segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Dr. Robert Ritter: ciência racial e "ciganos" (Holocausto)

Dr. Robert Ritter: Ciência Racial e "Ciganos"

A pesquisa do cientista racial Dr. Robert Ritter e seus associados serviram ambos como instrumento e justificação para o regime Nazista isolar e eventualmente destruir a população Cigana Alemã.

Estudando os Ciganos, Ritter, que era um psiquiatra, esperava determinar as ligações entre a hereditariedade e a criminalidade. Com financiamento da 'Associação Alemã para Pesquisa Científica' e com acesso a registros da polícia, Ritter começou em 1937 a sistematicamente entrevistar todos os Ciganos residindo na Alemanha. Para fazer isso, ele viajou a acampamentos Ciganos e, depois a deportação e internamento de Ciganos começaram, para os campos de concentração.

Ritter desenvolveu genealogias detalhadas--históricos de família--para distingüir os Ciganos "puros" daqueles de "sangue misto/misturado" e desenraizar os Ciganos assimilados da população geral alemã. A polícia de estado ajudou Ritter em seu requerimento de registros genealógicos de todos os Ciganos movidos a força para campos especiais municipais depois de 1935. Acreditando que qualquer um com sangue Cigano podia ser um perigo a sociedade, Ritter classificou um "meio-Cigano" como alguém com um ou dois avós Ciganos ou dois ou mais avós meio-Ciganos, isto é, alguém com um pouco de um quarto de sangue cigano.

Aos associados a Ritter incluíam o antropólogo Dr. Adolf Wurth e, até 1942, e o zoologista e antropólogo Dr. Sophie Ehrhardt. O associado mais próximo a Ritter era Eva Justin, uma enfermeira que recebeu seu doutorado em antropologia em 1944 baseado na sua pesquisa com crianças Ciganas afastadas de suas famílias. Na conclusão de seu estudo, estas crianças eram deportadas a Auschwitz, onde todos com exceção de alguns eram mortos.

"Num relatório dos resultados de sua pesquisa em 1940, Ritter concluiu que 90 porcento dos Ciganos nativos da Alemanha eram "de sangue misto/misturado". Ele descreveu aqueles Ciganos como "os produtos de relacionamentos com criminosos anti-sociais alemães do subproletariado." Ele caracterizou os Ciganos como povos "primitivos" "incapazes de uma real adaptação social."

Do final de 1944 entrando em 1946, Ritter ensinou biologia criminal na Universidade de Turbingen; em 1947 ele entrou no Centro de Saúde de Frankfurt como um médico de crianças. Enquanto esteve lá, ele empregou Eva Justin como uma psicóloga. Seu colaborador Dra. Sophie Ehrhardt entrou na faculdade de antropologia na Universidade de Tubingen em 1942 e continuou a usar os dados de Ritter em sua pesquisa pós-guerra. Dr. Adolph Wurth serviu no Bureau de Estatística Baden-Wurttemberg até 1970.

Os esforços para trazer provas contra Ritter e seus associados como assessores nas mortes dos Ciganos Alemães foram interrompidos. O julgamento do Dr. Robert Ritter chegou ao fim com seu suicídio em 1950.

Fonte: Sinti & Roma: Victims of the Nazi Era, 1933-1945 (publicado pelo Museu do Holocausto dos EUA, USHMM. Usado com permissão.)/Site "A Teacher's Guide to the Holocaust"
http://fcit.coedu.usf.edu/holocaust/people/USHMMROM.HTM
Tradução: Roberto Lucena

Página principal: Sinti & Roma: Vítimas da Era Nazi, 1933-1945

Quem eram os "ciganos"? (Holocausto)

Primeiro quadro cinza da página(canto direito).
Quem eram os "ciganos"?

Em 1939, entre 30.000-35.000 pessoas conhecidas como "Ciganos" viviam na Alemanha e Áustria, que foi incorporada a Alemanha em Março de 1939. A população total de Ciganos vivendo na 'Grande Alemanha' e em todos os países ocupados pela Alemanha durante a guerra é desconhecido; os 'acadêmicos' Donald Kenrick e Grattan Puxon forneceram uma estimativa aproximada de 942 mil.

Acredita-se que os Ciganos tenham chegado a Europa do norte da India em meados de 1400. Eram chamados de Ciganos porque na mentalidade dos europeus eles teriam vindo do Egito. Esta minoria étnica é composta de grupos distintos chamados "tribos" ou "nações". A maior parte dos Ciganos na Europa ocupada pela Alemanha pertencia as tribos Sinti e Roma. Na Alemanha e na Europa ocidental geralmente predominavam os Sinti, e os Roma na Áustria, leste europeu, e os Balcãs. Os Sinti e os Roma falavm dialetos de uma linguagem comum chamada Romani, baseado no sânscrito, a língua clássica da Índia.

Por séculos, os Sinti e os Roma foram depreciados e perseguidos na Europa. Zigeuner, a palavra alemã para Cigano, deriva da raiz grega que significa "intocável". Nos principados balcânicos da Moldávia e da Valáquia, Ciganos eram escravos trazidos e vendidos pelos monastérios e grande latifundiários(boyars)atré 1864, quando a nova nação formada da Romênia os emancipou.

Muitos Sinti e Roma tradicionalmente trabalhavam como artesãos, também como ferreiros, sapateiros, funileiros, negociantes de cavalos, e modeladores. Outros se apresentavam como músicos, adestradores de animais de circo, e dançarinos. Por volta dos anos de 1920, havia també um pequena, classe média-baixa de comerciantes e alguns funcionários, como os Sinti empregados no serviço postal alemão. O número de verdadeiros ciganos nômades estava em declínio em muitos lugares por volta de meados de 1900, entretanto os conhecidos ciganos sedentários freqüentemente moviam-se sazonalmente, dependendo de suas ocupações.

Fonte: Sinti & Roma: Victims of the Nazi Era, 1933-1945 (publicado pelo Museu do Holocausto dos EUA, USHMM. Usado com permissão.)/Site "A Teacher's Guide to the Holocaust"
http://fcit.coedu.usf.edu/holocaust/people/USHMMROM.HTM
Tradução: Roberto Lucena

Página principal: Sinti & Roma: Vítimas da Era Nazi, 1933-1945

sábado, 7 de janeiro de 2012

Sinti & Roma: Vítimas da Era Nazi, 1933-1945 (ciganos, Holocausto)

Observação: Sinti & Roma: Vítimas da Era Nazi fornecem informação adicional acerca deste grupo vitimado, incluindo um fundo histórico e informação sobre Robert Ritter, um cientista racial nazista(1933-1945).

Entre 1933 e 1945 os Sinti e os Roma("Ciganos")sofreram extretamente como vítimas da perseguição nazista e genocídio. Reforçando(Construindo/Construção)um preconceito de longa data, o regime nazista via os Ciganos ambos como "anti-sociais"(fora dos padrões de uma sociedade "normal) e como "inferiores" racialmente--acreditavam que ameaçavam a pureza e a força biológica da raça "Superior Ariana". Durante a Segunda Guerra Mundial, os Nazis e seus colaboradores assassinaram dezenas de milhares de homens Sinti e Roma(romenos?), mulheres, e crianças através da ocupação alemã na Europa.

