Internacional
Lusa
Os sucessos eleitorais do Partido Nacional-Democrático da Alemanha (NPD), principal força da extrema-direita alemã 'podem ter efeitos catalizadores' para os neonazis dispostos à violência, advertiu hoje em Berlim o presidente da Polícia Judiciária federal (BKA).
Joerg Ziercke sublinhou que, apesar de não haver uma 'ligação institucional” entre o NPD e os delinquentes neonazis, “há militantes deste partido envolvidos em actos de violência extremista, e que se destacam como delinquentes”.
“As pessoas em questão têm em média 24 anos, um baixo nível de qualificação, provêm de famílias pouco harmoniosas e, em regra, praticam delitos violentos”, disse o chefe da BKA.
De acordo com Joerg Ziercke, um estudo da Universidade de Dresden revelou que três quartos dos delitos violentos foram praticados em locais públicos, com especial incidência nas proximidades de estações ferroviárias, paragens de autocarros ou ruas com cervejarias.
Segundo dados da BKA, em 2009 registaram-se cerca de 20 mil delitos praticados por elementos da extrema-direita, entre os quais mil actos violentos.
Cerca de dois terços foram delitos de propaganda fascista ou neonazi, muitos dos quais com recurso á internet, através de servidores localizados no estrangeiro.
Desde a reunificação alemã, em 1990, a violência da extrema-direita fez 47 vítimas mortais, de acordo com as estatísticas oficiais.
Levantamentos efectuados pela imprensa alemã e por organizações anti-fascistas apontam, no entanto, para mais de 100 mortos às mãos de caceteiros neonazis na Alemanha, porque a polícia nem sempre atribui aos crimes carácter político.
A primeira vítima da violência nazi já na Alemanha reunificada foi o angolano Amadeu António Kiowa, espancado até à morte com bastões de basebol por neonazis em Dezembro de 1990 em Eberswalde, no leste do país.
Outro caso tristemente célebre foi a agressão neonazi que provocou a morte do moçambicano Alberto Adriano, em Junho de 2000, em Dessau, (leste).
Em Junho de 1998, o operário português Nuno Fontinha foi também espancado por um grupo de “hooligans” alemães, vindo a falecer meses depois, já em Portugal, em consequência dos graves ferimentos sofridos.
Fonte: Lusa/Correio do Minho(Portugal)
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=19689
domingo, 27 de dezembro de 2009
Alemanha: Êxitos eleitorais da extrema-direita catalizam violência neonazi, avisa chefe da polícia judiciária
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sábado, 26 de dezembro de 2009
Filmes - Holocausto - Nazismo - Fascismo - Segunda Guerra
Filmografia do Holocausto, segue abaixo uma lista de filmes, documentários e séries sobre o tema.
FILMES SOBRE O HOLOCAUSTO
Título no Brasil: Marcas da Guerra
Título em inglês: Fateless
Título Original: Sorstalanság
País: Hungria
Ano: 2005
Gênero: Drama
Diretor: Lajos Koltai
Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama
Diretor: Edward Zwick
Título no Brasil: Contrato Arriscado
Titulo Original: The Aryan Couple
País: Inglaterra
Ano: 2006
Diretor: John Daly
Título no Brasil: A Lista de Schindler
Titulo Original: The Schindler’s List
País: EUA
Ano: 1993
Diretor: Steven Spielberg
Título no Brasil: Cinzas da Guerra
Titulo Original: The Grey Zone
País: EUA
Ano: 2001
Diretor: Tim Blake Nelson
Título no Brasil: O Pianista
Titulo Original: The Pianist
País: EUA
Ano: 2002
Diretor: Roman Polanski
Título no Brasil: Kapo - Uma História do Holocausto
Titulo Original: Kapò
País: Itália/Iugoslávia/França
Ano: 1959
Diretor: Gillo Pontecorvo
Título no Brasil: Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Judgment at Nuremberg
País: EUA
Ano: 1961
Diretor: Stanley Kramer
Título no Brasil: O Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Nuremberg
País: EUA/Canadá
Ano: 2000
Diretor: Yves Simoneau
Título no Brasil: O Diário de Anne Frank
Titulo Original: The Diary of Anne Frank
País: EUA
Ano: 1967
Diretor: Alex Segal
Titulo em inglês(sem tradução pro português): Seventeen Moments of Spring
Título Original: Semnadtsat mgnovenij vesny
País: União Soviética
Ano: 1973
Diretor: Tatiana Lioznova
Título no Brasil: Fuga de Sobibor
Titulo Original: Escape from Sobibor
País: Reino Unido/Iugoslávia
Ano: 1987
Diretor: Jack Gold
Título no Brasil: Adeus, meninos
Titulo Original: Au Revoir, Les Enfants
País: França
Ano: 1987
Diretor: Louis Malle
Título no Brasil: Europa Europa
Titulo Original: Europa Europa
País: Alemanha/França/Polônia
Ano: 1990
Diretor: Agnieszka Holland
Título no Brasil: Trem da Vida
Titulo Original: Train de Vie
País: Bélgica/França/Holanda/Israel/Romênia
Ano: 1998
Diretor: Radu Mihaileanu
Título no Brasil: A Espiã
Titulo Original: Zwartboek
País: Alemanha/Holanda/Reino Unido
Ano: 2006
Diretor: Paul Verhoeven
Título no Brasil: O Refúgio Secreto
Titulo Original: The Hiding Place
País: EUA
Ano: 1975
Diretor: James F. Collier
Título no Brasil: Caçada a um criminoso
Titulo Original: The Man Who Captured Eichmann
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: William A. Graham
Título Original: Warsaw Story
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: Amir Mann
Título no Brasil: Bent
Titulo Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias
Título no Brasil: Perlasca, um herói italiano
Titulo Original: Perlasca, un eroe italiano
País: Itália
Ano: 2002
Diretor: Alberto Negrin
Título no Brasil: O Homem do prego
Titulo Original: The Pawnbroker
País: EUA
Ano: 1964
Diretor: Sidney Lumet
Título no Brasil: Amém
Titulo Original: Amen
País: França/Alemanha
Ano: 2002
Diretor: Costa-Gravas
Título no Brasil: Sophie Scholl - Os Últimos Dias
Titulo Original: Sophie Scholl - Die letzten Tage
País: Alemanha
Ano: 2005
Diretor: Marc Rothemund
Titulo Original: Ghetto
País: Alemanha/Lituânia
Ano: 2006
Diretor: Audrius Juzenas
Título no Brasil: Amor e Ódio
Titulo Original: La Rafle
País: França
Ano: 2010
Diretor: Rose Bosch
Trailer: Amor e Ódio (legendado)
Título no Brasil: Os Falsários
Titulo em inglês: The Conterfeiters
Título Original: Die Fälscher
País: Alemanha/Áustria
Ano: 2007
Diretor: Stefan Ruzowitzky
Título no Brasil: Bent
Título Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias
Título no Brasil: A Fita Branca
Título em inglês: The White Ribbon
Título Original: Das Weisse Band - Eine Deutsche Kindergeschichte
País: Áustria/Alemanha/França/Itália
Ano: 2009
Gênero: Drama
Diretor: Michael Haneke
Crítica: Omelete
Mais filmes? Confira o link:
http://www.orizamartins.com/Filmesguerra-.html
Registrar mais dois:
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3810514,00.html
DOCUMENTÁRIOS
Título no Brasil: Arquitetura da Destruição
Titulo Original: The Architecture of Doom
País: Suécia
Ano: 1989
Gênero: Documentário
Diretor: Peter Cohen
Título no Brasil: O Inimigo do meu Inimigo
Título em inglês:
Titulo Original: Mon Meilleur Ennemi
País: Franca, Grã-bretanha
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Diretor: Kevin Macdonald
Sinopse: "Em O Inimigo do meu Inimigo é revelada uma história paralela do mundo no pós guerra. Nesta versão há um nítido contraste de tudo que nos foi contado sobre a ideologia fascista. A história de Klaus Barbie, o torturador nazista mais conhecido como o Açougueiro de Lyon, foi um espião americano e uma importante ferramenta de regimes repressivos da direita na América Latina após a Segunda Guerra Mundial. A verdadeira relação entre os governos "ocidentais" e o fascismo se mostra de forma emblemática e simbólica."
Título Original: Anne Frank Remembered
País: Estados Unidos, Holanda, Inglaterra
Ano: 1995
Gênero: Documentário
Diretor: Jon Blair
Título no Brasil: Hôtel Terminus
Títulos em inglês: Hotel Terminus: The Life and Times of Klaus Barbie
Título Original: Hôtel Terminus: Klaus Barbie, sa vie et son temps
País: França, EUA
Ano: 1988
Gênero: Documentário
Prêmios: Vencedor de 1 Oscar(melhor documentário)
Diretor: Marcel Ophüls
Sinopse: "Documentário sobre Klaus Barbie, o chefe de Gestapo de Lyon, e a vida dele depois da Segunda Guerra."
Título no Brasil(tradução livre): Ascensão e Queda de Fred A. Leuchter
Título Original: The Rise and Fall of Fred A. Leuchter
País: EUA
Ano:
Gênero: Documentário
Diretor: Errol Morris
Verbete do filme na Wikipedia: Mr. Death
Título no Brasil: Noite e Neblina
Titulo Original: Nuit et Brouillard
País: França
Ano: 1955
Gênero: Documentário
Diretor: Alain Resnais
SÉRIES
Série: Apocalipse da Segunda Guerra Mundial
Título Original: Apocalypse: The Second World War
Episódios: 06
Produção: National Geographic Channel
http://www.natgeo.pt/programas/apocalipse-segunda-guerra-mundial
http://www.natgeo.pt/programas/especial-segunda-guerra-mundial
http://www.ngcasia.com/programmes/apocalypse-the-second-world-war
Série: Auschwitz - Os Nazis e a Solução Final
Título Original: Auschwitz: The Nazis and the 'Final Solution'
Episódios: 06
Produção: BBC
http://www.dvdpt.com/a/auchwitz_os_nazis_e_a_solucao_final.php
Série: Coleção Holocausto e Crimes da 2ª Guerra - Volumes 1, 2 e 3
Volume 1, documentários: "Nunca Mais", "Libertação 1945", "Eu Nunca te Esqueci"
Volume 2, documentários: "Genocídio", "Heróis Invisíveis", "Músicas do Coração"
Volume 3, documentários: "Em Busca da Paz", "O Longo Caminho para Casa", "Ecos do Passado"
País da produção: EUA
FILMES SOBRE O HOLOCAUSTO
Título no Brasil: Marcas da Guerra
Título em inglês: Fateless
Título Original: Sorstalanság
País: Hungria
Ano: 2005
Gênero: Drama
Diretor: Lajos Koltai
Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama
Diretor: Edward Zwick
Título no Brasil: Contrato Arriscado
Titulo Original: The Aryan Couple
País: Inglaterra
Ano: 2006
Diretor: John Daly
Título no Brasil: A Lista de Schindler
Titulo Original: The Schindler’s List
País: EUA
Ano: 1993
Diretor: Steven Spielberg
Título no Brasil: Cinzas da Guerra
Titulo Original: The Grey Zone
País: EUA
Ano: 2001
Diretor: Tim Blake Nelson
Título no Brasil: O Pianista
Titulo Original: The Pianist
País: EUA
Ano: 2002
Diretor: Roman Polanski
Título no Brasil: Kapo - Uma História do Holocausto
Titulo Original: Kapò
País: Itália/Iugoslávia/França
Ano: 1959
Diretor: Gillo Pontecorvo
Título no Brasil: Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Judgment at Nuremberg
País: EUA
Ano: 1961
Diretor: Stanley Kramer
Título no Brasil: O Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Nuremberg
País: EUA/Canadá
Ano: 2000
Diretor: Yves Simoneau
Título no Brasil: O Diário de Anne Frank
Titulo Original: The Diary of Anne Frank
País: EUA
Ano: 1967
Diretor: Alex Segal
Titulo em inglês(sem tradução pro português): Seventeen Moments of Spring
Título Original: Semnadtsat mgnovenij vesny
País: União Soviética
Ano: 1973
Diretor: Tatiana Lioznova
Título no Brasil: Fuga de Sobibor
Titulo Original: Escape from Sobibor
País: Reino Unido/Iugoslávia
Ano: 1987
Diretor: Jack Gold
Título no Brasil: Adeus, meninos
Titulo Original: Au Revoir, Les Enfants
País: França
Ano: 1987
Diretor: Louis Malle
Título no Brasil: Europa Europa
Titulo Original: Europa Europa
País: Alemanha/França/Polônia
Ano: 1990
Diretor: Agnieszka Holland
Título no Brasil: Trem da Vida
Titulo Original: Train de Vie
País: Bélgica/França/Holanda/Israel/Romênia
Ano: 1998
Diretor: Radu Mihaileanu
Título no Brasil: A Espiã
Titulo Original: Zwartboek
País: Alemanha/Holanda/Reino Unido
Ano: 2006
Diretor: Paul Verhoeven
Título no Brasil: O Refúgio Secreto
Titulo Original: The Hiding Place
País: EUA
Ano: 1975
Diretor: James F. Collier
Título no Brasil: Caçada a um criminoso
Titulo Original: The Man Who Captured Eichmann
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: William A. Graham
Título Original: Warsaw Story
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: Amir Mann
Título no Brasil: Bent
Titulo Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias
Título no Brasil: Perlasca, um herói italiano
Titulo Original: Perlasca, un eroe italiano
País: Itália
Ano: 2002
Diretor: Alberto Negrin
Título no Brasil: O Homem do prego
Titulo Original: The Pawnbroker
País: EUA
Ano: 1964
Diretor: Sidney Lumet
Título no Brasil: Amém
Titulo Original: Amen
País: França/Alemanha
Ano: 2002
Diretor: Costa-Gravas
Título no Brasil: Sophie Scholl - Os Últimos Dias
Titulo Original: Sophie Scholl - Die letzten Tage
País: Alemanha
Ano: 2005
Diretor: Marc Rothemund
Titulo Original: Ghetto
País: Alemanha/Lituânia
Ano: 2006
Diretor: Audrius Juzenas
Título no Brasil: Amor e Ódio
Titulo Original: La Rafle
País: França
Ano: 2010
Diretor: Rose Bosch
Trailer: Amor e Ódio (legendado)
Título no Brasil: Os Falsários
Titulo em inglês: The Conterfeiters
Título Original: Die Fälscher
País: Alemanha/Áustria
Ano: 2007
Diretor: Stefan Ruzowitzky
Título no Brasil: Bent
Título Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias
Título no Brasil: A Fita Branca
Título em inglês: The White Ribbon
Título Original: Das Weisse Band - Eine Deutsche Kindergeschichte
País: Áustria/Alemanha/França/Itália
Ano: 2009
Gênero: Drama
Diretor: Michael Haneke
Crítica: Omelete
Mais filmes? Confira o link:
http://www.orizamartins.com/Filmesguerra-.html
Registrar mais dois:
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3810514,00.html
DOCUMENTÁRIOS
Título no Brasil: Arquitetura da Destruição
Titulo Original: The Architecture of Doom
País: Suécia
Ano: 1989
Gênero: Documentário
Diretor: Peter Cohen
Título no Brasil: O Inimigo do meu Inimigo
Título em inglês:
Titulo Original: Mon Meilleur Ennemi
País: Franca, Grã-bretanha
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Diretor: Kevin Macdonald
Sinopse: "Em O Inimigo do meu Inimigo é revelada uma história paralela do mundo no pós guerra. Nesta versão há um nítido contraste de tudo que nos foi contado sobre a ideologia fascista. A história de Klaus Barbie, o torturador nazista mais conhecido como o Açougueiro de Lyon, foi um espião americano e uma importante ferramenta de regimes repressivos da direita na América Latina após a Segunda Guerra Mundial. A verdadeira relação entre os governos "ocidentais" e o fascismo se mostra de forma emblemática e simbólica."
Título Original: Anne Frank Remembered
País: Estados Unidos, Holanda, Inglaterra
Ano: 1995
Gênero: Documentário
Diretor: Jon Blair
Título no Brasil: Hôtel Terminus
Títulos em inglês: Hotel Terminus: The Life and Times of Klaus Barbie
Título Original: Hôtel Terminus: Klaus Barbie, sa vie et son temps
País: França, EUA
Ano: 1988
Gênero: Documentário
Prêmios: Vencedor de 1 Oscar(melhor documentário)
Diretor: Marcel Ophüls
Sinopse: "Documentário sobre Klaus Barbie, o chefe de Gestapo de Lyon, e a vida dele depois da Segunda Guerra."
Título no Brasil(tradução livre): Ascensão e Queda de Fred A. Leuchter
Título Original: The Rise and Fall of Fred A. Leuchter
País: EUA
Ano:
Gênero: Documentário
Diretor: Errol Morris
Verbete do filme na Wikipedia: Mr. Death
Título no Brasil: Noite e Neblina
Titulo Original: Nuit et Brouillard
País: França
Ano: 1955
Gênero: Documentário
Diretor: Alain Resnais
SÉRIES
Série: Apocalipse da Segunda Guerra Mundial
Título Original: Apocalypse: The Second World War
Episódios: 06
Produção: National Geographic Channel
http://www.natgeo.pt/programas/apocalipse-segunda-guerra-mundial
http://www.natgeo.pt/programas/especial-segunda-guerra-mundial
http://www.ngcasia.com/programmes/apocalypse-the-second-world-war
Série: Auschwitz - Os Nazis e a Solução Final
Título Original: Auschwitz: The Nazis and the 'Final Solution'
Episódios: 06
Produção: BBC
http://www.dvdpt.com/a/auchwitz_os_nazis_e_a_solucao_final.php
Série: Coleção Holocausto e Crimes da 2ª Guerra - Volumes 1, 2 e 3
Volume 1, documentários: "Nunca Mais", "Libertação 1945", "Eu Nunca te Esqueci"
Volume 2, documentários: "Genocídio", "Heróis Invisíveis", "Músicas do Coração"
Volume 3, documentários: "Em Busca da Paz", "O Longo Caminho para Casa", "Ecos do Passado"
País da produção: EUA
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Suposto complô neonazista é investigado na Suécia
ESTOCOLMO, 24 (ANSA) - Os serviços de inteligência suecos (SAEPO) investigam um suposto complô planejado por uma organização de extrema-direita(neonazistas) para atacar o parlamento e a residência do primeiro-ministro.
"Posso confirmar o fato de que temos recebido informações sobre um suposto complô contra o parlamento e a residência do primeiro-ministro", anunciou o portavoz da SAEPO, Patrick Peter. "Temos essas informações faz algum tempo e estamos indagando para obter mais", disse o portavoz, sem acrescentar detalhes.
O diário Aftonbladet publicou informações repassadas acerca de um plano para atacar o parlamento e as residências do premier e do chanceler.
