terça-feira, 30 de novembro de 2010

O CODOH precisa de dinheiro

O erroneamente nomeado "Comitê para o Livre Debate sobre o Holocausto" agora saúda os visitantes de seu site com um pedido de ajuda.

Screenshot(captura de imagem de tela) tirado esta manhã (clique para aumentá-lo):



Doações, alguém?

No dia que o CODOH começar a cumprir sua promessa de debate aberto e de troca de ideias livremente (duas coisas que estes "revisionistas" hipócritas temem tanto quanto vampiros à luz do sol), outras pessoas além dos odiadores de judeus e/ou viúvas/adoradores de Hitler poderiam estar dispostos a ajudar.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2010/11/codoh-needs-money.html
Texto(inglês): Roberto Muehlenkamp
Tradução: Roberto Lucena

Comentário: o título do post também poderia ser '"Revisionismo" em tempos de crise global', pois também seria adequado. Em todo caso, resta saber se a trupe fanática "revi", com sua verborragia habitual na rede, irá deixar seus gurus do Codoh minguarem junto com a indústria do negacionismo.

Ver também:
A implosão do CODOH

sábado, 27 de novembro de 2010

Museu de Auschwitz lançará site sobre o Holocausto

Berlim, Alemanha.- Um programa de estudos sobre o Holocausto e o antigo campo de extermínio de Auschwitz, estará online a partir de amanhã, quinta-feira, com informação confiável e completa desse episódio da Segunda Guerra Mundial.

Trata-se de um projeto piloto de ensino que tem por objetivo educar sobre a perseguição e o assassinato sistemático e organizado de milhões de judeus por parte do regime nazi, anunciou o Museu de Auschwitz.

Segundo o website do Museu, o programa - elaborado em colaboração com o Centro Internacional de Educação sobre o Holocausto e Auschwitz - está sendo desenhado para ajudar as pessoas a entenderem melhor essa passagem da história ante os desafios do mundo moderno.

Os conteúdos do programa, cuja primeira fase será na Polônia através de uma plataforma da web, dividem-se em duas partes, uma sobre o Holocausto e a outra sobre o campo de extermínio, construído durante a Segunda Guerra Mundial pela Alemanha nazi no sul da Polônia ocupada.

Ali, pereceram aproximadamente 1.1 milhão de homens, mulheres e crianças judias, incluindo uma grande maioria de diversos países da Europa, entre 1940 e 1945.

O projeto nasceu da necessidade de conhecimento confiável e completo, respaldado pela autoridade do museu sobre esse capítulo da história, já que “na internet há informação pouco confiável e falsa, ou com frequência incompleta”, pontualizou o Museu.

Fonte: Notimex/Provincia(México)
http://www.provincia.com.mx/24-11-2010/102647
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Ustasha e o silêncio do Vaticano - parte 1

In English: The Ustasha and Vatican's Silence - Part 1
Ler antes o texto observação, sobre os erros desta série:
A Ustasha e o silêncio do Vaticano - parte 4 (Observação)

Os crimes dos ustashi croatas (NDH)

O OUTRO HOLOCAUSTO
O VATICANO E O GENOCÍDIO NA CROÁCIA


Pavelic e o arcebispo católico
de Zagreb A. Stepinac.

A maior parte das pessoas ignora que durante a Segunda Guerra Mundial se produziu outro genocídio, cuja brutalidade superou com acréscimo o visto em campos de concentração nazis. O assassinato de meio milhão de sérvios na Croácia já passou por direito próprio aos anais dos mais infames crimes contra a humanidade. O papel da Igreja Católica nesta tragédia não foi em absoluto menor.

Quando Adolf Hitler atacou a Iugoslávia em 6 de abril de 1941, ficou imediatamente evidente que a Wehrmacht contava com o apoio de grupos traidores dentro do Estado iugoslavo. O exército do país estava entre a espada e a parede, superado pela imensa maquinária de guerra alemã e apunhalado pelas costas por terroristas pró-nazis membros do Partido Ustasha, uma perigosa organização croata de extrema-direita. Inclusive os comandos de algumas unidades de maioria croata estiveram em conversações com os nazis, abrindo-lhes praticamente as portas do país. [01]

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Números do Holocausto - Ciganos (Estimativa do número de mortos)

Vítimas ciganas Sinti e Roma do Holocausto

País
Bélgica
Tchecoslováquia
Estônia
França
Alemanha
Holanda
Hungria
Itália
Letônia
Lituânia
Luxemburgo
Polônia
Romênia
União Soviética
Iugoslávia
Total

600
13.500
1.000
16.000
16.000
500
28.000
1.000
3.500
1.000
200
35.000
36.000
30.000
40.000
222.300 

Fonte(livro): The Penguin Historical Atlas of the Third Reich
Autor: Richard Overy

Fonte(site): Axis History Factbook*
http://www.axishistory.com/index.php?id=3606
*O site mencionado não é nazista.

