O número de páginas neonazis em Alemão na Internet já ultrapassa as 1600, “e é preciso erradicar o ódio” da rede global, afirmou hoje a ministra da justiça, Brigitte Zypries, numa conferência em Berlim.
A extrema-direita germânica “está a tentar apresentar-se na Internet de forma a captar um público jovem”, alertou no decorrer do mesmo evento Stefan Glaser, da “Jugendschutz.net”, site destinado a apoiar online a protecção de menores.
“Muitas vezes nem se percebe que são páginas neonazis, mas entretanto esta é a plataforma privilegiada deles”, disse o especialista germânico.
Brigitte Zypries sublinhou, por seu turno, que as ameaças e as fantasias violentas “são recorrentes' nos sítios neonazis, e apelou para uma vigilância reforçada para debelar, ou pelo menos minimizar, o problema.
A ministra advogou que “o que é proíbido offline deve também ser proíbido online”, admitindo, porém, que o combate ao neofascismo na net “não é apenas uma questão técnica'.
“As ideias de extrema-direita são propagadas electronicamente, mas surgem na cabeça de pessoas”, reconheceu a ministra, apelando à entreajuda do Estado e da sociedade civil no combate à xenofobia.”
O presidente do Conselho Central dos Sinti e Roma (vulgo ciganos) alemães, Romani Rose, que também participou na conferência, criticou, no entanto, a actuação das autoridades alemãs.
Rose apontou vários casos de queixas-crime contra propaganda neonazi apresentadas pelo orgão que dirige que foram arquivadas pelo Ministério Público, sob a alegação de que os sites visados eram estrangeiros e de não ser possível apurar os culpados.
O presidente dos serviços de informações alemães, Heinz Fromm, outro dos participantes no simpósio, centrou a sua intervenção nas actividades terroristas na internet, 'que desta forma atingem uma amplitude que, por outras vias, nunca atingiriam”.
Fromm referiu que os vídeos de conteúdo terrorista na Internet “são feitos com um profissionalismo cada vez maior', e já não apenas em Árabe, mas também em outras línguas.
'É caso para se falar de uma verdadeira ofensiva mediática” dos grupos terroristas, disse o responsável alemão.
No que respeita aos conteúdos neonazis na Internet, Fromm revelou que cerca de 10 por cento são “juridicamente relevantes”, chamando a atenção para a importância de se vigiarem não só os sites, mas também os portais de vídeos da extrema-direita.
Fonte: Lusa
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=11053
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Alemanha: Ministra da justiça alerta para aumento de conteúdos neonazis e propagação do ódio na Internet
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quarta-feira, 8 de julho de 2009
Nazi de 89 anos será julgado pelo extermínio de 29 mil judeus
«Ivan o Terrível»
Nazi de 89 anos será julgado pelo extermínio de 29 mil judeus
Berlim – Após várias tentativas de evitar o tribunal, John Demjanjuk, 89 anos, vai ser julgado na Alemanha pelo extermínio de 29 mil pessoas de religião judaica no
campo de concentração de Sobibor, Polónia, em 1943.
Perante as câmaras de televisão John Demjanjuk dava sinais de importante debilidade física, mas quando as câmaras não estavam presentes renascia a vitalidade. Assim, uma equipa de médicos considerou o antigo guarda do campo de extermínio de Sobibor está em condições de participar no seu processo em duas sessões diárias de 90 minutos cada que terá lugar em Munique, Alemanha.
«Ivan o Terrível» como ficou conhecido John Demjanjuk, ucraniano, que nega as acusações, está detido numa prisão de Munique desde 12 de Maio. No entanto o seu nome permanecia no topo da lista dos criminosos de guerra nazis mais procurados do centro Simon Wiesenthal.
John Demjanjuk é acusado pelo centro Simon Wiesenthal de ter conduzido homens,
mulheres e crianças para as câmaras de gás do campo de extermínio de Sobibor.
Em 1988 John Demjanjuk foi condenado à morte em Israel depois de ter sido identificado por sobreviventes da Shoah (Holocausto) como o guarda mais temido do campo de extermínio de Treblinka, também na polónia, onde foram massacradas 870 mil pessoas. Em 1993 o Tribunal Supremo israelita decide anular a pena devido a duvidas na identidade real de «Ivan o Terrivel».
O centro Simon Wiesenthal acaba por conseguir obter provas que John Demjanjuk teria «trabalhado» em três outros campos de extermínio, dos quais Sobibor.
Fonte: Jornal Digital(PNN Portuguese News Network)
http://www.jornaldigital.com/noticias.php?noticia=18803
Nazi de 89 anos será julgado pelo extermínio de 29 mil judeus
Berlim – Após várias tentativas de evitar o tribunal, John Demjanjuk, 89 anos, vai ser julgado na Alemanha pelo extermínio de 29 mil pessoas de religião judaica no

Perante as câmaras de televisão John Demjanjuk dava sinais de importante debilidade física, mas quando as câmaras não estavam presentes renascia a vitalidade. Assim, uma equipa de médicos considerou o antigo guarda do campo de extermínio de Sobibor está em condições de participar no seu processo em duas sessões diárias de 90 minutos cada que terá lugar em Munique, Alemanha.
«Ivan o Terrível» como ficou conhecido John Demjanjuk, ucraniano, que nega as acusações, está detido numa prisão de Munique desde 12 de Maio. No entanto o seu nome permanecia no topo da lista dos criminosos de guerra nazis mais procurados do centro Simon Wiesenthal.
John Demjanjuk é acusado pelo centro Simon Wiesenthal de ter conduzido homens,

Em 1988 John Demjanjuk foi condenado à morte em Israel depois de ter sido identificado por sobreviventes da Shoah (Holocausto) como o guarda mais temido do campo de extermínio de Treblinka, também na polónia, onde foram massacradas 870 mil pessoas. Em 1993 o Tribunal Supremo israelita decide anular a pena devido a duvidas na identidade real de «Ivan o Terrivel».
O centro Simon Wiesenthal acaba por conseguir obter provas que John Demjanjuk teria «trabalhado» em três outros campos de extermínio, dos quais Sobibor.
Fonte: Jornal Digital(PNN Portuguese News Network)
http://www.jornaldigital.com/noticias.php?noticia=18803
Papa remove cardeal responsabilizado por crise sobre Holocausto
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 removeu efetivamente nesta quarta-feira um funcionário do Vaticano amplamente responsabilizado por uma controvérsia envolvendo um bispo que negou o Holocausto.
O cardeal Darío Castrillón Hoyos era presidente do departamento do Vaticano criado 20 anos atrás para buscar uma reaproximação com um grupo dissidente ultraconservador ligado ao escândalo de negação do Holocausto, que emergiu em janeiro.
O papa colocou agora esse departamento, conhecido como Ecclesia Dei (Igreja de Deus), sob o controle do departamento de doutrina do Vaticano - a Congregação pela Doutrina da Fé - e nomeou o cardeal norte-americano Joseph Levada para presidi-lo.
O departamento Ecclesia Dei foi amplamente responsabilizado pelo ultraje internacional resultante da decisão do papa de remover a excomunhão de quatro bispos da tradicionalista Sociedade de São Pio 10 (SSPX).
Ao remover a excomunhão, o papa estava tentando pôr fim a uma disputa de 20 anos, iniciada quando os bispos foram punidos por terem sido ordenados sem a permissão do papa João Paulo 2o.
Um dos bispos, Richard Williamson, disse em entrevista acreditar que não existiram câmaras de gás e não mais do que 300.000 judeus pereceram em campos de concentração nazistas, em vez do total de 6 milhões afirmado pelos historiadores.
O bispo britânico já havia feito comentários semelhantes antes - boa parte deles disponíveis na Internet - e Castrillón Hoyos foi criticado por não ter examinado o caso dele adequadamente e previsto a reação que se seguiria.
Na época do escândalo, o Vaticano informou que o papa não sabia dessas declarações de Williamson e o próprio Bento 16 admitiu, em uma carta a bispos, que a Igreja tinha de aprender a usar apropriadamente a Internet.
Os comentários de Williamson e a decisão do papa de remover sua excomunhão causaram uma profunda fissura nas relações católico-judaicas. A medida foi condenada por sobreviventes do Holocausto, católicos, o chefe do Rabinato de Israel, líderes judaicos em todo o mundo e a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/07/08/papa-remove-cardeal-responsabilizado-por-crise-sobre-holocausto-756728214.asp
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 removeu efetivamente nesta quarta-feira um funcionário do Vaticano amplamente responsabilizado por uma controvérsia envolvendo um bispo que negou o Holocausto.
O cardeal Darío Castrillón Hoyos era presidente do departamento do Vaticano criado 20 anos atrás para buscar uma reaproximação com um grupo dissidente ultraconservador ligado ao escândalo de negação do Holocausto, que emergiu em janeiro.
O papa colocou agora esse departamento, conhecido como Ecclesia Dei (Igreja de Deus), sob o controle do departamento de doutrina do Vaticano - a Congregação pela Doutrina da Fé - e nomeou o cardeal norte-americano Joseph Levada para presidi-lo.
O departamento Ecclesia Dei foi amplamente responsabilizado pelo ultraje internacional resultante da decisão do papa de remover a excomunhão de quatro bispos da tradicionalista Sociedade de São Pio 10 (SSPX).
Ao remover a excomunhão, o papa estava tentando pôr fim a uma disputa de 20 anos, iniciada quando os bispos foram punidos por terem sido ordenados sem a permissão do papa João Paulo 2o.
Um dos bispos, Richard Williamson, disse em entrevista acreditar que não existiram câmaras de gás e não mais do que 300.000 judeus pereceram em campos de concentração nazistas, em vez do total de 6 milhões afirmado pelos historiadores.
O bispo britânico já havia feito comentários semelhantes antes - boa parte deles disponíveis na Internet - e Castrillón Hoyos foi criticado por não ter examinado o caso dele adequadamente e previsto a reação que se seguiria.
Na época do escândalo, o Vaticano informou que o papa não sabia dessas declarações de Williamson e o próprio Bento 16 admitiu, em uma carta a bispos, que a Igreja tinha de aprender a usar apropriadamente a Internet.
Os comentários de Williamson e a decisão do papa de remover sua excomunhão causaram uma profunda fissura nas relações católico-judaicas. A medida foi condenada por sobreviventes do Holocausto, católicos, o chefe do Rabinato de Israel, líderes judaicos em todo o mundo e a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/07/08/papa-remove-cardeal-responsabilizado-por-crise-sobre-holocausto-756728214.asp
terça-feira, 7 de julho de 2009
A patrulha ideológica de blogs neonazis "revisionistas"
Depois dos espetáculos deprimentes dados pelos nazi-"revisionistas"(negadores do
Holocausto), o blog holocausto-doc vem sofrendo constante patrulha ideológica de fascistas que negam o Holocausto, alguns dele de Portugal. Um blog deles tem servido de território livre pra circulação de grupos que criam sites em português pra negar o Holocausto e incitar antissemitismo.
Recentemente foi postada uma tradução de uma matéria com um historiador espanhol, Francisco Espinosa Maestre, criticando o "Método Moa", protagonizado por um ex-terrorista maoísta ex-membro do GRADO espanhol, acusado de ser assassino de um policial na Espanha e convertido ao franquismo(fascismo), que se chama Pío Moa.
O texto causou rebuloço e defesa apaixonada do dono do blog apologista do nazifascismo e antissemitismo "revisionismoemlinha" logo após a publicação de texto sobre a picaretagem do Pío Moa nesse blog, o "historiador" apologista de Franscisco Franco.
O mais curioso é que os "revisionistas" não conseguem sustentar que não são são antissemitas e apologistas do fascismo, mas vivem defendendo gente que faz apologia ao fascismo abertamente. Negar parece que é uma especialidade dos "revisionistas" já que provar suas "teorias esdrúxulas" é algo totalmente fora da competência deles(pois sabem que são mentiras e alegorias antissemitas e neonazistas) ou mesmo fora de questão.
Deixo aqui registrado o fato pois recentemente o indivíduo de apelido "João Dórdio"(que sequer se identifica com medo), dono do blog citado, fez uma série de ataques a este blog, quer seja com baixarias ou agressões gratuitas, para depois negar cinicamente e veementemente que tenha agredido primeiro por pura covardia do credo.
Fica aqui meu novo presente a esse fascista que acha que as pessoas irão se intimidar com esse tipo de expediente ridículo ao qual os "revisionistas" se prestam.
Joãozinho, pare de ler livros de editoras de fundo de quintal e compre livros acadêmicos pra ler, Universidade não mata, sabemos do profundo ódio dos "revisionistas" às Universidades ou a trabalhos acadêmicos, e que adoram dizer que textos retóricos são trabalhos acadêmicos(sem ter reconhecimento algum de nenhum meio universitário sério), mas essa neura de vocês em querer ignorar trabalhos acadêmicos beira a algo infantil e doentio, que só engana gente que comunga dos mesmos valores fascistas de vocês "revis".

Recentemente foi postada uma tradução de uma matéria com um historiador espanhol, Francisco Espinosa Maestre, criticando o "Método Moa", protagonizado por um ex-terrorista maoísta ex-membro do GRADO espanhol, acusado de ser assassino de um policial na Espanha e convertido ao franquismo(fascismo), que se chama Pío Moa.
O texto causou rebuloço e defesa apaixonada do dono do blog apologista do nazifascismo e antissemitismo "revisionismoemlinha" logo após a publicação de texto sobre a picaretagem do Pío Moa nesse blog, o "historiador" apologista de Franscisco Franco.
O mais curioso é que os "revisionistas" não conseguem sustentar que não são são antissemitas e apologistas do fascismo, mas vivem defendendo gente que faz apologia ao fascismo abertamente. Negar parece que é uma especialidade dos "revisionistas" já que provar suas "teorias esdrúxulas" é algo totalmente fora da competência deles(pois sabem que são mentiras e alegorias antissemitas e neonazistas) ou mesmo fora de questão.

Fica aqui meu novo presente a esse fascista que acha que as pessoas irão se intimidar com esse tipo de expediente ridículo ao qual os "revisionistas" se prestam.
Joãozinho, pare de ler livros de editoras de fundo de quintal e compre livros acadêmicos pra ler, Universidade não mata, sabemos do profundo ódio dos "revisionistas" às Universidades ou a trabalhos acadêmicos, e que adoram dizer que textos retóricos são trabalhos acadêmicos(sem ter reconhecimento algum de nenhum meio universitário sério), mas essa neura de vocês em querer ignorar trabalhos acadêmicos beira a algo infantil e doentio, que só engana gente que comunga dos mesmos valores fascistas de vocês "revis".
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Pío Moa, o David Irving espanhol
Desmontando Pío Moa
FELIPE VILLEGAS/Salvo em círculos e meios especializados (na internet se trava uma
batalha dialéctico-digital total), o comum de todos os mortais é seguir alheio à migalha na qual se fecham alguns historiadores ou pseudo-historiadores quando decidem dogmatizar seus livros ou conversas. Premissas como distância histórica frente ao evento, afã de objetividade (uma utopia), contraste das fontes, consulta até se esgotar as fontes, equanimidade, uso da linguagem fria... não parecem abundar no catálogo de novidades históricas que assomam as vitrines, em que pese nisso o seu puxão.
