quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Himmler - O pior homem de Hitler (biografia)

Sempre quando dá, geralmente em posts sobre livros, eu dou umas alfinetadas nas editoras nacionais por não lançarem ou relançarem títulos importantes sobre segunda guerra, embora entenda o motivo pra deixarem isso um pouco de lado: a ênfase do público "leitor" por livros "amenos" e coisas do gênero. Mas quando lançam algo de peso vale sempre ser destacado e elogiado. Traduziram pro português a biografia em alemão do historiador Peter Longerich sobre Himmler.

Abaixo vou colocar o texto que saiu na Isto É (Revista) divulgando o lançamento, embora o livro fora mencionado aqui antes (Biografia exaustiva revela Heinrich Himmler, post de 2008) só que uma matéria apenas sobre o livro e não sobre o lançamento dele em português.

O discurso de Himmler em Posen (ou Poznan), Polônia ocupada, sobre o extermínio de judeus se encontra aqui traduzido:
Discurso de Himmler em Posen sobre o extermínio de judeus (pra ver mais posts clique na tag Discurso de Himmler em Posen)

Links em inglês:
THHP, Nizkor, Holocaust Controversies, áudio com legenda em inglês

O pior homem de Hitler

Biografia revela em detalhes o percurso sanguinário de Heinrich Himmler, idealizador dos campos de concentração nazistas que eliminaram dois terços dos judeus da Europa
Ana Weiss

Confira o trecho de um discurso feito em 1943, na Polônia, em que Himmler fala sobre o massacre dos judeus:

Adolescente mimado, baixinho e com problemas de estômago e relacionamento – que só aumentaram durante sua vida –, Heinrich Himmler sonhava empunhar uma arma no front, o que nunca aconteceu. A biografia do braço mais mortífero de Adolf Hitler, traduzida para o português, mostra que o menino de aparência doentia, o soldado frustrado, o agrônomo subalterno sem capacidade para se tornar independente dos pais foram camadas superficiais sobre o núcleo central da personalidade do organizador do genocídio nazista: o de manipulador das fraquezas humanas.

“Heinrich Himmler – uma Biografia” (Objetiva), escrito por Peter Longerich, professor de história moderna alemã na Universidade Real de Holloway, de Londres, foi considerado pela imprensa alemã e norte-americana a melhor pesquisa sobre uma personalidade da SS, a polícia-sustentáculo do regime de Adolf Hitler. O levantamento do historiador, uma das maiores autoridades em estudos do Holocausto, chega ao País em um volume de 909 páginas, que cerca por ângulos múltiplos a história do nazista de carreira, responsável direto pelo projeto de extermínio em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

No entreguerras, funcionário de uma fábrica de adubos nas redondezas de Munique, Himmler se filiou ao Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), ou Partido Nazista. O “frágil e apagado” filho de um funcionário público, que era sustentado pelas marmitas enviadas pela mãe, galgou uma carreira meteórica na Schutzstaffel, a SS, segundo o autor, usando de uma técnica simpática aos olhos do Führer: agradar a superiores e aterrorizar a todos que estão embaixo.

CARREIRISMO
Heinrich Himmler, em 1943, dois anos antes de ser capturado (acima), e nos anos 30, em visita a Dachau (abaixo). O modelo de prisão e
extermínio da Alemanha hitlerista lhe valeu acúmulo de cargos

Nomeado interinamente como primeiro superintendente da polícia de Munique, Himmler acelerou sua ascensão dando início às detenções em massa de civis em 1933. Foi um dos pioneiros no uso da custódia preventiva (prisão de pessoas por tempo indeterminado sem nenhum controle judicial). Subiu por isso a assessor político do Ministério do Interior, o que colocava sob a sua alçada toda a polícia política do Estado. Nesse contexto, criou, em uma antiga fábrica de pólvora na cidade de Dachau, o campo de concentração que serviu de modelo de aprisionamento, tortura, humilhação, morte e incineração dos supostos inimigos do regime hitlerista. Em menos de um mês de funcionamento, conta o livro, a palavra Dachau dispensava qualquer apresentação em território alemão.

O sucesso do empreendimento de Himmler levou à criação dos demais campos, que passaram a ocupar também outros países europeus, concentrando atividades que ajudavam-no a ter cada vez mais o Reich em suas mãos: linhas de produção de armamentos, experiências biológicas com cobaias humanas e assassinatos coletivos em câmaras de gás. Até a prerrogativa de espancar e matar prisioneiros serviu de moeda ao líder: ganhavam o direito de bater, violar e matar por decisão própria apenas os que fossem promovidos à alta patente. Subordinados só matariam com autorização superior.

ESPECIALISTA

O livro é a primeira tradução de Peter Longerich no Brasil

Um regulamento disciplinar penal criado por ele pregava que, nos campos, qualquer conduta que fosse interpretada como tentativa de provocação ou rebelião poderia ser punida com a morte. Foram milhões delas – a incineração de cadáveres em escala industrial nunca permitiu a contagem exata das baixas. Segundo o historiador, poucos homens fizeram tanto pela Solução Final – eufemismo hitlerista para a extinção dos judeus – como o soldado frustrado Heinrich Himmler.

Quanto mais temido, mais Himmler subia no pódio nazista. O autor mostra que na procura por assessores e funcionários privilegiava “existências fracassadas”, formando assim um séquito de funcionários gratos e endividados. Um deles foi Theodor Eicke, que o chefe da SS tirou “do ponto mais baixo da sua existência” para ocupar o disputado posto de inspetor dos campos de concentração. Funcionário de patente inferio da SS, Eicke recebeu a proposta de emprego quando cumpria prisão por construir explosivos para uso pessoal no horário de trabalho. Foi necessário um atestado médico comprovando saúde mental para libertar e contratar o novo subordinado. Quem assinou a liberação foi o médico Werner
Heyde, nomeado depois chefe de laudos de descendência genética (atestados da impureza racial de judeus, ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais, eslavos e representantes ou simpatizantes dos partidos extintos pelo regime vigente). A promoção seguinte o levou ao posto de líder das mortes por eutanásia. Hitler chamava de eutanásia a “concessão do assassinato por misericórdia diante de doenças incuráveis”. Cabia à SS detectar e diagnosticar tais deformações que “enfraqueciam a raça humana”.

O autor tenta se eximir de conclusões psicológicas sobre o líder. Mas fala de uma moral dupla e volta sempre às técnicas desenvolvidas para a humilhação e o terror, que muitas vezes transcendiam seu projeto profissional. Uma das conclusões de Longerich é que o extermínio nazista era apenas o primeiro passo de Himmler rumo a um derramamento de sangue maior. O projeto foi interrompido em 1945. Capturado pelos aliados com seus assessores, ordenou que todos permanecessem vivos (as altas patentes viviam munidas de cápsulas de cianureto para o suicídio em caso de captura). Apresentou-se ao inimigo como líder, comeu um lanche e então se envenenou, abandonando seus subordinados.

Fonte: Isto É (Revista)
http://www.istoe.com.br/reportagens/325388_O+PIOR+HOMEM+DE+HITLER

domingo, 22 de setembro de 2013

Mulher grega pisando em garota cigana em Atenas - foto se torna viral

por Maria Arkouli em 17 de setembro de 2013, tags: Culture, Media, News, Racism, Society

Músicos de rua na Grécia

Uma fotografia de uma dona de loja feminina pisando uma garota cigana (Roma) música de rua numa passarela de pedestres sob a Acrópole para mandá-la embora virou viral na Internet e forçou as autoridades gregas a investigar o abuso.

O local é frequentado por crianças ciganas (Roma) que são colocadas lá para pedir trocados, tocar música para doações ou venda de flores, atividades que na Grã-Bretanha são encontradas fazendo por até $ 160,00 por criança, tornando-se um negócio muito lucrativo.

A foto foi tirada pelo fotógrafo da Associated Press Dimitris Messinis em um dos mais movimentados pontos turísticos de Atenas, perto da principal estação de metrô e do Novo Museu da Acrópole. Não foi relatado por que a mulher queria a menina fora da área, mas isso aconteceu na frente de muitas testemunhas.

A imagem é chocante: uma mulher está pisando uma menina que toca o acordeão para forçá-la a ir para fora do ponto, talvez porque a menina a "ofendeu" esteticamente.

Depois do alvoroço causado pela publicação da fotografia, do Departamento de Proteção à Criança da Segurança da Ática lançou uma investigação para tentar encontrar a mulher.