Ver também:
Números do Holocausto - Estimativa de vítimas judaicas
Números do Holocausto por Raul Hilberg
5 milhões de vítimas não judias? (1ª Parte)
5 milhões de vítimas não judias? (2ª Parte)
Auschwitz e os números de mortos (por Robert Jan Van Pelt)
Número de judeus húngaros gaseados na chegada a Auschwitz
Números de vítimas do Holocausto por país em relação aos números da populaçao de 1937

Bispo negacionista será defendido por advogado ligado a neonazistas

Mulher segura laptop com vídeo de
bispo Richard Williamson no
tribunal de Regensburg, sudeste
da Alemanha, em abril
BERLIM — O bispo negacionista Richard Williamson, condenado por "incitação ao ódio racial", será defendido numa corte de apelação por advogado próximo a grupos neonazistas, informou nesta segunda-feira o tribunal de Regensburgo (sul da Alemanha) - fato que poderá valer sua expulsão da comunidade religiosa.

O movimento fundamentalista Fraternidade São Pio X, do qual Williamson é membro, ameaçou exclui-lo se não renunciar aos serviços do profissional, relacionado ao movimento neonazista alemão.

A justiça de Regensburgo confirmou que Wolfram Nahrath defenderá o bispo na próxima segunda-feira.

Se mudar de advogado, o processo poderá ser adiado para fevereiro ou março de 2011, disse à AFP um porta-voz do tribunal.

Wolfram Nahrath é membro del partido de extrema-direita NPD. Fez parte de associações como Heimattreue Deutsche Jugend (a juventude patriótica alemã), proibida em março de 2009.

A Fraternidade manifestou descontentamento com o bispo em comunicado publicado no site de sua seção alemã.

O superior general Bernard Fellay "pediu com insistência" ao bispo Richard Williamson que não mantivesse "um advogado com um tal passado", para não "se deixar instrumentalizar por teses políticas".

Caso contrário, "se exporá à exclusão da Fraternidade de São Pio X", conclui o comunicado.

O prelado britânico, de 70 anos, destacou em entrevista realizada na Alemanha e divulgada pela televisão sueca em janeiro de 2009 que "entre 200.000 e 300.000 judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum em câmaras de gás" - negando a morte de seis milhões de judeus pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Williamson rejeitou pagar multa de 12.000 euros, proposta pelo tribunal de Regensburgo para evitar o processo.

Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gOH-M4vdoHYbMuUv7Xy7ROAqvgEQ?docId=CNG.20932c33839fe30f97fbd6c4c8ac83dd.a71

Criminoso nazista morre na Alemanha antes de ir a julgamento

Samuel Kunz foi guarda no campo
de concentração de Belzec
Aos 89 anos, Samuel Kunz, número três da lista de criminosos nazistas mais procurados do Centro Simon Wiesenthal, faleceu na Alemanha antes que pudesse ser julgado por seus crimes.

Morreu na última quinta-feira (18/11), aos 89 anos, Samuel Kunz, número três da lista de criminosos nazistas mais procurados do Centro Simon Wiesenthal, especializado na procura de criminosos do regime de Hitler. Acusado de participação no assassinato de mais de 420 mil judeus durante o Holocausto, Kunz faleceu em casa, em uma cidade alemã próxima a Bonn, antes que fosse levado a julgamento.

Samuel Kunz deveria ser julgado pelo assassinato de prisioneiros judeus durante o período em que era guarda do campo de concentração de Belzec, na Polônia ocupada pelos nazistas, entre janeiro de 1942 e julho de 1943.

"O tribunal ia tomar uma decisão sobre a abertura de um processo que provavelmente começaria em fevereiro", afirmou o procurador Andreas Bendel, chefe do departamento para a elucidação de crimes nazistas em Dortmund, no oeste da Alemanha.

Caso de Kunz veio à tona
durante investigações sobre
Demjanjuk (foto)
O passado de Kunz veio à tona durante a investigação de John Demjanjuk, que foi a julgamento no último ano sob acusação de ajudar a matar 27.900 judeus. Assim como Demjanjuk, Kunz serviu no Exercito soviético, tornando-se guarda de um campo depois de ser capturado por alemães.