Ouvindo o historiador Francisco Espinosa Maestre (Villafranca de los Barros, 1954, mas radicado há anos em Sevilha) alguém pode ter uma ideia da complexa estrutura de interesses que rodeia ao fato histórico puro quando este se presta a ser usado como arma propagandística e/ou política. Este é o caso da Guerra Civil e seus cruentos capítulos, que seguem estando no topo e produzindo debates ácidos e manipulações, operações em grande escala de confusão e relativização que, longe de servir para contar as coisas tal como passaram, são o pretexto de alguns para legitimar causas pretéritas ainda que latentes.
Esta é a tese de partida de Espinosa em seu último livro, cujo esclarecedor título, "O fenômeno revisionista ou os fantasmas da direita espanhola (Ediciones Los Libros del Oeste), não é senão o aperitivo de umas demolidoras páginas nas quais Espinosa exerce o caráter de cirurgião para dissecar ponto a ponto do chamado "Método Moa: um livro em 15 dias".
Em tom ensaístico, claro e rotundo, Espinosa desmonta o exaltado Pío Moa, um autor de escrita fácil (de ahí sua copiosa produção editorial) convertido em bestseller (Aznar lhe declarou sua admiração) cuja credibilidade questiona o autor do ensaio de cabo a rabo, começando por sua formação: "Nem Pío Moa é historiador e nem seus livros são de história. Na realidade estamos diante de um simples propagandista e medíocre escritor a serviço do Partido Popular, que lhe encomendou a missão de melhorar sua imagem que a direita espanhola quer dar a si mesma e sujar a da esquerda. Para conseguir estes objetivos vale tudo", sustenta Espinosa.
Suas afirmações, ainda que corrosivas, não são gratuitas. Nas centenas de páginas justas de seu livro confronta a visão e sapiência de Moa partindo de um episódio concreto e dilacerante da Guerra Civil: a matança ocorrida na arena de touros de Badajoz em 14 de agosto de 1936, justamente naquilo que Espinosa é especialista, como creditou em seu livro "A Coluna da morte" (Crítica), ao que Moa desqualificou via artigos na imprensa e internet (Libertad Digital) com argumentos como o que se segue: "É fácil perceber vários pontos débeis no estudo de "A Coluna da morte". Não está em minhas possibilidades contrastar esses dados nem os métodos empregados, mas advertirei que, vistas as desvirtuações tão frequentes do autor, e seu evidente desejo de sacudir a bilis, seus dados oferecem a maior margem de desconfiança. Outros poderão fazer sobre este terreno as comprovações pertinentes".
"Onde estão os argumentos, as refutações, os dados que opõem? por que segue diminuindo uma matança total da qual houve testemunhas, como o periodista português Mário Neves, que desacreditaram o que o franquismo chamou de a lenda de Badajoz?". Pergunta-se o autor, que confessa que focou sua obra "como um desafio porque havia pesoas que desejavam ver como se punha em evidência o Método Moa, suas fontes e falsidades, sua propaganda.
Faltava instrução e aqui se oferece, assim como respostas ao porquê Moa e outros de semelhante talento seguem querendo manipular a História em benefício própio". Em efeito, a segunda parte do ensaio abre seu enfoque para desvelar as chaves do revisionismo histórico, um movimento (o autor chega a usar o termo cruzada) nascido no calor das ainda recentes vitórias eleitorais do
PP com uma finalidade: "Ajustar a História do passado de modo que convenha ao que a direita atual deseja".
"Moa e companhia - quer dizer, César Vidal, Ricardo de la Cierva, Jiménez Losantos, Gonzalo Fernández de la Mora, García de Cortázar, José Luis Gutiérrez Casalá, Ángel David Martín Rubio, entre outros citados – representam a resposta da direita que tem estado no poder do outro movimento, o da recuperação da memória histórica, surgido em torno de 1996-1997".
Em sua análise, o historiador extremenho não economiza em responsabilidades na hora de explicar o porquê do êxito do revisionismo, cujos defensores (com Moa na cabeça) vendem livros como churros. "É tal o poder e respaldo midiático da direita que na esquerda não houve um contrapeso equivalente, e é nesta grande operação midiática de recuperação do espírito franquista e de reconquista da história da Espanha onde Moa julgou ter um papel primordial desde 1999. A direita podia ter escolhido opções mais moderadas, mas com a maioria absoluta de Aznar e o alinhamento deste com os planos de Bush, apostou-se pelo neofranquismo e no revisionismo mais forte", argumenta, ao tempo que encontra no "pacto político pelo esquecimento" subescrito pelo PSOE na raíz de sua vitória em 1982 boa parte da culpa para que o revisionismo coalhou como tem feito.
"O PSOE optou por não olhar para trás, em sua política de desmemória e assim, em fins dos anos 90, o terreno estava adubado com esquecimento e confusão para a colheita que se preparava".
E conclui: "O resultado é uma sociedade onde a batalha pela memória, pelo passado, está mais viva que nunca, onde o processo de exumação de fossas se exaspera para a direita, que se nega a reconhecer que os vencidos, por estranho que pareça, têm o mesmo direito que tiveram os vencedores durante décadas para localizar seus desaparecidos e lhes dar uma sepultura digna. E daqui que se levam tão mal o gotejamento de livros sobre repressão, que não tem cessado desde os anos 80, que põem em evidência as origens do franquismo e o fato de que sua única fonte de legitimidade foi a violência".
Por tudo o que foi exposto, Espinosa se pergunta porque na Espanha não há controles para evitar que se prolifere a propaganda travestida de História como o há na Inglaterra e França. "Isso não é liberdade de expressão, como tampouco é de validação que se repitam os velhos tópicos reforçando a imagem no coletivo daquilo, de que a guerra do pai ou do avô, não teve nada a ver com o que contam os historiadores".
Fonte original: Redação Diario de Sevilla(Espanha)
http://www.diariodesevilla.com/diariodesevilla/articulo.asp?idart=1269290&idcat=1182
Fonte: texto se encontra no site da ARP-Sociedad para el Avance del Pensamiento Crítico
http://digital.el-esceptico.org/leer.php?id=2080&autor=724&tema=146
Tradução(português): Roberto Lucena
FELIPE VILLEGAS/Salvo em círculos e meios especializados (na internet se trava uma

Ouvindo o historiador Francisco Espinosa Maestre (Villafranca de los Barros, 1954, mas radicado há anos em Sevilha) alguém pode ter uma ideia da complexa estrutura de interesses que rodeia ao fato histórico puro quando este se presta a ser usado como arma propagandística e/ou política. Este é o caso da Guerra Civil e seus cruentos capítulos, que seguem estando no topo e produzindo debates ácidos e manipulações, operações em grande escala de confusão e relativização que, longe de servir para contar as coisas tal como passaram, são o pretexto de alguns para legitimar causas pretéritas ainda que latentes.
Esta é a tese de partida de Espinosa em seu último livro, cujo esclarecedor título, "O fenômeno revisionista ou os fantasmas da direita espanhola (Ediciones Los Libros del Oeste), não é senão o aperitivo de umas demolidoras páginas nas quais Espinosa exerce o caráter de cirurgião para dissecar ponto a ponto do chamado "Método Moa: um livro em 15 dias".
Em tom ensaístico, claro e rotundo, Espinosa desmonta o exaltado Pío Moa, um autor de escrita fácil (de ahí sua copiosa produção editorial) convertido em bestseller (Aznar lhe declarou sua admiração) cuja credibilidade questiona o autor do ensaio de cabo a rabo, começando por sua formação: "Nem Pío Moa é historiador e nem seus livros são de história. Na realidade estamos diante de um simples propagandista e medíocre escritor a serviço do Partido Popular, que lhe encomendou a missão de melhorar sua imagem que a direita espanhola quer dar a si mesma e sujar a da esquerda. Para conseguir estes objetivos vale tudo", sustenta Espinosa.
Suas afirmações, ainda que corrosivas, não são gratuitas. Nas centenas de páginas justas de seu livro confronta a visão e sapiência de Moa partindo de um episódio concreto e dilacerante da Guerra Civil: a matança ocorrida na arena de touros de Badajoz em 14 de agosto de 1936, justamente naquilo que Espinosa é especialista, como creditou em seu livro "A Coluna da morte" (Crítica), ao que Moa desqualificou via artigos na imprensa e internet (Libertad Digital) com argumentos como o que se segue: "É fácil perceber vários pontos débeis no estudo de "A Coluna da morte". Não está em minhas possibilidades contrastar esses dados nem os métodos empregados, mas advertirei que, vistas as desvirtuações tão frequentes do autor, e seu evidente desejo de sacudir a bilis, seus dados oferecem a maior margem de desconfiança. Outros poderão fazer sobre este terreno as comprovações pertinentes".
"Onde estão os argumentos, as refutações, os dados que opõem? por que segue diminuindo uma matança total da qual houve testemunhas, como o periodista português Mário Neves, que desacreditaram o que o franquismo chamou de a lenda de Badajoz?". Pergunta-se o autor, que confessa que focou sua obra "como um desafio porque havia pesoas que desejavam ver como se punha em evidência o Método Moa, suas fontes e falsidades, sua propaganda.
Faltava instrução e aqui se oferece, assim como respostas ao porquê Moa e outros de semelhante talento seguem querendo manipular a História em benefício própio". Em efeito, a segunda parte do ensaio abre seu enfoque para desvelar as chaves do revisionismo histórico, um movimento (o autor chega a usar o termo cruzada) nascido no calor das ainda recentes vitórias eleitorais do

"Moa e companhia - quer dizer, César Vidal, Ricardo de la Cierva, Jiménez Losantos, Gonzalo Fernández de la Mora, García de Cortázar, José Luis Gutiérrez Casalá, Ángel David Martín Rubio, entre outros citados – representam a resposta da direita que tem estado no poder do outro movimento, o da recuperação da memória histórica, surgido em torno de 1996-1997".
Em sua análise, o historiador extremenho não economiza em responsabilidades na hora de explicar o porquê do êxito do revisionismo, cujos defensores (com Moa na cabeça) vendem livros como churros. "É tal o poder e respaldo midiático da direita que na esquerda não houve um contrapeso equivalente, e é nesta grande operação midiática de recuperação do espírito franquista e de reconquista da história da Espanha onde Moa julgou ter um papel primordial desde 1999. A direita podia ter escolhido opções mais moderadas, mas com a maioria absoluta de Aznar e o alinhamento deste com os planos de Bush, apostou-se pelo neofranquismo e no revisionismo mais forte", argumenta, ao tempo que encontra no "pacto político pelo esquecimento" subescrito pelo PSOE na raíz de sua vitória em 1982 boa parte da culpa para que o revisionismo coalhou como tem feito.
"O PSOE optou por não olhar para trás, em sua política de desmemória e assim, em fins dos anos 90, o terreno estava adubado com esquecimento e confusão para a colheita que se preparava".
E conclui: "O resultado é uma sociedade onde a batalha pela memória, pelo passado, está mais viva que nunca, onde o processo de exumação de fossas se exaspera para a direita, que se nega a reconhecer que os vencidos, por estranho que pareça, têm o mesmo direito que tiveram os vencedores durante décadas para localizar seus desaparecidos e lhes dar uma sepultura digna. E daqui que se levam tão mal o gotejamento de livros sobre repressão, que não tem cessado desde os anos 80, que põem em evidência as origens do franquismo e o fato de que sua única fonte de legitimidade foi a violência".
Por tudo o que foi exposto, Espinosa se pergunta porque na Espanha não há controles para evitar que se prolifere a propaganda travestida de História como o há na Inglaterra e França. "Isso não é liberdade de expressão, como tampouco é de validação que se repitam os velhos tópicos reforçando a imagem no coletivo daquilo, de que a guerra do pai ou do avô, não teve nada a ver com o que contam os historiadores".
Fonte original: Redação Diario de Sevilla(Espanha)
http://www.diariodesevilla.com/diariodesevilla/articulo.asp?idart=1269290&idcat=1182
Fonte: texto se encontra no site da ARP-Sociedad para el Avance del Pensamiento Crítico
http://digital.el-esceptico.org/leer.php?id=2080&autor=724&tema=146
Tradução(português): Roberto Lucena
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Norberto Toedter e os nazistas não racistas (Parte Final)
Por Leo Gott
Continuação da Parte 1.
E as falácias continuam...
A analogia de um cara-de-pau.
O Sr.Toedter está comparando o pogrom da Noite dos Cristais com uma briga de um comerciante que não quer fornecer uma nota fiscal a um cliente que comprou um pente, e ainda afirma não querer minimizar, seria cômico se não fosse trágico.
O pogrom Noite dos Cristais ou em alemão Kristallnacht/Reichspogromnacht aconteceu nos dias 9 e 10 de novembro de 1938 e foi marcado pelos ataques a símbolos judaicos, sinagogas e estabelecimentos comerciais e até residências, na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia (supostamente estimulados pelo assassinato do diplomata alemão Ernst Von Rath pelo judeu Herschel Grynszpan), conforme o site da TV alemã Deutsche Welle destacado acima “...agentes à paisana nazistas assassinaram 91 judeus, incendiaram 267 sinagogas, saquearam e destruíram lojas e empresas da comunidade e iniciaram o confinamento de 25 mil judeus em campos de concentração.”
No site do Yad Vashen tem algumas fotos da Kristallnacht em Baden-Baden e aqui pode ser visto um vídeo produzido pela FIERJ (Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro) onde temos o depoimento do sobrevivente Alexander Laks e testemunha ocular da Kristallnacht.
Aqui podemos ver um memorando do Gruppenführer SS Reinhard Heydrich em que o mesmo orienta a SS a como se “comportar” na Kristallnacht, e como proteger os estabelecimentos não-judaicos, a tradução para o inglês tanto do memorando como de dois outros telegramas pode ser encontrada aqui.
Notadamente não foi um “quebra/quebra”, e muito menos foi causado pela recusa de emissão de uma nota fiscal de pente.
A “juventude organizada” que o Sr.Toedter se refere é mais conhecida como Hitlerjugend ou Juventude Hitlerista, de acordo com a Wikipedia, a Juventude Hitlerista era uma instituição da doutrina nazista onde as crianças a partir dos 6 anos e adolescentes alemães até os 18 anos eram OBRIGADOS a freqüentar. Dos 6 aos 10 anos a criança fazia o aprendizado chamado Pimpf, aos 10 anos depois de passar por testes consecutivos de atletismo, acampamento e história nazificada ele recebia o grau de Junkvolk (Jovem Camarada) e fazia o seguinte juramento,
Restringiam os direitos da comunidade judaica? Os judeus simplesmente não eram considerados cidadãos, isso é restrição de direitos ou supressão total de direitos?
Menos Sr.Toedter, menos.
Neste link temos a tradução para a “Lei de Cidadania do Reich”. Destaque para o Artigo 4º, não precisa dizer mais nada.
Artigo 4º
§1 Um judeu não pode ser um cidadão do Reich. Ele não tem direito a votar em negócios políticos e ele não pode ocupar cargo público.
...e a guerra continua, ops, e as falácias continuam...