O diário, que cita fontes anônimas, diz que o plano seria financiado com a venda da placa de ferro que tem gravada a legenda "Arbeit Macht Frei" ("O trabalho nos libertará", em alemão) roubada na sexta-feira passada do portão principal do campo de extermínio nazista de Auschwitz. O portavoz dos serviços suecos disse que "não tinha informação" sobre os indícios do diário.
Na terça-feira passada, a promotoria de Cracóvia, Polônia, anunciou que o roubo do símbolo da Shoá havia sido entregue por "um extrangeiro residente na Polônia" mas não confirmou as notícias publicadas pela imprensa polonesa que falavam de uma "pista sueca".
Na Suécia, são ativos numerosos grupelhos que professam a ideologia nazista.
GAT 24/12/2009 20:44
Fonte: Ansalatina.com
http://www.ansa.it/ansalatina/notizie/rubriche/mundo/20091224204435002684.html
Tradução: Roberto Lucena
"Posso confirmar o fato de que temos recebido informações sobre um suposto complô contra o parlamento e a residência do primeiro-ministro", anunciou o portavoz da SAEPO, Patrick Peter. "Temos essas informações faz algum tempo e estamos indagando para obter mais", disse o portavoz, sem acrescentar detalhes.
O diário Aftonbladet publicou informações repassadas acerca de um plano para atacar o parlamento e as residências do premier e do chanceler.
O diário, que cita fontes anônimas, diz que o plano seria financiado com a venda da placa de ferro que tem gravada a legenda "Arbeit Macht Frei" ("O trabalho nos libertará", em alemão) roubada na sexta-feira passada do portão principal do campo de extermínio nazista de Auschwitz. O portavoz dos serviços suecos disse que "não tinha informação" sobre os indícios do diário.
Na terça-feira passada, a promotoria de Cracóvia, Polônia, anunciou que o roubo do símbolo da Shoá havia sido entregue por "um extrangeiro residente na Polônia" mas não confirmou as notícias publicadas pela imprensa polonesa que falavam de uma "pista sueca".
Na Suécia, são ativos numerosos grupelhos que professam a ideologia nazista.
GAT 24/12/2009 20:44
Fonte: Ansalatina.com
http://www.ansa.it/ansalatina/notizie/rubriche/mundo/20091224204435002684.html
Tradução: Roberto Lucena
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Polônia investiga vínculo estrangeiro com roubo em Auschwitz
Por Wojciech Zurawski
CRACÓVIA (Reuters) - O autor intelectual do furto, na sexta-feira, do letreiro de metal sobre a entrada do antigo campo de extermínio de Auschwitz é um estrangeiro que não reside na Polônia, disseram promotores na terça-feira.
A polícia polonesa recuperou o letreiro em alemão, que diz "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta"), e prendeu cinco homens na manhã da segunda-feira por ligação com o roubo.
"O principal autor desse crime foi alguém que vive fora da Polônia e não tem cidadania polonesa", disse o promotor Artur Wrona em coletiva de imprensa, depois de os cinco suspeitos terem participado de uma reconstituição do roubo no campo.
"Nossas ações nos próximos dias serão voltadas a identificar essa pessoa, que reside em um país europeu", acrescentou.
Wrona se negou a dar mais detalhes ou a comentar relatos da mídia polonesa segundo os quais um colecionador suíço estaria envolvido no crime. As autoridades descreveram os cinco suspeitos como criminosos comuns sem vínculos com grupos neonazistas.
O roubo suscitou temores de uma possível motivação política, já que o letreiro é um símbolo potente do Holocausto cometido pelos nazistas contra os judeus.
"Eles fizeram pelo dinheiro. Sabiam onde estavam indo e para que, mas não tinham consciência real das reações que o furto causaria", disse Wrona.
A polícia exibiu o letreiro de metal, quebrado em três partes e retorcido, em coletiva de imprensa. Ela disse que os ladrões deixaram para trás o "i" final da palavra "frei".
PRISÃO
Wrona disse que os ladrões cortaram o letreiro de cinco metros de comprimento em três partes para que coubesse em seu carro esporte.
"Eles não eram especialistas, sua contratação custou relativamente pouco", disse ele.
Os ladrões podem pegar até dez anos de prisão por terem roubado e cortado o letreiro, feito por um prisioneiro polonês em Auschwitz em 1940-41. Hoje um museu, Auschwitz faz parte da lista da Unesco de patrimônios mundiais.
Cerca de 1,8 milhão de pessoas, em sua maioria judeus, morreram no campo de extermínio de Auschwitz - em polonês, Oswiecim - durante a ocupação da Polônia pela Alemanha nazista na 2a Guerra Mundial. Os prisioneiros que chegavam ao campo entravam por um pequeno portão de ferro sobre o qual se erguia o letreiro em arco.
O lema virou símbolo dos esforços dos nazistas para infundir um sentimento falso de segurança em suas vítimas, antes de assassiná-las.
Os prisioneiros de Auschwitz morreram nas câmeras de gás, de doenças, do frio, de fome ou em experimentos médicos.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/22/polonia-investiga-vinculo-estrangeiro-com-roubo-em-auschwitz-915316440.asp
CRACÓVIA (Reuters) - O autor intelectual do furto, na sexta-feira, do letreiro de metal sobre a entrada do antigo campo de extermínio de Auschwitz é um estrangeiro que não reside na Polônia, disseram promotores na terça-feira.
A polícia polonesa recuperou o letreiro em alemão, que diz "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta"), e prendeu cinco homens na manhã da segunda-feira por ligação com o roubo.
"O principal autor desse crime foi alguém que vive fora da Polônia e não tem cidadania polonesa", disse o promotor Artur Wrona em coletiva de imprensa, depois de os cinco suspeitos terem participado de uma reconstituição do roubo no campo.
"Nossas ações nos próximos dias serão voltadas a identificar essa pessoa, que reside em um país europeu", acrescentou.
Wrona se negou a dar mais detalhes ou a comentar relatos da mídia polonesa segundo os quais um colecionador suíço estaria envolvido no crime. As autoridades descreveram os cinco suspeitos como criminosos comuns sem vínculos com grupos neonazistas.
O roubo suscitou temores de uma possível motivação política, já que o letreiro é um símbolo potente do Holocausto cometido pelos nazistas contra os judeus.
"Eles fizeram pelo dinheiro. Sabiam onde estavam indo e para que, mas não tinham consciência real das reações que o furto causaria", disse Wrona.
A polícia exibiu o letreiro de metal, quebrado em três partes e retorcido, em coletiva de imprensa. Ela disse que os ladrões deixaram para trás o "i" final da palavra "frei".
PRISÃO
Wrona disse que os ladrões cortaram o letreiro de cinco metros de comprimento em três partes para que coubesse em seu carro esporte.
"Eles não eram especialistas, sua contratação custou relativamente pouco", disse ele.
Os ladrões podem pegar até dez anos de prisão por terem roubado e cortado o letreiro, feito por um prisioneiro polonês em Auschwitz em 1940-41. Hoje um museu, Auschwitz faz parte da lista da Unesco de patrimônios mundiais.
Cerca de 1,8 milhão de pessoas, em sua maioria judeus, morreram no campo de extermínio de Auschwitz - em polonês, Oswiecim - durante a ocupação da Polônia pela Alemanha nazista na 2a Guerra Mundial. Os prisioneiros que chegavam ao campo entravam por um pequeno portão de ferro sobre o qual se erguia o letreiro em arco.
O lema virou símbolo dos esforços dos nazistas para infundir um sentimento falso de segurança em suas vítimas, antes de assassiná-las.
Os prisioneiros de Auschwitz morreram nas câmeras de gás, de doenças, do frio, de fome ou em experimentos médicos.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/22/polonia-investiga-vinculo-estrangeiro-com-roubo-em-auschwitz-915316440.asp
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Sobreviventes recordam horrores do Holocausto durante julgamento
Por Christian Kraemer
MUNIQUE, Alemanha (Reuters) - John Demjanjuk reclamava de dores nas costas enquanto sobreviventes do Holocausto recordavam os horrores da Alemanha nazista no julgamento em que é acusado de ajudar a matar 27.900 judeus nas câmaras de gás em 1943.
O tribunal rejeitou uma moção da defesa para suspender o julgamento, mantendo o confinamento do homem que já esteve no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do Centro Simon Wiesenthal.
Promotores públicos alemães acusam Demjanjuk de ajudar nos assassinatos do campo de extermínio de Sobibor, na Polônia, onde ao menos 250 mil judeus foram mortos.
Antes, o homem de 89 anos sentou-se em silêncio em sua cadeira de rodas e não demonstrou emoção quando 12 pessoas, algumas com os olhos marejados e as vozes trêmulas, descreveram como sobreviveram ao Holocausto, quando outros morreram.
Após um recesso, autoridades colocaram uma cama na sala do tribunal para Demjanjuk, depois que um médico disse que ele havia reclamado de dores nas costas.
Um funcionário da prisão citado na edição de terça-feira no jornal Tageszeitung disse que Demjanjuk saía regularmente no pátio da prisão para os intervalos, ou com uma cadeira de rodas ou com a ajuda de um andador. Ele também lia os jornais ucranianos e preparava refeições com salada, disse o funcionário Michael Stumpf.
Demjanjuk nega que tenha se envolvido com o Holocausto e a família dele insiste que ele está muito frágil para enfrentar o julgamento.
'FERIDA ABERTA'
Philip Jacobs, de 87 anos, teve de receber ajuda para chegar ao banco das testemunhas, onde disse se sentir culpado por sobreviver ao Holocausto, quando seus pais e sua noiva morreram.
"Sobibor é uma ferida aberta", disse o ex-farmacêutico.
Outra testemunha, Robert Cohen, de 83 anos, cujo irmão e pais foram mortos em Sobibor, descreveu sua experiência nos campos da morte nazistas, incluindo Auschwitz.
"Não sabíamos o que estava acontecendo", disse o aposentado holandês durante a sessão matutina da corte. "Pensávamos que tínhamos de trabalhar".
Em razão da fragilidade de Demjanjuk, as audiências são limitadas a duas sessões de 90 minutos por dia. Esse é provavelmente o último grande julgamento de crimes de guerra da era nazista.
Demjanjuk nasceu na Ucrânia e lutou pelo Exército soviético antes de ser capturado pelos nazistas e recrutado como guarda de campo de concentração.
Ele emigrou para os Estados Unidos em 1951. Em maio, foi extraditado para a Alemanha.
Demjanjuk admitiu ter estado em outros campos nazistas, mas não em Sobibor, que, segundo os promotores, era dirigido por entre 20 e 30 membros das SS nazistas e cerca de 150 ex-prisioneiros de guerra soviéticos.
Nas câmaras de gás de Sobibor, judeus morriam entre 20 e 30 minutos depois de inalar uma mistura tóxica de monóxido e dióxido de carbono. Grupos de cerca de 80 pessoas eram forçados a entrar nas câmaras de gás, que mediam aproximadamente quatro metros quadrados.
O julgamento de Demjanjuk deve prosseguir na terça-feira.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/21/sobreviventes-recordam-horrores-do-holocausto-durante-julgamento-915303164.asp
Ler mais:
Justiça alemã retoma julgamento do criminoso nazista John Demjanjuk; EFE
MUNIQUE, Alemanha (Reuters) - John Demjanjuk reclamava de dores nas costas enquanto sobreviventes do Holocausto recordavam os horrores da Alemanha nazista no julgamento em que é acusado de ajudar a matar 27.900 judeus nas câmaras de gás em 1943.
O tribunal rejeitou uma moção da defesa para suspender o julgamento, mantendo o confinamento do homem que já esteve no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do Centro Simon Wiesenthal.
Promotores públicos alemães acusam Demjanjuk de ajudar nos assassinatos do campo de extermínio de Sobibor, na Polônia, onde ao menos 250 mil judeus foram mortos.
Antes, o homem de 89 anos sentou-se em silêncio em sua cadeira de rodas e não demonstrou emoção quando 12 pessoas, algumas com os olhos marejados e as vozes trêmulas, descreveram como sobreviveram ao Holocausto, quando outros morreram.
Após um recesso, autoridades colocaram uma cama na sala do tribunal para Demjanjuk, depois que um médico disse que ele havia reclamado de dores nas costas.
Um funcionário da prisão citado na edição de terça-feira no jornal Tageszeitung disse que Demjanjuk saía regularmente no pátio da prisão para os intervalos, ou com uma cadeira de rodas ou com a ajuda de um andador. Ele também lia os jornais ucranianos e preparava refeições com salada, disse o funcionário Michael Stumpf.
Demjanjuk nega que tenha se envolvido com o Holocausto e a família dele insiste que ele está muito frágil para enfrentar o julgamento.
'FERIDA ABERTA'
Philip Jacobs, de 87 anos, teve de receber ajuda para chegar ao banco das testemunhas, onde disse se sentir culpado por sobreviver ao Holocausto, quando seus pais e sua noiva morreram.
"Sobibor é uma ferida aberta", disse o ex-farmacêutico.
Outra testemunha, Robert Cohen, de 83 anos, cujo irmão e pais foram mortos em Sobibor, descreveu sua experiência nos campos da morte nazistas, incluindo Auschwitz.
"Não sabíamos o que estava acontecendo", disse o aposentado holandês durante a sessão matutina da corte. "Pensávamos que tínhamos de trabalhar".
Em razão da fragilidade de Demjanjuk, as audiências são limitadas a duas sessões de 90 minutos por dia. Esse é provavelmente o último grande julgamento de crimes de guerra da era nazista.
Demjanjuk nasceu na Ucrânia e lutou pelo Exército soviético antes de ser capturado pelos nazistas e recrutado como guarda de campo de concentração.
Ele emigrou para os Estados Unidos em 1951. Em maio, foi extraditado para a Alemanha.
Demjanjuk admitiu ter estado em outros campos nazistas, mas não em Sobibor, que, segundo os promotores, era dirigido por entre 20 e 30 membros das SS nazistas e cerca de 150 ex-prisioneiros de guerra soviéticos.
Nas câmaras de gás de Sobibor, judeus morriam entre 20 e 30 minutos depois de inalar uma mistura tóxica de monóxido e dióxido de carbono. Grupos de cerca de 80 pessoas eram forçados a entrar nas câmaras de gás, que mediam aproximadamente quatro metros quadrados.
O julgamento de Demjanjuk deve prosseguir na terça-feira.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/21/sobreviventes-recordam-horrores-do-holocausto-durante-julgamento-915303164.asp
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Justiça alemã retoma julgamento do criminoso nazista John Demjanjuk; EFE
Letreiro de Auschwitz foi levado por ladrões comuns
Letreiro de Auschwitz foi levado por ladrões comuns, não neonazistas
CRACÓVIA, Polônia — Os cinco ladrões que levaram o letreiro com a frase em alemão "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta) da entrada do antigo campo nazista de extermínio de Auschwitz (sul da Polônia) são criminosos comuns, que não pertencem a nenhum grupo neonazista, informou a polícia polonesa após recuperar a inscrição.
"Segundo as informações de que dispomos, nenhum dos cinco pertence a um grupo neonazista, nem é adepto das ideias", declarou à imprensa o comandante Andrzej Rokita, chefe de polícia da região da Cracóvia.
"São reincidentes, que já haviam sido condenados por roubo e agressão", completou.
A polícia polonesa anunciou na noite de domingo a recuperação do letreiro, roubado na sexta-feira, e a prisão de cinco pessoas.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jd95buSv8SoOU_fb9I2cu7CEbNhw
CRACÓVIA, Polônia — Os cinco ladrões que levaram o letreiro com a frase em alemão "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta) da entrada do antigo campo nazista de extermínio de Auschwitz (sul da Polônia) são criminosos comuns, que não pertencem a nenhum grupo neonazista, informou a polícia polonesa após recuperar a inscrição.
"Segundo as informações de que dispomos, nenhum dos cinco pertence a um grupo neonazista, nem é adepto das ideias", declarou à imprensa o comandante Andrzej Rokita, chefe de polícia da região da Cracóvia.
"São reincidentes, que já haviam sido condenados por roubo e agressão", completou.
A polícia polonesa anunciou na noite de domingo a recuperação do letreiro, roubado na sexta-feira, e a prisão de cinco pessoas.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jd95buSv8SoOU_fb9I2cu7CEbNhw
domingo, 20 de dezembro de 2009
Encontrada placa roubada do portão de Auschwitz
A polícia polonesa anunciou ter encontrado o infame "Arbeit Macht Frei", a placa roubada na sexta-feira do portão do ex-campo de extermínio de Auschwitz.
A porta-voz da polícia, Katarzyna Padlo, disse que a placa foi encontrada no norte do país. A polícia deteve cinco homens entre 25 e 39 anos, levados para a cidade de Cracóvia para interrogatório. Outro porta-voz, Dariusz Nowak, disse que a placa foi cortada em três partes, cada uma contendo uma palavra.
A polícia se recusou a divulgar maiores detalhes sobre as circunstâncias em que a placa foi recuperada e a motivação dos ladrões.
A placa foi levada do portão principal do memorial de Auschwitz antes do amanhecer de sexta-feira. Autoridades consideraram o caso uma prioridade e pediram ajuda à população em busca de informações.
Mais de um milhão de pessoas, principalmente judeus, mas também ciganos, poloneses e pessoas de outras etnias, morreram nas câmaras de gás de Auschwitz ou de fome ou de doenças enquanto eram submetidas a trabalhos forçados. Auschwitz foi construído pelos nazistas que ocuparam a Polônia durante a Segunda Guerra Mundial.
O campo, que se tornou o maior cemitério judeu, foi liberado pelo Exército Soviético em 27 de janeiro de 1945.
Fonte: AP
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4168512-EI294,00.html
Ler mais:
Auschwitz sign found in three pieces; Telegraph(Londres)
A porta-voz da polícia, Katarzyna Padlo, disse que a placa foi encontrada no norte do país. A polícia deteve cinco homens entre 25 e 39 anos, levados para a cidade de Cracóvia para interrogatório. Outro porta-voz, Dariusz Nowak, disse que a placa foi cortada em três partes, cada uma contendo uma palavra.
A polícia se recusou a divulgar maiores detalhes sobre as circunstâncias em que a placa foi recuperada e a motivação dos ladrões.
A placa foi levada do portão principal do memorial de Auschwitz antes do amanhecer de sexta-feira. Autoridades consideraram o caso uma prioridade e pediram ajuda à população em busca de informações.
Mais de um milhão de pessoas, principalmente judeus, mas também ciganos, poloneses e pessoas de outras etnias, morreram nas câmaras de gás de Auschwitz ou de fome ou de doenças enquanto eram submetidas a trabalhos forçados. Auschwitz foi construído pelos nazistas que ocuparam a Polônia durante a Segunda Guerra Mundial.
O campo, que se tornou o maior cemitério judeu, foi liberado pelo Exército Soviético em 27 de janeiro de 1945.