Samuel Kunz havia reconhecido abertamente, perante investigadores encarregados do inquérito a John Damjanjuk, ter trabalhado no campo de extermínio de Belzec. "Era evidente para nós que os judeus eram exterminados e depois queimados no local". "Sentíamos o cheiro todos os dias", declarou.

Sentimento de frustração

Efraim Zuroff, diretor do Centro Simon Wiesenthal em Jerusalém, expressou sua "profunda frustração" pelo fato de o acusado não ter sido julgado e culpa abertamente a Alemanha pela impunidade.

"O fato de Samuel Kunz ter vivido na Alemanha sem penalidade por tantas décadas é o resultado de falhas no processo criminal que ignora qualquer criminoso do Holocausto que não tivesse sido um oficial".

Segundo Zuroff, apesar da impunidade, o caso colocou o conturbado tema em pauta novamente. "O único consolo é que ele foi acusado, foi exposto e pelo menos uma pequena parte da justiça foi feita", afirmou.

MDA/afp/lusa/rtr
Revisão: Carlos Albuquerque

Fonte: Deutsche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6256191,00.html

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ehri - Lançado site de buscas europeu sobre o Holocausto

BRUXELAS, 16 Nov 2010 (AFP) - Um novo site de buscas voltado ao Holocausto, financiado pela União Europeia, foi lançado nesta terça-feira em Bruxelas para permitir a "preservação da memória" desta tragédia, no momento em que desaparecem os últimos sobreviventes dos campos de extermínio nazis.

Batizado de Ehri (European Holocaust Research Infrastructure), o site, que alcançará sua máxima eficácia operacional em 2014, tem a ambição de agrupar as bases de dados de um grupo de vinte instituições, museus ou bibliotecas, dispersos em doze países europeus e em Israel, entre elas o Memorial da Shoah, na França e o Yad Vashem em Israel,

A UE autorizou um montante inicial de sete milhões de euros para financiar este projeto.

Os pesquisadores, professores e estudantes, terão acesso online a esta fonte única de documentos sobre o Holocausto.

Este site na web deverá permitir igualmente às famílias encontrar pistas de parentes assassinados nos campos nazis, ou ao público buscar informações sobre este período negro da história.

aje/pm/jo

Fonte: Univision.com
http://www.univision.com/contentroot/wirefeeds/noticias/8324137.shtml
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Ehri [http://www.ehri-project.eu/]
Launch European Holocaust Archives (EHRI)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Testemunha no século dos pastores alemães

CRÍTICA: LIVROS / Ensaio, Narrativa, Poesia e Reportagem Ensaio
Testemunha no século dos pastores alemães
(perros lobos*)
L. F. MORENO CLAROS 16/10/2010

Vasili Grossman (1905-1964) é um dos autores mais relevantes do século XX. Sua novela "Vida e destino" (Galaxia / Círculo), publicada pela primeira vez na Suíça (1980) depois de sofrer um desmedido ostracismo na União Soviética, obteve um sonoro sucesso de vendas em toda a Europa. Nascido na cidade ucraniana de Berdíchev, e de origem judaica, foi testemunha dos horrores da II Guerra Mundial e do Holocausto, assim como da destruidora crueldade do regime soviético. Nunca esteve cativo dos nazis, e sim receber uma só ferida, destacou-se com o mais valoroso dos repórteres de guerra do Exército Vermelho. Suas crônicas sobre Stalingrado e a queda de Berlim para a Estrela Vermelha foram lidas com avidez até pelos figurões do Partido. Nelas exaltava o valor dos homens e mulheres junto aos que ele lutava bravamente contra o invasor, sob condições deploráveis. Naquele então ele omitia emitir suas opiniões sobre a nefasta gestão da guerra da parte soviética e consignava sua raiva em seus diários particulares.


Imagem da batalha de Stalingrado em
1943.- Pictorial Parade / Getty Images
 Em 1943 ele topou com um fato que lhe mudou a vida: as macabras evidências do genocídio judeu que os invasores alemães, ajudados por colaboradores ucranianos e lituanos, perpetraram nos territórios ocupados da Polônia e da URSS. À parte de conhecer o horror dos campos como o de Treblinka ou Sobibor, constatou o horrível destino que aguardou aos 100.000 judeus assassinados em Babi Yar ou aos 30.000 de Berdíchev: homens, mulheres e crianças foram massacrados em massa, abatidos a tiro a sangue frio por carrascos alemães e carniceiros nativos, ávidos de violar as mulheres judias. Na Ucrânia e Lituânia odiavam a Stalin como aos judeus, e disto a entusiasta cooperação com os invasores.