Ele queria melhorar tanto a saúde da população que até criou um programa de eutanásia OBRIGATÓRIO (Aktion T4) para deficientes físicos, mentais e portadores de doenças incuráveis, estas pessoas eram conhecidas pelos alemães como Leben unwürdig zu leben (vida que não merece ser vivida), não é Sr. Toedter?
Continuação da Parte 1.
E as falácias continuam...
Como exceção pode ser alegada a Noite de Cristal entre 9 e 10/11/1938, um quebra/quebra de lojas judaicas, cujo motivo teria sido o assassinato cometido por um judeu de um diplomata alemão em Paris. Não sei, não presenciei, não quero minimizar, mas já vi quebra/quebra acontecer por causa da venda de um pente e de um comerciante que não quis fornecer a respectiva nota fiscal.
A analogia de um cara-de-pau.
O Sr.Toedter está comparando o pogrom da Noite dos Cristais com uma briga de um comerciante que não quer fornecer uma nota fiscal a um cliente que comprou um pente, e ainda afirma não querer minimizar, seria cômico se não fosse trágico.
O pogrom Noite dos Cristais ou em alemão Kristallnacht/Reichspogromnacht aconteceu nos dias 9 e 10 de novembro de 1938 e foi marcado pelos ataques a símbolos judaicos, sinagogas e estabelecimentos comerciais e até residências, na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia (supostamente estimulados pelo assassinato do diplomata alemão Ernst Von Rath pelo judeu Herschel Grynszpan), conforme o site da TV alemã Deutsche Welle destacado acima “...agentes à paisana nazistas assassinaram 91 judeus, incendiaram 267 sinagogas, saquearam e destruíram lojas e empresas da comunidade e iniciaram o confinamento de 25 mil judeus em campos de concentração.”
No site do Yad Vashen tem algumas fotos da Kristallnacht em Baden-Baden e aqui pode ser visto um vídeo produzido pela FIERJ (Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro) onde temos o depoimento do sobrevivente Alexander Laks e testemunha ocular da Kristallnacht.
Aqui podemos ver um memorando do Gruppenführer SS Reinhard Heydrich em que o mesmo orienta a SS a como se “comportar” na Kristallnacht, e como proteger os estabelecimentos não-judaicos, a tradução para o inglês tanto do memorando como de dois outros telegramas pode ser encontrada aqui.
Notadamente não foi um “quebra/quebra”, e muito menos foi causado pela recusa de emissão de uma nota fiscal de pente.
Evidentemente eu só posso falar com uma visão que é a do povo, mas acho que esta é a que é importante neste contexto. Também me é possível citar mais outro aspecto. Como todos da minha idade, fiz parte da juventude organizada. Ali assumi pequena liderança, chefiando um grupo de 25 a 30 crianças. Entre outras responsabilidades havia a de dar uma palestra, ou instrução por semana. Se realmente fosse verdadeira a propaganda difamatória que vem sendo feita, o tema ou conteúdo destas aulas certamente teria como objetivo inculcar nestes jovens exatamente tal racismo e pretensa superioridade racial. Pois não era isto o que acontecia. Recebíamos orientação sobre o que deveríamos falar em forma de livretos, dos quais tenho um guardado e que pode ser visto na imagem anexa. Suas 98 páginas versam exclusivamente sobre a história da cidade de Hamburgo, onde vivíamos. Têm fotos, mapas, poemas, mas ninguém vai encontrar nelas a palavra “Jude”, expressões de ódio, ou similar.
A “juventude organizada” que o Sr.Toedter se refere é mais conhecida como Hitlerjugend ou Juventude Hitlerista, de acordo com a Wikipedia, a Juventude Hitlerista era uma instituição da doutrina nazista onde as crianças a partir dos 6 anos e adolescentes alemães até os 18 anos eram OBRIGADOS a freqüentar. Dos 6 aos 10 anos a criança fazia o aprendizado chamado Pimpf, aos 10 anos depois de passar por testes consecutivos de atletismo, acampamento e história nazificada ele recebia o grau de Junkvolk (Jovem Camarada) e fazia o seguinte juramento,
“Diante dessa bandeira de sangue, que representa nosso Führer, juro devotar todas as minhas energias e forças ao salvador da nossa pátria, Adolf Hitler. Estou disposto e pronto a dar a minha vida por ele, com a ajuda de Deus.”
Provavelmente o Sr.Toedter prestou esse juramento ao “Führer” como todos os outros garotos da idade dele na época, era obrigatório.
O mesmo acontecia com as moças alemãs que dos 10 aos 14 anos entravam para a Jungmädel (Jovens Donzelas) e recebiam o mesmo treinamento dos rapazes, aos 14 anos elas entravam para a BDM, sigla de Bund Deutscher Mädel(Liga das Moças Alemãs), ficando nela até os 21 anos.
Em 1º de Dezembro de 1936 o cabo boêmio decretou o fim de qualquer organização de jovens que não fosse nazista. “(...) Toda a juventude alemã do Reich está organizada nos quadros da Juventude Hitlerista.A juventude alemã, além de ser educada na família e nas escolas, será forjada física, intelectual e moralmente no espírito do nacional-socialismo (...) por intermédio da Juventude Hitlerista”
Este decreto fez parte dos documentos de acusação em Nuremberg, identificado como ND (Nuremberg Document) 1392-PS.
Neste link da Universidade Calvin, podemos ver o Plano Educacional dos nazistas para estas instituições no Inverno de 1938/39, destaque para os temas do terceiro ano da BDM:
(…)
Third Year: a) A People and its Inheritance of Blood
Racial Policies in the Third Reich
Family Tree
Kinship Table
Law for the Preservation and Assistance of Families with Many Children
Housing Measures
The Nuremberg Laws
The Law to Prevent Genetically Ill Offspring and the Health Marriage Law
Opponents of Racial Thinking
Apostles of Pride in German Ancestry
(…)
Minha tradução:
(...)
Terceiro Ano: a) Um Povo e sua Herança de Sangue
Políticas Raciais no Terceiro Reich
Árvore Hereditária
Tabela de Parentescos
Lei de Preservação e Assistência às Famílias com Muitos Filhos.
Medidas Habitacionais
As Leis de Nuremberg
Lei de Prevenção de Doenças Genéticas dos Filhos e Saúde no Casamento
Os opositores do Pensamento Racial
Apóstolos do Orgulho da Ascendência Alemã
(...)
Será que o Sr.Toedter assistiu e estas aulas? Ou seria mais uma tentativa de defender o nazismo através da falácia? Fico com a segunda opção.
Neste link temos algumas capas do material de treinamento da Hitlerjugend. Destaque para a segunda capa onde tem a matéria, “os judeus e seus objetivos”. Acho que encontrei a palavra “jude” Sr.Toedter, imagino o “conteúdo” deste panfleto.
Provavelmente o Sr.Toedter prestou esse juramento ao “Führer” como todos os outros garotos da idade dele na época, era obrigatório.
O mesmo acontecia com as moças alemãs que dos 10 aos 14 anos entravam para a Jungmädel (Jovens Donzelas) e recebiam o mesmo treinamento dos rapazes, aos 14 anos elas entravam para a BDM, sigla de Bund Deutscher Mädel(Liga das Moças Alemãs), ficando nela até os 21 anos.
Em 1º de Dezembro de 1936 o cabo boêmio decretou o fim de qualquer organização de jovens que não fosse nazista. “(...) Toda a juventude alemã do Reich está organizada nos quadros da Juventude Hitlerista.A juventude alemã, além de ser educada na família e nas escolas, será forjada física, intelectual e moralmente no espírito do nacional-socialismo (...) por intermédio da Juventude Hitlerista”
Este decreto fez parte dos documentos de acusação em Nuremberg, identificado como ND (Nuremberg Document) 1392-PS.
Neste link da Universidade Calvin, podemos ver o Plano Educacional dos nazistas para estas instituições no Inverno de 1938/39, destaque para os temas do terceiro ano da BDM:
(…)
Third Year: a) A People and its Inheritance of Blood
Racial Policies in the Third Reich
Family Tree
Kinship Table
Law for the Preservation and Assistance of Families with Many Children
Housing Measures
The Nuremberg Laws
The Law to Prevent Genetically Ill Offspring and the Health Marriage Law
Opponents of Racial Thinking
Apostles of Pride in German Ancestry
(…)
Minha tradução:
(...)
Terceiro Ano: a) Um Povo e sua Herança de Sangue
Políticas Raciais no Terceiro Reich
Árvore Hereditária
Tabela de Parentescos
Lei de Preservação e Assistência às Famílias com Muitos Filhos.
Medidas Habitacionais
As Leis de Nuremberg
Lei de Prevenção de Doenças Genéticas dos Filhos e Saúde no Casamento
Os opositores do Pensamento Racial
Apóstolos do Orgulho da Ascendência Alemã
(...)
Será que o Sr.Toedter assistiu e estas aulas? Ou seria mais uma tentativa de defender o nazismo através da falácia? Fico com a segunda opção.
Neste link temos algumas capas do material de treinamento da Hitlerjugend. Destaque para a segunda capa onde tem a matéria, “os judeus e seus objetivos”. Acho que encontrei a palavra “jude” Sr.Toedter, imagino o “conteúdo” deste panfleto.
Agora, que havia uma intenção de “limpar o sangue” isto não ficou só evidente com o Reichsbürgergesetz (lei da cidadania) e com o Blutschutzgesetz (lei de proteção do sangue), aprovados pelo congresso unipartidário alemão em 15.9.1935. Ambas as leis restringiam os direitos da comunidade judaica. Era mais um convite para que emigrasse e foi o que a maioria fez. Entendo que aí já não foi discriminação, foi guerra mesmo. Outros povos fizeram isto antes e ninguém os chama de racistas.
Restringiam os direitos da comunidade judaica? Os judeus simplesmente não eram considerados cidadãos, isso é restrição de direitos ou supressão total de direitos?
Menos Sr.Toedter, menos.
Neste link temos a tradução para a “Lei de Cidadania do Reich”. Destaque para o Artigo 4º, não precisa dizer mais nada.
Artigo 4º
§1 Um judeu não pode ser um cidadão do Reich. Ele não tem direito a votar em negócios políticos e ele não pode ocupar cargo público.
...e a guerra continua, ops, e as falácias continuam...
Como Hitler já dera a entender em seu livro, ele pretendia melhorar a saúde da população. Ele próprio não fumava e queria que ao menos as mulheres não fumassem – die deutsche Frau raucht nicht (a mulher alemã não fuma) – era um bordão constante, naquele tempo! A assistência social e médica foi muito incrementada. Deu-se muita atenção ao desenvolvimento físico, à cultura do corpo. Ginástica e esportes em geral eram incentivados nas escolas e na juventude organizada. Para as moças de 17 a 21 anos foi criada a organização Glaube und Schönheit (Fé e beleza). O Naturismo, inicialmente proibido, depois foi estimulado. Tudo para quê, criar uma raça superior, ou simplesmente tornar mais saudável a existente? É o propósito das academias, dos spas, dos salões de estética etc. de hoje, ou não?
Ele queria melhorar tanto a saúde da população que até criou um programa de eutanásia OBRIGATÓRIO (Aktion T4) para deficientes físicos, mentais e portadores de doenças incuráveis, estas pessoas eram conhecidas pelos alemães como Leben unwürdig zu leben (vida que não merece ser vivida), não é Sr. Toedter?
A maioria dos líderes do T4 serviu nos campos da Aktion Reinhard (Belzec, Treblinka e Sobibor) pela experiência em câmaras de gás.
Em uma carta para o Reichsleiter Bouhler e para o Dr. Brandt assinada pelo cabo boêmio em 1º de setembro de 1939, no mesmo que dia que as tropas alemãs invadiram a Polônia começando oficialmente a Segunda Guerra Mundial, o cabo boêmio oficializou o T4. Mais de 70.000 pessoas foram assassinadas nos locais da T4 entre setembro de 1939 e outubro de 1941, quando o programa foi suspenso, isso na contagem OFICIAL dos alemães, mas no Julgamento de Nuremberg foi levantada a suspeita de que alguns médicos ainda continuaram com o programa, mais sobre o assunto pode ser lido on-line no livro do Dr. Robert Lifton, The Nazi Doctors: Medical Killing and the Psycology of Genocide. Informação sobre o tema não falta, alguns não gostam de divulgar pra não “manchar o regime nazista”, como se fosse preciso manchar.
O Projeto Lebensborn (Lebensborn Eingetragener Verein) era oficial Sr.Toedter, ou o senhor também “não viu” isso?
Discriminação às avessas???
O senhor omite uma série de informações para dar a entender o que o senhor quer que os leitores entendam para ter a cara-de-pau de falar que o regime nazista não era discriminatório.
Negros, homossexuais e judeus estavam no mesmo saco na época do nazismo, estavam no saco dos inferiores, dos sub-humanos, como o cabo boêmio e sua turba gostava de chamá-los.
E alguns brasileiros, esse povo altamente miscigenado, por mais incrível que possa parecer tentam defender esse regime genocida e racista, uma coisa é defender os alemães e sua cultura, outra e completamente diferente é defender o nazismo, só com falácias mesmo. Mas o tempo de vida das falácias é bem curto.
Em uma carta para o Reichsleiter Bouhler e para o Dr. Brandt assinada pelo cabo boêmio em 1º de setembro de 1939, no mesmo que dia que as tropas alemãs invadiram a Polônia começando oficialmente a Segunda Guerra Mundial, o cabo boêmio oficializou o T4. Mais de 70.000 pessoas foram assassinadas nos locais da T4 entre setembro de 1939 e outubro de 1941, quando o programa foi suspenso, isso na contagem OFICIAL dos alemães, mas no Julgamento de Nuremberg foi levantada a suspeita de que alguns médicos ainda continuaram com o programa, mais sobre o assunto pode ser lido on-line no livro do Dr. Robert Lifton, The Nazi Doctors: Medical Killing and the Psycology of Genocide. Informação sobre o tema não falta, alguns não gostam de divulgar pra não “manchar o regime nazista”, como se fosse preciso manchar.
Não duvido que tenha havido tentativas pontuais de seleção genética, buscando unir loiros altos a loiras de olhos azuis. Se houve, não era oficial, pois Hitler, Goebbels e muitos outros do primeiro escalão não eram o que se pudesse chamar de lídimos representantes wikings.
O Projeto Lebensborn (Lebensborn Eingetragener Verein) era oficial Sr.Toedter, ou o senhor também “não viu” isso?
Dizer que os alemães do Terceiro Reich eram racistas é discriminação às avessas. Faz parte da técnica dos detratores, que, aliás, gostam de colocar negros, homossexuais e judeus no mesmo saco. Porque será? A pecha de racismo cabe muito bem a muita outra gente...
Discriminação às avessas???
O senhor omite uma série de informações para dar a entender o que o senhor quer que os leitores entendam para ter a cara-de-pau de falar que o regime nazista não era discriminatório.
Negros, homossexuais e judeus estavam no mesmo saco na época do nazismo, estavam no saco dos inferiores, dos sub-humanos, como o cabo boêmio e sua turba gostava de chamá-los.