Fonte: AP
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4168512-EI294,00.html
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Auschwitz sign found in three pieces; Telegraph(Londres)
Do holocausto à esperança
Prisioneiro do mais terrível campo de concentração, Raymond Frajmund fugiu durante a Marcha da Morte. Reencontrou a família, mas, desiludido com a Europa, veio para o Brasil em 1953 e, desde 1960, vive em Brasília
Conceição Freitas
Publicação: 28/11/2009
Ele tem 82 anos e uma tatuagem no antebraço esquerdo: o número 133381 escrito em azul. Era sua identidade em Auschwitz, campo de concentração e extermínio que se tornou símbolo de um dos mais terríveis episódios da história da humanidade. Judeu, nascido na Polônia, criado na Bélgica, Raymond Frajmund é um bravo candango. Dos 15 aos 17 anos, foi prisioneiro das tropas de Hitler. Vive no Brasil desde 1953 e em Brasília desde 1º de junho de 1960.
"Num mundo que se destruía, aqui havia o que construir. Era uma cidade só com futuro, sem passado. Brasília era um lugar fora do perigo e das turbulências. Aqui era possível ser útil, ser necessário, ajudar"
Para entender o que a nova capital representou para este sobrevivente do holocausto, é preciso voltar ao lugar e ao tempo do horror. Raymond, que no Brasil virou Reimôn, vivia com os pais e a irmã em Bruxelas, na Bélgica. A irmã morreu em um bombardeio, durante a invasão alemã em 1940. Com identidade falsa, pais e filho esconderam-se em um apartamento na periferia da cidade até que, em 1942, Raymond foi preso em uma blitz e levado para Auschwitz, no Transporte 21, com outros 1.552 prisioneiros. Desses, 1.475 foram mortos logo que chegaram ao campo de concentração. Quando a guerra acabou, só 40 estavam vivos, entre os quais um único adolescente.
Foram dois anos de trabalhos forçados, ração de 200 calorias por dia e medo de ser o próximo a ir para a câmara de gás. Às vésperas da libertação dos prisioneiros de Auschwitz pelo exército russo, os alemães retiraram 4 mil presos e forçaram-lhes a uma longa caminhada, sob um frio de 20º abaixo de zero, durante vários dias. Raymond estava entre eles. No primeiro dia de fuga, os carrascos distribuíram a cada prisioneiro um pão de aproximadamente um quilo. Era tudo o que comeriam durante a Marcha da Morte, como ficou conhecida.
Numa das paradas, para recolher mais prisioneiros, o adolescente conseguiu fugir. “Não queria mais continuar daquele jeito. Queria morrer ou ser livre”. Raymond escondeu-se num barraco abandonado, dormiu no terceiro andar de um beliche e, quando acordou, encontrou outros fugitivos. Estava pesando 35 kg distribuídos em 1,70m. Dias depois, uma tropa de soldados russos encontrou aquele grupo de sobreviventes do holocausto e deixou-os partir. Estavam livres.
Depois de quatro meses de caminhada (a guerra continuava), Raymond finalmente chegou em casa, em Bruxelas. Reencontrou os pais, mas o filho não era mais o mesmo. Passado algum tempo, teve uma conversa com o pai: “Já trabalhei para o resto da minha vida, não vou trabalhar mais, não quero entrar nesse sistema. Não quero participar dessa farsa. Posso viver com um copo d’água e um pedaço de pão”. O polonês havia virado hippie antes mesmo de o movimento paz & amor se espalhar pelo mundo. O ex-prisioneiro do nazismo estava “p. da vida com a Europa, a Europa que nos massacrou. Estava realmente em divórcio com ela.”
Numa noite do ano de 1952, portanto, seis anos depois do fim da guerra, Raymond assistia a um concerto de música erudita do brasileiro Eleazar de Carvalho (1919-1996) em Bruxelas. Acostumado aos velhos maestros de longa cabeleira branca, ele estranhou a juventude do brasileiro a quem via de costas. Mais ainda quando ele começou a dançar ao ritmo da música. “Nunca havia visto um chefe de orquestra tão bonito, tão elegante, tão gracioso e tão jovem. Isso me tocou muito e eu me disse, naquele dia: ‘Preciso conhecer esse país’”. Até aquele concerto, Raymond nunca havia ouvido falar de um lugar chamado Brasil. No ano seguinte, o polonês irado com a Europa desembarcava no país do maestro dançarino.
Vida de fotógrafo
A foto famosa: os embaixadores da Noruega e da Austrália com seus secretários, na L2 Sul, a caminho da embaixada, em 7 de junho de 1960
Três anos depois, estava casado com Rose, brasileira filha de diplomatas franceses, artista plástica que ficara no país porque havia se apaixonado por um francês criado na Polônia, meio largado, meio zangado, muito desiludido e muito divertido. Raymond frequentava o meio cultural paulistano e foi nele que conheceu o jornalista Claudio Abramo, um dos mais importantes do país. Abramo estava com um problema: precisava enviar profissionais para a sucursal de Brasília do jornal O Estado de São Paulo, mas ninguém queria vir.
Raymond veio para ficar um ou dois meses. Nunca mais saiu. Uma semana depois de chegar, fez uma das fotos mais conhecidas da nova capital: a dos homens de fraque atravessando o cerrado bravio. A foto faz parte do acervo do Itamaraty. Eram os embaixadores da Noruega e da Austrália e dois secretários caminhando na L 2 Sul para a inauguração da primeira embaixada em Brasília, em 7 de junho de 1960. A partir de então, o jornal claramente contrário à mudança da capital passou a publicar diariamente “umas cinco fotos” sobre a cidade.
O jornal não havia mudado sua postura editorial. As fotos é que revelavam, sob o olhar de Raymond, o que de extraordinário acontecia no Planalto Central. “Depois de um mês, eu já me divertia muito. Era ótimo. Brasília era um encanto, uma aventura. Eu dormia num anexo do Brasília Palace Hotel. Acordava todas as manhãs com uma camada de dois milímetros de poeira sobre o lençol, o equipamento, tudo”. Dois meses depois, trouxe a mulher, Rose, para conhecer a capital moderna. Se ele havia gostado, ela se apaixonou: “Era um céu fascinante, um horizonte incrível”, diz ela, hoje, aos 78 anos, com os olhos faiscantes.
A cidade havia sido inaugurada dois meses antes, mas o ritmo ainda era de construção. “As máquinas trabalhavam dia e noite”. Pela primeira vez, Raymond teve a sensação “de participar de algo bonito, grandioso, livre.” O aventureiro que queria arrancar de si suas raízes com a Europa, que não queria se fixar em nenhum outro chão, teve pela primeira vez vontade de ter um filho e um pedaço de terra — vermelha, no caso. “Foi uma coisa muito forte. Tive a impressão de ter achado um porto seguro, um porto tranquilo, onde eu podia pensar, criar uma família”. Algum tempo depois, Raymond percebeu que quando veio para Brasília estava “à procura inconsciente de raízes.”
Enquanto a Europa tentava se recuperar de uma guerra que dizimou cidades inteiras e matou 50 milhões de pessoas, dos quais 6 milhões de judeus, o Brasil inventava uma nova cidade. “Num mundo que se destruía, aqui havia o que construir. Era uma cidade só com futuro, sem passado. Eu ainda estava machucado pela guerra. Brasília era um lugar fora do perigo e das turbulências. Aqui era possível ser útil, ser necessário, ajudar”.
Logo vieram as decepções. “Tudo o que a gente sonhava, imaginava, a ideia inicial de fazer uma cidade socialista num país capitalista foi uma utopia que não se realizou, se desfez pela cobiça do ser humano”. Quando veio o golpe militar, o ex-prisioneiro quis ir embora de Brasília e do Brasil. No dia da invasão da Universidade de Brasília, em agosto de 1968, o fotógrafo do Estadão chegou em casa vomitando. Recusava-se a aceitar o terror novamente. Dois anos depois, deixou o fotojornalismo e virou empresário.
“Brasília me deu um chão”, ele confere — 49 anos, dois filhos (Patricia e Jean-Claude) e três netos (Leon-Aaron, Chloe e João Maurício) depois. E guarda fortes lembranças, como a de ter sido o primeiro morador da SQS 305. “Uma quadra inteira pra mim, pude escolher o apartamento que eu queria. Escolhi um no terceiro andar, com o sol no nascente e perto de um posto de gasolina. Era pra ouvir algum barulho. Aqui era muito silêncio”. Mais significativa ainda é a presença de um importante personagem na vida de Raymond Frajmund: “Juscelino Kubitschek era um homem extraordinário. A sombra dele caía sobre a cidade. Adorávamos ele, ele representava o grande pai. Ele nos protegia.”
Fonte: Correio Braziliense
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/28/cidades,i=157661/DO+HOLOCAUSTO+A+ESPERANCA.shtml
Conceição Freitas
Publicação: 28/11/2009
Ele tem 82 anos e uma tatuagem no antebraço esquerdo: o número 133381 escrito em azul. Era sua identidade em Auschwitz, campo de concentração e extermínio que se tornou símbolo de um dos mais terríveis episódios da história da humanidade. Judeu, nascido na Polônia, criado na Bélgica, Raymond Frajmund é um bravo candango. Dos 15 aos 17 anos, foi prisioneiro das tropas de Hitler. Vive no Brasil desde 1953 e em Brasília desde 1º de junho de 1960.
"Num mundo que se destruía, aqui havia o que construir. Era uma cidade só com futuro, sem passado. Brasília era um lugar fora do perigo e das turbulências. Aqui era possível ser útil, ser necessário, ajudar"
Para entender o que a nova capital representou para este sobrevivente do holocausto, é preciso voltar ao lugar e ao tempo do horror. Raymond, que no Brasil virou Reimôn, vivia com os pais e a irmã em Bruxelas, na Bélgica. A irmã morreu em um bombardeio, durante a invasão alemã em 1940. Com identidade falsa, pais e filho esconderam-se em um apartamento na periferia da cidade até que, em 1942, Raymond foi preso em uma blitz e levado para Auschwitz, no Transporte 21, com outros 1.552 prisioneiros. Desses, 1.475 foram mortos logo que chegaram ao campo de concentração. Quando a guerra acabou, só 40 estavam vivos, entre os quais um único adolescente.
Foram dois anos de trabalhos forçados, ração de 200 calorias por dia e medo de ser o próximo a ir para a câmara de gás. Às vésperas da libertação dos prisioneiros de Auschwitz pelo exército russo, os alemães retiraram 4 mil presos e forçaram-lhes a uma longa caminhada, sob um frio de 20º abaixo de zero, durante vários dias. Raymond estava entre eles. No primeiro dia de fuga, os carrascos distribuíram a cada prisioneiro um pão de aproximadamente um quilo. Era tudo o que comeriam durante a Marcha da Morte, como ficou conhecida.
Numa das paradas, para recolher mais prisioneiros, o adolescente conseguiu fugir. “Não queria mais continuar daquele jeito. Queria morrer ou ser livre”. Raymond escondeu-se num barraco abandonado, dormiu no terceiro andar de um beliche e, quando acordou, encontrou outros fugitivos. Estava pesando 35 kg distribuídos em 1,70m. Dias depois, uma tropa de soldados russos encontrou aquele grupo de sobreviventes do holocausto e deixou-os partir. Estavam livres.
Depois de quatro meses de caminhada (a guerra continuava), Raymond finalmente chegou em casa, em Bruxelas. Reencontrou os pais, mas o filho não era mais o mesmo. Passado algum tempo, teve uma conversa com o pai: “Já trabalhei para o resto da minha vida, não vou trabalhar mais, não quero entrar nesse sistema. Não quero participar dessa farsa. Posso viver com um copo d’água e um pedaço de pão”. O polonês havia virado hippie antes mesmo de o movimento paz & amor se espalhar pelo mundo. O ex-prisioneiro do nazismo estava “p. da vida com a Europa, a Europa que nos massacrou. Estava realmente em divórcio com ela.”
Numa noite do ano de 1952, portanto, seis anos depois do fim da guerra, Raymond assistia a um concerto de música erudita do brasileiro Eleazar de Carvalho (1919-1996) em Bruxelas. Acostumado aos velhos maestros de longa cabeleira branca, ele estranhou a juventude do brasileiro a quem via de costas. Mais ainda quando ele começou a dançar ao ritmo da música. “Nunca havia visto um chefe de orquestra tão bonito, tão elegante, tão gracioso e tão jovem. Isso me tocou muito e eu me disse, naquele dia: ‘Preciso conhecer esse país’”. Até aquele concerto, Raymond nunca havia ouvido falar de um lugar chamado Brasil. No ano seguinte, o polonês irado com a Europa desembarcava no país do maestro dançarino.
Vida de fotógrafo
A foto famosa: os embaixadores da Noruega e da Austrália com seus secretários, na L2 Sul, a caminho da embaixada, em 7 de junho de 1960
Três anos depois, estava casado com Rose, brasileira filha de diplomatas franceses, artista plástica que ficara no país porque havia se apaixonado por um francês criado na Polônia, meio largado, meio zangado, muito desiludido e muito divertido. Raymond frequentava o meio cultural paulistano e foi nele que conheceu o jornalista Claudio Abramo, um dos mais importantes do país. Abramo estava com um problema: precisava enviar profissionais para a sucursal de Brasília do jornal O Estado de São Paulo, mas ninguém queria vir.
Raymond veio para ficar um ou dois meses. Nunca mais saiu. Uma semana depois de chegar, fez uma das fotos mais conhecidas da nova capital: a dos homens de fraque atravessando o cerrado bravio. A foto faz parte do acervo do Itamaraty. Eram os embaixadores da Noruega e da Austrália e dois secretários caminhando na L 2 Sul para a inauguração da primeira embaixada em Brasília, em 7 de junho de 1960. A partir de então, o jornal claramente contrário à mudança da capital passou a publicar diariamente “umas cinco fotos” sobre a cidade.
O jornal não havia mudado sua postura editorial. As fotos é que revelavam, sob o olhar de Raymond, o que de extraordinário acontecia no Planalto Central. “Depois de um mês, eu já me divertia muito. Era ótimo. Brasília era um encanto, uma aventura. Eu dormia num anexo do Brasília Palace Hotel. Acordava todas as manhãs com uma camada de dois milímetros de poeira sobre o lençol, o equipamento, tudo”. Dois meses depois, trouxe a mulher, Rose, para conhecer a capital moderna. Se ele havia gostado, ela se apaixonou: “Era um céu fascinante, um horizonte incrível”, diz ela, hoje, aos 78 anos, com os olhos faiscantes.
A cidade havia sido inaugurada dois meses antes, mas o ritmo ainda era de construção. “As máquinas trabalhavam dia e noite”. Pela primeira vez, Raymond teve a sensação “de participar de algo bonito, grandioso, livre.” O aventureiro que queria arrancar de si suas raízes com a Europa, que não queria se fixar em nenhum outro chão, teve pela primeira vez vontade de ter um filho e um pedaço de terra — vermelha, no caso. “Foi uma coisa muito forte. Tive a impressão de ter achado um porto seguro, um porto tranquilo, onde eu podia pensar, criar uma família”. Algum tempo depois, Raymond percebeu que quando veio para Brasília estava “à procura inconsciente de raízes.”
Enquanto a Europa tentava se recuperar de uma guerra que dizimou cidades inteiras e matou 50 milhões de pessoas, dos quais 6 milhões de judeus, o Brasil inventava uma nova cidade. “Num mundo que se destruía, aqui havia o que construir. Era uma cidade só com futuro, sem passado. Eu ainda estava machucado pela guerra. Brasília era um lugar fora do perigo e das turbulências. Aqui era possível ser útil, ser necessário, ajudar”.
Logo vieram as decepções. “Tudo o que a gente sonhava, imaginava, a ideia inicial de fazer uma cidade socialista num país capitalista foi uma utopia que não se realizou, se desfez pela cobiça do ser humano”. Quando veio o golpe militar, o ex-prisioneiro quis ir embora de Brasília e do Brasil. No dia da invasão da Universidade de Brasília, em agosto de 1968, o fotógrafo do Estadão chegou em casa vomitando. Recusava-se a aceitar o terror novamente. Dois anos depois, deixou o fotojornalismo e virou empresário.
“Brasília me deu um chão”, ele confere — 49 anos, dois filhos (Patricia e Jean-Claude) e três netos (Leon-Aaron, Chloe e João Maurício) depois. E guarda fortes lembranças, como a de ter sido o primeiro morador da SQS 305. “Uma quadra inteira pra mim, pude escolher o apartamento que eu queria. Escolhi um no terceiro andar, com o sol no nascente e perto de um posto de gasolina. Era pra ouvir algum barulho. Aqui era muito silêncio”. Mais significativa ainda é a presença de um importante personagem na vida de Raymond Frajmund: “Juscelino Kubitschek era um homem extraordinário. A sombra dele caía sobre a cidade. Adorávamos ele, ele representava o grande pai. Ele nos protegia.”
Fonte: Correio Braziliense
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/28/cidades,i=157661/DO+HOLOCAUSTO+A+ESPERANCA.shtml
sábado, 19 de dezembro de 2009
Alemanha condena roubo de placa em Auschwitz
Berlim, 18 dez (EFE).- O Governo alemão condenou hoje o roubo da placa com a inscrição "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta"), que fica na entrada do antigo campo de extermínio nazista de Auschwitz, na Polônia, e ofereceu seu apoio para recuperá-la.
Um porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores alemão expressou a confiança do Executivo em que o caso seja esclarecido com rapidez e o desejo de que seja possível recuperar a placa.
"A Alemanha, consciente de sua responsabilidade histórica, apoia a conservação de Auschwitz como museu e local de lembrança das vítimas do nazismo", apontou a fonte.
Os responsáveis pelo antigo campo de concentração e extermínio nazista denunciaram hoje o roubo da placa com a inscrição, que também é presente em outros campos erguidos pelo Terceiro Reich.
A Polícia polonesa ofereceu uma recompensa de cinco mil zloti (mais de 1.200 euros) por qualquer pista que possa levar à recuperação da inscrição, desaparecida desde a madrugada passada.
Os responsáveis pelo museu chamaram de "ato atroz" o roubo da placa, considerada um símbolo da crueldade e do cinismo do Holocausto.
Recuperar a inscrição é "uma questão de honra", diz o comando de Polícia de Oswiecim, a cidade do sul polonês onde os nazistas estabeleceram em 1940 o campo de concentração mais mortífero da história.
Por enquanto, foi colocada uma réplica do original, à espera da recuperação da placa roubada.
Fonte: EFE
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/12/18/alemanha+condena+roubo+de+placa+em+auschwitz+9250041.html
Um porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores alemão expressou a confiança do Executivo em que o caso seja esclarecido com rapidez e o desejo de que seja possível recuperar a placa.