A mãe de Grossman morreu em uma das fossas descobertas em Berdíchev. Seu filho, então em Moscou, não atuou a tempo para tirá-la do perigo; o remorso o atormentou por toda a vida. Ante as fossas de Berdíchev, transbordantes de cadáveres desnudos meio decompostos, Grossman tomou consciência do que significava ser judeu na Rússia, célebre por seus históricos pogroms sangrentos e jurou preservar a memória do acontecido.

Junto com Ilia Ehrenburg, Grossman quis publicar um "livro negro" para dar conta do Holocausto na URSS, mas suas ambições chocaram com o Kremlin. Depois da guerra, Stalin ordenou "reescrever a História": não houve mortes de judeus na União Soviética nem colaboracionismo; devia publicar-se só o que os "fascistas" alemães haviam assassinado a centenas de milhares de "cidadãos russos indefesos" sem mais distinções. O propósito de Grossman de divulgar a verdade se truncou: o projeto foi proibido. E o mesmo ocorreu com seus escritos de guerra que já não pode reeditar, ou com suas novelas mais ambiciosas: "Tudo flui" e "Vida e destino". O que Grossman podia revelar contrariava a história oficial do Partido, que sustentava, por exemplo, que Stalin dirigiu em pessoa a batalha de Stalingrado e que sua estratégia de guerra foi impecável.

Educado desde sua juventude no comunismo soviético, entusiasta da fraternidade entre todos os povos de um imenso país, Vasili Grossman conheceu com os anos que a classe do regime tirânico era a que os escravizava. Durante o Terror dos anos trinta viu como seus amigos eram encarcerados sem piedade; assim mesmo, supôs a grande fome a que Stalin condenou a Ucrânia; e logo, na frente bélica, descobriu a necessidade de uns dirigentes que enviavam a morte a milhares de seres humanos como bucha de canhão. Mas nem mesmo sequer uma vez morto Stalin, os regimes de Kruschov ou Bréznev permitiram a Grossman publicar a obra que esteve preparando durante uma década: a mencionada grande novela "Vida e destino", a "Guerra e Paz" do século XX, na qual narrava sem travas o que havia vivido. A KGB requisitou as cópias manuscritas. Se salvou uma que pode sair para o estrangeiro. Só com a Glasnost, em 1988, veio a luz também na Rússia, causando uma enorme comoção.

O poeta russo Mandelstam caracterizou o século XX como o dos "perros lobo"(cães-lobos). John e Carol Garrard aportam em seu esplêndido livro generosa e bem documentada informação sobre as más ações que semelhantes animais irracionais protagonizaram em toda Europa, mas também narram muito bem as vicissitude do próprio Grossman e alguns amigos valorosos para que ao fim de hoje se conheça a amarga verdade que o escritor pôs por divulgar: que ambos totalitarismos, o nazi e o soviético, eram idênticos em sua desumanidade.

Título(espanhol): La vida y el destino de Vasili Grossman
Autores: John e Carol Garrard
Tradução(espanhol) de Lázaro Sanz Velázquez
Encuentro. Madrid, 2010
502 páginas

*Perro lobo: usalmente é o termo empregado para designar Pastor Alemão em português (raça de cachorro), mas há uma raça de cachorro da extinta Tchecoslováquia também chamada Perro Lobo(Cão-lobo).

Fonte: El País(Espanha)
http://www.elpais.com/articulo/portada/Testigo/siglo/perros/lobo/elpepuculbab/20101016elpbabpor_14/Tes
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Grupo skinhead ataca 3 gays na avenida Paulista, diz polícia

Rapaz foi medicado em hospital da capital após ser atacado na Avenida Paulista

Foto: Werther Santana/
Agência Estado
Reduzir Normal Aumentar Imprimir Três homossexuais foram agredidos na manhã do domingo por um grupo de skinheads na avenida Paulista, em São Paulo, segundo a Polícia Militar. Um dos homens foi encontrado desmaiado na altura do número 459 da Paulista, após a agressão, por volta das 6h30.

A PM recebeu uma chamada e, ao chegar ao local, testemunhas informaram que um grupo de jovens havia corrido em direção à estação Brigadeiro do Metrô. A polícia conseguiu alcançar o grupo e deteve os cinco suspeitos de agressão. Segundo a Polícia Civil, quatro deles são menores.

Eles foram levados para o 5º DP (Aclimação). Duas das vítima da agressão foram levadas ao pronto-socorro Vergueiro e um delas foi logo liberada. A outra, menos ferida, foi à delegacia prestar depoimento.