Fonte: Greek Reporter
http://greece.greekreporter.com/2013/09/17/woman-kicking-girl-pic-goes-viral/

Comentário: não preciso comentar esta foto, a imagem fala por si. Só fica o aviso aos fascistinhas cagões que vez por outra deixam mensagens racistas com fakes por não terem coragem de assumir o que escrevem (comentários racistas) com o nome, se vierem escrever besteira aqui não terão comentário algum publicado, não baterei boca com lixo covarde e defensor desse tipo de imundície que não assume sequer o que escreve. Sejam ao menos homens pra escrever com o nome as imundícies que defendem (duvido que façam isso).

sábado, 21 de setembro de 2013

Uma matança nazi com 24 vítimas republicanas (França)

A divisão SS Das Reich assassinou em junho de 1944 a 640 habitantes da população francesa de Oradour-sur-Glane (Limousin). Apesar das múltiplas homenagens recebidas pela República francesa nenhuma autoridade espanhola honrou as vítimas republicanas

ALEJANDRO TORRÚS Madrid 15/09/2013 11:08 Atualizado: 15/09/2013 11:18

FORO POR LA MEMORIA DE GUADALAJARA
Em 10 de junho de 1944, a companhia de granadeiros panzer, integrada dentro da divisão SS Das Reich chegaram ao pequeno povoado francês de Oradour-sur-Glane (Limousin). A unidade, que acaba de combater na frente Leste na II Guerra Mundial, tinha que se dirigir agora pro norte do país para lutar nas praias da Normandia. As ordens eram implacáveis. Nada nem ninguém podia se interpôr em seu caminho. Praticamente os 640 habitantes desta pequena localidade da campina francesa foram assassinados. Entre eles, 24 exilados da República espanhola.

"Aquele foi um massacre completamente absurdo. Os "historiadores" negacionistas querem fazer crer que eram represálias em razão dos explosivos, mas foi intimidação pura. Queriam subir rápido para ajudar na batalha da Normandia e no caminho cometeram uma autêntica violação dos direitos humanos", explica ao jornal Público Jean-Louis Schmitt-Perrin, membro do Ateneu Republicano de Limousin.

Concretamente chegaram 287 membros da SS a bordo de seus veículos blindados. Logo após chegarem estabeleceram um cordão ao redor da localidade e se reuniram com o prefeito. O pretexto é que o povo tinha um depósito de armas da resistência francesa e portanto fariam um registro. As mulheres e crianças, em torno de 450, foram trancados na Igreja, e amontoados. Os homens foram divididos em grupos e foram assassinados com armas automáticas. Os cadáveres foram molhados com gasolina e as casas arrasadas com granadas.

"Ao ouvir os disparos os pais de algumas crianças da escola da comarca correram até o povoado para ver o que se passava. Os soldados os deixaram passar e uma vez dentro os assassinaram a todos também. Segundo testemunhos de povoados vizinhos, houve soldados que negaram a entrada aos pais e lhes explicaram que se entrassem iriam morrer", prossegue Schmitt-Perrin

Os ruídos e o cheiro do massacre começaram a chegar à igreja, onde permaneceram as mulheres e as crianças. O pânico proliferou e começaram as tentativas de fuga. Mas ninguém podia escapar com vida. Eram as ordens. Os soldados dispararam através das portas e lançaram várias bombas que terminariam por aniquilar as mulheres e crianças.

"No dia seguinte apareceram corpos de bebês colocados no interior do confessionário, onde suas mães lhes havia tentando esconder de maneira desesperada", explica. Houve mortes por queimaduras, por desmembramento depois da explosão, por asfixia, por esmagadura ou cozidos literalmente.

Sobreviventes

Só duas mulheres conseguiram escapar da fogueira em que se converteu a igreja. Uma delas, a mais jovem das duas, não pode seguir. Teve as pernas quebradas ao cair e foi assassinada ali mesmo pouco depois; a única sobrevivente foi uma mulher mais velha que havia conseguido saltar e escapar antes que os soldados percebessem sua presença.

No resto do povoado, dos mais de 200 homens, somente seis escaparam com vida, todos eles feridos. Caídos ao chão entre os corpos cravados de bala, conseguiram se afastar do aglomerado de vítimas antes de que o fogo acabasse com eles.

Os republicanos espanhóis e a inexistente homenagem

Entre as 640 vítimas da SS, encontravam-se 25 republicanos espanhóis que haviam encontrado refúgio nesta pequena localidade depois da guerra civil espanhola. A maioria estava instalada no povoado desde 1941, mas também havia outros exilados republicanos espanhóis que formavam parte de um Grupo de Trabalhadores Estrangeiros (GTE). "Esses grupos se compunham de refugiados ou deslocados em idade militar, sujeitos às autoridades de ocupação e que prestavam seus serviços como trabalhadores agrícolas ou locais", explica o jornalista Xulio García Bilbao, que visitou Oradour-sur-Glane neste verão.

As vítimas da tragédia de Oradour-sur-Glane foram homenageadas em diversas ocasiões. De fato, o lugar foi declarado lugar de memória pela República francesa e praticamente todos os presidentes franceses, desde De Gaulle a Hollande, visitaram a localidade para prestar homenagem às vítimas do nazismo. E assim, também visitaram o local diversos chefes de Estado da Alemanha.

Contudo, as vítimas espanholas só receberam uma homenagem. A do governo da República espanhola no exílio que em 1945 instalou na zona uma placa com os nomes dos espanhóis falecidos pelas mãos dos nazistas. Nenhum mandatário da Espanha democrática pós-Franco esteve no lugar.

"Para eles a história é muito simples de se interpretar - lamenta Schmitt-Perrin -, o que aconteceu na Espanha compete só à Espanha e o que aconteceu na França é entre franceses e alemães. Para eles, a explicação da história é muito fácil".

As famílias espanholas

O que segue na continuação é uma lista das famílias espanholas que morreram em Oradour-sur-Glane. Esta informação foi facilitada pelo Foro pela Memória de Guadalajara.

A família Gil Espinosa era formada pelo casal, uma parente da esposa e as duas filhas gêmeas de 14 anos. Eram originários de Alcañiz, onde muito possivelmente participaram na coletivização. Seus nomes e idade: Francisco Gil Egea (cerca de 50 anos), sua esposa Francisca Espinosa (49 anos), sua parente Carmen Espinosa Juanos (30 anos), e as filhas Francisca e Pilar Gil Espinosa (14 anos).

A família Lorente Pardo, mãe e dois filhos, procediam de Barcelona e levavam na França desde o êxodo de 1939; a mãe, Antonia, era de Murcia. Seus nomes: Antonia Pardo (29 anos), Nuria Lorente Pardo (9 anos) e Francisco Lorente Pardo (11 anos).

As irmãs Emilia e Angelina Masachs, de 11 e 8 anos, eram de Sabadell e haviam perdido seus pais; encontravam-se recolhidas pelas outras famílias espanholas.

A família Serrano Pardo estava refazendo sua vida na França. O pai, José Serrano Robles (29 anos) era maestro de escola e havia marchado para o exílio com sua esposa María Pardo. Suas três filhas haviam nascido na França; a pequena Armonía Serrano Pardo (nascida em 4/6/41, quer dizer, que tinha apenas 3 anos) e as gêmeas de 1 ano de idade, Esther e Paquita Serrano Pardo.

A família Téllez Domínguez vinha de Barcelona. O pai, Domingo Téllez (45 anos) era de Saragoça e se encontrava em Oradour com sua esposa María Domínguez (31 anos), e seus filhos Miguel (11 anos), Armonía (8 anos) e o pequeno Liberto, de dois anos, nascido em Oradour.

Por último, também se encontrava a espanhola Carmen Silva, de 39 anos, era de Bilbao e estava casada com o francês Robert Pinede.

*FOTOS: FORO PELA MEMORIA DE GUADALAJARA

Fonte: Publico (Espanha)
http://www.publico.es/468291/una-matanza-nazi-con-24-victimas-republicanas
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sugestão de leitura: o crime metódico, de G. Zastavenko

Capa do livro em português.
Imagem colhida na internet.
Há muito tempo que deveria ter feito esse post mas acabava, ou esquecendo, ou deixando pra depois e nunca fazia, que é sobre um livro chamado "O crime metódico", editado/organizado por G. Zastavenko, que saiu no Brasil com tradução de Zeferino Coelho há várias décadas e não foi relançado.

Vou ficar devendo a fonte da informação e a citação é de cabeça, mas aparentemente o livro original é russo, pois há uma versão em russo desse livro (em cirílico, alfabeto russo) e o editor/organizador aparentemente é russo, só que não há muita informação sobre ele. O livro foi provavelmente traduzido do russo pro francês pois sua edição é antiga e em francês e também muito provavelmente depois a tradução brasileira deve ter sido feita em cima dessa edição em francês. O Daniel tem o livro e pode dar mais informações sobre ele.

Para mais informações, o livro está catalogado no Worldcat e no site idreg no link abaixo (mais detalhadamente), segue o título dele em francês:
Le crime méthodique. Documents eclairant la politique de l'Allemagne nazie en territoire sovietique de 1941 a 1944/ [Documents réunis par: G. Zastavenko .... et al.]

E conforme citei acima (li as 'infos' enquanto escrevia o post), o livro é de 1963 (bem antigo) e foi escrito originalmente em russo (informações no link acima).

