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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

As questões de Santomauro (baboseiras "revis") - Parte 1

Tentarei responder esse "questionário" (entre aspas) "revi" de 29 partes ("perguntas") do M. Santomauro ("revisionista" dos EUA), em partes, porque ficaria inviável respondê-lo todo de uma vez, uma vez que quando se coloca textos extensos pouca gente lê. Só não sei em quantas partes ele será dividido.

Em todo caso, segue abaixo o tal texto reproduzido em blog neonazista (Arquivo88, o 88 é alusivo a Heil Hitler), com grafia de Portugal, ainda no acordo ortográfico antigo (já que o novo já está em vigor):

AS QUESTÕES DE SANTOMAURO (http://arquivo88.blogspot.com.br/2014/05/as-questoes-de-santomauro.html)

Alguém poderia me ajudar a responder essas questões?

1. Por que é que Elie Wiesel e inúmeros outros Judeus sobreviveram ao Holocausto se era intenção do Terceiro Reich eliminar cada um dos Judeus que eles receberam nas suas mãos? Elie foi prisioneiro durante vários anos; outros Judeus sobreviveram ainda mais tempo. A maioria destes “sobreviventes” eram pessoas normais que não tinham qualquer perícia rara que os Alemães pudessem ter explorado para o seu esforço de guerra. Não havia nenhuma razão lógica para eles ser mantidos vivos. A existência de mais de um milhão de sobreviventes nos dias de hoje, aproximadamente sessenta anos depois, contradiz um dos componentes básicos do holocausto, isto é, que os Alemães tiveram uma política de eliminar cada Judeu que eles recebiam nas suas mãos
.


Em que uma coisa impede a outra? O problema (distorção) desse tipo de afirmação é que dá como certo o desfecho da guerra (que todo mundo sabe hoje como acabou) ignorando que o nazismo não previa que iria perder a guerra, não estabeleceu prazos pra cumprir todo o extermínio que não conseguiu realizar (apenas parcialmente), além de ignorar as outras minorias que o nazismo também perseguiu e matou.

O Santomauro novamente "ignora" como se procedeu a matança, que não ocorreu de uma só forma como por exemplo na invasão da União Soviética, a matança se deu por balas e havia remanejo de mão de obra escrava judia e de prisioneiros para mais de um campo. O erro básico dessa afirmação reside no fato de que parte do pressuposto de que o nazismo ou os nazistas sabiam como iria ocorrer o fim da guerra desde o princípio, e isso é falso. Eles não sabiam (quando começaram a perseguir) que o conflito acabaria em 1945, da forma como ocorreu. A meta dos nazis primeiro foi varrer os judeus alemães da Alemanha, depois começou a perseguição em outros países e extermínio com ajuda das forças fascistas (colaboracionistas) dos países ocupados ou alinhados com o eixo. Eles não estabeleceram um prazo fixo pra exterminar todos os judeus da Europa, como também não conseguiriam atingir os judeus que residiam em outros países não-ocupados por nazistas ou sem regimes alinhados com o eixo (ex: Reino Unido).

Portanto a afirmação feita pelo revimané Santomauro parte de um erro e prossegue em cima desse mesmo erro sem fazer qualquer correção.

Os nazis não mataram todos os judeus prisioneiros de uma vez, e não conseguiram perseguir todos os judeus da Europa, por isso obviamente há sobreviventes e há sobreviventes que circularam em vários campos servindo como mão de obra escrava ou chegando aos campos próximo do fim das atividades deles e por sorte não foram mortos. Uma parte que foi capturada foi usada como mão de obra escrava pelo nazismo, um dos motivos pra não se exterminar de uma vez todos os judeus assim que eram pegos, uma parte que foi usada morreu de exaustão. É falso afirmar, como o Santomauro faz, que os prisioneiros de uma forma geral não tinham utilidade pro nazismo, milhares foram usados em trabalho escravo/forçado. Leia mais sobre isso aqui:
Trabalho escravo no nazismo

2. Porque não há nenhuma menção ao Holocausto nos seis volumes de História escritos por Churchill sobre a Segunda Guerra Mundial nem nas memórias de guerra de De Gaulle ou de Eisenhower nem em qualquer dos outros intervenientes menores que escreveram sobre aquele conflito? Lembrem-se que todos eles foram escritos anos depois da guerra ter acabado e também depois do Holocausto ter sido supostamente provado nos Julgamentos de Nuremberga. No que diz respeito ao Holocausto, o silêncio quanto a esta questão é ensurdecedora!

O termo Holocausto só passa a ser popularmente usado depois de uma minissérie norte-americana lançada em 1978 com o mesmo nome: Holocausto. Chega a ser bizarro que um dito "revisionista" não saiba de algo tão primário como esse.

Sobre a minissérie, podem ler sobre isso no post abaixo:
Minissérie 'Holocausto' (Gerald Green, 1978). Não existe filme com nome Holocausto

Ou seja, antes, durante a após décadas da segunda guerra até a minissérie ser lançada e se tornar popular, não se costuma usar (não era comum) o termo Holocausto para se referir à perseguição e extermínio de judeus na segunda guerra ou pra se referir ao genocídio nazista, as pessoas falavam de genocídio, Auschwitz ou extermínio mas o termo Holocausto não era comum/popular, por isso não é incomum que não haja qualquer menção à palavra Holocausto por essas pessoas ou mais gente dessa época.

A afirmação idiota, mais uma, do Santomauro é falsa. Há citações de perseguição a judeus feitas por Churchill em suas memórias, por exemplo. Se o "revi" Santomauro tivesse ido atrás da informação ao invés de crivar como verdade absoluta as abobrinhas de Faurisson (negacionista francês que elaborou essa afirmação), não teria feito tal "questionamento". O que não se sabia à época da segunda guerra e no pós-segunda guerra era a extensão real do extermínio, mas a afirmação de que não há citação sobre o fato é falsa como quase tudo que o Faurisson e os "revis" escrevem.

Encontra-se com relativa facilidade os volumes na web das Memórias de De Gaulle:
Mémoires de guerre

Curioso o Santomauro não ter olhado nenhum volume e principalmente o Faurisson que é francês (se viu fez de conta que não leu).

Nos três volumes há citações dispersas sobre judeus com as palavras "juif" e "juive" (a palavra "juive" é usada pra se referir a seguidor do judaísmo, é usada mais no sentido religioso, enquanto "juif" é usada de forma mais genérica pra "judeu" independente que seja algo religioso ou não).

Quem quiser ver todas as passagens, confiram-nas no link do texto:
Charles de Gaulle et le génocide des juifs

No link acima há todos os trechos sobre Holocausto nas Memórias de De Gaulle. Só isso já põe por terra essa abobrinha clássica do Faurisson repetida pelo Santomauro. Depois o povo pergunta porque não há muita paciência em discutir com "revis", eu acho que isso mostra o motivo. São tão desonestos e distorcem (mentem) tanto que não existe de fato uma discussão e sim apontamento do que eles distorcem de forma deliberada (de caso pensado).

Só um exemplo, volume 2 das Memórias de De Gaulle:
Au cours de l'été, s'aggravait la persécution des Juifs, menée par un « commissariat » spécial de concert avec l'envahisseur. En septembre, comme le Reich exigeait de la France une main-d'œuvre sans cesse plus nombreuse et que les ouvriers volontaires n'y suffisaient pas, on procédait à une levée obligatoire de travailleurs. Le montant total des frais d'occupation atteignait 200 milliards au début de ce mois, soit le double de ce qu'il était en septembre de l'année d'avant. Enfin, la répression allemande redoublait de violence. Pendant ces quatre mêmes semaines, un millier d'hommes étaient fusillés, dont 116 au mont Valérien ; plus de 6 000 allaient en prison ou aux camps de concentration.
Tradução:
Durante o verão, agravou-se a perseguição aos judeus, conduzida por uma "polícia" especial em conjunto com o invasor. Em setembro, o Reich exigiu da França uma força de trabalho cada vez mais numerosa e que os trabalhadores voluntários não eram suficientes, então passaram a elevar a cota de trabalhadores forçados. Os custos totais de ocupação chegou a 200 bilhões no início deste mês, é o dobro do que era em setembro do ano anterior. Por fim, a repressão alemã redobrou a violência. Durante essas quatro semanas, mil homens foram baleados, incluindo 116 no Monte Valérien; mais de 6000 estavam em campos de prisioneiros ou de concentração.

Agora nas Memórias de Churchill, do volume 6 (são seis volumes ao todo as Memórias de Churchill, há um volume condensado que foi traduzido pro português e espanhol mas nunca lançaram na íntegra todos os seis volumes do original em português):
Prime Minister to Foreign Secretary
11 July 44

There is no doubt that this [persecution of Jews in Hungary and their expulsion from enemy territory] is probably the greatest and most horrible crime ever committed in the whole history of the world, and it has been done by scientific machinery by nominally civilised men in the name of a great State and one of the leading races of Europe. It is quite clear that all concerned in this crime who may fall into our hands, including the people who only obeyed orders by carrying out the butcheries, should be put to death after their association with the murders has been proved. I cannot therefore feel that this is the kind of ordinary case which is put through the Protecting Power, as, for instance, the lack of feeding or sanitary conditions in some particular prisoners’ camp. There should therefore, in my opinion, be no negotiations of any kind on this subject. Declarations should be made in public, so that everyone connected with it will be hunted down and put to death.
Minha tradução:
Do primeiro-ministro ao ministro de Relações Exteriores
11 de julho 44

Não há dúvida de que isto [a perseguição de judeus na Hungria e sua expulsão do território inimigo] é provavelmente o maior e mais horrível crime jamais cometido em toda a história do mundo, e foi feito por maquinário científico por homens nominalmente civilizados, em nome de um grande Estado e uma das principais raças da Europa. Está bastante claro que todos os envolvidos ​​neste crime podem cair em nossas mãos, incluindo as pessoas que apenas obedeceram ordens de execução nos "açougues", e devem ser condenados à morte depois que sua associação com os assassinatos for provada. Não posso, portanto, achar que isto é um caso comum como é colocado pelo Protetorado, como, por exemplo, a falta de alimentação ou das condições sanitárias no acampamento de alguns prisioneiros em particular. Portanto, não deve haver, na minha opinião, negociações de qualquer tipo sobre este assunto. As declarações devem ser feitas em público, para que todos os envolvidos sejam perseguidos e condenados à morte.
Não irei traduzir o resto abaixo, mas caso alguém tenha curiosidade, segue em destaque outras partes do volume 6:
Prime Minister to Secretary of State for War
6 July 44

I am in general agreement with your proposals [for a Jewish fighting force], but I think the brigade should be formed and sent to Italy as soon as convenient, and worked up to a brigade group there as time goes on by the attachment of the other units.
2. I like the idea of the Jews trying to get at the murderers of their fellow-countrymen in Central Europe, and I think it would give a great deal of satisfaction in the United States.
________________

I believe it is the wish of the Jews themselves to fight the Germans anywhere. It is with the Germans they have their quarrel. There is no need to put the conditions in such a form as to imply that the War Office in its infinite wisdom might wish to send the Jews to fight the Japanese and that otherwise there would be no use in having the brigade group.
_______________

This seems to be a rather doubtful business [the case of the Hungarian Jews], These unhappy families, mainly women and children, have purchased their lives with probably nine-tenths of their wealth. I should not like England to seem to be wanting to hunt them down.
By all means tell the Russians anything that is necessary, but please do not let us prevent them from escaping.
Do Volume 1:
You have these martial or pugnacious manifestations, and also this persecution of the Jews of which so many Members have spoken….
Ou seja, não há menção à palavra Holocausto mas há menções à perseguição e crimes nazistas. Um ponto a se destacar é que os autores das memórias não colocam essa questão do Holocausto como central pois não eram obcecados por judeus como algumas pessoas são ("revis"). Pra eles isto se tratava de algo menor ou de uma "guerra dentro da guerra" fruto da paranoia nazista pois eles estavam mais preocupados com seus respectivos países do que salvar minorias do nazismo, o que não quer dizer que ignoravam a questão. Mais outro erro de interpretação (distorção) pesada que o Santomauro e o Faurisson fizeram deliberadamente.

Fico devendo a parte do Eisenhower que colocarei depois.

3. O que é que uma enfermaria para os prisioneiros (e um bordel) estavam a fazer em Auschwitz se aquilo era, realmente, um campo da morte?

No campo havia os mantenedores dele (os nazis), era pra eles e pruma parte dos "prisioneiros arianos" que serviam o bordel e enfermaria. Ou o Santomauro acha que ninguém precisava de medicação e enfermaria? E que nem todos os prisioneiros foram mortos de imediato? O Santomauro "acha" tanto que não acha nada.

O bordel do campo de concentração: o trabalho forçado sexual em campos
O ícone mais idiota da negação do Holocausto: a piscina de Auschwitz

4. Porque iriam os Alemães reunir Judeus nos confins do seu império, envolvendo uma tão grande quantidade de pessoal e material, lutando uma guerra mundial em duas frentes, e entregar essas pessoas em “campos da morte”, a centenas de milhas de distância e que, supostamente, algumas eram executadas logo à chegada – uma bala logo no início não teria apelado ao lendário sentido alemão de eficiência?

Pelo teor das perguntas do Santomauro, parece que ele nunca leu nada sobre nazismo. Vários massacres foram cometidos com uso de munição, principalmente no leste europeu com os Eisantzgruppen. O método foi deixado de lado porque provocava traumas nos executores. O uso de campos de extermínio evitava o contato direto dos carrascos com suas vítimas, que era o que ocasionava esses traumas, além de ser um método rápido e em larga escala.

5. Por que é que após sessenta anos, os historiadores ainda não conseguiram encontrar um único documento alemão que aponte para o Holocausto? Devemos acreditar em pessoas como Raul Hilberg que defendem que, em vez de ordens escritas, havia um “incrível encontro de mentes” que levou a que, literalmente, dezenas de milhares de pessoas coordenassem as suas acções para desenvolver um empreendimento desta magnitude?

Nenhum documento? Dê uma lida (na parte Documents) aqui, há vários. E há algumas traduções em português aqui no blog. Sua afirmação sobre "nenhum documento" é falsa.

6. Como é possível que se insista no número de seis milhões de Judeus mortos quando o número oficial de Judeus mortos em Auschwitz, o principal gulag do Holocausto, foi reduzido do número imediato após o fim da guerra – 3 milhões – para um número que se situa abaixo de um milhão? Por que é que muitas pessoas respondem a esta observação dizendo, “qual é a diferença se são seis milhões ou se é um milhão”. A resposta é que a diferença são cinco milhões. Outra diferença é que dizendo isso, podemos apanhar três anos numa cadeia Austríaca… basta perguntarem a David Irving!