"A Alemanha, consciente de sua responsabilidade histórica, apoia a conservação de Auschwitz como museu e local de lembrança das vítimas do nazismo", apontou a fonte.
Os responsáveis pelo antigo campo de concentração e extermínio nazista denunciaram hoje o roubo da placa com a inscrição, que também é presente em outros campos erguidos pelo Terceiro Reich.
A Polícia polonesa ofereceu uma recompensa de cinco mil zloti (mais de 1.200 euros) por qualquer pista que possa levar à recuperação da inscrição, desaparecida desde a madrugada passada.
Os responsáveis pelo museu chamaram de "ato atroz" o roubo da placa, considerada um símbolo da crueldade e do cinismo do Holocausto.
Recuperar a inscrição é "uma questão de honra", diz o comando de Polícia de Oswiecim, a cidade do sul polonês onde os nazistas estabeleceram em 1940 o campo de concentração mais mortífero da história.
Por enquanto, foi colocada uma réplica do original, à espera da recuperação da placa roubada.
Fonte: EFE
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/12/18/alemanha+condena+roubo+de+placa+em+auschwitz+9250041.html
Letreiro da entrada do campo de concentração de Auschwitz é furtado
Inscrição teve de ser substituída por cópia.
Ele diz, em alemão, a frase: 'o trabalho nos torna livres'.
Do G1, com agências internacionais
A famosa placa metálica na entrada do campo de concentração nazista de Auschwitz, que diz "Arbeit macht frei" ("o trabalho liberta ou nos torna livres", numa tradução livre), foi furtada na sexta-feira (18), segundo autoridades.
Turistas andam sob 'cópia' da inscrição original ' Arbeit Macht Frei ' nesta sexta-feira (18) na entrada do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia. A original foi furtada durante a madrugada. A frase, em alemão, significa 'o trabalho nos torna livres'. Um ministro israelense considerou o furto 'abominável'. (Foto: AP)
O Yad Vashem, memorial do Holocausto em Jerusalém, disse que o incidente é "um ataque à memória do Holocausto".
Cerca de 1,5 milhão de pessoas, a maioria judias, morreram nesse campo de extermínio nazistas no sul da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial. Os prisioneiros que chegavam ao campo passavam sob o portão, encimado pela frase em alemão. Depois da guerra, mais de 200 hectares do campo viraram um museu, visitado anualmente por centenas de milhares de pessoas.
"Hoje de manhã, guardas patrulhando o local notaram que a placa não estava no seu lugar", disse Jaroslaw Mensfelt, porta-voz do museu, à Reuters. "Notificamos a polícia imediatamente."
De acordo com ele, a polícia está examinando as imagens de câmeras de vigilância. "Já instalamos uma réplica sobre o portão. Ela foi usada no passado enquanto o original era reparado. Espero que o original seja rapidamente recuperado e que os ladrões sejam apanhados", disse Mensfelt.
"Não se trata só de um furto, mas de uma horrível profanação de um lugar onde mais de 1 milhão de pessoas foram assassinadas, no maior local desse tipo nesta parte do mundo. É realmente um ato lamentável."
A frase "Arbeit macht frei" tornou-se um símbolo dos esforços nazistas para dar às vítimas uma falsa sensação de segurança antes de matá-las em câmeras de gás ou por causa do frio, da fome, de doenças ou experiências.
Os ingressos cobrados no museu não são suficientes para preservar o local, e neste ano a Polônia fez um apelo por sua manutenção. Grã-Bretanha e Alemanha, entre outros, ofereceram ajuda financeira.
Em janeiro, o campo celebra 65 anos da sua liberação pelas tropas soviéticas, e pretende inaugurar uma exposição nos antigos alojamentos dos prisioneiros.
Fonte: G1, Agências Internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1419978-5602,00-LETREIRO+DA+ENTRADA+DO+CAMPO+DE+CONCENTRACAO+DE+AUSCHWITZ+E+FURTADO.html
Ler mais:
Comunidade internacional chocada com roubo do dístico no campo de concentração de Auschwitz; RTP
Ele diz, em alemão, a frase: 'o trabalho nos torna livres'.
Do G1, com agências internacionais
A famosa placa metálica na entrada do campo de concentração nazista de Auschwitz, que diz "Arbeit macht frei" ("o trabalho liberta ou nos torna livres", numa tradução livre), foi furtada na sexta-feira (18), segundo autoridades.
Turistas andam sob 'cópia' da inscrição original ' Arbeit Macht Frei ' nesta sexta-feira (18) na entrada do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia. A original foi furtada durante a madrugada. A frase, em alemão, significa 'o trabalho nos torna livres'. Um ministro israelense considerou o furto 'abominável'. (Foto: AP)
O Yad Vashem, memorial do Holocausto em Jerusalém, disse que o incidente é "um ataque à memória do Holocausto".
Cerca de 1,5 milhão de pessoas, a maioria judias, morreram nesse campo de extermínio nazistas no sul da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial. Os prisioneiros que chegavam ao campo passavam sob o portão, encimado pela frase em alemão. Depois da guerra, mais de 200 hectares do campo viraram um museu, visitado anualmente por centenas de milhares de pessoas.
"Hoje de manhã, guardas patrulhando o local notaram que a placa não estava no seu lugar", disse Jaroslaw Mensfelt, porta-voz do museu, à Reuters. "Notificamos a polícia imediatamente."
De acordo com ele, a polícia está examinando as imagens de câmeras de vigilância. "Já instalamos uma réplica sobre o portão. Ela foi usada no passado enquanto o original era reparado. Espero que o original seja rapidamente recuperado e que os ladrões sejam apanhados", disse Mensfelt.
"Não se trata só de um furto, mas de uma horrível profanação de um lugar onde mais de 1 milhão de pessoas foram assassinadas, no maior local desse tipo nesta parte do mundo. É realmente um ato lamentável."
A frase "Arbeit macht frei" tornou-se um símbolo dos esforços nazistas para dar às vítimas uma falsa sensação de segurança antes de matá-las em câmeras de gás ou por causa do frio, da fome, de doenças ou experiências.
Os ingressos cobrados no museu não são suficientes para preservar o local, e neste ano a Polônia fez um apelo por sua manutenção. Grã-Bretanha e Alemanha, entre outros, ofereceram ajuda financeira.
Em janeiro, o campo celebra 65 anos da sua liberação pelas tropas soviéticas, e pretende inaugurar uma exposição nos antigos alojamentos dos prisioneiros.
Fonte: G1, Agências Internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1419978-5602,00-LETREIRO+DA+ENTRADA+DO+CAMPO+DE+CONCENTRACAO+DE+AUSCHWITZ+E+FURTADO.html
Ler mais:
Comunidade internacional chocada com roubo do dístico no campo de concentração de Auschwitz; RTP
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Goebbels entrega o jogo de novo
Negadores nos dizem que 'ausrottung' meramente quer dizer destruição da cultura judaica na Europa através de um programa de reassentamento. Se era só isso então poderíamos esperar que a palavra fosse usada puramente no contexto europeu, do que se referir à destruição global dos judeus. Assim é então altamente significante que, neste artigo(1), Joseph Goebbels afirma que:
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/03/goebbels-gives-game-away-again.html
Tradução: Roberto Lucena
Informação adicional:
(1) O ensaio do trecho se chama "Das eherne Herz", de 1943. Trecho da pág. 350; autor: Joseph Goebbels
"Es hieße der Londoner und New-Yorker Judenpresse zu viel Ehre antun, wenn man auf ihre blut und rachedurstigen Kommentare zum Luft- und Nervenkrieg überhaupt eingehen wollte. Die Juden treiben in diesem Kriege ihr frevelhaftestes Spiel, und sie werden das mit der Ausrottung ihrer Rasse in Europa und vielleicht weit darüber hinaus zu bezahlen haben."Tradução:
"A imprensa judaica de Nova Iorque e Londres teria alguma honra se desse alguma atenção em seus comentários sangrentos sobre a guerra aérea e sobre a guerra de nervos. Elas pagarão por isso com o extermínio [ausrottung] de sua raça da Europa, e talvez muito mais além disso."Claramente, se fosse esse o significado de que os judeus conseguiriam sobreviver ao 'ausrottung', isto significaria que eles viveriam em algum lugar, já aqui temos Goebbels insinuando diretamente que judeus não viveriam em lugar nenhum, e assim presumidamente seriam mortos.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/03/goebbels-gives-game-away-again.html
Tradução: Roberto Lucena
Informação adicional:
(1) O ensaio do trecho se chama "Das eherne Herz", de 1943. Trecho da pág. 350; autor: Joseph Goebbels
domingo, 13 de dezembro de 2009
FBI mandou "isca" ao Brasil para mapear extremistas, diz jornal
O FBI (polícia federal americana) ajudou a custear a viagem ao Brasil de um homem nascido em Nova Jersey que serviu como isca para atrair grupos extremistas brasileiros contrários aos Estados Unidos. As informações são do jornal “Folha de S.Paulo”.
Harold Turner, hoje com 47 anos, é radialista e blogueiro radical de extrema direita. De acordo com o jornal, um documento do governo norte-americano revela que em 2005 ele viajou a Curitiba, no Paraná, e se apresentou como líder da National Alliance, um dos maiores grupos americanos de supremacistas brancos.
Ainda de acordo com a reportagem, o documento mostra que Ali se encontrou com um simpatizante brasileiro, com quem teria discutido doação de US$ 1 milhão à causa americana, e com um representante da Sociedade Árabe Brasileira. Segundo o jornal, este homem seria o sírio naturalizado brasileiro Mouthi Ibrahum.
O caso veio à tona depois que Turner foi preso, em junho, por postar comentário em um blog pedindo a morte de juízes que mantiveram a restrição de armas na cidade americana de Chicago. Em sua defesa, ele alegou que estava apenas fazendo seu trabalho para o FBI ao incitar radicais a se mostrarem.
Os advogados de Turner e o FBI não comentaram o caso. Mouthi Ibrahim negou ter feito ofertas de dinheiro a Turner e disse nunca ter sabido que o americano era informante do FBI.
Fonte: IG São Paulo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/12/13/fbi+mandou+isca+ao+brasil+para+mapear+extremistas+diz+jornal+9232125.html
Matéria na AP:
Report: FBI paid controversial NJ blogger for help
http://www.google.com/hostednews/ap/article/ALeqM5jzBi0fWBvJIDUVijJgw7oQJRMYrQD9C9G98O0
Link in english: (http://usatoday30.usatoday.com/news/washington/2009-11-29-blogger-fbi-terrorism_N.htm)
Harold Turner, hoje com 47 anos, é radialista e blogueiro radical de extrema direita. De acordo com o jornal, um documento do governo norte-americano revela que em 2005 ele viajou a Curitiba, no Paraná, e se apresentou como líder da National Alliance, um dos maiores grupos americanos de supremacistas brancos.
Ainda de acordo com a reportagem, o documento mostra que Ali se encontrou com um simpatizante brasileiro, com quem teria discutido doação de US$ 1 milhão à causa americana, e com um representante da Sociedade Árabe Brasileira. Segundo o jornal, este homem seria o sírio naturalizado brasileiro Mouthi Ibrahum.
O caso veio à tona depois que Turner foi preso, em junho, por postar comentário em um blog pedindo a morte de juízes que mantiveram a restrição de armas na cidade americana de Chicago. Em sua defesa, ele alegou que estava apenas fazendo seu trabalho para o FBI ao incitar radicais a se mostrarem.
Os advogados de Turner e o FBI não comentaram o caso. Mouthi Ibrahim negou ter feito ofertas de dinheiro a Turner e disse nunca ter sabido que o americano era informante do FBI.
Fonte: IG São Paulo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/12/13/fbi+mandou+isca+ao+brasil+para+mapear+extremistas+diz+jornal+9232125.html
Matéria na AP:
Report: FBI paid controversial NJ blogger for help
http://www.google.com/hostednews/ap/article/ALeqM5jzBi0fWBvJIDUVijJgw7oQJRMYrQD9C9G98O0
Link in english: (http://usatoday30.usatoday.com/news/washington/2009-11-29-blogger-fbi-terrorism_N.htm)
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
O Holocausto em Salônica
A seguinte passagem é tirada da página 404 de Mazower:
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/12/holocaust-in-salonica.html
Tradução: Roberto Lucena
Quando perguntei pelo cônsul italiano em 27 de março [1943] Merten disse que os judeus estavam sendo deportados para "uma localidade próxima à Varsórvia onde há uma mina de carvão. Eles viverão juntos, administrarão a si mesmos e trabalharão numa fábrica de borracha sintética". Esta foi a versão oficial. Na realidade, sem necesseriamente saber desses detalhes precisos, diplomatas italianos libertaram muitos dos deportados que seriam assassinados. Outro oficial consular, Lucillo Merci, anotou em seu diário sobre o 21 de março que na Polônia "os fisicamente saudáveis entre eles serão postos para trabalhar, enquanto que o restante será eliminado. No final, os fisicamente saudáveis também serão eliminados" [fonte: Carpi, p.145]Quatro meses antes, em 9 de novembro de 1942, jornais colaboracionistas gregos traziam um discurso de Hitler com a manchete, "A judaria internacional desaparecerá da Europa" (Mazower, p.396). Diplomatas italianos em março de 1943 tinham então aprendido o verdadeiro significado da profecia de Hitler que fora publicado na Grécia no outono anterior.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/12/holocaust-in-salonica.html
Tradução: Roberto Lucena
sábado, 5 de dezembro de 2009
Crimes raciais na internet serão debatidos nesta quarta-feira (9)
sexta-feira, 4 dezembro, 2009 20:06
As questões relativas a crimes raciais na internet, em especial a proliferação de sites neonazistas, serão debatidas pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira (9/12/09). A reunião, que está marcada para às 15 horas, no Auditório, foi solicitada pelos deputados João Leite (PSDB), Doutor Rinaldo (PSL) e pela deputada Maria Tereza Lara (PT).
De acordo com a assessoria do deputado João Leite, a realização do debate foi motivada por denúncias apresentadas pela Federação Israelita de Minas Gerais, apontando o aumento das comunidades virtuais e sites que incitam crimes raciais, principalmente de cunho neonazista. Ainda segundo informações da entidade, a incidência de criação destas páginas na internet tem crescido tanto no Brasil quanto no exterior.
Os parlamentares pretendem, ainda, ampliar o debate sobre o Projeto de Lei Federal 89/03, que dispõe sobre os crimes cibernéticos, assim como conhecer os trabalhos realizados pela Comissão Especial criada na Câmara dos Deputados, para tratar dos crimes raciais no País.
Convidados - Para a reunião foram chamados o senador da República Eduardo Azeredo, relator do PL 89/03; os deputados federais Marcelo Itagiba e Alexandre Silveira de Oliveira, membros da Comissão Especial dos Crimes Raciais na Câmara dos Deputados; o procurador-chefe da República em Minas Gerais, Tarcísio Humberto Parreiras Henriques Filho; o superintendente Regional da Polícia Federal, Jerry Antunes de Oliveira; o comandante-geral da PMMG, Cel. PM Renato Vieira de Souza; o chefe da Polícia Civil, Marco Antônio Monteiro de Castro; o presidente da Federação Israelita de Minas Gerais, Silvio Musmann; e a antropóloga, mestre e doutoranda em Antropologia Social e membro da Associação Brasileira de Antropologia e da Latin American Jewish Studies Association, Adriana Abreu Magalhães Dias.
Fonte: Assessoria de Imprensa da ALMG
http://www.farolcomunitario.com.br/mg_005_0912.htm
As questões relativas a crimes raciais na internet, em especial a proliferação de sites neonazistas, serão debatidas pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira (9/12/09). A reunião, que está marcada para às 15 horas, no Auditório, foi solicitada pelos deputados João Leite (PSDB), Doutor Rinaldo (PSL) e pela deputada Maria Tereza Lara (PT).
De acordo com a assessoria do deputado João Leite, a realização do debate foi motivada por denúncias apresentadas pela Federação Israelita de Minas Gerais, apontando o aumento das comunidades virtuais e sites que incitam crimes raciais, principalmente de cunho neonazista. Ainda segundo informações da entidade, a incidência de criação destas páginas na internet tem crescido tanto no Brasil quanto no exterior.
Os parlamentares pretendem, ainda, ampliar o debate sobre o Projeto de Lei Federal 89/03, que dispõe sobre os crimes cibernéticos, assim como conhecer os trabalhos realizados pela Comissão Especial criada na Câmara dos Deputados, para tratar dos crimes raciais no País.
Convidados - Para a reunião foram chamados o senador da República Eduardo Azeredo, relator do PL 89/03; os deputados federais Marcelo Itagiba e Alexandre Silveira de Oliveira, membros da Comissão Especial dos Crimes Raciais na Câmara dos Deputados; o procurador-chefe da República em Minas Gerais, Tarcísio Humberto Parreiras Henriques Filho; o superintendente Regional da Polícia Federal, Jerry Antunes de Oliveira; o comandante-geral da PMMG, Cel. PM Renato Vieira de Souza; o chefe da Polícia Civil, Marco Antônio Monteiro de Castro; o presidente da Federação Israelita de Minas Gerais, Silvio Musmann; e a antropóloga, mestre e doutoranda em Antropologia Social e membro da Associação Brasileira de Antropologia e da Latin American Jewish Studies Association, Adriana Abreu Magalhães Dias.
Fonte: Assessoria de Imprensa da ALMG
http://www.farolcomunitario.com.br/mg_005_0912.htm
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Sete são presos por atentado em Parada Gay
Cinco foram encarcerados hoje e outros dois já estavam detidos
Rio de Janeiro é eleito melhor destino gay do mundoNove acusados de pertencer ao grupo Impacto Hooligan, de tendência neonazista, são acusados do atentado a bomba que feriu pelo menos 13 pessoas que participaram da 13ª Parada do orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). Sete tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça - cinco foram encarcerados hoje e outros dois já estavam detidos por outros crimes. Os outros dois acusados são adolescentes.
No mesmo dia do atentado, o mesmo grupo teria agredido um homossexual durante a parada e um punk. O ataque foi planejado. Os policiais da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) reuniram testemunhas, confissões, documentos, e-mails e imagens de vídeo para apontar os responsáveis pelos ataques. "Tudo começou com um e-mail recebido pelos organizadores de um protesto contra as agressões ocorridas na Parada", disse a delegada Margarette Barreto. No e-mail, eram feitas ameaças contra os organizadores do protesto. Havia uma foto na qual dois jovens posavam diante de um rapaz no chão.
"Identificamos os dois, quem tirou a foto e a vítima de agressão", afirmou a delegada. As pessoas eram ligadas a um grupo racista ligado ao Impacto Hooligan. Por meio de uma dessas pessoas, surgiu a primeira informação de que os autores do atentado a bomba teriam sido integrantes do Impacto Hooligan. Identificado pela Decradi, um dos adolescentes que participaram do ataque resolveu colaborar.