Fonte: Terra
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4791105-EI5030,00-Homem+e+agredido+por+suposto+grupo+de+skinheads+na+Paulista.html

Skinhead condenado a prisão perpétua na Rússia, mas ainda ficam muitos em liberdade

«Skinhead» condenado a prisão perpétua, mas ainda ficam muitos em liberdade

Um membro de um grupo de «skinheads» (cabeças rapadas) foi hoje condenado a prisão perpétua por um tribunal de Moscou por ter assassinado 15 pessoas por “motivos nacionalistas”.

Outro «skinhead», cúmplice nos crimes, terá de cumprir uma pena de 22 anos de prisão de alta segurança.

Segundo a acusação, entre outubro e dezembro de 2007, Vassili Krivetz, de 22 anos, e Dmitri Ufimtsev, de 23 anos, juntaram-se a outros jovens com base na ideia da superioridade racial dos russos em relação às pessoas de origem não eslava.

Entre os meses de outubro de 2007 e maio de 2008, os jovens mataram cidadãos do Tadjiquistão, Uzbequistão, Azerbaijão, Turquia e Rússia. Os crimes foram cometidos, na maioria dos casos, em estações do metropolitano de Moscou com o emprego de facas, martelos e barras metálicas.

Depois dos crimes, os «cabeças rapadas» roubavam as vítimas.

Krivetz foi detido em 2008. Inicialmente, negou as acusações, mas acabou por reconhecer alguns assassínios e colaborar com a justiça.

Durante a investigação prévia, quando Krivetz foi levado a uma estação de metro da capital russa onde assassinara um músico idoso “porque era judeu”, conseguiu fugir, tendo sido detido um ano depois.

O julgamento decorreu sob fortes medidas de segurança.

Este é o terceiro «skinhead» russo a ser condenado a prisão perpétua.

A incidência de ataques racistas na Rússia sofreu aumento de 39% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2009, enquanto cresceu o número de grupos radicais neonazistas, que são mais de 150, informou nesta quinta-feira o Ministério do Interior.

"Aumentou o número de grupos radicais que baseiam a sua ideologia na intolerância étnica, racial e religiosa", declarou o general Serguei Guirko, chefe do Instituto de Pesquisas Científicas do Ministério do Interior.

Segundo Guirko, existem atualmente na Rússia mais de 150 grupos radicais neonazis, que põem em prática a sua ideologia através da violência e de assassinatos por motivos étnicos, racistas e religiosos. Em 2007, foram registrados 356 ataques deste tipo, número que saltou para 460 em 2008 e para 548 em 2009.

"O ano 2010 não é uma exceção. No primeiro semestre, foram registrados 370 ataques, o que representa 39% mais que no mesmo período do ano passado", detalhou Guirko, citado pela agência Interfax. Os números poderiam ser ainda maiores, porque, como afirmou Guirko, muitos ataques extremistas são classificados inicialmente como delitos cometidos por outros motivos, "já que os grupos extremistas se caracterizam pela sua ligação a círculos criminosos".

A ONG de direitos humanos Sova denunciou, no início de outubro, que 23 pessoas morreram e outras 242 ficaram feridas em ataques xenófobos no país em 2010. O principal alvo deste tipo de ataques são imigrantes procedentes do Cáucaso e da Ásia Central, membros de movimentos juvenis alternativos e representantes de minorias sexuais.

Fonte: SIC(Portugal)/Da Rússia
http://darussia.blogspot.com/2010/10/skinhead-condenado-prisao-perpetua-mas.html
http://sic.sapo.pt/online/noticias/mundo/Skinhead+condenado+a+prisao+perpetua+por+tribunal+de+Moscovo.htm

Observação: o link original do SIC, que foi citado acima, encontra-se indisponível ou dando erro, o que obrigou a ter que copiar o mesmo texto que fora previamente postado no blog Da Rússia.

EUA ofereceram refúgio a nazistas após 2ª Guerra Mundial, segundo relatório

Washington, 13 nov (EFE).- Um relatório até agora secreto sobre a operação de caça de nazistas por parte do Governo dos Estados Unidos conclui que funcionários de inteligência ofereceram refúgio no país a nazistas e seus colaboradores após a Segunda Guerra Mundial.

"Os EUA, que se vangloriavam de ser um refúgio seguro para os perseguidos, se transformou em pequena escala em um refúgio seguro também para os perseguidores", afirma o relatório de 600 páginas vazado para a imprensa.

O jornal "The New York Times" foi o primeiro a obter uma cópia do relatório que o Departamento de Justiça tinha tentado manter em segredo durante os últimos anos.