Santomauro, seis milhões é um número referente a uma estimativa ou arredondamento e não número exato como você insinua, ninguém mata exatamente seis milhões de pessoas, mas a estimativa é dessa monta, por isso dizem que seis milhões foram exterminados. Não há nenhum equívoco usar o termo. Não significa que isso é um número exato como você está insinuando. Popularmente as pessoas citam essa quantificação como número exato, mas é errado embora seja usual, você mesmo cometeu o mesmo erro ao fazer a insinuação e não tem a honestidade intelectual de se auto-criticar.

Ninguém será preso por fazer pesquisa sobre o Holocausto, os grupos que são alvos desse tipo de legislação são considerados publicamente como negacionistas e ligados a grupos neonazistas e de extrema-direita. Você novamente "ignora" os motivos pelo qual o Irving foi preso, mas faz o mesmo que todo "revi" sempre faz ao discutir: omite coisas, distorce etc.

Na Turquia quem afirma que houve genocídio armênio pode ser preso, nunca vi nenhum "revi" criticar a Turquia por conta desse tipo de legislação, mas chiam muito com a legislação sobre negacionismo do Holocausto. Pode-se questionar se esse tipo de lei presta ou é válido, mas afirmar que o Irving foi "perseguido" só por ter opinião divergente é ato de má fé.

Só que gostaria de saber quais as fontes do que você afirma, pois você fez um questionário gigante sem apontar fonte alguma, repetindo muitas afirmações feitas por negacionistas. E obviamente ficarei esperando por isso em vão pois sua claque "revi" que traduziu esse texto pro português (gramática portuguesa) não irá atrás disso.

7. Todos os códigos de guerra da Alemanha foram identificados, inclusivamente aqueles usados para enviar os relatórios diários de Auschwitz para Berlim. As cópias destas mensagens não fazem qualquer menção a execuções em massa nem mesmo remotamente sugerem qualquer programa de genocídio em progresso. Além do mais, insiste-se que os alemães usaram um tipo de código eufemista para discutir o seu programa de extermínio dos judeus, como por exemplo solução final, tratamento especial, restabelecimento, etc. Por que é que seria necessário eles usarem um tal eufemismo codificado para conversarem entre si, a menos que eles pensassem que os seus códigos tinham sido descobertos pelos Aliados?

Santomauro, a perseguição e extermínio de judeus não era assunto oficial dentro da Alemanha, era algo que ocorria paralelo à guerra com outros países. Os códigos são justamente pra isso, evitar que o extermínio seja identificado como tal pois constituem crime de guerra. Leia isto:
Quick Facts: "Tratamento Especial" (Sonderbehandlung)
Os eufemismos nazistas

8. O nível hidrostático em Auschwitz está a umas meras 18 polegadas abaixo da superfície, o que faz insustentáveis as afirmações de enormes fossas a arder para a eliminação de dezenas de milhares de vítimas.

Fonte?

9. Inicialmente, foram feitas afirmações de que tinham acontecido execuções em massa em câmaras de gás homicidas em campos localizados dentro do Antigo Reich, como por exemplo, em Dachau e em Bergen-Belsen. As “provas” para esse efeito era eram semelhantes às que nos tinham oferecido para os outros campos, localizados na Polônia ocupada. Porém, sem qualquer explicação, nos anos sessenta cedo passou a ser dito que afinal não era o caso e que todos os “campos da morte” estavam localizados a Leste, ou seja, na Polônia, fora (alguns diriam de forma conveniente) dos olhos dos investigadores ocidentais.

Fonte? Mais outra afirmação sem fonte. Curioso que ele não cita nenhum texto "revi" indicando de onde tiraram essas "conclusões". Sai atacando a esmo, requentando besteira, e não aponta fonte alguma, nem de seus gurus "revis".

domingo, 22 de dezembro de 2013

Discórdia na Cesspit (Codoh) com Mark Weber. Mais um racha no mundo "revisionista"

Pros que não sabem o que significa o termo Cesspit, confira clicando nas tag CODOH e Cesspit.

Parece que há um visível racha no clero "revisionista", e insatisfação e suspeita com o cabeça do IHR, Mark Weber. E para não confundir, este Mark Weber não é o ex-piloto de Fórmula 1 da RBR, os dois são homônimos, apesar do ex-piloto de F1 ter dois 'bês' no sobrenome.

Em post do Codoh um "revi", com foto de jogador do leste europeu, toca no assunto expondo o texto de uma "revi" neonazi (ou "supremacista branca", sempre rio desses termos "supremacismo"), Carolyn Yeager (não sabe quem ela é? Clique aqui e aqui), a crise e insatisfação de "revis" "gurus" como Rudolf com Mark Weber: link

C.Y: 'Is the IHR a dead horse?' (O IHR é um cavalo morto?)
Texto original

A queixa deles com Weber, tradução livre minha:
Mark Weber adquiriu o controle do Instituto para "Pesquisa" Histórica (vulgo IHR)control na metade dos anos 90 e mudou todo seu propósito distante do "Revisionismo" do Holocausto para nenhuma posição ou qualquer coisa semelhante;

Weber nunca foi um "revisionista" de verdade (mesmo nos anos 80), de acordo com ambos, Berg e Rudolf;

Weber resistiu em publicar livros de Germar Rudolf, e não queria textos traduzidos de "revisionistas" alemães, e queria escrever seus próprios artigos sumários por terceiros;

Com David Irving, Weber foi observado como se comportando como um total sicofanta; ele até parecia estar "apaixonado" por Irving;

Muitos ainda pensam que o IHR sob Weber "parece bem" e então financeiramente apoia isso;

Caller Jim trouxe o "discurso de Posen" de H. Himmler, que ambos, Berg e Rudolf, consideram-no genuíno porém um mal-entendido;

Dana apresentou a questão de que a maioria das pessoas que estão de saco cheio do "holocausto" na mídia - de que ele espera que haja reação sobre o que Germar disse, mas mais na Europa que nos Estados Unidos.
E há mais duas acusações de um outro "revi" com nick de Werd (que aparenta se contentar com o stalking promovido pela dupla dona de um site tosco sobre Holocausto nos EUA) sobre Weber:
Mark Weber conspira para vender listas de email para a ADL.
http://www.vho.org/GB/c/TOK/Whistleblower.html

A visão de Rudolf sobre a crise do IHR com Weber:
http://www.vho.org/GB/c/GR/IHRCrisis.html
Resumindo: haja choro e paranoia no "mundo" "revi"*, pra variar.

O IHR, pra quem não sabe, é o principal difusor de textos de negação do Holocausto no mundo (com sede nos Estados Unidos) junto com um site também hospedado nos EUA (host de Nova York, suspeito que o host seja do Michael Santomauro), VHO, com ramificação na Europa (Bélgica etc).

Observação:


Mas se me permitem, vou fazer algumas considerações sobre essa temática do combate ao negacionismo aproveitando o post em questão. Vou reforçar coisas que já disse antes pois é bom deixar claro que não só rola problemas no "lado "revi"" como de gente que se coloca na posição de "anti-"revi"", que não é uma posição exclusiva de A, B ou C obviamente, mas a partir do momento que tentam se passar (ou insinuar) por a gente, a coisa muda de conversa. Quem age por conta própria assumindo, eu nunca critiquei embora eu posso não concordar com certos posicionamentos (em geral o pessoal é de direita e meio paranoico, e eu sou de esquerda e cético até o talo, o que gera na maioria das vezes um conflito ideológico pois não tenho muita paciência com essa direita paranoica hidrófoba lunática brasileira).

Sobre o termo "revi" (que coloquei o asterisco pra comentar), passarei a preferir essa escrita ou mesmo chamar por "revisionista" (com aspas) do que o termo "revimané", que não fomos nós que criamos, foi um colega nosso no Orkut anos atrás. A quem usa o termo aleatoriamente achando que é "criação" nossa, taí mais um detalhe que não sabiam (pra variar), que inclusive já comentei aqui antes, só que as pessoas que leem seletivamente (de forma atabalhoada, como sempre) nunca prestam atenção aos detalhes.

Há gente mal-intencionada usando fakes tentando insinuar ou se passar pelo pessoal do blog (pra causar confusão) explorando a paranoia dos "revis" usando esses termos e expressões que usamos ironizando esse pessoal. Pra alguém mais safo dá pra notar de cara a falsificação, pra gente mais "burrinha" (ou seja, a maioria...) a falsificação não é algo tão óbvio assim e disso vem o problema.

Pra alguém mais paranoico, quem escreve o termo (que já é de domínio público) "x" só existe uma dedução lógica primária (pois não vão além disso): "só pode ser esse pessoal pois eles usam o termo". Nunca passa na cabeça desses imbecis que qualquer pessoa pode usar o termo pra confundir (ou mesmo porque gostou já que não tem "copyright") e pode se esconder com fakes.

Eu não uso fakes, escrevo com meu nome, discutia com "revis" usando meu nome e já emiti o que penso (mais de uma vez) sobre esse pessoal que se borra com "revis (No Reino da Fantasia dos Trolls "Ocultos"). Penso de fato que se uma pessoa se pela de medo desses "revis" se valendo desse artifício pra tentar confundir, como já disse antes aqui, deveria parar de fazer isso ou sumir, pois além da atitude covarde (pois a impressão que se passa é essa), só vejo discussão imbecil com esses caras, com um vitimismo ridículo, uma contemporização ridícula e localizei mais ou menos de onde é um dos perfis (do estado do Ceará).

A quem pensa que só "revis" criam problema, desencanem disso, as piores brigas e confusões que vi no Orkut foram causadas por gente que se dizia "anti-"revi"" criando atrito com esses "revisionistas" e afins, entravam lá posando de "valentões" e brigões e quando algum desses "revis" (ou neos) cismavam e iam pra cima, os caras corriam com o rabo entre as pernas e vinham tentar jogar o problema pro nosso lado, principalmente quando se entocavam em comunidades sobre conflito no Oriente Médio misturando questões como conflito israelense-palestino com essa questão do negacionismo no Brasil. E vou dizer claramente, esse pessoal hoje me irrita tanto quanto os "revis".

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Um "revisionista" "menor" admite os fuzilamentos de judeus pelos Einsatzgruppen!

Um "revisionista" "menor" admite os fuzilamentos de judeus pelos Einsatzgruppen
Ou como poderia dizer, os amantes da demagogia patética, a mesma a qual os negadores do Holocausto usam frequentemente.

Como de costume, David Irving postou algum lixo em seu site, e desta vez é uma carta de Paul Grubach sobre o que Irving chama de uma "concessão conformista menor sobre o discurso de Himmler em Posen em 1943".

No verão de 2006 o Professor Jeffrey Herf publicou seu livro The Jewish Enemy: Nazi Propaganda During World War II and the Holocaust (O Inimigo judaico: Propaganda nazista durante a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto) (Belknap Press da Editora Harvard University). Foi dito que este é um dos livros mais importantes sobre o Holocausto na última década.
Eu gostaria de chamar sua atenção para uma admissão feita pelo professor Herf que realmente corrobora a tese "revisionista" do Dr. Arthur Butz.

Em Outubro de 1943, Heinrich Himmler fez um discurso em Posen, na Polônia ocupada. Este discurso é considerado por muitos como a prova absoluta de que os nazistas tinham uma política de exterminar todos os judeus da Europa, principalmente através do uso de câmaras de gás homicidas.
Hum... não. O discurso é de fato um pedaço de evidência (um dos muitos) de que os nazistas tinham uma política para exterminar os judeus. Isto é tudo. Nenhum método específico é mencionado explicitamente no discurso, e ninguém, que eu saiba, afirma que o discurso prova diretamente e especificamente gaseamentos. Então Grubach cometeu uma falácia do espantalho..

Vamos supor que Himmler realmente fez os comentários atribuídos a ele.

Observem a retórica usual "revisionista" de "Se eu não posso desacreditá-lo, vou tentar lançar uma dúvida razoável sobre ele de qualquer maneira".

Eis a passagem chave em questão:
"Eu [Himmler] agora estou me referindo à evacuação dos judeus, ao extermínio do povo judeu. Isso é algo que pode ser dito facilmente: " O povo judeu será exterminado ", é o que diz cada membro do Partido, 'isso é muito óbvio, está em nosso programa - a eliminação dos judeus, o extermínio será feito'".

Himmler continuou: "A maioria de vocês aqui sabe o que significa quando 100 cadáveres ficam próximos um do outro, quando 500 cadáveres deitados ou quando 1.000 estão perfilados. Para fazer isso e ao mesmo tempo ter permanecido uma pessoa decente ... isto nos tornou muito duros."

Herf escreve que, em seu discurso, "Himmler se referia apenas aos métodos iniciais dos assassinatos dos Einsatzgruppen e não disse nada sobre os alegados campos de extermínio, câmaras de gás e crematórios, [p.233]."

Herf está admitindo que Himmler está se referindo apenas aos fuzilamentos em massa de judeus, que ocorreram na Frente Oriental, e esse discurso não diz absolutamente nada sobre os alegados "campos de extermínio, câmaras de gás e crematórios".
Observe como Grubach tenta enganar os leitores usando o verbo "admitir". A palavra implica que é geralmente assumido pelos historiadores que Himmler, de alguma forma, explicitamente mencionou as câmaras de gás e crematórios em seu discurso, e apenas raros pesquisadores honestos realmente "admitem" que isso não é verdade. Que monte de... deixa pra lá.

Já no início dos anos 1970, Arthur Butz fez um importante ponto "revisionista" da única parte da lenda do extermínio que contém uma partícula de verdade, que é a de que os Einsatzgruppen exterminaram alguns judeus russos por fuzilamentos em massa (Veja em Hoax of the Twentieth Century, p. 241).

Professor Butz escreveu:
"Na época da invasão da Rússia em junho de 1941, houve uma ordem do Führer declarando, em antecipação de uma política idêntica Soviética, que a guerra com a Rússia não seria travada com base nas regras tradicionais de guerra. Medidas necessárias estavam sendo tomadas para combater a atividade partisan, e a Himmler foi dado o poder de "agir de forma autônoma sob sua própria responsabilidade." Todo mundo sabia que isso significava execuções de partisans e pessoas que colaboraram com partisans. A suja tarefa foi atribuída a quatro Einsatzgruppen ... que tiveram um total de cerca de 3.000 homens ... Houve ocasião de observarmos os vários casos que os judeus fizeram, de fato, representar uma ameaça de segurança para a retaguarda alemã na guerra ... a tarefa dos Einsatzgruppen era lidar com tais perigos [partisan anti-alemão e guerrilha] por todos os meios necessários, por isso não é necessário dizer muito mais para supor que os Einsatzgruppen devem ter fuzilado muitos judeus, apesar de não se saber se "muitos" significa 5.000, 25.000 ou 100.000. Naturalmente, muitos não-judeus também foram executados (pp. 241-242)."
Butz, sendo o cara desonesto que é, tenta ofuscar coisas fingindo que os assassinatos praticados pelos EG de (alguns) judeus como um perigo de segurança, não era, bem, direcionados só a judeus. Mas, como escrevi em outro lugar
Eu acho que só dá pra mencionar que de acordo com a mensagem nº 412 de 1942/09/02, cerca de 138.272 pessoas mortas pelos EG-A, 55.556 eram mulheres e 34.464 eram crianças.