Contou que uma semana antes os integrantes do bando tiveram a ideia de atacar a Parada. Estavam em um bar perto da Estação Santa Cruz do metrô. Na semana seguinte, marcaram um encontro na Estação Vergueiro do metrô. Às 16 horas, o grupo partiu para a região da Avenida Paulista. O adolescente confirmou que o grupo agrediu um punk que achou pelo caminho e um homossexual no Parque do Trianon, na zona sul. Mais tarde, todos rumaram para a Avenida Vieira de Carvalho, onde Rodrigo de Alcântara Leonardo, de 23 anos, tirou a bomba de dentro d e sua bermuda e jogou para o alto, no meio da área de dispersão da Parada.
Imagens captadas pelo sistema de vigilância de uma boate da avenida confirmaram o depoimento do adolescente. Nelas aparecem, no momento da explosão, o jovem e sua namorada, que também colaborou com as investigações - por isso, a polícia não pediu a prisão da jovem, mas a Justiça considerou que ela devia responder o processo presa.
As mesmas imagens mostram Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, o Chuck, de 19 anos. Chuck seria o líder do bando Impacto Hooligan. No inquérito, uma testemunha contou que ele teria sido o autor da ideia de atacar a Parada do Orgulho LGBT. "Nosso objetivo era mostrar que essas ações não ficarão impunes", afirmou o delegado Marco Antônio Desgualdo, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Fonte: Agência Estado/Bem Paraná
http://www.bemparana.com.br/index.php?n=129182&t=sete-sao-presos-por-atentado-em-parada-gay
Rio de Janeiro é eleito melhor destino gay do mundoNove acusados de pertencer ao grupo Impacto Hooligan, de tendência neonazista, são acusados do atentado a bomba que feriu pelo menos 13 pessoas que participaram da 13ª Parada do orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). Sete tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça - cinco foram encarcerados hoje e outros dois já estavam detidos por outros crimes. Os outros dois acusados são adolescentes.
No mesmo dia do atentado, o mesmo grupo teria agredido um homossexual durante a parada e um punk. O ataque foi planejado. Os policiais da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) reuniram testemunhas, confissões, documentos, e-mails e imagens de vídeo para apontar os responsáveis pelos ataques. "Tudo começou com um e-mail recebido pelos organizadores de um protesto contra as agressões ocorridas na Parada", disse a delegada Margarette Barreto. No e-mail, eram feitas ameaças contra os organizadores do protesto. Havia uma foto na qual dois jovens posavam diante de um rapaz no chão.
"Identificamos os dois, quem tirou a foto e a vítima de agressão", afirmou a delegada. As pessoas eram ligadas a um grupo racista ligado ao Impacto Hooligan. Por meio de uma dessas pessoas, surgiu a primeira informação de que os autores do atentado a bomba teriam sido integrantes do Impacto Hooligan. Identificado pela Decradi, um dos adolescentes que participaram do ataque resolveu colaborar.
Contou que uma semana antes os integrantes do bando tiveram a ideia de atacar a Parada. Estavam em um bar perto da Estação Santa Cruz do metrô. Na semana seguinte, marcaram um encontro na Estação Vergueiro do metrô. Às 16 horas, o grupo partiu para a região da Avenida Paulista. O adolescente confirmou que o grupo agrediu um punk que achou pelo caminho e um homossexual no Parque do Trianon, na zona sul. Mais tarde, todos rumaram para a Avenida Vieira de Carvalho, onde Rodrigo de Alcântara Leonardo, de 23 anos, tirou a bomba de dentro d e sua bermuda e jogou para o alto, no meio da área de dispersão da Parada.
Imagens captadas pelo sistema de vigilância de uma boate da avenida confirmaram o depoimento do adolescente. Nelas aparecem, no momento da explosão, o jovem e sua namorada, que também colaborou com as investigações - por isso, a polícia não pediu a prisão da jovem, mas a Justiça considerou que ela devia responder o processo presa.
As mesmas imagens mostram Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, o Chuck, de 19 anos. Chuck seria o líder do bando Impacto Hooligan. No inquérito, uma testemunha contou que ele teria sido o autor da ideia de atacar a Parada do Orgulho LGBT. "Nosso objetivo era mostrar que essas ações não ficarão impunes", afirmou o delegado Marco Antônio Desgualdo, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Fonte: Agência Estado/Bem Paraná
http://www.bemparana.com.br/index.php?n=129182&t=sete-sao-presos-por-atentado-em-parada-gay
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Menina cigana queimada em ataque neonazista deixa o hospital
PRAGA — A menina tcheca de 2 anos de idade, de origem cigana, que sofreu queimaduras graves durante um ataque neonazista em abril, recebeu alta do hospital nesta quarta-feira, segundo a agência de notícias local CTK.
"O tratamento foi muito duro. Nenhuma criança da idade dela com ferimentos tão graves havia sobrevivido antes neste país", indicou Michal Kadlcick, chefe da unidade de queimados do hospital onde a pequena ficou internada, na cidade de Ostrava, leste da República Tcheca.
Natalka Sivakova, de dois anos, teve mais de 80% do corpo queimado no dia 19 de abril, quando um grupo de neonazistas atirou três coquetéis Molotov dentro da casa onde ela morava com os pais, na cidade de Vitkov.
A polícia indiciou quatro suspeitos da extrema-direita, acusados de tentativa de homicídio. Se condenados, podem passar de 12 a 15 anos na prisão.
A garota, que superou três crises de septicemia no hospital, agora precisa de transplantes de pele para 60% do corpo. Ela também precisará frequentar uma clínica duas vezes por semana para trocar os curativos.
"Dizer 'obrigada' (para os médicos) não é suficiente. É uma recompensa insignificante por terem salvo a vida dela. Gostaria de abraçar todos eles", disse Anna Sivakova, mãe de Natalka, antes de levar a filha para casa depois de oito meses de internação entre a vida e a morte.
A família comprou uma nova casa com a ajuda de um fundo público, em uma vila a cerca de 10 quilômetros de sua antiga residência.
A República Tcheca registrou 11.746 ciganos em seu censo oficial de 2001, mas especialistas calculam que o número atual pode chegar a 300.000.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jIU9rXmgfkDOupLX-q7daFScBiTQ
"O tratamento foi muito duro. Nenhuma criança da idade dela com ferimentos tão graves havia sobrevivido antes neste país", indicou Michal Kadlcick, chefe da unidade de queimados do hospital onde a pequena ficou internada, na cidade de Ostrava, leste da República Tcheca.
Natalka Sivakova, de dois anos, teve mais de 80% do corpo queimado no dia 19 de abril, quando um grupo de neonazistas atirou três coquetéis Molotov dentro da casa onde ela morava com os pais, na cidade de Vitkov.
A polícia indiciou quatro suspeitos da extrema-direita, acusados de tentativa de homicídio. Se condenados, podem passar de 12 a 15 anos na prisão.
A garota, que superou três crises de septicemia no hospital, agora precisa de transplantes de pele para 60% do corpo. Ela também precisará frequentar uma clínica duas vezes por semana para trocar os curativos.
"Dizer 'obrigada' (para os médicos) não é suficiente. É uma recompensa insignificante por terem salvo a vida dela. Gostaria de abraçar todos eles", disse Anna Sivakova, mãe de Natalka, antes de levar a filha para casa depois de oito meses de internação entre a vida e a morte.
A família comprou uma nova casa com a ajuda de um fundo público, em uma vila a cerca de 10 quilômetros de sua antiga residência.
A República Tcheca registrou 11.746 ciganos em seu censo oficial de 2001, mas especialistas calculam que o número atual pode chegar a 300.000.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jIU9rXmgfkDOupLX-q7daFScBiTQ
Neonazista que ameaçou matar deputada é detido no Chile
Santiago do Chile, 30 nov (EFE).- O neonazista Elliot Quijada Ávila, que supostamente espionou e ameaçou matar a deputada do partido direitista chileno Renovação Nacional Lily Pérez, de ascendência judaica, foi detido hoje na localidade de Villa Alemana, informaram à Agência Efe fontes judiciais.
A detenção aconteceu durante uma operação policial na casa de Quijada Ávila, de 38 anos, ex-líder do grupo neonazista Martelo do Sul, que foi extinto.
O detido está acusado de "posse ilegal de munição", em uma investigação por ameaças contra a deputada aberta pela procuradoria de Villa Alemana, 140 quilômetros a oeste de Santiago.
Em sua casa foram encontradas três facas, seis canivetes, material sobre os grupos Patriotas e Skinheads, e propaganda política contra a presidente chilena, Michelle Bachelet; o candidato presidencial da direita, Sebastián Piñera, e a parlamentar Lily Pérez.
Fonte: EFE
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5ilrtQvrwfjXB2TXMCHFHX82F6vWA
A detenção aconteceu durante uma operação policial na casa de Quijada Ávila, de 38 anos, ex-líder do grupo neonazista Martelo do Sul, que foi extinto.
O detido está acusado de "posse ilegal de munição", em uma investigação por ameaças contra a deputada aberta pela procuradoria de Villa Alemana, 140 quilômetros a oeste de Santiago.
Em sua casa foram encontradas três facas, seis canivetes, material sobre os grupos Patriotas e Skinheads, e propaganda política contra a presidente chilena, Michelle Bachelet; o candidato presidencial da direita, Sebastián Piñera, e a parlamentar Lily Pérez.
Fonte: EFE
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5ilrtQvrwfjXB2TXMCHFHX82F6vWA
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Voto xenofóbico anti-Islã dá força ao partido extremista de direita SVP e é vitorioso em referendo na Suíça
Proibição a minaretes indica "nova onda de direita" na Suíça
Por Sam Cage
ZURIQUE (Reuters) - O voto suíço para proibir a construção de novos minaretes no país põe os holofotes sobre as divisões políticas e sociais do país alpino e pode significar uma nova onda de sentimento antiimigrante e populista.
O surpreendente voto e o alto comparecimento ao referendo de domingo dá força ao Partido do Povo Suíço (SVP), de direita, uma força política relativamente nova.
"Pode significar o início de uma nova onda de direita", disse Clive Church, especialista em política suíça da Universidade de Kent.
O SVP, que cresceu rapidamente desde os anos 1980 e se tornou o maior partido da Suíça, foi acusado de racismo por suas campanhas estridentes contra a imigração, incluindo um cartaz que mostrava uma ovelha branca chutando uma negra de uma bandeira suíça.
A legenda fez campanha contra estender os direitos de cidadãos da União Europeia trabalharem e viverem na Suíça, um país que não é membro da UE, mas os cidadãos aprovaram a medida.
O SVP obteve a maior parte dos votos em uma eleição geral de 2007, mas desde então sua sorte parecia ter mudado: uma facção se separou e formou outro partido, ele perdeu todas as cadeiras no gabinete e obteve poucos votos nos referendos. Até agora.
O cartaz do SVP sobre a votação de domingo mostrava uma bandeira suíça coberta com minaretes na forma de mísseis e o retrato de uma mulher coberta com um chador negro e um véu, vestimenta associada ao Islã rígido.
Embora a comunidade muçulmana da Suíça de cerca de 300 mil pessoas seja comparativamente pequena, há uma preocupação cada vez maior sobre a imigração em um país onde os estrangeiros formam mais de um quinto da população de 7,7 milhões.
O comparecimento no referendo de domingo ficou em 53 por cento, e 22 dos 26 cantões, ou províncias, votaram a favor da iniciativa.
CRISE DE IDENTIDADE
A Suíça sofreu uma crise de identidade desde que o fim da Guerra Fria roubou o significado de sua neutralidade, ajudando a alimentar o crescimento do SVP.
A relação da Suíça com o mundo muçulmano já está desgastada por causa da prisão de dois empresário suíços na Líbia, em retaliação à prisão em Genebra do filho de Muamar Kadhafi por maltratar funcionários de um hotel.
Em um editorial, o jornal argelino Le Soir disse que a Suíça deveria combater a intolerância religiosa e não os muçulmanos que querem praticar sua fé em paz.
"Essa votação é chocante porque acontece em um país que defende o secularismo e que se orgulha de tratar todas as religiões da mesma forma", disse o Le Soir.
Os protestos contra a votação em Zurique e Berna atraíram poucas pessoas, enquanto os simpatizantes estavam contentes.
"Vamos celebrar com certeza", disse Nadja Pieren, que compareceu a um comício de apoio à proibição.
"(A votação) mostra que não queremos o Islã político na Suíça. Não temos problemas com as pessoas que oram em mesquitas".
(Reportagem adicional de Christian Lowe em Argel, Catherine Bosley em Berna e Sophie Hardach em Paris)
Fonte: Reuters/Brasil Online/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/11/30/proibicao-minaretes-indica-nova-onda-de-direita-na-suica-914985904.asp
Países criticam Suíça por proibir construção de minarete
AE - Agencia Estado
GENEBRA - Aprovada na Suíça ontem em referendo, a proibição de construir novos minaretes no país foi condenada por nações de maioria muçulmana e também na Europa como uma mostra de intolerância. "É uma expressão de um pouco de preconceito e talvez mesmo de medo, mas está claro que é um sinal negativo de todo modo, não há dúvida disso", afirmou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt. A Suécia mantém a presidência rotativa da União Europeia (UE). Minarete é uma pequena torre de mesquita, de três ou quatro andares e balcões salientes, de onde se anuncia aos muçulmanos a hora das orações.
O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, qualificou a medida como "uma expressão de intolerância, e eu detesto intolerância". O chefe do maior grupo muçulmano da Indonésia, Maskuri Abdillah, disse que o voto refletiu "um ódio do povo suíço contra as comunidades muçulmanas". O mufti Ali Gomaa, funcionário do governo do Egito encarregado de interpretar a lei islâmica, denunciou a proibição aos minaretes como "um insulto" aos muçulmanos e "um ataque à liberdade de crenças".
No referendo de ontem, 57,5% dos suíços votaram para proibir constitucionalmente a construção de minaretes. A emenda constitucional proíbe apenas a construção de minaretes, e não a de mesquitas nem a liberdade religiosa. A Suíça tem apenas quatro minaretes, que não têm permissão para transmitir o chamado para as preces, além de aproximadamente 200 mesquitas, segundo dados oficiais.
Os muçulmanos são 5% da população suíça, de 7,5 milhões de pessoas. Eles são o terceiro maior grupo religioso do país, atrás de católicos romanos e denominações protestantes. A estimativa, porém, é que apenas 50 mil muçulmanos no país sejam praticantes. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,paises-criticam-suica-por-proibir-construcao-de-minarete,474316,0.htm
Leia mais:
Direita populista ganha referendo. Suíços banem minaretes das mesquitas do país
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1434393&seccao=Europa
Partidos da direita populista tentam relançar debate da integração
Presidência da UE preocupada com a proibição dos minaretes na Suíça
http://www.publico.clix.pt/Mundo/ue-preocupada-com-a-proibicao-dos-minaretes-na-suica_1412062
Mais: EFE, Correio do Brasil, AFP, Terra Brasil, Lusa, EFE, Lusa
Por Sam Cage
ZURIQUE (Reuters) - O voto suíço para proibir a construção de novos minaretes no país põe os holofotes sobre as divisões políticas e sociais do país alpino e pode significar uma nova onda de sentimento antiimigrante e populista.
O surpreendente voto e o alto comparecimento ao referendo de domingo dá força ao Partido do Povo Suíço (SVP), de direita, uma força política relativamente nova.
"Pode significar o início de uma nova onda de direita", disse Clive Church, especialista em política suíça da Universidade de Kent.
O SVP, que cresceu rapidamente desde os anos 1980 e se tornou o maior partido da Suíça, foi acusado de racismo por suas campanhas estridentes contra a imigração, incluindo um cartaz que mostrava uma ovelha branca chutando uma negra de uma bandeira suíça.
A legenda fez campanha contra estender os direitos de cidadãos da União Europeia trabalharem e viverem na Suíça, um país que não é membro da UE, mas os cidadãos aprovaram a medida.
O SVP obteve a maior parte dos votos em uma eleição geral de 2007, mas desde então sua sorte parecia ter mudado: uma facção se separou e formou outro partido, ele perdeu todas as cadeiras no gabinete e obteve poucos votos nos referendos. Até agora.
O cartaz do SVP sobre a votação de domingo mostrava uma bandeira suíça coberta com minaretes na forma de mísseis e o retrato de uma mulher coberta com um chador negro e um véu, vestimenta associada ao Islã rígido.
Embora a comunidade muçulmana da Suíça de cerca de 300 mil pessoas seja comparativamente pequena, há uma preocupação cada vez maior sobre a imigração em um país onde os estrangeiros formam mais de um quinto da população de 7,7 milhões.
O comparecimento no referendo de domingo ficou em 53 por cento, e 22 dos 26 cantões, ou províncias, votaram a favor da iniciativa.
CRISE DE IDENTIDADE
A Suíça sofreu uma crise de identidade desde que o fim da Guerra Fria roubou o significado de sua neutralidade, ajudando a alimentar o crescimento do SVP.
A relação da Suíça com o mundo muçulmano já está desgastada por causa da prisão de dois empresário suíços na Líbia, em retaliação à prisão em Genebra do filho de Muamar Kadhafi por maltratar funcionários de um hotel.
Em um editorial, o jornal argelino Le Soir disse que a Suíça deveria combater a intolerância religiosa e não os muçulmanos que querem praticar sua fé em paz.
"Essa votação é chocante porque acontece em um país que defende o secularismo e que se orgulha de tratar todas as religiões da mesma forma", disse o Le Soir.
Os protestos contra a votação em Zurique e Berna atraíram poucas pessoas, enquanto os simpatizantes estavam contentes.
"Vamos celebrar com certeza", disse Nadja Pieren, que compareceu a um comício de apoio à proibição.
"(A votação) mostra que não queremos o Islã político na Suíça. Não temos problemas com as pessoas que oram em mesquitas".
(Reportagem adicional de Christian Lowe em Argel, Catherine Bosley em Berna e Sophie Hardach em Paris)
Fonte: Reuters/Brasil Online/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/11/30/proibicao-minaretes-indica-nova-onda-de-direita-na-suica-914985904.asp
Países criticam Suíça por proibir construção de minarete
AE - Agencia Estado
GENEBRA - Aprovada na Suíça ontem em referendo, a proibição de construir novos minaretes no país foi condenada por nações de maioria muçulmana e também na Europa como uma mostra de intolerância. "É uma expressão de um pouco de preconceito e talvez mesmo de medo, mas está claro que é um sinal negativo de todo modo, não há dúvida disso", afirmou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt. A Suécia mantém a presidência rotativa da União Europeia (UE). Minarete é uma pequena torre de mesquita, de três ou quatro andares e balcões salientes, de onde se anuncia aos muçulmanos a hora das orações.
