavia em sua caixa forte uma cópia do filme.

cmd

Os fragmentos do filme no Youtube:


Fonte: Excelsior (México)
http://www.excelsior.com.mx/funcion/2013/08/13/913419
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Hitler - o judeu sionista (Parte III)

Aqui vamos nós com a terceira e última parcela da minha análise em curso (principalmente das fontes) sobre o filme de Jim Condit Jr "A Solução Final para Adolf Hitler" (The Final Solution to Adolf Hitler).

1. A entrevista de Rakovski. Esta é grande fonte de Condit nos últimos cinquenta minutos deste filme. Este é um livro singularmente difícil de conseguir, então eu vou tomar com algum risco a abordagem de Condit, confiante na sua palavra de que ele está citando corretamente o livro ao citá-lo diretamente. Existem algumas verdadeiras jóias fornecidas aqui:
1 - A primeira coisa que Condit retira desta suposta entrevista de Christian Rakovski (mais sobre ele mais tarde) é esta observação: "Eles [os banqueiros] estavam muito descontentes com Stalin. Eles viam Stalin como um bonapartista.".

Condit nos conta que "Rattisbone" descobriu que, os banqueiros que financiaram Napoleão, Napoleão se voltou contra eles. Assim, qualquer pessoa que despeja os banqueiros é um "bonapartista".

Infelizmente, parece que nem os falsificadores desta entrevista, "Rattisone", e nem Condit, sabem que o termo "bonapartista" quer dizer: marxista. "Bonapartista" é um termo cunhado por Marx em sua obra de 1852 The Eighteenth Brumaire of Louis Bonaparte (O Dezoito Brumário de Luís Bonaparte). Então, primeiramente, não estamos sequer falando de Napoleão Bonaparte; estamos falando de Luís Napoleão Bonaparte III, o segundo imperador francês que governou de 1848 a 1870.

De acordo com o comentário sobre o artigo, o bonapartismo "é usualmente descrito como um governo que se forma quando a classe dominante não está segura, e então a burocracia estatal, militar e policial intervém para estabelecer a ordem. O Bonapartismo do século XIX é comumente associado com o fascismo e o stalinismo do século XX". Em linguagem clara, o bonapartismo é, para Marx, uma ação contra-revolucionária.

Claro que, se a teoria abrangente do Condit - de que "os judeus" controlam tanto o capitalismo financeiro quanto o comunismo - é verdade, então talvez Stalin estava sendo citado como um bonapartista no sentido que Condit sugere. Mas eu ainda tenho que ouvir uma explicação plausível do porquê capitalistas e comunistas estarem agindo em cooperação.

2 - Agora Rakovsky é "citado", dizendo que, na procura de um agente para derrubar Stalin, eles se voltaram para a Alemanha e para o "orador talentoso" Adolf Hitler. Comento mais sobre isso mais tarde.
2. The Prisoner of Ottawa (O prisioneiro de Ottawa) de Douglas Reed. Condit se refere a Reed como um "historiador", mas ele era de fato jornalista. Este livro era sobre Otto Strasser, escrito enquanto Strasser estava vivendo no Canadá.

Deve se notar que Reed foi um antissemita inveterado. Ele foi condenado pelo menos duas vezes por ninguém menos que George Orwell acerca disso.

De qualquer forma, Reed diz que Strasser disse a ele que Hitler tinha dinheiro para queimar em 1929, e Condit conecta isto a Rakovsky supostamente dizendo que "Warburg" (não dizemos qual) deu a Hitler 10 milhões de dólares. Condit faz referência ao livro Who Financed Hitler? (Quem financiou Hitler?) de James Poole, que escreveu que na eleição de 1933 os nazistas tinham fundos ilimitados.

Condit é capaz de creditar isso em sua totalidade ao financiamento de Rothschild/Warburg, mas ele nunca toca na questão do financiamento de Hitler pelos industriais alemães como Ferdinand Porsche, a família Krupp etc. Condit também parece acreditar que Hitler e Stalin invadiram a Polônia no mesmo dia. Na verdade, as invasões tiveram 16 dias de intervalo.

A seguir Condit nos diz que Hitler teve o apoio do Grupo Cliveden. É nos dito que eram simpatizantes ingleses pró-sionistas de Hitler, só que seu "sionismo" não é provado por Condit. Por qualquer coisa, eles parecem ser Mosleyites (seguidores de Oswald Mosley) ou talvez seguidores de Edward III. Condit vai nos dizer que o Duque de Windsor era judeu?

Condit também menciona sua crença de que Rudolf Hess foi preso completamente sozinho na prisão de Spandau por 44 anos. Não, todos os réus de Nuremberg foram para Spandau. Hess foi simplesmente o último a morrer.

Agora Condit retorna ao livro de Reed sobre Strasser. Strasser diz, supostamente, que Hitler estava em Munique enquanto esta estava sob controle comunista. Assim, podemos supôr que Condit diz que Hitler foi "trabalhar com os comunistas" em Munique em 1919-1920. E sua fonte para isso?