E alguns brasileiros, esse povo altamente miscigenado, por mais incrível que possa parecer tentam defender esse regime genocida e racista, uma coisa é defender os alemães e sua cultura, outra e completamente diferente é defender o nazismo, só com falácias mesmo. Mas o tempo de vida das falácias é bem curto.
domingo, 5 de julho de 2009
Para entender: Ciência vs. Pseudociências - parte 2
Parte 1: Para entender: Ciência vs. Pseudociências
Pensemos, finalmente, na homeopatia, doutrina médica segundo a qual diluições extremas de um princípio ativo são capazes de ter os mesmos (ou superiores) efeitos que o princípio sem diluir. As diluições homeopáticas são tão extremas que nem sequer tomando o equivalente à água de todos os oceanos de medicamento homeopático existe uma possibilidade real de encontrar uma só molécula de tal princípio. Uma diluição homeopática CH14, típica por exemplo em alguns dos medicamentos que se vendem atualmente em nossas farmácias contém 10-28 partes de soluto (princípio) para cada parte de solvente (água normalmente). Se recordarmos da química que o número de Avogadro nos dá o número de moléculas presentes em um mol, 6.233 x 1023, em um mol de medicamento deste tipo haveria tipicamente 6 x 10-5 moléculas: seriam necessários ao menos 10.000 mols (vários metros cúbicos) para encontrar uma molécula. E isto com um CH14, mas normalmente se encontram nestas farmácias diluições até CH18 ou CH20. É possível realizar um teste sobre a homeopatia? Dificilmente: se dá negativo, os homeopatas vão afirmar que isso se deve a que sua “Medicina” não fala de enfermidades, mas sim de enfermos, com o que as provas epidemiológicas não se revelam adequadas. As provas químicas tampouco valem: eles não renegam (agora, não certamente há dois séculos) a química, só que invocam uma entelequia informacional, algo chamado “memória da água”, completamente indetectável, e não refutável, portanto.
Por outro lado, é certo que os proponentes das pseudociências são normalmente muito resistentes à avaliação ou escrutínio público de seus experimentos. Isto vem sucedendo, por exemplo, à parapsicologia durante o último século. Amiúde, um sensitivo presumido (pessoa da qual se afirma que tem poderes mentais não convencionais {1}) perde suas faculdades quando se delineia o experimento de maneira que se evitem as possibilidades de fraude, isto é, de conseguir os resultados mediante truques, como fazem os ilusionistas e mentalistas. Costuma aduzir-se então a existência de uma espécie de força mental negativa que surge normalmente dos céticos, e que bloqueia estas pessoas “sensitivas”.
Algo similar sucede no caso dos videntes e astrólogos. Apesar de ganharem a vida, amiúde, com suas atividades, muito poucas vezes permitem fazer provas sobre seus poderes. De fato, eles próprios costumam superestimar suas capacidades quando se pode contrastar sua habilidade, como mostrou Luis Angulo [5], estudando predições publicadas de mais de uma dezena de videntes espanhóis. Apesar de que afirmavam ser capazes de adivinhar corretamente acima de 90%, o certo é que nenhum superava os 20% de acertos, incluindo como tais obviedades do estilo “no verão haverá incêndios”, etc.
Tem-se o costume de esquecer um princípio fundamental do método científico, expresso na máxima de Hume: “o peso da prova reside em quem faz a afirmação”, e completado com “afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias”. Mais adiante falaremos do papel do ceticismo científico, mas atendo-nos a estas máximas vemos como sistematicamente as pseudociências se furtam à análise para evitar ter que demonstrar suas afirmações. A gente não tem que demonstrar que não existem discos voadores: mas deve exigir aos que afirmam que são naves extraterrestres que forneçam as provas suficientes para suportar tal teoria. E que ademais essas provas sejam “extraordinárias”: ou seja, que não sejam circunstanciais ou um conjunto de casos curiosos. Podemos entender isto com uma analogia: se eu afirmasse que na sala de minha casa tenho uma vaca, a afirmação poderia parecer curiosa ou extravagante a qualquer um. Mas poderiam acreditar em mim sem mais aquela (por outro lado, bastaria visitar a sala da minha casa para comprovar a veracidade da minha afirmação). Porém, se o que afirmo ter em casa é um unicórnio, as coisas mudam: a ciência nunca encontrou um unicórnio, e por isso minha afirmação é extraordinária. Neste caso não bastaria que eu mostrasse minha casa a uma pessoa (ou várias), e sim estaria obrigado a permitir que especialistas – zoólogos neste caso – comprovassem que o que há em minha sala realmente é um unicórnio, e não um cavalo com um chifre colado na testa...
Evidentemente, o mundo das pseudociências é tão amplo como o são as fronteiras da ciência, onde elas ficam, adquirindo uma marca de “alternativo” bem a gosto desta época de pensamentos tolerantes e Novas Eras. Mas podemos distinguir dois tipos fundamentais, atendendo ao grau de “alarme social” que podem criar. É claro que ler horóscopos, ou freqüentar as mesas de adivinhos não vai provocar maiores males além de uma perda econômica. Talvez, certos sujeitos sem escrúpulos que aproveitam sua consulta de vidência para roubar às vítimas todo o seu dinheiro e posses seriam o mais grave neste tipo de pseudociências. Igualmente, algumas pessoas especialmente suscetíveis podem chegar a hipotecar sua vida pelo que lhes digam ou deixem de dizer essas pessoas. Neste grau, próximo ao mundo dos estelionatários, estão os produtos milagre, como a água imantada que faz alguns anos encheu os lares espanhóis de ímãs em volta das torneiras de água corrente. As maravilhas que prometiam estes inventos do TBO eram tão inexistentes como a possibilidade de imantar a água... Jogando com a incultura científica, estas companhias “matavam o boi” vendendo ímãs de quinhentas a quinze mil pesetas.
O mesmo acontece com o assunto dos discos voadores: são crenças em princípio não nocivas para o conjunto da sociedade. Uma vez mais, com a ressalva de fenômenos sectários como o sucedido na esteira da passagem do cometa Hale-Bopp com a seita “Heaven´s Gate”, cujos adeptos se auto-imolaram buscando a salvação com seus amigos extraterrestres. Numa escala superior de periculosidade está precisamente o mundo das seitas, que amiúde utiliza o atrativo do paranormal ou pseudocientífico para conseguir novos adeptos. No fundo, entretanto, a periculosidade destas seitas é um assunto difícil de definir, porquanto o limite entre o que se conhece como seita e uma religião estabelecida poderia não ser muito mais que demográfico.
Possivelmente, o grau mais alto da escala é ocupado pelas pseudociências associadas aos temas sanitários. As mal chamadas medicinas alternativas supõem em muitos casos um perigo real. Um exemplo é o caso divulgado há alguns anos em Barcelona em torno do “método Hamer” de cura do câncer. Segundo este austríaco e seus seguidores em vários países (médicos diplomados, por certo), o câncer tem uma origem exclusivamente psicossomática: no fundo é produzido por uma atitude negativa e autodestrutiva do paciente. A terapia que vai curá-lo é conseguir que elimine tal negatividade, mediante terapias de grupo, esquecendo-se os tratamentos “convencionais”. Mas estes pacientes com câncer estão normalmente perdendo a possibilidade de que um desses tratamentos os cure realmente, e está perdendo na maior parte dos casos um tempo precioso para atacar o câncer antes que seja irreversível.
É especialmente penoso constatar que em nosso país (também em nosso entorno europeu) a ciência médica preste tão pouca atenção a estes fenômenos pseudomédicos. Em especial, as organizações médicas colegiadas só lutam contra a intrusão: ou seja, denunciam os que praticam pseudomedicinas se e somente se não forem médicos diplomados ou não estiverem colegiados. Pelo contrário, em numerosas organizações provinciais já se criaram seções oficiais de homeopatia, naturopatia e outras pseudomedicinas. Pensemos na gravidade do tema quando nos encontramos com enfermidades como o câncer ou a AIDS (outro dos campos em que as pseudoterapias estão literalmente matando pessoas com completa imunidade).
Finalmente, dentro desta caracterização difusa ou tipologia das pseudociências, não deveríamos deixar de lado outras correntes de pensamento irracionalista dentro do âmbito das ciências humanas. Devemos mencionar que fenômenos similares aos comentados, e em alguns casos com grande capacidade de danificar nossa sociedade, se produzem em outras áreas de conhecimento onde normalmente não falamos de pseudociências. Nos referimos por exemplo a fenômenos relacionados com a xenofobia e o racismo, amiúde (recordemos as teorias nazistas do III Reich sobre pureza étnica ariana) sustentados com profusão de dados aparentemente científicos. Numa escala similar se situam as colocações sexistas ou racistas que se vêem freqüentemente em nossa sociedade. Às vezes, por falta outras vezes por excesso, ainda que esses temas nos levariam mais longe do que dá para ir neste artigo. Igualmente, mencionaremos nesta linha certas tendências extremistas que acontecem na temática do meio ambiente, onde se estão criando quase sistemas de crença e se estão utilizando as piores artes das falsas ciências para defender ideologias irracionais ou interesses econômicos. Um tema amplo, onde no momento todavia há pouco debate crítico.
Autor: Javier Armentia
Fonte: Paranormal e Pseudociência em exame
Original: Euskonews & Media #30
Fonte: ateus.net
Javier Armentia, Diretor do Planetário de Pamplona(Espanha) e
membro da ARP-Sociedad para el Avance del Pensamiento Crítico
Próximo>> Para entender: Ciência vs. Pseudociências - parte 3
Pensemos, finalmente, na homeopatia, doutrina médica segundo a qual diluições extremas de um princípio ativo são capazes de ter os mesmos (ou superiores) efeitos que o princípio sem diluir. As diluições homeopáticas são tão extremas que nem sequer tomando o equivalente à água de todos os oceanos de medicamento homeopático existe uma possibilidade real de encontrar uma só molécula de tal princípio. Uma diluição homeopática CH14, típica por exemplo em alguns dos medicamentos que se vendem atualmente em nossas farmácias contém 10-28 partes de soluto (princípio) para cada parte de solvente (água normalmente). Se recordarmos da química que o número de Avogadro nos dá o número de moléculas presentes em um mol, 6.233 x 1023, em um mol de medicamento deste tipo haveria tipicamente 6 x 10-5 moléculas: seriam necessários ao menos 10.000 mols (vários metros cúbicos) para encontrar uma molécula. E isto com um CH14, mas normalmente se encontram nestas farmácias diluições até CH18 ou CH20. É possível realizar um teste sobre a homeopatia? Dificilmente: se dá negativo, os homeopatas vão afirmar que isso se deve a que sua “Medicina” não fala de enfermidades, mas sim de enfermos, com o que as provas epidemiológicas não se revelam adequadas. As provas químicas tampouco valem: eles não renegam (agora, não certamente há dois séculos) a química, só que invocam uma entelequia informacional, algo chamado “memória da água”, completamente indetectável, e não refutável, portanto.
Por outro lado, é certo que os proponentes das pseudociências são normalmente muito resistentes à avaliação ou escrutínio público de seus experimentos. Isto vem sucedendo, por exemplo, à parapsicologia durante o último século. Amiúde, um sensitivo presumido (pessoa da qual se afirma que tem poderes mentais não convencionais {1}) perde suas faculdades quando se delineia o experimento de maneira que se evitem as possibilidades de fraude, isto é, de conseguir os resultados mediante truques, como fazem os ilusionistas e mentalistas. Costuma aduzir-se então a existência de uma espécie de força mental negativa que surge normalmente dos céticos, e que bloqueia estas pessoas “sensitivas”.
Algo similar sucede no caso dos videntes e astrólogos. Apesar de ganharem a vida, amiúde, com suas atividades, muito poucas vezes permitem fazer provas sobre seus poderes. De fato, eles próprios costumam superestimar suas capacidades quando se pode contrastar sua habilidade, como mostrou Luis Angulo [5], estudando predições publicadas de mais de uma dezena de videntes espanhóis. Apesar de que afirmavam ser capazes de adivinhar corretamente acima de 90%, o certo é que nenhum superava os 20% de acertos, incluindo como tais obviedades do estilo “no verão haverá incêndios”, etc.
Tem-se o costume de esquecer um princípio fundamental do método científico, expresso na máxima de Hume: “o peso da prova reside em quem faz a afirmação”, e completado com “afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias”. Mais adiante falaremos do papel do ceticismo científico, mas atendo-nos a estas máximas vemos como sistematicamente as pseudociências se furtam à análise para evitar ter que demonstrar suas afirmações. A gente não tem que demonstrar que não existem discos voadores: mas deve exigir aos que afirmam que são naves extraterrestres que forneçam as provas suficientes para suportar tal teoria. E que ademais essas provas sejam “extraordinárias”: ou seja, que não sejam circunstanciais ou um conjunto de casos curiosos. Podemos entender isto com uma analogia: se eu afirmasse que na sala de minha casa tenho uma vaca, a afirmação poderia parecer curiosa ou extravagante a qualquer um. Mas poderiam acreditar em mim sem mais aquela (por outro lado, bastaria visitar a sala da minha casa para comprovar a veracidade da minha afirmação). Porém, se o que afirmo ter em casa é um unicórnio, as coisas mudam: a ciência nunca encontrou um unicórnio, e por isso minha afirmação é extraordinária. Neste caso não bastaria que eu mostrasse minha casa a uma pessoa (ou várias), e sim estaria obrigado a permitir que especialistas – zoólogos neste caso – comprovassem que o que há em minha sala realmente é um unicórnio, e não um cavalo com um chifre colado na testa...
Evidentemente, o mundo das pseudociências é tão amplo como o são as fronteiras da ciência, onde elas ficam, adquirindo uma marca de “alternativo” bem a gosto desta época de pensamentos tolerantes e Novas Eras. Mas podemos distinguir dois tipos fundamentais, atendendo ao grau de “alarme social” que podem criar. É claro que ler horóscopos, ou freqüentar as mesas de adivinhos não vai provocar maiores males além de uma perda econômica. Talvez, certos sujeitos sem escrúpulos que aproveitam sua consulta de vidência para roubar às vítimas todo o seu dinheiro e posses seriam o mais grave neste tipo de pseudociências. Igualmente, algumas pessoas especialmente suscetíveis podem chegar a hipotecar sua vida pelo que lhes digam ou deixem de dizer essas pessoas. Neste grau, próximo ao mundo dos estelionatários, estão os produtos milagre, como a água imantada que faz alguns anos encheu os lares espanhóis de ímãs em volta das torneiras de água corrente. As maravilhas que prometiam estes inventos do TBO eram tão inexistentes como a possibilidade de imantar a água... Jogando com a incultura científica, estas companhias “matavam o boi” vendendo ímãs de quinhentas a quinze mil pesetas.
O mesmo acontece com o assunto dos discos voadores: são crenças em princípio não nocivas para o conjunto da sociedade. Uma vez mais, com a ressalva de fenômenos sectários como o sucedido na esteira da passagem do cometa Hale-Bopp com a seita “Heaven´s Gate”, cujos adeptos se auto-imolaram buscando a salvação com seus amigos extraterrestres. Numa escala superior de periculosidade está precisamente o mundo das seitas, que amiúde utiliza o atrativo do paranormal ou pseudocientífico para conseguir novos adeptos. No fundo, entretanto, a periculosidade destas seitas é um assunto difícil de definir, porquanto o limite entre o que se conhece como seita e uma religião estabelecida poderia não ser muito mais que demográfico.