Livros como esse não são relançados no Brasil enquanto são lançadas porcarias "revisionistas" como o livro do Suvorov (um "revisonista" russo que tenta florear a imagem de Hitler), The Chief Culprit. Este fórum VNN é um fórum neonazi/racista estrangeiro, coloquei o link dele propositalmente pra mostrar como os "revis" adoram este tipo de livro. E pra me antecipar para evitar ler mais cretinice de "revi", um aviso pros mesmos, poupem-me de bla bla bla (retórica) tentando florear o pilantra do Suvorov, esse cara é um picareta e não a toa é ídolo do credo "revi". Mesmo porque vocês não discutem, só fazem pregação e não sou religioso.

Mas deixando esses pontos divergentes de lado, a sugestão é pra quem não tenha ouvido falar no livro ler os trechos do livro colocados no blog do Daniel, Avidanofront, que tem vários posts com trechos importantes do livro que é farto em documentação, clique no link e confira: http://avidanofront.blogspot.com.br/search?q=crime+met%C3%B3dico

A sugestão também vai pros revimanés (vulgo "revis" ou negacionistas), para ao invés de lerem besteira em sites antissemitas/neofascistas que negam o Holocausto (pra reforçar suas crenças paranoides), lerem um livro de verdade sobre segunda guerra.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Manifestações na Grécia em clima de tensão após assassinato neonazista

Publicação: 18/09/2013 14:07 Atualização:

Professores gritam palavras de ordem em Tessalônica,
em um protesto de funcionários públicos gregos.
Foto: Sakis Mitrolidis/AFP Photo    
Cerca de 20.000 funcionários públicos em greve participaram em passeatas nesta quarta-feira em todo o país contra os planos do governo de reestruturar a função pública, em um clima de tensão após o assassinato de um rapper antifascista por um neonazista.

Segundo a polícia, 10.000 pessoas manifestaram em Atenas e 7.000 em Salônica, segunda maior cidade do país.

Na capital, a maioria dos manifestantes eram professores e funcionários da saúde. A passeata aconteceu durante a tarde no centro da cidade.

"Não à destruição do Estado social", gritavam os manifestantes.

Esta greve de 48 horas, que recebeu a adesão de trabalhadores de diferentes setores, teve início na segunda-feira.

O descontentamento social voltou a surgir na Grécia após o anúncio do governo, pressionado pelos credores (UE-BCE-FMI), de que demitirá 4.000 funcionários e colocará outros 25.000 "em disponibilidade" até o final do ano.

"A luta vai continuar para pôr fim à pobreza, a miséria, o desemprego, a austeridade, a chantagem e as demissões no (setor) privado e no público (...) e as políticas bárbaras de austeridade", afirmou a central do setor privado GSEE.

As manifestações acontecem em um clima de tensão após a morte na terça-feira à noite de um homem de 34 anos, militante de uma organização de extrema-esquerda, que foi esfaqueado por um integrante do partido neonazista Amanhecer Dourado.

O suspeito, detido com uma faca, admitiu o homicídio e reconheceu pertencer a um partido político. A polícia informou que se trata do partido neonazista Amanhecer Dourado.

A vítima, Pavlos Fyssas, faleceu no hospital, onde foi internada em estado grave, depois de uma briga por volta da meia-noite no bairro de periferia de Keratsini, ao oeste de Atenas. Ele era rapper e integrava um pequeno partido de extrema-esquerda, Antarsia.

O porta-voz do governo, Simos Kedikoglou, denunciou o ato, assim como os principais partidos políticos, enquanto o Amanhecer Dourado negou envolvimento no crime e denunciou uma "exploração política" do caso.

"Se o governo grego e o primeiro-ministro Antonis Samaras não forem capazes de reprimir a conduta hedionda do Amanhecer Dourado, teremos uma presidência (da União Europeia) inaceitável", alertou o presidente do grupo socialista no Parlamento Europeu, Hannes Swoboda, evocando a rotação da presidência da UE em janeiro.

"Nós manifestamos em massa contra as políticas de austeridade, mas também devemos enfrentar os fascistas e o Amanhecer Dourado, que são manipulados pelo regime para quebrar toda a resistência dos cidadãos", considerou Panayiotis Mouzios, presidente do sindicado de engenheiros do serviço público.

Várias organizações de defesa dos direitos Humanos, antirracistas e de esquerda convocaram "uma manifestação antifascista" em Keratsini para esta noite

Para esses militantes, a responsabilidade pelo crescimento do Amanhecer Dourado deve-se ao governo do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras e "das ações da polícia contra os imigrantes".

Devido às políticas de austeridade e à explosão do desemprego desde o início da crise em 2010, o Amanhecer Dourado, que possui 18 dos 300 assentos no Parlamento, está em ascensão.

Sobre o Amanhecer Dourado pesa a suspeita de ter organizado ataques contra imigrantes, o que o partido nega, e vários de seus deputados são acusados de violência.

Fonte: AFP - Agence France-Presse/Diário de Pernambuco
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2013/09/18/interna_mundo,462957/manifestacoes-na-grecia-em-clima-de-tensao-apos-assassinato-neonazista.shtml

Ativista é assassinado por militante de partido neonazista na Grécia

Um rapper e ativista de esquerda foi assassinado nesta madrugada por um neonazista do grupo Amanhecer Dourado, que conta com 18 cadeiras no Parlamento, no Pireu, município vizinho a Atenas (Grécia).

O crime causou consternação no país em um momento de alta tensão social e em plena jornada de greves. A polícia realizou revistas nos gabinetes da legenda. Todos os partidos políticos condenaram o assassinado e pediram medidas contra a formação neonazista.

A vítima, Pavlos Fryssas, um conhecido cantor de hip-hop de 34 anos, estava com amigos em uma cafeteria após terem assistido o jogo entre o Olympiacos e o Paris Saint Germain pela Liga dos Campeões.

Segundo a imprensa grega, a disputa começou com uma discussão sobre futebol mas derivou para temas políticos.

O autor do ataque pegou uma faca e golpeou a vítima no tórax. Segundo a polícia, o ativista morreu pouco depois no hospital.

Este "assassinato selvagem demonstra a personalidade e os objetivos do partido neonazista", declarou o ministro grego de Ordem Pública, Nikos Dendias.

O ministro afirmou que nos próximos dias haverá uma iniciativa legislativa para revisar os artigos 185 e 191 do Código Penal grego, que descrevem o que se entende legalmente por "organização criminosa" e por "grupo armado" e pediu a colaboração de "todas as forças democráticas" e de "todos os cidadãos".

O líder da oposição, o presidente do partido de esquerda Syriza, Alexis Tsipras, pediu calma perante possíveis reações de grupos de esquerda e disse que o primordial é uma "mobilização democrática" e não cair em provocações de grupos que querem desestabilizar o Estado.

"O Amanhecer Dourado deve ser tratado como o que é, um grupo criminoso", afirmou em comunicado o partido social-democrata Pasok, sócio de governo do primeiro-ministro, o conservador Antonis Samaras.

O autor do crime pertencia, segundo testemunhos de vários moradores, dos "camisas negras", um grupo de militantes do Amanhecer Dourado acusado de centenas de agressões, especialmente contra imigrantes, depois do êxito do partido neonazista nas eleições do ano passado.

Na semana passada, um grupo de 50 "camisetas negras" agrediu militantes do Partido Comunista em Perama, bairro próximo lugar do assassinato desta madrugada, e nove pessoas ficaram feridas.

Os autores das agressões não foram detidos e grupos de defesa dos direitos humanos criticaram a polícia por sua falta de interesse em investigar a atividade dos "camisas negras".

O Amanhecer Dourado classificou de "calúnias" todas as acusações contra o grupo.

Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/ativista-e-assassinado-por-militante-de-partido-neonazista-na-grecia,e36f555f66d21410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

PF faz operação no Grande Recife contra pornografia infantil e neonazismo na internet

PF faz operação no Grande Recife contra pornografia infantil e neonazismo na internet
Publicado em 17.09.2013, às 08h45

Do NE10

Vários equipamentos foram apreendidos e passarão
por perícia. Foto: PF/Divulgação
A Operação Rede Limpa II, que combate os crimes de pornografia infantil e ódio na internet, foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), nessa segunda-feira (16), para cumprir quatro mandados de busca e apreensão nos bairros de Iputinga e Barro, no Recife, e Marcos Freire, em Jaboatão dos Guararapes.

Foram apreendidos nove discos rígidos, três notebooks e um aparelho de compartilhamento de sinal de internet. O material passará por perícia. Se for encontrado conteúdo pornográfico envolvendo criança e adolescente e apologia ao neonazismo, os responsáveis poderão ser indiciados.

Pelo crime de possuir ou armazenar fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, podem ser condenados a pena que varia de um a quatro anos de reclusão. Se enquadrados na Lei 9.459/97 - por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito -, podem ter pena de reclusão de um a três anos.

Os proprietários dos imóveis onde os objetos foram apreendidos chegaram a ser levados para a sede da PF, no Centro do Recife, mas foram liberados após serem ouvidos. A orientação da PF é que os responsáveis pela assinatura ou distribuição de internet banda larga tomem supervisionem o acesso de parentes ou amigos que utilizam seus computadores para a prática de crimes virtuais, evitando assim serem envolvidas.