3. Hitler: Hubris, 1889-1936 de Ian Kershaw. De acordo com Condit, Hitler agiu como um "intermediário" para o governo comunista da Baviera em Munique e do exército.

Foi isso o que realmente Kershaw escreveu? (Não importa que Kershaw ignore completamente a "teoria" de que o "avô de Hitler era um judeu" - se Condit está citando o que sabe de Kershaw, então ele está distorcendo novamente.) Não, claro que não. Condit diz que Hitler era um mensageiro entre o governo comunista e as tropas. O problema é que o governo não era "comunista" até depois que Kurt Eisner foi assassinado e, num todo, foi "comunista" por talvez um mês. A lealdade de Hitler, Kershaw escreve, foi com o SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha), que tinha realmente chamado os Freikorps para esmagar a revolução em Berlim. E por qual razão Hitler comprometeu seus princípios? Kershaw destaca algo que Condit nunca mencionou - que ele queria evitar ser desmobilizado do exército por medo de ser deportado para a sua Áustria natal. Por que Condit omitiu isso? Será que ele está mentindo? Será que ele não leu o livro?

4. The House of Nasi: The Duke of Naxos (A Casa de Nasi: O duque de Naxos). Este livro é sobre "José de Nasi", o "príncipe dos judeus em todo o mundo" no século XVI (ele era um sefardita, e não existe um "príncipe dos judeus." Sua importância está além de mim, para ser franco.

5. Perfidy (Perfídia) de Ben Hecht. A única coisa que Condit parece não perceber ao citar o caso Kastner é que, apesar de seus protestos, o Irgun colaborou com os nazistas muito mais do que os trabalhistas sionistas.

A propósito, no início do Estado de Israel com o assassinato de Kastner, o ministro das Relações Exteriores de Israel era Moshe Sharrett.

6. Zionism in the Age of Dictators (O sionismo na Era dos ditadores) de Lenni Brenner. Ahhh... que sono... Ele também cita os 51 documentos de Brenner.

Na esteira deste, temos a velha e batida história de que os sionistas levaram os EUA à Primeira Guerra Mundial em troca da Palestina (a Alemanha estava perdendo na Frente Leste quando pessoas como Condit alegaram que estavam vencendo). Condit desconhece totalmente as motivações de Brenner uma vez que ele nunca menciona que Brenner é um marxista.

7. The Secret World Government (O Governo Mundo Secreto) do Major General Conde Cherep Spiridovich. Esta é mais outra porcaria conspiracionista antissemita produzida por um oficial derrotado do Exército Branco. Isto é o material que Condit confia como uma pilha de "provas" mas que revelam bastante seus preconceitos inerentes.

8. Wall Street and the Rise of Hitler (Wall Street e a Ascensão de Hitler), de Anthony Sutton. O quê?! Sabemos que grandes industriais norte-americanos estavam financiando Hitler. Isso não diz nada que apoie a noção de que os sionistas ou Rothschilds estavam fazendo isso.

9. The War Against the Jews (A guerra contra os judeus), de Lucy Davidowicz. Ela é uma espécie de piada. Eu me pergunto se Condit sabe disso. De acordo com Davidowicz, todo mundo foi responsável pelo Holocausto.

10. The Jews of Italy (Os judeus da Itália), da ADL da B'nai Brith. Se nós deveríamos nos surpreender de que havia fascistas judeus italianos, então Condit subestima o nosso conhecimento da história do fascismo. Ele afirma que este panfleto da ADL diz que Mussolini e Adolf Eichmann criaram campos de treinamento para o Irgun na Itália.

Bem, essa é novidade. Quanto à Eichmann, ele passou parte de 1937 na Palestina e depois voltou para sua Áustria natal para supervisionar a segurança durante a anexação da Áustria. Novamente, se nós deveríamos ficar surpresos é pelo fato de que Eichmann passou um tempo na Palestina, e não ficamos.

11. Special Treatment: The Untold Story of Hitler's Third Race (Tratamento Especial: A história não contada da terceira raça de Hitler), de Alan Abrams. Este é um livro sobre Mischlinge. Desde quando essa história não é contada? As Leis Raciais de 1935 são claras de que Mischlinge são distintos dos judeus.

Se Hitler sentiu que as pessoas de ascendência parcial judaica e parcialmente alemãs iriam "governar o mundo", então por que ele proibiu casamentos entre Mischlinge de segundo grau?

12. The Abandonment of the Jew (O abandono do judeu), de David Wyman. O que eu disse sobre Davidowicz vale para Wyman também.

13. The German-Bolshevik (O alemão-bolchevique), de Nesta Webster? Condit parece não perceber que a Alemanha não é um país religiosamente heterogêneo e que, portanto, não poderia ser unificado com base em motivos religiosos.

14. John "Birdman" Bryant. Ele afirma que Alfred Rosenberg era judeu.

Quero voltar para Rakovsky porque Condit nunca termina com ele.

Condit afirma que Rakovsky era judeu. O primeiro nome do homem era "cristão", mas ele ignora isso - ele era judeu porque "Rattisbone" disse que era. Curiosamente, Trotsky, que era judeu e estava trabalhando em uma biografia de Rakovsky quando ele foi assassinado, nunca identifica Rakovsky como sendo judeu. Isto acontece porque provavelmente ele não era.