O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, qualificou a medida como "uma expressão de intolerância, e eu detesto intolerância". O chefe do maior grupo muçulmano da Indonésia, Maskuri Abdillah, disse que o voto refletiu "um ódio do povo suíço contra as comunidades muçulmanas". O mufti Ali Gomaa, funcionário do governo do Egito encarregado de interpretar a lei islâmica, denunciou a proibição aos minaretes como "um insulto" aos muçulmanos e "um ataque à liberdade de crenças".
No referendo de ontem, 57,5% dos suíços votaram para proibir constitucionalmente a construção de minaretes. A emenda constitucional proíbe apenas a construção de minaretes, e não a de mesquitas nem a liberdade religiosa. A Suíça tem apenas quatro minaretes, que não têm permissão para transmitir o chamado para as preces, além de aproximadamente 200 mesquitas, segundo dados oficiais.
Os muçulmanos são 5% da população suíça, de 7,5 milhões de pessoas. Eles são o terceiro maior grupo religioso do país, atrás de católicos romanos e denominações protestantes. A estimativa, porém, é que apenas 50 mil muçulmanos no país sejam praticantes. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,paises-criticam-suica-por-proibir-construcao-de-minarete,474316,0.htm
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Direita populista ganha referendo. Suíços banem minaretes das mesquitas do país
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Partidos da direita populista tentam relançar debate da integração
Presidência da UE preocupada com a proibição dos minaretes na Suíça
http://www.publico.clix.pt/Mundo/ue-preocupada-com-a-proibicao-dos-minaretes-na-suica_1412062
Mais: EFE, Correio do Brasil, AFP, Terra Brasil, Lusa, EFE, Lusa
Minaretes: autoridades suíças preocupadas com reações dos países muçulmanos
A Suíça mostrou-se preocupada, nesta segunda-feira, com as consequências para suas relações comerciais e diplomáticas com os países muçulmanos da proibição da construção de novos minaretes, num país que abriga 400.000 muçulmanos - um dia depois do voto surpreendente, em massa, de 57,5% de seus cidadãos. E tentou tranquilizá-los.
A ministra suíça dos Assuntos Exteriores, Micheline Calmy-Rey, explicou nesta segunda-feira ter recebido os embaixadores de países muçulmanos para explicar-lhes os resultados do referendo.
"Estamos tentando conversar sobre os resultados do voto, em particular aos países árabes e islâmicos. Encontrei os embaixadores dos países envolvidos (...) em Berna", declarou a ministra à rádio francesa RTL.
"O governo suíço teme efetivamente que este resultado tenha consequências para as exportações e o setor de turismo", reconheceu a ministra da Justiça e da Polícia suíças, Eveline Widmer-Schlumpf.
Na realidade, para o cientista político Pascal Sciariani da Universidade de Genebra, não haverá necessariamente apelo explícito dos governos destes países para boicotar a Suíça, mas pode haver reações individuais ou da elite pedindo aos muçulmanos que reduzam sua fortuna gerada na Suíça e suas viagens turísticas, principalmente a Genebra, complicando as relações comerciais com a Suíça".
O imame da mesquita de Genebra, uma das quatro únicas na Suíça com um minarete, fez nesta segunda-feira "um apelo à calma": "Os muçulmanos do mundo devem respeitar essa decisão, sem no entanto acatá-la. Caso contrário, nós seremos as primeiras vítimas", declarou o imame Youssef Ibram cuja mesquita foi visada por atos de vandalismo durante a campanha.
Os suíços aprovaram no domingo por 57,5% dos votos a proibição da construção de novos minaretes, em resposta a uma campanha da direita populista, que as considera um "símbolo político-religioso" do islã.
A União Europeia (UE) e o Vaticano criticaram a decisão.
"É a expressão de um preconceito e talvez de um medo, mas está claro que se trata de um sinal negativo, não tenho nenhuma dúvida", declarou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, cujo país preside a UE durante o semestre.
apo/lm/sd
Fonte: AFP
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/11/30/minaretes+autoridades+suicas+preocupadas+com+reacoes+dos+paises+muculmanos+9187482.html
A ministra suíça dos Assuntos Exteriores, Micheline Calmy-Rey, explicou nesta segunda-feira ter recebido os embaixadores de países muçulmanos para explicar-lhes os resultados do referendo.
"Estamos tentando conversar sobre os resultados do voto, em particular aos países árabes e islâmicos. Encontrei os embaixadores dos países envolvidos (...) em Berna", declarou a ministra à rádio francesa RTL.
"O governo suíço teme efetivamente que este resultado tenha consequências para as exportações e o setor de turismo", reconheceu a ministra da Justiça e da Polícia suíças, Eveline Widmer-Schlumpf.
Na realidade, para o cientista político Pascal Sciariani da Universidade de Genebra, não haverá necessariamente apelo explícito dos governos destes países para boicotar a Suíça, mas pode haver reações individuais ou da elite pedindo aos muçulmanos que reduzam sua fortuna gerada na Suíça e suas viagens turísticas, principalmente a Genebra, complicando as relações comerciais com a Suíça".
O imame da mesquita de Genebra, uma das quatro únicas na Suíça com um minarete, fez nesta segunda-feira "um apelo à calma": "Os muçulmanos do mundo devem respeitar essa decisão, sem no entanto acatá-la. Caso contrário, nós seremos as primeiras vítimas", declarou o imame Youssef Ibram cuja mesquita foi visada por atos de vandalismo durante a campanha.
Os suíços aprovaram no domingo por 57,5% dos votos a proibição da construção de novos minaretes, em resposta a uma campanha da direita populista, que as considera um "símbolo político-religioso" do islã.
A União Europeia (UE) e o Vaticano criticaram a decisão.
"É a expressão de um preconceito e talvez de um medo, mas está claro que se trata de um sinal negativo, não tenho nenhuma dúvida", declarou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, cujo país preside a UE durante o semestre.
apo/lm/sd
Fonte: AFP
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/11/30/minaretes+autoridades+suicas+preocupadas+com+reacoes+dos+paises+muculmanos+9187482.html
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Auschwitz - Aquela coluna de fumaça era bem maior
Novas fotos da RAF de Birkenau estão agora disponíveis em http://aerial.rcahms.gov.uk
Aquela famosa foto de 23.08.44 feita há muitos anos atrás era na realidade apenas um dos muitos fragmentos descrevendo a inceneração ao ar livre em Birkenau naquele dia, e a coluna de fumaça era na verdade até maior que a parte representada naquele fragmento apresentado até então.
Cheque em: http://aerial.rcahms.gov.uk/database/record.php?usi=006-001-003-072-C
e http://aerial.rcahms.gov.uk/database/record.php?usi=006-001-003-155-C
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/11/that-plume-was-actually-even-bigger.html
Texto: Sergey Romanov
Tradução: Roberto Lucena
Aquela famosa foto de 23.08.44 feita há muitos anos atrás era na realidade apenas um dos muitos fragmentos descrevendo a inceneração ao ar livre em Birkenau naquele dia, e a coluna de fumaça era na verdade até maior que a parte representada naquele fragmento apresentado até então.
Cheque em: http://aerial.rcahms.gov.uk/database/record.php?usi=006-001-003-072-C
e http://aerial.rcahms.gov.uk/database/record.php?usi=006-001-003-155-C
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/11/that-plume-was-actually-even-bigger.html
Texto: Sergey Romanov
Tradução: Roberto Lucena
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Francia reconoce su responsabilidad en el Holocausto
El Consejo de Estado admite que se facilitó "la deportación de víctimas de las persecuciones antisemitas"
ELPAÍS.com 16 FEB 2009 - 16:16 BRT
El Consejo de Estado, la más alta institución administrativa en Francia, ha reconocido hoy la responsabilidad del Estado francés en la deportación de judíos a los campos de concentración nazi. Según esta institución, queda demostrada la "responsabilidad" del Gobierno de Vichy en "los arrestos, internamientos y envíos en convoyes con destino a los campos de tránsito que han sido, durante la Segunda Guerra Mundial, la primera etapa de la deportación de esas personas a los campos en los que la mayoría han sido exterminados", asegura el Consejo de Estado.
En su sentencia se reconoce, además, que el Estado "ha permitido o facilitado la deportación de víctimas de las persecuciones antisemitas". El reconocimiento tiene un precedente en 1995, cuando el ex presidente Jaques Chirac asumió en nombre de Francia la responsabilidad del Estado en estos hechos. Entre 1942 y 1944 cerca de 74.000 judíos fueron expulsados del país con destino a los campos de concentración alemanes.
"Es una decisión que nos satisface", ha declarado Serge Klarsfeld, presidente de los Hijos e Hijas de los deportados judíos de Francia, en Le Figaro. "Francia demuestra ahora que está a la vanguardia de los países que asumen su pasado y esta no era la situación en los años noventa", ha añadido. La decisión, que responde a la denuncia planteada por la hija de una de las deportadas, no da lugar, sin embargo, a posibles indemnizaciones más allá de lo que el Estado ya ha satisfecho con las víctimas en distintas ocasiones.
Fonte: El País (Espanha)
http://elpais.com/elpais/2009/02/16/actualidad/1234775837_850215.html
ELPAÍS.com 16 FEB 2009 - 16:16 BRT
El Consejo de Estado, la más alta institución administrativa en Francia, ha reconocido hoy la responsabilidad del Estado francés en la deportación de judíos a los campos de concentración nazi. Según esta institución, queda demostrada la "responsabilidad" del Gobierno de Vichy en "los arrestos, internamientos y envíos en convoyes con destino a los campos de tránsito que han sido, durante la Segunda Guerra Mundial, la primera etapa de la deportación de esas personas a los campos en los que la mayoría han sido exterminados", asegura el Consejo de Estado.
En su sentencia se reconoce, además, que el Estado "ha permitido o facilitado la deportación de víctimas de las persecuciones antisemitas". El reconocimiento tiene un precedente en 1995, cuando el ex presidente Jaques Chirac asumió en nombre de Francia la responsabilidad del Estado en estos hechos. Entre 1942 y 1944 cerca de 74.000 judíos fueron expulsados del país con destino a los campos de concentración alemanes.
"Es una decisión que nos satisface", ha declarado Serge Klarsfeld, presidente de los Hijos e Hijas de los deportados judíos de Francia, en Le Figaro. "Francia demuestra ahora que está a la vanguardia de los países que asumen su pasado y esta no era la situación en los años noventa", ha añadido. La decisión, que responde a la denuncia planteada por la hija de una de las deportadas, no da lugar, sin embargo, a posibles indemnizaciones más allá de lo que el Estado ya ha satisfecho con las víctimas en distintas ocasiones.
Fonte: El País (Espanha)
http://elpais.com/elpais/2009/02/16/actualidad/1234775837_850215.html
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Ataque neonazista a português na Alemanha. Neonazista pode ter vínculo com o NPD, partido de extrema-direita
Português agredido na Alemanha está livre de perigo
O cidadão português, de 37 anos e origem africana, sofreu dois derrames cerebrais e teve de ser submetido a operações de emergência, depois da agressão sofrida domingo em Hamburgo.
O português agredido presumivelmente por um nenonazi, no domingo, em Hamburgo, já não corre perigo de vida mas continua internado nos cuidados intensivos, disse hoje à Lusa uma porta-voz da polícia da metrópole alemã.
"Esperamos poder interrogá-lo hoje ou amanhã (quinta-feira) para obter mais pormenores sobre o que se passou, mas aguardamos ainda autorização dos médicos", acrescentou Christiane Lefen.
"Interrogámos entretanto quatro testemunhas, e estamos a tentar construir o mosaico do incidente, mas não temos ainda nenhuma pista concreta", adiantou ainda a porta-voz.
O cidadão português, de 37 anos, de origem guineense, sofreu dois derrames cerebrais, um no domingo e outro na segunda-feira, e teve de ser submetido a operações de emergência, depois da agressão sofrida.
Agressor em fuga
Segundo a polícia, a vítima conduzia o seu carro em Hamburgo, por volta das 7h00 locais (6h00 em Lisboa) de domingo, e quando parou num sinal vermelho viu um indivíduo a colar um autocolante na parte de trás do veículo.
Quando desceu do veículo para pedir explicações ao homem, foi imediatamente agredido com murros na cara, caindo ao chão, enquanto o agressor se punha em fuga numa viatura pequena, de cor escura, conduzido por outro homem.
Mais tarde, a polícia verificou que o autocolante em causa era da secção local do NPD, com a palavra de ordem "Hamburgo tem de continuar a ser alemã". A Lusa tentou entretanto contactar telefonicamente a secção de Hamburgo daquele partido neofascista, a solicitar uma tomada de posição sobre o ocorrido, mas só foi possível deixar mensagem num atendedor automático.
Pouco depois da agressão, a polícia chegou ao local, a Nordkanalstrasse, em Hamburgo, e o cidadão português foi também assistido pela emergência médica ainda no local. Apresentava algumas contusões no rosto, mas depois de prestar declarações à polícia retomou viagem no seu automóvel, e aparentemente parecia não ter nada de grave.
Vida esteve em perigo
Algumas horas depois, no entanto, a meio da manhã de domingo, o seu estado de saúde agravou-se e teve de ser conduzido ao hospital, com um derrame cerebral, que obrigou a uma intervenção cirúrgica de emergência. Quando já estava a convalescer da primeira operação, sofreu novo derrame cerebral, na segunda-feira, e chegou a correr perigo de vida, comunicou no mesmo dia a polícia de Hamburgo.
Logo após o incidente, a polícia montou uma operação em larga escala para tentar deter o agressor e o seu cúmplice, o motorista da viatura que se pôs em fuga, mas as buscas não tiveram êxito.
As autoridades procuram um homem de estatura média, entre os 18 e 25 anos, alemão ou leste-europeu, de cabelos alourados, e tem estado a fazer apelos à população e a eventuais testemunhas que possam contribuir para identificar o agressor ou dar pormenores do incidente.
Fonte: Lusa
http://aeiou.expresso.pt/portugues-agredido-na-alemanha-esta-livre-de-perigo=f548066
O cidadão português, de 37 anos e origem africana, sofreu dois derrames cerebrais e teve de ser submetido a operações de emergência, depois da agressão sofrida domingo em Hamburgo.
O português agredido presumivelmente por um nenonazi, no domingo, em Hamburgo, já não corre perigo de vida mas continua internado nos cuidados intensivos, disse hoje à Lusa uma porta-voz da polícia da metrópole alemã.
"Esperamos poder interrogá-lo hoje ou amanhã (quinta-feira) para obter mais pormenores sobre o que se passou, mas aguardamos ainda autorização dos médicos", acrescentou Christiane Lefen.
"Interrogámos entretanto quatro testemunhas, e estamos a tentar construir o mosaico do incidente, mas não temos ainda nenhuma pista concreta", adiantou ainda a porta-voz.
O cidadão português, de 37 anos, de origem guineense, sofreu dois derrames cerebrais, um no domingo e outro na segunda-feira, e teve de ser submetido a operações de emergência, depois da agressão sofrida.
Agressor em fuga
Segundo a polícia, a vítima conduzia o seu carro em Hamburgo, por volta das 7h00 locais (6h00 em Lisboa) de domingo, e quando parou num sinal vermelho viu um indivíduo a colar um autocolante na parte de trás do veículo.
Quando desceu do veículo para pedir explicações ao homem, foi imediatamente agredido com murros na cara, caindo ao chão, enquanto o agressor se punha em fuga numa viatura pequena, de cor escura, conduzido por outro homem.
Mais tarde, a polícia verificou que o autocolante em causa era da secção local do NPD, com a palavra de ordem "Hamburgo tem de continuar a ser alemã". A Lusa tentou entretanto contactar telefonicamente a secção de Hamburgo daquele partido neofascista, a solicitar uma tomada de posição sobre o ocorrido, mas só foi possível deixar mensagem num atendedor automático.
Pouco depois da agressão, a polícia chegou ao local, a Nordkanalstrasse, em Hamburgo, e o cidadão português foi também assistido pela emergência médica ainda no local. Apresentava algumas contusões no rosto, mas depois de prestar declarações à polícia retomou viagem no seu automóvel, e aparentemente parecia não ter nada de grave.
Vida esteve em perigo
Algumas horas depois, no entanto, a meio da manhã de domingo, o seu estado de saúde agravou-se e teve de ser conduzido ao hospital, com um derrame cerebral, que obrigou a uma intervenção cirúrgica de emergência. Quando já estava a convalescer da primeira operação, sofreu novo derrame cerebral, na segunda-feira, e chegou a correr perigo de vida, comunicou no mesmo dia a polícia de Hamburgo.
Logo após o incidente, a polícia montou uma operação em larga escala para tentar deter o agressor e o seu cúmplice, o motorista da viatura que se pôs em fuga, mas as buscas não tiveram êxito.
As autoridades procuram um homem de estatura média, entre os 18 e 25 anos, alemão ou leste-europeu, de cabelos alourados, e tem estado a fazer apelos à população e a eventuais testemunhas que possam contribuir para identificar o agressor ou dar pormenores do incidente.
Fonte: Lusa
http://aeiou.expresso.pt/portugues-agredido-na-alemanha-esta-livre-de-perigo=f548066
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Auschwitz: Danuta Terlikowska foi mort com uma injeção de fenol no coração
Auschwitz Memorial / Muzeum Auschwitz. 29 de outubro de 2012
Em 29 de outubro de 1942, a enfermeira Danuta Terlikowska, de 21 anos, foi assassinada com uma injeção cardíaca de fenol. Ela foi transportada para o campo de Auschwitz em 25 de agosto de 1942 vinda da prisão de Pawiak em Varsóvia. Ela recebeu o número de campo 18294. Danuta Terlikowska, membro de uma organização clandestina, foi presa em Varsóvia enquanto limpava armas de fogo. Ela chegou a Auschwitz com sentença de morte. Na certidão de óbito oficial do campo a causa de sua morte foi descrita como pneumonia.
Fotografia de campo de Danuta Terlikowska. |
Foto: Arquivo do Museu de Auschwitz/Archiwum Muzeum Auschwitz (Polônia)
Fonte: Página do Museu de Auschwitz no Facebook
Tradução: Roberto Lucena
https://www.facebook.com/auschwitzmemorial/posts/10151662262466097
domingo, 15 de novembro de 2009
Crimes de ódio na rede, onde denunciar - Acordo Polícia Federal e Safernet
SaferNet e Polícia Federal lançam formulário integrado de denúncias on-line
COLETIVA DE IMPRENSA
Hoje (12/11), às 15h, Edifício sede da Polícia Federal, em Brasília
SaferNet e Polícia Federal lançam formulário integrado de denúncias on-line
Internautas poderão denunciar, de forma anônima, conteúdos suspeitos de pornografia infantil, crimes de ódio e de genocídio
Brasília, 12 de novembro de 2009 – A partir de hoje, internautas que se depararem com conteúdos suspeitos de pornografia infantil, crimes de ódio e de genocídio poderão denunciar, de forma anônima, as páginas eletrônicas por meio de formulário on-line disponibilizado no site do Departamento da Polícia Federal (http://www.dpf.gov.br/). O lançamento do novo sistema ocorrerá durante Coletiva de Imprensa, no Edifício-Sede da Polícia Federal em Brasília, logo mais às 15h.