Somente os idiotas e negacionistas vão argumentar que isso era algum tipo de ação anti-partisan.

Na verdade, destas 138.272 pessoas, só 56 eram partisans e 136.421 eram judeus.
Ou tomando o relatório Jaeger, com a sua clara divisão das vítimas em homens, mulheres e crianças, como
20.9.41 em Nemencing
128 judeus, 176 judias, 99 crianças judias

22.9.41 em Novo-Wilejka
468 judeus, 495 judias, 196 crianças judias

24.9.41 em Riess
512 judeus, 744 judias, 511 crianças judias

25.9.41 em Jahiunai
215 judeus, 229 judias, 131 crianças judias

27.9.41 em Eysisky
989 judeus, 1,636 judias, 821 crianças judias

Sim, é preciso ser um verdadeiro idiota para negar o óbvio plano de extermínio (pelo menos dos judeus soviéticos).

Herf está agora admitindo que Himmler está se referindo apenas aos fuzilamentos em massa de judeus pelos Einsatzgruppen na frente oriental, algo que nunca foi negado por "revisionistas" do Holocausto.

Ah, sim, esta coisinha de "admitindo" novamente. Isso é como as sensações "revisionistas" são feitas. Lembra do exagero do "Diretor do Museu de Auschwitz F. Piper admitindo isto ou aquilo"? Nada muda.
O chefe da polícia secreta não estava se referindo às alegadas "câmaras de gás" de Hitler acompanhadas dos crematórios, e os chamados campos de extermínio. Portanto, esta passagem não pode ser usada por historiadores ortodoxos do Holocausto para "provar" que os nazistas tinham uma política para exterminar os judeus em "câmaras de gás".

Obrigado, Dr. Herf por corroborar este ponto-chave "revisionista" sobre o Holocausto!

Assim, o ponto redundante, e nunca contestado, de que Himmler não menciona as palavras "crematórios" e "câmaras de gás" em seu discurso é na verdade um "ponto-chave "revisionista" sobre o Holocausto"? Obrigado por tal admissão embaraçosa, o Sr. Grubach!

Agora, Grubach, sendo o estúpido negacionista que é, ignora a frase-chave no discurso de Himmler:
Agora estou me referindo à evacuação dos judeus, ao extermínio do povo judeu.
Então, não. Himmler não se refere apenas aos assassinatos em massa dos Einsatzgruppen. Ele diretamente, e sinceramente, equiparou a deportação com o extermínio. E certamente, a maior parte dos judeus evacuados foram exterminados nos campos de extermínio, principalmente por gás, como sabemos a partir de numerosos testemunhos e de alguns documentos. Assim, enquanto Himmler não menciona explicitamente o assassinato por gás em seu discurso (e ninguém nunca deu a entender que ele fez), seu discurso serve como uma confirmação do fato que a maior parte dos judeus deportados foram realmente eliminados. E já que eles foram deportados para os campos, este discurso também, indiretamente, confirma a existência de campos de extermínio.

Isto é muito para as habilidades de análise "revisionistas".

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2007/07/minor-revisionist-admits-einsatzgruppen.html
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Albert Speer - o Arquiteto de Hitler

Documentário exibido pelo National Geographic sobre Albert Speer, arquiteto de Hitler, cotado para sucedê-lo e ministro dos armamentos do Terceiro Reich, um dos cabeças do Terceiro Reich e o homem que manteve a máquina de guerra nazi de pé. Speer escapou da condenação de pena de morte encenando o papel de "bom nazista" no julgamento de Nuremberg.

Posts sobre Speer:
Carta prova que [Albert] Speer sabia do Holocausto
Testemunho de Albert Speer e Holocausto
Quando Hitler decidiu-se pela Solução Final?

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Milhares assinalaram bombardeamento de Dresden

Milhares de alemães assinalaram hoje, em Dresden, no Leste da Alemanha, as vítimas do bombardeamento aliado de 1945 e protestaram contra uma concentração de neo-nazis, que queriam instrumentalizar o aniversário, noticia a AFP.

Ao fim da tarde, treze mil pessoas formaram uma cadeia humana no centro da capital saxã para dizer não à extrema-direita, segundo a polícia.

Esta manifestação é "uma declaração clara contra o nacional-socialismo, o racismo e a violência", declarou o autarca da cidade de Dresden, Dirk Hilbert.

Antes, cerca de 2.500 pessoas tinham participado numa marcha contra a extrema-direita e o nazismo, segundo a polícia e as associações "Dresden sem nazis" e outros 150 tinham depositado flores no cemitério de Heide, onde estão sepultados muitas das cerca de 25 mil vítimas, que morreram em três dias de bombardeamentos anglo-norte-americanos, realizados em fevereiro de 1945.

Ao início da noite, mais de 1.600 neo-nazis tinham-se reunido, face aos quais se concentravam milhares de contra-manifestantes -- entre cinco mil a seis mil, segundo os organizadores -, que gritavam "nazis fora!", sem que registassem incidentes.

Desde há anos, que a extrema-direita procura instrumentalizar, para fins de propaganda, o aniversário do terrível bombardeamento, com bombas incendiárias, que destruiu grande parte desta cidade do leste alemão entre 13 e 15 de fevereiro de 1945.

Fonte: Lusa/Diário de Notícias
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2302872&seccao=Europa

Vídeo reportagem euronews:
Milhares de alemães lembram vítimas de bombas de 1945 e denunciam neonazismo

sexta-feira, 25 de março de 2011

Partes do diário de Anne Frank foram escritos com esferográfica?

Partes do diário de Anne Frank foram escritos com esferográfica?

Negadores do Holocausto dizem:

Partes do diário de Anne Frank foram escritos com esferográfica, as quais não se encontravam disponíveis antes do fim da guerra.

Negadores do Holocausto argumentam:

David Irving, cuja a Alta Corte em Londres declarou ser um negador do Holocausto, racista e antissemita, afirmou que partes do diário de Anne Frank tinham sido escritos com "caneta esferográfica", sendo que essas canetas não eram disponíveis pro uso até início dos anos de 1950s.[1]

A verdade sobre se algumas partes do diário foram escritas de caneta esferográfica.

Anne escreveu o corpo de seu diário com uma caneta tinteiro - que é uma caneta que utiliza tinta molhada. Os unicos traços significantes de caneta esferográfica caneta estão restritos a dois pedaços de papel soltos colocados junto com os materiais do diário mais tarde (provavelmente por Otto Frank). Eles estão distintamente com uma mão diferente da de Anne. Quando Otto Frank organizou os livros e papeis depois da guerra, ele numerou as páginas, em parte, com esferográfica e, em parte, com lápis colorido.[2]

Conclusão

Anne escreveu o corpo de seu diário com uma caneta tinteiro. Os únicos traços de esferográfica são duas notas soltas escritas por outra pessoa e postas com os papéis mais tarde e alguns números de páginas escritos sobre as folhas durante o processo de compilação.

Notas

1. "David Irving answers a student asking for his views on the Anne Frank Diary."
http://www.fpp.co.uk/Auschwitz/docs/controversies/AnneFrank/Jules150286.html
2. Netherlands State Institute for War Documentation, The Diary of Anne Frank: The Critical Edition (New York: Doubleday, 1988): pp. 160-165.

Fonte: Holocaust Denial on Trial
http://www.hdot.org/en/learning/myth-fact/annefrank2
Tradução: Roberto Lucena

Também ler:
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto
55. O que provocou a morte de Anne Frank algumas semanas antes do fim da guerra?
56. É autêntico o Diário de Anne Frank?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

David Irving - Visita de negacionista pró-nazi à Polônia gera polêmica

Visita de "historiador" à Polônia que nega holocausto gera polêmica

Varsóvia, 21 set (EFE).- A presença na Polônia do polêmico "historiador" britânico David Irving, conhecido por negar o Holocausto, como guia de um grupo de turistas por locais emblemáticos da Segunda Guerra Mundial, foi classificada de "escandalosa" por várias organizações locais.

De hoje até o fim do mês, Irving acompanhará vários "amantes da história" britânicos e americanos em uma viagem com visitas previstas ao campo de concentração nazista de Treblinka, os restos do Gueto judeu de Varsóvia e a antiga prisão alemã de Pawiak.

Meios locais confirmam nesta terça que Irving chegou ontem à Polônia, embora não se saiba onde ele está e o número de turistas a quem contará sua visão particular do Holocausto, mas se sabe que cada um pagou cerca de 2 mil euros pelos seus serviços.

A visita de Irving não agrada ao país. ONGs já pediram às autoridades que impeçam sua permanência porque consideram "um insulto às vítimas da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto".

Estima-se que 6 milhões de poloneses morreram no conflito armado. Em 2006, Irving foi detido na Áustria e condenado por fazer apologia ao nazismo em discurso de 1989.

O britânico é autor de mais de 30 livros sobre o Terceiro Reich e é conhecido por suas teorias nas quais questiona a veracidade do Holocausto.

Fonte: EFE
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5iSLlHR_gVYCgjwPBUepJ7tjzJIuQ

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"Revisionista" David Irving afirma que "Hitler estava na verdade satirizando o fascismo"

Historiador "revisionista" afirma que Hitler estava na verdade satirizando o fascismo

Historiador de extrema-direita, David Irving afirmou que o infame líder do Terceiro Reich da Alemanha, Adolf Hitler, estava na verdade divertidamente parodiando o fascismo, mas que alguns de seus seguidores fizeram uma má interpretação de sua sátira sutil.

‘É como Sacha Baron Cohen que brincou com as pessoas com seu Borat e Bruno, Adolf Hitler criou esse caráter antissemita hilário e extremo, para brincar com milhões. Alguns podem alegar que esta brincadeira foi longe demais, mas que foi como o Adolf fez pra vocês."


Tradução: Roberto Lucena
Fonte: NewsBiscuit
http://www.newsbiscuit.com/2009/08/25/revisionist-historian-claims-hitler-was-actually-satirising-fascism/

Comentário: ou o Irving pirou de vez ou está tentando desvincular sua imagem da do credo da 'negação do Holocausto'("revisionismo) dando essas declarações absurdas, como a da matéria, sobre Hitler e o nazismo. Nada que os próprios "revisionistas" já não o façam em sua negação da História. Esperamos que o Irving solte mais dessas pérolas na imprensa pra desmoralizar ainda mais o credo negacionista. Parece estar havendo uma briga interna entre eles(rsrsrs).

domingo, 12 de julho de 2009

A ignorância "revisionista" explicitada e Pío Moa - parte 1

Acho que não vai dar pra comentar em um post só porque primeiro é preciso contextualizar o ocorrido pra depois apontar as grosserias feitas no texto.

Mas pra adiantar, esse post e o subsequente dirão respeito a um texto postado sobre um historiador espanhol, "Pío Moa, o David Irving Espanhol"(título original da matéria com o historiador Francisco Espinosa Maestre: "Desmontando Pío Moa", em espanhol, traduzido para o blog), texto esse atacado por um "revisionista" chucro que fica inventando uma série de mentiras pra difamar porque a "distância" assim o permite, com uma quantidade de mentiras e distorções(e besteiras) considerável, várias delas baseadas em puro chute conforme palavras do próprio dono de um blog na parte dos comentários, que sequer sabia quem era o Pío Moa mas mesmo assim emitiu uma série de opiniões como se fosse "entendido" no assunto (tirei prints pois vários comentários em resposta as asneiras dele foram apagados restando os comentários do mesmo, pois covardemente não assume os ataques e provocações que faz e depois tenta se passar por vítima):


Vários comentários postados em resposta foram apagados pelo dono do blog depois que ironizei a ignorância dele em alguns deles e noutros revidei os ataques ofensivos, alguns xenofóbicos e outros baixaria pura(respondi na mesma moeda), pois no afã de me atacar sequer sabia o que estava comentando, por isso poderia ter poupado a todos de passar um vexame como esse achando que os outros se sentem ofendidos com preconceitos vindo de uma pessoa tão ignorante e estúpida. O preconceito foi sim dirigido a brasileiros pra depois o mesmo ficar negando(com uma imagem provando o contrário) e achando que os outros não têm direito de atingi-lo da mesma forma, e ficou barato perto das agressões proferidas por eles. Já fora deixado aqui um comentário xenofóbico e racista aludindo que escreviam aqui em "pretoguês", mas o Joãozinho se "sente ofendido"(mentindo) por ter sido usado o termo Cesspit lusa, pois o blog dele se localiza em Portugal, da próxima eu chamo de Cesspit da Chechênia pois quem sabe assim ele não entende a ironização com a canalhice dele(rs).

Só pra registrar, o comentário sobre a imagem com preconceito contra brasileiros não causa qualquer constrangimento a mim uma vez que aquilo depõe mais contra a imagem dele(se é que tem uma), pois existe o dito que diz que o "que vem debaixo não atinge", pois é o que ocorre nesse caso. Mas deixo registrado pros outros brasileiros(que são a maioria a ler esses blogs em português) o caráter preconceituoso do autor do blog que provoca e não quer ler os revides que foram leves diante das agressões feitas por ele, uma inclusive atacando a mãe da pessoa, coisa que só um colegial chucro seria capaz de aprontar.

Além do fato do mesmo mentir cinicamente e descaradamente como no caso de afirmar que eu disse que eu era tradutor(pode me mostrar onde tem isso escrito?), a não ser que o parvo(estúpido) Joãozinho ache que indicar ao final de um texto, "tradução: fulano de tal" seja o mesmo que afirmar que a pessoa é tradutora, mais um atestado da estupidez e ignorância desse indivíduo. Fica difícil de crer que alguém possa ser tão estúpido assim, até prum "revi".

O curiso do post, sem comentar detalhadamente ponto a ponto dele(ficara pro próximo), é que primeiro o autor do post achou que iria me atingir com este tipo de galhofa replicando de imediato um texto de um historiador espanhol sobre o Pío Moa(autor de direita) sobre a Guerra Civil espanhola(tema que a princípio não teria conexão com o dito "revisionismo" do Holocausto a não ser pela desonestidade do autor) e segundo porque considerou a comparação do Moa com o Irving algo ofensivo ao "historiador" britânico e não o oposto(uma ofensa ao espanhol), pois pra azar dele(já que não lê pensamento e ainda se acha capacitado de adivinhar o que os outros escrevem antecipadamente) há um detalhe na comparação que fiz: quando fiz a associação do Pío Moa ao Irving, a associação é pejorativa ao Moa e não ao Irving pois o David Irving é modelo e referência de desonestidade e arauto da extrema-direita que nega o Holocausto (perdeu um julgamento que moveu na Inglaterra contra a historiadora Lipstadt por pura desonestidade ao tentar intimidá-la metendo um processo contra ela por conta de seu livro), pois em sua pressa em querer me atacar e ao artigo, sequer prestou atenção ao que estava escrito, demonstrado sua total ignorância e má interpretação de textos. Depois esses caras se acham em condições de discutir de igual pra igual esses assuntos.