Por séculos os Europeus consideravam os Ciganos como párias sociais - pessoas de aparência estrangeira, lingua, e costumes. Na Alemanha moderna, a perseguição dos Sinti e dos Roma(romenos?) precedeu o regime nazista. Mesmo que os Ciganos possuíssem direitos completos e iguais como cidadãos sob o Artigo 109 da Constituição de Weimar, eles eram sujeitos a leis "especiais" e discriminatórias. Uma Lei bávara de 16 de Julho, de 1926, esboçou medidas para "Combater Ciganos, Vagabundos e trabalhos estranhos" e requeriu o registro sistemático de todos os Sinti e Roma. A lei proibia os Cifanos de "andar em bandos", e aqueles "(Ciganos)incapazes de provar que estavam empregados regularmente" eram arriscados a serem enviandos para trabalho forçado por até dois anos. Esta lei tornou-se uma norma nacional em 1929."

Quando Hitler chegou ao poder em 1933, leis anti-Ciganos continuaram tendo efeito. Logo que o regime introduziu outras leis afetando os Sinti e Roma alemães, como os Nazis imediatamente começaram a implementar sa visão de uma Nova Alemanha - um daquelas colocava "Arianos" no topo da hierárquia de raças e ranqueava Judeus, Ciganos, e negros como raças inferiores. Sob a "Lei para a Prevenção da Prole com Defeitos Hereditários", em Julho de 1933, médicos estelerizaram contra suas vontades um número desconhecido de Ciganos, meio-Ciganos(mestiços), e Ciganos de casamentos mistos. Similarmente, sob a "Lei contra os Criminosos Habituais Perigosos" de Novembro de 1933, a polícia prendeu muitos Ciganos junto com outros que os Nazis viam como "anti-sociais"--prostitutas, pedintes(mendigos), alcoólatras, e os desocupados desabrigados(sem casa)--e os aprisionou em campos de concentração.

As leis raciais de Nuremberg de 15 de Setembro, de 1935, ("Lei para a Proteção da Honra e do Sangue Alemão" e a "Lei dos Cidadãos do Reich)não mencionavam explicitamente os Ciganos, mas em comentários interpretando estas leis, Ciganos eram incluídos, juntos com os Judeus e "Negros", como minorias "racialmente distintas" com "sangue estrangeiro". Como resultado disto, seus casamentos com "Arianos" eram proibidos. Como os Judeus, os Ciganos também foram privados de seus direitos civis.

Em Junho de 1936, um Escritório Central para o "Combate ao Fastídio Cigano" abriu em Munique. Este escritório tornou-se o quartel-general de um bando de dados nacional sobre Ciganos. Também em Junho, parte das diretrizes do Ministério do Interior para o "Combate do Fastídio/Incômodo Cigano" autorizou a política de Berlim a conduzir batidas contra os Ciganos de modo que não estragassem a imagem da cidade, que era anfitriã dos Jogos Olímpicos de Verão(Olimpíadas). Naquele mês de Julho, a polícia prendeu 600 Ciganos e os trouxeram, em 130 caravanas, a um novo e especial campo de internamento Cigano(Zigeunerlager)estabelecido próximo a uma descarga de águas residuais(esgoto) e de um cemitério no subúrbio de Marzahan em Berlim. O campo tinha apenas três bombas d'água e dois banheiros; naquela superpopulação e falta de condições sanitárias, as infermidades contagiosas proliferaram. A polícia e seus cães de guardavam o campo. Similares campos para Ciganos apareceram também no ano de 1939, em iniciativa dos governos municipais e coordenados por um Conselho de Cidades(que reportavam ao Ministério do Interior), em Cologne, Düsseldorf, Essen, Frankfurt, Hamburgo, e outras cidades alemães.

Depois da Alemanha incorporar a Áustria ao Reich em março de 1938, o regime aplicou as leis de Nuremberg aos Ciganos da Áustria. Dois campos especiais de confinamento abriram, um para 80 a 400 ciganos, em Salzburgo, e Outubro de 1939, e um segundo, em Novembro de 1940 para 4 mil ciganos em Lackenback, no Burgerland, no estado austríaco oriental que faz fronteira com a Hungria. As condições em Lackenback, que durou até o fim da guerra, eram particularmente atrozes, e muitos indivíduos pereceram ali. Ambos os campos confinaram os ciganos austríacos para o registro policial e trabalhos forçados e serviram como campos de concentração do conjunto.

Um decreto de 1937 relativo a “prevenção de crimes” forneceu um pretexto para realização de mais detenções de ciganos. Em junho de 1938, mil ciganos alemães e austríacos foram deportados para campos de concentração em Buchenwald, Dachau, Sachsenhausen, e Lichtenburg (um campo para mulheres). Um ano mais tarde, outros milhares de ciganos da Alemanha e da Áustria foram internados nos campos de concentração de Mauthausen, Ravensbrück, Dachau, e Buchenwald. Nestes campos, os prisioneiros utilizavam identificações de várias cores e formas, que permitiam aos guardas e oficiais dos campos os classificarem por categorias. Os ciganos utilizavam um triângulo preto costurado ao uniforme, o símbolo para "associais", ou verdes, o símbolo para criminosos comuns, e algumas vezes a letra "Z".

Dr. Robert Ritter, um psiquiatra que coordenava pesquisas genéticas e genealógicas em ciganos, desempenhou um papel primordial na identificação de ciganos Sinti e Romani para serem detidos pela polícia. Em 1936, Ritter tornou-se o responsável por uma unidade de pesquisas dentro do Ministério da Saúde e mais tarde no Escritório Central da Polícia (Central Police Office). Ritter e seus assistentes, em colaboração com a Polícia Criminal (Unidade de Investigação) e a seção de “Combate à Moléstia Cigana”, mudaram-se para Berlim em maio de 1938, para localizar e classificar por grupo étnico todos os ciganos na Alemanha e Áustria.

Foi provavelmente à “pesquisa étnico-biológica” de Ritter que o líder das SS Heinrich Himmler fez referência em sua circular sobre o "Combate à Moléstia Cigana" de dezembro de 1938, recomendando "a resolução da questão cigana baseada na sua natureza essencialmente racial". Ele ordenou o registro de todos os ciganos no Reich com idade acima de seis anos e sua classificação em três grupos raciais: Ciganos, Meio-Ciganos ("Mischlinge"), e pessoas com comportamento nômade de ciganos. Himmler, que supervisionava o imenso império de segurança que incluía a Polícia Criminal (Gestapo), afirmou que “o objetivo das medidas adotadas pelo Estado é defender a homogeneidade da nação alemã”, incluindo a “separação física do grupo cigano da nação alemã”.

As crianças Sinti e Romani também eram vítimas, confinadas com suas famílias em campos municipais e examinadas e classificadas por cientistas raciais. Entre 1933 e 1939, autoridades retiraram crianças de suas famílias e levadas para casas especiais para crianças que funcionavam como internatos do Estado. Alunos ciganos que faltassem às aulas eram tidos como delinqüentes e mandados para escolas juvenis especiais; os que não conseguiam falar alemão eram considerados incapazes e enviados para “escolas especiais” para os deficientes mentais. Como as crianças judias, meninos e meninas ciganos eram vítimas de insultos e provocações de colegas de escola, até que, em março de 1941, o regime excluiu todos os ciganos das escolas públicas.