Um último ponto: o que o longo e incoerente filme de Condit (a origem destas mensagens longas e incoerentes) nunca leva em conta é que: se Hitler queria que os judeus fora da Europa, por que ele não colaboraria de alguma forma com os sionistas que estavam dispostos a fazer isso? É a mais simples possível explicação para muito do que Condit apresenta, e não que Hitler estava recebendo financiamento dos Rothschild e que foi ele mesmo era um judeu.

Condit envolve as coisas com um pouco de negação do Holocausto e antissemitismo religioso. Ele apela para Denis Fahey e Hutton Gibson e sua esposa idiota que diz que não havia seis milhões de judeus na Europa em 1941: o próprio censo nazista aponta que havia 11 milhões de judeus. Ele cita o lunático palpável do Michael Hoffman, para explicar que a palavra "Holocausto" não aparece escrita em maiúscula no dicionário até 1980. E isso prova o quê? É um completo 'non sequitur'.

Condit, como a maioria dos teóricos da conspiração e antissemitas, é incapaz de aplicar o princípio da Navalha de Ockham: a explicação mais simples geralmente é a correta. Não é possível - apenas possível (eu diria provável se não for definido) - que um demagogo politicamente apto que odiava judeus, por quaisquer razões de "sangue da família", foi capaz de explorar os medos do comunismo a subir ao poder na Alemanha e erradicar de milhões de judeus no processo? Este não foi o primeiro genocídio e, infelizmente, provavelmente não será o último, então por que é o mais questionado?

Por que o duplo padrão de julgamento, o Sr. Condit?

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Andrew E. Mathis
Hitler the Jewish Zionist (Part III)
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2007/08/hitler-jewish-zionist-part-iii.html
Tradução: Roberto Lucena

Anterior: Hitler - o judeu sionista (Parte II)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Pesadas penas de prisão para homicidas de ciganos na Hungria

Crime. Quatro homens foram hoje considerados culpados de “crimes racistas” por um tribunal húngaro e três deles condenados a prisão perpétua por seis mortes de Roms (ciganos), incluindo uma criança de cinco anos, em 2008 e 2009.

Pesadas penas de prisão para homicidas de ciganos na Hungria
DR. Mundo; 17:38 - 06 de Agosto de 2013 | Por Lusa

Zsolt Peto e os irmãos Arpad e Istvan Kiss foram condenados a prisão perpétua por terem assassinado, com premeditação, seis Roms em nove ataques à granada, armas de fogo e ‘cocktail molotov’ em diversas localidades do nordeste da Hungria entre julho de 2008 e agosto de 2009, provocando ainda cinco feridos graves.

Um quarto homem, Istvan Csontos, foi condenado a 13 anos de prisão, acusado de cumplicidade por ter conduzido a viatura no momento dos crimes, apesar de ter negado participação nas mortes.

Alguns ataques foram particularmente cruéis: uma criança de cinco anos e o seu pai foram mortos quando tentavam escapar da sua casa em chamas. Num outro ataque, uma mulher foi morta enquanto dormia.

“É moralmente inaceitável… que pessoas se reúnam para cometer crimes com o objetivo de intimidar um grupo étnico”, considerou o juiz Laszlo Moszori, do tribunal de Budapeste.

Estas pesadas condenações foram pronunciadas quando se assinala o Holocausto que vitimou esta minoria sempre muito estigmatizada na Hungria e que representa entre 5% a 8% dos 10 milhões de habitantes. Em 02 de agosto de 1944 os nazis massacraram cerca de 3.000 Roms no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, situado no sul da Polônia.

Os quatro condenados, membros de movimentos ‘skinheads’ de extrema-direita, permaneceram impassíveis durante a leitura da sentença, enquanto centenas de pessoas se concentraram no tribunal para tomar conhecimento do veredicto, perante forte aparato policial.

“Penso que esta condenação, a mais pesada que existe no direito húngaro, é totalmente justificada”, disse o advogado das partes civis, Laszlo Helmeczy.

“Eles pretendiam provocar uma guerra civil entre os húngaros e os Roms húngaros. As atas de acusação deveriam ser: crime contra a humanidade, terrorismo e racismo”, sustentou o presidente da Associação para os direitos cívicos dos Roms, Aladar Horvath.

A minoria cigana da Hungria, marginalizada e pobre, é sujeita com frequência a agressões verbais e físicas promovidas por milícias de extrema-direita e descrita com frequência como “criminosa” pelo partido de extrema-direita Jobbik.

Em janeiro, o influente jornalista Zsolt Bayer, próximo do primeiro-ministro conservador Viktor Orban, associou os Roms a “animais” que “não deveriam ser tolerados” e “não deveriam existir”. O seu jornal foi condenado ao pagamento de uma multa pela entidade reguladora dos ‘media’.

Fonte: Notícias ao Minuto (Portugal)
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/96417/pesadas-penas-de-pris%C3%A3o-para-homicidas-de-ciganos-na-hungria

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