Por sinal, os "revis" costumam "supôr"("achar") demais e fazer afirmações esdrúxulas sobre História e Política que quando são confrontadas, não gostam muito de fundamentar o que afirmam fora negarem que disseminam antissemitismo e xenofobia, além do fato de que se tratariam de "super-homens" se por um acaso pudessem ler o que a gente pensa sem sequer deixar um comentário sem nada subentendido em um post que visava comentar aspectos da Guerra Civil espanhola e não(a princípio) a respeito de negação do Holocausto.

Mas parece que alguns deles acham que tem o poder de delimitar o que a gente posta ou deixa de postar aqui.

Já foi avisado antes, mas é bom deixar claro uma coisa: quem posta ou deixa de postar aqui são os membros do blog, ponto. Se algum "revisionista" não gosta do que é escrito é um direito deles mas não é problema de ninguém aqui, apenas, repito, ninguém irá se submeter a chantagem psicológica e chiliques e intimidações via provocações de um bando de fascistinhas. Que fique bem claro isso pois a impressão que se tem é de que passaram a achar que possuem algum tipo de controle sobre o conteúdo do blog ou do que é postado quando não possuem. Fica o recado dado novamente já que pelo visto têm dificuldade de entender de primeira, não apostem muito no direito de soltar pérolas racistas que aqui não será espaço pra disseminação desse lixo "revisionista" antissemita e apologista do nazismo, se querem discussão há locais apropriados pra isso conforme deixei claro em outro post, se ignoram o que é dito problema de vocês, não nosso, se apenas querem atenção e plateia, não terão(isso é comportamento de troll).

Parte 2

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pío Moa, o David Irving espanhol

Desmontando Pío Moa

FELIPE VILLEGAS/Salvo em círculos e meios especializados (na internet se trava uma batalha dialéctico-digital total), o comum de todos os mortais é seguir alheio à migalha na qual se fecham alguns historiadores ou pseudo-historiadores quando decidem dogmatizar seus livros ou conversas. Premissas como distância histórica frente ao evento, afã de objetividade (uma utopia), contraste das fontes, consulta até se esgotar as fontes, equanimidade, uso da linguagem fria... não parecem abundar no catálogo de novidades históricas que assomam as vitrines, em que pese nisso o seu puxão.

Ouvindo o historiador Francisco Espinosa Maestre (Villafranca de los Barros, 1954, mas radicado há anos em Sevilha) alguém pode ter uma ideia da complexa estrutura de interesses que rodeia ao fato histórico puro quando este se presta a ser usado como arma propagandística e/ou política. Este é o caso da Guerra Civil e seus cruentos capítulos, que seguem estando no topo e produzindo debates ácidos e manipulações, operações em grande escala de confusão e relativização que, longe de servir para contar as coisas tal como passaram, são o pretexto de alguns para legitimar causas pretéritas ainda que latentes.

Esta é a tese de partida de Espinosa em seu último livro, cujo esclarecedor título, "O fenômeno revisionista ou os fantasmas da direita espanhola (Ediciones Los Libros del Oeste), não é senão o aperitivo de umas demolidoras páginas nas quais Espinosa exerce o caráter de cirurgião para dissecar ponto a ponto do chamado "Método Moa: um livro em 15 dias".

Em tom ensaístico, claro e rotundo, Espinosa desmonta o exaltado Pío Moa, um autor de escrita fácil (de ahí sua copiosa produção editorial) convertido em bestseller (Aznar lhe declarou sua admiração) cuja credibilidade questiona o autor do ensaio de cabo a rabo, começando por sua formação: "Nem Pío Moa é historiador e nem seus livros são de história. Na realidade estamos diante de um simples propagandista e medíocre escritor a serviço do Partido Popular, que lhe encomendou a missão de melhorar sua imagem que a direita espanhola quer dar a si mesma e sujar a da esquerda. Para conseguir estes objetivos vale tudo", sustenta Espinosa.

Suas afirmações, ainda que corrosivas, não são gratuitas. Nas centenas de páginas justas de seu livro confronta a visão e sapiência de Moa partindo de um episódio concreto e dilacerante da Guerra Civil: a matança ocorrida na arena de touros de Badajoz em 14 de agosto de 1936, justamente naquilo que Espinosa é especialista, como creditou em seu livro "A Coluna da morte" (Crítica), ao que Moa desqualificou via artigos na imprensa e internet (Libertad Digital) com argumentos como o que se segue: "É fácil perceber vários pontos débeis no estudo de "A Coluna da morte". Não está em minhas possibilidades contrastar esses dados nem os métodos empregados, mas advertirei que, vistas as desvirtuações tão frequentes do autor, e seu evidente desejo de sacudir a bilis, seus dados oferecem a maior margem de desconfiança. Outros poderão fazer sobre este terreno as comprovações pertinentes".

"Onde estão os argumentos, as refutações, os dados que opõem? por que segue diminuindo uma matança total da qual houve testemunhas, como o periodista português Mário Neves, que desacreditaram o que o franquismo chamou de a lenda de Badajoz?". Pergunta-se o autor, que confessa que focou sua obra "como um desafio porque havia pesoas que desejavam ver como se punha em evidência o Método Moa, suas fontes e falsidades, sua propaganda.

Faltava instrução e aqui se oferece, assim como respostas ao porquê Moa e outros de semelhante talento seguem querendo manipular a História em benefício própio". Em efeito, a segunda parte do ensaio abre seu enfoque para desvelar as chaves do revisionismo histórico, um movimento (o autor chega a usar o termo cruzada) nascido no calor das ainda recentes vitórias eleitorais do PP com uma finalidade: "Ajustar a História do passado de modo que convenha ao que a direita atual deseja".

"Moa e companhia - quer dizer, César Vidal, Ricardo de la Cierva, Jiménez Losantos, Gonzalo Fernández de la Mora, García de Cortázar, José Luis Gutiérrez Casalá, Ángel David Martín Rubio, entre outros citados – representam a resposta da direita que tem estado no poder do outro movimento, o da recuperação da memória histórica, surgido em torno de 1996-1997".

Em sua análise, o historiador extremenho não economiza em responsabilidades na hora de explicar o porquê do êxito do revisionismo, cujos defensores (com Moa na cabeça) vendem livros como churros. "É tal o poder e respaldo midiático da direita que na esquerda não houve um contrapeso equivalente, e é nesta grande operação midiática de recuperação do espírito franquista e de reconquista da história da Espanha onde Moa julgou ter um papel primordial desde 1999. A direita podia ter escolhido opções mais moderadas, mas com a maioria absoluta de Aznar e o alinhamento deste com os planos de Bush, apostou-se pelo neofranquismo e no revisionismo mais forte", argumenta, ao tempo que encontra no "pacto político pelo esquecimento" subescrito pelo PSOE na raíz de sua vitória em 1982 boa parte da culpa para que o revisionismo coalhou como tem feito.

"O PSOE optou por não olhar para trás, em sua política de desmemória e assim, em fins dos anos 90, o terreno estava adubado com esquecimento e confusão para a colheita que se preparava".

E conclui: "O resultado é uma sociedade onde a batalha pela memória, pelo passado, está mais viva que nunca, onde o processo de exumação de fossas se exaspera para a direita, que se nega a reconhecer que os vencidos, por estranho que pareça, têm o mesmo direito que tiveram os vencedores durante décadas para localizar seus desaparecidos e lhes dar uma sepultura digna. E daqui que se levam tão mal o gotejamento de livros sobre repressão, que não tem cessado desde os anos 80, que põem em evidência as origens do franquismo e o fato de que sua única fonte de legitimidade foi a violência".

Por tudo o que foi exposto, Espinosa se pergunta porque na Espanha não há controles para evitar que se prolifere a propaganda travestida de História como o há na Inglaterra e França. "Isso não é liberdade de expressão, como tampouco é de validação que se repitam os velhos tópicos reforçando a imagem no coletivo daquilo, de que a guerra do pai ou do avô, não teve nada a ver com o que contam os historiadores".

Fonte original: Redação Diario de Sevilla(Espanha)
http://www.diariodesevilla.com/diariodesevilla/articulo.asp?idart=1269290&idcat=1182
Fonte: texto se encontra no site da ARP-Sociedad para el Avance del Pensamiento Crítico
http://digital.el-esceptico.org/leer.php?id=2080&autor=724&tema=146
Tradução(português): Roberto Lucena

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Relatório de Cracóvia sobre Zyklon-B, breve comentário

Tentando voltar a 'programação normal' do blog mas valeria um breve comentário já que houve pelo menos uns quatro posts sobre outra questão recente. Volto a reafirmar que é lamentável(pra não dizer inaceitável) a conduta da Polícia Suíça no caso recente do possível ataque de neonazis a uma mulher naquele país, pois há uma questão séria a ser tratada, em qualquer hipótese(a levantada pela polícia ou a da versão da pessoa, em confirmando uma ou outra não retirá a atuação inicial da política sobre isto), a polícia intimidou a vítima com ameaça de processos quando o fato recentemente havia ocorrido, houve uma afronta à Consul brasileira na Suíça, afronta esta que resultou em queixa sobre o tratamento da polícia.

Quanto a isso o governo brasileiro já se pronunciou(quem quiser ver é só checar os posts anteriores). No mais é aguardar o desenrolar do caso, mas algumas coisas já são de conhecimento público: indiferença de partidos políticos na Suíça com neonazistas, tentou o tempo todo diminuir a questão e acusar e ameaçar com processo a moça sem relatório definitivo ou investigação concluída fora o espetáculo que a polícia suíça deu pra TV daquele país, o partido em questão de extrema-direita faz propaganda xenofóbica explícita naquele país(propaganda racista), fora o que foi postado numa tradução de uma matéria do San Francisco Chronicle sobre o livre trânsito de extremistas islâmicos em contato direto com neonazistas naquele país.

Essas últimas considerações sobre xenofobia, partidos de extrema-direita xenofóbicos, afronta a uma autoridade diplomática brasileira e sem querer alongar a discussão pra questão da retenção de dinheiro de vítimas do Holocausto em bancos daquele país por décadas, não são especulações, são fatos. Esses fatos ocorreram(o do dinheiro retido de vítimas do Holocausto)e outros continuam a ocorrer, não só na Suíça como em vários países da Europa, independentemente deste caso. Portanto, "posar" de "santo" com um histórico desses ou achar que há "instituições" humanas "acima de quaisquer suspeitas" "porque são de um país europeu", não cola, pros que querem ofender a moça arrumem outra 'crença' pra se arragarem porque essa é frágil, principalmente quando a própria polícia dá indícios pra se desconfiar da postura dela mesma.
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Deixando isso(a "polêmica") de lado de vez e tentando voltar propriamente à temática do blog(embora o neonazismo deve ser denunciado e atacado), sobre o Relatório feito pelo Instituto Forense de Cracóvia(Polônia) pra detectar a presença de Zyklon-B em Auschwitz nas instalações nos locais de gaseamento em massa, serão feitos abaixo alguns comentários antes de postá-lo inteiro(é bem longo e é necessário ainda ajustar as tabelas pro formato do blog)com indicações de alguns links sobre ele que remetem a estudos do Dr. Richard Green.

No site Orkut foi aberto um tópico sobre o "revisionista" e farsante Fred Leuchter(o mesmo alegou que tinha formação em engenharia sem ter)em que se discutiu o fraudulento Relatório Leuchter(no blog há vários textos do Richard Green, PhD em Química, sobre as picaretagens desse documento). Vou repassar um comentário que o Roberto(Muehlenkamp)fez complementando com um comentário sobre uma "crítica" do Rudolf("revi")e de uma resposta do próprio Richard Green ao "revi".

O Relatório se encontra(a cópia)em inglês no site The Holocaust History Project no link(pra quem quiser checá-lo em inglês, pode ir direto ao link):
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/iffr/

Com um prefácio do Dr. Richard Green. Este relatório de Instituto de Cracóvia, como dito acima(comentários do Roberto, palavras dele, estou ajustando esta parte ao post)foi objeto de árduas "críticas" por parte de Germar Rudolf, que são rebatidas pelo Dr. Green no seu artigo "Chemistry is not the Science":
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science/

E no relatório de peritagem que foi apresentado pelo Dr. Green ao tribunal de apelação no litígio Irving contra Lipstadt:
http://www.holocaust-history.org/irving-david/rudolf/

Pra quem não sabe(pequena observação já que foi citado o caso), a historiadora do Holocausto Deborah Lipstadt foi processada pelo negador do Holocausto, o britânico David Irving, por difamação(ou calúnia) por conta de seu livro "Denying the Holocaust" onde ela mostra do que se trata a negaçãodo Holocausto detalhadamente e de que grupos estão por trás da negação e quais os interesses deles com a "causa"(há textos neste blog com tradução de algumas partes desses textos, é só procurarem pelo título 'direita radical', pleonasmo pra fascistas, neonazistas e congêneres).

Trecho da revista Morashá sobre o caso(pra quiser consultar diretamente a historiadora, eis o blog dela):
Iniciou um processo, dizendo-se vítima de calúnia, contra a historiadora americana Deborah Lipstadt, autora do livro "Denying the Holocaust - the growing assault on truth and memory"" (Negando o Holocausto - o crescente ataque à verdade e à memória). Lipstadt, em livro publicado no já quase longínquo 1993, enumera, entre outras coisas, atividades de um militante que certa feita se definiu como o responsável pela "Intifada de um homem só contra a história oficial do Holocausto".

Lipstadt prefere desenhar outra definição para Irving. Qualifica-o de "um dos mais perigosos porta-vozes do revisionismo histórico" e, sabiamente, evita entrar em polêmicas diretas com esses pseudo-historiadores. A professora da Universidade de Emory, em Atlanta, afirma não querer conceder-lhes um "reconhecimento intelectual"ao aceitá-los como interlocutores.
Matéria completa - Os vendedores de mentiras e os holofotes

Enfim, concluindo, o Relatório do Instituto Forense de Cracóvia sobre as quantidades de Zyklon-B presentes em Auschwitz será postado em breve no blog, acho que na íntegra(num post só), apesar do tamanho do texto. Se o texto de fato ficar muito extenso pra leitura num único post, ele será dividido em duas partes.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"Revisionismo do Holocausto" e falsificações

“Revisionistas” adoram descartar documentos que eles não gostam como falsificações, sob frágeis mentiras. No entanto, eles caem em suas próprias falsificações? A resposta é um enfático: “SIM!”