Possivelmente, o grau mais alto da escala é ocupado pelas pseudociências associadas aos temas sanitários. As mal chamadas medicinas alternativas supõem em muitos casos um perigo real. Um exemplo é o caso divulgado há alguns anos em Barcelona em torno do “método Hamer” de cura do câncer. Segundo este austríaco e seus seguidores em vários países (médicos diplomados, por certo), o câncer tem uma origem exclusivamente psicossomática: no fundo é produzido por uma atitude negativa e autodestrutiva do paciente. A terapia que vai curá-lo é conseguir que elimine tal negatividade, mediante terapias de grupo, esquecendo-se os tratamentos “convencionais”. Mas estes pacientes com câncer estão normalmente perdendo a possibilidade de que um desses tratamentos os cure realmente, e está perdendo na maior parte dos casos um tempo precioso para atacar o câncer antes que seja irreversível.
É especialmente penoso constatar que em nosso país (também em nosso entorno europeu) a ciência médica preste tão pouca atenção a estes fenômenos pseudomédicos. Em especial, as organizações médicas colegiadas só lutam contra a intrusão: ou seja, denunciam os que praticam pseudomedicinas se e somente se não forem médicos diplomados ou não estiverem colegiados. Pelo contrário, em numerosas organizações provinciais já se criaram seções oficiais de homeopatia, naturopatia e outras pseudomedicinas. Pensemos na gravidade do tema quando nos encontramos com enfermidades como o câncer ou a AIDS (outro dos campos em que as pseudoterapias estão literalmente matando pessoas com completa imunidade).
Finalmente, dentro desta caracterização difusa ou tipologia das pseudociências, não deveríamos deixar de lado outras correntes de pensamento irracionalista dentro do âmbito das ciências humanas. Devemos mencionar que fenômenos similares aos comentados, e em alguns casos com grande capacidade de danificar nossa sociedade, se produzem em outras áreas de conhecimento onde normalmente não falamos de pseudociências. Nos referimos por exemplo a fenômenos relacionados com a xenofobia e o racismo, amiúde (recordemos as teorias nazistas do III Reich sobre pureza étnica ariana) sustentados com profusão de dados aparentemente científicos. Numa escala similar se situam as colocações sexistas ou racistas que se vêem freqüentemente em nossa sociedade. Às vezes, por falta outras vezes por excesso, ainda que esses temas nos levariam mais longe do que dá para ir neste artigo. Igualmente, mencionaremos nesta linha certas tendências extremistas que acontecem na temática do meio ambiente, onde se estão criando quase sistemas de crença e se estão utilizando as piores artes das falsas ciências para defender ideologias irracionais ou interesses econômicos. Um tema amplo, onde no momento todavia há pouco debate crítico.
Autor: Javier Armentia
Fonte: Paranormal e Pseudociência em exame
Original: Euskonews & Media #30
Fonte: ateus.net
Javier Armentia, Diretor do Planetário de Pamplona(Espanha) e
membro da ARP-Sociedad para el Avance del Pensamiento Crítico
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quinta-feira, 2 de julho de 2009
Norberto Toedter e os nazistas não racistas (Parte 1)
Por Leo Gott
Em seu ensaio de número 15 publicado em seu blog o Sr. Norberto Toedter, negador do Holocausto e autor do livro “...e a guerra continua” expõe seus argumentos para tentar convencer os leitores que o nazismo não era racista (não se espantem ele tenta fazer isso mesmo, como veremos abaixo), vejamos alguns excertos do seu ensaio:
Em seu ensaio de número 15 publicado em seu blog o Sr. Norberto Toedter, negador do Holocausto e autor do livro “...e a guerra continua” expõe seus argumentos para tentar convencer os leitores que o nazismo não era racista (não se espantem ele tenta fazer isso mesmo, como veremos abaixo), vejamos alguns excertos do seu ensaio:
Que bonito, não? Todo mundo diz sim diante desta conclamação de forte apelo humano. Vimos esta faixa ainda agora na África do Sul durante o Campeonato de Futebol das Confederações. Tudo bem, não fosse por um detalhe: a palavra “racismo” lembra automaticamente “nazismo” e com isto o “alemão malvado” volta mente das pessoas. Pronto, mais uma vez atingido o objetivo dos seus detratores.
O Sr. Toedter se preocupa demais em não deixar “manchar a imagem do nazismo” (como se alguém precisasse manchar, o cabo boêmio e seus asseclas cuidaram muito bem disso) e se “esquece” da história recente da África do Sul com sua política de Apartheid e também não deve ter visto nada sobre a campanha da FIFA contra o racismo. Agora porque a palavra “racismo” lembra automaticamente “nazismo”? Se lembra é porque obviamente o nazismo era declaradamente racista. O que volta à mente das pessoas não é a pecha de “alemão malvado”, mas com certeza a pecha de regime cruel, sanguinário, enganador, genocida e outras tantas qualificações que o Cabo Boêmio conseguiu atribuir a este regime falido que alguns ainda tentam reabilitá-lo através de um suposto “revisionismo” e de artigos falaciosos como este de número 15.
Em meio a toda esta polêmica em torno da Segunda Grande Guerra uma das coisas que mais me chocam é quando vejo pessoas de grande responsabilidade social, educadores, intelectuais, manifestar a convicção, de que durante os efêmeros doze anos do Terceiro Reich a Alemanha teria praticado uma odienta discriminação racial.
Sr.Toedter o que mais me choca é ter que ler isso depois de mais de 50 anos do fim da Segunda Guerra, as “pessoas de grande responsabilidade social, educadores, intelectuais” têm acesso à história e também aos livros o que não posso dizer o mesmo do senhor. Os próprios nazistas faziam questão de deixar isso bem claro, o senhor pode ver aqui neste post, “O racismo nazista nas palavras dos próprios nazistas”. Tenho certeza absoluta, se Hitler, Himmler, Ley, Streicher, Heydrich, Goebbels e outros estivessem vivos, não iriam gostar de nada disso que o senhor escreveu, pois eles queriam deixar bem claro que eram superiores a qualquer outro ser humano, como veremos adiante.
Isto, bem como a de terem os alemães se considerado uma “raça superior” são mentiras deslavadas. Durante o tempo em que eu lá estive não vi qualquer demonstração que buscasse aviltar membros de outros povos ou que considerasse o próprio como eleito ou acima dos outros.
Os grifos acima são meus. MENTIRA DESLAVADA?
O senhor não é onipresente, não poderia estar em todos os lugares, o senhor esteve em Poznan no dia 04 de outubro de 1943, quando Himmler disse?
O que as nações puderem oferecer em matéria de sangue bom, de nosso tipo, nós acolheremos, seqüestrando, se necessário, suas crianças e educando-as, aqui conosco(...) Se as nações vivem em prosperidade ou morrem de fome, como gado, apenas me interesso na medida em que delas necessitamos como escravas de nossa “Kultur”. Se 10 mil mulheres russas caem exaustas ao cavarem fossos contra tanques, interessa-me apenas que esses fossos estejam terminados para a Alemanha(...). (Publicado em Ascensão e Queda do Terceiro Reich, William Shirer, 2008 - NCA, IV, P.559(N.D. 1919-PS).
Será que o Sr.Toedter leu o relatório do General Gottard Heinrici, representante da Whermacht na Tchecoeslováquia, onde ele cita o que Führer disse sobre os poloneses:
Os poloneses [acentuou Hitler] nasceram especialmente para o trabalho pesado(...) Não é preciso pensar em melhorias para eles. Cumpre manter, na Polônia, um padrão de vida baixo, não se permitindo que suba(...) Os poloneses são preguiçosos e é necessário usar a força para obrigá-los a trabalhar(...) Devemos utilizar-nos do governo geral (da Polônia) simplesmente como fonte de mão-de-obra não especializada(...) Poder-se-ia conseguir ali, todos os anos, os trabalhadores de que o Reich possa necessitar.(Ibid - NCA, III, p.618-9 N.D.862-PS)
Será que o Sr.Toedter estava em Kiev no dia 5 de março de 1943 quando o comissário do Reich para a Rússia Erick Koch proferiu estas palavras em discurso?
Somos uma raça superior e devemos governar com dureza, mas com justiça(...)Não vim para espalhar bem-aventuranças.(...)Não viemos para distribuir o maná. (...)Somos uma raça superior que precisa lembrar que o mais humilde operário alemão é, racial e biologicamente mais valioso que a população daqui.(Ibid - NCA, III, p.798-9 N.D. 1130-PS)
Sr.Toedter, seriam esses nazistas "mentirosos deslavados"?
E as falácias continuam...
O que as nações puderem oferecer em matéria de sangue bom, de nosso tipo, nós acolheremos, seqüestrando, se necessário, suas crianças e educando-as, aqui conosco(...) Se as nações vivem em prosperidade ou morrem de fome, como gado, apenas me interesso na medida em que delas necessitamos como escravas de nossa “Kultur”. Se 10 mil mulheres russas caem exaustas ao cavarem fossos contra tanques, interessa-me apenas que esses fossos estejam terminados para a Alemanha(...). (Publicado em Ascensão e Queda do Terceiro Reich, William Shirer, 2008 - NCA, IV, P.559(N.D. 1919-PS).
Será que o Sr.Toedter leu o relatório do General Gottard Heinrici, representante da Whermacht na Tchecoeslováquia, onde ele cita o que Führer disse sobre os poloneses:
Os poloneses [acentuou Hitler] nasceram especialmente para o trabalho pesado(...) Não é preciso pensar em melhorias para eles. Cumpre manter, na Polônia, um padrão de vida baixo, não se permitindo que suba(...) Os poloneses são preguiçosos e é necessário usar a força para obrigá-los a trabalhar(...) Devemos utilizar-nos do governo geral (da Polônia) simplesmente como fonte de mão-de-obra não especializada(...) Poder-se-ia conseguir ali, todos os anos, os trabalhadores de que o Reich possa necessitar.(Ibid - NCA, III, p.618-9 N.D.862-PS)
Será que o Sr.Toedter estava em Kiev no dia 5 de março de 1943 quando o comissário do Reich para a Rússia Erick Koch proferiu estas palavras em discurso?
Somos uma raça superior e devemos governar com dureza, mas com justiça(...)Não vim para espalhar bem-aventuranças.(...)Não viemos para distribuir o maná. (...)Somos uma raça superior que precisa lembrar que o mais humilde operário alemão é, racial e biologicamente mais valioso que a população daqui.(Ibid - NCA, III, p.798-9 N.D. 1130-PS)
Sr.Toedter, seriam esses nazistas "mentirosos deslavados"?
E as falácias continuam...
O próprio Hitler já dizia em seu livro “Minha Luta” Nossa etnia alemã não mais repousa num núcleo racial uniforme (...) a poluição sanguínea que atingiu o nosso povo...
Provavelmente o Sr.Toedter NÃO deve ter lido estes trechos abaixo (não irei nem grifar algumas palavras, senão teria que grifar todo o excerto) deste “livro” citado por ele para explicar que o nazismo não era racista (apesar disso me causar um asco muito grande, não posso deixar de reproduzir, peço desculpas a todos por isso):
“Foram e continuam a ser ainda judeus os que trouxeram os negros até o Reno, sempre com os mesmos intuitos secretos e fins evidentes, a saber: "bastardizar" à força a raça branca, por eles detestada, precipitá-la do alto da sua posição política e cultural e elevar-se ao ponto de dominá-la inteiramente.
(...)
Das massas destaca ela a significação das pessoas, mas, nisso, em face do marxismo desorganizador, age de maneira organizadora. Crê na necessidade de uma idealização da vida humana, pois só nela vê a justificação da existência da humanidade. Não pode aprovar, porém, a idéia ética do direito à existência, se essa idéia representa um perigo para a vida racial dos portadores de uma ética superior pois, em um mundo de mestiços e de negros, estariam para sempre perdidos todos os conceitos humanos do belo e do sublime, todas as idéias de um futuro ideal da humanidade.
(...)
É evidente que um povo altamente civilizado dá de si uma impressão mais elevada do que um povo de negros. Não obstante isso, a organização estatal do primeiro, observada quanto à maneira por que realiza a sua finalidade, pode ser pior que a dos negros. Assim como a melhor forma de governo não pode produzir, em um povo, capacidades que não existiam antes, assim um Estado mal organizado pode, promovendo a ruína dos indivíduos de uma determinada raça, fazer desaparecerem as qualidades criadoras que possuíam na origem.
(...)
Enquanto os povos europeus são devastados por uma lepra moral e física, erra o piedoso missionário pela África Central, organiza missões de negros, até conseguir a nossa "elevada cultura" fazer de indivíduos sadios, embora primitivos e atrasados, bastardos, preguiçosos e incapazes.
(...)
É perfeitamente compreensível que em todas as camadas sociais de uma nação serão encontrados talentos e que o valor do saber será tanto maior quanto mais possa ser vivificado, por essas naturezas de elite, o conhecimento morto. Realizações criadoras só podem surgir quando se dá a aliança do saber com a capacidade. Como a humanidade de hoje erra nesse sentido demonstra-o um único exemplo. De tempos em tempos, os jornais ilustrados comunicam aos seus leitores burgueses que, pela primeira vez, aqui ou ali, um negro tornou-se advogado, professor, pastor, primeiro tenor, etc.
(...)
Só na França existe, hoje mais do que nunca, uma intima harmonia entre as intenções do capitalismo judaico e os desejos de uma política nacional chauvinista. Justamente nessa harmonia está um perigo enorme para a Alemanha; justamente por esse motivo a França é e será sempre o inimigo mais terrível. Esse povo, continuando cada vez mais a degenerar-se pela mistura com os negros africanos, representa, na sua ligação com os objetivos da dominação mundial judaica, um perigo latente para a existência da raça branca na Europa. A infecção do sangue africano no Reno, no coração da Europa, significa não só a sede de vingança sadística e perversa desse eterno inimigo hereditário do nosso povo como a fria resolução do judeu de começar assim o abastardamento do centro do continente europeu, privando a raça branca, mediante infecção com sangue humano inferior, dos fundamentos para uma existência autônoma.
(...)
Não hesito, porém, em declarar que agora, depois dos fatos consumados, penso que a reconquista do Tirol do Sul não só é impossível, como se deveria desistir da mesma, desde que não se pode mais conseguir, em torno dessa questão, despertar o entusiasmo nacional indispensável para a vitória. Sou, ao contrário, da opinião que, se algum dia, para isso se arriscasse a vida, consumar-se-ia um crime combatendo por duzentos mil alemães, enquanto, nas fronteiras do país, mais de sete milhões estão gemendo debaixo do domínio estrangeiro, enquanto o sangue alemão está sendo contaminado por hordas de negros africanos.
(...)
Nós os nacionais-socialistas temos de ir mais longe: o direito ao solo não se trata de um qualquer poviléu de negros e sim da Pátria germânica pode se tornar um dever quando um grande povo, sem possibilidade de aumento territorial, parece destinado ao desaparecimento. Sobretudo quando que imprimiu ao mundo de hoje o seu cunho cultural.