Como no caso dos judeus, o início da guerra em setembro de 1939 intensificou a política do regime nazista voltada para os ciganos. Em 21 de setembro de 1939, uma conferência sobre a política racial presidida por Reinhard Heydrich, chefe do Escritório Central de Segurança do Reich em Berlim, discutiu a remoção de trinta mil ciganos alemães e austríacos para a Polônia ocupada, junto com a deportação de judeus. A “recolonização para o Leste” seguida pelo extermínio em massa de ciganos sinti e romani foi correlata à deportação e assassinato em massa de judeus. As deportações de ciganos alemães – homens, mulheres e até crianças – começou em maio de 1940 quando 2.800 ciganos foram deportados para o gueto de Lodz e de lá para Chelmno, onde foram dentre os primeiros a serem mortos por gaseamento em unidades móveis de veículos utilitários em um período entre dezembro de 1941 e janeiro de 1942. De forma similar, no verão de 1942, ciganos alemães e poloneses do gueto de Varsóvia foram deportados para Treblinka, onde foram mortos nas câmaras de gás. Ciganos alemães também foram deportados para guetos em Bialystok, Cracóvia e Radom.

Durante a guerra, alguns pequenas diferenças de opinião surgiam dentro do alto escalão do governo em relação à “Solução Final da Questão Cigana”. Himmler acalentava a idéia de preservar um pequeno grupo de ciganos “puros” para estudos étnicos destes “inimigos do Estado” raciais, mas o regime rejeitou a idéia. Em um decreto datado de 16 de dezembro de 1942, Himmler ordenou a deportação de ciganos e meio-ciganos para Auschwitz-Birkenau. Pelo menos vinte e três mil ciganos foram mandados para lá, o primeiro grupo a chegar da Alemanha em fevereiro de 1943. A grande parte dos ciganos em Auschwitz-Birkenau eram da Alemanha e de territórios anexados ao Reich, tal como a Boêmia e Moravia. A Polícia também deportou pequenos contingentes de ciganos da Polônia, Hungria, Iugoslávia, França, Bélgica, dos Países Baixos e da Noruega.

Em Auschwitz-Birkenau, os oficiais destinaram um “Campo para Famílias Ciganas” para os ciganos da Seção B-IIe de Birkenau. Dos barracões de madeira, as câmaras de gás e os crematórios eram claramente visíveis. Durante os dezessete meses de existência do campo, a maioria dos ciganos levados a este campo morreram. Eles eram mortos nas câmaras e gás ou morriam de inanição, exaustão pelo trabalho pesado, e doenças (dentre as quais tifo, varíola e uma doença rara chamada Noma[http://www.ibemol.com.br/jaoc2003/59.asp]). Outros, inclusive muitas crianças, morreram como resultado de diversas experiências médicas cruéis feitas pelo Dr. Josef Mengele e outros médicos SS. O campo cigano foi liquidado na noite entre 02 e 03 de agosto de 1944, quando 2.897 ciganos sinti e romani foram mortos nas câmaras de gás. Os restantes 1.400 homens e mulheres foram transferidos para os campos de concentração de Buchenwald and Ravensbruck, destinados ao trabalho forçado.

Depois da Alemanha invadir a União Soviética em junho de 1941, esquadrões especiais da SS (Einsatzgruppen) e unidades regulares do Exército e Polícia começaram a fuzilar ciganos na Rússia, Polônia e nos Bálcãs, ao mesmo tempo que exterminavam judeus e líderes comunistas. Acredita-se que milhares de homens, mulheres e crianças ciganos tenham sido mortos nestas ações, geralmente executadas sob o pretexto de que as vítimas eram "espiãs".

Na Europa ocidental e do sul, o destino dos ciganos Sinti e Romani foi diferente em cada país, dependendo de circunstâncias locais. Por toda a Europa ocupada, ciganos, assim como judeus, foram detidos, mortos, deportados para campos na Alemanha e no Leste Europeu. O regime colaboracionista de Vichy, na França, internou trinta mil ciganos, muitos dos quais foram deportados posteriormente para Dachau, Ravensbruck, Buchenwald e outros campos. Na Croácia, membros locais do movimento facista Ustasha mataram milhares de ciganos, juntamente com sérvios e judeus. Na Romênia, em 1942, milhares de ciganos e judeus foram expulsos para Transnistria (oeste de Ucrânia) onde a grande parte dos deportados morreram de doença, desnutrição e tratamento cruel. Na Sérvia, no outono de 1941, destacamentos de atiradores do exército alemão exterminaram quase toda a população, ao lado de judeus predominantemente adultos, em retaliação a soldados mortos pelo movimento de resistência sérvio. Na Hungria, alemães e colaboradores húngaros começaram a deportação de ciganos em outubro de 1944.

A imprecisão quanto à quantidade pré-Holocausto de ciganos Sinti e Romani e a escassez de pesquisas, especialmente sobre o seu destino fora da Alemanha durante o holocausto, tornaram difícil estimar o número e porcentagem de mortos. Estimativas acadêmicas de mortes pelo genocídio Sinti e Romani variam entre 220.000 e 500.000.

Depois da guerra, a discriminação contra ciganos na Europa continuou. Na Alemanha Ocidental, os tribunais concordaram em indenizar o grupo Sinti e Romani pela perseguição racial apenas para deportações que ocorreram de 1943 até o fim da guerra. Eles não retroagiram a decisão para 1938 até a década de 1960. Hoje, com a ascensão de um nacionalismo estridente em muitos dos países do Leste Europeu e desemprego por toda a Europa, os ciganos Sinti e Romani continuam a enfrentar preconceito disseminado na população e discriminação oficial.

Fonte: Sinti & Roma: Victims of the Nazi Era, 1933-1945 (publicado pelo Museu do Holocausto dos EUA, USHMM. Usado com permissão.)/Site "A Teacher's Guide to the Holocaust"
http://fcit.coedu.usf.edu/holocaust/people/USHMMROM.HTM
Tradução: Marcelo H., Roberto Lucena
Com exceção dos quadros cinzas da página ("Who Were the "Gypsies?" e "Dr. Robert Ritter: Racial Science and "Gypsies"").

Quadros cinzas (canto direito da página original do texto):
Quem eram os "ciganos"?
Robert Ritter: ciência racial e "ciganos"

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Gaseamentos homicidas no Primeiro Julgamento de Auschwitz em Frankfurt - Levantamento estatístico

Cerca de 7000 homens das SS e mulheres auxialiares estavam servindo no complexo do campo de Auschwitz, alguns com parentes próximos, algumas autoridades estavam em contato e em correspondência com o campo de Auschwitz, centenas de milhares de pessoas foram deportadas para o lugar e um certo número de trabalhadores civis tiveram acesso aos campos. Não muito longe existiam aldeias, bem como a cidade de Auschwitz. Em suma havia muitas pessoas envolvidas em torno do complexo de Auschwitz.

Agora vamos supor que a visão "revisionista" de Auschwitz, por exemplo, a falsidade dos gaseamentos homicidas seja verdade. Então essa gama de pessoas com diferentes formações, habilidade e personalidades devem gerar prova testemunhal substancial para apoiar a evidência. No entanto apenas alguns são conhecidos - três vêm à minha mente, Wilhelm Stäglich[1], Thies Christophersen[2] e Walter Schreiber[3], nenhum deles pode ser classificado como testemunha ocular dos gaseamentos homicidas e nenhum deles tem problemas substanciais. É realmente isso?

A maior fonte e de fácil acesso aos testemunhos do campo de concentração de Auschwitz é o primeiro julgamento de Auschwitz em Frankfurt, que ocorreu entre 1963-1965, mas as investigações e os interrogatórios remontam a 1958. Testemunhos de mais de 400 testemunhas foram ouvidas ou lidas (excluindo os relatórios dos peritos) durante o julgamento. Os testemunhos foram publicados em 2005 pelo Instituto Fritz Bauer e pelo Museu Estatal de Auschwitz em um DVD (Digitale Bibliothek 101 - Der Auschwitz-Prozeß), que permite a pesquisa do texto completo, as transcrições e os protocolos de interrogatório. O DVD foi gravado especificamente sobre os depoimentos dos gaseamentos homicidas em Auschwitz.