Uma das mais famosas falsificações relacionadas ao “revisionismo” é o chamado “Documento Mueller” também conhecido como “Documento Lachout”. Para maiores detalhes sobre esta falsificação ler “O Documento Lachout. A anatomia de uma falsificação”. Emil Lachout foi testemunha de defesa de Ernst Zundel no julgamento de 1988.

A segunda falsificação é chamada de Tagesbefehl-47, que diz respeito ao número de vítima do Bombardeio de Dresden. Embora não seja diretamente relacionado ao Holocausto, o mais “famoso dos revisionistas”, David Irving, confiou nele. E depois deles, muitos negadores invocaram o falso número de mortos de Dresden, contidos neste “documento”. Na verdade, os negadores vergonhosamente “floreiam” ainda mais o número de mortos:

Zundelsite:
Mais uma vez o número de mortes de alemães é jogado para baixo – em contraste com a eterna vítima judaica. O verdadeiro número de mortes de Dresden é superior a 350.000, possivelmente superior a 500.000.Isto em apenas uma cidade alemã.

Mais de 260.000 corpos e resíduos de corpos foram contados. Mas aqueles que pereceram no centro da cidade não podem ser rastreados. Aproximadamente 500.000 crianças, mulheres, idosos, soldados feridos e animais de zoológico foram
assassinados em uma noite.

O número real estabelecido atualmente é de 25.000.

Naturalmente, o grande momento após eles terem jorrado estas mentiras, negadores começaram a criticar o exagerado número de mortos nos campos de extermínio, o que implica em sua baixa revisão que “temos mentido”, e que nenhum número de mortes nazistas pode ser confiável. Claro que pela mesma lógica os bombardeios em Dresden nunca aconteceram.

É notável que, tal qual os diários falsos de Hitler, Irving foi o primeiro a duvidar da autenticidade do TB47, e em seguida o aceitou.

A terceira falsificação está em um relatório do “revisionista” Myroslaw Dragan relativo à carteira de identidade de Demjanyuk (ou seja, o carimbo na carteira, falsificado por Dragan). Enquanto a glória do “revisionista” Prytulak para expor esta falsificação (embora ele rotule que a carteira de identidade de Demjanyuk seja falsa também, mas isso veremos mais tarde), convém notar que Dragan é um personagem bem conhecido no cenário “revisionista”.

A série de falsificações feita por Gregory Douglas aka Peter Stahl. Algumas delas dizem respeito ao Holocausto. Douglas falsificou uma carta de Himmler para Osvald Pohl “provando” que Hitler não tinha conhecimento da “Solução Final”. Douglas falsificou alguns documentos sobre Odilo Globocnik. Douglas é um “revisionista”. Ele é aceito pelo importante “revisionista” Germar Rudolf e também por Willis Carto (pelo menos até pouco tempo era).

Ironicamente, Rudolf também invocou Dragan em pelo menos um artigo, e também o agradeceu em seu “relatório”. Quando a falsa “carta de Ischinger” de Douglas, foi declarada como falsificação, Rudolf defendeu Douglas assim:

Vendo rigorosamente, [esse documento] não é sequer uma falsificação. É apenas um ensaio, como fez Orson Wells em 1938 com “A guerra dos mundos”...Penso que isso é realmente engraçado. Que piada! Quem nunca fez isso deve se tornar o rei dos bobos-da-corte.

Esta é a atitude do “Dr.” Rudolf para com os falsificadores. Notavelmente, o falso relatório ainda é apresentado como autêntico por Douglas no “site TBRNews.org”.

No mesmo site podemos ver este artigo do “Dr.” Germar Rudolf, aparentemente baseado na falsificação de Douglas. De fato, existem muitos artigos no site com Rudolf assinando com Douglas, incluindo este sobre o Talmud.

E o último “documento” fraudulento que eu gostaria de discutir, se baseou principalmente em alguns “revisionistas” que se curvaram ao antissemitismo, é “O lobo do Kremlim” [The Wolf of the Kremlim], a “biografia” fabricada de Lazar Kaganovich. Quem a utilizou? Pierce, Oliver, Rimland (presumivelmente Zündel), Hoffman, Irving, Heddesheimer e, sem dúvida, muitos outros (incluindo não-negadores, mas certamente um simpatizante, Kevin MacDonald).

É também muito irônico que no primeiro número do Jornal da Revisão Histórica o falso “relatório Tartakow” foi publicado.

Então, da próxima vez que um “revisionista” disser “holofalso”, lembre-o desta lista.
Autor: Sergey Romanov
Tradução e adaptação: Leo Gott

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

David Irving - O embaixador "revisionista" de Hitler

"Historiador" diz que Hitler era "uma pessoa muito humana"

MADRI - O historiador britânico David Irving, conhecido por negar a existência do Holocausto, disse que Hitler era "uma pessoa muito humana" e que o campo de concentração de Auschiwitz, na Polônia, é hoje uma "espécie de Disneylândia".

As declarações foram dadas em Madri, Espanha, onde Irving esteve no último domingo para participar de uma conferência, informou o jornal local El Mundo.

O britânico, de 70 anos, diz que o líder nazista não tinha conhecimento dos massacres cometidos durante o regime, cujas responsabilidades devem cair sobre seus funcionários. "Considero-me um embaixador de Hitler para o futuro. Ele não pode se defender", afirmou o historiador.

Sobre os campos de concentração nazistas, Irving questiona o número real de pessoas mortas e a existência das câmaras de gás, além de afirmar que Auschwitz é hoje uma "espécie de Disneylândia para turistas".

A conferência, que primeiramente seria realizada em um hotel no bairro de Salamanca, foi transferida de última hora para um outro hotel localizado nas proximidades da estação de Chamartin, a fim de evitar o encontro entre manifestantes de extrema-direita e de esquerda.

O historiador já teve diversos problemas com a justiça devido às suas teorias, tendo sido condenado a um ano de prisão na Áustria, além de ser considerado persona non grata na Austrália e na Nova Zelândia.

Fonte: ANSA/Panorama Brasil
http://www.panoramabrasil.com.br/Noticia.aspx?idNot=265645
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Comentário: com bastante freqüência, negadores do Holocausto tentam a todo custo negar até suas afinidades ou filiações idológicas acerca do nazismo, no caso, de que não seria nazistas, proto-nazistas, simpatizantes do nazismo/fascismo ou coisa do tipo e que seriam apenas meros "estudiosos" ou "revisadores" do Holocausto.

Está aí mais uma declaração do principal negador do Holocausto(o que tem mais peso pois foi o único que conseguiu algum eco fora do meio 'outsider' negacionista), ou "guru" dos negadores(pois os seguidores do dito "revisionismo" mais parecem filiados a alguma seita religiosa fanática), deixando claro sua defesa da figura de Adolf Hitler e conseqüentemente do nazi-fascismo(extrema-direita).

As ligações entre "revisionismo"(negação do Holocausto)com o anti-semitismo/racismo e o nazismo são incontestes, por mais que os negadores que se aglomeram pela rede(internet)tentem negar tudo cinicamente(não só o Holocausto como principalmente suas afinidades ideológicas pra não chamar a atenção daqueles que não tem noção ao certo do que se trate o negacionismo do Holocausto e de seus ideólogos pró-nazismo).

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Bombardeio de Dresden causou menos mortes que o suposto

(Foto)Imagem mostra Dresden após o ataque dos Aliados, em fevereiro de 1945

Comissão conclui que o total de mortos no bombardeio de Dresden é de no máximo 25 mil, abaixo do número oficial de 35 mil. Destruição da cidade alemã é uma das ações militares mais controversas da Segunda Guerra.

O bombardeio dos Aliados à cidade alemã de Dresden, em fevereiro de 1945, causou a morte de menos pessoas do que se supõe. Em vez de 35 mil, o número de vítimas fatais é de no máximo 25 mil, segundo um relatório parcial divulgado nesta quarta-feira (01/10) por uma comissão criada pela cidade especialmente para acabar com a controvérsia.

A comissão, formada por professores universitários, arquivistas e historiadores militares, conseguiu comprovar a morte de 18 mil pessoas, mas esbarrou em números contraditórios obtidos em registros de cemitérios da cidade. Ainda assim, o total dificilmente deverá superar 25 mil. Os trabalhos começaram em 2004 e terminarão no próximo ano.

O bombardeio de Dresden é uma das ações militares mais controversas da Segunda Guerra Mundial. Entre 13 e 15 de fevereiro de 1945, aviões do Reino Unido e dos Estados Unidos bombardearam a cidade, destruindo uma grande parte da região central, inclusive prédios históricos, como a igreja Frauenkirche.

Desde então, o número de mortos causa tanta polêmica quanto a própria ação militar. À época da Alemanha Oriental, o total de vítimas foi fixado em 35 mil. Extremistas de direita e neonazistas dizem que 250 mil morreram e chamam o bombardeio de Dresden de "holocausto".

Os historiadores lembram que, em março de 1945, as autoridades locais também calculavam em 25 mil o número de vítimas fatais. A propaganda nazista ignorou esse cálculo e passou a divulgar números bem maiores. "Em março de 1945, o Ministério alemão das Relações Exteriores orientou seus representantes no exterior a divulgar que 200 mil pessoas morreram", diz o relatório da comissão.

Ao longo dos anos, esse número passou a ser usado como instrumento de uma "contínua mitificação da destruição de Dresden", afirma a comissão. "O nome Dresden ficará para sempre associado a uma das piores catástrofes da Segunda Guerra Mundial", disse o historiador Rolf-Dieter Müller, que preside a comissão. Mas, para ele, "especulações insanas" bloqueiam a reflexão sobre outras tragédias, como os bombardeios a Hamburgo e Tóquio, nos quais morreram 40 mil e 100 mil pessoas, respectivamente.

Agências (as)
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 02.10.2008)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3686571,00.html

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Outra mentira dos Negadores[do Holocausto]: Victor Cavendish-Bentinck

(todos os grifos são do tradutor)

Um truque favorito dos negadores, é a alegação que os britânicos sabiam que as câmaras de gás eram um trote, e que isso seria a peça-chave da indústria do trote. A primeira alegação foi de David Irving por volta de 1988, quando ele “botou pra quebrar” com o Leuchter Report. Apesar desta alegação ter sido totalmente destruída no julgamento de Lipstadt em 2000, os negadores continuam a papagaiar esta alegação com a sua habitual desonestidade.

As origens da mentira de Irving foram reveladas em detalhes na submissão de Richard Evans em nome da equipe de defesa de Lipstadt, e no Van Pelt Report. Significativamente, admitiu que a sua pesquisa primária na qual baseou sua alegação foi feita por outro negador, “Paul Norris, um dos homens de Zündel”. Falando em Toronto em 13 de agosto de 1988, Irving afirmou que:

Nos arquivos britânicos Paul Norris encontrou documentos que me mostrou em cópias fotográficas, demonstrando muito claramente que a Inteligência Britânica organizou deliberadamente a mentira das câmaras de gás. Eu não estou dizendo que eles desenvolveram inteligentemente a mentira das câmaras de gás, mas era uma mentira sobre as câmaras de gás. Em 1942, 1943 e 1944 o Comitê Conjunto de
Inteligência deliberava em Londres com o Comitê Executivo de Guerra Psicológica,
a agência de propaganda em Londres... sujando o nome da Alemanha, e enfurecendo os soldados aliados para que eles tivessem uma luta mais difícil. E um dos métodos do Comitê Executivo de Guerra Psicológica, que estão nestes documentos, eram as câmaras de gás, isto está nos documentos, dizendo que os alemães estavam usando câmaras de gás para se livrar de centenas de milhares de judeus e outras minorias na Alemanha. Nesta hora, um memorando, do Presidente do Comitê Conjunto de Inteligência, Victor Cavendish-Bentick, nesta hora ele escreve um manuscrito deste efeito: “tivemos que gastar boa parte do nosso dinheiro por causa dessa história de câmara de gás que estamos falando, mas não corremos o risco de eventualmente sermos descobertos e quando formos descobertos será um colapso para nosso esforço psicológico de guerra. Então não é tempo bastante para deixar à deriva por si mesma e concentramos em outras linhas que estamos correndo.”

“Tivemos que gastar boa parte de nosso dinheiro” ele escreveu em 1944, e aqui estamos, 44 anos após, continuando a correr, maiores e mais fortes que nunca, agora ninguém se atreve a levantar e matar. Sai do controle. A mentirosa propaganda de Auschwitz que estava começando a correr em 1944 está agora fora de controle, e vai levar homens do porte de Ernst Zündel a matar[levantar] uma lebre especial.


Esta é a chave para a tragédia pessoal de Irving – a queda e o auto-sofrimento como pesquisador histórico – porque ele mostra como foi jogar com sua reputação pessoal, não tendo base para a pesquisa primária, usou um material escavado de quem faz o jogo sujo para um pró-nazista. Irving assim “botou pra quebrar”, não apenas sobre Leuchter [Irving escreveu um prefácio para o Leuchter Report em abril de 1989 e repetiu a falácia sobre Cavendish] mas em uma plataforma de distorções neonazistas.

Quais são as distorções neste caso? Como Evans e Van Pelt deixam claro, Irving apresentou uma mentira parafraseando o memorando de Cavendish-Bentinck. Cavendish-Bentick em nenhum ponto diz que o assassinato de judeus em câmaras de gás era mentira. Seu memorando refere-se exclusivamente ao gaseamento de poloneses, fato que está enfatizado com o sublinhado na palavra “polonês”. Ele também deixa claro que as alegações são consideradas “não confiáveis” e não suportadas por evidências conhecidas, e em nenhum ponto ele cita que foram fabricados pelos britânicos ou afirma que é mentira.[ao invés de simplesmente infundada]:

Na minha opinião é incorreto descrever as informações polonesas sobre as atrocidades alemãs como “confiáveis”. Os poloneses, e em muito maior medida os judeus, tendem a exagerar sobre as atrocidades alemãs, afim de nos aquecer. Eles parecem ter conseguido.

O Sr.Allen e eu mesmo, temos seguido de perto as atrocidades alemãs. Não creio que haja qualquer prova que seria aceita em um Tribunal de acordo com a lei polonesa de crianças que foram mortas no local pelos alemães quando seus pais estavam sendo deportados para o trabalho na Alemanha, nem crianças polonesas que foram vendidas para colonos alemães. No que se refere à morte de poloneses em câmaras de gás, não creio que haja prova de que isto tenha sido feito. Pode ter havido notícias com esta finalidade, e temos jogado em cima dos PWE como rumores, sem acreditar que tenha qualquer fundamento. De qualquer forma existem muito menos evidências do que existe para o assassinato dos oficiais poloneses em Katyn pelos russos.