Sr.Toedter esterilização forçada de negros não é racismo? O que o senhor achou desta política nazista? Ou o senhor também não viu nada disso?
Ainda tem mais falácia (ops, "mentira deslavada"), por incrível que pareça...
Não houve incitação através da mídia, nem mesmo contra os judeus. É claro que durante os discursos dos grandes lideres o Judaísmo Internacional não escapava das acusações e de ser responsabilizado pela guerra. Mas o que quero dizer é que não houve aquela instigação do povo ao ódio como poderia se supor quando se fala da cultura ao racismo.
Só o “livro” do cabo boêmio como presente de casamento para TODAS as pessoas que estivessem casando já é uma “boa propaganda”, mas segundo o senhor ele não era racista não é?
Não houve incitação através da mídia, nem mesmo contra os judeus. É claro que durante os discursos dos grandes lideres o Judaísmo Internacional não escapava das acusações e de ser responsabilizado pela guerra. Mas o que quero dizer é que não houve aquela instigação do povo ao ódio como poderia se supor quando se fala da cultura ao racismo.
Só o “livro” do cabo boêmio como presente de casamento para TODAS as pessoas que estivessem casando já é uma “boa propaganda”, mas segundo o senhor ele não era racista não é?
Neste link o senhor poderá encontrar somente material de propaganda OFICIAL nazista, especialmente antissemitismo.
Sr.Toedter, o senhor já leu alguma coisa sobre ou viu o filme Der Ewige Jude - O Judeu Eterno, filme encomendado por Goebbels e que inclusive chegou a passar gratuitamente nos cinemas da Alemanha, o senhor assistiu esse filme quando lá esteve? O senhor chegou a ler o jornal Der Stürmer, cujo editor-chefe era o Sr.Julius Streicher, gauleiter da Francônia? Ou até mesmo a publicação infantil antissemita deste mesmo senhor chamada Der Giftpilz (O cogumelo venenoso). O senhor quer enganar quem Sr.Toedter, a si mesmo?
Sr.Toedter, o senhor já leu alguma coisa sobre ou viu o filme Der Ewige Jude - O Judeu Eterno, filme encomendado por Goebbels e que inclusive chegou a passar gratuitamente nos cinemas da Alemanha, o senhor assistiu esse filme quando lá esteve? O senhor chegou a ler o jornal Der Stürmer, cujo editor-chefe era o Sr.Julius Streicher, gauleiter da Francônia? Ou até mesmo a publicação infantil antissemita deste mesmo senhor chamada Der Giftpilz (O cogumelo venenoso). O senhor quer enganar quem Sr.Toedter, a si mesmo?
Continuo depois com mais "mentiras deslavadas", mas como vimos, mentiras daquele que não segue à risca o "lema" de seu blog: "(...)aqui procuramos a verdade sobre a 2a. Guerra Mundial!"
Para entender: Ciência vs. Pseudociências - parte 1
Faz-se necessário a postagem de textos que desmitificam o caráter pseudocientífico de grupos que dizem praticar algum tipo de método científico de análise mas que valem sempre do uso de falseamento e distorção de dados históricos com o fim de apresentarem alguma "teoria" de forma "coerente" e crível perante o público menos atento a este tipo de questão. A seguir segue um texto de Javier Armentia(Diretor do Planetário de Pamplona, Espanha) fazendo uma análise entre a forma de se manifestar das pseudociências em relação às ciências, o "revisionismo"(ou negação do Holocausto) se encaixa de forma plena no quesito pseudociência, daí a importância deste tipo de texto para esclarecer(distinguir) o que venha a ser uma e outra. O texto será dividido em quatro partes(conectadas por links umas com as outras) para melhor leitura de quem visitar o blog.
Ciência vs. Pseudociências
1. Introdução: o paradoxo atual
Comenta Ignacio Ramonet em seu livro “Um mundo sem rumo: crise de fim de século” [1]
“Em sociedades presididas em princípio pela racionalidade, quando esta se dilui ou se desloca, os cidadãos se vêem tentados a recorrer a formas de pensamento pré-racionalistas. Voltam-se para a superstição, o esotérico, o ilógico, e estão dispostos a crer em varinhas mágicas capazes de transformar o chumbo em ouro e os sapos em príncipes. Cada vez são mais os cidadãos que se sentem ameaçados por uma modernidade tecnológica brutal e se vêem impelidos a adotar posturas receosas antimodernistas.”
É certo que enfrentamos uma situação paradoxal: por um lado podemos coletar numerosos indicadores da crescente importância (e necessidade) da ciência e suas tecnologias na sociedade atual, da cada vez maior relevância da chamada comunicação social da ciência (jornalismo, divulgação, museus ou centros de ciência, mundo educativo... que constituem as ligações atuais entre a pesquisa científica e os cidadãos); por outro, a avaliação ou apreciação social desta mesma ciência não se ajusta ao papel que ela tem na sociedade. Mas, além disso, podemos perceber um crescente irracionalismo, associado normalmente com o que neste trabalho denominaremos globalmente pseudociências (que definiremos por extensão e por exclusão no tópico seguinte).
O paradoxo consiste em que se agora mesmo removêssemos os produtos da tecnociência, a civilização humana entraria em colapso. Apesar de a desconhecermos ou subestimarmos, a ciência – atenção! também culpável de cumplicidade com os sistemas econômicos e de poder, não se creia em uma espécie de torre de marfim acima do bem e do mal –, a ciência, dizíamos, é o substrato base do nosso presente e a única via factível de futuro. O problema deriva para uma percepção da ciência como uma espécie de igreja com seus rituais e seus oficiantes: nós cidadãos chegamos, em geral, a desfrutar dos dons da ciência, mas sem chegar a compreendê-los nem a analisá-los. Que isto seja errôneo e equívoco não impede que algo assim suceda. Quando por uma razão ou outra se furta ou evita o debate, a livre crítica que está no fundo do método científico, fica a liturgia. E as pseudociências aproveitam este abismo entre ciência e sociedade para aparecer como ciências quando realmente não o são.
2. Pseudociências: para uma definição
Não podemos aprofundar mais a análise presente sem realizar algum tipo de definição das pseudociências. Certamente, não é um tema simples, ainda quando etimologicamente equivalha a “falsas ciências”: disciplinas, portanto, que se aparentemente se revestem do manto da ciência, não o são na realidade. O termo “falso” parece indicar, sendo ademais no geral correto, uma certa intenção de engano consciente: amiúde se tenta tal disfarce com o interesse de dar uma respeitabilidade que possuem os produtos da ciência, e abusar da marca científica na hora de silenciar as possíveis críticas.
Em outros casos, se usa o prefixo para como identificador de algumas destas disciplinas, como é o caso da parapsicologia, ou no genérico de “fenômenos paranormais”: se põe assim evidente o próprio interesse dos promotores de tais disciplinas em situar-se à margem da corrente principal da ciência. É muito normal nesses setores se caracterizar o conhecimento científico como “ciência oficial”, com o claro interesse de desprestígio que supõe adscrever a ciência a um certo establishment dogmático. Algo que encontrou certo eco no que se denomina pensamento pós-moderno ou relativismo cultural, segundo cujos postulados o conhecimento científico não é senão um dentre os possíveis, sujeito aos mesmos vaivéns e influências irracionais das outras atividades humanas. Levar-nos-ia fora do objetivo deste trabalho realizar uma crítica do pós-modernismo. Recomendamos, em qualquer caso, o trabalho de Sokal e Bricmont “Imposturas Intelectuais”.[2]
Epistemologicamente, não obstante, fica complicada a definição de pseudociências, por ser uma definição negativa: “o que não é, ainda que pareça, ciência”. Coloca imediatamente a questão sobre quem decide o que seja ou não ciência. Ou seja, nos submerge no tormentoso assunto da definição de ciência, e seus critérios de demarcação, um tema que ocupou uma boa parte da discussão filosófica do nosso século. Para uma análise desse tema em profundidade, recomendamos a leitura dos artigos de William Grey intitulados “Ciência e psi-encia: a ciência e o paranormal” [3]. O também filósofo Paul Kurtz [4] comenta que as pseudociências são matérias que:
a) não utilizam métodos experimentais rigorosos em suas investigações;
b) carecem de uma armação conceitual contrastável;
c) afirmam ter alcançado resultados positivos, embora suas provas sejam altamente questionáveis, e suas generalizações não tenham sido corroboradas por investigadores imparciais.
Podemos nos valer desta caracterização porquanto aponta traços que com suficiente informação se pode tentar avaliar. Assim, temos o assunto da armação conceitual, que poderíamos redefinir como “a existência de hipóteses não refutáveis ou não falsificáveis” (no sentido popperiano). Sem entrar em detalhe na questão da falsificabilidade, esta característica está presente em muitas pseudociências. Apresentemos uns exemplos:
A psicanálise é uma teoria da mente que impede a realização de experimentos que possam ser falseados. Uma afirmação clássica (e básica para o desenvolvimento de sua teoria psicopatológica) da psicanálise é que todos os homens têm tendências homossexuais reprimidas. Tentemos realizar uma prova que permita descobrir se esta hipótese é científica: um teste de conduta e tendência que elucide se o sujeito tem tais tendências. Se o teste falha, o psicanalista dirá que isto é assim porque as tendências estão reprimidas, e não saem à luz; se o teste resulta correto, o psicanalista o interpretará como uma comprovação de sua hipótese. Não há maneira, portanto, de saber se a hipótese pode ser falsa, e, portanto, não é científica.
Outro caso extremo é dado por uma teoria solipsista. Seja: “Eu, Javier Armentia, acabo de criar o mundo faz 25 minutos e meio, com tudo o que se pode ver nele agora, incluindo o leitor deste artigo”. Não há maneira de refutar esta tresnoitada teoria: se alguém diz que possui lembranças da sua infância, ou provas de que lá esteve, seus familiares, fotos, etc.... sempre lhe poderei contestar que eu acabo de criar tudo isso, inclusive a memória desse passado inexistente. Bem, algo similar afirmam os chamados criacionistas evangélicos, para quem a Bíblia está literalmente correta. Se alguém tenta explicar que é impossível que o mundo se criou há somente 6.000 anos, como afirmam, porque há fósseis e rochas mais antigos, porque agora nos chega a luz de galáxias mais distantes que 6.000 anos-luz, eles respondem que Deus, em sua infinita providência, criou tais provas falsas: criou a luz a caminhar para a Terra, e plantou os fósseis e rochas antigas...
Autor: Javier Armentia
Fonte: Paranormal e Pseudociência em exame
Original: Euskonews & Media #30
Fonte: ateus.net
Javier Armentia, Diretor deo Planetário de Pamplona(Espanha) e
membro da ARP-Sociedad para el Avance del Pensamiento Crítico
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Ciência vs. Pseudociências
1. Introdução: o paradoxo atual
Comenta Ignacio Ramonet em seu livro “Um mundo sem rumo: crise de fim de século” [1]
“Em sociedades presididas em princípio pela racionalidade, quando esta se dilui ou se desloca, os cidadãos se vêem tentados a recorrer a formas de pensamento pré-racionalistas. Voltam-se para a superstição, o esotérico, o ilógico, e estão dispostos a crer em varinhas mágicas capazes de transformar o chumbo em ouro e os sapos em príncipes. Cada vez são mais os cidadãos que se sentem ameaçados por uma modernidade tecnológica brutal e se vêem impelidos a adotar posturas receosas antimodernistas.”
É certo que enfrentamos uma situação paradoxal: por um lado podemos coletar numerosos indicadores da crescente importância (e necessidade) da ciência e suas tecnologias na sociedade atual, da cada vez maior relevância da chamada comunicação social da ciência (jornalismo, divulgação, museus ou centros de ciência, mundo educativo... que constituem as ligações atuais entre a pesquisa científica e os cidadãos); por outro, a avaliação ou apreciação social desta mesma ciência não se ajusta ao papel que ela tem na sociedade. Mas, além disso, podemos perceber um crescente irracionalismo, associado normalmente com o que neste trabalho denominaremos globalmente pseudociências (que definiremos por extensão e por exclusão no tópico seguinte).
O paradoxo consiste em que se agora mesmo removêssemos os produtos da tecnociência, a civilização humana entraria em colapso. Apesar de a desconhecermos ou subestimarmos, a ciência – atenção! também culpável de cumplicidade com os sistemas econômicos e de poder, não se creia em uma espécie de torre de marfim acima do bem e do mal –, a ciência, dizíamos, é o substrato base do nosso presente e a única via factível de futuro. O problema deriva para uma percepção da ciência como uma espécie de igreja com seus rituais e seus oficiantes: nós cidadãos chegamos, em geral, a desfrutar dos dons da ciência, mas sem chegar a compreendê-los nem a analisá-los. Que isto seja errôneo e equívoco não impede que algo assim suceda. Quando por uma razão ou outra se furta ou evita o debate, a livre crítica que está no fundo do método científico, fica a liturgia. E as pseudociências aproveitam este abismo entre ciência e sociedade para aparecer como ciências quando realmente não o são.
2. Pseudociências: para uma definição
Não podemos aprofundar mais a análise presente sem realizar algum tipo de definição das pseudociências. Certamente, não é um tema simples, ainda quando etimologicamente equivalha a “falsas ciências”: disciplinas, portanto, que se aparentemente se revestem do manto da ciência, não o são na realidade. O termo “falso” parece indicar, sendo ademais no geral correto, uma certa intenção de engano consciente: amiúde se tenta tal disfarce com o interesse de dar uma respeitabilidade que possuem os produtos da ciência, e abusar da marca científica na hora de silenciar as possíveis críticas.
Em outros casos, se usa o prefixo para como identificador de algumas destas disciplinas, como é o caso da parapsicologia, ou no genérico de “fenômenos paranormais”: se põe assim evidente o próprio interesse dos promotores de tais disciplinas em situar-se à margem da corrente principal da ciência. É muito normal nesses setores se caracterizar o conhecimento científico como “ciência oficial”, com o claro interesse de desprestígio que supõe adscrever a ciência a um certo establishment dogmático. Algo que encontrou certo eco no que se denomina pensamento pós-moderno ou relativismo cultural, segundo cujos postulados o conhecimento científico não é senão um dentre os possíveis, sujeito aos mesmos vaivéns e influências irracionais das outras atividades humanas. Levar-nos-ia fora do objetivo deste trabalho realizar uma crítica do pós-modernismo. Recomendamos, em qualquer caso, o trabalho de Sokal e Bricmont “Imposturas Intelectuais”.[2]
Epistemologicamente, não obstante, fica complicada a definição de pseudociências, por ser uma definição negativa: “o que não é, ainda que pareça, ciência”. Coloca imediatamente a questão sobre quem decide o que seja ou não ciência. Ou seja, nos submerge no tormentoso assunto da definição de ciência, e seus critérios de demarcação, um tema que ocupou uma boa parte da discussão filosófica do nosso século. Para uma análise desse tema em profundidade, recomendamos a leitura dos artigos de William Grey intitulados “Ciência e psi-encia: a ciência e o paranormal” [3]. O também filósofo Paul Kurtz [4] comenta que as pseudociências são matérias que:
a) não utilizam métodos experimentais rigorosos em suas investigações;
b) carecem de uma armação conceitual contrastável;
c) afirmam ter alcançado resultados positivos, embora suas provas sejam altamente questionáveis, e suas generalizações não tenham sido corroboradas por investigadores imparciais.