A ação realizada pela Polícia Federal nessa segunda foi resultado de três inquéritos policiais instaurados no ano passado, quando foi publicado um vídeo em que há discriminação, além de outras imagens de pornografia infantil. Como elas foram veiculadas no Youtube no Orkut, o perfil e informações sobre os suspeitos foram repassadas à PF pelo Google. A Operação Rede Limpa I foi deflagrada em janeiro deste ano.

Fonte: Jornal do Commercio (vídeo com a reportagem no link, com delegado da PF)
http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/grande-recife/noticia/2013/09/17/pf-faz-operacao-no-grande-recife-contra-pornografia-infantil-e-neonazismo-na-internet-442986.php

Observação 1: eu ia colocar esta matéria ontem mas como havia a outra do Rudolf Hess, por isso achei melhor colocá-la depois. Mas voltando ao assunto, e isso não é uma crítica a ação policial (pelo contrário, seria bom que ela coibisse mais os bandos que circulam na rede com propaganda filonazista e assemelhados, negação do Holocausto), mas geralmente quando há esse tipo de ação costuma-se mostrar o material com conteúdo neonazi nas matérias.

Outro ponto visível é que, em parte a ação contra neos geralmente é deflagrada por conta do outro problema citado que é a pornografia infantil quando são problemas diferentes, ambos graves, mas tratados com uma certa "hierarquia" (geralmente o neonazismo é tratado com descaso quando não deveria ser) criada pela histeria com assunto "x" e meio que negligenciando a questão da extrema-direita casca grossa e o racismo que ela prolifera no país criando conflitos, pois o retrospecto político e simbólico dos neos costuma ocasionar em mortes e gente gravemente ferida por emboscadas, fora o ódio regional derivado disso. Ou seja, não é algo que se resume a "aborrecentes" querendo bancar "nazista" malvadão na rede pra se auto-afirmar com os colegas como "valentão" (ou mero paspalho).

Os nomes dos envolvidos também não foram mencionados, algo que geralmente ocorre em operações deste tipo em outros estados. Por que a observação? Justamente por essas fatos: da área da matéria não se tratar de uma área de ocorrência desse tipo de fenômeno neonazi (que é o assunto do blog junto com o "revisionismo"), e sem querer ser pedante, mas já sendo, mas é uma área (cidade) que conheço bem pois nasci e fui criado também na mesma. Como outro ponto, nas imagens da matéria não aparenta haver um bando organizado agindo como há em outros estados do país com grupos organizados, e com uma incidência considerável.

Qual a importância disto? A importância é porque a ação de grupos organizados aumenta consideravelmente a gravidade do problema, e há fatores que dificultam esse tipo de coisa se alastrar em determinas áreas (Recife) que é o próprio histórico da cidade e sua formação cultural, o forte nativismo pernambucano (com forte aversão a "coisas de fora" em detrimento da cultura local, esse tipo de papagaiada nazi é vista como estrangeirismo e coisa de descendente de imigrante querendo se autoafirmar no país) como principalmente pela composição étnico-histórica do local. O grupo de descendentes de europeus predominante na formação de Pernambuco é o ibérico, sobretudo o português, demais grupos de descendentes de europeus são minoritários (e por favor, evitem de repetir aquela idiotice de mitologia de presença forte de descendentes de holandeses no Estado por conta do período conhecido como "período holandês", baboseira sem tamanho só que assunto pra outro post). Esse era um assunto que seria (ou será) tratado em outro post sobre o raio-x da extrema-direita no Brasil e os estados de incidência da mesma. A razão da citação é necessária pois a incidência do fenômeno neonazi no Brasil se dá com influência de elementos fascistas de colônias, e principalmente por influência do fascismo italiano (muita gente só mira pro "lado alemão" e meio que "ignora" esse fator do fascismo italiano), a presença italiana em Pernambuco é muito pequena.

E peço desculpas a todos por me estender noutro assunto abaixo mas não quero abrir um post só pra tratar isso. Quem quiser pode ficar só na parte de cima pois a parte abaixo é meio (ou totalmente) "off", mas essa apreensão em PE me trouxe inevitavelmente à mente uma lembrança de um texto 'meio' que atacando indiretamente o Estado e eu sinceramente não gostei da afirmação pois, além de não ter fundamento algum, pareceu-me provocação bairrista, e paciência um dia se esgota e minha paciência com esse tipo de provocação babaca já se esgotou faz tempo. Quem quiser só ler o comentário sobre o post não precisa ler o outro comentário abaixo.

Observação 2: Espero que, por conta desta apreensão (e parabéns à PF pela ação), não apareça mais comentários ridículos oportunistas como um que eu li uma vez (e é a primeira vez que alfineto o assunto aqui), há algum tempo (quem quiser procurar o texto acha fácil esta matéria que vou criticar apenas indiretamente), alegando que havia "neonazis" na "Terra de Lampião" (sic). Pra quem não conhece, o nome da cidade de Lampião é Serra Talhada, interior de Pernambuco (acho incrível essa tara com o cangaço, imagino Frei Caneca com chapéu de cangaceiro, daria um filme psicológico dos bons) . Eu confesso que não sabia se eu ria ou se tinha raiva do texto citando essa tosquice pois aparentemente a pessoa que disse isso não deve nem saber onde fica a "Terra de Lampião" (refiro-me a cidade e sua posição geográfica em Pernambuco, e não o Estado) e nem a composição étnica do Estado, sua história etc, e me pareceu que foi um certo comentário bairrista por conta de certas rixas históricas regionais (não irei mencionar as rivalidades históricas locais pois acho que esse post não cabe isso, já estou saindo muito do assunto do post mas às vezes é inevitável, mas pra quem tiver interesse, procurem pela história de qual era a rivalidade histórica de duas cidades no período do Brasil colônia que entenderão o comentário, e pra facilitar mais ainda, uma fica na Bahia e outra em Pernambuco, uma era muito próxima da Coroa Portuguesa e a outra foi atacada duramente por se opôr ao domínio português do território colonial, disso surgiu uma rixa secular entre dois estados).

E não querendo sair muito do assunto do post mas já sai completamente (infelizmente foi necessário pois não acho que fosse o caso de criar um post só pra isso), e sem querer ser chato também, mas já sendo, pra falar de Pernambuco com esse tipo de "anedota" ridícula ou invenção tosca que citei acima (citação ofensiva e intelectualmente desonesta), pra impressionar leigo que geralmente "acha" que "Nordeste" é nome de Estado e não de região, que acha (por preconceito e ignorância 'orgulhosa' da própria cretinice) a região é um bloco monolítico onde todo mundo comunga do "mesmo pensamento" e "sotaque" (porque a mídia reforça essa ideia e a maioria do povo brasileiro engole tudo que a TV aberta do país despeja, como gado), sinto lhes informar ainda que: Nordeste não é Estado da federação, não tem bandeira, não tem hino, não tem identidade própria e só foi criado na década de 30 do século XX (essa identidade forjada copia geralmente identidades do interior e muita coisa do sertão pernambucano ao mesmo tempo em que tenta suprimir o nome do Estado e sua importância histórica na formação do Brasil, jamais irei alimentar esse tipo de supressão da história e protagonismo de Pernambuco no país por conta de modismos bairristas criados). E sim, eu não concordo com essa identidade regional artificial usada em outros estados cheia de "vitimismo" no meio, sabe-se lá pra quê. Mas depois se discute isso pois não é assunto pra esse post (desculpem por ter saído tanto do assunto mas é que acabei me lembrando desses episódios e não achei necessário fazer um post só pra isso, mas se for o caso se faz depois, bola pra frente).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O misterioso arquivo de Rudolf Hess, segundo na hierarquia nazista

Selo com as iniciais de Rudolf Hess
está nos documentos
Durante a Segunda Guerra Mundial, Rudolf Hess viajou para a Escócia, levando consigo uma proposta de paz aos britânicos. Agora, um rascunho do que seria esse acordo está em leilão.

A história poderia ser o começo de um filme de James Bond: um homem recebe um telefonema anônimo. Um arquivo, que pode ser útil aos seus "projetos", é oferecido a ele, que deve procurar os documentos no dia seguinte, num determinado local. Ele vai ao local e, de fato, lá está o arquivo de um oficial do alto escalão nazista.

Isso aconteceu há 20 anos. O sinistro arquivo contém protocolos, anotações e cartas de Rudolf Hess, o segundo homem na hierarquia nazista. Os documentos são, provavelmente, da época em que Hess estava numa prisão britânica. Entre eles está um rascunho de um tratado de paz que Hess queria apresentar aos britânicos em maio de 1941, pouco antes do ataque dos alemães à União Soviética.