Além disso, Cavendish-Bentinck afirma que:

Por outro lado, sabemos que os alemães estão destruindo os judeus de qualquer idade, a menos que estejam aptos para trabalho manual.


Cavendish-Bentinck, portanto, longe de manifestar a opinião de que o extermínio sistemático dos judeus era uma mentira, afirmou inequivocadamente que o extermínio de judeus inaptos para o trabalho estava em curso.

Como os negadores respondem a esta mentira de Irving?
Tipicamente, não só perpetuam, mas também apresentam falsamente a paráfrase de Irving a Cavendish-Bentick. Por exemplo ver o site de K0nsl [“revisionista” que participa do Fórum Rodoh].

Tais desonestidades flagrantes não requerem nenhum outro comentário, somente o desprezo.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Socialista britânico critica radicalismo de Norman Finkelstein

Finkelstein e o Holocausto
por Alex Callinicos

UMA TEMPESTADE rompeu-se acerca de A Indústria do Holocausto, o novo e provocativo livro do historiador de extrema-esquerda de Nova York Norman Finkelstein. Seu alvo é em cima de um vasto esforço refletido numa pletora de museus, institutos, cursos, conferências e de como é relembrado o assassinato nazista de 5.1 milhões de judeus.

Para Finkelstein o Holocausto é uma ideologia. Ele acredita que a representação dominante dos crimes nazistas, particularmente nos Estados Unidos, não tem uma maneira séria de intentar compreender ou relembrar isso. Na crítica desta representação, Finkelstein segue a condução dada pelo historiador liberal Peter Novick. Em seu recente livro The Holocaust and Collective Memory(O Holocausto e a Memória Coletiva), Novick argumenta que o Holocauso apenas tornou-se uma questão maior até para judeus americanos nos fins dos anos de 1960s e início dos anos de 1970s.

Para Novick, esta mudança veio como um resultado das guerras árabe-israelenses de 1967 e 1973. Os mais destacados judeus americanos acreditavam que o Estado de Israel encarava um perigo comparável a Hitler. A invocação do Holocausto permitiu que defensores de Israel representasse seus oponentes como cripto-nazistas. Finkelstein rechaça esta explanação, apontando que Israel era um perigo muito maior perigo na guerra de 1948 quando o estado foi fundado. Ele argumenta que foi a decisão de Washington depois de 1967 de tratar o Estado sionista como um maior ativo estratégico norte-americano no Oriente Médio que foi responsável pela mudança na atitude.

"Não foram as alegadas fraqueza e isolamento de Israel, não foi o medo de um 'segundo Holocausto'," ele escreve, "mas ao invés disso é a prova que a força e aliança estratégica com os Estados Unidos que conduziu elites judaicas a elaborar a indústria do Holocausto depois de junho de 1967.

Um segundo fator, Finkelstein argumenta, foi o aumento da prosperidade dos judeus norte-americanos e sua correspondente mudança política para a direita: "ao agir agressivamente para defender seus interesses corporativos e de classe, as elites judaicas marcaram toda oposição para suas novas políticas anti-semitas conservadoras."

Esta análise proporcionou a base para a mordacidade de Finkelstein em atacar a "indústria do Holocausto". Assim ele denuncia o ganhador do prêmio Nobel sobrevivente de Auschwitz Elie Wiesel por transformar o Holocausto "numa religião 'misteriosa'" que ele expõe para um recebimento de honorários de $25,000 por aparição. Igualmente dúbio, para ele, são os esforços das organizações judaicas para ganhar compensação de países como Alemanha e Suíça. Finkelstein alega aquilo do que ele chama de "a Redobrada Chantagem", as compensações reivindicadas são exageradas e pouco do dinheiro chega aos genuínos sobreviventes do Holocausto.

Não é nada surpreendente que Finkelstein venha a estar sob ataque feroz. Jonathan Freedland escreveu no The Guardian na sexta-feira da semana passada que ele estava "próximo das pessoas que fizeram o Holocausto do que daqueles que o sofreram". Levando em conta que ambos os pais de Finkelstein sobreviveram ao Gueto de Varsóvia e aos campos nazistas, esta é uma acusação odiosa.

Apesar de tud, em sua fúria à classe dirigente sionista norte-americana, Finkelstein faz uma oferta enorme aos reféns da fortuna. Como seria sua afirmação diferente daquela que "o campo de estudos do Holocausto está repleto de nonsense, senão de pura fraude" feita pelo "revisionista" do Holocausto D. Irving ao esculhambar durante seu recente caso de difamação?

Finkelstein põe-se a elogiar a "'indispensável' contribuição" de Irving como historiador. Pior ainda, ele acompanha Novick no rechaço da significância da negação do Holocausto: "Não há qualquer evidência que os negadores do Holocausto exerçam qualquer influência maior nos Estados Unidos do que a Sociedade da Terra Plana o faça."

Mas, pode ser verdade que ao contrário dos EUA, a negação do Holocausto seja uma questão política viva na Europa. Quando Jean-Marie Le Pen, que desqualificou o Holocausto como "um detalhe da história", pode receber 15 porcento dos votos na França, e o simpatizante das SS Jšrg Haider pode dominar o governo austríaco, fazendo pouco caso de que o "revisionismo" do Holocausto é um perigo de luxo.

Pior ainda, Finkelstein às vezes faz concessões para a idéia de que alguns judeus pelo menos são parcialmente responsáveis pelo anti-semitismo. Assim ele com aprovação quotes the claim que o Congresso Mundial Judaico, em pressionar por reparações dos governos do Leste europeu, é "culpado de promover...uma terrível ressurgência do anti-semitismo".

Isto parece ser inteiramente o lugar errado de partida. Para amplitude de que há uma ressurgência do anti-semitismo na Rússia e leste da Europa, e em sua maioria a causa mais óbvia é o transtorno econômico e político causado pelo colapso dos regimes stalinistas no fim dos anos de 1980s. Neste clima não é difícil de se surpreender de que racistas encontrariam nos judeus e outros - notavelmente os Roma(ciganos) - os bodes expiatórios, totalmente independente do caráter dessas vítimas.

Finkelstein, como Novick antes dele, levantou questões legítimas. Ele tem destacado que algumas formas com as quais a comemoração do Holocausto tornou-se uma ferramenta de poder. Mas de tão exagerada que é sua polêmica às vezes ele a torna, totalmente contrário às suas próprias intenções, perigosamente próximo a dar conforto para aqueles que sonham com novos holocaustos.

Fotos: Norman Finkelsten com bandeira palestina, Alex Callinicos(socialista britânico)
Texto original(em inglês): Alex Callinicos
http://www.socialistworker.co.uk/archive/1706/sw170609.htm
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Relatório do Dr.Richard Green em refutação ao Rudolf Report - Concentrações de cianeto exigidas para fins homicidas

Traduzido por Leo Gott.

II. Concentrações de cianeto exigidas para fins homicidas

Rudolf cita uma passagem no Julgamento para o Juiz Gray, a fim de discordar com a alegação de que muito mais cianeto é necessário para matar piolhos do que é necessário para matar seres humanos.

Mesmo se estivesse completamente correto em sua argumentação, a alegação de Rudolf teria poucas ou nenhuma conseqüência no que diz respeito à veracidade dos acontecimentos em Auschwitz e Birkenau.

As possíveis consequências são que a ventilação das câmaras eram demasiadamente lentas, que a vítima não teria morrido tão rápido como relatado, ou que de alguma forma o montante da exposição deveria aumentar os vestígios de cianeto encontrados pelos investigadores forenses.

Eu mostro que os números de Rudolf são quase que certamente exagerados, e que mesmo assim os números de Rudolf são números que não produzem tais conseqüências. Rudolf escreve:

13.79 A razão pela qual Irving inicialmente negou a existência de câmaras de gás em Auschwitz foi, como se viu, em função do Relatório Leuchter. Tenho resumidas em detalhes as constatações feitas por Leuchter em nos itens 7.82 a 7.89 acima. Não vou repetir-me. Tenho também estabelecido nos itens 7.82 a 7.89 acima, as razões pelas quais van Pelt em nome da ré indeferiu o Relatório Leuchter como imperfeito e pouco fiável. Essas razões foram apresentadas para Irving em reperguntas. É um resumo das evidências para que ele aceite a validade dos mesmos. Ele concordou que o Relatório Leuchter estava fundamentalmente errado. No que se refere à análise química. Irving foi incapaz de contrariar as evidências do Dr. Roth (resumidas no parágrafo acima 7.106), que o cianeto, teria penetrado no tijolo e argamassa, até uma profundidade não mais de um décimo da largura de um cabelo humano, qualquer cianeto relativamente presente nas grandes amostras colhidas por Leuchter (que tiveram de ser pulverizadas antes da análise) teriam sido tão diluídas que os resultados sobre os quais Leuchter se baseou não tinha efetiva validade. O que é mais significativo é que Leuchter assumiu, equivocadamente e acordado com Irving, que uma concentração maior de cianeto teria sido necessária para matar seres humanos e não para fumigar roupas. De fato, a concentração necessária para matar seres humanos é 22 vezes menor do que o necessário para fins de fumigação.


É certo que muito mais cianeto é necessário para matar insetos do que é necessário para matar seres humanos, Leuchter aparentemente não têm consciência desta realidade. Rudolf, no entanto, reconhece este fato:

É verdade que mamíferos são muito mais sensíveis ao HCN do que insetos. A questão é, no entanto, qual a concentração de cianeto de hidrogênio é necessária para realizar um gaseamento em massa, conforme descrito pelas alegadas testemunhas oculares.

Muitos críticos e Negadores do Holocausto vêm argumentando que, devido ao nível letal de cianeto de um ser humano ser menor do que para usar em piolhos, as concentrações mais baixas foram de fato utilizadas no processo assassinar. O fato de 300ppm de HCN ser rapidamente letal para os seres humanos realmente não prova que essas pequenas concentrações foram utilizadas na câmaras de gás homicidas. A vantagem de se utilizar uma concentração mais elevada é dupla:
1) os efeitos letais podem ocorrer mais rapidamente e
2) a concentração letal pode ser estabelecida muito mais rápido. A vantagem de se utilizar uma concentração mais baixa, como é evidente, é que iria economizar dinheiro. Eu ainda não vi indícios de que as concentrações realmente utilizadas para homicídio foram significativamente menores (ou seja, mais de um fator de 2 ou 3) do que os utilizados para despiolhamento.

Convém salientar que um despiolhamento demora mais tempo do que um gaseamento homicida.

Devido a este tempo adicional, o Zyklon utilizado para despiolhamento teria tido tempo suficiente para evaporar completamente.

Portanto, para a mesma quantidade de Zyklon, a última fase gasosa da concentração de HCN é um pouco mais elevada no caso de despiolhamento.

Em sua seção de cálculos, Rudolf encontra um resultado diferente baseado erroneamente no pressuposto de que o Zyklon não foi introduzido pelas aberturas.

Eu discuto esta questão a seguir na minha análise sobre os cálculos de Rudolf.

Provas da existência de ventilação podem ser encontradas na apresentação de Keren, McCarthy e Mazal.[31]

Embora a concentração mais alta na fase gasosa das câmaras de gás ter sido muito provavelmente menor do que nas câmaras de despiolhamento, as concentrações provavelmente não teriam diferenças por muito como os críticos negadores têm assumido.

Estes resultados não são reivindicados por Leuchter ou pelo Leuchter Report.

As concentrações que foram utilizadas muito provavelmente são consistentes com os testemunhos, de uma forma consistente com a capacidade dos Sonderkommando para retirar os corpos, e coerentes com as diferenças nos vestígios químicos entre as câmaras de gás e as câmaras de despiolhamento.

Na seção acima sobre ventilação eu mostrei que em até duas vezes o valor das estimativas de Rudolf de concentração de gás, não poria em perigo o pessoal do Sonderkommando.

Abaixo eu discuto a questão dos vestígios químicos de cianeto.

Aqui eu discuto a questão de quanto Zyklon B foi utilizado e qual é a sua toxicidade.

1 – Testemunhos da quantidade de Zyklon B aplicada.

Rudolf afirma:

Não existem muitos testemunho oculares no que se refere à quantidade de Zyklon B utilizada, mas de acordo com uma fonte polaca eles referem-se à aplicação de 6 a 12 kg de cianeto de hidrogênio.
Como Rudolf não forneceu a sua fonte, é impossível avaliar a precisão de sua afirmação ou até saber a qual câmara de gás estes montantes se referem. Supondo que a referência é o morgue 1 no Krema 2, estas concentrações correspondem a 12-24g/metro cúbico. Estas concentrações não estão fora de sintonia com os pressupostos que Jamie McCarthy e eu fizemos em nosso artigo[32].Nossas estimativas foram baseadas com as seguintes considerações. A nossa menor estimativa de 4-5g/metro cúbico veio de uma estimativa do nosso colega Mark Van Alstine.[33] Nossa estimativa alta de 15-20g/metro cúbico veio de Pressac.[34] [Perry]Broad testemunhou que duas latas de 1 kg foram utilizadas,[35], o que trabalharia a 4g/metro cúbico e coerente com a nossa estimativa mais baixa. Por segurança, usamos um intervalo de 5-20g/metro cúbico. Estes valores correspondem a 4500 e 18100 ppm, respectivamente.[36] Para efeitos de comparação, a concentração sugerida pela Degesch [fabricante do Zyklon B]para despiolhamento é de 8g/metro cúbico. [37] Estas são as concentrações finais para toda evaporação de uma vez do HCN. Durante um despiolhamento se desenvolveria a concentração alta. Durante um gaseamento homicida Zyklon o restante do Zyklon já teria sido removido após a morte aparente e antes de ventilação, de modo que a maior concentração teria efectivamente sido atingido, teria sido menos como o Zyklon e não teria evaporado totalmente de dentro da câmara.

2. Testemunhas oculares sobre o tempo necessário para matar todos os seres humanos dentro da câmara de gás.

Rudolf escreve:

Uma forma indireta de calcular a quantidade de Zyklon B que seria necessária para matar todos os seres humanos em uma "câmara de gás" é o tempo que foi alegadamente necessário para matá-los. De acordo com quase todos os "testemunhos oculares" existiram apenas alguns segundos e até dez minutos para matar nas alegadas câmaras de gás dos Crematorium II e III. [Nota 448 de Rudolf] Esta informação pode ser usada para fazer um cálculo aproximado da quantidade de Zyklon efetivamente necessária para atingir o tempo da matança.
A fim de fazer tal cálculo aproximado, Rudolf compara este testemunho com os tempos relatados nas câmaras de execução dos EUA empregando HCN como gás letal. Existem sérias falhas neste argumento de Rudolf:

1) Existem mais variações de testemunhos do que o alegado por Rudolf

2) Para que as vítimas de uma câmara de gás parecessem mortos para as testemunhas oculares exigiria apenas silêncio e imobilidade.
3) As alegações de Rudolf sobre as câmaras de gás dos EUA são enganosas.