Os gaseamentos homicidas contaram com 254 testemunhos, que estão reproduzidos aqui. E aqui temos uma lista resumo. Um homem da SS se recusou a comentar se ele sabia ou participou dos gaseamentos homicidas, que não apenas sugere que ele sabia dos gaseamentos homicidas, mas que também tomou parte deles. Mas como não há declaração explícita afirmativa disponível, esse está sendo tratado como se não estivesse claro. Mais 11 que não estão claros com relação a gaseamentos homicidas também estão sendo ignorados.

Então efetivamente restaram 242 testemunhos de gaseamentos homicidas, 64 são dos antigos SS, 169 são de ex-prisioneiros e 10 outros são de civis e ex-funcionários do exército britânico. 239 (99%) testemunhas declararam afirmativamente sobre os gaseamentos homicidas, enquanto 3 testemunhas (1%) alegaram que não tinham conhecimento. Não há uma única testemunha (0%) que duvidou ou negou que os gaseamentos homicidas foram realizados em Auschwitz. Dessas 239 testemunhas afirmativas sobre os gaseamentos homicidas, 195 poder ser classificados como boato afirmativo e 44 como testemunhas oculares. Estes dados estão ilustrados na Figura 1. A última divisão de 7 testemunhas oculares testemunharam terem visto cadáveres gaseados nos locais de gaseamento, 8 testemunhas deporam que viram os locais de gaseamento (sem cadáveres) e as 29 testemunhas restantes testemunharam que viram as operações de gaseamento.









Figura 1: Gráfico de pizza das provas testemunhais sobre os gaseamentos homicidas no julgamento de Auschwitz em Frankfurt.

Devido à sua natureza indireta, os testemunhos de boatos afirmativos são menos confiáveis individualmente, mas poderosos de um ponto de vista estatístico. Também é razoável fazer a distinção entre boatos afirmativos dos testemunhos do pessoal da SS e dos prisioneiros. Os homens das SS estavam frequentemente em uma posição mais adequada para obter informações confiáveis sobre os boatos das atrocidades alemãs, tanto oficialmente como parte do seu dever ou não oficialmente através de outros homens das SS. 40 ex-membros da SS testemunharam sobre gaseamentos homicidas em Auschwitz (supostamente) de fonte de boatos, incluindo oficiais de alta patente como o Comandante da Polícia de Segurança e do SD em Kattowitz Johannes Thümmler, Comandante de Auschwitz Richard Baer, Ajudantes de Ordem em Auschwitz, Karl Höcker e Robert Mulka, Investigador da SS Helmut Bartsch, os médicos SS Victor Capesius, FRanz Lucas, Willi Schatz e Willy Frank. É improvável que todos estas pessoas não estavam em posição de obter um conhecimento confiável sobre os gaseamentos homicidas em Auschwitz. A repartição de todos os 64 testemunhos do pessoal da SS é mostrado na figura 2.








Figura 2: Gráfico de pizza sobre a prova testemunhal do pessoal da SS sobre os gaseamentos homicidas no julgamento de Auschwitz em Frankfurt.

Resumo

No primeiro julgamento de Auschwitz em Frankfurt e nos interrogatórios do pré-julgamento, a grande maioria das testemunhas, que foram questionadas sobre o assunto, testemunharam afirmativamente sobre os gaseamentos homicidas em Auschwitz. Apenas um número insignificante de testemunhas atestaram que não tinham conhecimento e nenhuma testemunha atestou negativamente sobre os gaseamentos homicidas. Este resultado é o pior cenário possível para o "revisionismo" e não fornecem evidências para duvidar que os gaseamentos homicidas não aconteceram em Auschwitz.

Notas:

[1] Stäglich escreveu que ele não viu os "fornos crematórios" em Auschwitz, o que indica que ele nunca esteve em Birkenau, onde ocorreram os gaseamentos em massa. Ele também sugere que não conseguiu obter informações confiáveis sobre os boatos de Birkenau. Curiosamente, ele escreveu que o forno com mufla dupla da Topf apresentado em Dachau lembrou os fornos da padaria de Auschwitz. Ver carta de Stäglich em Christophersen, Die Auschwitz-Lüge, p. 68.

[2] Christophersen não sabia que havia quatro crematórios em Birkenau, mesmo que supostamente ele visitou o campo. Ele só disse que havia "um crematório...em Auschwitz". Ele não sabia nada sobre as cremações ao ar livre em Birkenau, mesmo que estas foram realizadas em Auschwitz no verão de 1944, de acordo com fotografias aéreas e de solo dos Sonderkommando. Portanto, Christophersen ou era um péssimo observador e sem talento para obter informações confiáveis sobre os boatos de Birkenau ou sofria de grave perda de memória quando escreveu seu livro. Ver Christophersen, Die Auschwitz-Lüge.

[3] Schreiber era suposto enegnheiro-chefe de Huta desde novambro de 1943, mas os crematórios de Auschwitz já haviam sido construídos. A opinião de Schreiber de que as câmaras de gás homicidas dos crematórios eram improváveis é baseada em falsas premissas com relação a pré-requisitos técnicos. Na verdade não são muitos, e em princípio, qualquer quarto que pode ser fechado pode servir como câmara de gás homicida para assassinato em massa. Ver testemunho de Schreiber de 1999, http://www.vho.org/VffG/2000/1/Rademacher104f.html.



Fonte: Holocaust Controversies - Hans


Link: http://www.holocaustcontroversies.blogspot.com/2012/01/homicidal-gassings-at-first-frankfurt.html


Tradução: Leo Gott

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Mais racismo antinegro sulamericano, agora à brasileira

Depois da notícia publicada ontem sobre o jogador uruguaio que defendeu seu racismo com a maior naturalidade do mundo, caso grave de racismo(mais um) na cidade de São Paulo.

Casal espanhol diz que filho negro foi expulso de restaurante em SP
Garoto foi adotado há dois anos na Etiópia e, segundo família, está abalado.
Defesa do estabelecimento diz que criança foi confundida com menino de rua.

Rafael Sampaio
Do G1 SP

O que era para ser uma viagem de férias no Brasil terminou em tristeza para a espanhola Cristina, de 42 anos. A mulher, que não quis ter o sobrenome revelado, veio ao país com o marido Jordi, também espanhol, e o filho de 6 anos, adotado há dois na Etiópia. Na sexta-feira (30), Cristina procurou a polícia alegando que seu filho, que é negro, foi expulso do restaurante Nonno Paolo, no bairro Paraíso, Zona Sul de São Paulo. O advogado do estabelecimento nega e diz que o menino saiu espontaneamente após ser abordado pelo proprietário.

O dono do restaurante confundiu a criança com um menino de rua, segundo seu defensor, José Eduardo da Cruz. O garoto, que não fala português, foi encontrado pela família a um quarteirão de distância do local.

"Foi um desespero, a primeira coisa que eu pensei foi que alguém havia levado ele embora [o menino] e que não iríamos vê-lo nunca mais", disse a mãe, técnica de administração acadêmica na Universidade de Barcelona. A família havia ido ao Parque Ibirapuera na manhã da sexta (30) e decidiu comer no restaurante à tarde. Funcionários viram que o garoto entrou com os pais e o trataram como cliente num primeiro momento, relatou Cristina.