A história, que soa como a de um filme de espionagem, estava no site da casa de leilões Alexander Historical Auctions, especializada em artigos históricos. No entanto, ela não foi o suficiente para incentivar possíveis interessados a adquirir os documentos históricos, que foram a leilão na semana passada. A razão principal foi, provavelmente, o salgado preço, entre 500 mil e 700 mil dólares.
Arquivo contém cartas, transcrições e um rascunho do acordo de paz

Não um nazista qualquer

A importância desses documentos está em Rudolf Hess, que não era um nazista qualquer, mas um dos mais próximos colaboradores de Hitler, por muito tempo seu vice em caráter oficial. Em 1941, em meio à Segunda Guerra e pouco antes da invasão da União Soviética pela Alemanha, ele voou para a Escócia para negociar um acordo de paz bilateral com a Grã-Bretanha. O plano previa que a Europa ficasse com os nazistas, e os britânicos poderiam manter seu império em outras partes do mundo – somente as antigas colônias alemãs teriam de ser devolvidas.

Os britânicos, como se poderia esperar, não aceitaram a proposta. Hess foi imediatamente preso e permaneceu no país até 1946, quando foi julgado em Nurembergue por crimes de guerra e condenado à prisão perpétua. Em 1987, aos 93 anos, ele se suicidou na prisão para criminosos de guerra de Berlim-Spandau.

Esses são os fatos conhecidos. Mas ainda existem muitas incertezas: Hess levava mesmo a sério o seu plano de paz? Qual era o papel exato dele no regime nazista? Hitler estava ciente do plano? Ainda durante a guerra, Hess foi considerado mentalmente doente. Em cima disso ele baseou a sua estratégia de defesa em Nurembergue. Até hoje, é considerado por neonazistas um herói de guerra capturado pelos britânicos.
Rudolf Hess (segundo na primeira fila) no banco dos réus em Nurembergue

Os arquivos de Hess poderiam oferecer novas informações? "A História, de qualquer maneira, não será reescrita por eles. Mas talvez esses arquivos tragam uma nova perspectiva em relação a Rudolf Hess", comenta Achim Baumgarten, chefe da unidade para registro de coleções de origem privada do Arquivo Federal da Alemanha, em Koblenz. Há quase um ano, o arquivo recebeu uma cópia de uma pequena parte desses arquivos.

Provavelmente não foi um roubo

Baumgarten diz que os valores pedidos no leilão eram completamente exagerados, embora ele considere possível que os documentos realmente tenham sido escritos por Rudolf Hess. "Pelo menos, eu ainda não posso provar que o arquivo é falso", diz.

Há um ano, a casa de leilão Beck Militaria consultou Baumgarten sobre a veracidade do arquivo. A consulta fazia todo o sentido, já que o arquivo onde Baumgarten trabalha reúne inúmeros documentos sobre Rudolf Hess. "O que logo me chamou a atenção foi o carimbo em inglês 'most secret'", diz Baumgarten. Ele pensou que os documentos poderiam mesmo ser verdadeiros, possivelmente roubados do Arquivo Nacional Britânico. Mas este negou um possível roubo.

Baumgarten especula que Hess poderia ter feito cópias na prisão de sua carta ao rei britânico e de seu plano de paz – esses seriam os documentos que agora foram a leilão. Eles poderiam ter sido levados para fora da prisão por algum funcionário da penitenciária. Tudo isso é especulação. Os documentos originais, entregues por Hess aos oficiais britânicos, estão guardados na Grã-Bretanha. Ao menos até 2018, não estarão disponíveis ao público.

Falso ou original?

Ainda não se pode comprovar a autenticidade do arquivo

Baumgartem comparou a caligrafia das poucas páginas a que teve acesso com os documentos de Hess que se encontram no Arquivo Federal. A escrita é em linha reta, assim como a do vice de Hitler. "Certas letras, certos comprimentos de letra são os mesmos." O carimbo com o qual os documentos foram selados continha as iniciais RH.

Mas isso ainda não é suficiente para provar que o arquivo é mesmo verdadeiro, ressalta Baumgarten. "Para provar a autenticidade, o Departamento Federal de Investigações da Alemanha (BKA) precisaria fazer uma análise da tinta e do papel. Mas nunca tive os originais em mãos", completa. Sem essa análise, nada pode ser provado. Ainda assim, o Arquivo Federal gostaria de comprar esses documentos. "Mas não a esse preço", descarta Baumgarten.

Mas por que o Arquivo Federal não tem boas chances em leilões? "Muitas vezes saímos de mãos vazias, especialmente quando se trata de documentos de líderes nazistas", lamenta Baumgarten. Recentemente, o livro contábil privado de Hitler foi a leilão. "Esse documentos conseguem lances no mercado americano que são impossíveis para nós", afirma. Nos Estados Unidos, documentos são oferecidos no mercado privado por preços muito superiores "ao que nos parece ser apropriado e que poderíamos pagar", completa Baumgarten.

Muitas peças únicas surgem nos Estados Unidos. Elas foram levadas pelos soldados americanos estacionados na Alemanha. "As gerações seguintes encontram essas peças, não têm nenhum interesse por elas e as colocam em leilão." Por causa do tempo que já se passou, não é mais possível reclamar roubo, e o Arquivo Federal participa dos leilões como qualquer outra parte interessada.

O novo proprietário do livro contábil de Hitler vendeu uma cópia ao Arquivo Federal por 1.000 euros. Baumgarten espera que isso também aconteça com os arquivos de Hess.
DW.DE

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/o-misterioso-arquivo-de-rudolf-hess-segundo-na-hierarquia-nazista/a-17080699

domingo, 15 de setembro de 2013

Declarações de guerra judaicas contra a Alemanha

Após as eleições para o Reichstag de 05 de março de 1933, começaram as agressões violentas por parte da SA contra advogados, médicos e empresários judeus em vários lugares [na Alemanha]. Frequentemente também havia ações de boicote contra as firmas judaicas e armazéns. Em Berlim e em outros lugares os atos de violência também tiraram a vida de vários judeus, e muitos judeus foram presos. A imprensa estrangeira relatou em detalhes esta situação, com exageros ocasionais, especialmente em artigos anti-nazistas escritos escritos por imigrantes alemães. Contra tais relatórios, o jornal nacional-socialista Völkischer Beobachter circulou em 17 de março 1933 com um polêmico artigo sob o título "Começa a guerra judaica". Nas semanas seguintes a propaganda antijudaica da imprensa nacional-socialista e a polêmica antinazista de alguns jornais ingleses e norte-americanos se esbarraram.

Em 24 de março de 1933, o jornal Inglês boulevard Daily Express apareceu com o título "Judeia declara guerra à Alemanha" (Judea declares War on Germany"). Sob este título, no entanto, o jornal meramente fornecia relatórios sobre os protestos e ameaças de medidas de boicote por judeus ingleses e norte-americanos como uma reação às ações antijudaicas dos nacional-socialistas. Do lado nacional-socialista estas manchetes e outros relatórios, menos espetaculares, foram alegremente usados como um pretexto para uma grande ação de boicote contra os judeus alemães em 1 de Abril de 1933. O relatório sensacional do Völkischer Beobachter de 27 de março de 1933 com 200 carros com os dizeres de "Judeia declara guerra à Alemanha" pedindo boicotar produtos alemães e conduzidos através de Londres não foi em canto algum confirmado e nem mesmo comprovado com fotografias. Pelo contrário, a representação dos judeus residentes na Grã-Bretanha, o Conselho Judaico dos Deputados, declarou que não queria interferir com assuntos internos alemães (The Times de 27 de Março 1933). Ele deixou claro que as medidas de boicote e reuniões de protesto foram surtos espontâneos de indignação por pessoas individualmente, mas não organizadas pelo Conselho.

Como é sabido, as medidas antijudaicas da liderança nacional-socialista e a remoção dos judeus da sociedade alemã aumentaram nos anos seguintes e culminaram já antes da guerra no bárbaro massacre da Reichskristallnacht (Noite dos Cristais) em 8/9 de novembro de 1938.
Considerando esta atitude obviamente hostil do regime de Hitler contra os judeus, não é surpreendente que o presidente do Congresso Sionista Mundial e chefe da Agência Judaica para a Palestina, Dr. Chaim Weizmann, tenha dito ao primeiro-ministro britânico em agosto de 1939, tendo em vista o surto muito provável de guerra, que em caso de conflito os judeus estariam do lado da Grã-Bretanha e das outras democracias. A carta de Weizmann a Neville Chamberlain de 29 de agosto de 1939 teve a seguinte redação (que foi publicada junto com a resposta de Chamberlain no Times em 06 de setembro de 1939):
Muito honrado Sr. Primeiro-ministro,
Nesta hora de extrema crise, a consciência de que os judeus têm uma contribuição a dar para a defesa dos valores sagrados me impele a escrever-lhe esta carta. Desejo da forma mais expressa, reiterar a declaração de que eu e meus colegas de trabalho tenhamos emitido durante os últimos meses e, especialmente, na semana passada: de que os judeus ficarão ao lado da Grã-Bretanha e vão lutar ao lado das democracias.

É nosso desejo urgente fazer essas efetivas declarações. Gostaríamos de fazer isso de uma maneira que esteja em plena conformidade com os planos britânicos para ações e, portanto, subordinar a nós mesmos, em questões grandes e pequenas, à liderança de coordenação do governo de Sua Majestade. A Agência Judaica está preparada para participar da preparação imediata para o uso de trabalho judaico, capacitação técnicas, no que signifique auxílio etc.