Rudolf cita: “De acordo com quase todos os "testemunhos oculares" existiram apenas alguns segundos e até dez minutos para matar(...)” Na nota 448, ele afirma que "a única exceção", é o bloco de internos em Auschwitz (presumivelmente bloco 11).
Um outro testemunho ocular muito importante (Rudolf Höss) deve ser outra exceção:[38]

A porta seria aparafusada e fechada à espera dos esquadrões de desinfecção que iriam imediatamente jogar o gás [cristais] pelas aberturas do teto da câmara de gás que estabelece uma coluna de ar até ao chão. Este garantiria a rápida distribuição do gás. O processo poderia ser observado através do olho mágico [peep hole] na porta. Aqueles que estavam de pé ao lado da coluna de ar foram mortos imediatamente. Posso afirmar que cerca de um terço deles morreram imediatamente. O restante cambaleante começou a gritar na luta por ar. Os gritos, no entanto, logo mudaram para tosses e desmaios e depois de alguns momentos todos estavam deitados. Após vinte minutos, movimentos não podiam ser detectados. Os tempos necessários para o gás surtir efeito eram variados, de acordo com as condições meteorológicas e dependia se estava úmido ou seco, frio ou quente. Também dependiam da qualidade do gás, o que nunca foi exatamente o mesmo, bem como sobre a composição dos transportes, que poderiam conter uma alta proporção de judeus saudáveis, ou velhos e doentes, ou crianças. Algumas vítimas ficaram inconscientes depois de alguns minutos, variando de acordo com a
distância da coluna de ar. Aqueles que gritavam e aqueles que estavam velhos, doentes, ou fracos, ou as pequenas crianças morreram mais rápido do que aqueles que eram saudáveis e jovens.

Não deve ser surpreendente, se as quantidades usadas nem sempre foram igualmente precisas ou eficazes. Na verdade, não existe, pelo menos, um relatório de alguém que sobreviveu a um gaseamento. Suponho que o Dr. Nyiszli é outra exceção: [39]

Por precaução eu agarrei meu instrumento, e arremeti à câmara de gás. Contra a parede, próximo à entrada da imensa sala, metade estava coberta de corpos, vi uma menina proceder a uma morte-barulhenta, com o seu corpo apreendido com convulsões. O homens do kommando de gás à minha volta estavam em estado de pânico. Nada como isto nunca tinha acontecido no decurso de sua terrível carreira.[...]

Eu calmamente relatei [ao Sargento SS Mussfeld], o terrível caso que nos confrontamos. Eu descrevi as dores que a criança deve ter sofrido na sala de despir, e as cenas horríveis que precederam à morte na câmara de gás. Quando a sala tinha sido mergulhada em trevas, ela ainda respirava pouco com seus pulmões cheios do gás Zyklon. Apenas alguns, porém, o seu frágil corpo estava como uma massa que empurra e puxa, pois lutou contra a morte. Por acaso ela caiu com o rosto contra o chão de concreto úmido. Essa pouca umidade tinha de ser mantida para que o gás Zyklon asfixiasse e não reagisse sobre condições úmidas. Estes foram meus argumentos, e eu pedi-lhe para fazer qualquer coisa para a criança. [...]

"Não há maneira dela escapar", disse ele, "a criança terá que morrer".

Meia hora depois, a garotinha foi levada, ou melhor carregada, para a fornalha no corredor, e ali Mussfeld [Sargento SS] enviou outro no seu lugar para fazer o trabalho. Uma bala na parte de trás do pescoço.

A explicação de Nyiszli sobre a menina sobrevivente pode não ser correta, mas o episódio lembra que o gaseamento não foi necessariamente uma ciência perfeita. Não eram necessariamente conduzidas idealmente a cada vez, na verdade, sem dúvida vários perfis de concentração de gás variaram de gaseamento para gaseamento.

3 - O tempo necessário para matar prisioneiros nas câmaras de execução americanas.

O que seria necessário para o tipo de estimativa aproximada de concentração utilizada nas tentativas de Rudolf é que as vítimas deveriam estar expostas ao cianeto tempo suficiente para que a maioria das vítimas estivessem mortas em 10 minutos ou menos.

O argumento de Rudolf é que as concentrações utilizadas nas câmaras de gás devem ter sido, pelo menos, tão grande quanto às das câmaras de gás dos EUA, com vista para a morte ocorrer dentro de 10 minutos.
Ele afirma:

Mas, mesmo em circunstâncias normais, as execuções nas câmaras de gás dos EUA levam, em média 10 a 14 minutos. A concentração de cianeto de hidrogênio aplicada durante estas execuções é geralmente semelhante ao aplicado durante os procedimentos normais de despiolhamento(0,3% -- 1%).[Nota 450 de Rudolf] A vítima é imediatamente exposta à grande concentração de gás tóxico, assim se desenvolve por baixo dela, e se ergue até o seu rosto.
O tempo reportado da morte de uma execução nos EUA não é o mesmo que um testemunho de Auschwitz teria relatado. Para que um prisioneiro executado nos EUA seja declarado morto, pelo menos, os batimentos do seu coração devem ter parado. Nas câmaras de gás [nazistas] a inconsciência, o silêncio e a imobilidade seriam mais prováveis para relatar como morte. Ninguém entrou nas câmaras de gás até que elas fossem ventiladas. Durante o tempo de ventilação, a exposição das vítimas ao HCN teria continuado, de modo que qualquer vítima inconsciente iria continuar a ser exposta às concentrações letais de HCN. Portanto, esta comparação de Rudolf é realmente inválida. Em vítimas de intoxicação por cianeto, o coração pode continuar batendo, mas os outros sinais vitais desaparecem:

Em muitos casos, a morte é retardada, mas depois de uma dose muito elevada de cianeto, a morte pode ocorrer de 1 a 2 min. Nestes casos, o indivíduo desmaia e a respiração progride para apnéia. Convulsões e perda de consciência acontecem rapidamente. Com doses menores, respiração rápida pode ser vista, devido à estimulação da chemoreceptors carótida pelo cianeto [...]Inconsciência e completa [areflexia] podem ocorrer e podem continuar durante 15 a 60 minutos antes da morte. A respiração cessa antes da parada cardíaca.

Em um apêndice a este depoimento, eu examinei as fontes de Rudolf sobre o tempo de morte nas câmaras de execução nos EUA. Dois fatos são dignos de nota a partir desse exame. As fontes suportam a noção de que a inconsciência e a imobilidade precedem a morte cardíaca. Elas também põem em dúvida a média de 10-14 minutos que Rudolf afirma, durante o tempo de morte. Estes números são certamente mais altos que as fontes citadas pelo próprio Rudolf.

Agora eu volto à questão de saber qual foi a concentração usada nas execuções nos EUA. Rudolf reporta uma concentração de 0.3-1%, mas ele cita apenas uma única fonte. Esta fonte é listada na nota de rodapé 450 como "Cf. A News & Observer, Raleigh (NC), 11 de Junho de 1994, p. 14." No apêndice acima mencionado eu cito uma história que começa em p. A1 desta mesma emissão.[41] Este artigo não dá a concentração utilizada. Tem algumas informações que podem ser usadas para extrapolar uma concentração, mas tal estimativa não seria muito precisa. Na p. A14 há um artigo sobre a apelação de Phil Donahue para o Supremo Tribunal de Justiça pedindo a suspensão da execução. E não menciona as concentrações de cianeto utilizadas. Eu entrei no site News & Observer http://newsobserver.com/ e procurei artigos em 11 de junho de 1994.

A pesquisa sobre a palavra "cianeto" trouxe um artigo independente de Bill Krueger em p. A1 e um artigo sobre anúncios de cigarro.

A pesquisa sobre a "pena de morte" trouxe-me apenas o artigo de Krueger.

Uma pesquisa sobre "execução" trouxe-me até o artigo de Krueger, bem como o artigo sobre Phil Donahue. A pesquisa com o termo "concentração" não trouxe nenhum resultado que fez uma pesquisa sobre "0,3". Sem ter acesso a uma cópia impressa ou microfilmes da p. A14 não posso absolutamente excluir a possibilidade de Rudolf estar sendo honesto, mas deve ser suspeito seu valor de 0,3 a 1% de concentração de cianeto em execuções nos EUA. Mesmo que ele possa proporcionar uma fonte para esta afirmação, é questionável que a uniformidade é de tal uso. E sem dúvida não tem nenhuma maneira de fazer uma estimativa do LC100 (a concentração necessária para matar 100% das pessoas expostas, em um dado período de tempo).

4 – Cálculos subseqüentes

Por comparação, a 5g/m3, as vítimas teriam sido expostas a 930 ppm dentro de 10 minutos e, a 20g/m3, as vítimas teriam sido expostas a 0,37% dentro de 10 minutos. Esta estimativa não é muito diferente da baixa final de Rudolf. Dado que a variação do tempo de um gaseamento foi superior às reivindicações de Rudolf, que as câmaras de gás estavam mais quentes do que ele alega, e que leva mais tempo para morrer uma pessoa “em pena de morte” do que uma morte aparente, e que as estimativas que Jamie McCarthy e eu fizemos não são irracionais.

Deve-se notar que a estimativa de Rudolf de 0.3-1% magicamente torna-se 1% em seus cálculos subseqüentes.

Vale a pena revisitar os limiares da DuPont:[42]

2-5 ppm Odor
4-7 ppm [OSHA] exposição limite de 15 minutos, tempo médio ponderado
20-40 ppm ligeiros sintomas após várias horas
45-54 ppm Tolerado de ½ a 1 hora, sem significativos efeitos imediatos
100-200 ppm Fatal dentro de 1/2 a 1 hora
300 ppm rapidamente fatal (não existe tratamento)


Não é previsto tratamento para alguém que se pretende matar, por isso para os nossos propósitos 300ppm é "rapidamente fatal". No entanto a DuPont acrescenta:


Estes números devem ser considerados como estimativas razoáveis, não precisas, estes efeitos variam para diferentes pessoas, e os dados não são exatos. Além disso, respiração forte por causa do esforço físico aumentará a ingestão de cianeto e reduz o tempo para os sintomas aparecerem. O "rapidamente fatal", exposição ao nível de 300 ppm não assume primeiros socorros ou tratamento médico. Aliás é muito eficaz quando usado rapidamente.
[grifo da DuPont] Quanto é rapidamente?

Contagem de segundos, o tratamento deve ser prestado em até 200 segundos (3-4 minutos).

Um artigo publicado na revista Human Toxicology dá limiares semelhantes: [43]
Resposta Concentração (ppm)

Imediatamente fatal 270
Fatal após 10 min -----> 181
Fatal após 30 min -----> 135
Fatal após 30-60 min ou mais, ou perigoso à vida -----> 110-135
Tolerado de 30-60 min sem efeitos imediatos -----> 45-54
Ligeiros sintomas após horas -----> 18-30

Este mesmo artigo descreve um caso tão notável que valeu a pena publicar um artigo sobre um acidente no qual um trabalhador sobreviveu a 6 minutos de exposição a 500 mg/m3 (450 ppm).
O artigo diz:

Este caso é incomum, a sobrevivência sem seqüelas ocorreu apesar da exposição ao HCN na ordem de 500 mg/m3 e 6 min de exposição; especialmente porque o tratamento foi iniciado 1h após a exposição.

Mesmo com a exposição inicial inferior a 500 mg/m3, experimentos realizados posteriormente revelaram que o acúmulo de HCN nas circunstâncias descritas foi rápido.

Neste caso, o paciente desmaiou e ficou inconsciente dentro de 3 minutos.Após a retirada do tanque em que ele ficou exposto, a sua respiração era imperceptível e ele entrou em coma à chegada ao hospital 40 minutos depois.

Diante do exposto, é razoável supor que a alegação de que 300 ppm é "rapidamente fatal" seria aplicável aos tempos de 10 minutos, no máximo.

Há de se preocupar no entanto, se este valor é LC100. Sem citar o que ele considera doses letais,
Rudolf escreve (p.190):

A dose letal de 100%, LD100, dá a concentração ou quantidade de venenonecessária para matar todos (100%) indivíduos de observados. Este valor é usado para certifica de que todas as pessoas são mortas com êxito.

A dose letal 1%, LD1, dá a concentração ou quantidade de veneno necessária para matar 1% de todos os indivíduos observados. Este valor é usado para marcar um limiar para além do qual a exposição ao veneno é definitivamente perigosa.

Obviamente, os dois valores diferem enormemente, ou seja, o valor de LD100 é muito superior ao valor LD1.

Aqui Rudolf parece implicar, mas não indicar explicitamente que citava muitas vezes o valor de 300 ppm a toxicidade do HCN que é um valor LD1 e seu 1% é um valor LD100, presumivelmente, a dez minutos de tempo de exposição. Quando citamos uma concentração letal normalmente se refere à concentração letal (LC), em vez de valores de dose letal (LD). Uma concentração letal requer um tempo a ele associado. Uma fonte fornece os seguintes valores para o LC50: [44]

Valores exatos para toxicidade aguda de HCN para os seres humanos são desconhecidos. A letalidade aguda é por analogia com os animais e sobre fundamentos teóricos, suscetível de ser dependente do tempo, algumas orientações estão disponíveis nos dados da tabela 2.

Tempo -----------LC50(mg m3)------------LCt50(MG min m3)
15s-------------------------- 2400------------------------------ 660
1min-------------------------1000----------------------------- 1000
10min------------------------ 200------------------------------2000
15min-------------------------133------------------------------4000

No entanto, deve-se afirmar que estes números são muito incertos, e um valor maior de 4400 mg m -3 foi dado por MacNamara com base numa estimativa de Moore e Gates ....

A própria estimativa de MacNamara para a toxicidade do HCN inalado em humanos baseia-se na semelhança de respostas a HCN dos seres humanos e dos caprinos, e ele dá a 1 min-LC50 de 3404 mg m-3.