Podemos nos valer desta caracterização porquanto aponta traços que com suficiente informação se pode tentar avaliar. Assim, temos o assunto da armação conceitual, que poderíamos redefinir como “a existência de hipóteses não refutáveis ou não falsificáveis” (no sentido popperiano). Sem entrar em detalhe na questão da falsificabilidade, esta característica está presente em muitas pseudociências. Apresentemos uns exemplos:
A psicanálise é uma teoria da mente que impede a realização de experimentos que possam ser falseados. Uma afirmação clássica (e básica para o desenvolvimento de sua teoria psicopatológica) da psicanálise é que todos os homens têm tendências homossexuais reprimidas. Tentemos realizar uma prova que permita descobrir se esta hipótese é científica: um teste de conduta e tendência que elucide se o sujeito tem tais tendências. Se o teste falha, o psicanalista dirá que isto é assim porque as tendências estão reprimidas, e não saem à luz; se o teste resulta correto, o psicanalista o interpretará como uma comprovação de sua hipótese. Não há maneira, portanto, de saber se a hipótese pode ser falsa, e, portanto, não é científica.
Outro caso extremo é dado por uma teoria solipsista. Seja: “Eu, Javier Armentia, acabo de criar o mundo faz 25 minutos e meio, com tudo o que se pode ver nele agora, incluindo o leitor deste artigo”. Não há maneira de refutar esta tresnoitada teoria: se alguém diz que possui lembranças da sua infância, ou provas de que lá esteve, seus familiares, fotos, etc.... sempre lhe poderei contestar que eu acabo de criar tudo isso, inclusive a memória desse passado inexistente. Bem, algo similar afirmam os chamados criacionistas evangélicos, para quem a Bíblia está literalmente correta. Se alguém tenta explicar que é impossível que o mundo se criou há somente 6.000 anos, como afirmam, porque há fósseis e rochas mais antigos, porque agora nos chega a luz de galáxias mais distantes que 6.000 anos-luz, eles respondem que Deus, em sua infinita providência, criou tais provas falsas: criou a luz a caminhar para a Terra, e plantou os fósseis e rochas antigas...
Autor: Javier Armentia
Fonte: Paranormal e Pseudociência em exame
Original: Euskonews & Media #30
Fonte: ateus.net
Javier Armentia, Diretor deo Planetário de Pamplona(Espanha) e
membro da ARP-Sociedad para el Avance del Pensamiento Crítico
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terça-feira, 30 de junho de 2009
Filme da liberação de Bergen Belsen
Bergen Belsen não era um campo de extermínio, mas pelas imagens deste filme eu imagino se fosse. Belsen, como também é conhecido este campo foi liberado pelas forças britânicas em 15 de abril de 1945. O que matava em Belsen era a fome, a exaustão pelos constantes trabalhos forçados e outras doenças como tifo, que matou Anne Frank e sua irmã neste mesmo campo.
As imagens são muito fortes, este filme não é recomendado para pessoas sensíveis, recomendado e muito para aqueles que não acreditam que isso aconteceu.
domingo, 28 de junho de 2009
"Os Falsários" expõe dilemas
Crítica. Filme austríaco mostra personagem real às voltas com o nazismo, mas não se arrisca em controvérsias
"Os Falsários" expõe dilemas
Carlos Quintão
Especial para O Tempo
Não chega a ser realmente um caso de revisionismo histórico, mas é fato que a produção cinematográfica contemporânea começou a delinear de forma mais complexa e com maior gama de nuances um dos maiores traumas da 2ª Guerra, o Holocausto. Uma safra recente de filmes ousaram, se não justificar os atos criminosos nazistas, o que seria igualmente criminoso, pelo menos apresentar camadas de cinza nesse terrível e conturbado episódio. A palavra de ordem parece ser: nem todos os judeus são vítimas inocentes e nem todos os nazistas são assassinos cruéis.
(Foto)Prêmio, Cena do drama "Os Falsários", que ganhou o Oscar de filme estrangeiro em 2008
É nessa linha que "Os Falsários", do austríaco Stefan Ruzowitzky, em cartaz na cidade, insere-se. É a história real de Sally Sorowitsch (Karl Markovics), um gângster judeu de origem russa, especializado em falsificação, que, ao ser preso às vésperas da guerra, é enviado para um campo de concentração "especial", onde os prisioneiros têm benefícios e confortos em troca de serviços aos nazistas.
No caso, os de falsificação de moedas estrangeiras, como a libra esterlina e o dólar. O objetivo é inundar o mercado dos países aliados com dinheiro falso, de modo a dinamitar por dentro a economia dos inimigos. Para Sally, este é apenas mais um serviço como qualquer outro que já fez visando tão somente sua sobrevivência.
Mas nem todos os prisioneiros aceitam tal condição, como é o caso do idealista Adolf Burger (August Diehl), que sabota as tentativas de se reproduzir a moeda norte-americana. Mesmo com objetivos e ideais opostos, Burger e Sally se respeitam mutuamente, o que impede que o último denuncie o colega, mesmo sob pena de morte.
Esse é o dilema por trás de "Os Falsários": o sacrifício individual é justificado em nome de um ideal e do bem maior? Ou mais vale a sobrevivência? O roteiro não deixa dúvidas sobre qual lado se insere, ao mostrar Sally cada vez mais contagiado pela consciência de Burger. A questão não se coloca de forma tão sutil, mas não deixa de alinhar "Os Falsários" com as demais produções atuais que apresentam tal dubiedade.
Revisões. Filmes como "O Leitor", de Stephen Daldry, e "Um Homem Bom", de Vicente Amorim, contextualizam a noção de que as forças externas, como o próprio Estado, muitas vezes sobrepõem-se à moral e às vontades individuais.
"Amém", de Costa-Gavras, e "Operação Valquíria", de Bryan Singer, por sua vez, introduzem o conceito de bom nazista, aquele que acredita numa causa e repudia o extermínio dos judeus. Já "O Pianista", de Roman Polanski, e "A Espiã", de Paul Verhoeven, vão um passo além, mostrando que entre os judeus existiam aqueles que trairiam o próprio povo em benefício próprio.
Stefan Ruzowitzky, diretor oriundo do videoclipe e do sucesso "Anatomia" (com Franka Potente), não se aprofunda nessa dicotomia. O maniqueísmo se faz presente aqui e ali. Permanece o medo de desagradar, o que o filme certamente não faz. Pelo menos não à Academia de Hollywood, que lhe concedeu o Oscar de filme estrangeiro no ano passado.
Fonte: O Tempo Online
http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=112295
"Os Falsários" expõe dilemas
Carlos Quintão
Especial para O Tempo
Não chega a ser realmente um caso de revisionismo histórico, mas é fato que a produção cinematográfica contemporânea começou a delinear de forma mais complexa e com maior gama de nuances um dos maiores traumas da 2ª Guerra, o Holocausto. Uma safra recente de filmes ousaram, se não justificar os atos criminosos nazistas, o que seria igualmente criminoso, pelo menos apresentar camadas de cinza nesse terrível e conturbado episódio. A palavra de ordem parece ser: nem todos os judeus são vítimas inocentes e nem todos os nazistas são assassinos cruéis.

É nessa linha que "Os Falsários", do austríaco Stefan Ruzowitzky, em cartaz na cidade, insere-se. É a história real de Sally Sorowitsch (Karl Markovics), um gângster judeu de origem russa, especializado em falsificação, que, ao ser preso às vésperas da guerra, é enviado para um campo de concentração "especial", onde os prisioneiros têm benefícios e confortos em troca de serviços aos nazistas.
No caso, os de falsificação de moedas estrangeiras, como a libra esterlina e o dólar. O objetivo é inundar o mercado dos países aliados com dinheiro falso, de modo a dinamitar por dentro a economia dos inimigos. Para Sally, este é apenas mais um serviço como qualquer outro que já fez visando tão somente sua sobrevivência.
Mas nem todos os prisioneiros aceitam tal condição, como é o caso do idealista Adolf Burger (August Diehl), que sabota as tentativas de se reproduzir a moeda norte-americana. Mesmo com objetivos e ideais opostos, Burger e Sally se respeitam mutuamente, o que impede que o último denuncie o colega, mesmo sob pena de morte.
Esse é o dilema por trás de "Os Falsários": o sacrifício individual é justificado em nome de um ideal e do bem maior? Ou mais vale a sobrevivência? O roteiro não deixa dúvidas sobre qual lado se insere, ao mostrar Sally cada vez mais contagiado pela consciência de Burger. A questão não se coloca de forma tão sutil, mas não deixa de alinhar "Os Falsários" com as demais produções atuais que apresentam tal dubiedade.
Revisões. Filmes como "O Leitor", de Stephen Daldry, e "Um Homem Bom", de Vicente Amorim, contextualizam a noção de que as forças externas, como o próprio Estado, muitas vezes sobrepõem-se à moral e às vontades individuais.
"Amém", de Costa-Gavras, e "Operação Valquíria", de Bryan Singer, por sua vez, introduzem o conceito de bom nazista, aquele que acredita numa causa e repudia o extermínio dos judeus. Já "O Pianista", de Roman Polanski, e "A Espiã", de Paul Verhoeven, vão um passo além, mostrando que entre os judeus existiam aqueles que trairiam o próprio povo em benefício próprio.
Stefan Ruzowitzky, diretor oriundo do videoclipe e do sucesso "Anatomia" (com Franka Potente), não se aprofunda nessa dicotomia. O maniqueísmo se faz presente aqui e ali. Permanece o medo de desagradar, o que o filme certamente não faz. Pelo menos não à Academia de Hollywood, que lhe concedeu o Oscar de filme estrangeiro no ano passado.
Fonte: O Tempo Online
http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=112295
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quarta-feira, 24 de junho de 2009
Por que assistir ao filme "Um ato de liberdade"?
Por que assistir ao filme Um ato de liberdade? - por Patrícia Mendonça Jorge
*Sobre filme 'O Holocausto', ler o texto:
Minissérie 'Holocausto' (Gerald Green, 1978). Não existe filme com nome Holocausto
O primeiro motivo é simples: O cinema nos resgata de nossa mesmice, nos tira da
alienação da TV, do estresse do trabalho e da vida cotidiana. Mas por uma perspectiva mais intelectualizada temos muitos outros motivos. Vamos conferir?
A ação narrativa do filme remonta ao ano de 1941 e os judeus do leste europeu estão sendo massacrados aos milhares. Para escapar da morte certa, três irmãos se refugiam numa floresta que conhecem bem desde a infância. Ali começa sua desesperada luta contra os nazistas.
O filme é estrelado por Daniel Craig, o novo espião 007 e por e Liev Schreiber, o astro coadjuvante de Wolverine: X-Men Origens, Victor creed. O elenco é de destaque, mas o que realmente conta a favor do filme é verossimidade, já que se trata de uma ficção montada a partir de fatos reais.
O filme apresenta uma temática fundada na luta pela sobrevivência de três irmãos judeus, que fogem da Polônia ocupada por nazistas e se escondem numa floresta na Bielorrússia. Ali se juntam a combatentes da resistência russa e planejam a construção de um vilarejo secreto com o objetivo de proteger a todos.
Baseado em uma extraordinária história real, "Um Ato de Liberdade" é um épico sobre fhonra, luta e salvação durante a II Guerra Mundial. Na desesperada luta contra os nazistas, Daniel Craig, Liev Schreiber e Jamie Bell são os irmãos que transformam instintos primitivos de sobrevivência em algo muito mais extraordinário - uma maneira de vingar a morte de seus entes queridos enquanto salvam centenas de pessoas, algumas conhecidas outra não.
Não bastasse a luta feroz contra os inimigos alemães, os irmãos travam entre si um luta pessoal: Tuvia (Craig) é o relutante líder cujas decisões são desafiadas por seu irmão, Zus (Schreiber), que o vê como um idealista prestes a comprometer irremediavelmente a todos. Asael (Bell) é o caçula, indeciso sobre qual irmão deve seguir. Com a aproximação de um inverno rigoroso, eles trabalham para criar uma comunidade, e manter a fé viva enquanto toda humanidade parece perdida.
A luta contra o inimigo também concorre com a luta contra fome e o frio. Até que ponto o ser humano consegue manter-se humano passando fome, frio e com medo da morte? Nestas condições de desespero é possível manter a integridade física e moral? A ausência da esposa e do esposo contribui para a busca de novos companheiros afetivos, dando-se para isso os termos “a esposa da floresta” e “o esposo da floresta”. A fúria da guerra é perversa: separa as famílias, mas unem desconhecidos em torno de uma causa comum: sobreviver.
O protagonista Tuvia representa para alguns o líder hebreu Moisés, responsável pela libertação dos hebreus do cativeiro egípcio. No enredo de “Um ato de liberdade”, Tuvia é confrontado, a todo momento, por valores éticos e morais: a sobrevivência em
vários momentos é contraposta ao sentimento de solidariedade e lealdade. Ajudar os outros pode comprometer o provisão de alimentos.
Complexo de culpa e vingança caminham lado a lado. O herói de Um ato de liberdade não tem apenas acertos e força de vontade. Através de seus erros e acertos ele busca o equilíbrio para garantir o maior número de sobreviventes possíveis.
Para professores e estudantes, vale a pena assistir ao filme e discuti-lo a partir de vários planos: a segunda guerra mundial, o nazismo, o anti-semitismo, a resistência durante o conflito, os relacionamentos interpessoais construídos durante e por causa da guerra, etc.
A linguagem cinematográfica pode ser discutida através de várias perspectivas: a visão de mundo dos judeus, dos anti-semitas, dos colaboradores do nazismo (os “traidores”), dos comunistas, a voz das mulheres durante a guerra, etc. Além disso, valiosa é a seleção das cenas, os ambientes do refúgio, a fuga pelo pântano, etc.
Um ato de liberdade é uma abordagem atual, mas também dramática, como a temática da guerra impõe. Vale a pena assisti-lo pelas amplas possibilidades de discussão sobre as implicações de um estado de guerra. É um filme aberto. Ao expectador, cabe avaliar qual visão de mundo realmente deveria ter prevalecido para evitar uma guerra que, para muitos, foi a mais previsível de todas.
Fonte: O Girassol(crítica)
http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?editoria=%C3%9Altimas%20Not%C3%ADcias&idnoticia=7377
Atrás de uma lista de filmes, documentários e séries sobre o Holocausto? Confira em:
Filmografia do Holocausto
http://holocausto-doc.blogspot.com/2009/12/filmes-holocausto-nazismo-fascismo.html
*Sobre filme 'O Holocausto', ler o texto:
Minissérie 'Holocausto' (Gerald Green, 1978). Não existe filme com nome Holocausto
O primeiro motivo é simples: O cinema nos resgata de nossa mesmice, nos tira da

A ação narrativa do filme remonta ao ano de 1941 e os judeus do leste europeu estão sendo massacrados aos milhares. Para escapar da morte certa, três irmãos se refugiam numa floresta que conhecem bem desde a infância. Ali começa sua desesperada luta contra os nazistas.