A Agência Judaica ultimamente tem tido conflitos com o Mandato (Palestina) no campo político. Gostaríamos de deixar essas diferenças de opinião para trás em face dos problemas atuais maiores e mais urgentes. Viemos por este meio lhe pedir para receber essa declaração no espírito na qual foi feita.

Me sinto muito honrado, caro Sr. Primeiro-ministro,
Atenciosamente, Ch. W.
Com esta carta Weizmann reforçou a declaração do 25º Congresso Sionista, em Genebra (16 de 25 de agosto de 1939), que havia emitido e também afirmado que, apesar de todas as diferenças com o governo britânico relacionado com o seu mandato sobre a Palestina, a organização sionista nestes tempos ficaria ao lado da Grã-Bretanha e lutaria ao lado das democracias. Alguns dias mais tarde, depois que Hitler tinha de fato desencadeado a guerra e a Grã-Bretanha entrou em cumprimento das suas obrigações, a Agência Judaica emitiu o slogan "Essa guerra também é nossa guerra".

Em sua carta a Chamberlain, Weizmann pode, naturalmente, só falar em nome da organização que ele representava. A Organização Sionista Mundial, em 1939, composta por pouco mais de um milhão de judeus (pouco mais de 6 por cento de toda a população mundial judaica) e apenas uma fração dos judeus confessionais que viviam na época na Alemanha. Por isso, é absurdo afirmar que os judeus declararam guerra contra Hitler, em 1939, como foi feito pela propaganda nacional-socialista, e mais tarde pelos círculos da extrema direita, para justificar a destruição dos judeus na área de dominação nacional-socialista (nazista). A declaração de guerra só pode ser emitida pelo governo de um estado, nunca por uma organização de direito privado.

Além disso, o próprio Hitler em um discurso perante o Reichstag em 30 de janeiro de 1939 (ou seja, sete meses antes do início da guerra) tinha anunciado a destruição dos judeus da Europa. Ele disse textualmente (Völkischer Beobachter, edição de Munique, 31 de janeiro 1939):
E uma coisa que eu gostaria de afirmar neste dia vale a pena lembrar, talvez, não apenas para nós alemães: Eu, em minha vida, muitas vezes fui um profeta e, por isso fui ridicularizado. No tempo da minha luta pelo poder era a maioria do povo judeu que ria das minhas profecias de que eu iria um dia assumir a liderança do Estado e, portanto, de todo o povo na Alemanha e, em seguida, entre muitos outros problemas também resolver o judeu problema. Eu acredito que os judeus na Alemanha, entretanto se engasgaram com suas gargalhadas nesse momento.

Vou hoje voltar a ser um profeta: se a judiaria financeira internacional dentro e fora da Europa conseguir mais uma vez mergulhar as nações em uma guerra mundial, então o resultado não será um governo bolchevista na terra e, assim, a vitória dos judeus, mas a aniquilação da raça judaica na Europa.
Portanto, seria mais correto dizer que Hitler declarou guerra aos judeus, e não o contrário.

Eu traduzi o texto acima de um artigo de Hellmuth Auerbach publcado no livro de Wolfgang Benz et al, Legenden, Lügen, Vorurteile, 12ª edição 2002 pela dtv Munich, páginas 122-124.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: traduzido do alemão pro inglês por Roberto Muehlenkamp
Título: Jewish Declarations of War against Germany
http://holocaustcontroversies.yuku.com/topic/1834/Jewish-Declarations-of-War
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 14 de setembro de 2013

[Pausa Musical] - The Beatles - Real Love (a versão original)

Em dezembro de 1995 foi lançada mundialmente a série-documentário The Beatles Anthology (A Antologia dos Beatles) que retrata a trajetória da banda contada pelos mesmos. A série exibida durante cinco dias da semana encerrava com a regravação de Real Love, música de John Lennon, que já havia aparecido no documentário Imagine só que no formato original com violão.

O arranjo pra música com os quatro era inédito até a exibição na TV (não havia internet em larga escala no Brasil e a potência dela na época era pífia, por isso que o público só teve acesso à regravação quando passou a série na TV aberta no Brasil). A música ganhou arranjo dos três remanescentes só que com um problema que é desconhecido por muita gente, incluindo "fãs" (as aspas são meio que em tom irônico pois, se há uma banda com uma quantidade incrível de gente mala sem alça no Brasil que se diz "fã" da mesma, é desta banda inglesa, infelizmente, mas isso é um "capítulo" à parte. Deixemos pra lá... prosseguindo...), embora desse pra notar algo estranho na música: a velocidade da música foi alterada propositalmente pra ficar mais rápida, pra parecer mais "pop", e com isso parece que o tom da música também foi alterado. Estou citando por alto pois não irei reler a descrição do vídeo com a música na rotação original (quem quiser pode ler na descrição do vídeo na conta do cara que alterou a rotação da música pra rotação original).

Um fã no Youtube colocou a música com a voz do Lennon na rotação/velocidade original pra mostrar como ficaria se tivessem lançado dessa forma e não a versão alterada mais 'rápida' que afina a voz do Lennon e a torna meio estranha com os arranjos. O cara do Youtube manteve a velocidade do arranjo mas reduziu a velocidade da voz pra ficar com o som original, algo que os engenheiros de som não fizeram na época (a meu ver um "ato criminoso" com a obra). É incrível a diferença. Segue abaixo as duas versões, embora graças a turma do "copyright" os clipes da música foram removidos do Youtube (é difícil de encontrar embora achei um legendado em espanhol).

Há mais alguns detalhes sobre essa regravação caso alguém se interesse em ouvir a música: há dois clipes dela. Na exibição do Anthology o clipe é um, quando lançaram a música oficialmente em 1996 lançam com outro clipe com pequenas modificações. Além de que, no DVD, lançado anos mais tarde (não lembro de ter visto o VHS com a fita final da série), a ordem as músicas foi invertida, na TV, Real Love encerra a série, no DVD ela abre a série ao contrário de Free as a bird (se alguém quiser ver o clipe mesmo que com edição totalmente torta, de trás pra frente, por conta do copyright, link) que no DVD encerra a série. Alteração a meu ver bizarra pois a edição da TV aberta foi melhor com a ordem que escolheram pra lançamento das músicas.

Há mais outro detalhe: iriam lançar uma terceira música, composição do Lennon, com a voz dele, só que desistiram de lançar pois Real Love foi um fiasco em vendas, que é a música Grow old with me que ganhou arranjos de George Martin anos depois.

A versão que saiu no Anthology, mais rápida com a voz mais fina, com o clipe (pra acessar clique no link, não foi possível incorporar o vídeo aqui pra ouvir direto no post):
http://www.youtube.com/watch?v=U46Hz4E0CuA

Aqui a música com a voz na rotação original, com os arranjos como saíram (na rotação do CD de 1996), como deveria ter sido lançada, impressionante a diferença, dá pra ouvir mais nitidamente a voz do Lennon e o som é muito melhor.

Como a versão anterior (deixei o link abaixo da outra só pra mostrar a remoção) foi removida do Youtube ou pelo dono da conta (que era muito babaquinha e insuportável, apesar de ter feito esta contribuição com a música), aqui o link alternativo:
The Beatles - Real love (video clip). original pitch/key, final speed




Pra conferir as outras "Pausas", cliquem na tag "Pausa Musical".

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Grupo neonazi tortura e humilha jovens gays para postar vídeos e imagens em redes sociais

Alarmante situação na Rússia. Grupo neonazi tortura e humilha jovens gays para postar vídeos e imagens em redes sociais.

Aviso: vídeo abaixo contém cenas violentas, não recomendável a visualização por quem se choca muito com imagens de espancamento e tortura.

Foto tomada de: inoutpost.com
Um jovem homossexual foi agredido na Rússia por difundir propaganda de relações do mesmo sexo em redes sociais.

Os agressores que dizem lutar contra os pecados da sociedade contatam suas vítimas através de contas falsas do Facebook para acordar sitas com jovens e adultos homossexuais, e depois os obrigam a realizar atividades vergonhosas, humilham-nos e os golpeiam.

Artem Gorodilov é uma das últimas vítimas do grupo “Occupy Pedofilyaj” que foi ultrajado e obrigado a subir em um carro e viajar até o cemitério local de Kamensk-Uralsky, onde os agressores o submetiam a insultos e ameaças por ser homossexual e difundir propaganda gay através da internet.

Foto de: inoutpost.com
Seus captores o obrigaram a ficar ao lado da tumba de outro garoto homossexual que havia cometido suicídio meses antes depois de ter sido agredido também por este grupo.

Os ataques são colocados na internet para satisfação dos algozes.

Este e outros casos de agressão são provas evidentes da gravíssima situação que vivem os homossexuais na Rússia depois da aprovação da lei que proíbe a chamada «propaganda homossexual».