As denúncias serão processadas pelos sistemas da SaferNet, responsável pela centralização do recebimento, processamento, encaminhamento e monitoramento on-line de notícias de crimes contra os Direitos Humanos praticados pela Internet. O novo formulário de denúncias é fruto de Termo de Cooperação assinado entre o Departamento de Polícia Federal, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Comitê Gestor da Internet no Brasil e SaferNet durante o III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no ano passado.
Um dos objetivos do Termo de Cooperação é centralizar as denúncias de pornografia infantil, crimes de ódio e de genocídio de modo a agilizar o fluxo do processamento e encaminhamento das denúncias, bem como a investigação por parte dos agentes federais, a identificação de autoria e possível punição de criminosos que utilizam a Internet para praticar atos ilícitos.
Antes da implantação do novo sistema desenvolvido pela equipe de Tecnologia da Informação da SaferNet, a análise de denúncias por parte da Polícia Federal era realizada manualmente. A nova ferramenta permitirá a filtragem automática dos registros de possíveis crimes, contribuindo para otimizar os procedimentos, evitar duplicidade e agilizar a investigação dos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos no país.
Durante o lançamento do novo sistema, representantes do Departamento da Polícia Federal e da SaferNet estarão à disposição da imprensa para fornecer mais informações sobre a parceria, incluindo os últimos indicadores e estatísticas do problema no país.
SERVIÇO
O que: Coletiva de Imprensa – Lançamento de novo sistema de denúncias on-line
Quando: Hoje, 12 de novembro, às 15h
Onde: Edifício sede da Polícia Federal, SAS Quadra 06, Lotes 09/10, Brasília/DF
Contatos:
Assessoria de Comunicação da SaferNet Brasil
Daniela Silva (danielasilva@safernet.org.br)
Lenina Uzeda (leninauzeda@safernet.org.br)
Telefones: 71 3235-5910 / 71 9136-1618
Saiba o que é:
PORNOGRAFIA INFANTIL
Pornografia infantil, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, compreende qualquer situação que envolva menores de 18 anos (criança ou adolescente) em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais dos mesmos para fins primordialmente sexuais.
A legislação brasileira considera crime relacionado à pornografia infantil diversas condutas, dentre as quais, destacam-se: adquirir, possuir ou armazenar, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático (p. ex. a Internet), fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso.
CRIMES DE ÓDIO
São considerados Crimes de Ódio a prática, indução ou incitamento à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, assim como a fabricação, comercialização, distribuição ou veiculação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
GENOCÍDIO
É considerado crime de genocídio qualquer ação humana que visando à tentativa de destruir, de forma intencional, no todo ou em parte, determinado grupo de nacionais, em razão de diferenças étnicas, raciais ou religiosas, causa, em relação a membro(s) do grupo, homicídios, lesões graves à integridade física ou mental, submete intencionalmente à condições de existência capazes de ocasionar-lhes a destruição física ou parcial; adota medidas destinadas a impedir nascimentos, transfere forçadamente crianças para outro grupo, bem como incita, direta e publicamente, alguém a cometer qualquer uma das ações acima relacionadas.
Fonte: Assessoria de Comunicação SaferNet Brasil
Autor: Equipe de Comunicação
Veículo de Imprensa: SaferNet Brasil
Para quem quiser ler matéria no site da Safernet:
http://www.safernet.org.br/site/noticias/safernet-pol%C3%ADcia-federal-lan%C3%A7am-formul%C3%A1rio-integrado-den%C3%BAncias-line
Observação importante: quem reside fora do Brasil também pode denunciar à Safernet quaisquer das atividades citadas acima se por ventura encontrar na rede ou em redes sociais.
Formulário de denúncia no ar:
http://nightangel.dpf.gov.br
Pra quem quiser checar o link no site da Polícia Federal segue abaixo a página da PF(há um logotipo pro link "nightangel"):
http://www.dpf.gov.br
COLETIVA DE IMPRENSA
Hoje (12/11), às 15h, Edifício sede da Polícia Federal, em Brasília
SaferNet e Polícia Federal lançam formulário integrado de denúncias on-line
Internautas poderão denunciar, de forma anônima, conteúdos suspeitos de pornografia infantil, crimes de ódio e de genocídio
Brasília, 12 de novembro de 2009 – A partir de hoje, internautas que se depararem com conteúdos suspeitos de pornografia infantil, crimes de ódio e de genocídio poderão denunciar, de forma anônima, as páginas eletrônicas por meio de formulário on-line disponibilizado no site do Departamento da Polícia Federal (http://www.dpf.gov.br/). O lançamento do novo sistema ocorrerá durante Coletiva de Imprensa, no Edifício-Sede da Polícia Federal em Brasília, logo mais às 15h.
As denúncias serão processadas pelos sistemas da SaferNet, responsável pela centralização do recebimento, processamento, encaminhamento e monitoramento on-line de notícias de crimes contra os Direitos Humanos praticados pela Internet. O novo formulário de denúncias é fruto de Termo de Cooperação assinado entre o Departamento de Polícia Federal, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Comitê Gestor da Internet no Brasil e SaferNet durante o III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no ano passado.
Um dos objetivos do Termo de Cooperação é centralizar as denúncias de pornografia infantil, crimes de ódio e de genocídio de modo a agilizar o fluxo do processamento e encaminhamento das denúncias, bem como a investigação por parte dos agentes federais, a identificação de autoria e possível punição de criminosos que utilizam a Internet para praticar atos ilícitos.
Antes da implantação do novo sistema desenvolvido pela equipe de Tecnologia da Informação da SaferNet, a análise de denúncias por parte da Polícia Federal era realizada manualmente. A nova ferramenta permitirá a filtragem automática dos registros de possíveis crimes, contribuindo para otimizar os procedimentos, evitar duplicidade e agilizar a investigação dos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos no país.
Durante o lançamento do novo sistema, representantes do Departamento da Polícia Federal e da SaferNet estarão à disposição da imprensa para fornecer mais informações sobre a parceria, incluindo os últimos indicadores e estatísticas do problema no país.
SERVIÇO
O que: Coletiva de Imprensa – Lançamento de novo sistema de denúncias on-line
Quando: Hoje, 12 de novembro, às 15h
Onde: Edifício sede da Polícia Federal, SAS Quadra 06, Lotes 09/10, Brasília/DF
Contatos:
Assessoria de Comunicação da SaferNet Brasil
Daniela Silva (danielasilva@safernet.org.br)
Lenina Uzeda (leninauzeda@safernet.org.br)
Telefones: 71 3235-5910 / 71 9136-1618
Saiba o que é:
PORNOGRAFIA INFANTIL
Pornografia infantil, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, compreende qualquer situação que envolva menores de 18 anos (criança ou adolescente) em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais dos mesmos para fins primordialmente sexuais.
A legislação brasileira considera crime relacionado à pornografia infantil diversas condutas, dentre as quais, destacam-se: adquirir, possuir ou armazenar, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático (p. ex. a Internet), fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso.
CRIMES DE ÓDIO
São considerados Crimes de Ódio a prática, indução ou incitamento à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, assim como a fabricação, comercialização, distribuição ou veiculação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
GENOCÍDIO
É considerado crime de genocídio qualquer ação humana que visando à tentativa de destruir, de forma intencional, no todo ou em parte, determinado grupo de nacionais, em razão de diferenças étnicas, raciais ou religiosas, causa, em relação a membro(s) do grupo, homicídios, lesões graves à integridade física ou mental, submete intencionalmente à condições de existência capazes de ocasionar-lhes a destruição física ou parcial; adota medidas destinadas a impedir nascimentos, transfere forçadamente crianças para outro grupo, bem como incita, direta e publicamente, alguém a cometer qualquer uma das ações acima relacionadas.
Fonte: Assessoria de Comunicação SaferNet Brasil
Autor: Equipe de Comunicação
Veículo de Imprensa: SaferNet Brasil
Para quem quiser ler matéria no site da Safernet:
http://www.safernet.org.br/site/noticias/safernet-pol%C3%ADcia-federal-lan%C3%A7am-formul%C3%A1rio-integrado-den%C3%BAncias-line
Observação importante: quem reside fora do Brasil também pode denunciar à Safernet quaisquer das atividades citadas acima se por ventura encontrar na rede ou em redes sociais.
Formulário de denúncia no ar:
http://nightangel.dpf.gov.br
Pra quem quiser checar o link no site da Polícia Federal segue abaixo a página da PF(há um logotipo pro link "nightangel"):
http://www.dpf.gov.br
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sábado, 14 de novembro de 2009
Batalhão de Polícia 309 e a Grande Sinagoga de Bialystok
Batalhão de Polícia 309 e a Grande Sinagoga de Bialystok
http://www.zabludow.com/bialystokgreatsynagogue.html
Tradução: Marcelo Oliveira
[...]A Grande Sinagoga de Bialystok [Polônia-N.do.T.] foi incendiada em 27 de junho de 1941 por membros do Batalhão de Polícia Alemã 309 [Ordnungspolizei, ou Polícia Regular -N.do.T.], sob o comando do Major Weis. Os alemães haviam agrupado pelo menos 700 judeus do sexo masculino na sinagoga. Gasolina foi despejada nas entradas. Uma granada foi jogada para dentro do prédio, acendendo um fogo que também se espalhou pelas casas próximas nas quais os judeus se escondiam, e eles também foram queimados vivos. No dia seguinte, 30 carregamentos de vagões com cadáveres foram levados para uma sepultura em massa. Cerca de 2.000 a 2.200 foram assassinados...[...]
Fonte: Lista Holocausto-doc
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6296
http://www.zabludow.com/bialystokgreatsynagogue.html
Tradução: Marcelo Oliveira
[...]A Grande Sinagoga de Bialystok [Polônia-N.do.T.] foi incendiada em 27 de junho de 1941 por membros do Batalhão de Polícia Alemã 309 [Ordnungspolizei, ou Polícia Regular -N.do.T.], sob o comando do Major Weis. Os alemães haviam agrupado pelo menos 700 judeus do sexo masculino na sinagoga. Gasolina foi despejada nas entradas. Uma granada foi jogada para dentro do prédio, acendendo um fogo que também se espalhou pelas casas próximas nas quais os judeus se escondiam, e eles também foram queimados vivos. No dia seguinte, 30 carregamentos de vagões com cadáveres foram levados para uma sepultura em massa. Cerca de 2.000 a 2.200 foram assassinados...[...]
Fonte: Lista Holocausto-doc
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6296
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Testemunho de uma sobrevivente do Gueto de Varsóvia
Eugenia Unger
A experiência da sobrevivente em sua visita à comunidade do Panamá.
Jovens da Comunidade do Panamá
Minha adolescência transcorreu no Gueto de Varsovia. Viviam-se os últimos dias da chamada “Solução Final”. Éramos quatro irmãos, duas mulheres e dois homens; não víamos Renia e David desde há algum tempo, haviam desaparecido; seguramente assassinados na luta diária pela sobrevivência no Gueto ou talvez houvessem sido deportados aos compos da morte. Desde o nosso confinamento no Gueto, as matanças eram habituais, o que convertia nossos dias em uma agonia e num martítio.
Às vezes quisera não recordar, apagando minha memória dessas e outras tantas imagens de horror que me atravessaram de dor e pena e que ainda hoje destroçam meu ser. Os maiores se escondiam nos bunkers enquanto que os jovens como Mordejai Anilevich, Antek Zuckerman, Teperman, Tzivia Lubetkin e outros, formaram grupos e lutaram com coragem e muito valor por nossa dignidade e a do povo judeu que estava sendo denegrido e aniquilado. Hoje podemos nos sentir cheios de orgulho pelo exemplo heroico que nos chegaram. Eram adolescentes de 14 a 20 anos. Meu irmão Ygnasz, era parte desses grupos de valentes. Um dia, entrou correndo no bunker, alertando-nos de que os nazis nos ordenavam, mediante cartazes pregados nas ruas, que no dia seguinte deveríamos nos apresentar em uma área de aproximadamente 10 quadras.
Nesse dia, Ygnasz decidiu não se reunir com seu grupo de luta para ficar conosco, os únicos que, de toda a família, restavam nesse momento vivos e nos sugeriu que desobedecêssemos a ordem. Recordo da cena: estávamos meus pais, ele e eu, apertando fortemente as mãos, e assim abraçados permanecemos por um tempo, tremendo como folhas ao vento. Num momento Ygnasz nos disse que não devíamos ter medo, que nos defenderíamos com os precários elementos de luta que conseguíssemos, que devíamos brigar com valor e dignidade até o fim. Assim ficamos todo o dia, que nos pareceu eterno; os nazis não apareceram porque estavam oculpados com as matanças nas ruas. Ao anoitecer voltamos ao bunker, sem minha mãe, que inesperadamente havia desaparecido. Este, que resultou no último bunker, era originariamente a padaria onde se assava o pão que dividíamos com 14 pessoas. No dia seguente, chegaram os nazis, que jogaram gases para dentro de nosso esconderijo enquanto nos ordenavam que saíssemos com os braços para o alto. Assim fomos obrigados a caminhar até o Umschlagplatz do Gueto, lugar onde se reunia os prisioneiros antes de seu translado para os campos de extermínio. No transporte me reecontrei com minha mãe, mas meu pai e meu irmão Ygnasz nunca mais voltamos a vê-los. Apesar de haver passado 60 anos, estas imagens me aparecem com tanta força que me parece estar revivendo esses terríveis momentos.
Meu nome é Genia Rotsztejn de Unger, sou uma sobrevivente do Holocausto e está é só uma das tantas experiências que desgraçadamente me cheguei a viver. Almejo que esta trágica experiência da Shoá sirva para que não se repitam mais matanças dos homens no mundo inteiro.
Fonte: Fundación Memoria del Holocausto(Argentina)
http://www.fmh.org.ar/revista/21/tessob.htm
Tradução: Roberto Lucena
A experiência da sobrevivente em sua visita à comunidade do Panamá.
Jovens da Comunidade do Panamá
Minha adolescência transcorreu no Gueto de Varsovia. Viviam-se os últimos dias da chamada “Solução Final”. Éramos quatro irmãos, duas mulheres e dois homens; não víamos Renia e David desde há algum tempo, haviam desaparecido; seguramente assassinados na luta diária pela sobrevivência no Gueto ou talvez houvessem sido deportados aos compos da morte. Desde o nosso confinamento no Gueto, as matanças eram habituais, o que convertia nossos dias em uma agonia e num martítio.
Às vezes quisera não recordar, apagando minha memória dessas e outras tantas imagens de horror que me atravessaram de dor e pena e que ainda hoje destroçam meu ser. Os maiores se escondiam nos bunkers enquanto que os jovens como Mordejai Anilevich, Antek Zuckerman, Teperman, Tzivia Lubetkin e outros, formaram grupos e lutaram com coragem e muito valor por nossa dignidade e a do povo judeu que estava sendo denegrido e aniquilado. Hoje podemos nos sentir cheios de orgulho pelo exemplo heroico que nos chegaram. Eram adolescentes de 14 a 20 anos. Meu irmão Ygnasz, era parte desses grupos de valentes. Um dia, entrou correndo no bunker, alertando-nos de que os nazis nos ordenavam, mediante cartazes pregados nas ruas, que no dia seguinte deveríamos nos apresentar em uma área de aproximadamente 10 quadras.
Nesse dia, Ygnasz decidiu não se reunir com seu grupo de luta para ficar conosco, os únicos que, de toda a família, restavam nesse momento vivos e nos sugeriu que desobedecêssemos a ordem. Recordo da cena: estávamos meus pais, ele e eu, apertando fortemente as mãos, e assim abraçados permanecemos por um tempo, tremendo como folhas ao vento. Num momento Ygnasz nos disse que não devíamos ter medo, que nos defenderíamos com os precários elementos de luta que conseguíssemos, que devíamos brigar com valor e dignidade até o fim. Assim ficamos todo o dia, que nos pareceu eterno; os nazis não apareceram porque estavam oculpados com as matanças nas ruas. Ao anoitecer voltamos ao bunker, sem minha mãe, que inesperadamente havia desaparecido. Este, que resultou no último bunker, era originariamente a padaria onde se assava o pão que dividíamos com 14 pessoas. No dia seguente, chegaram os nazis, que jogaram gases para dentro de nosso esconderijo enquanto nos ordenavam que saíssemos com os braços para o alto. Assim fomos obrigados a caminhar até o Umschlagplatz do Gueto, lugar onde se reunia os prisioneiros antes de seu translado para os campos de extermínio. No transporte me reecontrei com minha mãe, mas meu pai e meu irmão Ygnasz nunca mais voltamos a vê-los. Apesar de haver passado 60 anos, estas imagens me aparecem com tanta força que me parece estar revivendo esses terríveis momentos.
Meu nome é Genia Rotsztejn de Unger, sou uma sobrevivente do Holocausto e está é só uma das tantas experiências que desgraçadamente me cheguei a viver. Almejo que esta trágica experiência da Shoá sirva para que não se repitam mais matanças dos homens no mundo inteiro.
Fonte: Fundación Memoria del Holocausto(Argentina)
http://www.fmh.org.ar/revista/21/tessob.htm
Tradução: Roberto Lucena
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Crianças britânicas confudem Hitler com futebol
Crianças britânicas confudem Hitler com futebol
Acreditam que o ditador nazista foi treinador da Alemanha
Uma em cada 20 crianças britânicas em idade escolar acredita que Adolf Hitler foi um treinador da seleção alemã de futebol - 13,5% diz que o ditador inventou a gravidade no ano de 1650 -, enquanto 6% dos inquiridos se refere ao holocausto como festa de celebração do final da 2.ª Guerra Mundial.
A confusão é ainda maior quando se trata de Joseph Goebbels, chefe da propaganda nazi, cujo papel é "trocado" com Anne Frank, jovem judia que escreveu e manteve secreto um diário nesse período, por uma em cada cinco crianças.
Resultados preocupantes revelandos por um estudo a cargo da Erskine, de associação de veteranos de guerra, que inquiriu 2.000 crianças, com idades entre os 9 e os 15 anos, e foi publicada antes das comemorações do "Remembrance Day", a 11 de november 11, data em que muitos países celebram a assinatura do armistício que colocou ponto final na 1.ª Guerra Mundial.
"Ficámos chocados com algumas das respostas. As crianças são o futuro do nosso país e é importante que as ajudem a comrpeender a nossa história", afirmou o major Jim Panton, diretor-executivo da Erskine.