O relatório aparece publicado também no site do National Security Archive, um grupo de investigação independente situado na Universidade George Washington da capital americana.

A análise avalia tanto os sucessos como os fracassos dos advogados, historiadores e investigadores do Escritório de Pesquisas Especiais do Departamento de Justiça (OSI, na sigla em inglês), criado no ano de 1979 para deportar nazistas.

O relatório documenta como funcionários americanos que receberam a incumbência de recrutar cientistas após a Segunda Guerra Mundial fizeram caso omisso da ordem do presidente Harry Truman que não se recrutasse nazistas ou pessoas filiadas a eles.

Os pesquisadores do OSI assinalam no relatório que a alguns nazistas "foi garantida certamente a entrada nos EUA" apesar de os funcionários do Governo conhecerem seu passado.

Arthur Rudolph, um das centenas de cientistas estrangeiros recrutados para trabalhar nos EUA após a guerra disse aos pesquisadores em 1947 ser o diretor de uma unidade que fabricava foguetes na qual se utilizava trabalhos forçados.

O relatório assegura que os funcionários de imigração sabiam que Rudolph tinha sido membro do partido Nazista, mas mesmo assim o deixaram entrar nos EUA por causa de seu conhecimento sobre foguetes.

Outro dos casos que se menciona é o de Otto Von Bolschwing, que trabalhou com Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto, e que trabalhou como agente da CIA nos EUA após a Segunda Guerra Mundial.

O documento detalha como a agência de espionagem debateu em uma série de relatórios internos o que fazer se o passado de Bolschwing fosse descoberto.

A CIA contratou Bolschwing durante a Guerra Fria por suas conexões com alemães e romenos.

O Departamento de Justiça tentou deportar Bolschwing em 1981, após averiguar seu passado, mas o ex-nazista morreu esse mesmo ano.

Desde a criação da OSI, os EUA deportaram mais de 300 nazistas.

"The New York Times" lembra que o relatório sobre a caça de nazistas é obra de Mark Richard, um advogado do Departamento de Justiça.

Em 1999, Richard convenceu a procuradora-geral dos EUA Janet Reno para que começasse uma apuração detalhada do que ele considerava uma peça crucial da história e encarregou o trabalho à promotora Judith Feigin.

Após editar a versão final no ano 2006, pediu a altos funcionários do Departamento de Justiça que publicassem o relatório, mas sua solicitação foi negada.

O "Times" assegura que quando descobriu que tinha câncer, Richard disse a um grupo de amigos que um de seus desejos antes de morrer era ver o relatório publicado.

O advogado morreu em 2009 sem ver seu sonho realizado.

Fonte: EFE/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/s/14112010/40/mundo-eua-ofereceram-refugio-nazistas-apos.html

sábado, 13 de novembro de 2010

Biografia HITLER - Ian Kershaw

Quando foram publicados, em 1998 e 2000, os dois volumes da monumental biografia de Hitler escrita por Ian Kershaw foram imediatamente saudados em todo o mundo como obras fundamentais sobre a figura mais sinistra da história do século XX. A presente tradução foi realizada a partir da versão condensada elaborada pelo autor, que eliminou cerca de quatrocentas páginas de notas e referências - destinadas sobretudo ao público acadêmico -, sem no entanto prejudicar a força da narrativa e o poder de seu argumento.

Kershaw escreve baseado na farta documentação já conhecida e em novas fontes, como o surpreendente diário de Goebbels, redescoberto no início da década de 1990, que traz revelações mais íntimas sobre as atitudes, as hesitações e o comportamento de Hitler no poder. A trajetória inteira desse indivíduo que parecia destinado ao fracasso e que acabou na direção de um dos países mais desenvolvidos, cultos e complexos da Europa é esmiuçada pelo autor, em busca de uma explicação para essa incrível trajetória ascendente, para o domínio que Hitler exerceu sobre as elites alemãs e para a catástrofe que causou em seu país e no resto do mundo.

Sem desprezar os traços de personalidade do ditador na explicação da história, o autor enfatiza os aspectos sociais, políticos e econômicos da sociedade alemã traumatizada pela derrota na Primeira Guerra, a instabilidade política, a miséria econômica e a crise cultural. E, em vários momentos, Kershaw permite-se fazer exercícios contrafactuais, perguntando-se como tudo poderia ter sido diferente se, por exemplo, a elite conservadora alemã tivesse se comportado de outra maneira, ou se as potências ocidentais não tivessem hesitado tanto, ou mesmo se Hitler simplesmente não tivesse tido tanta sorte (sua sobrevivência a vários atentados, por exemplo, se deveu muitas vezes ao acaso).