A despreocupação do governo e de 84% da população em relação aos ataques a pessoas homossexuais permite que isto continua acontecendo a cada dia mais atos como este na Rússia.

Este é um dos vídeos que mostra o abuso por parte do grupo neonazi a pessoas homossexuais.
Yotube/JohnAravosis


Publicado em 11 de setembro de 2013
Fonte: Redação NTN24

Fonte: NTN24 (Colômbia)
http://www.ntn24.com/noticias/en-rusia-un-grupo-neonazi-tortura-y-humilla-jovenes-gais-y-luego-postea-videos-de-las-victimas-en
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ataque neonazi à sede cultural da Catalunha em Madrid

Una quinzena de pessoas irromperam o centro, boicotando o ato e fazendo com que cinco pessoas tenham que receber assistência médica
Estrella Digital/EP, Sigam-nos em @Estrella_digit . 11/09/2013 | 21:53 h.

Fotogaleria: Ataque da extrema-direita
à sede Catalã em Madrid
Cinco pessoas teriam recebido assistência médica, entre elas uma garota de cinco anos, depois do boicote por parte de um grupo de homens com visual neonazi ao ato central da Diada (Dia) da Catalunha em Madrid, celebrado no Centro Cultural Blanquerna. Os fatos ocorreram às sete e meia da tarde no citado centro, localizado no número 44 da rua de Alcalá, quando o delegado da Generalitat da Catalunha em Madrid, Josep María Bosch, pronunciava um discurso.

Segundo fontes policiais, uma quinzena de pessoas irrompeu o centro cultural para boicotar o ato e lançaram algum tipo de gás. Proferindo palavras de ordem com "Catalunha é Espanha", mantiveram um embate com o deputado do CiU Josep Sánchez Llibre e com um câmara de televisão. Cinco pessoas que se encontravam no centro, onde havia entre 60 e 70 espectadores, precisaram de assistência médica, entre elas uma garota de cinco anos. Três delas necessitaram ser transportadas para hospitais.

Assim, médicos do Summa-112 atenderam uma pessoa com uma crise nervosa, e outra por contusões e uma terceira por irritação ocular e as transportaram para hospitais distintos da capital, segundo informaram à Europa Press um porta-voz da Emergência 112 da Comunidade de Madrid. Por sua parte, facultativos do Samur-Proteção Civil atenderam uma mulher e uma criança de cinco anos que apresentava irritação nos olhos pelo efeito do gás. As duas estavam bem e foram atendidas e receberam alta no lugar, segundo confirmaram fontes da Emergência Madrid à Europa Press.

Depois do incidente, o Samur, em coordenação com a Polícia Nacional, despachou uma equipe NRBQ (Quebec) para determinar o tipo de gás empregado pelos assaltantes e o nível de toxidade do mesmo. O local foi isolado enquanto são feitos esses trabalhos.

Ver o vídeo da agressão (há vídeos mais completos com a parte do gás):


Fonte: Europa Press (Espanha)
http://www.europapress.es/nacional/noticia-grupo-estetica-neonazi-ataca-sede-cultural-cataluna-madrid-celebracion-diada-20130911202902.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Cinco heridos tras un asalto de radicales a la sede madrileña del centro catalán Blanquerna (20minutos.es, vídeo completo)
Seis detenidos tras el ataque radical al centro cultural Blanquerna en la Diada (Elmundo.es)
Ataque ultraderechista al centro cultural Blanquerna (Dalealplay.es, vídeo completo)
Ataque "neonazi" a la sede cultural de Cataluña en Madrid (Estrelladigital.es, Espanha)

sábado, 7 de setembro de 2013

Morre Rochus Misch, ex guarda-costas de Hitler

Capa do livro com o testemunho de Rochus Misch,
ex-guarda costas de Hitler
Foto: Reprodução RFI
Morreu nesta sexta-feira em Berlim Rochus Misch, 96 anos, guarda-costas de Adolf Hitler, e uma das únicas testemunhas vivas dos últimos momentos que antecederam o suicídio do Führer no fim da guerra.

Misch, oficial adjunto da SS, a polícia nazista, morreu de um ataque cardíaco em sua casa em Berlim, segundo sua família. Poucos dias antes do fim da guerra, ele estava encarregado do atendimento telefônico na chancelaria.

Em seus depoimentos, que deram origem a um livro e a um DVD, ele contesta as versões de jornalistas e historiadores sobre os últimos momentos antes da queda de Hitler.

"Era menos 'teatral' do que normalmente é descrito. O pior, era o silêncio. Todo mundo falava em voz baixa e ninguém sabia o porquê. Para mim era o bunker da morte", declarou.

Questionado, sobre os melhores momentos de sua vida, Misch costumava mostrar fotos da residência de Hitler na Bavária. "Sim, foi o melhor período da minha vida. Maravilhoso, como estar de férias. O chefe sempre estava relaxado neste lugar", conta.

"No fim da guerra, se alguém queria falar com Hitler, seja Goebbels, Göring ou algum outro, era preciso passar por mim. Eu que atendia os telefonemas", descreve.

Michus conta ter visto no dia 30 de abril de 1945 os corpos de Hitler e Eva Braun depois do suícidio serem levados para jardim da Chancelaria para serem incinerados.

Preso em 1945, Misch passou nove anos nos campos soviéticos. O ex-capitão da SS Günther Schwägermann, que hoje tem 98 anos, ex-auxiliar de Goebbels, é o último sobrevivente do bunker.

Fonte: RFI (Portugal)
http://www.portugues.rfi.fr/europa/20130906-morre-rochus-misch-ex-guarda-costas-de-hitler

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Corporações e cooperação com os nazistas

Corporações e cooperação com os nazis

Pergunta:

Prezado Sr. / Sra. Estou trabalhando agora em um ensaio de história com o tema "Indústria e organizações alemães (Daimler Benz, Siemens, Deutsche Bank, Krupps, Volkswagen ...) [German Industry and organisations (Daimler Benz, Siemens, Deutsche Bank, Krupps, Volkswagen...)], sua cooperação, seu trabalho e sua influência sobre o partido nazista, ou apenas o contrário. Tenho grande dificuldade em encontrar informações sobre esse assunto. Muito obrigado pelo seu tempo e ajuda.

Harry W. Mazal OBE responde:

Sou uma das pessoas que responde às perguntas enviadas ao nosso projeto. É possível que outros colegas meus também respondam.

Sua pergunta é muito complexa. A maioria das grandes empresas na Alemanha ajudaram os nazistas em sua busca por poder, e muitas colaboraram ainda mais com eles quando os nazistas conseguiram o controle total da Alemanha.

Começando com o grupo Krupp:

Visite as seguintes páginas de nosso site:

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t134.htm

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t135.htm

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t136.htm

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t137.htm

http://www.holocaust-history.org/works/imt/01/htm/t138.htm

e você vai obter algumas informações relevantes sobre a influência do grupo Krupp na Alemanha nazista.

Daimler-Benz:

Um livro foi publicado descreve o seu papel no regime nazi:

Daimler-Benz in the Third Reich
Neil Gregor
c. 1998, Yale University Press (New Haven and London)
ISBN 0-300-07243-0

O trecho abaixo foi tirado da sobrecapa:
[...] Gregor primeiro traça a história da empresa Daimler-Benz desde a sua formação, em 1926, ao longo dos anos de crise da depressão, e examina como as oportunidades oferecidas pelo rearmamento nazista na década de 1930 a levou a uma rápida expansão e um aumento dos seus lucros. O seu foco principal, no entanto, é na própria guerra. Aqui, ele demonstra que a empresa conseguiu explorar as demandas da economia de guerra ao mesmo tempo em que situava suas operações mais vantajosas para a retomada da atividade comercial em tempos de paz. De fato, um argumento central do livro é de que, apesar dos bombardeios dos Aliados, a Daimler-Benz AG emergiu da guerra em boa forma e com uma estratégia operacional clara, o seu inventário em grande parte intacto e o núcleo de suas linhas de produção voltado para o mercado em tempos de paz.

O livro revela que o interesse próprio e a auto-preservação foram os motivos principais por trás da aquiescência da empresa na exploração brutal do trabalho escravo - de civis, prisioneiros de guerra, de judeus e outras vítimas dos campos de concentração. Gregor argumenta que a capacidade da empresa para proteger seus interesses durante a guerra e gerir a transição para a paz baseava-se no conluio da barbárie racial do regime nazista, e que a empresa intensificou ativamente o interesse sobre o sofrimento das vítimas do Reich.
Volkswagen:

Existem vários livros sobre o papel da Volkswagen no Terceiro Reich. Vou citar alguns trechos breves destes:

Volkswagen Beetle: The Rise from the Ashes of War
Simon Parkinson,
c. 1996, Veloce Publishing PLC (Dorchester)
ISBN 1-874105-47-2
O Volkswagen Beetle (Fusca) surgiu como parte da política econômica do partido nazista conhecida como * Motoriserung *, apesar de sua origem anteceder a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha: o carro era a ideia do versátil designer (desenhista) austríaco Ferdinand Porsche.