O valor dado de 10 minutos é equivalente a 181 ppm. Independentemente da absoluta precisão destes números, seria ridículo sugerir que 300 ppm é LC1 em dez minutos. A estimativa de LC50 durante 15 segundos, corresponde a 0,21%, que é menor do que a afirmação de Rudolf de LC100 durante 10 minutos. O valor de LC50 de McNamara para 1 minuto é 3080 ppm, enquanto este é o LC100 mínimo de Rudolf durante 10 minutos. O valor de 4400 mg m -3 é difícil de se interpretar sem um [timeframe]. Talvez seja um valor de LCt, mas as unidades estariam erradas nesse caso.
Não há um caminho ético para medir precisamente o LC100 para um ser humano. Mesmo fazendo uma boa estimativa baseada nas câmaras de gás dos EUA pode ser problemático, pois as concentrações utilizadas não eram necessariamente compatíveis, nem o tamanho da amostra é suficientemente grande. A estimativa de Rudolf é tão problemática como inútil. Notar que (0,1%) 1000 ppm é superior a 5 vezes a estimativa da LC50 durante 10 minutos. É difícil imaginar que 0,1% por dez minutos, não seria mais de LC100. Rudolf escreve:

... Apenas piolhos em mau (sic) estado podem ser mortos com apenas 0,03% de cianeto de hidrogênio, por isso é possível que um homem inteligente e saudável possa sobreviver a 5 minutos de exposição a 1% de cianeto de hidrogênio.

Rudolf não apresenta evidências para esta afirmação.

Basear-se na estimativa dada acima, de que o montante do Zyklon foi utilizado entre 5 e 20 gramas por metro cúbico (4500-18100 ppm), é uma estimativa conservadora, que as vítimas foram expostas a 450-1810 ppm dentro de 5 a 15 minutos, ou entre 2,5 e 10 vezes do tempo a LC50 da estimativa acima. Esta estimativa depende das câmaras estando a apenas 15°C. As câmaras de gás são suscetíveis de ter sido muito mais quentes do que a temperatura mais quente que ele estudou. A temperatura dos humanos por exemplo, é de 37 ° C, e as câmaras estavam cheias de pessoas antes da inserção do Zyklon.

Sob essas condições a liberação do gás (HCN) do Zyklon seria mais rápida e o tempo de exposição maior.

Rudolf escreve:

É óbvio que o tempo dos assassinatos em massa relatados pelas alegadas testemunhas oculares com Zyklon B em Auschwitz e em outros locais, e que são menores ou semelhantes às execuções nos EUA, seriam necessários, pelo menos concentrações semelhantes, tal como aplicado nos execuções nos EUA (0.3%-1%). Devido ao fato da liberação do cianeto de hidrogênio do Zyklon B ser muito lenta, cerca de 10% nos primeiros 10 min. [Nota 451 de Rudolf] Além disso, uma vez que obviamente não havia nenhum dispositivo para distribuir o gás rapidamente ao longo de toda a sala, mais minutos se passaram antes que todas as vítimas teriam sido cercadas por altas concentrações de cianeto de hidrogênio (mesmo aqueles encostados nos cantos da sala). Devemos, portanto, assumir que o montante mínimo de Zyklon B para ser introduzido nestes quartos teriam sido na ordem de magnitude de dez vezes o valor normalmente utilizado para os procedimentos de despiolhamento, a fim de atingir uma concentração semelhante já nos primeiros 5 a 10 minutos da execução, mesmo no canto da sala.

A inspecção da ilustração 1 do estudo de Irmscher[45] mostra que cerca de 10% do Zyklon evapora dentro de um período de cerca de 5 a 15 minutos, mesmo nas baixas temperaturas que ele estudou. Irmscher fez seus estudos com temperaturas variando entre -18°C e 15°C. Em seus cálculos, discutidos abaixo (ver p. 235 do seu depoimento), Rudolf encaixa os dados de Irmscher na forma funcional 1-exp (-t/43.5), onde t é dado em minutos.
Eu tracei um esboço através dos dados de Irmscher dados, e achei que está razoavelmente de acordo.[46] Se você puder extrapolar os dados para o início tempo, é retornado o resultado que cerca de 20% evapora dentro de 10 minutos. É suscetível que as câmaras de gás foram muito mais quente que a temperatura mais quente estudada por ele. A temperatura dos humanos por exemplo, é de 37 ° C, e as câmaras estavam cheias de pessoas antes da inserção do Zyklon. Existe, de fato, algumas provas que as câmaras de gás foram aquecidas.

John Zimmermann escreve[47]:

A descoberta dos Arquivos de Auschwitz em Moscou sugere que os problemas técnicos de aquecimento do "gassing cellar" foram superados. Uma nota fiscal dos construtores do forno de Auschwitz para as autoridades pedindo o pagamento de um "sistema de indução de ar quente" [warmluftzufuhrung] para o Crematorium II
instalado em junho de 1943.
Além disso, houveram de fato, dispositivos para distribuir o gás ao longo da sala.[48] Portanto, a estimativa de Rudolf é no mínimo do pior cenário possível; e tem várias hipóteses:

1) que a sua média de 10-13 minutos das câmaras de gás dos EUA é exata. Tal como acima demonstrado, algumas mortes de fato demoraram mais, mas é difícil justificar como uma média de tempo.

2) Que as testemunhas oculares dos gaseamentos de Auschwitz teriam relatado “morte legal”, em vez de inconsciência e cessação de movimento.

3) que 10 minutos é o tempo máximo reportado de Auschwitz somente com uma única excepção.

4) Que não existiam dispositivos de introdução [do Zyklon]

5) Que a temperatura presente era fria (Ele usa dados do Zyklon B de 15°C).

6) Que 0.3-1% é um argumento preciso das concentrações utilizadas nas câmaras de gás dos EUA.

7) Que se deve usar 1% em vez de 0,3%

8) Que apenas 10% evapora no prazo de dez minutos, em contraste com a forma funcional.

1% corresponde a 11g/m3. Se se assume sob as piores condições que é necessário utilizar 10 vezes o máximo para conseguir uma tal concentração, em apenas 10 minutos a uma temperatura de 15°C, então é preciso 110g/m3. Para efeitos de comparação, as concentrações sugeridas pela Degesch para despiolhamento eram de 8g/m3.[49] Se, por outro lado, olhar para os números que eu e Jamie McCarthy chegamos baseado na evidência disponível 5-20 g/m3 concentração que foi utilizado, revela-se razoável na imagem.

Na sequência abaixo eu parto do princípio de que o relatório de Rudolf para a saída do Zyklon B é válido, e que o Zyklon foi removido após apenas 10 minutos e que a taxa de ventilação que foi dada por Rudolf de 9,94 trocas por hora.






É importante notar que as vítimas iriam continuar a ser expostos a HCN durante ventilação. Uma vítima inconsciente, que ainda não tinha sido morta, teria toda a probabilidade ser morta no tempo que os corpos eram removidos. Notar que a estimativa mínima mostra que as vítimas teriam sido expostas a concentrações acima de 300 ppm por 14 minutos. Recordo que LC50 por dez minutos é cerca de 181 ppm. Sob essas condições as vítimas seriam expostas ao excesso de concentração de 181 ppm por 18 minutos.
Pode ser argumentado (na verdade, sem dúvida alguma Rudolf e Irving irão argumentar), que uma vítima eventualmente sobreviver a tal tratamento. Nossa estimativa máxima deveria colocar essas questões para descansar. Essa estimativa revela que as vítimas seriam expostas a concentrações acima de 300 ppm por 24 minutos, e concentrações superiores a 181 ppm por 27 minutos. Nota-se que igualmente as vítimas seriam expostas a concentrações superiores a 1000 ppm durante 16 minutos. Este valor corresponde a LC50 por 1 minuto. O excesso de concentração seria de 3000 ppm (0,3%) durante 3 minutos. Esta comparação corresponde a LC50 por 15 segundos. Existe pouca dúvida de que esta estimativa de Rudolf é superestimada.

Agora eu vou plotar os resultados para o caso em que o Zyklon não foi removido durante 20 minutos:






A menor estimativa mostra que as vítimas seriam expostas a uma concentração acima de 300 ppm por 27 minutos. Novamente, LC50 por dez minutos é de cerca de 181 ppm. Sob essas condições as vítimas seriam expostas a concentração em excesso de 181 ppm por 31 minutos. Ainda é difícil de acreditar que Rudolf iria alegar que uma vítima poderia sobreviver tal tratamento. Nossa estimativa máxima aqui é quase que certamente muito grande. Essa estimativa revela que as vítimas seriam expostas a concentrações acima de 0,1% ppm por 29 minutos, e concentrações superiores a 0,3% ppm durante 16 minutos. Esta concentração corresponde a LC50 durante 15 segundos.

Sem aceitar as evidências de Rudolf, que vale a pena dizer que as diferenças entre as nossas estimativas são praticamente inconseqüentes. Até mesmo Rudolf reportou exatamente correto que é necessário desenvolver uma concentração de 1% dentro de 10 minutos, não há nada de incompatibilidade entre este valor e os fatos conhecidos dos gaseamentos homicidas. Tal como acima demonstrado, a concentração de 1% seria facilmente ventilada em uma quantidade de tempo razoável. Como mostrado acima, mesmo que a concentração fosse duplicada o sistema de ventilação teria sido adequado. Conforme mostrado a concentração de 1% não garante a formação de Azul da Prússia. De fato devemos levar em conta as considerações de que é extremamente improvável que quantidades significativas de Azul da Prússia teriam formado nas câmaras de gás.
Como mostrado tais concentrações não são incompatíveis com a diferença de vestígios químicos entre as câmaras de gás e as câmaras de despiolhamento. A importância do efeito sobre a formação do Azul da Prússia é discutido abaixo, mas basta dizer aqui que nada sobre estas concentrações é inconsistente com a evidência histórica. A estimativa de Rudolf que os gaseamentos homicidas teriam exigido uma concentração 10 vezes maior que as de despiolhamento, por outro lado é muito grande. No entanto mesmo a estimativa de Rudolf é consistente com a segurança dos trabalhadores escravos (Sonderkommando), bem como os resíduos de cianetos encontrados nas câmaras de gás pelo Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia (IFFR).


FONTES DO CAPÍTULO:

[31] Daniel Keren, Ph.D, Jamie McCarthy, Harry W. Mazal OBE, " A Report on Some Findings
Concerning the Gas Chamber of Krematorium II in Auschwitz-Birkenau", an appendix to Robert Jan van Pelt's expert report.

[32] Richard J. Green, and Jamie McCarthy, Chemistry is not the Science: Rudolf, Rhetoric and
Reduction, 1999, http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science

[33] Mark Van Alstine, private communication. Van Alstine writes:

Given that Zyklon B came in 200 g, 500 g, 1 kg, and 1.5 kg canisters, arguably "one of the smallest cans" would have been a 500 g can of Zyklon B. That would mean that in Krema II either 1.5 or 2.0 kg of Zyklon B (depending on whether or not one or both gas chambers of L.Keller 1 were used) would have been poured in. Since L.Keller 1 had a volume of about 500 cu m, that would mean a HCN concentration of about 3-4 g cu m. (Cf. Pressac, Technique, op. cit., pp. 16-17, 21, 494)



[34] Jean-Claude Pressac, "The Deficiencies and Inconsistencies of 'The Leuchter Report'" in Shapiro, S. Truth Prevails: Demolishing Holocaust Denial: The End of the Leuchter Report, NY: The Beate Klarsfield Foundation (1990).

[35] Robert Jan van Pelt, second supplementary opinion, p.31.

[36] Concentrations of trace gases in air are conveniently described in terms of parts per million by volume (ppm) as follows: Concentration of species X in ppm = 106*(volume of species X alone)/(volume of air). See for example, John H. Seinfeld, Atmospheric Chemistry and Physics of Air Pollution, John Wiley & Sons, New York, 1986, p.6. Degesch defines in their publications that they mean ppm as parts per million by mass (a convention brought over from the liquid phase). Pressac has also followed this usage. Modern references to gas phase toxicity, however, are by volume. In the case of HCN, the point is moot. HCN has a molecular mass of 27 versus the atmosphere's roughly 28.8. Thus their densities are nearly equal at the same temperature and one may be loose about switching between the two conventions. In other words, the value in ppm by mass will be different by a factor of 27/28.8 or 0.94, an insignificant difference. To convert from g/m3 to ppm by volume, one can use the following equation: Conc. in ppm = ((Conc. in g/m3)/27.0)* (8.31441*298.15/101325) Where 8.31441 is the ideal gas constant, 298.15 is the temperature in Kelvin (again note that a 30 degree temperature difference leads only to 10 % error), and 101,325 is atmospheric pressure in pascals. 1 g/m3 is 906 ppm or 0.09%, so that dividing the concentration in g/m3 by 10 roughly gives the concentration in percent.

[37] NI-9912, section IX, reprinted in Pressac, Jean-Claude, Technique and Operation of the Auschwitz Gas Chambers, The Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p.19. This document is online at the CODOH (denial) website, at http://www.codoh.com/incon/inconzyklon.html.

[38] Rudolf Höss, Death Dealer: The Memoirs of the SS Kommandant at Auschwitz, Steven Paskuly, Ed., 1996, p. 44.

[39] Miklos Nyiszli, Auschwitz: A Doctor's Eyewitness Account, New York: Arcade Publishing, 1993, pp. 114-120.

[40] Joseph L. Borowitz, Anumantha G. Kanthasamy, and Gary E. Isom, "Toxicodynamics of Cyanide" in Satu M. Somani, Chemical Warfare Agents, Harcourt, Brace Jovanavich, San Diego, 1992, p.213

[41] Bill Krueger, "Execution Will Use Gas Chamber" in The News & Observer, Raleigh, NC, June 11, 1994, p. A1.

[42] Du Pont, Hydrogen Cyanide: Properties, Uses, Storage, and Handling, Wilmington: Du Pont, 195071/A (1991).

[43] J.L. Bonsall, Human Toxicol. (1984), 3, 57-60.

[44] Timothy C. Marrs, Robert Maynard and Frederick R. Sidell, Chemical Warfare Agents: Toxicology and Treatment, John Wiley & Sons, Ltd. (Chichester, West Sussex, England), 1996 ISBN 0-471-95994. Chapter 9: Cyanides, pp. 203-219

[45] Irmscher, R., Nochmals: "Die Einsatzfähigkeit der Blausäure bei tiefen Temperaturen" (Once More: "The Efficiency of Prussic Acid at Low Temperatures"), Zeitschrift für Hygienische Zoologie und Schädlingsbekämpfung, Feb/Mar 1942, pp. 35-37. Available on the web at http://www.holocausthistory.org/works/irmscher-1942/ See also appendix II to this affidavit.

[46] See appendix II of this affidavit.

[47] John C. Zimmerman, Holocaust Denial: Demographics, Testimonies and Ideologies, University Press of America, 2000, p. 193. His reference reads: "Bill from Topf and Sons dated August 20, 1943 in AA File 502-1-327, Reel 42, p. 2 of the memo.

[48] Jamie McCarthy and Mark Van Alstine, Zyklon Introduction Columns, http://www.holocausthistory.org/auschwitz/intro-columns/

[49] NI-9912, section IX, reprinted in Pressac, Jean-Claude, Technique and Operation of the Auschwitz Gas Chambers, The Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p.19. This document is online at the CODOH (denial) website, at http://www.codoh.com/incon/inconzyklon.html

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