De um lado, o autor evita as simplificações de alguns críticos do nazismo, mas por outro contesta, utilizando para isso um exame detalhadíssimo de documentos e eventos, as teorias revisionistas que tentam “absolver” Hitler do Holocausto. Ele mostra que, de fato, não existe uma ordem escrita por Hitler para a execução da “solução final para a questão judaica”, mas isso não o isenta da responsabilidade pelo extermínio de milhões de judeus, pois, além de estimular verbalmente essa “aniquilação” (palavra que usava com prodigalidade), ele estava perfeitamente a par do que se passava nos campos de concentração (“Não faço nada que o Führer não saiba”, disse o carrasco-mor Himmler).

Em suma, trata-se da biografia mais completa e abrangente do homem que levou o racismo, o desprezo pela vida humana, a insensatez política e o desvario militar a extremos tais que o romancista Norman Mailer chegou a ver nele a pura encarnação do demônio.

Supera todos os relatos anteriores. É o tipo de biografia magistral que somente um historiador de primeira linha é capaz de escrever.” - The Observer

Quem quiser entender o Terceiro Reich deve ler Kershaw, pois ninguém fez mais do que ele para desnudar a psique mórbida de Hitler.” - Sunday Telegraph

Será a biografia clássica de Hitler para o nosso tempo.” - The New York Review of Books

Fonte: Companhia das Letras
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12507

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Descoberta fraude em fundos para vítimas do Holocausto nos EUA

Falsários recrutavam supostas vítimas e encaminhavam pedidos de indenização baseados em documentos falsos a dois fundos para vítimas do Holocausto nos Estados Unidos. Dezessete pessoas foram indiciadas.
Bharara: administradores
dos fundos ajudaram na fraude

Dois fundos financiados pela Alemanha para o pagamento de indenizações a vítimas do Holocausto foram fraudados em mais de 42 milhões de dólares, anunciaram nesta terça-feira (09/11) em Nova York investigadores federais dos Estados Unidos.

A fraude aconteceu com a ajuda de pessoas que deveriam administrar os recursos, disse o promotor Preet Bharara, de Nova York. Dezessete pessoas foram indiciadas, incluindo seis funcionários da organização que administra os fundos, a Conference on the Jewish Material Claims Against Germany (conferência sobre reclamações materiais judias contra a Alemanha), também conhecida por Claims Conference.

Segundo os investigadores, os falsários, a maioria de origem russa, recrutavam imigrantes de idade avançada vindos de países do Leste Europeu e da Europa Central. Os recrutados então submetiam documentos falsos ao fundo, nos quais pediam indenização alegando terem sido vítimas do nazismo.

Os investigadores afirmam que os falsários encaminharam 5.500 pedidos falsificados ao assim chamado Fundo Hardship, que prevê o pagamento de uma indenização única de 3.600 dólares a pessoas que foram expulsas de suas residências durante o regime nazista. Entre 2000 e 2009, 4.957 desses pedidos foram aprovados.

Foram descobertos ainda mais de 650 pedidos para o fundo Artigo 2, que faz pagamentos mensais de 411 dólares para vítimas do nazismo que viveram em guetos, campos de concentração ou em locais de trabalho forçado e tem, hoje, renda inferior a 16 mil dólares por ano.

No Fundo Hardship, a fraude alcança 18 milhões de dólares. No segundo fundo, soma 24,5 milhões. Em ambos os casos, os falsários ficavam com uma parte da indenização. Doze deles foram detidos nesta terça-feira. Os outros cinco já estavam presos.

"Fundos criados e financiados pelo governo alemão para ajudar sobreviventes do Holocausto foram desfalcados por gananciosos e não, como planejado, pagos aos necessitados", afirmou a diretora assistente do FBI Janice Fedarcyk. "Foi um vergonhoso mau uso dos programas de indenização."

AS/ap/dpa/afp
Revisão: Carlos Albuquerque

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6214641,00.html?maca=bra-rss-br-top-1029-rdf

sábado, 6 de novembro de 2010

Polícia desarticula grupo neonazi

Polícia apreende material com apologia ao nazismo no centro de Porto Alegre
Foram encontrados cerca de cem CDs, símbolos nazistas, livros, roupas com suásticas e um vídeo

Cid Martins | cid.martins@rdgaucha.com.br

A equipe de combate ao neonazismo no Rio Grande do Sul, comandada pelo delegado Paulo César Jardim, descobriu um novo local de encontro, as chamadas células de grupos racistas, no Centro de Porto Alegre.