Fonte: Record(Portugal)
http://www.record.pt/noticia.aspx?id=83a67cf1-0f1b-491f-bf8f-366dcda7f3e4&idCanal=00000127-0000-0000-0000-000000000127
Acreditam que o ditador nazista foi treinador da Alemanha
Uma em cada 20 crianças britânicas em idade escolar acredita que Adolf Hitler foi um treinador da seleção alemã de futebol - 13,5% diz que o ditador inventou a gravidade no ano de 1650 -, enquanto 6% dos inquiridos se refere ao holocausto como festa de celebração do final da 2.ª Guerra Mundial.
A confusão é ainda maior quando se trata de Joseph Goebbels, chefe da propaganda nazi, cujo papel é "trocado" com Anne Frank, jovem judia que escreveu e manteve secreto um diário nesse período, por uma em cada cinco crianças.
Resultados preocupantes revelandos por um estudo a cargo da Erskine, de associação de veteranos de guerra, que inquiriu 2.000 crianças, com idades entre os 9 e os 15 anos, e foi publicada antes das comemorações do "Remembrance Day", a 11 de november 11, data em que muitos países celebram a assinatura do armistício que colocou ponto final na 1.ª Guerra Mundial.
"Ficámos chocados com algumas das respostas. As crianças são o futuro do nosso país e é importante que as ajudem a comrpeender a nossa história", afirmou o major Jim Panton, diretor-executivo da Erskine.
Fonte: Record(Portugal)
http://www.record.pt/noticia.aspx?id=83a67cf1-0f1b-491f-bf8f-366dcda7f3e4&idCanal=00000127-0000-0000-0000-000000000127
domingo, 8 de novembro de 2009
Bispo negacionista vai a tribunal e poderá pagar 12 mil euros de multa
Integrista Richard Williamson acusado de incitação ao ódio racial
A justiça alemã anunciou ontem que vai processar o bispo integrista Richard Williamson pelas suas declarações a 21 de Janeiro a uma televisão suíça, em que punha em causa a existência do Holocausto.
O procurador da cidade de Ratisbona acusa o prelado da organização católica integrista Fraternidade São Pio X de incitação ao ódio racial. Segundo um elemento do tribunal, Williamson pode ser condenado a multa. Se o tribunal considerar procedente a acusação, o clérigo poderá escolher entre aceitar a multa ou contestar, o que o seu advogado já admitiu dever ser a opção do seu cliente. Williamson declarou na entrevista não acreditar nas câmaras de gás, dizendo que não teriam morrido mais de 300 mil judeus nos campos de concentração.
Fonte: Diário de Notícias(Portugal, 16.10.2009)
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1392166&seccao=Europa
Complemento em outros jornais nos links abaixo: multa estipulada em 12 mil euros.
Mais:
La Voz(Argentina); Confirmado.net(Equador); elPeriodico.com(Catalunha); ElNacional(Venezuela); swissinfo.ch(Suíça)
Detalhe que pode passar desapercebido da maioria mas que aqui não passará: nenhum jornal no Brasil noticiou essa notícia(considerando apenas jornais disponibilizados em meios eletrônicos). Mas também não vi a notícia em canto algum(mídia aberta) a não ser na internet(na versão de jornais).
A justiça alemã anunciou ontem que vai processar o bispo integrista Richard Williamson pelas suas declarações a 21 de Janeiro a uma televisão suíça, em que punha em causa a existência do Holocausto.
O procurador da cidade de Ratisbona acusa o prelado da organização católica integrista Fraternidade São Pio X de incitação ao ódio racial. Segundo um elemento do tribunal, Williamson pode ser condenado a multa. Se o tribunal considerar procedente a acusação, o clérigo poderá escolher entre aceitar a multa ou contestar, o que o seu advogado já admitiu dever ser a opção do seu cliente. Williamson declarou na entrevista não acreditar nas câmaras de gás, dizendo que não teriam morrido mais de 300 mil judeus nos campos de concentração.
Fonte: Diário de Notícias(Portugal, 16.10.2009)
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1392166&seccao=Europa
Complemento em outros jornais nos links abaixo: multa estipulada em 12 mil euros.
Mais:
La Voz(Argentina); Confirmado.net(Equador); elPeriodico.com(Catalunha); ElNacional(Venezuela); swissinfo.ch(Suíça)
Detalhe que pode passar desapercebido da maioria mas que aqui não passará: nenhum jornal no Brasil noticiou essa notícia(considerando apenas jornais disponibilizados em meios eletrônicos). Mas também não vi a notícia em canto algum(mídia aberta) a não ser na internet(na versão de jornais).
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Olga Benario para o público alemão
'Olga Benario. Uma Vida pela Revolução', de Galip Iyitanir
Documentário do diretor turco Galip Iyitanir sobre a vida de Olga Benario estréia nos cinemas alemães. Em entrevista à DW-WORLD, Iyitanir fala da recepção do filme e discorre sobre algumas de suas escolhas narrativas.
Se Olga Benario foi um ícone sob o regime comunista da ex-Alemanha Oriental, seu nome é praticamente desconhecido nos Estados que pertenciam à parte ocidental do país. Sua ligação com Luiz Carlos Prestes, sua passagem pelo Brasil, a deportação pelo governo Vargas e a morte em um campo de concentração são capítulos praticamente ignorados na Alemanha unificada de hoje.
"Mesmo tendo sido amada na RDA, Olga Benario não é conhecida de todos, quanto menos da nova geração", diz Iyitanir. Embora haja no país inúmeras ruas, escolas e até cineclubes que levam seu nome.
Ao voltar luzes e câmeras para este período da história (alemã, russa, brasileira), o diretor turco, radicado na Alemanha, conta por um lado com a curiosidade do espectador frente a esta biografia desconhecida, mas, por outro, tem que enfrentar a resistência da mídia a um certo exagero nos adjetivos nos quais o filme carrega. Isto fez com que o documentário fosse chamado de "patético" pelo diário berlinense Der Tagessspiegel e acusado de exagerar nas doses do "patos da revolução" pelo jornal taz.
De qualquer forma, o filme – e com ele a biografia de Olga Benario – foi registrado pela imprensa do país, fazendo jus ao certamente árduo trabalho de pesquisa e reconstrução histórica levado a cabo pelo diretor.
Leia a seguir a íntegra da entrevista com Galip Iyitanir sobre Olga. Uma Vida pela Revolução.
DW-WORLD: Poderia se dizer, que você fez um filme para o público da ex-Alemanha Ocidental? Ou você pensou também no espectador brasileiro?
Iyitanir: Nunca tive a intenção de rodar o filme apenas para um público alemão ocidental. Mesmo tendo sido amada na RDA, Olga Benario não é conhecida de todo mundo, quanto menos da nova geração. Por isso meu filme é dirigido a todos aqueles que não têm conhecimento de sua história. É claro que pensei no espectador brasileiro ao narrar a revolta fracassada de 1935 mais detalhadamente do que seria necessário para o espectador alemão. Foi pensando que a história do Brasil não deveria ser resumida, caso o filme fosse exibido na televisão brasileira ou nos cinemas do país.
DW: Na mídia brasileira, seu filme apareceu bastante no contexto, ou mesmo em comparação ao longa de ficção "Olga", de Jayme Monjardim. Você acha que o sucesso de público deste filme no Brasil atraiu mais atenção para seu documentário ou, ao invés disso, prejudicou a recepção dele no país?
(Foto)Olga Benario (esq.) e Luiz Carlos Prestes
Certamente o sucesso do longa de ficção de Jayme Monjardim ajudou muito meu filme, pois foi concluído anteriormente e despertou a curiosidade das pessoas no Brasil a respeito do meu documentário. Além disso, o filme dele não foi bem recebido pela imprensa e por pessoas do meio cinematográfico, que tiveram interesse em ver como era o meu filme. Muitas pessoas me disseram após a exibição que, enfim, ficaram conhecendo a verdadeira história de Olga. E me agradeceram por isso.
DW: Há em seu documentário algumas correções históricas em relação ao longa de Monjardim – um filme que, embora seja ficcional, é comercializado como fiel à história. Uma dessas correções é o local de nascimento de Anita, a filha de Olga. Tais interpretações falsas dos fatos não o irritaram no filme?
De forma alguma! Pois um filme de ficção tem muitas liberdades e pode ser composto de forma tensa, emocional e voltada para o mercado. Enquanto o documentário tem que ser fiel à verdade e objetivo.
DW: Em "Olga. Uma Vida pela Revolução", você mistura material de arquivo com imagens atuais de locações originais da história, acrescentando ainda tomadas encenadas e entrevistas. Por que esse formato "misto" e por que uma narrativa estritamente cronológica?
A mistura de imagens históricas e atuais servem, no filme, para tornar nítida a diferença entre o antigo e o novo. Vê-se que em algumas locações quase nada mudou. Além disso, essa mistura ajuda o espectador a se mover emocionalmente, a perceber os dois lados, sem rejeitar um ou outro. Como o filme deveria ter 90 minutos, optei desde o início por esse formado misto, semidocumental. Isso por duas razões: primeiro porque há poucas imagens em movimento e poucas fotos de Olga Benario.
Segundo, porque não queria forçar o espectador a ver 90 minutos de um filme contado em off. O que teria sido com certeza muito estático e monótono. Teria se tornado radioteatro ilustrado. Não acho que o filme seja narrado de forma estritamente cronológica, pois ele começa com a cena de libertação de Otto Braun e só aí conta a infância e a juventude de Olga Benario, de forma retrospectiva até a ação de libertação. Essa forma narrativa foi introduzida também em relação a Prestes. Sua história é contada somente quando de sua viagem ao Brasil e não no começo, quando ele aparece no filme. Apenas depois do Brasil o filme se torna cronológico.
DW: A trilha sonora de seu filme é muito brasileira. Isso num contexto em que grande parte da vida de Olga Benario não se passou nem teve quaisquer referências ao Brasil. Por que esta escolha?
(Foto)Margrit Sartorius como Olga Benario e Michael Putschli como Otto Braun, em cena de 'Olga Benario. Uma Vida pela Revolução'
Apenas um quarto da trilha sonora é brasileira (repentistas, coro e Paraventi). Os 50 minutos restantes têm uma trilha composta especialmente para as cenas, com o intuito de apoiar a história do filme. Certamente, em trechos rodados no Brasil, a música foi um pouco adaptada às locações. Mas não foi propósito tornar toda a trilha sonora completamente brasileira.
DW: Como você chegou aos repentistas? Eles foram incluídos no filme por razões estéticas ou há alguma ligação entre a história de Olga Benario no Brasil e o repente?
Como sou um entusiasta do Brasil, asism como Olga era, queria de qualquer forma introduzir no meu filme algo mais que belas imagens, o que qualquer câmera de reportagem pode fazer. E este algo mais deveria estar ligado à cultura e à mentalidade do país. Foi quando cheguei aos repentistas, cuja tradição já conhecia há muito. Eu já havia me debatido bastante com a idéia de introduzir os repentistas, mas não tinha cem por cento de certeza. Só no Rio de Janeiro, frente à beleza magnífica da cidade, é que minhas idéias foram se tornando realidade.
DW: Você não teve a intenção de entrevistar Anita Leocádia e sua tia Lydia? Por não querer abandonar as fronteiras temporais da biografia de Olga Benario?
Eu quis muito entrevistar Anita e sua tia Lydia e estava até mesmo orgulhoso de ser o primeiro cineasta que iria entrevistá-las. Foi meu grande desejo. Pensei até em começar e concluir o filme com Anita, uma idéia em si já fascinante. Com Anita e Lydia o filme teria sido certamente muito mais rico e belo do que é. Infelizmente meus desejos não puderam ser realizados. As duas não se dispuseram a ser entrevistadas. Não soube o verdadeiro porquê disso, mas gostaria muito de saber.
Soraia Vilela
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 09.12.2004)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1420395,00.html
Documentário do diretor turco Galip Iyitanir sobre a vida de Olga Benario estréia nos cinemas alemães. Em entrevista à DW-WORLD, Iyitanir fala da recepção do filme e discorre sobre algumas de suas escolhas narrativas.
Se Olga Benario foi um ícone sob o regime comunista da ex-Alemanha Oriental, seu nome é praticamente desconhecido nos Estados que pertenciam à parte ocidental do país. Sua ligação com Luiz Carlos Prestes, sua passagem pelo Brasil, a deportação pelo governo Vargas e a morte em um campo de concentração são capítulos praticamente ignorados na Alemanha unificada de hoje.
"Mesmo tendo sido amada na RDA, Olga Benario não é conhecida de todos, quanto menos da nova geração", diz Iyitanir. Embora haja no país inúmeras ruas, escolas e até cineclubes que levam seu nome.
Ao voltar luzes e câmeras para este período da história (alemã, russa, brasileira), o diretor turco, radicado na Alemanha, conta por um lado com a curiosidade do espectador frente a esta biografia desconhecida, mas, por outro, tem que enfrentar a resistência da mídia a um certo exagero nos adjetivos nos quais o filme carrega. Isto fez com que o documentário fosse chamado de "patético" pelo diário berlinense Der Tagessspiegel e acusado de exagerar nas doses do "patos da revolução" pelo jornal taz.
De qualquer forma, o filme – e com ele a biografia de Olga Benario – foi registrado pela imprensa do país, fazendo jus ao certamente árduo trabalho de pesquisa e reconstrução histórica levado a cabo pelo diretor.
Leia a seguir a íntegra da entrevista com Galip Iyitanir sobre Olga. Uma Vida pela Revolução.
DW-WORLD: Poderia se dizer, que você fez um filme para o público da ex-Alemanha Ocidental? Ou você pensou também no espectador brasileiro?
Iyitanir: Nunca tive a intenção de rodar o filme apenas para um público alemão ocidental. Mesmo tendo sido amada na RDA, Olga Benario não é conhecida de todo mundo, quanto menos da nova geração. Por isso meu filme é dirigido a todos aqueles que não têm conhecimento de sua história. É claro que pensei no espectador brasileiro ao narrar a revolta fracassada de 1935 mais detalhadamente do que seria necessário para o espectador alemão. Foi pensando que a história do Brasil não deveria ser resumida, caso o filme fosse exibido na televisão brasileira ou nos cinemas do país.
DW: Na mídia brasileira, seu filme apareceu bastante no contexto, ou mesmo em comparação ao longa de ficção "Olga", de Jayme Monjardim. Você acha que o sucesso de público deste filme no Brasil atraiu mais atenção para seu documentário ou, ao invés disso, prejudicou a recepção dele no país?
(Foto)Olga Benario (esq.) e Luiz Carlos Prestes
Certamente o sucesso do longa de ficção de Jayme Monjardim ajudou muito meu filme, pois foi concluído anteriormente e despertou a curiosidade das pessoas no Brasil a respeito do meu documentário. Além disso, o filme dele não foi bem recebido pela imprensa e por pessoas do meio cinematográfico, que tiveram interesse em ver como era o meu filme. Muitas pessoas me disseram após a exibição que, enfim, ficaram conhecendo a verdadeira história de Olga. E me agradeceram por isso.
DW: Há em seu documentário algumas correções históricas em relação ao longa de Monjardim – um filme que, embora seja ficcional, é comercializado como fiel à história. Uma dessas correções é o local de nascimento de Anita, a filha de Olga. Tais interpretações falsas dos fatos não o irritaram no filme?
De forma alguma! Pois um filme de ficção tem muitas liberdades e pode ser composto de forma tensa, emocional e voltada para o mercado. Enquanto o documentário tem que ser fiel à verdade e objetivo.
DW: Em "Olga. Uma Vida pela Revolução", você mistura material de arquivo com imagens atuais de locações originais da história, acrescentando ainda tomadas encenadas e entrevistas. Por que esse formato "misto" e por que uma narrativa estritamente cronológica?
A mistura de imagens históricas e atuais servem, no filme, para tornar nítida a diferença entre o antigo e o novo. Vê-se que em algumas locações quase nada mudou. Além disso, essa mistura ajuda o espectador a se mover emocionalmente, a perceber os dois lados, sem rejeitar um ou outro. Como o filme deveria ter 90 minutos, optei desde o início por esse formado misto, semidocumental. Isso por duas razões: primeiro porque há poucas imagens em movimento e poucas fotos de Olga Benario.
Segundo, porque não queria forçar o espectador a ver 90 minutos de um filme contado em off. O que teria sido com certeza muito estático e monótono. Teria se tornado radioteatro ilustrado. Não acho que o filme seja narrado de forma estritamente cronológica, pois ele começa com a cena de libertação de Otto Braun e só aí conta a infância e a juventude de Olga Benario, de forma retrospectiva até a ação de libertação. Essa forma narrativa foi introduzida também em relação a Prestes. Sua história é contada somente quando de sua viagem ao Brasil e não no começo, quando ele aparece no filme. Apenas depois do Brasil o filme se torna cronológico.
DW: A trilha sonora de seu filme é muito brasileira. Isso num contexto em que grande parte da vida de Olga Benario não se passou nem teve quaisquer referências ao Brasil. Por que esta escolha?
(Foto)Margrit Sartorius como Olga Benario e Michael Putschli como Otto Braun, em cena de 'Olga Benario. Uma Vida pela Revolução'
Apenas um quarto da trilha sonora é brasileira (repentistas, coro e Paraventi). Os 50 minutos restantes têm uma trilha composta especialmente para as cenas, com o intuito de apoiar a história do filme. Certamente, em trechos rodados no Brasil, a música foi um pouco adaptada às locações. Mas não foi propósito tornar toda a trilha sonora completamente brasileira.
DW: Como você chegou aos repentistas? Eles foram incluídos no filme por razões estéticas ou há alguma ligação entre a história de Olga Benario no Brasil e o repente?
Como sou um entusiasta do Brasil, asism como Olga era, queria de qualquer forma introduzir no meu filme algo mais que belas imagens, o que qualquer câmera de reportagem pode fazer. E este algo mais deveria estar ligado à cultura e à mentalidade do país. Foi quando cheguei aos repentistas, cuja tradição já conhecia há muito. Eu já havia me debatido bastante com a idéia de introduzir os repentistas, mas não tinha cem por cento de certeza. Só no Rio de Janeiro, frente à beleza magnífica da cidade, é que minhas idéias foram se tornando realidade.
DW: Você não teve a intenção de entrevistar Anita Leocádia e sua tia Lydia? Por não querer abandonar as fronteiras temporais da biografia de Olga Benario?
Eu quis muito entrevistar Anita e sua tia Lydia e estava até mesmo orgulhoso de ser o primeiro cineasta que iria entrevistá-las. Foi meu grande desejo. Pensei até em começar e concluir o filme com Anita, uma idéia em si já fascinante. Com Anita e Lydia o filme teria sido certamente muito mais rico e belo do que é. Infelizmente meus desejos não puderam ser realizados. As duas não se dispuseram a ser entrevistadas. Não soube o verdadeiro porquê disso, mas gostaria muito de saber.
Soraia Vilela
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 09.12.2004)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1420395,00.html
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