A família, que chegou ao Brasil em 17 de dezembro, disse estar muito abalada. A tia que hospeda o casal, Aurora, afirmou que o garoto evita falar sobre o caso e que estava chorando quando foi encontrado pelos pais. "Ela [Cristina] chegou aqui chorando, com o marido. Eu voltei [ao restaurante] com ela para saber o que houve e um funcionário admitiu que havia colocado o menino para fora."

O casal espanhol fez um boletim de ocorrência no 36º Distrito Policial, na Vila Mariana, ainda na sexta (30). O caso foi registrado como constrangimento ilegal, mas a polícia investiga a hipótese de racismo. A mãe já foi ouvida pelos policiais.

O advogado do Nonno Paolo reconhece que o dono do estabelecimento abordou a criança, mas nega que tenha havido racismo. "Ele [o dono] se dirigiu ao garoto e ele não respondeu. Ele imaginou que fosse mais um dos meninos de rua da feira, e a criança saiu do local espontaneamente. Em hipótese alguma houve racismo", disse.

Funcionários do restaurante ouvidos pelo G1 confirmam que o dono do local colocou o garoto para fora do estabelecimento.

"Ele me disse 'um senhor me botou para fora', em catalão, que é a nossa língua. Perguntamos se ele estava ferido e ele disse que foi segurado pelo braço, mas não foi machucado", contou a mãe. O gerente do restaurante, porém, garante que houve um desencontro entre o menino e seus pais. “O menino saiu procurando os pais dele. Mas ele foi para o lado errado. Os pais estavam de um lado e ele foi para outro”, disse José Eduardo Fernandes Neto.

A família volta nesta segunda (2) para a Espanha, mas vai acompanhar o caso e estuda entrar na Justiça caso a investigação não prossiga.

Fonte: G1 SP
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/01/casal-espanhol-diz-que-filho-negro-foi-expulso-de-restaurante-em-sp.html

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Jogador uruguaio e o racismo à sulamericana. Suarez: "Não falo com pretos"

Suárez: "Não falo com pretos"
federação confirma frase dirigida a Evra
10:54
segunda-feira, 2 janeiro de 2012
REUTERS

A Federação Inglesa anunciou, no domingo, um documento com 115 páginas revelando a base da acusação de racismo a Luis Suárez, que acabou por ser punido com 8 jogos de castigo e multado em 40 mil libras (cerca de 48 mil euros).

De acordo com o relatório, Evra perguntou porque é que Suárez o havia pontapeado na partida que opôs Liverpool e Manchester United (1-1) ao que o uruguaio respondeu: "Porque és preto". O defesa francês desafiou-o a repetir o que havia dito ao que o avançado uruguaio respondeu: "Não falo com pretos".

Suárez negou a acusação afirmando que "usou a palavra 'preto' por ser familiar esta designação desde tenra idade no Uruguai".

"O senhor Evra é uma testemunha credível. Deu conta das evidências de forma calma e clara. Na sua grande parte, eram consistentes, mas tanto ele como o senhor Suárez comprensivelmente não se lembravam de todos os detalhes do episódio ocorrido entre eles", pode ler-se no relatório, acrescentando ainda:

"As evidências relatadas pelo senhor Suárez não foram confiáveis nos assuntos de grande importância. Foram, em parte, inconsistentes em comparação com aquilo que é mostrado nas imagens de vídeo".

O castigo do avançado uruguaio encontra-se suspenso de momento face ao recurso do Liverpool.

Fonte: Reuters/Record (Portugal)
http://www.record.xl.pt/Futebol/Internacional/interior.aspx?content_id=733950

Comentário: a alegação de "defesa" do jogador foi essa "Suárez negou a acusação afirmando que "usou a palavra 'preto' por ser familiar esta designação desde tenra idade no Uruguai". No mínimo ele deve achar que todo mundo no mundo é um completo idiota ou conivente com a postura racista dele. Familiar? Desde quando dizer que "não fala com negros" e que "fez falta na pessoa por ela ser negra" é familiar? Só pra racistas. É de espantar a naturalidade com que esse jogador defende o próprio racismo que não é um fato isolado, o Brasil já foi atacado em países vizinhos pelo termo "macacos"(alusivo a negros), o que chama atenção é o cinismo e o tamanho do racismo anti-negro em países, além do Brasil, no resto da América do Sul. Hitler ficaria com inveja. Quem sabe a FIFA também pune o indivíduo com o afastamento dele em jogos oficiais pela seleção do seu país.

domingo, 1 de janeiro de 2012

(EBOOK) Belzec, Sobibor, Treblinka. Negação do Holocausto e Operação Reinhard. Uma crítica às falsificações de Mattogno, Graf e Kues

Segue abaixo o Ebook e texto elaborado pelos membros do Holocaust Controversies(blog) principalmente sobre os campos de Belzec, Sobibor e Treblinka e a Operação Reinhard. É possível baixar o ebook em arquivo PDF. Observação: o texto está em inglês.

Livro: Belzec, Sobibor, Treblinka (Negação do Holocausto e Operação Reinhard). Uma crítica às falsificações de Mattogno, Graf e Kues.

Um documento de Holocaust Controversies, 1ª edição, dezembro de 2011: http://holocaustcontroversies.blogspot.com

© 2011 Jonathan Harrison, Roberto Muehlenkamp, Jason Myers, Sergey Romanov, Nicholas Terry

Nota: Este trabalho pode ser distribuído eletronicamente de forma gratuita como PDF ou reproduzido em websites, mas os direitos dos autores são reservados. Por favor, dê os créditos do texto ao ‘Holocaust Controversies’. Reprodução para fins comerciais é proibida.

Dedicado a Harry Mazal (1937-2011)

NOTA: a versão definitiva desta crítica está em formato PDF. O ebook pode ser baixado em:  
Google Docs  |  Rapidshare  | Archive.org
A versão do blog deve ser considerada como uma versão preliminar.
_____________________________________________________

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um presente de Boas Festas para Mattogno, Graf e Kues

Os membros do Holocaust Controversies preparam uma extensa crítica entitulada 'Belzec, Sobibor, Treblinka. Negação do Holocausto e a Operação Reinhard: uma crítica às falsificações de Mattogno, Graf e Kues'(Belzec, Sobibor, Treblinka. Holocaust Denial and Operation Reinhard: A Critique of the Falsehoods of Mattogno, Graf and Kues). É a primeira edição do documento, e os eventos de fundo que levaram a sua criação são discutidos na introdução. Publicaremos o trabalho inteiro como um arquivo PDF na internet dentro dos próximos 14 dias; mas primeiramente estamos lançando nossa atual versão do trabalho como uma série do blog, começando aqui. Não usamos um revisor profissional e estamos trabalhando neste projeto gratuitamente em nosso tempo livre, por isso gostaríamos de pedir a todos os leitores a dar suas opiniões, acerca de qualquer erro tipográfico ou de outros erros, nos comentários abaixo em cada artigo do blog. Incorporaremos quaisquer correções necessárias no PDF e nas versões subsequentes do documento.

Boas Festas e se divirtam!

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/holiday-gift-for-mattogno-graf-and-kues.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

Homenagem póstuma a Harry W. Mazal (1937-2011)

Como o Leo bem observou, só deu pra ficar a par do falecimento de Harry Mazal ao ler um dos posts recentes do Holocaust Controversies com uma dedicatória a ele. Fica aqui o agradecimento e reconhecimento à sua dedicação frente ao site The Holocaust History Project e à Mazal Library, como também pelo seu combate ao negacionismo do Holocausto. Descanse em paz.