Através de um mandado judicial de busca e apreensão, os agentes entraram numa casa na rua Riachuelo e encontraram diversos materiais que fazem apologia ao nazismo e a Adolf Hitler.

Foram apreendidos cerca de cem CDs, símbolos nazistas, livros, roupas com suásticas e um vídeo feito pelo grupo com apologia ao racismo. Nas imagens aparecem arrastões, cenas de violência contra negros e o senador Paulo Paim, do PT. O grupo é contra o parlamentar pelo fato dele defender cotas raciais nas universidades.

— Este integrante de grupo neonazista está numa lista de 50 gaúchos identificados pela Polícia nos últimos 8 anos. Eles são contra negros, homossexuais e judeus. O monitoramento dele pela primeira delegacia era feito há seis meses — afirmou o delegado Paulo César Jardim.

Ainda segundo a Polícia, este suspeito não fazia parte de um grupo mais radical chamado Neuland, criado no Paraná em 2008 e com ramificações em todo o Sul do País, e nem a um grupo gaúcho mais antigo, Blood Honnor, que tem base em Caxias e Grande Porto Alegre, além de ligações com a Argentina. O grupo deste neonazista se chama White Power Sul Skins.

Fonte: Zero Hora
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3099458.xml

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Entre os materiais apreendidos pela Polícia gaúcha com o grupo neonazista desarticulado nesta quarta-feira, no centro de Porto Alegre, está um vídeo com ameaças ao senador reeleito Paulo Paim (PT). A informação foi confirmada pelo delegado Paulo César Jardim, responsável pelo caso.

Delegado Paulo César Jardim mostra as imagens de Paulo Paim apreendidas com o grupo. Foto: Andréa Graiz

Através de um mandado judicial de busca e apreensão, os agentes entraram numa casa na rua Riachuelo e encontraram diversos materiais que fazem apologia ao nazismo e a Adolf Hitler.


Foram apreendidos cerca de cem CDs, símbolos nazistas, livros, roupas com suásticas e um vídeo feito pelo grupo contra o racismo. Nas imagens aparecem arrastões, cenas de violência contra negros, além de supostas ameaças ao senador. O grupo seria contra o parlamentar pelo fato dele defender cotas raciais nas universidades.
Apesar das ameaças, Paulo Paim garante que não irá mudar a sua forma de agir no Senado.

— Eles não vão me intimidar com isso. Vou seguir o meu trabalho normalmente aqui em Brasília. Defendo os discriminados e vou seguir defendendo. É inacreditável que esse tipo de coisa siga ocorrendo até hoje — afirmou.

O senador garantiu que não irá pedir reforço na sua segurança pessoal.

— O delegado Paulo César Jardim me telefonou e avisou que essas facções têm ramificações em todo o Brasil. É preciso ficar atento, mas não vou pedir aumento na minha segurança. O que eu vou fazer é solicitar uma audiência pública aqui em Brasília para discutir esse tema — disse.

No final da tarde, o senador Paulo Paim divulgou uma nota oficial. Confira:

"Se eles pensam que com este movimento vão calar a minha voz no Congresso Nacional, que sempre foi e será, em defesa dos discriminados, sejam eles negros, brancos, índios, ciganos, evangélicos, católicos, de matriz africana, judeus, palestinos e daqueles que lutam pela livre orientação sexual, estão enganados.

Pelo contrário. Continuarei a minha luta para que todos os preconceitos e discriminações sejam eliminados em nosso país. Se o material elaborado por essas pessoas foi feito para me intimidar ou prejudicar, isso não aconteceu, pois não me intimido e tampouco os gaúchos. Lembro que há oito anos fui eleito para o Senado com 2 milhões de votos e o povo gaúcho numa demonstração de repúdio a esse tipo de atitude neonazista me reelegeu com quase o dobro de votos, 3.9 milhões.

Sou o único senador negro eleito e reeleito na história da República Brasileira. Sei das minhas responsabilidades perante este momento. É inadmissível que em pleno século 21, quando os Estados Unidos elegeram um negro presidente, a Bolívia um índio presidente e o Brasil uma mulher presidente, nós tenhamos que conviver com situações como a ocorrida hoje em Porto Alegre.

Tenho absoluta certeza que atitudes como essa não são aceitas pelo povo gaúcho e brasileiro. Não vou exigir segurança pessoal como foi levantado. Pretendo sim, realizar uma audiência pública aqui no Senado no dia 19 de novembro, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra com a presença da OAB, CNBB, Ministério da Justiça, Direitos Humanos, Movimento Negro".

RÁDIO GAÚCHA E ZEROHORA.COM

Fonte: Zero Hora
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