[...]

Apoiar e estimular a embrionária Volkswagen veio em seguida, e não de um industrial, mas de um político. Adolf Hitler havia chegado ao poder como chanceler alemão em 30 de janeiro de 1933 ...

[...]

Porsche foi instruído para vir a Berlim em Maio de 1934 pra se reunir com Hitler e discutir o projeto volksauto. Este famoso encontro ocorreu no Hotel Kaiserhof.

[...]

A nova empresa, com a DAF [Deutsche Arbeits Front - uma organização nazista comandada pelo Dr. Robert Ley], apoiou a decisão de construir uma fábrica totalmente nova ... perto da aldeia de Fallersleben ... No Dia da Ascensão (26 de Maio) em 1938, em uma grande cerimônia, a pedra fundamental da nova fábrica foi colocada por Adolf Hitler.

[...]

(Durante a guerra) ... (o) número de trabalhadores estrangeiros de outras nacionalidades aumentou de forma constante. Estes trabalhadores estrangeiros estavam em três categorias, como segue abaixo:

1. *Auslandische Ziviarbeiter*: os trabalhadores estrangeiros que vieram para trabalhar em resposta a investimentos feitos em países ocupados. Mais tarde, muitos desses trabalhadores, que vieram de livre e espontânea vontade, foram obrigados a ficar. ...

2. *Kriegsgefangene*: prisioneiros de guerra, a maioria russos e poloneses.

3. *KZ Haftlinge*: O trabalho forçado de prisioneiros de campos de concentração. Havia um campo satélite de Neuengamme perto à Fallersleben. Alguns presos foram mantidos no barracão do pavilhão No. 1 na fábrica.

Os trabalhadores estrangeiros que chegaram ao KdF Stadt com os seguintes números:

1938: 3000 trabalhadores italianos na construção civil, muitos dos quais depois não foram autorizados a partir.
1940: 1500 deportados poloneses
1941: 850 prisioneiros de guerra russos
1942: 4000 trabalhadores deportados do leste. Os chamados *Ostarbeiter*, que usava um crachá com a letra 'O'.
1943: 1000 militares internos italianos, 1500 trabalhadores forçados franceses ... e 650 mulheres do campo de concentração de Neuengamme que foram mantidas na adega do Pavilhão 1 da fábrica.
1944: 300 belgas, 200 holandeses.

A composição (mistura) de trabalhadores alemães e estrangeiros mudou com a guerra em andamento:

1940: 80% alemães/20% estrangeiros
1941: 60% alemães/40% estrangeiros
1942: 31% alemães/69% estrangeiros
1943 27% alemães/73% estrangeiros
1944 29% alemães/71% estrangeiros
Espero que esta informação ajude a você começar seu projeto de pesquisa. Como você foi capaz de observar a partir da leitura acima, há uma enorme quantidade de informação sobre o assunto disponível em qualquer boa biblioteca.

Atenciosamente,

Retornar à lista de perguntas (FAQ)

Última modificação: 4 de setembro de 1999
Contato técnico/administrativo: webmaster@holocaust-history.org

Fonte: Holocaust History Project
http://web.archive.org/web/20130428094653/http://holocaust-history.org/questions/corporations.shtml
Tradução: Roberto Lucena

Ver também:
Trabalho escravo/forçado no nazismo - bibliografia

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Trabalho escravo/forçado no nazismo - bibliografia

O William perguntou aqui sobre material a respeito de trabalho escravo/forçado empregado pelas empresas alemães no período do nazismo. Há alguns pdfs de livros sobre o tema pela web. Em todo caso, segue abaixo links com a bibliografia sobre o tema, algumas informações e indicações de alguns livros. Não consta (exceto se houver citação nas referências nos links) livros em alemão.

Sobre o conjunto de empresas alemãs que empregaram mão de obra escrava durante o nazismo segue o link com uma lista grande delas (citei lista grande pois não vi o nome de algumas corporações como a Volkswagen na lista):
1. German Companies Participating in the Forced/Slave Labor Compensation Fund
2. German Firms That Used Slave or Forced Labor During the Nazi Era

Aqui abaixo tem uma lista de livros (referências) no verbete em inglês sobre trabalho escravo no nazismo:
Forced labour under German rule during World War II

Bibliografia sobre o assunto do site do USHMM (Museu Memorial do Holocausto):
Forced Labor (Forced Labor and Big Business e outras seções)

Texto interessante de Florian Ruhs sobre o trabalho forçado de eslovenos pelo III Reich:
Foreign Workers in the Second World War. The Ordeal of Slovenians in Germany

Site em inglês sobre o trabalho escravo no nazismo, 1939-1945:
Nazi Forced Labor – Background Information

Christopher R. Browning é historiador de renome sobre Holocausto e nazismo e tem livro só sobre a questão do trabalho escravo no nazismo:
1. Remembering Survival: Inside a Nazi Slave-Labor Camp
2. Nazi Policy, Jewish Workers, German Killers

Aqui tem um PDF de um simpósio sobre o assunto no USHMM com o C. Browning e vários outros historiadores só tratando do assunto, tem a lista de referências (livros) ao fim de cada capítulo, 134 páginas:
Forced and Slave Labor in Nazi-Dominated Europe (Symposium Presentations)

Em português, tradução de texto do Holocaust History Project (site) sobre o tema:
Corporações e cooperação com os nazistas

Artido do Le Monde (em inglês), de Frederic F Clairmont, sobre o trabalho escravo na Volkswagen:
Volkswagen’s history of forced labour

Trabalho escravo no programa espacial alemão da era nazista:
1. Andre Sellier. A History of the Dora Camp: The Untold Story of the Nazi Slave Labor Camp That Secretly Manufactured V-2 Rockets
2. Dora and the V2. Slave labor in the space age

Uso de trabalho escravo pela Shell (holandesa) e pela I.G. Farben (alemã) no nazismo, texto de John Donovan, em seis partes (tem todos os links no texto, essa é a sexta parte):
Royal Dutch Shell and the Nazi Part 6: I.G. Farben, Royal Dutch Shell and Nazi slave labor

Trabalho escravo no nazismo por países, site em inglês (referências do texto no final do mesmo):
Forced Labor by Jews under National Socialism

Um dos cabeças do emprego de mão-de-obra escrava no leste foi este aqui:
Odilo Globocnik, forgotten co-author of the Holocaust (by Joseph Poprzeczny)

Tem uma lista bibliográfica nesse artigo:
Exploiting the enemy: The economic contribution of prisoner of war labour to Nazi Germany during WWII (by Johann Custodis)

A questão da Ford e da GM dos EUA com o trabalho escravo no nazismo:
Ford and GM Scrutinized for Alleged Nazi Collaboration (By Michael Dobbs)

A Ford lucrou com trabalho escravo na Alemanha nazi
Ford 'profited from Nazi slave labour' (BBC)

Banco Suíço (UBS) explorou mão-de-obra escrava do nazismo
Swiss bank exploited Nazi slaves (BBC)

Trabalho escravo na BMW, site:
Munich-Allach: Working for BMW

Lista de firmas alemãs famosas que usaram trabalho escravo, Krupp, Bayer, Volkswagen, Daimler-Chrysler (Daimler-Benz), Opel, Hugo Boss (contém links de textos na matéria):
The Awful Truth, Sal vs BMW

Hugo Boss sobre o uso de trabalho escravo no nazismo:
1. 'Hitler's Tailor' Hugo Boss apologises for using slave labour to make Nazi uniforms
2. Hugo Boss comes clean on Nazi past

Lista de livros:

Livro: The Wages of Destruction: The Making and Breaking of the Nazi Economy (link scribd)
Autor: Adam Tooze

Livro: The Architecture of Oppression: The SS, Forced Labor and the Nazi Monumental Building Economy
Autor: Paul B. Jaskot

Livro: Business of Genocide: The SS, Slave Labor, and the Concentration Camps
Autor: Michael Thad Allen

Livro: Hitler's Slave Lords: The Business of Forced Labour in Occupied Europe
Autor: Michael Thad Allen

Livro: Less Than Slaves: Jewish Forced Labor and the Quest for Compensation
Autor: Benjamin B. Ferencz

Livro: Odilo Globocnik, Hitler's Man in the East
Autor: Joseph Poprzeczny

Livro: Jewish forced labor under the Nazis: economic needs and racial aims, 1938-1944 (link do H-net)
Autor: Wolf Gruner

Livro: Hitler's British Slaves
Autor: Sean Longden

Livro: Architects of Annihilation: Auschwitz and the Logic of Destruction
Autor: Götz Aly, Susanne Heim

Livro: Hitler's Foreign Workers: Enforced Foreign Labor in Germany Under the Third Reich
Autor: Ulrich Herbert

Atualização 1: 12.10.2013

Livro: Nazi Steel: Friedrich Flick and German Expansion in Western Europe, 1940-1944
Autor: Marcus O. Jones

Livro: Creating the Nazi Marketplace: Commerce and Consumption in the Third Reich
Autor: S. Jonathan Wiesen

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...