Harry W. Mazal (10 de maio de 1937 - 22 de agosto de 2011)

Ele criou uma biblioteca amplamente usada em San Antonio
In Memory of Harry W. Mazal

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

As vítimas africanas de Hitler: os massacres do exército alemão a soldados franceses negros em 1940

Documento criado em: 20 de julho de '06
Air & Space Power Journal Book Review - Primavera de 2007

Hitler's African Victims: The German Army Massacres of Black French Soldiers in 1940(As vítimas africanas de Hitler: os massacres do exército alemão a soldados franceses negros em 1940) por Raffael Scheck. Cambridge University Press (http://www.cambridge.org/us), 32 Avenue of the Americas, New York, New York 10013-2473, 2006, 216 páginas, $65,00 (capa dura).

Em "A Preface to History" de Carl G. Gustavson, o autor afirma que ao visualizar qualquer evento histórico, deve-se examinar e tentar compreender quaisquer e todas as influências profundas que levaram à ocorrência de um específico episódio, porque nunca tais eventos ocorrem em um vácuo e simplesmente não "apenas ocorrem". Pelo contrário, as situações sempre vão em movimento na esteira de outros acontecimentos. Em seu excelente livro "Hitler's African Victims", Raffael Scheck faz isto com perfeição e com grande efeito.

Professor adjunto de História Moderna da Europa no Colby College e titular PhD da Universidade de Brandeis, Scheck é autor dos livros "Alfred von Tirpitz and German Right Wing Politics, 1914–1930"(Alfred von Tirpitz e as políticas alemãs de extrema-direita, 1914-1930) e "Mothers of the Nation: Right-Wing Women in Weimar Germany"(Mães da Nação: as mulheres de extrema-direita na República de Weimar), juntamente com vários artigos sobre políticas da extrema-direita alemã. Em Hitler’s African Victims, Scheck traz à luz uma área da história que até agora as pessoas, ou intencionalmente teriam ignorado ou, infelizmente, esquecido.

Durante o desesperado verão de 1940, as forças alemãs avançaram largamente, sem contenção, sobre a Europa Ocidental. Um dos muitos países a sentir a fúria do exército de Hitler foi a França. Ardendo com um intenso desejo de vingança pelas abominações impostas ao povo alemão - o Tratado de Versailles - Hitler e seus asseclas assumiram uma atitude especial para impôr uma rápida e humilhante rendição à França. As fileiras do exército francês alistaram mais de 100.000 soldados negros os quais os franceses haviam recrutado e mobilizado a partir de áreas da Mauritânia, Senegal e Níger, na África Ocidental Francesa, colocando-os em regimentos só negros ou mestiços e em seguida tornando-os parte das divisões da Infantaria Colonial. Durante a árdua batalha contra os alemães, estes soldados africanos - muitas vezes armados com os temidos coupe-coupe(facões) de lâmina longa, com os quais eles abriam caminho através dos soldados inimigos no combate corpo a corpo - viram-se confrontados com o melhor que os alemães poderiam reunir. Raramente se ouve a história das perdas que os africanos impuseram aos alemães.

Tragicamente, durante o período de luta mais difícil na campanha da França, acima de 3.000 desses prisioneiros Tirailleurs Senegalais foram evidentemente massacrados por soldados alemães. O assassinato de prisioneiros inimogos - por membros de ambos os lados - ocorreu durante a guerra, mas o grande número de perdas cometidas pelos Tirailleurs durante em um período relativamente curto de tempo levanta sérias questões. O autor faz um trabalho magistral de extraordinária e coerente informação do acontecimento para explicar as circunstâncias que cercam esses massacres.

Como parte de sua análise, Scheck discusses muitos aspectos da história do racismo na Alemanha que provavelmente levaram a atitudes predominantes dentro da sociedade nazista daquele tempo — por exemplo, o que ficou conhecido como "Terror Negro"(Black Horror), envolvendo o estacionamento de soldados negros na Renânia logo após a Primeira Guerra. Vários incidentes ocorreram entre estes soldados e a população nativa, especialmente os nascimentos de muitas crianças mestiças. Estarrecida, a liderança nazi pediu pela esterelização forçada destas crianças e a propaganda alemã trabalhava a exaustão para retratar negros como selvagens e "loucos pervertidos sexuais". Por conta destes esforços, uma forte fundação antinegra surgiu na nova Alemanha. Da mesma forma, como um poder colonial na África (1904–1907), a Alemanha eliminou mais de 150.000 negros durante uma série de levantes. Além disso, os alemães deram tratamento similar ao dos negros apanhados lutando pela União durante a Guerra Civil Norte-Americana, bem como o tratamento dos EUA a mexicanos, norte-americanos nativos e filipinos durante os conflitos com esses povos.

Todos esses fatores ajudaram a criar uma atmosfera propícia para cometer as atrocidades descritas neste livro. O autor explica eloqüentemente conceitos tais como o critério para o massacre sancionado e cinco fatores situacionais que conduziram ao assassínio de prisioneiros negros. Curiosamente, a pesquisa de Scheck revelou que quando tudo estiver dito e feito, aparentemente nenhuma diretiva do governo alemão ordenou que os soldados matassem esses prisioneiros. Muito provavelmente, a ferocidade da batalha, o racismo latente e os efeitos de terem visto colegas soldados mortos em combate - muitos cortados e separados por africanos ocidentais armados a faca - combinaram para motivar os alemães a agir como agiram. Na verdade, muitas unidades alemãs se recusaram a matar os prisioneiros negros absolutamente, e depois de agosto de 1940 - o período mais desesperador para alemães e franceses - pouco ou nenhum assassinato de prisioneiros ocorreu.

Apesar deu tecer louvores a este livro, eu tenho algumas discordâncias com o autor. Scheck afirma que os alemães iriam "atirar imediatamente nos negros dispersos sem lhes dar a oportunidade de se render. Isto era ilegal como um massacre, mas mais fácil para encobrir. . . . A prática de não dar alojamentos a soldados negros, embora ilegal, foi certamente facilitada pelo fato de que as disposições legais para se render poderiam ser difíceis de se aplicar no combate corpo a corpo"(páginas 61 e 66). De acordo com a Lei de Conflito Armado, no entanto, não é ilegal matar soldados em fuga ou dispersar os soldados. Só depois deles terem se rendido e o inimigo tomar o controle deles, eles se tornariam imunes de serem mortos. Da mesma forma, é legal dizimar toda formações de soldados inimigos - por não matá-los hoje, em vez de tê-los que enfrentar amanhã. Apesar de ser "descortês" poder matar soldados em fuga ou dizimar uma formação inteira inimiga, continua a ser perfeitamente aceitável e legal fazê-lo.

No geral, os pontos de menor importância em nada diminuem o grosso deste excelente livro. Não é sempre que se encontra um estudo da Segunda Guerra Mundial que revela uma página inteiramente nova da história. Completo com dez fotografias, quatro páginas de tabelas que descrevem os assassinatos e um mapa das áreas em questão, Hitler's African Victims deixa sua marca como uma importante contribuição para uma já desordenada história da guerra.

Tenente-Coronel Robert F. Tate, FAEUA(USAFR)
Base(AFB) de Maxwell, Alabama

Aviso

As conclusões e opiniões expressas neste documento são as que o autor manifesta de acordo com sua liberdade de expressão e no ambiente acadêmido da Academia da Força Aérea(Air University). Elas não refletem a posição oficial do Governo dos EUA, do Departamento de Defesa, da Força Aérea dos EUA ou da Academia da Força Aérea(Air University).