O filme é estrelado por Daniel Craig, o novo espião 007 e por e Liev Schreiber, o astro coadjuvante de Wolverine: X-Men Origens, Victor creed. O elenco é de destaque, mas o que realmente conta a favor do filme é verossimidade, já que se trata de uma ficção montada a partir de fatos reais.
O filme apresenta uma temática fundada na luta pela sobrevivência de três irmãos judeus, que fogem da Polônia ocupada por nazistas e se escondem numa floresta na Bielorrússia. Ali se juntam a combatentes da resistência russa e planejam a construção de um vilarejo secreto com o objetivo de proteger a todos.
Baseado em uma extraordinária história real, "Um Ato de Liberdade" é um épico sobre fhonra, luta e salvação durante a II Guerra Mundial. Na desesperada luta contra os nazistas, Daniel Craig, Liev Schreiber e Jamie Bell são os irmãos que transformam instintos primitivos de sobrevivência em algo muito mais extraordinário - uma maneira de vingar a morte de seus entes queridos enquanto salvam centenas de pessoas, algumas conhecidas outra não.
Não bastasse a luta feroz contra os inimigos alemães, os irmãos travam entre si um luta pessoal: Tuvia (Craig) é o relutante líder cujas decisões são desafiadas por seu irmão, Zus (Schreiber), que o vê como um idealista prestes a comprometer irremediavelmente a todos. Asael (Bell) é o caçula, indeciso sobre qual irmão deve seguir. Com a aproximação de um inverno rigoroso, eles trabalham para criar uma comunidade, e manter a fé viva enquanto toda humanidade parece perdida.
A luta contra o inimigo também concorre com a luta contra fome e o frio. Até que ponto o ser humano consegue manter-se humano passando fome, frio e com medo da morte? Nestas condições de desespero é possível manter a integridade física e moral? A ausência da esposa e do esposo contribui para a busca de novos companheiros afetivos, dando-se para isso os termos “a esposa da floresta” e “o esposo da floresta”. A fúria da guerra é perversa: separa as famílias, mas unem desconhecidos em torno de uma causa comum: sobreviver.
O protagonista Tuvia representa para alguns o líder hebreu Moisés, responsável pela libertação dos hebreus do cativeiro egípcio. No enredo de “Um ato de liberdade”, Tuvia é confrontado, a todo momento, por valores éticos e morais: a sobrevivência em

Complexo de culpa e vingança caminham lado a lado. O herói de Um ato de liberdade não tem apenas acertos e força de vontade. Através de seus erros e acertos ele busca o equilíbrio para garantir o maior número de sobreviventes possíveis.
Para professores e estudantes, vale a pena assistir ao filme e discuti-lo a partir de vários planos: a segunda guerra mundial, o nazismo, o anti-semitismo, a resistência durante o conflito, os relacionamentos interpessoais construídos durante e por causa da guerra, etc.
A linguagem cinematográfica pode ser discutida através de várias perspectivas: a visão de mundo dos judeus, dos anti-semitas, dos colaboradores do nazismo (os “traidores”), dos comunistas, a voz das mulheres durante a guerra, etc. Além disso, valiosa é a seleção das cenas, os ambientes do refúgio, a fuga pelo pântano, etc.
Um ato de liberdade é uma abordagem atual, mas também dramática, como a temática da guerra impõe. Vale a pena assisti-lo pelas amplas possibilidades de discussão sobre as implicações de um estado de guerra. É um filme aberto. Ao expectador, cabe avaliar qual visão de mundo realmente deveria ter prevalecido para evitar uma guerra que, para muitos, foi a mais previsível de todas.
Fonte: O Girassol(crítica)
http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?editoria=%C3%9Altimas%20Not%C3%ADcias&idnoticia=7377
Atrás de uma lista de filmes, documentários e séries sobre o Holocausto? Confira em:
Filmografia do Holocausto
http://holocausto-doc.blogspot.com/2009/12/filmes-holocausto-nazismo-fascismo.html
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Enzensberger narra a vida do general que disse não a Hitler
Em 'Hammerstein' ou 'A Obstinação', autor alemão reconta história do país pela ótica familiar
Antonio Gonçalves Filho, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Como Döblin, o poeta alemão Hans Magnus Enzensberger, que está em São Paulo, onde faz palestras amanhã e terça, às 19h30, no Instituto Goethe, poderia ter contado a história da República de Weimar e da ascensão de Hitler por meio de um romance. Não o fez. Döblin optou pela narrativa épica. Enzenzberger elegeu a investigação jornalística combinada com um diálogo entre vivos e mortos - inventado, mas baseado em pesquisas. No caso, trata-se de uma conversa com os contemporâneos de uma das figuras de proa da República de Weimar, o general Kurt von Hammerstein-Equord, personagem do novo livro de Enzensberger, Hammerstein ou A Obstinação (Companhia das Letras, tradução de Samuel Titan Jr., 344 págs., R$ 53).
A obstinação do título diz respeito ao repúdio perpétuo do barão, general de infantaria e comandante do exército alemão de 1930 a 1934, à figura de Hitler. Contra o oportunismo de seus colegas que ajudaram o ditador a erguer a máquina de guerra chamada Wermacht, Von Hammerstein resistiu ao canto da sereia e pagou alto preço por isso, sendo chutado para o banco dos reservas um ano depois de Hitler ser nomeado chanceler.
Hammerstein ou a Obstinação é uma conclusão involuntária de Berlin Alexanderplatz, no sentido de revelar os bastidores políticos que levaram os alemães a apoiar um lunático. Curiosamente, o livro de Enzensberger começa em 1929, quando o livro de Döblin foi publicado. Nesse mesmo ano, o herói de Hammerstein foi escolhido chefe do Estado Maior das Forças Armadas, sendo rechaçado por partidos de direita, que não o viam como "patriota" - o militar, conhecido como o "general vermelho", era atacado como esquerdista pelo Völkischer Beobacher, jornal dos nazistas.
Enzensberger conta a história da Alemanha sob o nazismo por meio da história pessoal de Hammerstein, um pouco à maneira de Simon Schama no recente O Futuro da América, em que o historiador elege a figura do general Montgomery C. Meigs, herói da Guerra Civil americana, como ponto de partida para entender a tradição bélica dos EUA. Com melhores resultados do que Schama, evoque-se. Embora tenha começado sua pesquisa um pouco tarde, uma vez que muitas testemunhas dessa história já haviam morrido, o poeta consegue apresentar uma explicação mais que razoável para o colapso da República de Weimar, o fracasso da Resistência e o fascínio que até nobres como os filhos do general tinham pela utopia comunista. De certo modo, os filhos seguiram em frente na luta contra Hitler, engajando-se na Resistência. Enzensberger conclui que, sem famílias como as do general Hammerstein, a história alemã seria tragicamente outra.
Veja também: Leia trecho do livro
Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,enzensberger-narra-a-vida-do-general-que-disse-nao-a-hitler,387172,0.htm
Antonio Gonçalves Filho, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Como Döblin, o poeta alemão Hans Magnus Enzensberger, que está em São Paulo, onde faz palestras amanhã e terça, às 19h30, no Instituto Goethe, poderia ter contado a história da República de Weimar e da ascensão de Hitler por meio de um romance. Não o fez. Döblin optou pela narrativa épica. Enzenzberger elegeu a investigação jornalística combinada com um diálogo entre vivos e mortos - inventado, mas baseado em pesquisas. No caso, trata-se de uma conversa com os contemporâneos de uma das figuras de proa da República de Weimar, o general Kurt von Hammerstein-Equord, personagem do novo livro de Enzensberger, Hammerstein ou A Obstinação (Companhia das Letras, tradução de Samuel Titan Jr., 344 págs., R$ 53).
A obstinação do título diz respeito ao repúdio perpétuo do barão, general de infantaria e comandante do exército alemão de 1930 a 1934, à figura de Hitler. Contra o oportunismo de seus colegas que ajudaram o ditador a erguer a máquina de guerra chamada Wermacht, Von Hammerstein resistiu ao canto da sereia e pagou alto preço por isso, sendo chutado para o banco dos reservas um ano depois de Hitler ser nomeado chanceler.
Hammerstein ou a Obstinação é uma conclusão involuntária de Berlin Alexanderplatz, no sentido de revelar os bastidores políticos que levaram os alemães a apoiar um lunático. Curiosamente, o livro de Enzensberger começa em 1929, quando o livro de Döblin foi publicado. Nesse mesmo ano, o herói de Hammerstein foi escolhido chefe do Estado Maior das Forças Armadas, sendo rechaçado por partidos de direita, que não o viam como "patriota" - o militar, conhecido como o "general vermelho", era atacado como esquerdista pelo Völkischer Beobacher, jornal dos nazistas.
Enzensberger conta a história da Alemanha sob o nazismo por meio da história pessoal de Hammerstein, um pouco à maneira de Simon Schama no recente O Futuro da América, em que o historiador elege a figura do general Montgomery C. Meigs, herói da Guerra Civil americana, como ponto de partida para entender a tradição bélica dos EUA. Com melhores resultados do que Schama, evoque-se. Embora tenha começado sua pesquisa um pouco tarde, uma vez que muitas testemunhas dessa história já haviam morrido, o poeta consegue apresentar uma explicação mais que razoável para o colapso da República de Weimar, o fracasso da Resistência e o fascínio que até nobres como os filhos do general tinham pela utopia comunista. De certo modo, os filhos seguiram em frente na luta contra Hitler, engajando-se na Resistência. Enzensberger conclui que, sem famílias como as do general Hammerstein, a história alemã seria tragicamente outra.
Veja também: Leia trecho do livro
Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,enzensberger-narra-a-vida-do-general-que-disse-nao-a-hitler,387172,0.htm
Hitler quis assassinar Papa em represália à prisão de Mussolini
Cidade do Vaticano, 16 jun (EFE).- O ditador nazista Adolf Hitler queria assassinar
o papa Pio XII em represália à detenção do líder fascista italiano Benito Mussolini em julho de 1943, diz hoje o jornal dos bispos italianos, "Avvenire".
Em artigo intitulado "Julho de 43, Hitler queria eliminar Pio XII", a publicação da Conferência dos Bispos da Itália revela um plano organizado pelo quartel-General da Segurança do Reich, em Berlim.
A informação foi passada ao "Avvenire" por Niki Freytag von Loringhoven, filho de um dos personagens-chave desse plano, o coronel Wessel Freytag von Loringhoven.
Agora com 72 anos, contou ao jornal que entre os dias 29 e 30 de julho de 1943, houve em Veneza um encontro secreto entre o chefe da contra-espionagem alemã, Wilhelm Canaris, com seu colega italiano, general Cesare Amei, do qual o coronel participou.
Durante o encontro, os alemães - que segundo o "Avvenire" não nutriam "simpatia"
pelo regime nazista - informaram Amei sobre as intenções do führer de "se vingar" da prisão de Mussolini em julho de 1943 contra o rei Vitor Emanuel III ou o papa Pio XII.
De volta a Roma, o general italiano divulgou a notícia, que chegou aos ouvidos do embaixador da Alemanha perante a Santa Sé e, com isso, o plano foi abandonado, diz a publicação dos bispos.
Parte do papado de Pio XII (1939-1958) transcorreu durante os anos do nazismo. Muitos historiadores o acusam de ter sido antissemita e de não ter agido com mais força contra o regime de Hitler, algo sempre negado pelo Vaticano.
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1196449-5602,00-HITLER+QUIS+ASSASSINAR+PAPA+EM+REPRESALIA+A+PRISAO+DE+MUSSOLINI.html
Ler: Suplemento do Estadão

Em artigo intitulado "Julho de 43, Hitler queria eliminar Pio XII", a publicação da Conferência dos Bispos da Itália revela um plano organizado pelo quartel-General da Segurança do Reich, em Berlim.
A informação foi passada ao "Avvenire" por Niki Freytag von Loringhoven, filho de um dos personagens-chave desse plano, o coronel Wessel Freytag von Loringhoven.
Agora com 72 anos, contou ao jornal que entre os dias 29 e 30 de julho de 1943, houve em Veneza um encontro secreto entre o chefe da contra-espionagem alemã, Wilhelm Canaris, com seu colega italiano, general Cesare Amei, do qual o coronel participou.
Durante o encontro, os alemães - que segundo o "Avvenire" não nutriam "simpatia"

De volta a Roma, o general italiano divulgou a notícia, que chegou aos ouvidos do embaixador da Alemanha perante a Santa Sé e, com isso, o plano foi abandonado, diz a publicação dos bispos.
Parte do papado de Pio XII (1939-1958) transcorreu durante os anos do nazismo. Muitos historiadores o acusam de ter sido antissemita e de não ter agido com mais força contra o regime de Hitler, algo sempre negado pelo Vaticano.
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1196449-5602,00-HITLER+QUIS+ASSASSINAR+PAPA+EM+REPRESALIA+A+PRISAO+DE+MUSSOLINI.html
Ler: Suplemento do Estadão
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sábado, 20 de junho de 2009
E-mail de Von Brunn apareceu no CODOH
Em 2004, o CODOH* reproduziu um e-mail inflamado entitulado "Hora de limpar a memória de todos os Memoriais do "Holocausto"," escrito por ninguém menos que o futuro atirador do USHMM(Museu do Holocausto dos EUA), James von Brunn. Jonnie Hargis respondeu com aprovação ao spam de ódio em seu próximo post. A discussão foi preservada aqui e o e-mail também foi preservado aqui.
Notem especialmente que Hargis não tinha nenhum problema com von Brunn se descrever como sendo um Revisionista no cabeçalho da discussão. O que ocorre é que há poucas proibições ideológicas - à direita - para ser um "revisionista". Antissemitismo virulento certamente não é desencorajado.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/06/von-brunn-email-appeared-on-codoh.html
Tradução: Roberto Lucena
*Codoh: pros que não estão familiarizados com o site, o Codoh é um site de discussão gerido por negadores do Holocausto("revisionistas") com a falsa premissa de "livre discussão" sobre o Holocausto. Também apelidado de Cesspit pelo pessoal do Rodoh(o fórum antagônico ao Codoh).
Cesspit literalmente em português significa "fossa"(algo cheio de... bom, acho que vocês já sabem do que uma fossa é cheia, rsrs).
Ver também: A Rebelião dos Moonbats
Notem especialmente que Hargis não tinha nenhum problema com von Brunn se descrever como sendo um Revisionista no cabeçalho da discussão. O que ocorre é que há poucas proibições ideológicas - à direita - para ser um "revisionista". Antissemitismo virulento certamente não é desencorajado.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/06/von-brunn-email-appeared-on-codoh.html
Tradução: Roberto Lucena
*Codoh: pros que não estão familiarizados com o site, o Codoh é um site de discussão gerido por negadores do Holocausto("revisionistas") com a falsa premissa de "livre discussão" sobre o Holocausto. Também apelidado de Cesspit pelo pessoal do Rodoh(o fórum antagônico ao Codoh).
Cesspit literalmente em português significa "fossa"(algo cheio de... bom, acho que vocês já sabem do que uma fossa é cheia, rsrs).
Ver também: A Rebelião dos Moonbats
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