Fonte: Air & Space Power Journal Book Review(da Academia da Força Aérea dos EUA)
http://www.airpower.au.af.mil/airchronicles/bookrev/scheck.html
Tradução: Roberto Lucena

Ler também:
Crescendo negro na Alemanha nazista
Negros alemães vítimas do Holocausto
Mais apontamentos do racismo nazi
O racismo nazista nas palavras dos próprios nazistas
A Fazenda Nazista no Brasil e o emprego de trabalho escravo - rastros deixados pelos nazistas no país

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A força da palavra genocídio

A força da palavra genocídio
Data de publicação : 23 Dezembro 2011 - 7:34pm | Por Klaas den Tek (Foto: ANP)

Assuntos relacionados: Direito Internacional França genocídio armênio Turquia

A tensão entre Turquia e França está elevada agora que o parlamento francês aprovou uma lei que torna punível a negação do genocídio armênio pelos turcos (1915-1916). O primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan, por sua vez, culpa a França de genocídio na Argélia após a Segunda Guerra Mundial. Assim que surge a palavra genocídio, as emoções em geral se elevam.

Genocídio. É um dos termos mais pesados do direito internacional. É o maior crime contra a humanidade. Uma grande e indelével mancha na história de um país. Quem pensa em genocídio pensa, automaticamente, nas horríveis imagens do holocausto. Ou no terrível massacre em Ruanda em 1994.

Assassinatos em massa

O jurista e linguista polonês Raphael Lemkin introduziu o termo genocídio em 1944 em seu livro ‘Axis Rule in Occupied Europe’. O termo foi utilizado durante os processos de Nuremberg, onde líderes nazistas foram julgados pelas atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Em 1948 as Nações Unidas estabeleceram a Convenção sobre Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. Por influência do ditador russo Jozef Stalin, o massacre de grupos políticos não foi incluído na definição.
Artigos relacionados

Segundo Thijs Bouwknegt, do Instituto Holandês para Documentação de Guerra (NIOD), a palavra genocídio é claramente definida juridicamente: “Trata-se na verdade do ataque a quatro grupos: nacional, étnico, racial e religioso. Será genocídio se um destes grupos for massacrado ou expulso do país. E este último caso foi o que aconteceu com os armênios em 1915. Eles foram deportados em grande escala pelo regime otomano.”

Genocídio

Nos últimos anos fala-se com frequência sobre genocídio em conflitos. Opositores do ex-líder líbio Muamar Kadhafi logo falaram de genocídio no país. O termo também aparece quando se fala na violência usada pelo presidente sírio Bashar al-Assad contra manifestantes. Larissa van den Herik, professora de Direito Público Internacional na Universidade de Leiden, vê um motivo importante para isso:

“O termo é usado com frequência porque faz um apelo imperativo para que a comunidade internacional intervenha. Genocídio é o pior que pode acontecer. É usado como arma política. Frequentemente já não se olha objetivamente os fatos, mas dá-se uma carga emocional. O perigo é que o conceito perca sua força.”

Juízes internacionais

Segundo Van den Herik, os juízes e promotores internacionais têm consciência desse perigo. Nas acusações não se fala de genocídio gratuitamente. Há espaço para outros crimes. Além disso, o genocídio muitas vezes é difícil de ser provado. Nos últimos anos, os juízes comprovaram genocídio apenas em Ruanda e na antiga Iugoslávia.

Thijs Bouwknegt, do NIOD: “É preciso não só provar que um grande grupo foi eliminado ou está sendo vítima de alguma maneira, mas também precisa-se comprovar que ele pertence a um dos quatro grupos. Há um enorme fardo para as provas.”

Internacionalmente ainda correm casos de genocídio. No Tribunal do Camboja, por exemplo, alguns líderes do Khmer Vermelho estão sendo julgados por genocídio. Trata-se aqui do extermínio de um grupo nacional e religioso. O Khmer Vermelho teria exterminado dois grupos nos anos ’70: a minoria vietnamita e os islamitas Cham.

Negação

Em alguns países, mesmo a negação de um genocídio é um ato que vai longe demais para as autoridades. Na Holanda o holocausto não pode ser negado. Quem o faz pode ser processado. A França é agora o único país europeu onde o genocídio armênio não pode mais ser negado. Fica a dúvida se países como Holanda e Alemanha a seguirão.

Van den Herik: “Nos dois países vive uma grande comunidade turca que não se quer ofender com uma proibição assim. Mas não seria errado impor uma pressão extra sobre a Turquia. É sempre bom olhar honestamente para o passado.”

De qualquer forma, primeiro seria preciso apresentar um projeto ao parlamento. E a questão é: depois da reação feroz de Ankara, qual governo ainda se atreve a tocar nesta ferida.

Fonte: Radio Nerderland
http://www.rnw.nl/portugues/article/a-for%C3%A7a-da-palavra-genoc%C3%ADdio

Ver mais:
Tensão com França remete à candidatura da Turquia à UE (AFP/EFE/Reuters, Terra)
Presidente turco pede para França deixar mediação no Cáucaso (Terra/EFE)
Pró-turcos pirateiam site de deputada francesa que propôs lei sobre genocídio armênio (acrítica.com, Portugal)
«Hackers» atacam site de deputada francesa (abola.pt, Portugal)
Turquia retira diplomata de Paris por lei do genocídio armênio (Diário de Pernambuco)
Genocídio armênio: Turquia acusa Sarkozy de manobra eleitoralista (euronews)
Erdogan acusa franceses de genocídio na Argélia (DN, Portugal)
“Sarkozy que pergunte ao pai sobre os massacres na Argélia” (euronews)
Erdogan acusa França de genocídio argelino (Público, Portugal)
Armênios saúdam lei francesa sobre o “genocídio” (euronews)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Quick Facts: "Tratamento Especial" (Sonderbehandlung)

1) - Negadores do Holocausto alegam que “tratamento especial” não significa “matar”, mas na verdade significava algo muito mais benigno. Eles também alegam que qualquer um que admitiu que “tratamento especial” significava “matar”, foi torturado pelos Aliados.

2) – No entanto neste Quick Facts – nas palavras dos próprios nazistas – mostram que “tratamento especial” claramente queria dizer “matar”. Estas declarações foram feitas pelos nazistas muito antes do questionamento dos Aliados.

Aqui temos o que Reinhard Heydrich, Chefe do Gabinete de Segurança do Reich e responsável pela “questão judaica” disse sobre “Sonderbehandlung” em 1939. Em 20 de setembro de 1939 Heydrich enviou um telegrama às sedes regionais e sub-sedes da Gestapo sobre os “princípios básicos de segurança interna durante a guerra”. (Lembrando que Heydrich foi assassinado em 1942, muitos antes das [supostas] torturas dos russos ou americanos para que ele escrevesse isso):



Zur Beseitigung aller Mißverständnisse teile ich folgendes mit: ...ist zu unterscheiden zwischen solchen, die auf dem bisher üblichen Wege erledigt werden können, und solchen, welche einer Sonderbehandlung zugeführt werden müssen. Im letzteren Falle handelt es sich um solche Sachverhalte, die hinsichtlich ihrer Verwerflichkeit, ihrer Gefährlichkeit oder ihrer propagandistischen Auswirkung geeignet sind, ohne Ansehung der Person durch rücksichtloses Vorgehen (nämlich durch Exekution) ausgemerzt zu werden.



[Tradução]


Para esclarecer todos os mal-entendidos, informo o seguinte:
...uma diferenciação deve ser feita entre aqueles que podem ser finalizados no caminho até então usual, e aqueles a quem se aplica um tratamento especial. Neste último caso, estamos lidando com circunstâncias que por causa de sua degradação, o perigo ou suas consequências para a propaganda, é apropriado sem levar em conta a pessoa, para eliminá-los através de um procedimento cruel (nomeadamente execução).


Nuremberg Document 1944-PS

E aqui é o que Heinrich Himmler escreveu em 20 de fevereiro de 1942 em uma ordem secreta para os Agentes da Polícia de Segurança e do SD em relação aos trabalhadores do leste, mais uma vez, muito antes dos americanos e russos saberem sobre:



Bekämpfung der Diziplinwidrigkeit
(4) In besonders schweren Fällen ist beim Reichsicherheitshauptamt Sonderbehandlung unter Angabe der Personalien und des genauen Tatbestandes zu beantragen.
(5) Die Sonderbehandlung erfolgt durch den Strang.


[Tradução]

Combate para disciplinar

(4) Em casos especialmente graves, o tratamento especial deve ser solicitado ao Escritório de Segurança do Reich para a transmissão das informações e dos fatos exatos do caso.

(5) O tratamento especial acontece por enforcamento.

Nuremberg Document 3040-PS


"As execuções não devem ser realizadas no campo...Se os campos do Governo Geral estão localizados nas imediações da fronteira as medidas para os prisioneiros devem ser tomadas se possível no território da antiga União Soviética para tratamento especial.”

Nuremberg Document 502-PS

Em 1943, Himmler tinha tanta certeza de que quase todo mundo tinha entendido o significado da palavra “Sonderbehandlung”, que ele ordenou a substituição no secreto Korherr Report sobre a Solução Final para a Questão Judaica. Korherr tinha usado a palavra na página 9 do documento. Aqui está o que ele recebeu do assistente de Himmler:



Der Reichsführer-SS hat Ihren statistischen Bericht über "Die Endlösung der europäischen Judenfrage" erhalten. Er wünscht, daß an keiner Stelle von "Sonderbehandlung der Juden" gesprochen wird. Auf Seite 9 muß es folgerndermaßen heißen:



"Transportierung von Juden aus den Ostprovinzen nach dem russichen Osten:


Es wurden durchgeschleustdurch die Lager im Generalgouvernement...durch die Lager im Warthegau..."



Eine andere Formulierung darf nicht genommen werden...

[tradução]

O Reichsführer-SS recebeu o seu relatório sobre a “Solução Final para a Questão Judaica Européia”. Ele deseja que “o tratamento especial dos judeus” não seja mencionado em qualquer lugar. A página 9, deve ser reformulada da seguinte forma:

“Eles foram guiados

através dos campos no Governo Geral


através dos campos de Warthegau [uma das províncias da Polônia ocupada]

Nenhuma outra formulação deve ser empregada.


Bundesarchiv, Signatu NS (neu) 1570

Todas as citações de Eugen Kogon, Hermann Langbein et al, Nationalsozialistische Massentötungen durch Giftgas, Taschenbuch Fischer Verlag, Frankfurt am Main, 1995.

O texto completo do Relatório Korherr em Alemão e Inglês pode ser encontrado em: http://www.mazal.org/Klarsfeld/Mythomania/T165.htm

Fonte: The Holocaust History Project (THHP)
Link:
http://www.holocaust-history.org/quick-facts/special-treatment.shtml
Tradução: Leo Gott

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A concessão fatal de Mattogno: o assassinato de poloneses tuberculosos

Mattogno fez esta concessão acerca dos poloneses tuberculosos:
Em 01 de maio de 1942 (NO-246), o Gauleiter Greiser propôs a Himmler que os matasse. [MGK, Sobibór, p.280 n.850.].
Isto é fatal para Mattogno porque esses assassinatos eram referentes ao Sonderbehandlung("tratamento especial" link 1, link 2) feito por Greiser, Himmler, Koppe e Blome na série de documentos mostrados aqui e devido ao fato de que Greiser tinha usado o Sonderbehandlung em NO-246 para se referir a "100.000 judeus na área da minha região(Gau)." Slam, dunk (Enterrada).

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/mattognos-fatal-concession-killing-of.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 17 de dezembro de 2011

Discurso de Himmler no mesmo dia do massacre de Lídice

Como o Dr. Lindtner aponta [1], Himmler afirmou em 09.06.42: "Die Völkerwanderung der Juden werden wir in einem Jahr bestimmt fertig haben, dann wandert keiner mehr."(Sobre a migração dos judeus, devemos terminá-la dentro de um ano e então não haverá mais migrações). Deve ser ressaltado que isto ocorreu um dia depois do funeral de Heydrich e no mesmo dia do massacre em Lídice(em português); em 10 de junho, 1.000 judeus foram deportados de Praga para Majdanek. Assim, não há dúvidas quanto ao significado do que Himmler disse quando usou a frase "dann wandert keiner mehr"(e então não haverá mais migrações).

Fonte: Holocaust Controversies
Título original: Himmler's Speech on the same day as Lidice
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/himmlers-speech-on-same-day-as-lidice.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

[1] Complemento: comentário do Dr. Lindtner na caixa de comentários do blog Holocaust Controversies, que consta do texto acima como link, sobre o discurso de Himmler. Comentário traduzido pro português. Link:
Holocaust Denial is Chutzpah(Dr. Lindtner) disse...

"...dann wandert keiner mehr"

A fim de defender a desesperada afirmação de que a Judenpolitik(política judaica) de Hitler/Himmler eram campos de "trânsito", e não destruição/extermínio físico(Vernichtung), Faurisson, em seu blog, em 20 de junho de 2011, cita esta sentença do discurso dado por Himmler na Haus der Flieger(Câmara dos Pilotos), em 09 de junho de 1942 (Geheimreden..., 1974, p.159): "Die Völkerwanderung der Juden werden wir in einem Jahr bestimmt fertig haben, dann wandert keiner mehr" (Sobre a migração dos judeus, devemos terminá-la dentro de um ano e então não haverá mais migrações).

Como Graf et.al.(e outros), Faurisson esquece de nos dizer onde e como esta Völkerwanderungs(migração forçada) iria acabar. O que Himmler quis dizer em suas quatro últimas palavras, "dann wandert keiner mehr"(e então não haverá mais migrações)?- A resposta foi dada pelo próprio RFSS(Reichsfuehrer SS), por exemplo, em Posen, em 06 de outubro de 1943 (ibid. pág. 169): "Es musste der schwere Entschluss gefasst werden, dieses Volk von der Erde verschwinden zu lassen" (Se faz necessário tomar uma decisão séria pra fazer este povo desaparecer da face da Terra).

Claramente, Faurisson, Graf e outros, não estão interessados em descobrir "o que realmente aconteceu". Do contrário eles não poderiam ter ignorado isto e várias outras passagens claras com o mesmo efeito.

Mortos dificilmente levantam de seus túmulos.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Histórias Curtas - Dona Hertha, 26/11/2011 - Holocausto

Por indicação de Dalva, segue abaixo o curta documentário com a história de D. Hertha Spier, sobrevivente do Holocausto que vive no Brasil.

Sinopse do documentário: Hertha Spier é uma sobrevivente do Holocausto que vive em Porto Alegre. Tem 93 anos. Depois de passar por três campos de concentração nazistas, ela refez sua vida e recuperou-se do sofrimento de perder familiares e amigos durante a 2ª Guerra Mundial, construindo uma nova família.

Duração: 16'05"

Trailer



Página do vídeo:
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=225902&channel=45

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